São Brás: sua vida e benção
Dom Carmo João Rhoden - Bispo Emérito de Taubaté (SP)São Brás: sua vida e benção 03/02/2023
Por intercessão de São Brás, Bispo e Mártir, livre-te Deus do mal da garganta e de qualquer outra doença. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
1º São Brás vida: nasceu na Armênia (Turquia) no século III. Tinha a profissão de médico e como tal, já cuidava não só da saúde do corpo dos seus pacientes, mas também das doenças da alma. Esmerava-se, por isso, incentivando a vida cristã da comunidade. Tanto é verdade que morrendo o Bispo de Sebaste (Turquia), ele foi indicado pelo povo, como sucessor. Isso bem mostra que não só era procurado por doentes, mas também admirado pelas suas virtudes, sendo por isso, eleito para o episcopado.
2º Vocação e missão. Era médico do seu tempo, como já afirmamos. No entanto, não precisamos, apenas, de pessoas que cuidem do corpo, mas principalmente da Alma. São Brás entendia de ambas as realidades. Por isso, Jesus o chamou e ele se tornou, assim, um grande pastor. Quem se cultiva como pessoa, geralmente se torna um bom profissional e também muito zeloso no exercício da missão pastoral.
3º Benção de São Brás. Ele procurou fazer sempre o bem. Fê-lo, até o fim: ou seja, mesmo no martírio. Os mártires nos questionam, mesmo sem falar: eles mostram pelo sangue derramado, que só Deus é absoluto. Mesmo mortos, fazem o bem: intercedendo. Em vida, ele curou o filho de mãe aflita e angustiada, o qual se havia sufocado, com uma espinha de peixe.
4º Por isso, a partir do século III, a Igreja, anualmente, no dia deste santo, repete a já tradicional benção da garganta, contra todos os males da mesma. Ela o faz, usando duas velas em forma de cruz, diante da garganta, invocando a interseção do santo. É um belo gesto, mesmo em nossos dias, tão infestados de crendices e tão minados pela obtusidade de tantos membros da pós-modernidade, tão autossuficiente, quanto agressiva em relação a verdadeira fé e ao culto cristão. Usando um pouco de sarcasmo, acho que a Igreja deveria acrescentar, ainda uma outra benção: a da língua maldosa… Quanto veneno… Quanta desunião decorre desta atitude. São Brás, “rogai por nós”.