Informativo Diocesanos

Informativo Diocesano
25/07/2021

SECRETARIADO DIOCESANO DE PASTORAL
www.diocesedeerexim.org.br E-mail: secretariado@diocesedeerexim.org.br
Fone/Fax: (54) 3522-3611
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Ano 25 – nº. 1.314 – 25 de julho de 2021

Agenda semanal:
- Segunda-feira, às 19h30, no Seminário, reunião da equipe de liturgia da 70ª Romaria Diocesana de Fátima em 10 de outubro próximo.
- Quarta-feira, Dom Adimir, visita administrativa à sede paroquial São Valentim de São Valentim.
- Quinta-feira, às 08h30, Dom Adimir, reunião na URI.
- Sexta-feira, às 19h, Dom Adimir, missa e crismas na igreja São Pedro de Sede Dourado, município de Aratiba.
- Sábado, às 15h, na Catedral São José, ordenação diaconal do seminarista Leonardo Silva Pereira Fávero, futuro padre da Diocese. 
- Domingo, às 09h, missa de despedida do Pe. Maicon Malacarne da Paróquia N. Sra. Aparecida, do Bairro Bela Vista, Erechim, que em setembro viajará a Roma para especialização em moral. Na mesma celebração, o Pe. Volnei Toigo atualmente vigário paroquial será oficializado administrador paroquial da mesma Paróquia.
Às 16h, na Catedral, missa festiva do jubileu de ouro da Diocese de Erexim, presidida por Dom Adimir, com a participação de outros bispos, dos padres da Diocese, representantes das paróquias, autoridades e outros convidados, observando os protocolos sanitários do momento, entre eles, apenas 40% da capacidade do recinto.

O futuro diácono e padre da Diocese de Erexim:
Leonardo Silva Pereira Fávero que será ordenado diácono no próximo sábado na Catedral São José nasceu no dia 27 de junho de 1990, na comunidade Santa Augusta, Paróquia N. Sra.da Salette, Erechim. É filho de Leonice Pereira Fávero e Terezinha da Silva Fávero, ambos falecidos. Iniciou sua preparação para o sacerdócio no curso propedêutico em 2014, em Barão de Cotegipe. Cursou filosofia no Instituto Superior de Filosofia Berthier, em Passo Fundo, entre 2015 e 2017; está no quarto ano da Teologia, iniciada em 2018, na Itepa Faculdades, também em Passo Fundo.

Celebração solene do jubileu de ouro da criação e instalação da Diocese de Erexim:
Desde o dia primeiro de agosto do ano passado até a Romaria de Fátima deste ano em 10 de outubro, a Diocese de Erexim vive seu ano jubilar de ouro de criação pelo Papa São Paulo VI no dia 27 de maio de 1971, junto com as Dioceses de Cruz Alta e de Rio Grande, e de instalação no dia primeiro de agosto daquele ano. O ano jubilar teve diversas celebrações, jubileu da presença da vida religiosa, no dia 02 de fevereiro; jubileu da misericórdia, no dia 13 de março por ocasião das chamadas “24 horas para o Senhor”, na véspera do quarto domingo da quaresma; jubileu do ministério ordenado, dia 31 de março, quarta-feira da semana santa; missa nos 50 anos da criação da Diocese, dia 27 de maio com destaque para as pastorais e movimentos; jubileu eucarístico, dia 03 de junho, na solenidade de Corpus Christi. Ao longo deste ano jubilar, todo dia 13 é dia mariano e vocacional no Santuário de Fátima. O encerramento do ano jubilar será na 70ª Romaria de Fátima. Mas o ponto alto da comemoração jubilar será a missa do próximo domingo, às 16h, na Catedral São José e que terá transmissão dos canais do Facebook e Youtube do Santuário, da Rádio Virtual e possivelmente das rádios Aratiba e Difusão.

Motivos de ação de graças no jubileu de ouro da Diocese:
Toda instituição, toda família, toda pessoa tem muitos aspectos a agradecer a Deus em 50 anos de vida. No seu jubileu de ouro da Diocese de Erexim, entre outros motivos de louvor a Deus, pode-se referir os seguintes: a ação pastoral dos 4 bispos, os dois primeiros já falecidos e o terceiro transferido para Caxias do Sul; a presença e a ação dos padres, diáconos, religiosos e religiosas; as assembleias periódicas definindo os planos da ação evangelizadora; a formação de agentes de pastoral com a instituição e oficialização de ministros e ministras; o engajamento dos leigos e leigas; a ordenação de padres e diáconos permanentes; a escolha de três padres para o episcopado; a organização e a atuação da Coordenação Diocesana, dos setores e Conselhos de Pastoral em seus diversos níveis e de Movimentos Leigos; os subsídios catequéticos, litúrgicos e outros; a Voz da Diocese e informativos diversos; as romarias e outras manifestações da piedade popular; as várias orientações, Diretrizes dos Sacramentos, normas litúrgicas, questões sócio-políticas e outras; a implementação do dízimo, os Conselhos Econômicos, a documentação e manutenção dos bens móveis e imóveis, o zelo pela observância das leis trabalhistas e todos os aspectos da administração econômica; a construção do Centro Diocesano de Administração e Pastoral.

Conselho Diocesano de Assuntos Econômicos analisa projeto de energia solar:
O Conselho Econômico da Diocese realizou reunião ordinária na noite de segunda-feira, dia 19, no Centro de Administração e Pastoral, presidida por Dom Adimir Antonio Mazali, Ildo Benincá, o ecônomo da Diocese, apresentou relatório das atividades do primeiro semestre do ano. Além do balanço semestral, deu informações sobre a execução do testamento de Dom Girônimo Zanandréa, aluguel do Seminário Bom Pastor em Barão de Cotegipe para funcionamento de escola; da parte do Seminário na qual funcionou a Universidade Federal Fronteira Sul para outra instituição universitária e da chácara para um novo interessado. O Conselho analisou também projeto de construção de igreja da comunidade São Francisco, Bairro Aeroporto, da Paróquia São Cristóvão de Erechim, bem como o projeto de reforma do salão comunitário da sede paroquial Santo Antonio de Jacutinga. O grupo continuou o estudo sobre projeto de energia solar. Uma empresa já visitou as paróquias e seminários para análise de possíveis locais a serem utilizados para a produção dessa energia. Dom Adimir apresentou ofício da RGE solicitando terreno junto à chácara do Seminário para instalação de estação de distribuição de energia. Por fim, Dom Adimir referiu-se à escolha de Mons. Cleocir Bonetti para Bispo de Caçador, SC, manifestando-lhe alegria pela nomeação, gratidão pelos serviços prestados em nossa Diocese e votos de frutuoso ministério episcopal.  Por sua vez, Mons. Bonetti expressou sua gratidão pela convivência e aprendizado no Conselho Econômico e invocou a bênção final sobre os participantes da reunião. 

Conselho de Formadores estuda retomada de cursos na Diocese:
 Dom Adimir presidiu reunião dos membros do Conselho de Formadores na manhã de segunda-feira, 19, no Centro Diocesano. Entre outros assuntos da pauta, a retomada dos cursos da Escola Diocesana de Formação e da Escola Diaconal São Lourenço após a pandemia e acompanhamento aos seminaristas da filosofia e teologia do Seminário São José, em Passo Fundo, e ao seminarista que iniciou o propedêutico no Seminário de Fátima e que é vocação adulta. Foi analisada também a formação complementar dos que concluíram a Escola Diaconal e que poderão ser ordenados em breve.
Câmara de Vereadores de Erexim realiza sessão comemorativa do jubileu de ouro da Diocese: Dia 02 de agosto, às 14h, antes de seus trabalhos ordinários, a Câmara de Vereadores de Erexim realizará sessão solene em comemoração dos 50 anos de criação e de instalação da Diocese de Erexim. A sessão foi proposta pelos Vereadores Anacleto Zanella e Sérgio Alves Bento e terá transmissão pela TV Câmara nos canais do Facebook e Youtube.

Papa envia carta de agradecimento ao Hospital Gemelli onde esteve internado:
 Após sua internação no Hospital Gemelli, em Roma, Papa Francisco enviou carta de agradecimento ao Reitor da Universidade Católica Sagrado Coração, mantenedora do mesmo, com sua bênção a toda a família universitária. Na carta, Francisco ressalta: “O cuidado é uma expressão do coração. A Universidade Católica do Sagrado Coração traz em seu nome a vocação de cuidar da pessoa humana. Minha hospitalização ocorreu no mesmo ano em que 'a Católica’ completou um século de vida, celebrando o aniversário com uma frase que me chamou a atenção: 'Um século de futuro'. O Papa disse que durante sua hospitalização constatou mais uma vez a importância da promoção cultural e integral da pessoa humana ao afirmar que esta “abre as portas para o futuro”. Recordou que “a carne de Cristo sofrendo nos enfermos de todas as idades e condições requer um olhar presente e atento, capaz de dar esperança nos momentos difíceis e de olhar para o futuro”. E concluiu: “Sou grato por ter visto este olhar em tantos rostos, por mantê-lo em meu coração e por apresentá-lo ao Senhor. E ao renovar minha gratidão, envio a vocês, a seus entes queridos e a todos os que compõem a família da Universidade Católica do Sagrado Coração minha bênção, pedindo que eu tenha sempre um lugar em suas orações.

Conselho Gestor do Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) aprova 20 projetos:
O Conselho Gestor do Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) realizou, em formato virtual, sua primeira reunião, na segunda-feira, dia 19 de julho, com o objetivo de dar início a avaliação dos projetos que receberão apoio do Fundo em 2021. Este Conselho Gestor é formado por três representantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e três representantes do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), para gerir os recursos arrecadados pelo FNS com a realização da Coleta da Solidariedade da 5ª Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE). Este ano, no contexto da pandemia do novo Coronavírus, os recursos arrecadados durante a Campanha da Fraternidade Ecumênica apoiarão projetos sociais relacionados a questões emergenciais ligadas à segurança alimentar, geração de renda e à prevenção da pandemia. O Conselho segue três eixos determinantes para o atendimento dos projetos: auxílio a situações de insegurança alimentar; insumos para cuidados sanitários ligados à pandemia e captação para a geração de renda. A próxima reunião do Conselho será setembro, para analisar e aprovar o restante dos projetos.


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Informações da semana
Do dia 22/7/2021
A Ajuda à Igreja que Sofre, com o apoio da CNBB, promoverá dia 6 de agosto a sétima edição do Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos
A Fundação Pontifícia ACN Brasil (Ajuda à Igreja que Sofre), entidade que apoia projetos da Igreja Católica em mais de 140 países, promove no dia 6 de agosto a sétima edição do Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos. Com o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Dia de Oração convida todas as paróquias do país a promoverem e chamar as pessoas a participarem desta corrente em favor dos cristãos que sofrem perseguição religiosa.
Com transmissão pelas redes sociais no Youtube e Facebook, a ACN convida no Dia de Oração (sexta-feira, 6 de agosto de 2021) para a celebração da Santa Missa pelos Cristãos Perseguidos, às 15h, e no mesmo dia, às 18h, para rezar o Terço pelos Cristãos Perseguidos.
“Rezar é dizer que nos importamos e que estamos ao lado dos irmãos que pagam um alto preço por acreditarem em Jesus. Será realmente muito bom rezarmos pelos cristãos perseguidos; quem sabe a oração do Terço ou até mesmo pedir que cada um de nossos familiares e amigos se lembrem em suas orações desses nossos irmãos que são perseguidos por serem cristãos”, pede Frei Rogério Lima, Assistente Eclesiástico da ACN Brasil.
Atualmente 67% da população mundial vive em países com graves violações da liberdade religiosa e os cristãos são os que mais sofrem as privações deste direito fundamental. Na África, mulheres cristãs são raptadas e suas crianças forçadas a tornarem-se soldados de grupos terroristas; na Ásia, cristãos são vigiados constantemente e muitos são presos por causa de sua fé; no Oriente Médio, jovens cristãs são sequestradas e forçadas a se casar, a recusa muitas vezes, resulta em assassinato.
Sobre o Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos
O Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos teve início em 2015 e, desde então, ocorre anualmente em agosto, em referência à noite de 6 de agosto de 2014, quando cerca de 100 mil cristãos tiveram de abandonar suas casas na Planície de Nínive, no Iraque, expulsos pelos extremistas do grupo Estado Islâmico. Eles fugiram a pé, somente com as roupas do corpo, sem água ou comida. Assim que recebeu as primeiras informações na manhã do dia 7 de agosto, a ACN mobilizou os benfeitores e iniciou campanhas e projetos para socorrer materialmente e espiritualmente os perseguidos e refugiados.
A ACN (Ajuda à Igreja que Sofre) é uma Fundação Pontifícia que auxilia a Igreja por meio de informações, orações e projetos de ajuda a pessoas ou grupos que sofrem perseguição e opressão religiosa e social ou que estejam em necessidade. Fundada no Natal de 1947, a ACN tornou-se uma Fundação Pontifícia da Igreja em 2011. Todos os anos, a instituição atende mais de 5.000 pedidos de ajuda de bispos e superiores religiosos em cerca de 140 países, incluindo: formação de seminaristas, impressão de Bíblias e literatura religiosa – incluindo a Bíblia da Criança da ACN com mais de 51 milhões de exemplares impressos em mais de 190 línguas; apoia padres e religiosos em missões e situações críticas; construção e restauração de igrejas e demais instalações eclesiais; programas religiosos de comunicação; e ajuda aos refugiados e vítimas de conflitos.
Fonte: CNBB
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Em primeira reunião de 2021, Conselho Gestor do Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) aprova 20 projetos
O Conselho Gestor do Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) realizou, em formato virtual, sua primeira reunião, na segunda-feira, dia 19 de junho, com o objetivo de dar início a avaliação dos projetos que receberão apoio do Fundo em 2021.
Este Conselho Gestor é formado especialmente por três representantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e três representantes do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), para gerir os recursos arrecadados pelo FNS com a realização da Coleta da Solidariedade da 5ª Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE).
Este ano, no contexto da pandemia do novo coronavírus, os recursos arrecadados durante a Campanha da Fraternidade Ecumênica vão apoiar projetos sociais relacionados a questões emergenciais ligadas à segurança alimentar, geração de renda e à prevenção da pandemia.
Conforme os critérios estipulados no edital, considerando-se a pandemia causada pelo novo coronavírus e as sequelas econômicas, são três eixos determinantes para o atendimento dos projetos: auxílio a situações de insegurança alimentar; insumos para cuidados sanitários ligados à pandemia e captação para a geração de renda.
O bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, explicou que a maioria das entidades enviaram projetos em sintonia com o primeiro eixo, ou seja, voltados a situações de insegurança alimentar. “85% dos projetos aprovados estão, direta ou indiretamente, em sintonia com a questão da insegurança alimentar”, pontuou.
De um total de 71 projetos, dom Joel explicou que 26 foram finalizados. De acordo com ele, desses 26, 4 não puderam ser aceitos por não se enquadrarem no edital e 22 seguiram para análise pelo Conselho Gestor. Durante a reunião, o Conselho ainda percebeu que outros 2 não se enquadraram nos eixos estabelecidos pelo edital, o que totalizou 20 projetos aprovados nesta primeira reunião.
Em 2021, dom Joel informou que o FNS arrecadou R$ 1.248.16, 91. A totalidade desse dinheiro será destinada aos projetos aprovados, nos quais as entidades que se candidataram se comprometem, entre outros aspectos, a prestar contas periódicas de sua efetivação e resultados.
O Conselho Gestor do Fundo se encontrará outras vezes este ano, sendo a próxima em setembro, para analisar e aprovar o restante dos projetos.
Membros do Conselho Gestor
São membros do Conselho Gestor Especial do FNS em 2021 o secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella; o ecônomo da CNBB, monsenhor Nereudo Freire; o subsecretário-adjunto geral da entidade, padre Dirceu de Oliveira Medeiros e o padre Agenor Guedes, representante dos Secretários Executivos Regionais da CNBB.
Também fazem parte os representantes do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, o Conic: Antonio Dimas Galvão, supervisor de projetos da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE); a reverenda Dilce Paiva de Oliveira, da Igreja Episcopal Anglicana do Brsil e a Jandira Kepp, pastora da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil.
Fonte: Vatican News
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Academia Marial, A12 e ITESP promovem live sobre os 90 anos com a Padroeira do Brasil
Iniciativa conta com o apoio do A12 para transmissão.
 Neste ano de 2021, ocorre a comemoração dos 90 anos da proclamação de Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil e, no dia 30 de julho, às 20h, a Academia Marial de Aparecida, em parceria com o ITESP (Instituto São Paulo de Estudos Superiores), realiza uma live com os padres Dilermando Ramos e Rodrigo José Arnoso para abordar essa temática. 
No bate-papo, as pessoas terão a oportunidade de se aprofundarem no conhecimento dos elementos pastorais e populares da Mariologia, a partir da devoção a Nossa Senhora Aparecida.
A live, que conta com o apoio técnico do Portal A12 para a transmissão, será a primeira entre os muitos eventos que serão realizados em parceria com o Instituto, que tem como objetivo oferecer formação teológica pastoral às pessoas que buscam entender e saber mais sobre os princípios da fé cristã.
O encontro do dia 30 será aberto e gratuito ao público, marcando o início de uma parceria fecunda entre a Academia e o ITESP, com a finalidade de promover a reflexão mariológica.
Os padres participantes da live representam o Instituto e os missionários redentoristas, responsáveis pelo cuidado e propagação da devoção à Nossa Senhora Aparecida.
Conheça um pouco mais sobre cada um deles:
Padre Dilermando Ramos é graduado em filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Chile. É mestre em Mariologia pela Pontificia Facoltà Teologica Marianum e doutor em História Eclesiástica pela Pontifícia Universidade Gregoriana. Atualmente o sacerdote é professor visitante da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Padre Dilermando já foi palestrante do XI Congresso Mariológico, abordando o tema ‘A história da devoção a Aparecida no contexto do catolicismo popular’.
O missionário redentorista, padre Rodrigo Arnoso é graduado em Filosofia, pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (SP) e em Teologia pelo Instituto São Paulo de Estudos Superiores, mestre em Sagrada Liturgia, pelo Pontifício Instituto Litúrgico de Roma, Ateneu Sant'Anselmo (2014). Doutor em Teologia Cristã, com concentração em Liturgia, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Membro do Grupo de Pesquisa Teologia Litúrgica da PUC-SP que busca refletir sobre a relação Liturgia e Inteligência Senciente, tendo como princípio o diálogo entre Teologia e o pensamento filosófico do pensador contemporâneo Xavier Zubiri. Atualmente é professor no Instituto de Estudos Superiores São Paulo (ITESP) e no Centro Universitário Salesiano - Instituto Pio XI, curso de bacharelado em Teologia. Tem experiência na área de Teologia, com ênfase em Teologia Litúrgica e Sacramental, estudo da Piedade Popular, Liturgia e Espiritualidade e Pastoral Litúrgica.
Como acompanhar:
A live do dia 30, às 20h, poderá ser acompanhada pelo YouTube e Facebook do A12, Facebook do ITESP e Facebook da Academia Marial.
Fonte: A12.com
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Oruro e Cochabamba agradecem ao Papa pela doação de ventiladores pulmonares
Mais uma mostra da proximidade do Santo Padre na luta da população boliviana contra a Covid-19. Os ventiladores pulmonares de última geração doados pela Esmolaria Apostólica fazem parte de 27 kits que o Papa Francisco enviou para países que estão passando por um momento crítico devido à pandemia.
O Centro de Saúde “San Juan Pablo II”, da Paróquia “San Pio X” de Oruro e o Hospital del Sur de Cochabamba, receberam do Papa Francisco dois aparelhos de ventilação pulmonar essenciais para o tratamento de pessoas afetadas pela Covid- 19.  Os aparelhos foram entregues aos centros de saúde por Dom Cristóbal Bialasik, bispo da Diocese de Oruro e Dom Oscar Aparicio, arcebispo de Cochabamba, respectivamente, na presença dos diretores dos centros de saúde e da imprensa local.
Oruro, uma das cidades bolivianas mais duramente atingida pela pandemia 
Em uma coletiva de imprensa, Dom Bialasik leu o comunicado da Nunciatura Apostólica para a entrega do ventilador pulmonar ao Centro de Saúde "San Juan Pablo II", da Paróquia "San Pio X" de Oruro, esperando que possa salvar a vida das pessoas afetadas pela doença, em sua maioria de baixa renda.
“Claro que as urgências são imensas e o que o Santo Padre pode fazer nada mais é do que deixar cair uma gota d'água no imenso oceano da solidariedade e que como fruto inesperado de tanta dor, se viu brotar também um esperançoso sinal de que a humanidade, apesar de tudo, ainda não perdeu seu rumo”, lê-se na carta da Nunciatura.
Oruro é uma das regiões mais atingidas pelo coronavírus na Bolívia. O dispensário San Juan Pablo II, centro sem fins lucrativos administrado pela Igreja Católica, ofereceu assistência médica a mais de 11 mil pacientes durante a primeira fase da pandemia em 2020, enquanto no primeiro semestre de 2021, foram tratadas mais de 6 mil pessoas infectadas pelo coronavírus.
O diretor do dispensário, Dr. David Morales, explicou que por ser uma instituição sem fins lucrativos, uma obra social da Igreja, o ventilador pulmonar doado pelo Santo Padre “deve ser destinado à população de baixa renda”. Da mesma forma, falou da dura provação vivida quer pela população como pelo setor médico, situação para a qual ninguém estava preparado.
A previsão é de que na próxima semana seja colocado em funcionamento o ventilador pulmonar que, segundo nota publicada no site da Conferência Episcopal da Bolívia (CEB), poderá ser transportado com facilidade, até mesmo para as residências de pessoas que não podem ir ao dispensário.
Aparelho para hospital público de Cochabamba 
“Com este gesto, o Papa transmite seu amor, fé, esperança e nos encoraja a continuar lutando. É uma forma de dizer que o Papa está conosco e nos acompanha ”, disse Dom Aparicio, ao entregar o ventilador doado pelo Santo Padre ao Hospital del Sur, um importante centro de saúde que luta contra o Covid-19.
O arcebispo de Cochabamba explicou que se trata de um equipamento de última geração, doado pela Esmolaria Apostólica, e que faz parte de outros 27 que o mais alto representante da Igreja Católica enviou para que os países possam enfrentar esses momentos críticos causados pela pandemia de Covid-19.
Já diretor do Hospital del Sur, Dr. Grover León, agradeceu este importante apoio para continuar tratando os pacientes mais necessitados. “Sentimo-nos duplamente agradecidos - disse o médico - porque este gesto que o Papa Francisco está fazendo é um gesto de apoio a todos os recursos humanos que trabalham no Hospital”. Da mesma forma, o médico garantiu que esta doação é um incentivo para os médicos e enfermeiras que se sentam acompanhados pelo Santo Padre.
“Este grão de areia é um incentivo espiritual para nós, porque sabemos que o Papa conhece nossa situação, trabalhadores da saúde, e nos encoraja a continuar a trabalhar, dá-nos forças para continuar a trabalhar, porque sabemos que estamos nos olhos do Papa e ele está rezando por nós e nós rezamos por ele”, sublinhou León, antes de ler e entregar a Dom Aparicio uma carta de agradecimento a ser apresentada ao Santo Padre.
A Bolívia, que vive a terceira onda de Covid-19, registrou uma queda no número de contágios nas últimas semanas, enquanto o número de mortes aumentou, com registro de mais de cem óbitos por vários dias. O plano de vacinação continua avançando com mais de 2,5 milhões de vacinados com a primeira dose e cerca de um milhão de imunizados com a segunda.
Santa Cruz, Cochabamba e La Paz continuam liderando em número de contágios, seguidas por cidades como Oruro e Chuquisaca.
Fonte: Vatican News
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Nem só de fazer vive o homem
“A verdadeira felicidade é perceber que tudo o que temos buscado avidamente, não está longe de nós”. Padre Luigi Epicoco reflete sobre o período de verão com vistas a uma teologia das férias: esta palavra, afirma, indica um vazio, um espaço no qual é possível fazer vibrar o eco de uma voz mais alta na quietude do descanso
O verbo fazer é o verbo ao qual somos muito apegados. Tão apegados ao ponto de sacrificar por ele até mesmo o verbo ser. Fazer é nossa maneira de não pensar muito, de não entrar em nós mesmos, de não encarar as coisas sérias da vida. Fazer nos dá satisfação imediata, leva a sério nossa necessidade inata de confirmação e cumprimento. Com muita frequência fazer se torna nossa religião. Se quiséssemos usar uma imagem cara a Santo Inácio, diríamos que usamos o fazer para não entrar em desolação.
Mas às vezes é necessário entrar no vazio, no vazio que mora dentro de nós. É a famosa necessidade da fome que o tentador tenta tirar de Jesus no deserto: "Manda que estas pedras se transformem em pão". Jesus exorciza o mal respondendo a tal tentação: "Nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus" (Mt 4, 1-11). Nem só de fazer vive o homem, podemos acrescentar.
É disso que se trata o tempo de férias. Não se trata simplesmente da transgressão necessária para suportar novamente uma longa temporada de trabalho. O tempo de férias, como o Papa Francisco nos lembrou recentemente, é o tempo da ecologia do coração, o tempo em que o descanso, a contemplação e a compaixão se tornam os ingredientes certos para nos redimensionar. A etimologia da palavra férias é precisamente a capacidade de estar vazio, de dar espaço a essa fome/falta que cada um de nós carrega em seu coração, e em cujo eco Deus pode finalmente falar.
Ouvir a palavra de Deus dentro de nossas falhas, dentro do nosso coração, significa experimentar uma plenitude que nenhuma satisfação no mundo pode nos dar. Passamos nossas vidas tentando fazer coisas que nos farão felizes, mas a verdadeira felicidade é parar de nos preocuparmos e perceber que tudo o que temos buscado avidamente não está longe de nós. O que precisamos para sermos felizes está contido na escuta do verbo ser, sobre quem realmente somos, sobre aquela imagem e semelhança com Deus que cada um de nós carrega dentro de si.
Então as palavras do Deuteronômio chegam até nós como um bálsamo: "Porque este mandamento que hoje te ordeno não é excessivo para ti, nem está fora do teu alcance. Ele não está no céu, para que fiques dizendo: ‘Quem subiria por nós até o céu, para trazê-lo a nós, para que possamos ouvi-lo e pô-lo em prática? E não está no além-mar, para que fiques dizendo: ‘Quem atravessaria o mar por nós, para trazê-lo a nós, para que possamos ouvi-lo e pô-lo em prática?’ Sim, porque a palavra está muito perto de ti: está na tua boca e no teu coração, para que a ponhas em prática”. (Dt 30, 11-14). Assim, o tempo de férias é desenterrar aquela palavra escondida na nossa boca e no nosso coração, que luta para emergir quando devoramos nossas vidas e nosso coração está cheio apenas de ânsias e preocupações.
Fonte: Vatican News
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Vilas Pontifícias de Castel Gandolfo serão abertas no mês de agosto
Nas férias de verão da Europa e respondendo a muitos pedidos, as Vilas Pontifícias de Castel Gandolfo terão abertura extraordinária no próximo mês. O desejo é crescente na Itália por momentos de relaxamento em meio a jardins exuberantes, cheios de diferentes espécies de flores, e também à beleza de antigas salas, cheias de memórias, que fazem parte das residências dos Papas em Castel Gandolfo, a 30 Km de Roma.
Em agosto, as Vilas Pontifícias de Castel Gandolfo estarão abertas para as férias. Um comunicado publicado no site oficial dos Museus Vaticanos informa que, para satisfazer a necessidade sempre renovada durante o verão de frequentar locais de lazer ao ar livre, as residências vão estender excepcionalmente a abertura dos finais de semana da segunda e da terceira semana do mês. Isso porque continuam fechadas ao público no domingo, dia 15, e na segunda-feira, 16 de agosto, já que são feriados do Vaticano.
O Jardim de Villa Barberini também estará aberto
A abertura extraordinária, como explica o comunicado, não é apenas limitada ao Apartamento Pontifício e aos seus 500 anos de história dos Papas, narrada por sistemas de guia, em áudio multilíngue, que conduz os visitantes num tour gratuito através de pinturas, relíquias, vestes litúrgicas, uniformes e curiosidades. Os hóspedes também poderão visitar o luxuoso Jardim da Villa Barberini com as belezas botânicas e arqueológicas, que pode ser apreciado através de um micro-ônibus ecológico e panorâmico, mas também a pé, numa visita guiada de grupo ou em passeio independente.
É aconselhável agendar a visita
O site também fornece informações sobre a melhor forma de organizar a visita: para apreciar o Palácio Apostólico e os Jardins é aconselhável agendar horário no site oficial "tickets.museivaticani.va". Sujeito à disponibilidade na hora, também é possível adquirir o ingresso diretamente na bilheteria localizada no Palácio. Entretanto, o acesso será limitado e organizado de acordo com os horários de entrada. Dentro das Vilas Pontifícias, têm serviço de alimentação, que também pode ser reservado com antecedência on-line ou adquirido no dia da visita.
Fonte: Vatican News
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No sábado, o "Rosário pelo Líbano"
"Vivamos juntos em oração o dia especial de oração pelo Líbano que terá lugar neste sábado, 24 de julho, festa de São Charbel, monge milagreiro e santo libanês. Um Rosário será recitado ao vivo por Roma, direto do nosso Centro Internacional de Animação Missionária, a poucos passos da Basílica de São Pedro, com conexões no Líbano e na França, para pedir a ressurreição do Líbano e uma era de paz e fraternidade em Cristo Jesus", convida Pe. Dinh Anh Nhue Nguyen OFM Conv.
A Pontifícia União Missionária e o Centro Internacional de Animação Missionária (CIAM) organizam um "Rosário pelo Líbano" no sábado, 24 de julho, festa de São Charbel, conhecido Santo libanês.
O encontro de oração, previsto para às 18h30, horário italiano, prevê a presença de um grupo de pessoas reunidas para invocar a Virgem Maria na capela do CIAM (localizada na encosta do Monte Janículo, na zona extraterritorial do Vaticano) com a possibilidade de todos os fiéis do mundo a participarem on-line, conectando-se através do canal do Youtube.
O evento foi organizado pela PUM, em representação dos Secretariados Internacionais das Pontifícias Obras Missionárias (POMs), em colaboração com pe. Rouphael Zgheib, Diretor Nacional das POM no Líbano, com o Pe. Joseph Sfeir, pároco da paróquia libanesa Maronita de Roma, e com Pascale Debbané, coordenador regional do Oriente Médio na Seção "Migrantes e Refugiados" do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral.
Como explica o secretário-geral da Pontifícia União Missionária, padre Dinh Anh Nhue Nguyen OFM Conv, “depois do encontro do Papa Francisco com os líderes das comunidades cristãs do Líbano, em 1º de julho de 2021, nasceu um movimento internacional de oração, promovido por vários grupos e comunidades católicas que pedem a paz e a salvação para o Líbano, na qual as Pontifícias Obras Missionárias pretendem participar”.
O movimento internacional convidou libaneses de todo o mundo e amigos do Líbano a rezar o Rosário por 33 dias consecutivos, simultaneamente às 19h30 (hora de Roma), até 4 de agosto de 2021, aniversário da trágica explosão no porto de Beirute.
Todos os dias é proposta no site www.33jours.com uma intenção específica pelo Líbano, como por exemplo, pela reabilitação da situação econômica e política, pelos pobres, pela profissão médica, pelas crianças do país, pelos desempregados. Até o momento, mais de 230.000 Rosários foram oferecidos pela causa do Líbano.
"Neste contexto, vivamos juntos em oração o dia especial de oração pelo Líbano que terá lugar neste sábado, 24 de julho às 18h30, hora de Roma, festa de São Charbel, monge milagreiro e santo libanês. Um Rosário será recitado ao vivo por Roma, direto do nosso Centro Internacional de Animação Missionária, a poucos passos da Basílica de São Pedro, com conexões no Líbano e na França, para pedir a ressurreição do Líbano e uma era de paz e fraternidade em Cristo Jesus. Confiando o país às mãos amorosas de Maria Santíssima, em oração todos juntos acreditamos que o Libano ressurgirá”, conclui Pe. Dinh Anh Nhue Nguyen OFM Conv.
*Com Agência Fides
Fonte: Vatican News
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Sacerdotes participam em sessão de formação na Arquidiocese da Beira, em Moçambique
A Arquidiocese da Beira, Centro de Moçambique, organizou uma sessão para capacitar Sacerdotes em diversos temas sobre a intervenção pastoral. O evento decorreu nos dias 13 á 15 do mês de julho no Centro de Formação de Nazaré, e nele participaram cerca de 50 Sacerdotes entre diocesanos e religiosos em serviço nesta prelazia.
A sessão de formação teve como principal objetivo a atualização do processo formativo do Clero, de modo que estes possam intervir pastoralmente sem grandes dificuldades, tal como avançou o Decano do Clero da Beira, Padre José Domingos.
Com vista a alcançar os objetivos traçados, temas como “O sacerdócio”, “A Igreja mestra de oração” e “Amoris Laetitia”, foram abordados durante o evento por diferentes oradores. Por esta razão o Decano acredita que o Clero sai mais disponível para a sua ação.
No último dia da formação permanente do Clero da Beira, os Sacerdotes participaram numa celebração eucarística presidida pelo Vigário Geral da Arquidiocese, Padre Sílvio Anovo, este que durante a homilia citando Dom Cláudio Dalla Zuanna, recordou que é necessário pautar com o sacerdócio de Jesus Cristo, pois o contrário não é o que a Igreja precisa.
Satisfeitos estavam os participantes após a formação, o Padre Pegissane da Pároquia de Estaquinha e o Padre Miguel de Mafambisse, disseram que para além do processo formativo, a ocasião também serviu para reencontrar os demais operários da messe do Senhor.
A formação dos Sacerdotes que estão em serviço pastoral na Beira, decorreu obedecendo todas as medidas estabelecidas pelas autoridades de saúde no País, numa altura em que se vive o estado de calamidade pública devido a pandemia do coronavírus.
Importa referir que esta é a segunda formação do Clero que acontece na Arquidiocese da Beira em meio a pandemia neste ano de 2021, a primeira teve lugar em março.
Fonte: Vatican News
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Consagração da população da Índia ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria
“Pedimos a todos, em particular às famílias e comunidades religiosas, que participem do momento de oração e o compartilhem com os familiares e membros das comunidades que residem no exterior, para que também eles possam participar como uma 'família' , testemunhando assim a catolicidade e a diversidade cultural e linguística da Igreja Católica latina na Índia”, composta por “132 dioceses e 18 milhões de fiéis”, escrevem os bispos indianos ao convocar o momento de oração e consagração.
No dia 7 de agosto, toda a população da Índia será consagrada ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria.
O Ato de Consagração será presidido na Catedral do Sagrado Coração de Nova Delhi pelo arcebispo local e secretário geral da Conferência Episcopal indiana de Rito Latino (CCBI), Dom Anil Joseph Thomas Couto.
Os prelados indianos explicaram em uma nota que este momento de oração nacional foi convocado em sufrágio pelas almas das vítimas da pandemia de Covid-19.
De fato, o país asiático vive um momento crítico devido à emergência sanitária: os últimos dados falam de 31,2 milhões de contágios e 419 mil mortes. Apenas 6,3 por cento da população foi vacinada.
Foi então nesse contexto que os bispos católicos convocaram este momento especial de oração a ser realizado no sábado, 7 de agosto, das 20h30 às 21h30, e que será realizado sobre os túmulos de São Tomé, São Francisco Xavier e Santa Teresa de Calcutá e nas basílicas marianas de Bandra (Mumbai), Sardhana (Meerut), Hyderabad, Shivajinagar (Bangalore) e Vailankanni. Tudo será transmitido ao vivo nas estações de televisão católicas e na web, para que todos os fiéis possam "rezar como uma única família humana pela saúde do mundo".
Na quarta-feira, 21 a Conferência episcopal forneceu mais detalhes sobre a iniciativa: Dom João Rodrigues, bispo Auxiliar de Bombaim, entoará o canto de abertura do momento de oração na Basílica de Nossa Senhora do Monte, em Mumbai. A parte inicial da oração, por outro lado, será recitada no túmulo de São Tomé na Basílica de Chennai, por Dom George Antonysamy, vice-presidente da CCBI e arcebispo de Madras-Mylapore. Dom Raymond Joseph, secretário da Comissão Episcopal para as Vocações, proclamará o Evangelho na Basílica de Santa Maria em Bangalore, enquanto o cardeal Oswald Gracias, arcebispo de Bombaim, fará uma reflexão na catedral da cidade dedicada ao Santo Nome.
Outras especificidades dizem respeito à Oração dos fiéis que será recitada, em sete línguas, na Basílica de Nossa Senhora da Graça em Sardhana, em Uttar Pradesh, e que será conduzida pelo padre Chetan Machado, secretário da Comissão Episcopal da Juventude. As orações serão feitas em Hindi, Tamil, Khasi, Telugu, Kannada, Santali e Malayalam.
O arcebispo de Hyderabad, Dom Anthony Poola, irá recitar uma oração especial pelo fim da pandemia na Basílica arquidiocesana de Nossa Senhora da Assunção. Além disso, do túmulo de Santa Teresa de Calcutá, o arcebispo local, Dom Thomas D'Souza, junto com a Superiora Geral das Missionárias da Caridade, Ir. Mary Prema Pierick, conduzirá a Ladainha de súplicas.
Em sufrágio pelas almas dos falecidos e por todos aqueles a quem a Igreja não pôde permitir o funeral, devido a restrições de saúde anti-contágio, será recitada outra oração, que será conduzida por Dom Vincent Aind, bispo de Bagdogra.
A bênção final, por sua vez, será concedida por Dom Filipe Neri Ferrão, arcebispo de Goa e Damão e presidente da CCBI, que irá ao túmulo de São Francisco Xavier, na Basílica de Goa. Por fim, o canto final do evento será o "Salve Regina" que será cantado em latim na Basílica de Nossa Senhora da Boa Saúde de Vailankanni, por Dom Devadass Ambrose, bispo de Thanjavur e pelo padre Prabakar, reitor do Santuário .
“Pedimos a todos - escrevem os bispos - em particular às famílias e comunidades religiosas, que participem do momento de oração e o compartilhem com os familiares e membros das comunidades que residem no exterior, para que também eles possam participar como uma 'família' , testemunhando assim a catolicidade e a diversidade cultural e linguística da Igreja Católica latina na Índia”, composta por “132 dioceses e 18 milhões de fiéis”.
Fonte: Vatican News
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Venezuela. Iniciada missão evangelizadora no Vicariato Apostólico de Caroní
Inicialmente confiado à Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, que realizaram um longo e diligente ministério pastoral naquele território, o Vicariato Apostólico de Caroní compreende o estado venezuelano de Bolívar e foi erigido em 4 de março de 1922 pelo Papa Pio XI. A sede do Vicariato é a cidade de Santa Elena de Uairén, onde se encontra a Catedral dedicada a Santa Helena. Com 6 paróquias, o Vicariato Apostólico tem uma população de 91.100 habitantes, dos quais 57.700 são católicos
Através da Congregação para a Evangelização dos Povos, a Santa Sé - com um decreto publicado na terça-feira, 20 de julho – confiou o Vicariato Apostólico de Caroní aos cuidados pastorais da Diocese de San Cristóbal, na Venezuela.
O Vicariato Apostólico, que compreende o estado venezuelano de Bolívar, foi erigido em 4 de março de 1922 pelo Papa Pio XI. Em 30 de julho de 1954 cedeu parte de seu território para a criação do Vicariato Apostólico de Tucupita. A sede do Vicariato de Caroní é a cidade de Santa Elena de Uairén, onde se encontra a Catedral dedicada a Santa Helena.
Dom Gonzalo e seus colaboradores partem para a missão
Segundo notícias da diocese venezuelana enviadas à Fides, agência missionária da Congregação para a Evangelização dos Povos, na manhã de terça-feira o avião com destino a Santa Elena de Uairén decolou de Tucupita, tendo a bordo o novo vigário apostólico, dom Gonzalo Alfredo Ontiveros Vivas, e três sacerdotes que o acompanharão na missão: Hugo Ochoa, Javier Parra e José Luís Pereira.
O bispo de San Cristóbal, dom Mario Moronta, anunciou que nos próximos meses ele enviará seminaristas e leigos engajados, além da ajuda material que já foi recolhida dos fiéis da diocese.
Evangelização confiada à Ordem dos Frades Menores
O Vicariato Apostólico de Caroní foi confiado à Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, que realizaram um longo e diligente ministério pastoral naquele território, mas devido à falta de vocações missionárias tiveram que deixar o encargo.
O Vicariato Apostólico tem uma população de 91.100 habitantes, dos quais 57.700 são católicos. Há 6 paróquias, 2 sacerdotes diocesanos e 6 sacerdotes religiosos, 4 religiosos não sacerdotes e 3 freiras.
Recentemente nomeado pelo Papa
Dom Gonzalo Alfredo Ontiveros Vivas foi nomeado vigário apostólico de Caroní pelo Papa Francisco em 28 de abril de 2021. Ele nasceu em 5 de dezembro de 1968 em El Valle Capacho, na Diocese de San Cristóbal de Venezuela.
Ordenado sacerdote em 14 de agosto de 1993 e bispo em 26 de junho de 2021, foi capelão militar e coordenador adjunto da equipe responsável pela preparação para o centenário da diocese.
Fonte: Vatican News
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A missão dos Frades Menores: viver o Evangelho construindo pontes de diálogo
"O espírito missionário da Ordem abriu caminhos desde seu início e continua a fazê-lo: os frades não estão apenas nas grandes cidades, mas também nas periferias do mundo e em diferentes contextos, onde realizam seu serviço tentando enfrentar todos os problemas do mundo atual." "É importante tornar-se 'pontes de diálogo e compreensão', tendo em mente que a inteligência cultural inclui a capacidade de usar a tecnologia e a inteligência artificial como instrumento de evangelização", diz frei Perry
"É preciso encontrar caminhos concretos para 'sair' em missão, respondendo com alegria ao Senhor que nos chama à conversão, testemunhando o Evangelho segundo o autêntico modo de vida franciscano, no mundo de hoje que muda tão rapidamente."
É o que afirma o frade estadunidense e ex-ministro geral da Ordem dos Frades Menores, padre frei Michael Perry OFM, falando à agência missionária Fides sobre o compromisso e os desafios ligados à evangelização que os religiosos franciscanos enfrentam com sua atividade missionária nos cinco continentes.
Frades menores presentes atualmente em 119 países
No Capítulo Geral da Ordem dos Frades Menores, realizado em Roma de 3 a 18 de julho, o padre frei Michael Perry, ministro geral cessante, cedeu o encargo ao 121º sucessor de São Francisco, o frade italiano Massimo Fusarelli, eleito no dia 13.
Os Frades menores estão presentes atualmente em 119 países. As últimas estatísticas mostram uma diminuição das vocações na América do Norte (menos 31% nos últimos 10 anos) seguida pela Europa Ocidental (menos 25%). Enquanto o crescimento continua na África, Ásia e Oceania (+ 18%).
"O espírito missionário da Ordem - explica frei Michael - abriu caminhos desde seu início e continua a fazê-lo: os frades não estão apenas nas grandes cidades, mas também nas periferias do mundo e em diferentes contextos, onde realizam seu serviço tentando enfrentar todos os problemas do mundo contemporâneo."
Também a Ordem enfrenta mudanças profundas
"Hoje - continua o religioso franciscano - estamos passando por mudanças radicais, como a revolução econômica ligada à globalização, a revolução digital e a revolução bioética que transtorna nossa maneira de agir sobre a natureza. Surgiram novas formas de pobreza, como o desemprego de muitos jovens, e depois o problema dos fluxos migratórios que agora envolvem enormes massas de pessoas."
Como podemos viver o carisma franciscano no mundo de hoje? "Assim como o mundo está mudando rapidamente - observa ele -, assim também nossa Ordem está enfrentando mudanças profundas."
No Capítulo Geral da Ordem, o religioso assinala que "destacamos o fato de que o anúncio do Evangelho é mais eficaz quando é realizado de forma dialógica - explica frei Michael -, por isso pretendemos desenvolver programas para a vida e a formação intercultural, a fim de estar ainda mais em comunhão com os pobres, em espírito de proximidade e fraternidade com os últimos".
A fraternidade no centro da vocação dos Frades menores
O franciscano observa: "A evangelização das culturas e a promoção da paz incluem o desenvolvimento de uma 'inteligência cultural' que implica a consciência de como nossa cultura nos influencia no que diz respeito à sensibilidade pelas pessoas em contato conosco: elas podem manifestar diferentes expressões e necessidades culturais".
"É importante - enfatiza padre frei Michael - tornar-se 'pontes de diálogo e compreensão', tendo em mente que a inteligência cultural inclui a capacidade de usar a tecnologia e a inteligência artificial como instrumentos de evangelização."
"Os Franciscanos - conclui o ex-ministro geral - são chamados a construir um mundo mais fraterno e evangélico. Viver em comunhão fraterna é parte da nossa vocação: viver o Evangelho em comunhão fraterna, buscando construir a fraternidade entre todos os povos e com todas as criaturas. Isto significa que a fraternidade está no centro de nossa vocação e, sobretudo, é nossa 'união de vida' com as outras fraternidades da Ordem franciscana". Fonte: Vatican News
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Diante do aumento no número de contágios, arcebispo de Kuala Lampur convida à oração e à unidade
Nestes “tempos difíceis e incertos”, o arcebispo exorta à “oração persistente, que irá nos ancorar na consciência de que não estamos sós”. "O crescente número de pessoas, Igrejas e organizações que respondem às necessidades das comunidades” é “um verdadeiro sinal de que Deus está conosco e que a humanidade pode e prevalecerá diante das dificuldades e desafios”.
Registro recorde de contágios por Covid-19 na Malásia: em 15 de julho foram 13 mil, enquanto no total, no país asiático, foram 952 mil e 7.440 óbitos em um único dia, ante uma campanha de vacinação que atingiu menos de 15 por cento da população. Nesta quinta-feira, o país asiático registrava praticamente 3 milhões de contágios e mais de 77.500 mortes.
Diante desta situação, o arcebispo de Kuala Lumpur, Dom Julian Leow Beng Kim, divulgou nos últimos dias uma Carta Pastoral na qual incentiva os fiéis a não perderem a esperança, porque, como afirma o Salmo 22, “ainda que eu atravesse o vale escuro, não temeria nenhum mal, pois estás comigo”.
O prelado diz estar "profundamente preocupado" com "a implacável pandemia de Covid-19 e suas dramáticas consequências" no país, em particular por "seu impacto cruel sobre os pobres e vulneráveis, incluindo as crianças". Esse impacto, escreve Dom Beng Kim, “ultrapassa a esfera econômica, porque afeta o bem-estar social, emocional e psicológico de muitas pessoas, já comprometidas de modo alarmante”.
A tudo isto, soma-se o agravamento da "instabilidade política atual". Devido à pandemia, de fato, a Malásia declarou estado de emergência, com a consequente suspensão do Parlamento federal em benefício do primeiro-ministro Muhyiddin Yassin que, apesar de não ter um mandato eleitoral, fortaleceu seu partido atribuindo postos estratégicos a seus apoiadores.
De momento, o fim do estado de emergência está previsto para 1 de agosto, mas uma sessão extraordinária do Parlamento, agendada para 26 de julho, poderá prorrogá-lo. Enquanto isso, os políticos rivais de Yassin, incluindo o líder da oposição Anwar Ibrahim e o duas vezes primeiro-ministro Mahathir Mohamad, estão esperando por este momento para tentar derrubar a maioria do Executivo. Em vez disso, ressalta o arcebispo de Kuala Lumpur, este “deveria ser o momento de deixar de lado as rivalidades políticas e se unir como malaios para lutar contra a pandemia”.
“Um enorme medo e ansiedade estão arrastando as pessoas para um estado de desamparo e desespero - constata o prelado - também porque este cenário desolador não parece oferecer qualquer resquício de esperança de uma solução a curto prazo”. No entanto, lê-se na Carta Pastoral, “precisamente neste contexto, o que permanece inalterado é que somos um povo enraizado na fé de que Deus está sempre conosco, mesmo nesta tempestade persistente”.
Em seguida, Dom Beng Kim cita “o crescente número de pessoas, Igrejas e organizações que respondem às necessidades das comunidades” como “um verdadeiro sinal de que Deus está conosco e que a humanidade pode e prevalecerá diante das dificuldades e desafios”.
Nestes “tempos difíceis e incertos”, portanto, o convite do bispo é à “oração persistente, que irá nos ancorar na consciência de que não estamos sós”.
Por isso, nos dias 15 e 16 de julho, a Arquidiocese celebrou uma hora de Adoração Eucarística e um Ato de invocação à Virgem Maria para que, com a sua intercessão, o Senhor liberte a Malásia "deste tempo de prova". “Deus tem o poder de mudar nossas vidas - conclui Dom Beng Kim - Rezemos sem cessar”. Fonte: Vatican News
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Ao tomar posse como novo bispo, Dom Gomes pede união para "pregar e viver a Palavra de Deus"
“A Diocese de Sylhet é um terreno fértil para a pregação da Boa Nova. Nossa prioridade deve ser olhar para aqueles que hoje sofrem tantas privações e não podem viver com dignidade: devemos protegê-los e, ao mesmo tempo, devemos ajudar a construir um país belo e pacífico por meio do diálogo inter-religioso”., disse Dom Shorot Francis Gomes ao tomar posse na diocese.
Na Diocese de Sylhet, em Bangladesh, a população é predominantemente indígena. E na quarta-feira, 20 de julho, tomou posse seu novo bispo, Dom Shorot Francis Gomes, nomeado pelo Papa Francisco no passado 12 de maio.  Inicialmente programada para o início de julho, a cerimônia foi adiada devido à pandemia Covid-19.
Durante a celebração na Igreja da Imaculada Conceição de Lokhipur, distrito de Moulvibazar, o prelado pediu aos sacerdotes, religiosos e leigos para se manterem unidos para "pregar e viver a Palavra de Deus", para "criar uma Igreja viva e participativa".
 “A Diocese de Sylhet – disse o prelado - é um terreno fértil para a pregação da Boa Nova. Nossa prioridade deve ser olhar para aqueles que hoje sofrem tantas privações e não podem viver com dignidade: devemos protegê-los e, ao mesmo tempo, devemos ajudar a construir um país belo e pacífico por meio do diálogo inter-religioso”.
“A partir de hoje - concluiu Dom Francis - inicio o meu caminho nesta diocese. Todos vocês serão meus companheiros nesta caminhada e na pregação da Palavra de Deus.”
Na cerimônia, seguida de um momento cultural com música e danças indígenas, estiveram presentes cerca de 300 fiéis, incluindo o núncio apostólico no país, o arcebispo George Kocherry, numerosos prelados e religiosos O evento foi transmitido ao vivo no perfil facebook do semanário católico nacional Weekly Pratibeshi.
A Diocese de Sylhet foi erigida no dia 8 de julho de 2011 por Bento XVI, com o desmembramento da Arquidiocese de Daca, da qual se tornou sufragânea. Seu primeiro bispo foi Dom Bejoy Nicephorus D’Cruze, que em setembro de 2020 foi nomeado arcebispo de Daca. Assim, ele é sucedido por Dom Gomes, anteriormente bispo auxiliar da capital.
Distribuída por uma área de mais de 12.500 km2, cultivada principalmente com chá pelos povos indígenas, a Diocese de Sylhet está dividida em 7 paróquias e reúne cerca de 20 mil fiéis.
Fonte: Vatican News
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Dia Mundial dos Avós e dos Idosos
Dom Roberto Francisco Ferreria Paz - Bispo Diocesano de Campos (RJ)
"Tomar consciência que o Senhor de todas as idades, está sempre conosco, especialmente nos momentos atuais de isolamento e riscos de vida" é o sentido desta data instituída pelo Papa Francisco, explica o bispos da Diocese de Campos.
Com o lema “Eu estou contigo todos os dias” (cf. Mt 28,20), o Papa Francisco instituiu o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, a ser celebrado no quarto domingo do mês de julho. Contextualiza esta celebração no meio da Pandemia atual do Coronavírus, que trouxe perdas, solidão e outras tribulações aos idosos. Lembra a figura emblemática de Joaquim, a quem o Senhor atende enviando um Anjo no meio da noite para consolá-lo.
Este é o sentido desta data, tomar consciência que o Senhor de todas as idades, está sempre conosco, especialmente nos momentos atuais de isolamento e riscos de vida. Este Anjo terá um rosto de um filho, de um neto, de um vizinho ou mesmo da pastoral dos idosos, que virá para escutar e socorrer nossas necessidades.
Mas os idosos não são somente destinatários privilegiados do nosso amor e solicitude, senão também portadores e vocacionados a dar um testemunho e viver uma missão. São os depositários da Aliança, nossas raízes e nossa memória viva, sem a qual não seríamos livres e não teríamos futuro. Somente com eles, e com sua contribuição e sabedoria, venceremos a pandemia, vivenciando uma Aliança da vida intergeracional, que inclua a todas as pessoas e todas as criaturas da Terra.
Para edificar o novo normal da pós- pandemia, devemos conjugar e entretecer três pilares: os sonhos, a memória e a oração. De veras, o profeta Joel já anunciara no texto bíblico a seguinte promessa: “Os vossos anciãos terão sonhos e os jovens, terão visões”. Mas, os sonhos como afirmava uma sobrevivente do holocausto, Edith Bruck, estão entrelaçados com a memória, pois recordar é viver, e para viver precisamos sonhar acordados.
Memória que se torna oração e, como no caso do irmão Carlos de Foucauld, gera fraternidade universal e esperança de uma nova humanidade. Que possamos repetir com confiança e, em particular para os mais jovens, as palavras que trazem certeza e firme consolação no Deus que sempre caminha conosco: “Eu estou contigo todos os dias”. Deus seja louvado! Fonte: Vatican News
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Diocese de Caxias do Sul promove live especial para o Dia Mundial dos Avós
As celebrações para o 1º Dia dos Avós e dos Idosos, convocado pelo Papa Francisco para todo quarto domingo do mês de julho, serão antecipadas na diocese de Caxias do Sul/RS com uma live especial. Nesta sexta-feira (23), a partir das 20h30min, basta seguir os canais sociais da diocese para acompanhar músicas e reflexões sobre o envelhecer.
"'Eu estou contigo todos os dias' (cf. Mt 28, 20) é a promessa que o Senhor fez aos discípulos antes de subir ao Céu; e hoje repete-a também a ti, querido avô e querida avó", é o que escreve o Papa Francisco em sua mensagem para o 1º Dia dos Avós e dos Idosos, convocado por ele para o quarto domingo do mês de julho de cada ano. A Diocese de Caxias do Sul está preparando diferentes formas para celebrar a data, que neste ano será no dia 25 de julho. 
Live especial na sexta-feira
Na sexta-feira, 23 de julho, a partir das 20h30min, será realizada uma live com músicas e reflexões sobre o envelhecer. A atividade, promovida pela Coordenação Diocesana de Pastoral, poderá ser acompanhada pelo Facebook e canal do YouTube da Diocese de Caxias do Sul.
A iniciativa terá a presença da professora Ivonne Assunta Corteletti, que atuou por diversos anos no programa UCS Sênior, da Universidade de Caxias do Sul e no projeto "Saber Viver", da Catedral Diocesana e a coordenadora da Pastoral da Pessoa Idosa na Paróquia Santa Catarina, Barbera Menegat Andreazza. Ainda irão participar do bate-papo a primeira coordenadora da Pastoral da Pessoa Idosa na Diocese, Maria Isabel Antoniazzi, e o casal coordenador da Pastoral Familiar, Pedro e Roselene Reis. A mediação será da comunicadora e estudante de Jornalismo, Isadora Martins, com a presença do padre Ezequiel Dal Pozzo, que irá apresentar algumas canções.
Já no domingo, 25 de julho, data escolhida pelo Papa Francisco, ao meio-dia, as rádios de diversas cidades da Diocese irão veicular a mensagem e bênção do bispo, dom José Gislon, aos avós e idosos. A lista completa com a relação de emissoras parceiras será publicada nas redes sociais da Diocese de Caxias do Sul no sábado, dia 24. 
Por fim, diversas paróquias terão Missas nas quais serão lembrados os anciãos e enfermos das famílias, com a bênção da saúde. Em Caxias do Sul, por exemplo, a Paróquia Santos Apóstolos terá duas celebrações, às 15h e 16h, nas igrejas Jesus Bom Pastor e Cristo Redentor. Em Gaubijú, a Paróquia São Pedro, terá Missa especial com a participação das Pastoral da Pessoa Idosa, Pastoral da Juventude, Pastoral Familiar e Infância Missionária, às 09h. Na cidade de Flores da Cunha, a Missa pelos avós será no sábado, às 18h, na igreja matriz e o domingo será dedicado a homenagear os agricultores e motoristas. Fonte: Vatican News
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REDA Brasil: a Rede Ecumênica da Água será lançada oficialmente hoje
A iniciativa, com fundação marcada para a noite desta quinta-feira (22), pretende articular diversas organizações com o propósito de conscientização sobre o ciclo de vida das águas. O tema da noite de lançamento será "Água: dom de Deus, direito humano e das criaturas, bem comum" e começa às 19h, no horário de Brasília, com transmissão ao vivo pelo canal no YouTube do NEIR, o Núcleo Ecumênico e Inter-religioso da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
A Rede Ecumênica da Água no Brasil, a REDA, será lançada oficialmente nesta quinta-feira (22), a partir das 19h, no horário de Brasília. A sua fundação será transmitida ao vivo, em modalidade virtual, através do canal no YouTube do NEIR, o Núcleo Ecumênico e Inter-religioso da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). A proposta do NEIR é proporcionar aos membros da comunidade acadêmica possibilidades de pesquisa e atividades de extensão para se expressarem, individualmente ou em grupos, em suas tradições religiosas próprias, ao mesmo tempo que possibilita o intercâmbio entre as diferentes tradições.
Segundo o NEIR, "ser religioso pressupõe amor, cuidado e respeito pela criação. No entanto, a ignorância e a ganância infinita por bens finitos ameaçam a própria base que sustenta toda a vida. Em especial as águas, em todas as suas formas, são aviltadas. O desmatamento, a poluição, seu manejo irresponsável, destroem a garantia de água boa para vida do ser humano e de todas as criaturas que dela necessitam para viver. Urge a promoção da justiça das águas, a alma da vida na terra, nossa casa comum. Todos os povos, com suas culturas e tradições de fé, precisam cooperar no despertar de uma nova consciência que inclua o sentido sagrado das águas e de sua defesa".
A REDA Brasil pretende articular diversas organizações com esse propósito. O tema da noite de lançamento será "Água: dom de Deus, direito humano e das criaturas, bem comum", como mais uma forma de conscientizar para o respeito do ciclo de vida das águas, desenvolvendo a “ética do cuidado”, condição para manter os ciclos de vida na Terra. Para tanto, enaltece o NEIR, urge passarmos por uma “conversão integral” – individual  e coletiva, simultaneamente socioambiental, cultural, política e religiosa.
Fonte: Vatican News
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Chuvas torrenciais na China: dezenas morreram e uma represa corre risco de romper
Já são pelo menos 33 pessoas as vítimas da inundação na região central da China, causada pelas chuvas que assolam a província de Henan há quase uma semana. Segundo autoridades meteorológicas, a capital Zhengzhou registrou as chuvas mais fortes em mil anos.
Um vídeo que circula na internet, gravado dentro de um vagão de metrô com passageiros em meio à força da água, descreve a situação vivida pelos habitantes da província de Henan, na região central da China. Doze pessoas naquela situação não resistiram e morreram. Autoridades dizem que mais de 500 pessoas foram resgatadas na linha de metrô que inundou. O último balanço desta quarta-feira (21) fala de pelo menos 33 as vítimas fatais.
A televisão estatal chinesa informa que 3 milhões de pessoas foram afetadas pelas chuvas torrenciais e 376 mil foram evacuadas. A cidade mais atingida é Zhengzhou, a capital da província que fica a 700 km a sudoeste de Pequim, de onde surgiram imagens surpreendentes de avenidas transformadas em rios que arrastaram veículos e pessoas.
A cidade de mais de 10 milhões de habitantes, próxima ao Rio Amarelo, estava rapidamente debaixo d'água. Especialistas falam de uma bomba d'água nunca antes registrada que fez cair mais de 640 mm de chuva entre terça (20) e quarta-feira (21), que é a média de chuvas para o ano inteiro. Um total de 6 mil bombeiros e milhares de militares e voluntários estão trabalhando para ajudar os atingidos.
Represa de Yihetan está em risco
O exército chinês advertiu que a represa Yihetan em Luoyang, uma cidade com 7 milhões de pessoas, corre o risco de romper "a qualquer momento" devido a uma ruptura de 20 metros de comprimento.  O presidente Xi Jinping admitiu que "a situação é extremamente grave" e pediu às autoridades em todos os níveis que dessem prioridade máxima à segurança da vida das pessoas e de suas propriedades. As chuvas torrenciais na China ocorrem dias após mais de 190 pessoas terem morrido na Europa, vítimas de enchentes.
Fonte: Vatican News
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CPLP realiza cimeira em Luanda, Angola, no dia em que celebra 25 anos de existência
Desde sábado (17 de julho) que Angola preside, de forma rotativa, a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), numa altura em que a Organização comemora 25 anos de existência. Um dos desafios da presidência, confirmam fontes locais, é a efetivação da mobilidade entre os países membros.
Em plena pandemia da Covid-19, Angola assumiu a presidência rotativa da CPLP com o desejo de ver destacado o pilar económico e dar continuidade aos esforços conjuntos para tornar realidade a livre circulação de cidadãos e de bens na Comunidade.
 “Somos uma força política e cultural a considerar, podemos ser também uma força económica relevante se trabalharmos para isso. No âmbito da busca de mecanismos de financiamento, deixamos aqui o desafio de se começar a pensar na pertinência e viabilidade, ainda que remota, da criação de um Banco de Investimentos da CPLP”, afirmou João Lourenço no discurso de encerramento da cimeira da comunidade lusófona.
O Presidente angolano ao falar sobre o acordo da mobilidade assinado nesta cimeira disse ser “decisiva para uma maior aproximação entre os nossos povos, para a cooperação económica, para o enriquecimento da língua portuguesa e para um maior intercâmbio cultural e turístico.  Isso permitirá que milhões de cidadãos dos nossos Países beneficiem de forma concreta dos ganhos e vantagens da pertença a uma Comunidade que se expande por Países de quatro Continentes, com formas próprias de vida e de expressão cultural e artística”, considerou.
Para António Costa, primeiro-ministro português presente na cimeira, o acordo de mobilidade vai proporcionar de uma vez por todas, criar um verdadeiro pilar de cidadania no quadro da CPLP, permitindo facilitar a circulação entre todos os Estados-membros, assim como o reconhecimento das formações académicas entre outras facilidades.
E o novo Secretário Executivo da CPLP, o timorense Zacarias Albano da Costa, disse que o seu mandato de dois anos será, o de assegurar que toda a actuação da Comunidade seja guiada pelo objectivo de criar impactos positivos, concretos e duradouros na vida dos cidadãos da CPLP.
A CPLP realizou a sua Cimeira, em Luanda no dia em que celebrou 25 anos de existência, e elegeu por dois anos o Chefe de Estado angolano João Lourenço como presidente da organização.  

Fonte: Vatican News
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Rede de religiosas e leigas católicos lança campanha global contra o tráfico humano
Iniciativa propõe assistência às vítimas e pessoas em risco
A rede ‘Talitha Kum’, que inclui mais de três mil religiosas católicas e leigas, lançou a campanha ‘#CareAgainstTrafficking’ para assinalar o Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas, celebrado a 30 de julho.
O organismo internacional de Institutos de Vida Consagrada indica que a campanha “Cuidado contra o tráfico” que chamar a atenção para a necessidade de intervir em todas as fases, prestando assistência às pessoas em risco, às vítimas e às sobreviventes.
Segundo a rede, esta abordagem exige um compromisso de várias instituições e a participação da sociedade, para “enfrentar as causas sistémicas do tráfico”.
Educação, oportunidades de trabalho, assistência médica e justiça são as prioridades apontadas pela campanha, divulgada pelo portal ‘Vatican News’.
As religiosas denunciam situações de falsas propostas de emprego ou escolares, que levam crianças, jovens e mulheres a cair em redes de prostituição ou escravatura doméstica.
A irmã Gabriella Bottani, coordenadora internacional da ‘Talitha Kum’, sublinha que o Papa tem medido uma mudança da “economia do tráfico em economia do cuidado”.
“Apoiamos sobreviventes, mesmo dentro da realidade da crise da pandemia, oferecendo-lhes ajuda material concreta, como pagar o aluguer ou comida. Cuidar significa promover uma educação de qualidade, para ser competitivo no mercado de trabalho”, assinala a religiosa. Fonte: Vatican News
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Movimento ecuménico desafia instituições cristãs a anúncio global de desinvestimento em combustíveis fósseis
Iniciativa decorre a 25 de outubro, antecipando COP26 de Glasgow
O Movimento Católico Global pelo Clima, o Conselho Mundial de Igrejas e outras organizações cristãs desafiaram as organizações religiosas de todo o mundo a unir-se a um anúncio global de “desinvestimento em combustíveis fósseis”.
A iniciativa está marcada para 25 de outubro, antecipando na 26.ª Conferência das Partes (COP26) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, que vai decorrer de 1 a 12 de novembro de 2021, em Glasgow, Escócia.
Segundo os promotores, o anúncio vai enfatizar “o imperativo moral urgente de desinvestir em combustíveis fósseis, devido aos seus impactos destrutivos sobre o clima, a biodiversidade e os direitos humanos”.
“O desinvestimento em combustíveis fósseis é um poderoso ato de fé que centenas de instituições religiosas no mundo todo adotaram para responder à emergência climática. Isto aumenta a pressão sobre governos e instituições financeiras”, destacam os responsáveis pela iniciativa ecuménica.
O objetivo é reforçar o acesso a energia “limpa e acessível”, incluindo soluções de energia com emissão zero carbono para 800 milhões de pessoas.
Os grupos interessados em aderir ao anúncio devem confirmar que desinvestiram em investimentos de combustíveis fósseis ou que vão desinvestir em quaisquer investimentos de combustíveis fósseis, no prazo máximo de cinco anos.
Dezenas de organismos que já responderam ao convite da Santa Sé, que em junho de 2020 publicou um conjunto de diretrizes ambientais, nas quais se enquadra o desinvestimento em combustíveis fósseis como “uma escolha ética”.
A proposta é acompanhada por um guia de investimento ético, numa “visão abrangente do desinvestimento em combustível fóssil escrito sob uma perspetiva católica”.
Fonte: Agência Ecclesia
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Traditionis Custodes: as 9 perguntas feitas pelo Vaticano aos bispos de todo o mundo
Tendo em vista o desenvolvimento do motu proprio Traditionis Custodes, o Vaticano enviou aos bispos de todo o mundo uma pesquisa composta por nove perguntas sobre a prática da Missa tridentina nas dioceses 
Antes da elaboração do motu proprio “Traditionis Custodes” os especialistas da Congregação para a Doutrina da Fé consultaram bispos de todo o mundo. Foi o que disse o Papa Francisco na sexta-feira, dia 16 de julho de 2021, na carta que acompanha o documento papal. 
Poucos dias depois da publicação deste texto, recebido de forma variada pelo clero e pelos fiéis, o site Crux revelou o conteúdo do questionário enviado às conferências episcopais. Composto por nove questões, o documento pretendia saber em que circunstâncias acontecia a celebração da Missa tridentina em cada diocese, como o rito era vivenciado e qual a correspondente necessidade pastoral. 
O documento, de acordo com o site foi enviado durante o ano de 2019, a pedido do Papa Francisco. 
As 9 perguntas que embasaram a Traditionis Custodes 
Foi com base nas respostas enviadas pelos bispos de todo planeta que o Papa Francisco elaborou a carta apostólica Traditionis Custodes (em forma de motu proprio).
A Santa Sé quis saber: 
1. Qual é a situação, em sua diocese, em relação à forma extraordinária do rito romano?
2. Se aí se pratica a forma extraordinária, responde a uma verdadeira necessidade pastoral ou é promovida por um único sacerdote?
3. Em sua opinião, existem aspectos positivos ou negativos no uso da forma extraordinária?
4. As normas e condições estabelecidas pelo Summorum Pontificum são respeitadas?
5. Você acredita que, em sua diocese, a forma ordinária adotou elementos da forma extraordinária?
6. Para a celebração da Missa, você usa o Missal promulgado pelo Papa João XXIII em 1962?
7. Além da celebração da Missa na forma extraordinária, existem outras celebrações (por exemplo, Batismo, Confirmação, Casamento, Penitência, Unção dos enfermos, Ordenação, Ofício Divino, Tríduo Pascal, ritos fúnebres) de acordo com os livros litúrgicos anteriores ao Concílio Vaticano II?
8. O motu proprioSummorum Pontificum influenciou a vida dos seminários diocesanos e de outras casas de formação?
9. Treze anos depois do motu proprio Summorum Pontificum, qual é a sua opinião sobre a forma extraordinária do Rito Romano?
Nem todos os bispos responderam
Ainda segundo o site Crux, cada conferência episcopal teria recebido o questionário e decidido por conta própria respondê-lo ou não. Depois de consultar cerca de vinte prelados de todo o mundo, constatou-se que em alguns países, como o Chile, por exemplo, apenas os arcebispos receberam o questionário. 
Já na vizinha Argentina, todos os bispos receberam o questionário, mas muitos não responderam porque não há presença significativa de sacerdotes e fiéis favoráveis à Missa Tridentina em sua região. 
Nos Estados Unidos, o questionário teria sido enviado a todos os bispos, enquanto na Austrália todas as dioceses o receberam. Na Europa e na África, a distribuição teria sido mais desigual. Até o momento, o Vaticano não divulgou o número exato de bispos em todo o mundo que realmente receberam o questionário.
Fonte: Aleteia.
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Santa Sé e Economia de Francisco discutem justiça alimentar
A Comissão Covis-19 da Santa Sé promove o evento “Pessoas e planeta: jovens em ação e fazendo sentido da justiça alimentar” no dia 27 de julho junto com o movimento "Economia de Francisco", movimento internacional de jovens economistas inspirados pelo papa Francisco. O evento é parte da Pré-Cúpula da ONU sobre Sistemas Alimentares que ocorrerá em Roma entre os dias 26 e 28 de julho.
A Comissão covid-19 foi criada pelo papa Francisco em março de 2020 para “expressar a preocupação da Igreja com a toda a família humana perante a pandemia” e propor “possíveis respostas aos desafios socioeconômicos”.
"Economia de Francisco", se define como um “movimento mundial, encabeçado pelas gerações mais jovens”, com o objetivo de “promover uma economia mais orgânica, que integre e amplie a preocupação ativa pelo meio ambiente”.
O evento online terá como temas “Alimento para todos”, "Trabalho para todos" e "Saúde para todos". Um vídeo do papa Francisco sob produzido pelo Dicastério foi lançado pelos organizadores no canal Youtube do Vaticannews.
“Nossos irmãos e irmãs mais pobres e nossa mãe terra estão gemendo por causa dos danos e injustiças que causamos e pedem uma direção diferente", diz o papa no vídeo, e "exigem de nós uma conversão, uma mudança de direção: cuidar da criação, cuidar da terra".
Fonte: ACIDigital
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Do dia 21/7/2021
Fase de escuta da Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe é ampliada até 30 de agosto
O prazo final para encaminhar as contribuições para o processo de escuta da Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe, organizado pelo Conselho Episcopal Latino Americano (CELAM), termina no dia 30 de agosto.
Esse prazo foi estendido em quase dois meses – a pedido de várias conferências episcopais – para que a participação nessa atividade fosse mais ampla e permitisse reunir as vozes do Povo de Deus de todo o continente.
No Brasil, a equipe nacional de animação pastoral da Assembleia tem se mobilizado junto às arquidioceses, dioceses, pastorais, organismos e regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na promoção de atividades de formação e de orientação sobre o processo de escuta que pode ser realizado através de atividades comunitárias ou em contribuições individuais diretamente no website da Assembleia Eclesial.
 “A necessidade do povo de Deus dizer alguma coisa é exatamente no sentido de que a gente consiga fazer uma síntese de grandes ideias que perpassam a história da evangelização da Igreja na América Latina, muito especialmente, depois do Concílio Vaticano II. Então, já são aí cinco grandes Assembleias Eclesiais que certamente deram a sua contribuição para história da evangelização na Igreja na América Latina”, destaca o arcebispo de Londrina (PR), presidente do regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e membro da equipe nacional de animação pastoral da Assembleia, dom Geremias Steinmetz.
Com o processo de escuta finalizado, uma comissão vai sistematizar todo o material recebido e elaborar um Instrumentum Laboris ou seja um Documento de Trabalho que vai ser refletido pelas Conferências Episcopais E servirá como subsídio na elaboração de um novo documento que será enviado ao CELAM para orientar os trabalhos da assembleia.
Para dom Geremias um dos pontos centrais que o processo de escuta pode trazer para a Igreja da América Latina é uma unidade maior no trabalho de Evangelização.
“Outro ponto muito importante desse processo é como continuar aprofundando as grandes questões do Concílio Vaticano II na Igreja da América Latina olhando para vários caminhos. Olhando para os sinais dos tempos, olhando para as grandes questões que já foram levantadas pelas últimas cinco Assembleias Gerais do CELAM, mas acima de tudo, olhando agora para a doutrina da Igreja como um todo, mas muito especialmente, para aquilo que o Papa Francisco está apontado. Então, a grande questão exatamente é a gente conseguir dar respostas com questões que sejam sintéticas, mas ao mesmo tempo abrangentes para a realidade colocada”, disse.
Discípulos missionários em saída
A Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe tem como lema “Somos todos discípulos missionários em saída” e será realizada de 21 a 28 de novembro de 2021, presencialmente no Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, na Cidade do México, e de forma remota em outros lugares da América Latina e do Caribe.
Como participar:
A escuta é uma proposta aberta a todos, na qual é possível participar através de atividades comunitárias, fóruns temáticos e contribuições individuais, com inscrições feitas através da utilização de uma plataforma de colaboração on-line, no website da Assembleia Eclesial, na seção “Escuta”. É necessário um cadastro no endereço para oferecer a contribuição na plataforma.
Para o processo foram elaborados materiais que já se encontram disponíveis no site da Assembleia da América Latina e do Caribe. O Documento para o Caminho em português, está organizado no método pastoral de “ver”, “julgar” ou “iluminar” e “agir”. 
Fonte: CNBB
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Seminário Bíblico Nacional aprofundará estudo que trata sobre a Animação Bíblica da Pastoral
Dando continuidade a celebração do jubileu do mês da Bíblia, a Comissão para a Animação Bíblico-Catequética irá realizar um Seminário Bíblico Nacional, com o objetivo de aprofundar o Estudo de número 114 da CNBB, que trata sobre a Animação Bíblica da Pastoral.
    “Neste seminário vamos conhecer melhor e aprofundar a temática da Animação Bíblica de toda a Pastoral que está nas atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), especificamente lá no Pilar da Palavra, onde temos a Iniciação à Vida Cristã e a Animação Bíblica da Pastoral”, afirma o padre Jânison de Sá, assessor da Comissão.
Nos três dias – de  21 a 23 de julho – padre Jânison explica que o foco do seminário é conhecer melhor e aprofundar o Estudo, com a colaboração dos bispos da Comissão, os mesmos que foram da equipe de elaboração. “Eles vão nestes dias nos falar sobre este documento, nos apresentar de forma bonita a importância e a centralidade da Palavra de Deus na vida da Igreja”, disse.
A programação
O seminário poderá ser acompanhado, a partir das 20h, nas redes sociais da CNBB (@cnbbnacional), da Editora da CNBB (@cnbbedicoes) e no Catequese do Brasil (@catequesedobrasil).
Confira a programação:
Dia 21
Tema:  A PALAVRA FALA DA PALAVRA e DESAFIOS DA SEMEADURA
20h – Saudação Inicial: Pe. Jânison de Sá Santos e Ir Izabel Patuzzo
20h10 – Oração Inicial: D. José Antônio Peruzzo
20h10 às 20h50: D. José Antônio Peruzzo: Apresentação dos capítulos I e II do Doc. de Estudo CNBB 114
20h50 às 21h10 – Ir.  Ivete Holthmam – Apresentação do Cap III Doc. CNBB 114
Benção final: D. José Antônio Peruzzo
Dia 22
Tema: SEMEADORES À SEMELHANÇA DO BOM SEMEADOR e PALAVRA NOS DIVERSOS TERRENOS
20h –  Saudação Inicial: Pe. Jânison de Sá Santos e Ir Izabel Patuzzo
20h10 – Oração Inicial: D. Armando Bucciol
20h10 às 20h40 –  D. Jacinto Bergmann – apresentação do Cap. IV do Doc. CNBB 114
20h40 às 21h10 – D. Armando Bucciol – Apresentação do Cap. V Doc. CNBB 114
Benção final: D. Jacinto Bergmann
Dia 23
Tema: ACOLHIDA E SEMEADURA DA PALAVRA E ORIENTAÇÃOES PARA IMPLANTAÇÃO DA ABP
20h00 – Saudação Inicial: Pe. Jânison de Sá Santos e Ir. Izabel Patuzzo
20h10 – Oração Inicial: D. Joel Portella Amado
20h10 às 20h40-  D. Waldemar Passini Dabello – Apresentação do Cap. VI do Doc. CNBB  114
20h40 às 21h10-  D. Joel Portella Amado – Apresentação do Cap. VII do Doc. CNBB  114
Benção final: D. Waldemar Passini Dabello
Fonte: CNBB
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Próxima Jornada de Oração e Missão pela Paz, no dia 1º de agosto, será dedicada à paz na Terra Santa
Em maio deste ano, o Papa Francisco expressou sua preocupação para uma região tão especial para os católicos e cristãos: a Terra Santa. Em sua mensagem, o Santo Padre chamou a atenção para os conflitos armados na Faixa de Gaza, em Israel, responsável por inúmeras mortes, inclusive, segundo ele, a morte inaceitável de crianças. Segundo o Papa, os conflitos geram uma onda de violência, numa espiral infinita dificultando a cura das feridas por meio do respeito e do diálogo.
Por isto, o próximo dia 1º de agosto será dedicado pela Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pela a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que sofre (ACN), a rezar na Jornada de Oração e Missão pela Paz na Terra Santa.
Entenda os conflitos na região
Região localizada no Oriente Médio, a “Terra Santa” é também é a  região onde Jesus viveu, pregou e morreu.  É importante lembrar que a cidade de Jerusalém é importante para as três principais religiões monoteístas do mundo: cristianismo, judaísmo e islamismo. Sendo assim, vários grupos diferentes vão reivindicar a cidade como sua, e isso gera conflitos.
Jerusalém foi destruída, invadida, e reconstruída dezenas de vezes ao longo da história. Na tradição do Antigo Testamento, o rei Davi conquistou a cidade e seu filho Salomão deu início à construção do primeiro templo. Em 1948, após o fim da Segunda Guerra Mundial, uma resolução da Organização das Nações Unidas determinou a criação de um Estado Judeu e um Estado Palestino. Porém, apenas o Estado de Israel foi criado, e a população palestina luta até hoje para que seu Estado seja criado.
Jornada de Oração pela Terra Santa
A Jornada de Oração e Missão faz parte de uma série que coloca o valor da oração como “agir missionário” e propõe que cada cristão católico dedique um tempo do dia para rezar por determinado país. Faça parte desta corrente de oração e nas redes sociais utilize a hashtag #rezepelaterrasanta
Fonte: CNBB
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Dom Ricardo Hoepers: “Um amigo é fruto do mais sincero sentimento da alma”
    “Um amigo é fruto do mais sincero sentimento da alma. É uma benção de Deus, um toque especial do Criador que desejou compartilhar conosco o que há de mais puro e verdadeiro no seu coração misericordioso”, destaca Ricardo Hoepers.
É com essa definição de amizade que o bispo de Rio Grande (RS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Ricardo Hoepers convida os cristãos a celebrar o dia 20 de julho – Dia do Amigo.
Segundo Dom Ricardo, “toda vez que cultivamos a amizade, trazemos à tona um toque divino nas nossas relações humanas e isso é um equilíbrio para a vida, é um bálsamo para a alma, e uma paz para o coração”.
Ser amigo é ter um tesouro inestimável, frase que virou senso comum quando o assunto é a amizade. O Papa Francisco trouxe na “Fratelli tutti”, a Encíclica social do Papa Francisco que fraternidade e amizade social são os caminhos para construir um mundo melhor, mais justo e pacífico, com o compromisso de todos: pessoas e instituições.
Neste 20 de julho, nada melhor do que recordar a essência dessa fraternidade e amizade social que esteve presente entre as preocupações de Francisco e estão registradas nas páginas da Fratelli Tutti.
“Entrego esta encíclica social como humilde contribuição para a reflexão, a fim de que, perante as várias formas atuais de eliminar ou ignorar os outros, sejamos capazes de reagir com um novo sonho de fraternidade e amizade social que não se limite a palavras. Embora a tenha escrito a partir das minhas convicções cristãs, que me animam e nutrem, procurei fazê-lo de tal maneira que a reflexão se abra ao diálogo com todas as pessoas de boa vontade”, afirma o Sumo Pontífice, na apresentação da Carta.
O arcebispo de Natal (RN), dom Jaime Vieira Rocha escreveu em recente artigo ‘Teologia da Amizade’, publicado no portal da CNBB, no ultimo dia 15 de julho, que na publicação de um teólogo português, José Tolentino Mendonça, intitulada “Nenhum caminho será longo. Teologia da amizade”, o autor destaca que a amizade é caminhar lado a lado e ressalta a definição do teólogo português.
    “Um amigo, por definição, é alguém que caminha a nosso lado, mesmo se separado por milhares de quilômetros ou por dezenas de anos. Um amigo reúne estas condições que parecem paradoxais: ele é ao mesmo tempo a pessoa a quem podemos contar tudo e é aquela junto de quem podemos estar longamente em silêncio, sem sentir por isso qualquer constrangimento. Temos certamente amigos dos dois tipos. Com alguns, a nossa amizade cimenta-se na capacidade de fazer circular o relato da vida, a partilha das pequenas histórias, a nomeação verbal do lume que nos alumia. Com outros, a amizade é fundamentalmente uma grande disponibilidade para a escuta, como se aquilo que dizemos fosse sempre apenas a ponta visível de um maravilhoso mundo interior e escondido, que não serão as palavras a expressar”, escreveu José Tolentino Mendonça.
Dom Ricardo Hoepers destaca que na vida cristã é possível ver o quanto Jesus deu importância a amizade. “Chamou os apóstolos de amigos, chorou sobre o túmulo de Lázaro, cultivou boas conversas e encontros que suscitaram vida nova aos novos amigos e amigas”, apontou.
O presidente da Comissão papa a Vida e a Família da CNBB aponta também que Cristo, de fato, se apresentou como Filho, como Irmão e como Amigo de toda humanidade, sem preconceitos e sem discriminação de ninguém.
“Ele nos ensinou que o olhar de Deus não é o da aparência, mas Deus conhece o homem por dentro. Esse é o olhar da verdadeira amizade, quando reconhece a grandeza por dentro, grandeza da alma. Por isso a Sagrada Escritura diz que quem encontrou um amigo encontrou um tesouro”, ressaltou.
    “Amigo fiel é poderosa proteção: quem o encontrou, encontrou um tesouro. Ao amigo fiel não há nada que se compare, pois nada equivale ao bem que ele é. Amigo fiel é bálsamo de vida; os que temem o Senhor vão encontrá-lo. Quem teme o Senhor orienta bem sua amizade: como ele é, tal será seu amigo” (Sr 6,14-17).
Fonte: CNBB
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Dom Peruzzo fala da importância das paróquias terem programas efetivos de cuidado com os idosos
O arcebispo de Curitiba (PR), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e bispo referencial da Pastoral da Pessoa Idosa concedeu, na segunda-feira, 19 de julho, uma entrevista à rádio da diocese de São Carlos sobre o 1º Dia Mundial dos Avós e dos idosos, convocado pelo Papa Francisco para o próximo domingo 25 de julho de 2021.
Na oportunidade, o arcebispo recomendou fazer visitas aos avós e às pessoas idosas sozinhas da comunidade, e nos lugares onde não seja possível efetuar uma visita presencialmente, a sugestão é fazer o contato por meio do telefone ou das redes sociais. De acordo com ele, a visita pode ser uma ocasião para oferecer um presente e dar aos idosos a possibilidade, principalmente aos que não saem de casa há muito tempo, de aproximar-se do sacramento da Reconciliação e da Eucaristia.
Dom Peruzzo lembrou que, há algum tempo, a Igreja vem fazendo reflexões pastorais sobre o mundo dos idosos. Mas ele reforça que o Papa Francisco tem dado um acento por que a questão dos idosos no mundo também se acentuado. “Este dia não é apenas para que os idosos sejam acariciados, mas para que os cristãos-católicos se reconheçam convidados e instigados a voltar a sua atenção para esta grande multidão que, de maneira particular neste tempo de pandemia, estão sofrendo muito mais que os outros”, disse.
Para ele, é muito significativo que o Papa tenha escolhido como lema do 1º Dia Mundial dos Avós e dos Idosos a última frase do Evangelho de Mateus: “Eu estou contigo todos os dias”.  Dom Peruzzo defende que a sensibilidade e as experiências dos idosos podem enriquecer o modo da Igreja se compreender. O Papa enfatiza que na área da educação da fé e dos sonhos os avós têm uma grande força renovadora.
Os idosos têm o papel de conservar o sonho e perceber que seus sonhos de juventude não se concretizaram no presente como o sonho por justiça. “Nossos avós viram mais injustiças e mais dores e também contemplaram mais vivências de espiritualidade e solidariedade. Com os avós aprendemos que com as experiências de dor podemos sair fortalecidos a partir da intimidade com Deus”, disse.
Ações pastorais e indulgência plenária
O bispo referencial da Pastoral da Pessoa Idosa afirmou que seria excelente que em cada paróquia houvesse programas de aproximação com os idosos. O prelado sugeriu a organização de celebrações próprias para os idosos, inclusive envolvendo-os na organização da liturgia. Outra sugestão apresentada é organizar os jovens para visitar as pessoas na terceira idade que não conseguem se deslocar até as comunidades.
    “Os nossos idosos não precisam só de cuidados ligados à alimentação e à saúde precisam também de afeto. Os afetos das pessoas que não podem se comunicar e ir são sempre os afetos mais puros. E isto rejuvenesce aqueles que ainda não são idosos porque a gratuidade renova os corações humanos”, disse.
Os idosos que participarem das missas celebradas em razão desse Dia Mundial ou àqueles que tomarem parte dela, pelo rádio ou pela internet, e a todos os que realizarem uma obra de misericórdia ao visitar uma pessoa idosa sozinha, será concedido a Indulgência Plenária.
Programação da 1ª Jornada dos Avós e dos Idosos:




















Fonte: CNBB
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Como atualizar as “Bem-Aventuranças” para o mundo de hoje?
Escrito por Pe. José Raimundo Vidigal, C.Ss.R.
No Evangelho segundo Mateus, as bem-aventuranças estão no início do Sermão da Montanha, aquela pregação inaugural de Jesus, na qual Ele expôs a novidade do Reino de Deus. 
Em lugar de prescrever uma série de leis, Ele mostrou como se deve agir retamente, sinalizando que é esse o caminho da felicidade, aquele bem que todo ser humano procura alcançar.
Onde está a felicidade? Como viver feliz? Jesus responde em Mt 5,3-10. As afirmações dele nos surpreendem. 
Ao contrário do que diz o mundo, a felicidade não está na riqueza, na fama, no poder e no prazer, mas sim no desapego, na mansidão, na busca da lealdade, na prática da misericórdia e da fraternidade, na autenticidade e na promoção da paz. 
Até quem chora e sofre perseguição pode ser feliz, se é por causa da sua fidelidade a Deus.
Jesus é o primeiro bem-aventurado, Aquele que mais perfeitamente cumpriu o que ensinou. 
Por isso, quem deseja saber como viver as bem-aventuranças, procure aprender com a vida Dele. Basta seguir os exemplos que Ele deixou. Assim, entendemos que pobreza significa desapego e solidariedade, respeitar o direito dos outros, não tomar o lugar de ninguém. 
Mansidão inclui tolerância e compreensão, saber conviver com o diferente e dominar o desejo de pagar o mal com o mal. A procura da justiça nos leva a viver para os outros, no amor-doação. 
Ser puro de coração é levar uma vida transparente, agir sem segundas intenções. Misericórdia consiste em amar o pecador, sem deixar de rejeitar o pecado, e saber perdoar a quem nos ofende.
Concretamente, como deve ser hoje em dia a vida do cristão que vive as bem-aventuranças? É possível enumerar alguns valores do Evangelho que a humanidade aprecia e considera essenciais. 
Entre esses, estão com certeza:
Autoestima sem alardear suas qualidades;
Cooperação para o bem comum da sociedade;
Fidelidade aos compromissos assumidos;
Respeito ao diferente;
Honestidade e empenho na vida profissional;
Empatia com os irmãos que sofrem;
Sinceridade nas palavras e atitudes;
Resiliência e tenacidade nos contratempos da vida.
Tudo isso, vivido sob a inspiração de um profundo amor a Deus e aos irmãos, compõe um excelente programa de vida para quem deseja seguir Jesus “caminho, verdade e vida”.
Pe. José Raimundo Vidigal, C.Ss.R. 
Missionário Redentorista, diplomado em Teologia e em Ciências Bíblicas por Universidades de Roma e de Jerusalém. É o tradutor da Bíblia de Aparecida.
Fonte: A12.com
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Divulgado o programa da viagem do Papa à Hungria e Eslováquia
A viagem apostólica do Papa Francisco à Hungria e Eslováquia está programada de 12 a 15 de setembro próximo.
Foi divulgado, nesta quarta-feira (21/07), o programa da viagem apostólica do Papa Francisco à Hungria e Eslováquia de 12 a 15 de setembro próximo.
Domingo, 12 de setembro
O Santo Padre partirá no domingo, 12 de setembro, do Aeroporto Internacional de Roma/Fiumicino para Budapeste, às 6h da manhã. A chegada ao Aeroporto Internacional de Budapeste está prevista para às 7h45, onde haverá a cerimônia oficial de boas-vindas.
Depois, às 8h45, o Papa se encontrará com o presidente húngaro e com o primeiro-ministro no Museu de Belas Artes de Budapeste. A seguir, no mesmo local, haverá o encontro com os bispos às 9h15 e Francisco fará um discurso.
Às 10h, haverá o encontro com os representantes do Conselho Ecumênico das Igrejas e algumas Comunidades Judaicas da Hungria, no Museu de Belas Artes de Budapeste. Ali, Francisco fará o seu segundo discurso.
Às 11h30, o Papa celebrará a Santa Missa de encerramento do 52º Congresso Eucarístico Internacional, na Praça dos Heróis, em Budapeste, onde fará a homilia e o Angelus.
Às 14h30, haverá a Cerimônia de Despedida no Aeroporto Internacional de Budapeste e às 14h40 parte para Bratislava, na Eslováquia, onde chegará por volta das 15h30 ao aeroporto internacional da capital eslovaca. No Aeroporto Internacional de Bratislava, haverá a cerimônia de boas-vindas.
Às 16h30, o encontro ecumênico na Nunciatura Apostólica de Bratislava onde o Papa fará um discurso. Às 17h30, haverá o encontro privado com os membros da Companhia de Jesus na Nunciatura Apostólica de Bratislava.
Segunda-feira, 13 de setembro
Na segunda-feira, 13 de setembro, às 9h15, haverá a cerimônia de boas-vindas no Palácio Presidencial em Bratislava, e às 9h30, a visita de cortesia ao presidente da Eslováquia na Sala de Ouro do Palácio Presidencial de Bratislava.
Às 10h, o Papa se encontrará com as autoridades, a sociedade civil e o corpo diplomático no jardim do Palácio Presidencial de Bratislava, onde fará seu segundo discurso no país.
 Às 10h45, o Santo Padre se encontrará com os bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas, seminaristas e catequistas na Catedral de São Martinho, em Bratislava, onde fará um discurso.
Às 16h, o Papa fará uma visita privada ao "Centro Belém" em Bratislava. A seguir, às 16h45, se encontrará com a Comunidade Judaica na Praça Rybné námestie, em Bratislava. Ali, haverá mais um discurso do Pontífice.
Às 18h, a visita do presidente do Parlamento na Nunciatura Apostólica de Bratislava. Às 18h15, a visita do primeiro-ministro na Nunciatura Apostólica de Bratislava.
Terça-feira, 14 de setembro
Na terça-feira 14 de setembro, o Santo Padre partirá de Bratislava de avião às 08h10 da manhã para Košice onde chegará por volta das 9h.
Às 10h30, haverá a Divina Liturgia Bizantina de São João Crisóstomo presidida pelo Santo Padre na Praça do Mestská športová hala, em Prešov. Ali, Francisco fará a homilia.
Às 16h, o Santo Padre se encontrará com a Comunidade Cigana no bairro Luník IX, em Košice, onde fará uma saudação.
Às 17h, haverá o encontro com os jovens no Estádio Lokomotiva em Košice, onde o Papa fará um discurso. Às 18h30, o Papa parte de avião para Bratislava onde chegará por volta das 19h30 ao Aeroporto Internacional de Bratislava.
Quarta-feira, 15 de setembro
Na quarta-feira, 15 de setembro, último dia da viagem apostólica, às 09h10 da manhã, haverá o momento de oração com os bispos no Santuário Nacional de Šaštin. A seguir, às 10h, o Santo Padre celebrará a missa neste mesmo santuário onde fará sua homilia.
Às 13h30, haverá a cerimônia de despedida no Aeroporto Internacional de Bratislava. Às 13h45, o Papa partirá para Roma onde chegará por volta das 15h30 ao Aeroporto Internacional de Roma/Ciampino.
Fonte: Vatican News
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Papa sobre atentado em Bagdá: que violência não enfraqueça esforços de paz
O autoproclamado Estado Islâmico assumiu a autoria do atentado em um mercado lotado em Bagdá e que deixou ao menos 35 vítimas fatais. O patriarca da Igreja Caldeia, cardeal Louis Raphael I Sako, falou ao Vatican News sobre mais esse atentado e os desafios enfrentados no país: "É preciso voltar à moralidade, à humanidade, aos valores humanos, de outra forma, para onde vai o país?"
Tristeza pelo atentado ocorrido no Iraque no final da tarde de segunda-feira, oração pelas vítimas e para que a violência não impeça o caminho da reconciliação e da paz no país.
Esse é o teor da mensagem do Papa Francisco enviada ao núncio apóstólico no Iraque, Dom Mitja Leskovar.
“Sua Santidade o Papa Francisco - lê-se no texto assinado pelo cardeal secretário de Estado, Pietro Parolin - ficou profundamente entristecido ao saber da notícia da perda de vidas na explosão no mercado al-Wuhailat em Bagdá e envia suas condolências aos familiares e amigos dos que morreram.”
“Confiando suas almas à misericórdia de Deus Todo-Poderoso – continua a mensagem - Sua Santidade renova suas fervorosas orações para que nenhum ato de violência enfraqueça os esforços daqueles que estão empenhados em promover a reconciliação e a paz no Iraque”.
O desânimo do patriarca caldeu diante de mais um episódio de violência
“Não há segurança ou estabilidade no Iraque, este ataque é apenas o exemplo mais recente disso. É um problema moral: a corrupção e a matança de inocentes são atos imorais”.
Na entrevista concedida ao colega Alessandro Di Bussolo após o atentado, fica perceptível o desânimo na voz do patriarca caldeu, cardeal Louis Raphael I Sako, que atualmente se encontra em Erbil, no Curdistão iraquiano, para o retiro espiritual do clero caldeu de 19 a 24 de julho. A tristeza é principalmente por este verdadeiro massacre contra inocentes perpetrado pelo autodenominado Estado Islâmico em Bagdá, com pelo menos 35 vítimas e mais de 60 feridos.
Eminência, o que está acontecendo em Bagdá? O chamado Estado Islâmico continua a semear morte?
Foi realmente uma tragédia na véspera da festa dos muçulmanos. É uma coisa trágica, mas não é a primeira vez. Há confusão, não há segurança, não há estabilidade no país. Penso que exista um problema moral, não é somente um problema político: a corrupção, matar outros para objetivos estranhos, é uma coisa imoral. É preciso voltar à moralidade, à humanidade, aos valores humanos, de outra forma, para onde vai o esse país? Eles também prenderam um homem que tentou entrar em um hospital com uma bomba. É um confronto entre xiitas e sunitas ou entre xiitas e xiitas, uma luta pelo poder e dinheiro, então não existe moralidade.
Quase 5 meses após a visita do Papa, que frutos o senhor percebe na vida dos cristãos e na vida civil no Iraque?
Para a população houve uma mudança de mentalidade, há um respeito pela diversidade. Não se fala mais de cristãos e muçulmanos, se fala dos iraquianos como irmãos e irmãs e este é o maior fruto, para nós, da visita do Santo Padre. Mudou um pouco a mentalidade. De resto, no plano político, precisamos de uma classe política que tenha senso de responsabilidade, a visão de um Estado civil para a cidadania, que crie serviçose não roubar.
Como Igreja Caldeia no Iraque, vocês estão reunidos em Erbil para o retiro espiritual anual. Está prevista alguma mensagem para o país?
Sim, claro, no final do encontro. Somos cerca de setenta bispos e sacerdotes, porque outros não puderam vir por causa da pandemia ou também porque pelo menos um sacerdote deve permanecer na paróquia para emergências. Somos dez bispos da Igreja Caldeia e estamos aqui para refletir sobre como ser fiéis à nossa consagração diante dos desafios que enfrentamos. Devemos ser pontes para os outros e não erguer barreiras. O Evangelho está aberto a todos e nós, consagrados, estamos a serviço de todos, não apenas dos cristãos. Também enviei uma mensagem para a festa do Eid al-Adha, a festa do sacrifício dos muçulmanos.
O que o senhor escreveu nesta mensagem?
Que é preciso voltar à fraternidade e depois à moralidade, para não perder os valores morais. Caso contrário, será como uma selva. A corrupção e esses ataques, matar gente inocente: isso não está certo. É preciso sacrificar os interesses pessoais e pensar no bem comum, no bem de todos, não apenas no bem individual um tanto egoísta. Em resumo, a mensagem é fazer todo o bem que pudermos pelos outros.
Fonte: Vatican News
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O Papa: a promoção integral da pessoa humana abre as portas para o futuro
Após sua estadia hospitalar na Policlínica Gemelli, o Papa Francisco enviou uma carta de agradecimento ao Reitor da Universidade Católica Franco Anelli que aqueceu os corações dos destinatários. Francisco enviou sua bênção a todos os que compõem a família da Universidade do Sagrado Coração
Dias atrás, o Papa Francisco enviou uma carta de agradecimento ao Reitor da Universidade Católica Franco Anelli depois da sua hospitalização no Hospital Gemelli. Em seu agradecimento o Santo Padre escreveu: “O cuidado é uma expressão do coração. A Universidade Católica do Sagrado Coração traz em seu nome a vocação de cuidar da pessoa humana. Minha hospitalização ocorreu no mesmo ano em que 'a Católica’ completou um século de vida, celebrando o aniversário com uma frase que me chamou a atenção: 'Um século de futuro'.
Abrir portas para o futuro
E Francisco pondera que durante seu internamento constatou mais uma vez a importância da promoção cultural e integral da pessoa humana ao afirmar que esta “abre as portas para o futuro”. Recordando que “a carne de Cristo sofrendo nos enfermos de todas as idades e condições requer um olhar presente e atento, capaz de dar esperança nos momentos difíceis e de olhar para o futuro”. 
Por fim o Papa escreveu: “Sou grato por ter visto este olhar em tantos rostos, por mantê-lo em meu coração e por apresentá-lo ao Senhor. E ao renovar minha gratidão, envio a vocês, a seus entes queridos e a todos os que compõem a família da Universidade Católica do Sagrado Coração minha bênção, pedindo que eu tenha sempre um lugar em suas orações. Fonte: Vatican News
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"Nos olhos da minha bisavó eu via o Eterno"
Em sua mensagem para o I Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, o Papa Francisco recorda que jamais se aposenta da tarefa de anunciar o Evangelho. Hoje propomos o testemunho do Padre Douglas de Freitas Ferreira, que aprendeu da bisavó Maria Celeste Fernandes Gouvêa a amar a Igreja.
 “Não existe uma idade para aposentar-se da tarefa de anunciar o Evangelho, da tarefa de transmitir as tradições aos netos.”
Este é um dos trechos da mensagem do Papa Francisco para o I Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, que a Igreja celebra no próximo domingo, 25 de julho.
Para o Pontífice, não importa quantos anos a pessoa tem, se ainda trabalha ou não, se ficou sozinho ou tem uma família, se ainda é autônomo ou precisa ser assistido, “porque não existe uma idade para aposentar-se da tarefa de anunciar o Evangelho”. “É preciso pôr-se a caminho e, sobretudo, sair de si mesmo para empreender algo de novo.”
“O futuro do mundo está nesta aliança entre os jovens e os idosos”, prossegue Francisco. “Quem, senão os jovens, pode agarrar os sonhos dos idosos e levá-los por diante? Mas, para isso, é necessário continuar a sonhar: nos nossos sonhos de justiça, de paz, de solidariedade reside a possibilidade de os nossos jovens terem novas visões e, juntos, construirmos o futuro.”
 “Nos olhos da minha bisavó eu via o Eterno”
Um testemunho desta aliança entre jovens e idosos de que fala o Papa vai ao ar nesta quarta-feira, no nosso programa semanal “Porta Aberta”.
Inteiramente dedicado ao Dia Mundial dos Avós, convidamos o Padre Douglas de Freitas Ferreira – especialista em assuntos de família – para analisar os desafios que a Igreja e a sociedade têm em valorizar esta aliança. Mas a preparação acadêmica ficou de lado na hora de lembrar de suas raízes, que influenciaram inclusive na sua decisão de abraçar o sacerdócio:
O grande testemunho de catolicidade eu recebi da minha bisavó: uma portuguesa da Ilha da Madeira, do Funchal, que foi para o Brasil para trabalhar. Minha bisavó viveu até os 94 anos. Eu tinha 18 anos quando ela faleceu, foi uma perda muito difícil para mim, mas uma perda que até hoje enche meu coração de gratidão.
E qual o testemunho que minha bisavó deu para mim, para meu irmão, para a família? O terço. Se tem uma memória da minha bisavó que eu tenho é daquela mulher que todos os dias – de manhã e à tarde – sentava no sofazinho dela, pegava o terço e rezava.
E quando meu irmão e eu fazíamos uma peripécia de criança, a minha bisavó nos chamava para rezar o terço. Era o nosso “castigo”. Mas eu agradeço a ela muito por isso, porque se eu rezo o terço todos os dias eu devo a esta mulher, a esta educação cristã. E me recordo muito do olhar dela enquanto ela rezava o terço - ela tinha os olhos azuis lindos. Mas não era uma oração qualquer, era uma oração com presença, compenetrada, profunda. E nos olhos da minha bisavó eu podia ver o Eterno. Se eu sou padre hoje, eu devo muito àquele olhar. O olhar da minha bisavó foi o que permitiu para mim ver a presença de Deus, o olhar a minha bisavó me levou até à Igreja, me levou até à eucaristia, me levou aos sacramentos. O olhar da minha bisavó me fez entender que a grandeza de uma pessoa é viver na presença do Senhor.
Conte sua experiência!
Você também tem uma história marcante como a do Padre Douglas? Conte para nós escrevendo para o nosso email brasil@spc.va O testemunho mais marcante será publicado no nosso site no Dia Mundial dos Avós e dos Idosos. Fonte: Vatican News
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Grech: a Igreja é sinodal porque é uma comunhão
O secretário do Sínodo: "A sinodalidade é a forma que realiza a participação de todo o povo de Deus na missão"
"Para fazer sínodo é preciso ser sínodo!" É o que ressalta o secretário do Sínodo dos Bispos, cardeal Mario Grech, que ao falar sobre a elaboração do documento preparatório sobre o processo sinodal, revela: "Antes de sua publicação, ouvimos os presidentes de todas as assembleias das Conferências episcopais continentais junto com o presidente da Conferência Episcopal dos EUA e o presidente da Conferência Episcopal Canadense".
O purpurado aprecia "o exercício da colegialidade", que considera muito frutífero: "Com esta abordagem quisemos comunicar a mensagem de que o envolvimento sinodal de todos é importante também nesta fase do lançamento do projeto".
O cardeal Grech observa ainda que o tema atribuído pelo Papa à XVI Assembleia ordinária é certamente "complexo", pois "fala de comunhão, participação e missão", ou seja, dos "aspectos da sinodalidade e de uma Igreja constitutivamente sinodal", como sublinhou o próprio Francisco em seu discurso por ocasião do 50º aniversário da instituição do Sínodo. Quanto ao conceito de sinodalidade, o purpurado é claro: "Muitos pensam que se trata de uma 'fixação' do Papa. Espero que nenhum de nós compartilhe deste pensamento! Nos vários encontros preparatórios ficou claro que a sinodalidade era a forma e o estilo da Igreja primitiva. É a categoria que melhor abrange todos os temas conciliares, que no período pós-conciliar têm sido muitas vezes opostos uns aos outros. Estou pensando sobretudo na categoria eclesiológica do povo de Deus, que infelizmente", continua o purpurado, "foi colocada contra a da hierarquia, insistindo em uma Igreja a partir de baixo, democrática, e instrumentalizando a participação como reivindicação, não muito distante da dos sindicatos".
Grech: a novidade do Sínodo não é um sonho do Papa, mas do Concílio
O cardeal Grech precisa que a sinodalidade "é a forma que realiza a participação de todo o povo de Deus e de todos no povo de Deus, cada um de acordo com seu estado e função, na vida e na missão da Igreja". De acordo com o purpurado, a "função hierárquica e magisterial" é muito clara. Não igualmente clara a do sensus fidei. "Mas para compreender sua importância basta sublinhar o tema do batismo, e como o sacramento do renascimento não só habilita à vida em Cristo, mas insere imediatamente na Igreja, como membro do corpo", acrescentando que "o documento preparatório sublinha bem tudo isso: "Se soubermos reconhecer o valor do sensus fidei e como mover o povo de Deus a tomar consciência dessa capacidade dada no batismo, teremos lançado o verdadeiro caminho da sinodalidade. Porque teremos plantado não só a semente da comunhão, mas também a da participação".
Há quem diz estar assustado com a quantidade de compromisso que o caminho sinodal comportará para as Igrejas locais. Sobre o possível risco de complicar a vida ordinária da Igreja, o cardeal responde que: "Tudo isso não é na verdade um processo que complica a vida da Igreja. Porque sem saber o que o Espírito diz à Igreja, podemos agir no vácuo e até mesmo, sem saber, contra o Espírito. Uma vez redescoberta a dimensão pneumatológica da Igreja, não podemos deixar de adotar o dinamismo da profecia-discernimento, que está subjacente ao processo sinodal. Isto vale sobretudo pensando no terceiro dos termos em jogo: a missão", conclui Grech. "O Sínodo dos jovens falou em sinodalidade missionária. A sinodalidade é para a missão, é ouvir como a Igreja se torna ela mesma vivendo, testemunhando e levando o Evangelho. Todos os termos propostos pelo título estão ligados entre si: estão de pé ou caem juntos! Peçamos também que nos convertamos profundamente à sinodalidade: isso significa converter-nos a Cristo e a seu Espírito, deixando a primazia a Deus".
Fonte: Vatican News
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Dom Cláudio Hummes, Igreja na Amazônia: passar do dever fazer para o fazer
O presidente da CEAMA nos lembra que o Papa nos diz: "Deus queira que toda a Igreja se deixe enriquecer e interpelar por este trabalho [do sínodo], que os pastores, os consagrados, as consagradas e os fiéis leigos da Amazônia se empenhem na sua aplicação".
Um dos grandes desafios para a Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA) é passar do dever fazer para o fazer, a fim de aplicar o Sínodo no território. O Papa Francisco na Querida Amazónia, como recordou o cardeal Hummes num comunicado, apela a que assim seja.
O presidente da CEAMA nos lembra que o Papa nos diz: "Deus queira que toda a Igreja se deixe enriquecer e interpelar por este trabalho [do sínodo], que os pastores, os consagrados, as consagradas e os fiéis leigos da Amazônia se empenhem na sua aplicação".
Segundo o cardeal Hummes, ficar com o que devemos fazer, mesmo que seja algo bom, "não é suficiente". Por esta razão, ele vê a necessidade de passar à prática, afirmando que muitas coisas estão sendo feitas, mas que é necessário torná-lo conhecido, procurando trabalhar "em rede e em sinodalidade".
Isto implica, segundo o cardeal Hummes, continuar "indo às comunidades, expondo-lhes os resultados do sínodo, escutando-as e com elas construindo ‘os novos caminhos’, para depois comunicar a toda a rede ‘o que estamos fazendo’. Todo este processo seja realizado à luz da Palavra de Deus e com muita oração. É o Espírito Santo quem nos deve conduzir", insiste o cardeal.
O texto, baseado no número 15 do Instrumentum Laboris do Sínodo, relara algumas das ameaças à Amazônia: pela criminalização e pelo assassinato de líderes e defensores do território; pela apropriação e privatização de bens da natureza, como a própria água; por concessões madeireiras legais e pela entrada de madeireiras ilegais; pela caça e pesca predatórias, principalmente nos rios; por megaprojetos: hidrelétricas, concessões florestais, desmatamento para produzir monoculturas, estradas e ferrovias, projetos mineiros e petroleiros; pela contaminação ocasionada por todas as indústrias extrativistas que causam problemas e enfermidades, principalmente para as crianças e os jovens; pelo narcotráfico; pelos consequentes problemas sociais associados a tais ameaças, como alcoolismo, a violência contra a mulher, o trabalho sexual, o tráfico de pessoas, a perda de sua cultura originária e de sua identidade (idioma, práticas espirituais e costumes) e todas as condições de pobreza às quais estão condenados os povos da Amazônia (Fr.PM).
Além disso, aborda questões mais centradas na vida pastoral da Igreja, tais como "que o Papa Francisco solicita com insistência que se multipliquem os diáconos permanentes na região amazônica", e juntamente com eles, "os ministros leigos e leigas dos vários ministérios instituídos, com destaque dos indígenas".
Para isso propõe algumas medidas, tais como "escolas de diaconato permanente, de catequistas e dirigentes de comunidades, seja mulheres seja homens, agentes missionários com prática sinodal, bem como renovação sinodal do nosso atual clero e dos religiosos/as". Devem ser escolas que "precisarão inovar e se inculturar seja na metodologia seja no currículo".
Reconhecendo que estes são alguns aspectos entre muitos outros, ele pede que o Espírito Santo "mantenha aceso o fogo sinodal na Igreja Panamazônica!", convidando a REPAM a juntar-se à CEAMA para assumir este processo sinodal. Finalmente, apelou a cada jurisdição eclesiástica a partilhar o que está fazendo "relativo aos compromissos, que assumimos na documentação final da Assembleia Sinodal", procurando assim "visibilizar, reconhecer, aprender, socializar e agradecer em espírito sinodal".
Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1
Fonte: Vatican News
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Paraguai. Assembleia do clero analisa conjuntura política do país
Quatro dias dedicados à reflexão sobre a realidade e os desafios dos sacerdotes, especialmente no contexto da pandemia, bem como o impulso à ação evangelizadora. A questão da hidroelétrica binacional de Itaipu (Brasil-Paraguai) e a revisão do Anexo C do Tratado encontram-se também no centro das discussões dada sua importância para o desenvolvimento econômico e social da nação. Iniciada na segunda-feira, dia 19, a Assembleia do clero paraguaio prosseguirá até esta quinta-feira, 22 de julho
A Assembleia do clero paraguaio, tradicional encontro de sacerdotes de todo o país, realiza-se mais uma vez modo virtual, de segunda, dia 19, até quinta-feira, 22 de julho, com uma série de temas que estão relacionados não somente à realidade da Igreja, mas também à situação nacional, especialmente no contexto da pandemia.
Impacto socioeconômico da pandemia
Os trabalhos se iniciaram com uma conferência do analista, especialista em comunicação estratégica e comunicação política, Pascual Rubiani, leigo, dedicada à "Análise da conjuntura e reflexão sobre a situação política no país".
Em seguida, o economista Hugo Roig falou sobre a "Situação econômica e seu impacto no social no contexto da pandemia". Ambos os temas foram discutidos em grupos de trabalho onde a perspectiva dos presbíteros pode ser ampliada para uma realidade regional e nacional.
Itaipu na perspectiva do bem comum
Na terça-feira, a questão da hidroelétrica binacional de Itaipu (Brasil-Paraguai) e a revisão do Anexo C do tratado estiveram no centro das discussões dada sua importância para o desenvolvimento econômico e social da nação. O engenheiro Gerardo Blanco, leigo, acadêmico, pesquisador em questões energéticas da Faculdade Politécnica UNA, conselheiro de Itaipu e um dos colaboradores para a redação da carta pastoral dos bispos do Paraguai, dissertou sobre "Informação, análise e reflexão sobre a revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu".
“A referida carta pastoral apresentada pela Conferência Episcopal Paraguaia (CEP) no início deste ano foi em seguida analisada à luz da Doutrina Social da Igreja, em vários trabalhos de grupo e na perspectiva de 'Itaipu, uma oportunidade de diálogo e concertação social para o bem comum'.”
Por sua vez, a secretaria executiva da Pastoral Social Nacional da CEP, cujo trabalho foi também coordenar as reuniões de análise entre os bispos e especialistas em energia para a elaboração da referida carta pastoral, apresentou uma "síntese da situação social, política e econômica do país".
Formação permanente e conscientização vocacional
Nesta quarta-feira, dia 21, os participantes abordam temas clericais tais como: "Formação permanente a partir de uma consciência madura de nossa vocação e missão" e "Formação inicial e permanente: visão integral e dimensões". Enquanto o último dia da assembleia será dedicado aos desafios da missão evangelizadora:
"Constante desafio do crescimento interior diante dos desafios evangelizadores: formação permanente e caridade pastoral" e "Formação permanente encarnada na realidade presbiteral: protagonistas, instrumentos, processos e riscos".
Conferência dos Religiosos e Religiosas do Paraguai
A Assembleia do clero paraguaio foi precedida, na semana passada, pela Conferência dos Religiosos e Religiosas do Paraguai (CONFEREPAR), que realizou seu encontro nacional sob o lema "Processo de escuta da Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe", no qual também foram discutidos temas como "Perspectivas da conjuntura sanitária nacional (sanitária, econômica, política e eclesial) e a carta pastoral dos bispos do Paraguai sobre o Anexo C do Tratado de Itaipu".
Fonte: Vatican News
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Cabo Verde - Igreja e Associação de Cinema encaram parceria
A Associação de Cinema e Audiovisual e a Igreja católica lançam bases para uma futura parceria.
O Cardeal Dom Arlindo Furtado, Bispo da Diocese de Santiago, afirmou terça-feira, 20 de julho, na cidade da Praia que os meios audiovisuais são hoje providências para a transmissão de valores e comunicação.  
Dom Arlindo Furtado falava aos jornalistas após um encontro com a Associação de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde.
Um encontro realizado a pedido da Associação com o objectivo de lançar as bases para uma futura parceria, diz o presidente Júlio Silvão.
Uma iniciativa reportada de grande importância por Dom Arlindo Furtado que considera que nesses tempos modernos os audiovisuais são um meio providencial que todos devem usar para uma formação mais sólida da sociedade.
O Bispo de Santiago adianta que, timidamente, a Igreja católica em Cabo Verde tem feito uso dos audiovisuais nas suas actividades. Por isso, acredita que esta futura parceria com a Associação de Cinema e Audiovisual poderá potencializar a utilização desses meios para as acções relacionadas com a formação humana, social e religiosa.
A proposta da Associação de Cinema e Audiovisual é de, para além de exibir filmes nos espaços da Igreja, também produzir filmes e documentários sobre a Igreja e suas personagens e sobre o património material e imaterial da Igreja.
Bases lançadas para uma futura parceria entre a Igreja católica e a Associação de Cinema e Audiovisual numa altura em que se começa a preparar a celebração dos 500 anos da criação da Diocese de Santiago que acontece em 2033. 
Fonte: Vatican News
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Timor Leste terá em breve sua primeira universidade católica
Antiga colônia portuguesa, ocupada pela Indonésia em 1975 e independente desde o dia 20, Timor Leste é o segundo país com maioria católica na Ásia, depois das Filipinas. Os católicos representam 97% de seus cerca de 1,3 milhão de habitantes.
A Igreja em Timor Leste poderá em breve ter sua primeira universidade católica. No dia 16 de julho, o arcebispo de Díli, Dom Virgílio do Carmo da Silva, apresentou ao Ministério do Ensino Superior, Ciência e Cultura a autorização para elevar ao grau universitário o Instituto Religioso Católico da arquidiocese.
“É a realização de um sonho não só meu, mas de toda a Arquidiocese de Díli”, declarou o prelado salesiano. De fato, a ideia foi apoiada e promovida desde o tempo em que a então diocese era dirigida por Dom Carlos Filipe Ximenes Belo (1983-2002) e pelo saudoso bispo Alberto Ricardo da Silva (2004-15).
“Começaremos com faculdades que cobrem as ciências sociais, educação e ciências humanas. E no próximo ano vamos instituir outras duas faculdades de agricultura e medicina”, explicou Dom Virgílio.
A língua oficial de ensino será o português. 50 professores, todos com mestrado e doutorado, já se candidataram para lecionar na futura universidade. Quanto às estruturas, a universidade será acolhida pelo Instituto de ensino superior de São José em Balide, nos arredores de Dili. “80% já está pronto”, disse o arcebispo.
Um funcionário do Ministério do Ensino Superior, Ciência e Cultura disse que a decisão sobre o sinal verde para a nova universidade será tomada dentro de três a seis meses, o mais tardar.
A ex-colônia portuguesa é o segundo país com maioria católica na Ásia, depois das Filipinas. Os católicos representam de fato 97% de seus cerca de 1,3 milhão de habitantes.
Fonte: Vatican News
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Escolas residenciais indígenas: iniciativas de arquidiocese para a cura e a reconciliação
Ao reconhecer que o caminho da reconciliação exigirá anos de trabalho, a Arquidiocese de Toronto reafirma, com as palavras ditas em 1991 pelos Missionários Oblatos de Maria Imaculada no Canadá, que a violência e os maus-tratos perpetrados nas escolas residenciais indígenas são "imperdoáveis e intoleráveis" e que a própria existência desses institutos era uma violência por si só.
Multiplicam-se no Canadá as iniciativas de dioceses para responder à tragédia das escolas residenciais indígenas, que causou horror e indignação com a descoberta de centenas de sepulturas anônimas em vários locais onde antes existiam esses institutos.
Depois de ter publicado um documento nos últimos dias para responder às perguntas de muitos fiéis sobre este capítulo sombrio da história do país - e que envolve também responsabilidades da Igreja - a Arquidiocese de Toronto anuncia três novas iniciativas correspondentes a outras tantas prioridades. Trata-se de projetos educacionais voltados a informar o clero e os fiéis sobre a "trágica herança das escolas residenciais".
De iniciativas de apoio psicológico e espiritual aos sobreviventes e àqueles que ainda sofrem traumas herdados de gerações que viveram essa experiência ao lançamento de uma campanha de arrecadação de fundos para financiar os “contínuos esforços de cura e reconciliação”.
“Embora a arquidiocese não administrasse escolas residenciais - explica um comunicado -, temos a responsabilidade de tomar medidas que sejam verdadeiramente significativas para caminhar com as comunidades indígenas na via da reconciliação e ajudar a curar o trauma sofrido no sistema de escolas residenciais”.
A Igreja em Toronto explica que criou grupos de trabalho abertos à contribuição das comunidades indígenas, para entender como ajudar e orientar essas intervenções e iniciativas.
Quanto aos projetos educativos, seu objetivo é fazer compreender como esta tragédia continua a ter impacto nas populações indígenas e a promover uma maior "compreensão da espiritualidade indígena".
Em relação ao apoio psicológico e espiritual, foi proposta a criação de "círculos de cura, aconselhamento pessoal ou em grupo, oficinas, sessões de escuta, momentos de oração, serviços de reconciliação".
Por fim, no que tange ao financiamento para este processo de cura e reconciliação - enquanto se aguardam os detalhes para as próximas semanas - a arquidiocese já estabeleceu o fundo Healing & Reconciliation ("Cura e Reconciliação") para aqueles que expressaram o desejo de contribuir imediatamente. As doações podem ser feitas on-line, por telefone ou às paróquias.
Ao reconhecer que o caminho da reconciliação exigirá anos de trabalho, a Arquidiocese de Toronto reafirma, com as palavras ditas em 1991 pelos Missionários Oblatos de Maria Imaculada no Canadá, que a violência e os maus-tratos perpetrados nas escolas residenciais indígenas são "imperdoáveis e intoleráveis" e que a própria existência desses institutos era uma violência por si só.
Estima-se que, entre 1883 e 1996, 150.000 crianças indígenas foram arrancadas de suas famílias e forçadas a frequentar escolas residenciais federais como parte da política de assimilação indígena do governo federal.
Em 2015, após sete anos de pesquisas, a Comissão para a Verdade e Reconciliação do Canadá divulgou um relatório que revela em detalhes os maus-tratos e as más condições com que essas crianças foram forçadas, várias das quais - pelo menos 4 mil - encontraram a morte por doenças, fome, frio e outras causas que ainda precisam ser esclarecidas.
Nas últimas semanas, os bispos canadenses intervieram em várias ocasiões para expressar sua solidariedade e a vontade da Igreja de colaborar com as First Nations (“Primeira Nações”) na busca da verdade e da justiça.
Um convite às autoridades políticas e religiosas do Canadá para "se empenharem humildemente em um caminho de reconciliação e cura" também foi dirigido pelo Papa Francisco no Angelus em 6 de junho, após a descoberta das covas anônimas na escola residencial Kamloops, na Colúmbia Britânica.
A recordar que, de 17 a 20 de dezembro próximo, uma Delegação dos povos indígenas do Canadá estará no Vaticano para encontrar Francisco. A visita contará com a presença de um grupo de Elders/Knowledge Keepers ("Anciões / Guardiões do Conhecimento”), sobreviventes de escolas residenciais e jovens de todo o país, acompanhados por um pequeno grupo de bispos e líderes indígenas.
Fonte: Vatican News
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Zâmbia rumo às eleições gerais: Bispos apelam à não violência
A população da Zâmbia irá às urnas no dia 12 de agosto para eleger o novo Presidente da República e os deputados. Neste contexto, os Bispos do país, reunidos em Assembleia Plenária, lançam um apelo a evitar a violência e discursos de ódio durante a campanha eleitoral.
 “Lançamos um apelo a todos os candidatos políticos para que se abstenham de atos de violência e de discurso de ódio e, indiquem, pelo contrário, as razões pelas quais devem ser eleitos”:  assim escreve a Conferência Episcopal da Zâmbia (ZCCB) em nota divulgada a 16 de julho, no final da sua Assembleia Plenária. O título da mensagem é: "Estejam em paz uns com os outros".
O pensamento dos bispos vai, de modo particular, para as eleições gerais de 12 de agosto: presidências e parlamentares. Bens destruídos, sequestros, carnificina, incitação ao ódio com base na pertença étnica: estes são os sinais preocupantes que se registam no país e para os quais os Bispos convidam a encontrar soluções. Esses eventos, na verdade, “tinham como objetivo intimidar uma parte dos cidadãos alinhados com um partido, ao invés de outro, empurrando-os a escolher os seus representantes na onda do medo” – escrevem os prelados que recordam aos eleitores que devem eleger os candidatos da sua preferência sem se deixar influenciar indevidamente. Ao mesmo tempo alertam contra os que instigam à violência política, reiterando que “este tipo de disputa não deve equivaler a uma luta mortal em que se perdem vidas ou bens, apenas para chegar ao poder”. Antes, o que é preciso é que o enfrentamento político se baseie “num programa de ação em favor da população que, na sua maioria, é pobre”.
Juntos, formamos uma só Nação
A ZCCB recorda a seguir que o país é constituído por pessoas que têm "diferentes estilos de vida, diferentes grupos étnicos, diferentes línguas e diferentes interesses", mas que juntas formam "uma só nação", em "espírito da unidade, como sempre defendeu o recém-falecido, Kenneth David Buchizya Kaunda ", considerado o Pai da Nação e que foi o primeiro Chefe de Estado (1964 a 1991)".  Vivíamos como irmãos e irmãs na unidade e no amor. Da mesma forma, como um povo, devemos ter em grande consideração a inviolável sacralidade da vida humana” – salientam.
Os prelados recordam ainda que a Zâmbia “é conhecida por ser um país amante da paz e um farol de reconciliação em África” e que “as próximas eleições não são nem as primeiras nem as últimas da história nacional, mas sim um acontecimento recorrente”. Por isso, “não devem ser manchados com derramamento de sangue, porque há vida antes, durante e depois das votações”. «Procuremos, pois, ter consideração e respeito mútuos - dizem os Bispos – pois toda vida é sagrada e a vida de todos e de cada um é importante».
Dirigentes altruístas e temerosos de Deus
Um novo apelo é lançado aos cidadãos para que, "sem se enganarem", escolham dirigentes "altruístas, temerosos de Deus e que têm no coração os interesses do povo e da nação". Reiterando, portanto, aos próprios bispos a importância de “serem imparciais ao guiar os fiéis”, a Conferencia Episcopal acrescenta: “A liderança vem de Deus e pelas urnas”.
Além disso, a Igreja dirige a todos os atores políticos um apelo à promoção da paz durante o período eleitoral, desejando que cada um "assuma plena responsabilidade e transforme este compromisso em realidade, de modo a iniciar uma convivência pacífica entre os membros dos diferentes campos políticos e de interesses, conduzindo a eleições não violentas”.
Pandemia de Covid-19
Olhando para o difícil contexto causado pela pandemia da Covid-19 que, até agora, na Zâmbia já infetou 188 mil pessoas, mais de três mil das quais faleceram, os bispos convidam cidadãos a “respeitar as diretrizes de saúde para salvaguardar a própria vida e a dos outros do coronavírus que assolou as comunidades nacionais e internacionais”. A nota episcopal se conclui com uma oração ao Senhor, para que dê a paz ao país, “antes, durante e após as eleições ".
Conselho Nacional de Leigos Católicos
Recorde-se que a reflexão dos bispos vem depois da do Conselho Nacional dos Leigos Católicos que, nos últimos dias, exortou os fiéis leigos a serem "a luz do processo democrático", convidando-os também a " “serem parte integrante do processo pré-eleitoral". “É correto – sublinharam - que os católicos leigos também concorram a assentos políticos. Desta forma, poderão fazer com que a Igreja, portadora de bem, esteja devidamente representada entre os líderes políticos.”
A Frente Patriótica (PF), liderada pelo presidente Edgar Chagwa Lungu, que ambiciona um segundo mandato de cinco anos, terá como concorrentes, a 12 de agosto próximo, vários partidos de oposição, o principal dos quais é o Partido Unido para o Desenvolvimento Nacional (UPND), liderado por Hakainde Hichilema. Mas a luta preanuncia-se renhida. Com efeito, nas últimas semanas, as tensões entre as duas partes aumentaram. Já no mês passado a Comissão Eleitoral os havia suspendido da campanha eleitoral na capital e em três outros distritos, devido a atos de violência. Outras proibições dizem respeito a campanhas eleitorais de porta em porta que não podem ser conduzidas por grupos de mais de três pessoas.
Períodos eleitorais críticos
Por outro lado, há que sublinhar que a Zâmbia já tem registado períodos eleitorais críticos: em 2016, as eleições presidenciais foram marcadas por confrontos, violência e censura à liberdade de imprensa, apesar de terem sido os primeiros tripartidários. Com efeito, o multipartidarismo só foi introduzido em 1991, no final da longa presidência de Keneth Kaunda. Além disso, em 2020 houve um acalorado debate entre a Frente Patriótica e as forças de oposição que acusavam o executivo de corrupção e de outras atividades ilícitas, como tráfico ilegal de madeira, falta de clareza na assinatura de contratos, atribuição de novas concessões de mineração a empresas estrangeiras. E falta de transparência na gestão de fundos do Estado.
Relatório da Amnistia Internacional
O recente relatório da Amnistia Internacional sobre o respeito dos direitos humanos no país entre 2012 e 2020 também não foi muito abonatório.  Em particular, a liberdade de associação, manifestação e expressão foi limitada, graças à aprovação de leis especiais, concebidas para favorecer apenas o governo, em detrimento da oposição – sublinha-se. 
Fonte: Vatican News
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Iêmen: milhões de pessoas passam fome por causa da guerra
Guerra e Covid são as causas da pobreza no Iêmen que vive a crise humanitária mais grave do mundo. A organização Ação contra a Fome denunciou a situação de milhões de civis. O país, que está em guerra há anos, encontra-se à beira da carestia total
Em sete anos de guerra, já morreram 250.000 pessoas, com mais da metade das mortes por causas indiretas da guerra, como a falta de alimentos ou de assistência médica. Pelo quarto ano consecutivo, o país árabe enfrenta agora a pior crise humanitária do mundo e está à beira da carestia total. “Mais de 80% da população", disse Simone Garroni, diretor-geral da Ação Contra a Fome, ao Vatican News, "vive abaixo da linha da pobreza e pelo menos 20 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária. Atualmente milhões de iemenitas não têm acesso aos cuidados médicos básicos, à água potável ou a um emprego adequado que possa atender suas necessidades essenciais. O conflito armado, mesmo antes da atual pandemia, teve um impacto devastador sobre a população. A insegurança alimentar e a desnutrição, também devido aos efeitos da Covid-19, são um problema grave. Mais de 16 milhões de pessoas passam fome – destacou Garroni - e 400.000 crianças com menos de cinco anos correm o risco de morrer de desnutrição aguda grave se não receberem tratamento urgente.
A história de Maimuna
Em Al Khawkhah, um distrito no sul da província de Al-Hodeidah, os vestígios do conflito são visíveis nos rostos de adultos e crianças. No centro de estabilização dirigido pela Ação Contra a Fome, onde são tratadas as crianças mais severamente subnutridas, há muitas histórias de pessoas que lutam contra a fome causada pela guerra. Uma mãe de 21 anos, Maimuna, com uma filha de oito meses, Raheel conta: "Quando minha filha adoeceu, ela não conseguia se mexer ou chorar”. A criança recebeu seu copo de leite terapêutico, fornecido a cada três horas pelo Centro para tratar as formas mais severas de fome. “Depois de apenas seis ou sete dias de tratamento", continua Maimuna, "posso ver que ela está muito melhor”. A guerra se tornou uma rotina na vida de milhões de pessoas. Maimuna, que viu a desagregação de sua própria família, não é exceção. "No dia do meu casamento, todos tinham muito medo porque ouvia-se bombardeios e combates por toda a parte. Meus irmãos viviam perto da linha de frente, todos eles tiveram que fugir e ainda hoje vivem em um acampamento para desalojados".
Ajudar o Iêmen a sair do drama
A organização Ação Contra a Fome acredita que somente novos apoios humanitários, a importação facilitada de bens essenciais para a população e um maior respeito ao direito humanitário internacional pelas partes em conflito podem quebrar o atual círculo vicioso da guerra e da fome. Além de realizar programas que salvam vidas no país, a organização tem fornecido aos agentes em campo as informações necessárias para protegerem a si mesmos e às comunidades locais da Covid-19. Mas isso não é tudo. O colapso dos serviços de água e saneamento deixou as pessoas dependentes da ajuda humanitária. Agora milhões de pessoas dependem do abastecimento de água fornecido pelos caminhões-pipa. A organização também está trabalhando na frente de emergência da água com a instalação de novos pontos com torneiras para lavar as mãos e abastecimento de água potável.
Fonte: Vatican News
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Comunidade Santo Egídio: "Não abandonemos os moçambicanos"
A Comunidade Santo Egídio de Roma, denunciou em uma coletiva a situação insustentável enfrentada pela população moçambicana, que se encontra há tempos nas mãos dos terroristas. As novas gerações são os que pagam o preço mais alto, afirma o padre Angelo Romano, do Departamento de Relações Internacionais da Comunidade, em nossa entrevista
Moçambique, país da África Oriental enfrenta uma crise que está afetando e perturbando a vida de seus 30 milhões de habitantes. Especialmente os que vivem no extremo norte, na fronteira com a Tanzânia, na área de Cabo Delgado. Na região, a violência do terrorismo levou centenas de milhares pessoas a se deslocarem internamente nos últimos três anos, especialmente nos últimos 12 meses. As pessoas são obrigadas a deixar tudo para trás para escapar dos ataques terroristas, mas suas viagens nem sempre levam à segurança: nestas viagens do desespero há muitas vítimas, especialmente entre os mais jovens. Em uma coletiva de imprensa "Não abandonemos o povo de Moçambique vítima do terrorismo", a Comunidade Santo Egídio de Roma ilustrou os efeitos da crise humanitária sobre a população e as intervenções realizadas graças à presença da Comunidade em Moçambique. Padre Angelo Romano, responsável pelo Departamento de Relações Internacionais conceeu uma entrevista à Rádio Vaticano - Vatican News.
Padre Angelo, hoje as atenções estão voltadas para Moçambique, um país muitas vezes esquecido. Qual é a situação no momento?
Em 4 de outubro de 1992, foi assinado um Acordo de Paz em Roma, aqui na Comunidade Santo Egídio, pondo fim a uma guerra civil de quase 17 anos e que tinha causado quase um milhão de mortes. Moçambique conseguiu recomeçar, chegou a uma alta taxa de crescimento, tinha reiniciado, o país tinha todas as características para enfrentar seu futuro com esperança. Porém, em 2017, explodiu uma revolta islâmica em Cabo Delgado, no norte do país, na fronteira com a Tanzânia. Os ataques terroristas se multiplicaram por parte de uma organização que mais tarde aderiu formalmente, ao Ísis. Ataques destinados a destruir a estrutura social do país para depois reconstruí-la segundo as regras do auto-proclamado Estado islâmico. Esses ataques atingiram a população indiscriminadamente. No último ano, o número de refugiados internos cresceu enormemente, atualmente chegam a cerca de 740.000, dos quais apenas um décimo está em campos assistidos por agências internacionais. A maioria desses indivíduos são refugiados em contextos familiares, em acomodações improvisadas. A situação é, portanto, muito grave no momento, afetando tanto a comunidade cristã quanto a muçulmana. Os terroristas consideram os muçulmanos que não seguem sua visão como inimigos, e os perseguem da mesma forma que os outros. Este é um projeto maligno e extremamente perigoso. Moçambique não tem tido os meios ou a capacidade para lidar com esta crise há muito tempo.
Qual foi a resposta da comunidade internacional, especialmente nos últimos meses? Estão sendo tomadas medidas apropriadas?
Houve uma série de decisões, há uma intervenção holandesa em andamento e outra da comunidade de estados da África Austral está prestes a começar. O treinamento europeu está começando, mas, como Comunidade Santo Egídio, estamos convencidos de que a resposta não pode ser apenas militar. A população foi marginalizada, é necessário um esforço muito grande para recuperar a confiança das pessoas e, neste sentido, a comunidade internacional pode desempenhar um papel importante.
Neste "projeto maligno", como o senhor o definiu, qual é o preço que os mais novos pagam? Muitas vezes o Papa, falando de cenários dramáticos, tem chamado a atenção ao drama dentro do drama que as crianças vivem. Qual é a situação das crianças do país?
As crianças estão pagando o preço mais alto nesta crise. Estamos falando de uma porcentagem muito alta desses refugiados, quase metade do total. Junto com as mulheres, elas representam 75% dos deslocados internos. Pagam o preço mais alto porque têm que interromper seus estudos e muitos são sequestrados por terroristas para serem treinados como combatentes. Muitas garotas são sequestradas e escravizadas. Há uma fragilidade adicional na própria condição das crianças, que são expostas ao conflito. Também deve ser dito que estes refugiados internos têm caminhado ou viajado em barcos improvisados durante semanas, ou mesmo meses, para escapar de ataques terroristas. Muitos deles morreram de fome, exaustão. A Comunidade Santo Egídio aumentou sua ajuda humanitária a estas pessoas, alcançamos cerca de 25.000 pessoas com centenas de toneladas de ajuda. Queremos fazer ainda mais, especialmente permitindo que as crianças estudem. Estamos construindo prédios escolares em alguns campos de refugiados, estamos trabalhando em um programa de bolsas de estudo e graças a um programa já presente em Moçambique para registrar refugiados, chamado 'Bravo', estamos trabalhando para conseguir esses documentos. Mais da metade deles perderam seus documentos. Eles fugiram sem documentos ou os perderam no caminho e isto obviamente cria grandes problemas. Nós também os ajudamos restituindo-lhes os documentos necessários para que possam utilizar os serviços estatais.
Fonte: Vatican News
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Cabo Verde: Covid-19 aumentou desigualdades sociais e pobreza
A consideração é da Presidente da Comissão Nacional para os Direitos Humanos e Cidadania (CNDHC), segundo a qual isto implica uma “atenção cuidadosa” dos actores envolvidos na matéria.
Zaida Freitas falava à imprensa, à margem da formação sobre “Direitos Humanos e Cidadania”, destinada aos comissários e 22 pontos focais da organização, promovida pela CNDHC, em parceria com o Escritório Conjunto do PNUD, UNFPA e UNICEF em Cabo Verde.
Conforme aponta Zaida Freitas os comissários que participam no evento fazem parte da assembleia da CNDHC.
Quanto aos pontos focais, de acordo com a responsável, surgem no âmbito do protocolo assinado com as autarquias, para terem representantes nos 22 municípios do arquipélago.
Esta formação, para além da importância de surgir no âmbito desta pandemia, tem a ver também com o facto de se ter realizado as autárquicas recentemente em Cabo Verde. Esses pontos focais quase na sua maioria são novos.
A formação que decorrerá em formato presencial e online é ministrada por especialistas com conhecimento e experiência na área dos Direitos Humanos e da Cidadania.
A CNDHC é composta por 30 comissários, representantes de entidades governamentais, partidos políticos, sindicatos, jornalistas, confissões religiosas e organizações da sociedade civil.Da
Fonte: Vatican News
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Nigéria -Que a festa de Id al-Adha seja oportunidade de reflexão
Id al-Adha é uma oportunidade para refletir sobre a necessidade de uma coexistência pacífica entre muçulmanos e cristãos na Nigéria. É quanto afirma Dom Emmanuel Badejo, Bispo de Oyo, na sua mensagem para a festa do Sacrifício que os muçulmanos celebram a 20 de julho.
A festa, que inclui a tradicional peregrinação à Meca (Haji), recorda a disposição de Abraão a sacrificar o seu filho Ismael em obediência a Alá. É, portanto, a festa por excelência da submissão total à vontade de Deus.
Esta submissão «deve reflectir-se no nosso amoroso sacrifício mútuo, sobretudo por aqueles que não partilham das nossas convicções e da nossa língua», sublinha na sua mensagem Dom Emmanuel Badejo que exorta todos os cidadãos nigerianos - cristãos e muçulmanos -  «a combater todas as formas de preconceito, notícias falsas, discursos de ódio e fanatismo religioso ” e  a unir as forças como líderes políticos para que a Nigéria seja para todos um país habitável.
Na verdade, o país vive desde há algum tempo num grave clima de insegurança e medo, alimentado pelos ataques do grupo islâmico “Boko Haram” e, nalgumas regiões, por tensões entre pastores nômades e agricultores. Violência à qual se juntou o banditismo e o crime desenfreado. Neste contexto, o Bispo de Oyo convida a «refletir sobre a necessidade comum de convivência pacífica, boa governação e empoderamento dos jovens»: «O nosso amado país precisa de todos nós e todos temos um papel a desempenhar para o seu sucesso” - frisa Dom Badejo.
Por fim, o prelado expressa solidariedade para com os muçulmanos que não podem ir à Meca este ano. Com efeito, a Arábia Saudita proibiu a entrada de estrangeiros no país devido à pandemia de Covid-19. “Rezemos para que o próximo ano seja melhor, conclui a mensagem.
Fonte: Vatican News
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Comissão Justiça e Paz no Equador: "criminalidade é difusa e aterroriza cidadaos"
"A corrupção na política é outra forma de criminalidade e é o termômetro da criminalidade comum", aponta a Comissão de justiça e Paz."Diante disso, qualquer cidadão pode pensar que se os líderes roubam e se aproveitam, até mesmo da pandemia, para se enriquecer, por que todos não podem fazê-lo, mesmo que seja tomando para si pequenos objetos como um celular ou uma carteira?" O país "exige segurança para banir o medo, uma tarefa prioritária para as autoridades competentes", ressalta a Comissão
"A criminalidade enche a sociedade de medo e paralisa todas as ações dos cidadãos. Os assaltantes são homens, mulheres e agora também crianças...". É o que denuncia a Comissão de Justiça e Paz da Conferência Episcopal do Equador, em uma nota intitulada "Delinquência e medo social".
Homicídios e violência em geral em aumentado a cada ano
Nos últimos cinco anos, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística e Censos (Inec), os homicídios por ano aumentaram: em 2017 houve 972 casos; em 2018 994 casos; em 2019 1.188 casos; em 2020 1.372 casos; em 2021 (somente até maio) 860 casos.
"Os assaltos às pessoas, sejam em suas em casas, ruas, praças, parques, veículos ou instalações comerciais, são diárias, cada vez mais perigosos e traiçoeiros. Os criminosos não usam mais uma faca ou uma arma de fogo para ameaçar e subjugar, mas outros instrumentos igualmente ou mais perigosas, tais como jogar gasolina sobre a vítima ou sobre quem queira defendê-la."
A corrupção na política é outra forma de criminalidade
A nota adverte sobre o risco, que deve ser evitado, de equiparar os pobres aos criminosos. "O lucro rápido e fácil tornou-se o objetivo principal para muitos, portanto o tráfico de drogas, independentemente do dano e da morte que gera, tem muitos seguidores e tentáculos."
"A prova está nas ações das máfias que dominam e matam aqueles que se opõem a elas, dentro ou fora da prisão. A corrupção na política é outra forma de criminalidade e é o termômetro da criminalidade comum."
É hora de recuperar os valores da família
"Diante disso, qualquer cidadão pode pensar que se os líderes roubam e se aproveitam, até mesmo da pandemia, para se enriquecer, por que todos não podem fazê-lo, mesmo que seja tomando para si pequenos objetos como um celular ou uma carteira?"
O país, conclui a Comissão, "exige segurança para banir o medo, uma tarefa prioritária para as autoridades competentes. Também é hora de, a partir da educação, recuperar os valores da família, a fim de construir uma sociedade justa, solidária, inclusiva e equitativa".
Fonte: Vatican News
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Irmãs Scalabrinianas preparam campanha para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado
 “Eu não, nós” é o tema escolhido para a 2ª Campanha para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, iniciativa das Irmãs Scalabrinianas em favor da acolhida compassiva às pessoas em situação de migração e refúgio, para celebrar a diversidade como bem necessário à paz e à fraternidade.
A realizar-se nos 16 a 26 de setembro de 2021, a Campanha pretende ser uma ação das igrejas, universidades, juventudes, organizações, instituições, pastorais, movimentos, comunidades e dos mais diversos espaços da sociedade.
O tema é inspirado na Mensagem do Papa Francisco, intitulada “Rumo a um nós cada vez maior” e na sua Encíclica “Fratelli Tutti” que denuncia a tendência crescente do egoísmo, justificado pela necessidade de autoproteção em tempos de pandemia e em meio a outras crises que ameaçam a sociedade contemporânea.
Nesse sentido, por ocasião do 107º Dia Mundial do Migrante e Refugiado, o Papa reforça o convite a não pensarmos nos migrantes e nos refugiados como os “outros”, mas trabalhar na construção do “nós cada vez maior” e apontar caminhos comuns. Unidos em um único abraço na diversidade de seres humanos devemos cuidar da Casa Comum como nosso habitat natural que nos faz todos irmãos e irmãs.
A programação prevê atividades online devido à pandemia. Possíveis atividades presenciais devem obedecer às normas sanitárias anti-Covid-19.
Organização
 A Campanha é uma iniciativa da Assessoria de Imprensa Scalabriniana e conta com uma Equipe interconfessional, intercongregacional, composta por padres, religiosas, pessoas em situação de migração e refúgio, jornalistas e artistas.
Quem pode participar
 A organização da Campanha convida a todas as pessoas de boa vontade a participarem ativamente, promovendo algum evento em suas Redes Sociais e espaços: grupos religiosos diversos, ONG’s, movimentos, pastorais, grupos, juventudes, artistas, “ rumo a um nós cada vez maior”.
Material da Campanha
 Os materiais de apoio da Campanha incluem: Texto-base, artes para Redes Sociais, vídeos, podcasts, camisetas e manual, entre outros.
A Campanha “Eu não, nós” de 2021 sucederá a exitosa Campanha “Em fuga”, de setembro de 2020, que versou sobre os deslocados internos no Brasil e no mundo. Todo o conteúdo da Campanha “Em Fuga” se encontra na edição especial da Revista Exodus.
Serviço:
 Campanha “Eu não, nós” – Dia Mundial do Migrante e do Refugiado 2021
 Contato: Imprensa Scalabriniana
 E-mail: imprensascalabrinianasp@gmail.com
Fonte: POM
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Jogos Olímpicos: Teólogo defende necessidade de «humanizar o olhar» sobre o desporto 
Alexandre Palma sublinha momentos de «virtude medalhada», que vão para lá da vitória ou da derrota
Alexandre Palma, professor da Faculdade de Teologia da UCP e um dos coordenadores do projeto ‘Breve tratado das virtudes desportivas’, da cátedra ‘Manuel Sérgio’, disse à Agência ECCLESIA que é necessário “humanizar” o olhar sobre o desporto.
“A ideia de que são máquinas que vão desempenhar determinada atividade, e a têm de desempenhar com um nível de eficácia extremo, é uma visão puramente mecanicista do desporto e do próprio movimento, não uma visão humanista”, refere o convidado da edição de hoje do Programa Ecclesia (RTP2), numa entrevista a respeito da próxima edição dos Jogos Olímpicos.
O docente da Universidade Católica Portuguesa assinala que a prática desportiva vai para lá do ganhar ou perder, sublinhando que os atletas de alta competição muitas vezes “tiram mais lições das derrotas do que nas vitórias”.
“O nosso corpo somos nós e nós somos humanos”, acrescenta.
Apontando aos próximos Jogos Olímpicos, Alexandre Palma pede que supere a obsessão com as medalhas e se dê atenção aos gestos de quem “escolhe perder para poder ajudar um companheiro de competição”.
“São momentos de virtude medalhada”, precisa.
Para o teólogo português, a prática desportiva, sobretudo na alta competição, não é apenas “superar-se ao adversário”.
“Muitas vezes são os próprios atletas que chegam a esta síntese, depois de uma longa carreira desportiva: o mais importante do seu itinerário não foram os adversários que venceram, mas as etapas que eles próprios foram vencendo em si”, observa.
“Olhemos não apenas para o vencedor, mas para aquele que vem no final do pelotão”. 
O professor de Teologia assinala que os Jogos Olímpicos têm uma dimensão “muito ritual” – da chama olímpica à cerimónia do pódio, passando por tradições como a presença da delegação grega no primeiro lugar do desfile das nações participantes – que permite uma religação à tradição de “humanização da prática desportiva”.
“A ritualidade é um constitutivo humano”, que carrega em si as dimensões da “memória e da identidade”, aponta.
O projeto ‘Breve tratado das virtudes desportivas’, da Cátedra Manuel Sérgio – Desporto, Ética e Transcendência’, reúne contributos de vários autores sobre 15 virtudes específicas, clássicas e contemporâneas, como o ‘fair-play’.
“É uma intuição que já temos: as virtudes desportivas não têm apenas validade para o mundo do desporto”, indica Alexandre Palma.
O teólogo destaca que a prática desportiva, como prática “plenamente humana”, é um “um contexto particularmente interpelador sobre a realidade humana, com tudo o que ela encerra, o que é, a abertura que traz dentro de si”.
A teologia, a filosofia ou a antropologia olham, por isso, para o desporto como um “laboratório do humano que se transcende e tem muitas formas de se transcender”.
“O desporto é uma epifania da transcendência que habita o próprio ser humano”. 
O entrevistado recorda que o professor Manuel Sérgio sublinha a dimensão da prática desportiva como um “tornar-se”, com um “itinerário de transcendência”, do ponto de vista teológico.
O desporto é usado, na Bíblia, como “metáfora”, em relação com a fé, e o magistério católico, nos últimos anos, tem procurado uma perspetiva “interdisciplinar”, de diálogo com vários olhares.
Alexandre Palma alude à “grande metáfora” da estafeta, “antiquíssima” na tradição olímpica, com a passagem de um “testemunho”.
“O que nós fazemos, há milhares de anos, é passar o testemunho uns aos outros, no desporto, na vida, nos contextos religiosas, culturais, familiares, afetivos”, realça.
Os Jogos Olímpicos Tóquio2020 vão ser disputados entre 23 de julho e 8 de agosto, depois do adiamento por um ano devido à pandemia de Covid-19.
Fonte: Agência Ecclesia
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Turismo: Responsáveis de Portugal e Vaticano debateram papel da Igreja Católica no setor
Padre Miguel Neto sublinhou impacto da pandemia e necessidade de promover medidas de recuperação
O diretor da Obra Nacional da Pastoral do Turismo (ONPT) e o prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral (Santa Sé) debateram esta quarta-feira o papel da Igreja Católica no setor turístico.
O encontro entre o padre Miguel Neto e o cardeal Peter Turkson decorreu através de videochamada e abordou ainda “o estado atual do sector turístico em Portugal”, nomeadamente com alguns dados que se prendem com o decréscimo do número de visitantes no período da pandemia.
O responsável pela ONPT teve oportunidade de salientar “a importância que a Igreja poderá ter neste setor, como agente daquilo a que o Papa Francisco chamou de ‘ecologia integral’”, por um “turismo cada vez mais sustentável”, salienta um comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA pelo organismo católico.
O padre Miguel Neto salientou as novas sociabilidades” e desafios que geram o “abandono de um conjunto de atividades económicas, de lugares, das paisagens, dos espaços”, face à crise provocada pela Covid-19.
O sacerdote da Diocese do Algarve aludiu ainda à quebra de receitas para muitos lugares, incluindo os religiosos, que dependiam do turismo, gerando “desemprego, vulnerabilidade num setor que ainda é muito sazonal”.
Em cima da mesa esteve a preocupação em “estabelecer diálogo com os empresários, os trabalhadores, os dirigentes políticos”, no sentido de colaborar na criação de “medidas concretas” de apoio à recuperação e de preservar o património de forma autossustentável.
“A nossa preocupação não passa apenas pelos locais de grandes peregrinações, que foram severamente afetados. Passa pelas pequenas comunidades, que apostam na criação de empregos, que pretendem a salvaguarda do património, que estão a desenvolver todos os esforços possíveis e vivem com dificuldades”, precisa o diretor da ONPT.
O padre Miguel Neto espera que a Santa Sé e as Conferência Episcopais estimulem as comunidades católicas a manter projetos que estão em marcha, para que “sejam considerados como fonte de criação permanente de rendimentos”.
O cardeal Turkson propôs uma futura reunião com os responsáveis das Pastorais do Turismo de Portugal, Espanha e França, para ajudar a definir linhas de trabalho comuns.Fonte: Agência Ecclesia
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Bispos dos EUA pedem legislação que regularize imigrantes
Dom Mario E. Dorsonville, bispo auxiliar de Washingotn D.C. e presidente do Comitê de Migração da conferência episcopal americana, pediu que o Congresso legisle em favor daqueles que serão afetados pela recente sentença judicial que declarou ilegal o Programa de Ação Diferida para os Chegados na Infância (DACA).
DACA é um programa criado pelo governo do ex-presidente Barack Obama em 2012 que permite a imigrantes ilegais que chegaram aos EUA ainda crianças adiem sua deportação e tenham autorização de trabalho. Os que usam o programa, conhecidos como dreamers (sonhadores), precisam renovar sua condição de dois em dois anos. São hoje cerca de 3,6 milhões de dreamers.
Em decisão do dia 16 de julho, o juiz federal no Texas, Andrew Hanen, proibiu igualmente a concessão de novas licenças.
Dom Dorsonville afirmou, em comunicado no dia 19 de julho, que junto a seus “irmãos bispos”, “solicitamos ao Senado a que se una à Câmara de Representantes para aprovar uma legislação que proporcione status legal e um caminho para a cidadania para todos os dreamers”.
“Ao fazê-lo, recordamos as palavras do papa Francisco: ´Os imigrantes, se forem ajudados a integrar-se, são uma bênção, uma fonte de enriquecimento e um novo dom que anima uma sociedade a crescer'”, acrescentou.
O bispo comentou que “embora estejamos decepcionados com esta decisão, sabemos que o DACA nunca teve a intenção de ser uma solução permanente para os dreamers”.
“Esta decisão é simplesmente o desenvolvimento mais recente de uma longa lista de eventos que explicam a ação do Congresso. Atualmente, o Senado tem diante de si vários projetos de lei que concederiam um alívio permanente aos dreamers, incluindo a Lei de Promessa e Sonho Americano aprovada pela Câmara de Representantes em março”, acrescentou.
Dom Dorsonville enfatizou que “os dreamers contribuem para nossa economia, servem em nossas forças armadas e criam famílias americanas, mas são impedidos de se tornarem membros de pleno direito da nossa sociedade”.
“Todos os dreamers, não só os que recebem o DACA, merecem a oportunidade de alcançar seu potencial dado por Deus no único país que a maioria deles conheceu. Isto não é apenas uma questão de dignidade humana, mas também de unidade familiar, considerando as 250 mil crianças como cidadãos americanos com dreamers como pais”, acrescentou.
Finalmente, lançou a pergunta: “Os beneficiários atuais do DACA continuam recebendo proteção, mas por quanto tempo?”.
Fonte: ACIDigital
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Do dia 20/7/2021
“Motu proprio Traditionis Custodes, do Papa Francisco, deseja promover a concórdia e a unidade na Igreja”, analisa dom Edmar Peron
O bispo de Paranaguá (PR) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Edmar Peron, escreveu com exclusividade ao portal da CNBB um texto sobre o motu proprio “Traditionis Custodes” lançado pelo Papa Francisco, após consultar os bispos do mundo, na última sexta-feira, 16 de julho.
O Santo Padre decidiu mudar as normas que regem o uso do missal de 1962, que foi liberalizado como “Rito Romano Extraordinário” há catorze anos por seu predecessor Bento XVI. O motu proprio “Traditionis custodes” versa sobre o uso da liturgia romana anterior a 1970, acompanhando-o com uma carta na qual explica as razões de sua decisão.
Segundo dom Edmar, ao publicar a Traditionis Custodes, Francisco tem no coração o desejo de “promover a concórdia e a unidade da Igreja”, intenção, aliás, que moveram anteriormente São João Paulo II e Bento XVI. “O ponto de partida desse motu proprio é, portanto, a Eclesiologia e não a Liturgia, ou seja: a aceitação do Concílio Vaticano II e a fidelidade aos Bispos e ao Papa”, escreveu o presidente da Comissão de Liturgia da CNBB. Conheça, abaixo, o texto na íntegra:
Traditionis Custodes: “para promover a concórdia e a unidade da Igreja”
A Congregação da Doutrina da Fé, em 2020, realizou uma pesquisa entre bispos do mundo inteiro, sobre a aplicação do Moto proprio Sumorum Pontificum. Os resultados foram considerados com atenção e entregues ao Papa Francisco que, na festa de Nossa Senhora do Carmo deste ano, publicou o motu proprio Traditinis Custodes, sobre o uso da liturgia romana anterior à reforma de 1970.
Ao publicar a Traditionis Custodes, Francisco tem no coração “promover a concórdia e a unidade da Igreja”, intenção, aliás, que moveram anteriormente São João Paulo II e Bento XVI. O ponto de partida desse motu proprio é, portanto, a Eclesiologia e não a Liturgia, ou seja: a aceitação do Concílio Vaticano II e a fidelidade aos Bispos e ao Papa. Sinal visível desta intenção foi regulamentar que “os livros litúrgicos promulgados pelos santos Pontífices Paulo VI e João Paulo II, em conformidade com os decretos do Concílio Vaticano II, são a única expressão da lex orandi do Rito Romano” (Art. 1). Atitude ousada, mas que encontra inspiração em São Pio V. Ele, ao promulgar o Missal Romano, decretou-o como único Livro para toda a Igreja, obrigatório para todas as comunidades cuja tradição não superasse 200 anos de existência.
Fiel, ainda, ao espírito eclesiológico do Concílio Vaticano II, o Papa Francisco ressalta desde o título do seu documento a responsabilidade dos bispos em suas dioceses, em matéria de Liturgia. Eles são “guardiões da tradição” e, em comunhão com o Papa, constituem o “princípio e fundamento de unidade” na Diocese a eles confiada, sendo responsáveis pela regulamentação da Liturgia na própria Diocese, recorrendo a Roma, nos casos previstos. Vários artigos do documento pontifício derivam desta missão episcopal: “autorizar o uso do Missal Romano de 1962 na diocese, seguindo as orientações da Sé Apostólica” (Art. 2); assegurar – Art. 3 – que os grupos que continuarão a celebrar segundo o missal de 1962 aceitem a válida e legítima reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, o próprio Concílio e o magistério dos papas (§ 1); indicar o lugar e os dias para a celebração (§§ 2-3) e nomear o sacerdote que irá acompanhar tais grupos, zelando pela dignidade da celebração, mas, sobretudo, cuidando da pastoral e da vida espiritual dos fiéis (§ 4); não autorizar a criação de novas paróquias pessoais e nem a formação de novos grupos (§§ 5-6).
O mesmo espírito que moveu o Papa Francisco – a unidade da Igreja – suscite em nós o desejo sincero de conhecer melhor os Documentos do Concílio Vaticano II e os novos Livros Litúrgicos, tanto as introduções e rubricas como as suas palavras e gestos. Certamente, agindo dessa forma, reconheceremos neles a expressão da Tradição católica e a fonte de nossa vida espiritual, e iremos colaborar eficazmente para concretizar a comunhão eclesial.
Dom Edmar Peron - Bispo de Paranaguá (PR), Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil- Fonte: CNBB
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Maior evento de comunicação eclesial do país, o Mutirão, contará com tradutores e intérpretes de libras durante a transmissão
Nos próximos dias 23 e 24 de julho acontece o Mutirão de Comunicação, maior evento de comunicação eclesial do país. Em sua 12ª edição, de forma totalmente online, o evento conta com mais de 5 mil inscritos, em 6 conferências, apresentações culturais, reflexões e diálogos. A temática principal será “Por uma comunicação integral: o humano nos novos ecossistemas”.
Visando a diversidade e inclusão durante o evento, o Mutirão contará com tradutor e intérprete de libras, uma parceria com o Núcleo de Apoio à Inclusão do Aluno com Necessidades Educacionais Especiais (NAI), da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas).
Janaína Gonçalves Moreira, membro da equipe de infraestrutura do Mutirão, explicou que a parceria com a Universidade surgiu após a demonstração de interesse por parte de vários inscritos no evento. “Diante da necessidade de uma comunicação que precisa ser abrangente e acolhedora, principalmente no âmbito em que trabalhamos, que é a comunicação na igreja, precisamos ser cada vez mais inclusivos”, disse.
    É importantíssimo que tenhamos essa abertura, que seja um evento com esse tipo de trabalho, e que nos próximos tenhamos essa sensibilidade de acolher a todas as pessoas em suas necessidades, sermos inclusivos nesse trabalho da comunicação especificamente.
O Mutirão acontecerá de forma virtual, mas Janaína explicou que parte da equipe organizadora estará presente no Campus Coração Eucarístico, em Belo Horizonte (MG), para garantir o bom funcionamento do evento. Além dos intérpretes, cerca de 30 pessoas estarão no Campus. “Nós teremos uma equipe de intérpretes, que estarão presencialmente, com todos os cuidados referentes às medidas sanitárias, para que na parte técnica fique melhor fazermos toda a dinâmica na transmissão”, finalizou.
A coordenadora do Núcleo de Apoio à Inclusão (NAI), Ana Moura, explicou que o Núcleo conta com equipe de trabalho composta pela coordenação geral, por técnicos e profissionais especializados no apoio a alunos com deficiências visual, auditiva, limitação locomotora e com transtornos de aprendizagem e comunicação, além de pessoal administrativo e estagiários.
Para o Mutirão de Comunicação 2021, ela explicou que o Núcleo disponibilizará tradutor e intérprete de libras para garantir a acessibilidade de comunicação entre pessoas ouvintes e com deficiência auditiva, ou entre surdos, por meio da Língua Brasileira de Sinais e a língua oral corrente, o português.
Fonte: CNBB
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Patriarca Sako aos "irmãos muçulmanos": lutas fratricidas abrem as portas do Inferno
Em sua mensagem de saudações e bênçãos dirigidas aos muçulmanos por ocasião da Eid al Adha, o patriarca de Babilônia dos Caldeus, no Iraque, Louis Raphael I Sako, recorda "as difíceis condições políticas, de segurança, econômicas e de saúde que pressionam os indivíduos e fomentam a instabilidade social", convidando todos os iraquianos "a se unirem para libertar seu país de ser refém da corrupção e do conflito". Trata-se, assinala o cardeal, "mais de um dilema ético do que político e econômico"
"Temos duas opções: ou nos unimos e cooperamos para que nosso país possa se recuperar totalmente, ou persistimos em perpetuar nossas lutas, e abrimos - Deus nos livre - as portas do inferno."
O patriarca de Babilônia dos Caldeus, no Iraque, cardeal Louis Raphael I Sako, usa tons lapidários e peremptórios na mensagem que dirigiu aos "irmãos muçulmanos" em vista da Eid al Adha, a "Festa do Sacrifício" que este ano é celebrada em 21 de julho pelas comunidades islâmicas no mundo inteiro.
Ataque terrorista deixou ao menos 35 mortos e 60 feridos
As palavras escolhidas pelo patriarca são ainda mais eloquentes após o ataque terrorista perpetrado na segunda-feira, 19 de julho, em um mercado popular no distrito de Sadr City, a leste da capital iraquiana, habitado em sua maioria por xiitas.
A ação terrorista, realizada por uma mulher-bomba usando um cinto explosivo, causou pelo menos 35 mortos e 60 feridos e foi reivindicada pela sigla jihadista do autodenominado Estado Islâmico (Daesh).
Trata-se "mais de dilema ético do que político e econômico"
O ataque de segunda-feira, 19 de julho, foi o terceiro em um mercado popular em Sadr City desde o início de 2021. Em sua mensagem de saudações e bênçãos dirigidas aos muçulmanos por ocasião da Eid al Adha, o patriarca Sako recorda "as difíceis condições políticas, de segurança, econômicas e de saúde que pressionam os indivíduos e fomentam a instabilidade social", convidando todos os iraquianos "a se unirem para libertar seu país de ser refém da corrupção e do conflito".
Trata-se, assinala o cardeal iraquiano, "mais de um dilema ético do que político e econômico". O patriarca também convida todos os iraquianos a lembrar os versos do Alcorão que profetizam o dia em que "aquele que fez até mesmo somente o peso de um átomo do bem o verá, e aquele que fez até mesmo somente o peso de um átomo do mal o verá" (Sura Az Zalzalah, 7-8).
Duas opções à nossa frente
Nós, acrescenta o patriarca, "temos duas opções à nossa frente: ou nos unimos e cooperamos para que nosso país possa se recuperar totalmente, ou persistimos em perpetuar nossas lutas, e assim abrimos - Deus nos livre - as portas do inferno".
“A festa de Eid al Adha comemora a prova de obediência a Deus dada por Abraão, mostrando-se pronto a sacrificar a vida de seu filho Isaac, se isso estivesse de acordo com a vontade de Deus.”
O sacrifício ritual que os clãs familiares e as comunidades fazem durante a festividade lembra o sacrifício de Abraão substituído com um carneiro após o Anjo ter impedido sua mão de sacrificar Isaac.
Fonte: Vatican News
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Isis assume autoria de atentado que matou ao menos 35 em Bagdá
De 5 a 8 de março deste ano o Papa Francisco realizou uma visita histórica ao país sob o lema "Sois todos irmãos". Apesar da grande preocupação com a segurança, não foi registrado nenhum episódio de violência.
O autoproclamado Estado Islâmico assumiu a autoria do atentado que no final da tarde de segunda-feira, 19, provocou a morte de pelo menos 35 pessoas no mercado popular de Wahailat, em Sadr City, bairro de maioria xiita na região leste de Bagdá. A informação é de Rita Katz, diretora do "SITE". Os jihadistas identificaram o autor do atentado suicida como sendo o iraquiano Abu Hamza Al Iraqi.
O ataque kamikaze ocorreu na véspera da festa muçulmana do sacrifício Eid al-Adha. O mercado estava lotado para a compra de presentes e gêneros alimentícios. Entre as vítimas fatais muitas mulheres e crianças. Há dezenas de feridos, muitos em estado crítico.
O presidente Barham Salih postou um tweet dizendo: "Com um crime terrível, eles alvejam os civis na cidade de Sadr na véspera do Eid ... Não vamos descansar antes que o terrorismo seja cortado por suas raízes."
Os atentados em Bagdá, que eram quase diários, haviam diminuído com a derrota do Estado Islâmico em 2017, que perdeu os territórios conquistados a partir de 2014.
De 5 a 8 de março deste ano o Papa Francisco realizou uma visita histórica ao país sob o lema "Sois todos irmãos". Apesar da grande preocupação com a segurança, não foi registrado nenhum episódio de violência.
Em 2 de julho, foi a vez do primeiro-ministro iraquiano Al-Kadhimi ser recebido em audiência pelo Santo Padre no Vaticano. "Os momentos de unidade vividos pelos iraquianos" durante a Viagem Apostólica em março em Bagdá, Erbil, Mosul, Qaraqosh , estiveram entre os principais temas dos colóquios, conforme relatado pela Sala de Imprensa da Santa Sé.  Da mesma forma, a “importância da promoção da cultura do diálogo nacional para a promoção da estabilidade e do processo de reconstrução do país”.
Fonte: Vatican News
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O Arcebispo de Mônaco: a visita de Parolin, um impulso para a missão da Igreja
Dom Dominique-Marie David comenta a visita do Secretário de Estado do Vaticano para o 40º aniversário da Convenção assinada entre o Principado e a Santa Sé: "A presença do Cardeal é uma mensagem do Papa Francisco. Agora é necessário estar atento às necessidades de todos e colaborar na construção da vida diária".
"Um evento muito importante para incentivar a continuação do processo de conversão e evangelização". Estas são as palavras de Dom Dominique-Marie David, Arcebispo do Principado de Mônaco, comentando a visita à cidade-estado, que terminou na segunda-feira (19), do Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano. A ocasião foi o 40º aniversário da elevação da Diocese de Mônaco à categoria de Arquidiocese, que ocorreu em 30 de julho de 1981, com a Bula Apostólica haec de São João Paulo II, após a assinatura do relativo Acordo entre a Santa Sé e o Principado de Mônaco. 
Desde então, a religião católica é a religião do Estado no Principado de Mônaco. É precisamente esta "situação especial", segundo Dom David, que confere à Igreja uma maior responsabilidade de "participar da vida da Igreja e do Estado": "É a nossa missão aqui em Mônaco", disse ao Vatican News.
Colaborar na construção da vida diária
"Para mim é muito importante", disse o arcebispo, "que a visita do cardeal seja a oportunidade de dar um significado mais profundo a esta situação: estar aberto a um chamado, encontrar portas que se possam abrir para a evangelização". A visita de Parolin é uma mensagem do Papa Francisco para ser fiel à nossa missão de ser, com Cristo, um sinal da misericórdia e da presença de Deus. Portanto, a primeira consequência é a importância de estar atentos às necessidades de todos e de colaborar na construção da vida diária". Para o futuro, acrescenta o prelado, "devemos ter cuidado porque é possível que tenhamos desafios um pouco mais delicados, mas em geral tentamos trabalhar juntos em um ambiente de confiança".
Fonte: Vatican News
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Os Papas em movimento
De selas de cavalo, a liteiras e sedias gestatórias, até reproduções de aviões e trens, no Pavilhão das Carroças dos Museus Vaticanos é possível fazer uma viagem no tempo.
Entre as inúmeras obras de grande valor, os Museus Vaticanos abrigam uma coleção curiosa: o Pavilhão das Carroças, idealizado pelo Papa Paulo VI em 1973 para reunir os meios de transporte com os quais os Pontífices se locomoveram no decorrer dos séculos.
De selas de cavalo, a liteiras e sedias gestatórias, até reproduções de aviões e trens, neste Pavilhão é possível fazer uma viagem no tempo.
Há peças que marcaram época, como “Graham Paige” americana, fazendo de Pio XI o Papa da transição das carroças aos carros. Foi o mesmo carro usado por Pio XII para conhecer os locais bombardeados de Roma durante a II Guerra Mundial.
Outro destaque é a Mercedes Nürburg, realizada no período em que na indústria automobilística alemã trabalhava o jovem Ferdinand Porsche. 
Paulo VI foi o primeiro Papa a andar de avião em 1964, durante a viagem à Terra Santa. O Ano Santo de 1975 também foi decisivo, pois o Papa Montini autorizou a compra de uma Toyota para girar entre os fiéis na Praça São Pedro. O herdeiro deste estilo foi a “Campagnola” branca doada pela Fiat em 1980 a João Paulo II, o Papa que abandonou a sedia gestatória. Batizada como “papamóvel”, tem quase o valor de uma relíquia, pois foi testemunha do atentado de 13 de maio de 1981, depois do qual foi colocado sob segredo pontifício.
Até o campeão de Formula 1 Michael Schumacher consta no Pavilhão, com o volante presenteado em 2003 a Bento XVI, definindo-o “Piloto da cristandade”.
Fonte: Vatican News
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Cientista luta contra ameaça silenciosa do mercúrio na Amazônia
A Amazônia representa 62% da área do Peru. Acolhe 51 povos originários diferentes e uma enorme biodiversidade, como poucos outros lugares do mundo. Recordando a exortação pós-sinodal do Papa Francisco, "Querida Amazonia", cujo primeiro aniversário foi celebrado em fevereiro, e recordando os princípios da Laudato si', a encíclica do Pontífice de 2015, vamos conhecer os esforços da cientista Claudia Vega para proteger a Amazônia e o seu povo.
Nas últimas décadas, a Amazônia tem sofrido forte pressão por causa da extração excessiva de seus recursos naturais, registrando altas taxas de desmatamento e conflitos sociais. Uma das mais conhecidas é a de Madre de Dios, considerada "a capital da biodiversidade do Peru".
Claudia Vega estudou na escola jesuíta do distrito de El Salvador. A sua preocupação com a natureza e a vida de todos os seres humanos provavelmente tem suas raízes nas muitas atividades que realizou com o grupo de escoteiros do instituto. Uma vez concluído o ensino médio, ela investiu muito tempo e esforço na preparação profissional em áreas como química e medicina veterinária, saúde e proteção ambiental.
Atualmente, Claudia Vega faz parte de um importante grupo de cientistas da Amazônia peruana, no departamento de Madre de Dios, considerada a capital da biodiversidade. Lá, ela é coordenadora do Programa Mercúrio no Centro de Inovação Científica Amazônica (Cincia), que tem como objetivo estudar a poluição por mercúrio na área.
Claudia observa que, "infelizmente, em Madre de Dios, a principal atividade econômica é a mineração artesanal do ouro em pequena escala (Mape), que é feita usando mercúrio, um metal tóxico”. A atividade da Mape é a principal fonte de mercúrio antropogênico em nível mundial, e 52% do mercúrio liberado pela Mape em todo o mundo vem da América do Sul. De acordo com um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), "a Mape está associada a muitos problemas de saúde ocupacional e ambiental, especialmente quando praticada informalmente ou com recursos materiais e técnicas limitadas".
O Papa Francisco, na encíclica Laudato si' de 2015, destaca como estamos testemunhando um "uso desproporcional dos recursos naturais" feito historicamente em certas áreas do planeta. "As exportações de algumas matérias-primas para satisfazer os mercados do Norte industrializado produziram", recorda o Pontífice, "danos locais, como a poluição por mercúrio em minas de ouro ou a poluição por dióxido de enxofre em minas de cobre" (51).
A cientista explica que, para estudar esse fenômeno, foi iniciada uma colaboração entre Cincia, Wake Forest University (Wfu) e USAID, a Agência de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos, para criar um centro de pesquisa que encontrasse soluções inovadoras para o impacto da Mape na Amazônia peruana. Em 2017, foi criado o primeiro Laboratório de Mercúrio e Química Ambiental, com o objetivo de desenvolver estudos específicos na região. Até agora, foram realizadas mais de 300 amostragens para analisar a situação da poluição por mercúrio: solo, sedimentos, peixes, ar, aves, seres humanos (cabelos).
Uma equipe internacional e multidisciplinar
Claudia enfatiza que o trabalho científico que realiza envolve diferentes profissionais do país: "trabalho com engenheiros florestais, biólogos e ecologistas do Peru e de outros Estados que estão familiarizados com o impacto" que tais atividades provocam.
O conhecimento tem poder
Ao mesmo tempo, ela insiste: "estamos convencidos de que o conhecimento tem poder. Diagnosticar um problema é o primeiro passo para resolvê-lo. Precisamos produzir informações científicas a fim de comunicá-las às pessoas (ao público em geral) e aos órgãos decisórios (instituições) para que sejam levadas em conta na implementação de políticas públicas que visam o desenvolvimento sustentável e a proteção da saúde humana e do ecossistema na região amazônica".
Os males permanecem, os benefícios vão embora
A cientista aponta o paradoxo da mineração: "ela causa um impacto na região amazônica, mas os benefícios produzidos por essa atividade vão para fora da região". Portanto, é importante destacar o impacto da mineração em pequena escala, como o desmatamento e a poluição por mercúrio, "para conscientizar as pessoas sobre a necessidade de melhorar os métodos de mineração e buscar soluções inovadoras".
A face humana da mineração
Em um contexto marcado pela atividade mineradora, Claudia acredita que é essencial conscientizar a população e, em particular, as crianças e os jovens, para promover mudanças de comportamento na preservação da natureza. O Papa Francisco na Laudato si' enfatiza como a educação é chamada a "criar uma 'cidadania ecológica'" para "cuidar da criação com pequenas ações diárias" até "moldar um modo de vida" (211).
Temos casos de crianças e familiares de mineradores que, explica a cientista, "estão estudando biologia ou assuntos relacionados e trabalhando conosco para encontrar soluções para o impacto da mineração". E ela continua: "temos que pensar que a mineração representa uma forma de subsistência para milhares de pessoas; esta questão tem um contexto social e econômico muito complexo que implica consequências muito sérias em termos de meio ambiente e saúde humana".
Comunidades nativas, as mais afetadas pelo mercúrio
Outro elemento importante, observa a cientista, é que "as comunidades nativas estão entre as populações mais afetadas pela exposição ao mercúrio porque esse metal atinge níveis elevados em alguns peixes que são fonte de proteína para as comunidades, representando um risco para a saúde". O trabalho realizado pela equipe Cincia parte da observação de que o uso do mercúrio na mineração tem efeitos tóxicos sobre o meio ambiente e todos os seres vivos, ao mesmo tempo em que gera desmatamento e perda de cobertura vegetal. O uso crescente desse metal e a presença em peixes e outros animais consumidos por humanos faz das crianças e mulheres grávidas um grupo muito vulnerável: "o mercúrio pode atravessar a placenta e alcançar o cérebro do feto, causando danos irreversíveis", diz Claudia.
A voz das comunidades indígenas
A cientista insiste que, para a vida futura das comunidades indígenas, o uso de mercúrio na extração de ouro deve ser evitado. Igualmente importante é que eles "façam ouvir sua voz em nível nacional e internacional porque têm coisas muito importantes a dizer e a nos ensinar sobre o respeito à natureza".
Para as pessoas comuns, acrescenta Claudia, "é importante saber o custo de tudo que usamos; no caso do ouro, embora seja um metal precioso, pode ter um impacto negativo na região onde é extraído. Na região amazônica, a Mape provoca o desmatamento, a transformação da floresta em deserto e a poluição química”.
Claudia, referindo-se à América Central, declara: "a questão dos efeitos da mineração artesanal está apenas no início e ainda não é uma questão importante, mas tem todo o potencial para se tornar uma, porque infelizmente somos uma região onde há muita pobreza e as pessoas estão procurando meios para sobreviver. Aqui, a segurança e o sentido de proteção da natureza são fracos ou ausentes". Nesse sentido, o governo peruano ratificou a Convenção de Minamata, assegurando o compromisso de mitigar os impactos negativos sobre o meio ambiente e a saúde humana gerados pelo uso inadequado do mercúrio: impactos que - como reconhecem as autoridades de Lima - afetam principalmente os povos indígenas.
A voz de “Querida Amazonia”
O Papa Francisco se refere às culturas e às principais preocupações dos povos originários, expressas no Sínodo para a Amazônia. Os povos indígenas da Amazônia, enfatiza o Pontífice em “Querida Amazonia”, "expressam a autêntica qualidade de vida como um 'bom viver' que implica uma harmonia pessoal, familiar, comunitária e cósmica e se manifesta em sua forma comunitária de pensar a existência, na capacidade de encontrar alegria e plenitude numa vida austera e simples, assim como no cuidado responsável da natureza que preserva os recursos para as gerações futuras. Os povos aborígines poderiam nos ajudar a descobrir o que é uma sobriedade feliz e, nesse sentido, ‘têm muito a nos ensinar'" (71).
Fonte: Vatican News
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Sínodo dos Bispos: Igreja latino-americana estará representada nas comissões
A Comissão Teológica e a Comissão Metodológica do próximo Sínodo dos Bispos, que começa em outubro deste ano e vai culminar em 2023 com a assembleia em Roma, vão contar com representantes da América Latina, inclusive de um brasileiro: o teólogo Agenor Brighenti, que faz parte do Celam e foi perito no Sínodo para a Amazônia.
A Secretaria do Sínodo dos Bispos oficializou nesta segunda-feira (19) os nomes daqueles que farão parte da Comissão Teológica, da Comissão Metodológica e do Comitê Consultivo de Orientação do próximo Sínodo dos Bispos. Os membros recém nomeados ajudarão na preparação da assembleia que tem como tema "Por uma Igreja Sinodal: comunhão, partilha e missão". O processo sinodal começará em outubro deste ano e culminará em outubro de 2023 com a Assembleia Sinodal.
A Igreja latino-americana terá diferentes vozes representadas, especialmente na Comissão Teológica: coordenada por dom Luis Marín de San Martín, subsecretário do Sínodo dos Bispos, será composta por 25 membros, dos quais 4 são latino-americanos, ou seja, dom Faustino Armendáriz Jiménez, arcebispo de Durango (México); o brasileiro Agenor Brighenti, o venezuelano Rafael Luciani e o argentino Carlos María Galli. Todos eles desempenham um papel importante na atual reflexão teológica latino-americana, tendo os três últimos sido peritos no Sínodo para a Amazônia. Eles também são teólogos que fazem parte da equipe de reflexão teológica do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam).
Na Comissão Metodológica, coordenada pela Irmã Nathalie Becquart, subsecretária do Sínodo dos Bispos, o único representante latino-americano entre os 9 membros é Mauricio López, mexicano residente no Equador, atualmente coordenador do Centro de Programas e Redes de Ação Pastoral do Celam. No caso de Maurício, na qualidade de secretário executivo da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam), ele desempenhou um papel de destaque no processo metodológico do Sínodo para a Amazônia, no qual participou como auditor da Assembleia Sinodal, realizada em outubro de 2019.
Já o Comitê Consultivo de Orientação é composto por 4 italianos e uma alemã. A presença de mulheres nas três comissões é um elemento importante, o que demonstra os passos que estão sendo dados em direção a uma presença cada vez maior de mulheres nos órgãos de decisão da Igreja, um compromisso do Papa Francisco no caminho da sinodalidade.
Fonte: Vatican News
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Angola - Sumbe e Benguela recebem símbolos da JMJ 2023
Dioceses do Sumbe e Benguela recebem símbolos da Jornada Mundial da Juventude, jovens mostram-se animados com a presença dos símbolos.
Da arquidiocese de Luanda os símbolos percorrem mais de 500 quilómetros, destino diocese de Benguela, mas antes, a caravana teve uma curta paragem, na sexta – feira (16/07), na diocese do Sumbe.
Catequeses, celebrações eucarísticas e reflexões em torno dos desafios actuias da juventude marcaram a passagem dos símbolos nesta diocese, os jovens agradeceram a oportunidade e dizem estar prontos para a caminhada rumo a Jornada Mundial que acontece em 2023 em Lisboa, Portugal.
Já no sábado (17/07), os símbolos da Jornada Mundial da Juventude chegavam à diocese de Benguela, num ambiente de festa e alegria, com os jovens do Arciprestado do Lobito Norte a acolheram a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora com Jesus nos braços, numa circunstância que todos procuraram aproveitar ao máxima, para vivenciarem a chegada à sua terra, dos símbolos que já foram tocados por milhares de pessoas que os saudaram, em mais de 90 países do mundo.
Entretanto desde sábado que um leque de actividades, nomeadamente catequeses e celebrações litúrgicas têm sido realizadas para marcar a presença dos símbolos.
Na missa que celebrou para assinalar a chegada dos símbolos da JMJ a Benguela, o bispo da diocese, D. António Francisco Jaca endereçou aos jovens uma mensagem de esperança e chamou a sua particular atenção para o sentido de feliz oportunidade e importância de tão significados símbolos, que visitam as famílias da Diocese, particularmente os jovens, num período pós-júbilo, aludindo assim ao encerramento das celebrações dos 50 anos da Diocese fundada a 6 de Junho de 1970.
 Fonte: Vatican News
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Dom Bettazzi: Vaticano II “ensinou-nos a importância da colegialidade e sinodalidade“
"Aquela experiência nos ensinou a importância da colegialidade e da sinodalidade, palavras que o Papa Francisco está trazendo de volta ao coração da Igreja." "Muitos no início do Concílio esperavam que os resultados já estivessem escritos, mas este não foi o caso devido à vontade do Papa João XXIII que queria que o povo de Deus, através dos bispos do mundo inteiro, fosse o verdadeiro protagonista deste processo histórico." São palavras do último bispo italiano padre conciliar ainda em vida
Vatican News
"Estamos a meio caminho do parcel, mas lembremo-nos de que ainda temos que cruzá-lo". O parcel ao qual se refere o bispo emérito de Ivrea, no Piemonte, e último bispo italiano ainda vivo a ter participado do Concílio Vaticano II, dom Luigi Bettazzi, diz respeito à plena implementação do próprio Concílio.
Dom Bettazzi, 98 anos, falou na manhã desta terça-feira (20/07) em Verona, região italiana do Vêneto, na conferência organizada para comemorar o 60º aniversário do Seminário para a América Latina, lembrando sua experiência como jovem bispo (então auxiliar de Bolonha) durante o Concílio.
 O povo de Deus, verdadeiro protagonista do Concílio
"Aquela experiência - lembrou Bettazzi - nos ensinou a importância da colegialidade e da sinodalidade, palavras que o Papa Francisco está trazendo de volta ao coração da Igreja."
"Muitos no início do Concílio esperavam que os resultados já estivessem escritos, mas este não foi o caso devido à vontade do Papa João XXIII que queria que o povo de Deus, através dos bispos do mundo inteiro, fosse o verdadeiro protagonista deste processo histórico."
Ainda há muito a ser feito
Dom Bettazzi refez as principais etapas do Concílio e traçou o caminho percorrido pela Igreja nos anos seguintes. Um caminho não desprovido de dificuldades e resistência. Por isso, a quem defendia a necessidade de um novo Concílio, o bispo padre conciliar respondeu:
"Não creio que haja necessidade de um novo Concílio porque ainda temos que implementá-lo e o risco seria voltar atrás em vez de seguir adiante. Infelizmente, se olharmos para a liturgia e o clericalismo, ainda há muito a ser feito."
Felizmente, o Senhor deu-nos um Papa como Francisco
"Felizmente, porém, o Senhor nos deu um Papa como Francisco que, embora não tenha vivido os dias do Concílio, está pondo-o em prática. Daí a esperança de que o caminho da Igreja italiana em direção ao Sínodo dê frutos."
"O Papa Francisco já havia auspiciado pela primeira vez por um Sínodo da Igreja italiana em Florença em 2015. Agora os tempos amadureceram", concluiu.
Fonte: Vatican News
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Alemanha: Ordem de Malta mobiliza 900 voluntários em apoio às populações atingidas por enchentes
A organização católica de assistência médica e social tem procurado ajudar quem não têm direito ao reembolso de seguros ou subsídios governamentais, além de fornecer alimentos e contribuir na reconstrução de onde é possível. "Não vimos destruição nesta escala desde o período da II Guerra Mundial. A situação operacional é dramática e muda constantemente”, alertou o presidente do serviço de socorro voluntário na Alemanha, Georg Khevenhüller.
A Alemanha está em choque por registrar o maior desastre natural na história recente do país. As enchentes da última semana, que também atingiram a Bélgica e a Holanda, já vitimaram 165 pessoas. Na região de território alemão mais afetada, a de Renânia-Palatinado, o número de mortos subiu para 117 e há 749 feridos, segundo a agência de notícias AFP.
A proximidade do Papa
No domingo (18), o Papa Francisco mostrou proximidade aos afetados pelas catástrofes e inundações, pedindo a intercessão de Deus para acolher os falecidos e confortar os familiares. A chanceler Angela Merkel, que no mesmo dia visitou uma das localidades atingidas, chegou a descrever o cenário como “surreal” e afirmou que o próprio idioma alemão tem dificuldade “em encontrar as palavras para descrever a devastação provocada”. Ainda no domingo (18), a Igreja Memorial do Imperador Guilherme, em Berlim, quase totalmente destruída na II Guerra Mundial, tocou o seu maior sino em homenagem às vítimas do desastre climático na Europa. Ele só é tocado em ocasiões especiais.
Enquanto a Alemanha vai gradativamente revelando a extensão das perdas materiais e humanas provocadas pelas enchentes no oeste do país, redes de apoio tem procurado ajudar as comunidades atingidas para tentar amenizar o quadro desolador. O próprio governo deve conceder ajuda emergencial de pelo menos 300 milhões de euros (quase 350 milhões de dólares) a partir desta quarta-feira (21), antes de elaborar um programa de reconstrução para os locais atingidos.
Ordem de Malta mobiliza 900 voluntários
A Ordem de Malta, por exemplo, já se mobilizou com 900 voluntários que estão ajudando as populações, fornecendo alimentos e assistência e contribuindo na reconstrução onde é possível. Em nota, o presidente do serviço de socorro voluntário da Ordem de Malta na Alemanha, Georg Khevenhüller, declarou:
“Não vimos destruição nesta escala em alguns lugares desde o período da II Guerra Mundial. A situação operacional é dramática e muda constantemente.”
A ação dos voluntários começou logo no início do desastre, “apoiando os bombeiros, a defesa civil, a ajuda de emergência e os serviços policiais, fornecendo alimentos, suprimentos e locais de descanso", disse o presidente. Os capelães e voluntários treinados “também estão disponíveis para oferecer apoio psicossocial aos serviços de emergência - muitos dos quais estão vendo um desastre desta magnitude pela primeira vez", acrescentou Georg.
Ao relatar um balanço da situação, o presidente da Malteser International Europa (a organização de ajuda internacional da Ordem de Malta), Douglas Saurma, comentou que “em algumas áreas, ainda estamos resgatando e dando tratamento às pessoas. Em outras, as operações pós-desastre já estão em andamento e estamos prestando assistência". E acrescentou:
“Queremos sobretudo apoiar as pessoas que necessitam de assistência e que não têm direito ao reembolso de seguros ou subsídios governamentais. Seremos muito gratos por quaisquer outras doações que pudermos disponibilizar para as pessoas afetadas.”
A Ordem de Malta na Alemanha é uma organização católica de assistência médica e social, sob a égide da Associação Alemã da Ordem Soberana de Malta. Na Alemanha, cerca de 52 mil voluntários e 33.300 funcionários em tempo integral da Ordem de Malta trabalham pelas pessoas em dificuldade, independentemente da religião, origem ou convicção política.
Fonte: Vatican News
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Paróquias na Alemanha oferecem abrigo às famílias afetadas pelas enchentes
"Embora o tempo tenha melhorado, a situação ainda é dramática e às vezes confusa", confessou o bispo auxiliar da diocese de Trier, dom Jörg Michael Peters. Foram criadas equipes de força-tarefa nas paróquias, com apoio direto dos agentes pastorais, para auxiliar os atingidos pelas enchentes na Alemanha e identificar as necessidades imediatas, como o fornecimento de alojamento de emergência.
As dioceses também estão ajudando as pessoas que perderam tudo por causa das enchentes na Alemanha. Na arquidiocese de Colônia, foi criada uma equipe de coordenação para reunir informações sobre a situação em comunidades individuais, enquanto se procura alojamento para abrigar os afetados. O cardeal Ranier Woelki, segundo informações do site arquidiocesano, disponibilizou 15 quartos do Colégio Albertino em Bonn, enquanto são analisadas outras possibilidades de acomodação em instalações arquidiocesanas.
A diocese de Trier também criou uma força-tarefa sob a direção do bispo auxiliar, dom Jörg Michael Peters, para coordenar a ajuda na área mais afetada pelas enchentes. "Embora o tempo tenha melhorado, a situação ainda é dramática e às vezes confusa", disse o prelado. Junto com ao bispo Stephan Ackermann, eles permanecem em contato com agentes pastorais nos locais atingidos, lá onde ainda existe contato.
As equipes de força-tarefa formadas estão em constante atualização para identificar as necessidades imediatas e aquelas de médio e longo prazo. Às paróquias que não foram afetadas pelas enchentes foram solicitadas a fornecer alojamento de emergência. Muitas campanhas de arrecadação de fundos foram criadas pela Caritas diocesana. Mas, acima de tudo, dom Peters finalizou que "muitas pessoas estão enfrentando as ruínas de suas vidas e têm parentes e amigos para chorar. Queremos estar lá para eles”.
Fonte: Vatican News
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Bélgica: Dia de luto nacional pelas vítimas das enchentes
O bispo de Liège, dom Jean-Pierre Delville, pediu aos párocos da diocese para que celebrassem uma missa pelos defuntos e tocassem os sinos das igrejas, convidando todos os fiéis a rezarem pelas vítimas e por todos os que estão trabalhando nas operações de resgate.
As igrejas da Diocese de Liège, na Bélgica, tocam os sinos, nesta terça-feira (20/07), para recordar as vítimas das inundações catastróficas que devastaram a cidade belga e várias outras localidades na Bélgica e na Alemanha na semana passada, e também na Holanda e em Luxemburgo.
Hoje o país celebra um dia de luto nacional com um minuto de silêncio pelas vítimas. O bispo de Liège, dom Jean-Pierre Delville, pediu aos párocos da diocese para que celebrassem uma missa pelos defuntos junto com seus familiares e tocassem os sinos das igrejas, convidando todos os fiéis a rezarem pelas vítimas e por todos os que estão trabalhando nas operações de resgate. Dom Delville celebrou uma missa na catedral esta manhã. Numa mensagem, o prelado agradeceu “a todos pela grande solidariedade nesta tragédia e, em particular, os párocos e agentes pastorais das áreas mais afetadas pela enchente por sua incansável dedicação”.
Infelizmente, aumenta o número de mortos que subiu para 36. Segundo dados oficiais, 163 pessoas ainda estão desaparecidas, 1.100 famílias ainda estão sem água e 3.700 estão sem água potável.
Fonte: Vatican News
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Polônia promove Dia de Solidariedade às vítimas das enchentes na Europa
O arcebispo Stanisław Gądecki, presidente da Conferência Episcopal da Polônia, faz um apelo à solidariedade dedicado às famílias afetadas pelo mau tempo no próprio país, na Alemanha, Bélgica e Holanda. O próximo domingo, 25 de julho, será o Dia de Solidariedade: "a Igreja na Polônia quer apoiar as vítimas com a oração e as ofertas", disse o prelado em apelo divulgado durante as celebrações no país.
Os bispos da Polônia escolheram o próximo domingo, 25 de julho, para mobilizar a comunidade católica para um "Dia de Solidariedade" dedicado às vítimas das enchentes na Europa. Na última semana, chuvas torrenciais caíram não apenas na Polônia, mas também na Bélgica, Holanda e Alemanha. O presidente da Conferência Episcopal do país, o arcebispo Stanisław Gądecki, comentou que as enchentes causaram "muitas tragédias humanas”, com “muitas famílias que perderam os bens de uma vida inteira”, além do número de mortes registrado sobretudo na Alemanha.
O apelo pelo Dia da Solidariedade
Um apelo assinado pelo prelado foi distribuído e lido durante as celebrações no último domingo (18) em preparação ao Dia de Solidariedade. "Imploramos de Deus", salientou ele, "a esperança para aqueles que sofreram e um espírito de solidariedade, solicitude e corresponsabilidade em todas as pessoas de boa vontade que podem vir para ajudar". Em especial, durante as missas do dia 25 de julho, o arcebispo convidou a, especialmente durante a Oração dos Fiéis, fazer “orações pelas vítimas e que, ao final das celebrações, seja organizada a arrecadação de fundos que serão doados através da Caritas da Polônia". Enfim, o presidente dos bispos poloneses enviou aos irmãos do episcopado dos outros países afetados pelas inundações "apoio e garantia de proximidade".
“A Igreja na Polônia quer apoiar as vítimas com a oração e as ofertas.”
Fonte: Vatican News
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Episcopado paraguaio se solidariza com a Igreja e o povo cubano
Os bispos paraguaios valorizam e reconhecem os esforços da Igreja católica cubana para estar ao lado do povo neste momento de crise social, ao mesmo tempo em que rejeitam toda e qualquer violência que menospreze os direitos e a dignidade dos cubanos: "Rejeitamos todo e qualquer tipo de violência que menospreze a dignidade do ser humano, somos solidários com as vítimas e suas famílias que foram submetidas à violência neste processo de crise desencadeada", enfatizam eles
A Conferência Episcopal Paraguaia (CEP) expressa sua solidariedade com o episcopado e o povo cubano diante dos "graves acontecimentos" ocorridos na ilha como consequência da crise sociopolítica desencadeada há mais de uma semana com protestos em massa exigindo respostas eficazes à crise econômica e sanitária, liberdade e democracia. Assinada pelo presidente do episcopado, dom Adalberto Martínez Flores, a missiva espera uma pronta "solução favorável" através de um "diálogo sincero entre todos os setores".
"Rejeitamos todo e qualquer tipo de violência que menospreze a dignidade do ser humano, somos solidários com as vítimas e suas famílias que foram submetidas à violência neste processo de crise desencadeada", lê-se na nota publicada no site da Conferência Episcopal Paraguaia.
Processo de escuta encorajado pelo Papa Francisco
Dirigida ao bispo de Holguín e presidente da Conferência Episcopal de Cuba, dom Emilio Aranguren Echeverría, a carta recorda o processo de escuta encorajado pelo Papa Francisco na Igreja no mundo inteiro e, em particular, na Igreja latino-americana que se encaminha para sua Assembleia Eclesial. Um processo que exige - explica dom Martínez - a máxima expressão de amor, solidariedade e proximidade com o Povo de Deus.
"Neste sentido, valorizamos e reconhecemos os esforços da Igreja católica cubana para estar ao lado do povo e acompanhá-lo em todos os momentos", enfatiza a Conferência Episcopal Paraguaia.
Pedido de intercessão à Virgem da Caridade de Cobre
Os bispos paraguaios asseguram suas orações e acompanhamento espiritual, ao tempo em que pedem a intercessão da Virgem da Caridade de Cobre, Rainha e Mãe de todos os cubanos, para que "a convivência harmoniosa e a paz possam ser restabelecidas o quanto antes".
Domingo passado marcou uma semana de agitação social em Cuba que, como dizem os bispos cubanos em sua mensagem de 12 de julho, é uma resposta a um mal-estar generalizado devido à deterioração da situação econômica e social do país, que foi acentuada pelas consequências da pandemia da Covid-19. Demonstrações que têm sido reprimidas com força, prisões e "uma rigidez e endurecimento das posições" que agravam a situação.
Pela construção da Pátria "com todos e para o bem de todos"
No sábado, numa concentração convocada pelo governo cubano, o presidente Miguel Diaz-Canel insistiu em evocar a "defesa da revolução" após denunciar que os protestos fazem parte de uma campanha dirigida do exterior e exasperada pelo embargo econômico.
Neste contexto, se inserem mais uma vez as palavras dos bispos cubanos, que sustentam que "uma solução favorável não será alcançada por meio de imposições, nem por meio de apelo ao confronto, mas sim quando se exerce a escuta mútua, se busca acordos comuns e se tomam medidas concretas e tangíveis que contribuem, com a colaboração de todos os cubanos sem exclusão, para a construção da Pátria "com todos e para o bem de todos".
Fonte: Vatican News
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Episcopado EUA aos bispos cubanos: que nossos países cresçam na amizade, justiça e paz
"Durante décadas, a Conferência Episcopal dos Estados Unidos, em colaboração com a Santa Sé e os bispos cubanos, apelou a um forte compromisso cultural e comercial entre os Estados Unidos e Cuba como meio para ajudar a ilha a alcançar uma maior prosperidade e transformação social. Rezemos a Nossa Senhora da Caridade do Cobre, nossa mãe, para que vele por seus filhos em Cuba e que, juntos, nossos países possam crescer na amizade, no interesse da justiça e da paz”, escrevem os bispos estadunidense
 “Enquanto continuam os protestos em Cuba e entre a diáspora nos Estados Unidos, gostaríamos de expressar nossa solidariedade, bem como a de nossos irmãos no Episcopado nos Estados Unidos, a nossos irmãos no episcopado cubano, e a todos os homens e mulheres de boa vontade em Cuba”.
É o que diz uma declaração assinada pelo arcebispo de Los Angeles e presidente da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB), Dom José H. Gomez, e pelo bispo de Rockford e presidente do Comitê de Justiça e Paz Internacional dos Estados Unidos da mesma Conferência, Dom David J. Malloy, a respeito dos últimos acontecimentos em Cuba.
Os prelados estadunidenses recordam que, “como afirmaram os bispos cubanos na declaração de 12 de julho, 'não se chegará a uma solução favorável com imposições, nem invocando o confronto, mas por meio escuta recíproca, onde se buscam acordos comuns e são dados passos concretos e tangíveis que contribuem, com a contribuição de todos os cubanos, sem exceção, para a construção da pátria'”.
Neste mesmo espírito dos bispos cubanos – diz a declaração assinada pelos bispos estadunidenses enviada à Agência Fides– “exortamos os Estados Unidos a buscar a paz que é resultado da reconciliação e da harmonia entre nossos países. Durante décadas, a Conferência Episcopal dos Estados Unidos, em colaboração com a Santa Sé e os bispos cubanos, apelou a um forte compromisso cultural e comercial entre os Estados Unidos e Cuba como meio para ajudar a ilha a alcançar uma maior prosperidade e transformação social. Rezemos a Nossa Senhora da Caridade do Cobre, nossa mãe, para que vele por seus filhos em Cuba e que, juntos, nossos países possam crescer na amizade, no interesse da justiça e da paz”.
Os bispos estadunidenses sempre estiveram próximos do povo cubano, chegando a manifestar seu desacordo sobre algumas ações das autoridades do país norte-americano, como aconteceu em janeiro passado: “Na qualidade de presidente da Comissão de Justiça e Paz Internacional da USCCB, gostaria de expressar a minha profunda discordância com a decisão do secretário Pompeo de acrescentar Cuba à lista dos Estados patrocinadores do terrorismo”.
A atual declaração dos bispos chega em um momento muito delicado para Cuba, onde a situação da saúde se agrava: o número de contágios por coronavírus per capita em Cuba é o maior de toda a América Latina. A ilha, que tem uma população de 11 milhões de habitantes, registrou quase quatro mil casos na última semana. Foram 61 óbitos nas últimas 24 horas, para um total de 288.392 diagnósticos positivos e 1.966 óbitos desde o registro dos primeiros casos da doença, em março de 2020, segundo o Ministério da Saúde Pública (Minsap). Isso é nove vezes maior do que a média mundial. O aumento das infecções coincide com um sistema de saúde precário, pressionado ulteriormente pelos protestos antigovernamentais que explodiram recentemente no país.
A mídia internacional informa que o presidente Joe Biden pediu ao Departamento de Estado para rever a política de remessas dos Estados Unidos, para garantir que o dinheiro que os cubano-estadunidenses enviam para casa vá diretamente para suas famílias, sem os cortes dispostos pelo regime, além de manifestar a vontade de trabalhar com organizações internacionais para aumentar a assistência humanitária a Cuba.
Fonte: Vatican News
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Amazônia: ampliado o seminário em Puerto Maldonado
A Cáritas Bergamo e a Fundação Santina, reestruturam e ampliaram o Seminário de Puerto Maldonado, na Amazônia peruana. Foi aqui que o Papa Francisco, em janeiro de 2018, lançou o processo sinodal que se concluiu com a publicação da Exortação Apaostólica pós-sinodal "Querida Amazônia".
VATICAN NEWSUm compromisso mantido, uma esperança que se torna realidade. Apesar das dificuldades devidas à pandemia que na América Latina, e especialmente no Peru, está afetando severamente a população, foi concluída recentemente a ampliação do Seminário na cidade peruana de Puerto Maldonado. Foram construídas onze novas salas graças à ajuda financeira da Cáritas de Bérgamo e da Fundação Santina, presidida por Dom Luigi Ginami que, justamente nestes dias - após ter concluído seu serviço no Vaticano - voltou do país andino no final de sua 46ª viagem internacional de solidariedade em nome da Fundação.  
Foi o reitor do seminário, Padre Carlos que há três anos dirigiu-se à Fundação Santina para pedir ajuda para que a estrutura que abriga os futuros sacerdotes da diocese fosse mais funcional. No ano seguinte, o vigário apostólico, Dom David Martínez de Aguirre, relançou a obra. Agora, apesar da desaceleração devido à pandemia, a ampliação do seminário foi concluída. Dom Martínez de Aguirre escreveu a Dom Ginami: "Este belo gesto nos permitirá dar à Igreja novas vocações com um rosto amazônico", respondendo assim a uma exortação levada pelo Papa Francisco no Sínodo da Amazônia e reiterada na exortação pós-sinodal Querida Amazônia. Um sínodo que, em janeiro de 2018, teve seu "primeiro ato" durante a visita do Papa Francisco a Puerto Maldonado, a verdadeira "porta de entrada para a Amazônia".
“O Peru", recorda Lucia Capuzzi jornalista do Avvenire, "está passando por um momento dramático: é a nação com o maior número de vítimas do vírus proporcionalmente à população. A maioria dos mortos é muito pobre sem meios para comprar cilindros de oxigênio, que estão em falta. O luto comum criou uma forte ligação com Bérgamo, cidade que foi duramente atingida pela Covid. Na cidade a pandemia matou 6.700 pessoas, incluindo quarenta sacerdotes". Daí a gratidão de Dom Ginami a seu bispo, Francesco Beschi, pelo apoio oferecido a esta boa obra. O povo de Bérgamo, enfatiza o presidente da Fundação Santina, "não se entregou ao seu próprio sofrimento, mas estendeu a mão para ajudar outros lugares feridos".
Fonte: Vatican News
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Bangladesh: com formação permanente de crianças e jovens, mais vocações
O arcebispo de Chattogram destaca a vivacidade dos jovens no trabalho na Igreja e o espírito de solidariedade em especial neste tempo de pandemia. Dom Lawrence Subrata Howlader também afirma que, "para criar uma comunidade vibrante e madura, temos necessidade da cooperação ativa de uma liderança exemplar dos leigos".
 “Com uma formação adequada, os jovens podem superar, com a ajuda e a graça de Deus, todos os desafios, medos e preocupações e realizar seus sonhos. Assim, podem ser missionários do Reino de Deus nesta terra”.
Disto está convencido o arcebispo de Chattogram e presidente da Comissão Episcopal para a Juventude, Dom Lawrence Subrata Howlader, CSC, que havia participado do Sínodo sobre os jovens, realizado no Vaticano, tendo a oportunidade de ver de perto a vida dos jovens no mundo.
“Nos últimos anos – declarou o prelado à Agência Fides - participei em todas as Jornadas Nacionais da Juventude. Tenho observado a sinceridade com que os jovens trabalham pela Igreja. Fiquei impressionado com a sua mentalidade positiva e com a sua dedicação com espírito evangélico”.
“Em muitas paróquias – acrescenta o prelado - os jovens colaboram com os idosos e as crianças e são muito ativos”, e em particular faz um elogio aos jovens engajado na Igreja em Bangladesh: “Tenho notado que muitos jovens católicos têm ajudado os necessitados durante a pandemia de Covid-19 e também organizaram atividades ambientais para celebrar a Laudato Si'. Os jovens têm necessidade de fontes poderosas de inspiração, e encontrando-as, seguem em frente”, observa.
Segundo o arcebispo, “é importante a formação permanente das crianças e dos jovens, na família, na escola e na universidade. Assim teremos também mais vocações religiosas”, observou.
Como novo arcebispo de Chattogram, Dom Lawrence Subrata Howlader ilustra o novo plano pastoral em uma diocese caracterizada pela presença de tribais. "Fui enviado à população de Chattogram como pastor, meu plano essencial é conduzir a vida do rebanho que me foi confiado de acordo com os ensinamentos de Cristo."
Na região, vive, muitos deslocados internos: "Queremos construir uma relação de fraternidade. Ser um missionário é nossa principal responsabilidade como batizados."
O arcebispo foca na colaboração dos leigos: "Para criar uma comunidade vibrante e madura, temos necessidade da cooperação ativa de uma liderança exemplar dos leigos", reiterando que "alcançar os fiéis marginalizados será a prioridade no caminho pastoral", ao lado da "formação dos jovens, o diálogo entre as diversas religiões e confissões".
O arcebispo Lawrence, 56 anos, assumiu o ofício em 22 de maio como arcebispo de Chattogram. Ele substituiu o arcebispo Moses M. Costa, que faleceu no ano passado devido à Covid-19.
*Agência Fides
Fonte: Vatican News
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Colômbia: Igreja promove Maratona da Solidariedade
A iniciativa da Arquidiocese de Bogotá procura proporcionar ações concretas para ajudar as pessoas que vivem em condições de pobreza extrema.
"Porque fé é ação!" é o lema da campanha lançada pela Arquidiocese de Bogotá nos dias 6 e 7 de agosto em favor da população mais vulnerável da sociedade. Cinturões de pobreza cercam as capitais latino-americanas e isso não é novidade, porém, a ajuda concreta aos grupos mais vulneráveis da sociedade pode ser uma realidade que ultrapassa as fronteiras do discurso.
Neste contexto, a Arquidiocese de Bogotá, através da Oficina de Ação e Participação dos Fiéis, está convocando a primeira maratona beneficente, mexendo com o coração dos colombianos para arrecadar fundos e assim continuar apoiando seus trabalhos sociais, pastorais e educacionais que beneficiam mais que 3 milhões de pessoas.
"São 24 mil famílias, 27 mil migrantes e deslocados, 2.500 mulheres, 26 mil crianças e adolescentes, e 77 mil jovens e adultos que se beneficiam das diversas obras sociais da Igreja", informa uma nota publicada no site do episcopado. Sem dúvida, a crise de saúde foi um dos principais fatores que levou a um aumento das desigualdades sofridas por aqueles que vivem, em Bogotá, especialmente a população mais vulnerável. Para ajudar a enfrentar estas dificuldades, a arquidiocese da capital está presente nos diferentes cantos da cidade, através de suas obras, especialmente naqueles lugares onde a pobreza é mais evidente.
O arcebispo de Bogotá, dom Luis José Rueda, novo presidente da Conferência Episcopal Colombiana, enviou uma mensagem de esperança e misericórdia, diante da fragilidade destes setores da sociedade, particularmente afetados pela pandemia.
"Não estávamos preparados, mas isso impactou a vida de nossos lares. É por isso que somos uma Igreja a serviço do desenvolvimento humano integral. Queremos ver a participação de Bogotá. Existem muitos rostos que chegam à cidade e queremos que ela seja uma casa que acolhe, que haja mãos e queremos contribuir com força e ser uma voz no meio das dificuldades", escreve o arcebispo.
Com a campanha, a Arquidiocese de Bogotá pretende arrecadar 1 milhão de pesos para ajudar aqueles que se encontram em condições vulneráveis, especialmente crianças e jovens sem escolaridade e famílias sem alimentos nutritivos, sem sistemas de saúde, sem moradia, desempregados e migrantes, entre outros.
"Não é segredo para ninguém que Bogotá está passando por uma situação muito difícil, com muitas desigualdades sociais, e com a pandemia muitas pessoas caíram na pobreza, aumentando em mais de 10% e é por isso que pensando nelas, buscamos conseguir recursos." Foi o que disse o diretor da Oficina de Ação e Participação dos Fiéis, Kenny Lavacude, convidando a contribuir generosamente.
A campanha será uma ocasião para que, através da oração, da Eucaristia, dos testemunhos dos fiéis e das entidades da Igreja, comunidades e paróquias, concertos musicais e convites de personagens da vida pública, se desperte a solidariedade dos fiéis e pessoas de bom coração para que se unam com suas contribuições. Fonte: Vatican News
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RAMAO faz curso de capacitação para pescadores e peixeiras
A ONG Renascença Africana-Associação das mulheres da África Ocidental, Célula de Cabo Verde, (RAMAO) desenvolve, no quadro do projecto “iniciativa das pescas costeiras da Africa Ocidental" uma ação de formação de reforço de capacidade intitulada: "Iniciativa Costeira da Africa Ocidental do domínio de gestão da pesca nas ilhas do Maio e São Vicente."
A formação que já foi realizada na Ilha do Maio, está a ter lugar agora na ilha de São Vicente.
A presidente da RAMAO, célula em Cabo Verde, Zezinha Chantre, avança que o curso abrange pescadores e peixeiras das comunidades de Salamansa, Calhau e São Pedro.
Integram a formação dez mulheres e cinco homens.
REMAO é uma ONG internacional da sub-região.
Renascença Africana-Associação das mulheres da África Ocidental Célula de Cabo Verde, está a implementar o Projeto de Reforço de Capacidades das Associações de Pescadores e Trabalhadores do Setor, cujo objetivo geral é reforçar as capacidades dos pescadores e dos trabalhadores do setor das pescas no geral, e em particular das mulheres.
Fonte: Vatican News
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Cabo Verde - Curso de olaria para jovens mulheres
17 Jovens mulheres entre os 15 e os 24 anos de idade, da localidade de Fonte Lima, Concelho de Santa Catarina, ilha de Santiago participam numa ação de capacitação na prática da olaria tradicional. O curso arrancou a 19 de julho e prolonga-se até 5 de Agosto.
A iniciativa é do Instituto do Património Cultural(IPC) que dá início ao projeto Oficina de formação e capacitação de jovens mulheres na preservação da olaria tradicional de Fonte Lima e Trás-os-Montes, financiado pela UNESCO, no quadro do Programa de participação para 2020-2021, destinado a pequenos estados insulares em desenvolvimento.
As oficinas de formação e capacitação pretendem ser espaços de partilha e transmissão de conhecimentos e saber-fazer das oleiras sensibilizando as mais jovens para um património comum e com recurso a outros autores.
Fonte: Vatican News
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Sínodo 2023: Dez mulheres nomeadas para as comissões preparatórias
16ª assembleia geral é precedida por processo inédito de consulta, com assembleias diocesanas e continentais
A Secretaria do Sínodo dos Bispos anunciou a composição das três comissões que vão preparar a assembleia geral de 2023, convocada pelo Papa, com a presença de dez mulheres entre 41 elementos.
A Comissão Teológica, a Comissão Metodológica e o Comité Consultivo de Orientação do próximo Sínodo dos Bispos incluem religiosas e teólogas da África do Sul, Alemanha, Austrália, Burquina-Faso, Estados Unidos da América, Espanha, Filipinas, França e Singapura.
A Comissão Metodológica vai ser coordenada pela irmã Nathalie Becquart, subsecretária do Sínodo dos Bispos e primeira mulher com direito a voto nestas assembleias.
“A presença de mulheres nas três comissões é um elemento importante, que demonstra os passos que estão a ser dados em direção a uma presença cada vez maior de mulheres nos órgãos de decisão da Igreja, um compromisso do Papa Francisco no caminho da sinodalidade”, assinala o portal ‘Vatican News’.
A 8 de julho, o Papa tinha nomeado o cardeal Jean-Claude Hollerich, arcebispo do Luxemburgo e presidente da Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia (COMECE), como relator-geral da 16ª assembleia geral do Sínodo dos Bispos.
O Vaticano anunciou a 21 de maio o adiamento desta assembleia para outubro de 2023, um ano depois do que estava inicialmente agendado, precedida por um processo inédito de consulta, com assembleias diocesanas e continentais.
A assembleia de 2023, convocada pelo Papa Francisco, tem como tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”.
Em setembro de 2018, o Papa publicou a constituição apostólica ‘Episcopalis Communio’ (Comunhão Episcopal) com a qual reforçou o papel do Sínodo dos Bispos, sublinhando a importância de continuar dinâmica do Concílio Vaticano II (1962-1965).
Em mais de 50 anos, as assembleias sinodais foram sempre consultivas, mas o Papa recorda que, segundo o Direito Canónica, o Sínodo goza de “poder deliberativo”, quando lhe é concedido pelo pontífice.
A nova constituição apostólica promove uma aproximação das assembleias sinodais ao modelo dos concílios ecuménicos [mundiais], como o que foi realizado entre 1962 e 1965, em quatro sessões.
A abertura do Sínodo de 2023 acontece no Vaticano, sob a presidência do Papa, nos dias 9 e 10 de outubro de 2021, e em cada diocese católica, a 17 de outubro, sob a presidência do respetivo bispo.
Estas celebrações dão início à “fase consultiva” da 16ª assembleia geral do Sínodo dos Bispos, a partir de um documento preparatório, um questionário e um vademécum com propostas de consulta em cada diocese.
O Vaticano determina que cada bispo nomeia um responsável ou uma equipa diocesana para a consulta sinodal; cada Conferência Episcopal deve fazer o mesmo.
As conclusões de cada diocese vão ser enviadas à respetiva Conferência Episcopal, para redação de uma síntese que deve chegar ao Vaticano antes de abril de 2022.
Os contributos alargam-se aos organismos da Cúria Romana, Universidades, Faculdades de Teologia, Uniões de Superiores e Superioras Gerais de Institutos Religiosos, Federações de Vida Consagrada e movimentos internacionais de leigos.
A Secretaria-Geral do Sínodo, que recebe as sínteses dos contributos, procede à redação do primeiro ‘Instrumentum Laboris’ (instrumento de trabalho) antes de setembro de 2022.
Fonte: Agência Ecclesia
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Do dia 19/7/2021
Celebração na sede da CNBB oferece ação de graças à presença missionária da Igreja do Brasil no Haiti
Na manhã de sábado, 17 de julho, uma celebração na capela Nossa Senhora Aparecida, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília-DF, marcou a nova fase do Projeto Missionário Intecongregacional Nazaré que mantido pela Igreja no Brasil no Haiti desde 2010.
Presidida pelo bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portela Amado, a celebração teve um caráter de ação de graças pela conquista de um novo passo no projeto: a construção de uma casa para a comunidade religiosa no mesmo bairro atingido pelo terremoto em 2010 que deixou mais de 300 mil mortos e milhares de desabrigados.
Na homília, dom Joel afirmou que o olhar da fé nos diz que fomos criados para a missão. “Missão é paixão. Brota de um coração que se descobre apaixonado pelo Senhor e se coloca disponível para responder: ‘eis-me aqui, envia-me’”, disse.
Segundo o prelado, para viver plenamente a graça do Batismo somos convidados a viver a missão. O bispo ressaltou a importância de, neste momento, rezar pelo Brasil, pelas irmãs em missão no Haiti e pelo momento que aquele país atravessa e também por todos os países da América Latina que estão vivendo tempos complicados em razão da pandemia.
“Quem ama transborda, anuncia, vai ao encontro, cuida e socorre”, disse dom Joel em referência o trabalho que as 19 congregrações religiosas e 19 irmãs que passaram pela missão ao longo dos 12 anos. Durante a celebração, foram ofertados rosas em agradecimento à esta presença missionária no Haiti.
Em referência à primeira leitura, dom Joel ressaltou ainda que o povo de Deus sempre foi um povo a caminho mas não um caminhar isolado. “A caminhada do povo de Deus é como povo, grupo, família e Igreja. Por isto, é bonito também perceber a experiência da missão no Haiti, uma missão construída coletivamente”, disse.
Histórico e nova fase da missão no Haiti
 Desde o período que imediatamente se seguiu ao terremoto de 2010, no Haiti, a CNBB, a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e a Cáritas Brasileira estabeleceram uma parceria para a criação do projeto missionário intercongregacional Nazaré. Desde a origem, a missão foi conduzida e animada por congregações femininas. Durante este tempo, 19 institutos e congregações femininas colaboram com presença de suas religiosas e animação missionária da presença brasileira no Haiti. A parceria foi prevista para a duração de 10 anos, tendo, portanto, terminado em 2020.
Em substituição a esta parceria e para não interromper o trabalho das religiosas brasileiras no Haiti, as congregações femininas firmaram uma nova parceria, agora entre si, sem a gestão direta da CNBB e da CRB, as quais, porém, permanecerão acompanhando e ajudando. Agora, na nova fase, a gestão será feita por uma Comissão Intercongregacional constituída por 5 religiosas de diferentes congregações.
Elas vão contar com o apoio da Rede Missionária Intercongregacional Ad Gentes, constituída inicialmente com a adesão de cerca de 90 congregações religiosas, após a aprovação na 25ª Assembleia Eletiva da CRB Nacional realizada em Brasília (DF), de 10 a 14 de julho de 2019. A missa do dia 17 de julho será o momento oficial de bênção da nova parceria e nova fase da missão da Igreja no Brasil no Haiti.
Fonte: CNBB
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Fruto de pesquisa com seminaristas no Brasil, artigo faz um retrato da situação da formação presbiteral em tempos de pandemia
O primeiro semestre deste ano de 2020 nos ofereceu um novo desafio: a Pandemia da COVID-19. Podemos dizer que a pandemia está nos fazendo pensar e repensar muitas realidades e, dentre elas, a formação dos futuros padres da Igreja Católica.
Se a formação presbiteral sempre foi um desafio eclesial, temos visto que, no século XXI, tem sido cada vez mais. Para completar, chegou a novidade: como falar de formação sacerdotal, tradicionalmente, vivida quase integralmente, em um Seminário, em tempos de pandemia?
Foi com esse objetivo que a psicóloga Dra. Luciana Campos e o Padre Douglas Alves Fontes, reitor do Seminário São José da Arquidiocese de Niterói decidiram realizar uma pesquisa na buscar por tentar compreender melhor o momento que estamos vivendo, no que diz respeito à formação sacerdotal, no contexto de uma pandemia. Como manter o ritmo da formação neste ambiente? Quais são os desafios? A pandemia interfere muito ou pouco no processo formativo dos futuros padres?
“Neste artigo, recolhemos as respostas que recebemos na pesquisa e nos propomos a refletir sobre a missão formativa em tempos de pandemia. Veremos os desafios da continuidade da formação sacerdotal, em tempos desafiadores para todos. O artigo se apresenta como uma síntese do que refletimos e uma ante-sala do que queremos refletir”, explica a Dra. Luciana.
”Em breve, um novo artigo será publicado, com um viés mais acadêmico. Contudo, achamos por bem publicar esta síntese, antecipando o que falaremos e já apresentando um primeiro fruto da pesquisa! Por isso, de antemão, manifestamos nossa gratidão a todos os seminaristas que se dispuseram a nos responder, aos quais continuamos querendo acompanhar e formar nesse caminho tão significativo. Gratidão a todos os que nos apoiaram, ao longo da aplicação dos questionários!” disse o Padre Douglas.
O religioso conta ainda que a quantidade das respostas foi algo inesperado, “Para nossa surpresa, em pouco mais de duas semanas, recebemos o retorno de 2.000 seminaristas de todo o Brasil, na pesquisa que girou em torno da vida deles, no contexto da pandemia. Tocava em diversos pontos: disciplina, vida de oração, vocação, alimentação, luto, estudos, relações…”
Dra. Luciana nos conta ainda, que o questionário “teve um retorno de respostas com percentual muito significativo que, talvez compreenda perto de 50% dos seminaristas do Brasil”. E detalha que, “dos que responderam, a maior parte veio dos formandos para o clero diocesano (92,1%), residentes nas regiões Sudeste (38,9%), Nordeste (30,2%), Sul(15,9%) e Centro-oeste (8%) do país. O maior grupo faz parte da etapa do discipulado (42,8%), seguindo-se os da etapa da configuração (34,9%) e do propedêutico (20%)”.
Fonte: CNBB
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Tem início na próxima sexta-feira, 23, a 12ª edição do Mutirão de Comunicação; conheça a programação
Tem início na próxima sexta-feira, 23, a 12ª edição do Mutirão de Comunicação. Pela primeira vez totalmente on-line, o evento conta com 5600 inscritos.
A temática
A construção do tema do Mutirão de Comunicação 2021 considerou a urgência de respostas efetivas aos desafios que as várias frentes hoje de defesa da dignidade e da liberdade humanas experimentam, em destaque na comunicação, e que se dão de variados modos nas mais distintas sociedades.
Com a inscrição “Por uma comunicação integral”, o tema se define, em primeiro lugar, como a inarredável defesa política e social de uma comunicação democrática, horizontalizada e responsável.
    “É um tema, mas também um lema, pois se coloca como um brado, um grito de inclusão dos que são marginalizados, impedidos de se manifestarem e de darem-se a conhecer em seus modos de ver e de dizer o mundo. Comunicação integral, também, na abertura que deve existir em relação ao outro; em uma postura verdadeiramente dialógica e na consideração das diferenças e do direito humano de todos a se comunicar”, disse o professor Mozahir Salomão, coordenador do Grupo de Reflexão sobre Comunicação da CNBB.
Programação 
23 de julho 
16h45- Abertura da sala e início da transmissão
17h00- Oração de abertura
17h30- Solenidade de abertura
18h00- Palestra magna – Por uma comunicação integral: o humano nos novos ecossistemas (Prof. Dr. Massimo di Felice | ECA – USP)
19h00- Apresentação cultural: Versos e Preces (com Dom Vicente Ferreira e Avimar)
19h15 – Conferência 1 – Comunicação para a paz em tempos de fake news e ultraconservadorismo (Profª. Drª. Magali Cunha)
20h00 – Reflexões e Diálogos
20h30- Lançamentos
21h00- Bênção da noite
24 de julho 
8h30- Abertura da sala
8h45- Oração da Manhã
9h00- Conferência 2 – Era do onlife: real e virtual se (com)fundem. Também na Igreja? (Prof. Dr. Moisés Sbardelotto)
9h45- Apresentação cultural: Trio de Cordas “Piu Piano”
10h00- Conferência 3 – Retomar as rédeas do mundo: o humano-cristão nos novos ecossistemas à luz da Fratelli Tutti (Prof. Dr. Norval Baitello Júnior | PUC-SP)
10h45- Reflexões e Diálogos
11h15- Painel – Ecologia das mídias e nas mídias católicas (Profª. Drª. Adriana Braga | PUC-Rio e Prof. Dr. Jorge Miklos | UNIP)
12h00- Intervalo
13h30- Conferência 4 – Comunicação para o bem viver em tempo de máxima desigualdade (Prof. Drª. Viviane Mosé)
14h15- Apresentação cultural: Tom Nascimento
14h30- Conferência 5 – Utopias do mundo integral (Prof. Dr. Carlos Ferraro | Presidente de Signis ALC  – Argentina)
15h15- Reflexões e Diálogos
16h00- Intervalo
16h10- Conferência 6 – Comunicação integral: influenciadores ou influenciados? (Profª. Drª. Elizabeth Saad | ECA – USP)
17h00- Show com Rubinho do Vale e banda
18h00- Missa transmitida pelas TVs e rádios católicas
Fonte: CNBB
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COVID-19 e vacinação, temas de encontro do Observatório de Bioética
No dia 15 de julho, às 17h, de forma on-line, na Universidade Franciscana (UFN), em Santa Maria, ocorreu o quarto encontro do Observatório de Bioética do Regional Sul 3 da CNBB. O tema refletido desta vez foi Covid, pesquisa de opinião e bioética.
O encontro contou com a organização do Prof. Dr. Diego Carlos Zanella, Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Humanidades e Linguagens, membro do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos e da Comissão de Ética no Uso de Animais, da Universidade Franciscana, e sócio da Sociedade Brasileira de Bioética. Já as apresentações da temática ficaram a cargo da Profa. Dra. Solange Binotto Fagan, Vice-Reitora da Universidade Franciscana, docente do curso de Física Médica e do Programa de Pós-Graduação em Nanociências, da Profa. Dra. Francielle Benini Agne Tybusch e da Profa. Dra. Angelita Woltmann, ambas docentes do curso de Direito.
Como parte dos conteúdos englobados na proposta, a professora Solange conduz uma equipe de pesquisa que investiga a utilização de imagens de raio-X para rastreamento rápido e seguro da COVID-19, por intermédio de um protótipo em funcionamento experimental, com finalidade de dar apoio ao diagnóstico médico. A pesquisa denomina-se “Inteligência artificial em dados cadastrais e imagens na telemedicina em combate à COVID-19”, que visa desenvolver uma plataforma caracterizada pela utilização de métodos computacionais de inteligência artificial deeplearning (aprendizado aprofundado).
As professoras Angelita e Francielle participam do “Grupo de Estudos em Direito dos Desastres e Covid-19”. Nesse sentido, a profa. Angelita apresentou uma fundamentação bioética para a atividade do grupo de estudos a partir das diferentes concepções bioéticas. Ela partiu da caracterização dos princípios bioéticos como teoria hegemônica e mostrou outras posições desenvolvidas no Brasil e na América Latina, indicando que a bioética sanitarista, defendida por José Roque Junges, apresenta uma proposta adequada à realidade brasileira e que contribui com o trabalho do grupo de estudos.
Já a profa. Francielle, apresentou a fundamentação do direito dos desastres aplicado ao contexto da pandemia do coronavírus. A pesquisa pretende avaliar as mudanças estruturais ocorridas na sociedade contemporânea e que demandam respostas jurídicas. Com enfoque nos riscos e danos ambientais graves, há uma necessária evolução na formação de critérios para o direito, a partir de informações técnicas complexas, destacando o princípio da precaução e a gestão circular do risco. Ao analisar a teoria e prática do direito ambiental, a partir da ocorrência de desastres, há a urgência de se ter respostas jurídicas sensíveis técnica, econômica e cientificamente, assentadas nos pilares do Estado de Direito. Assim, há uma produção que envolve a tomada de decisão em contextos de incerteza, o direito frente às mudanças climáticas, responsabilidade pelo risco e dano produzido e aspectos jurídicos dos desastres. As pesquisas tratam do tema “O papel do direito ambiental para a governança de eventos extremos”. Além dessa fundamentação, a profa. Francielle também apresentou os dados de um relatório de pesquisa de opinião sobre as vacinas desenvolvidas contra o novo corona vírus. Foram apresentados dados sócio demográficos, questionamentos com opiniões acerca da vacinação e o método informativo consumido pelo público referente ao assunto. A idealização deste trabalho surgiu em agosto de 2020 e contou com a participação de acadêmicos do curso de Direito da Universidade Franciscana (UFN).
Mais informações:
Instagram do Grupo de Estudos em Direito dos Desastres e Covid-19 (GEDECO)
@gedecoufn
Relatório da pesquisa de opinião sobre a vacinação COVID-19. Disponível em: https://f7f3ee10-6cec-4bfa-a3ac-eb10305f7e07.filesusr.com/ugd/4502fa_366f285e43514bddb09f216b6901e9f...
A crise da biodiversidade e seus impactos no surgimento de pandemias: uma análise sobre o desastre biológico da COVID-19. Disponível em: http://conpedi.danilolr.info/publicacoes/nl6180k3/nk9s678l/nEYM56d4Ch360g7f.pdf
Fonte: CNBB Sul 3
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Um ano da morte de Dom Henrique Soares
Pe. Gabriel Vila Verde - publicado em 19/07/21
O "Leão de Palmares" foi aclamado como "santo súbito" após a morte
Um ano da morte de dom Henrique Soares: neste 18 de julho, o então bispo de Palmares, PE, deixou este mundo rumo à eternidade. Ele faleceu em decorrência de complicações pelo contágio com a covid-19. 
Aos 57 anos de idade, dom Henrique era um dos prelados brasileiros mais atuantes na divulgação da doutrina católica nas redes sociais. Quase imediatamente após a notícia do seu falecimento, foi espontâneo entre milhares de católicos do país o movimento de pedir o início do seu processo de beatificação.
Por ocasião deste primeiro aniversário da entrada de dom Henrique na vida eterna, o pe. Gabriel Vila Verde comentou via rede social:
“Há um ano atrás, a morte de Dom Henrique Soares parou o Brasil católico. Até uma tia minha octogenária, que nem o conhecia, afirmou ter sentido uma dor profunda, apenas com a difusão da notícia. Confesso que, naquele dia, chorei por horas seguidas.
Não há como negar: ele era uma referência! Um homem das palavras que não caem no chão, uma presença sábia, marcante e discreta. Aquela voz tipicamente nordestina e carregada de sotaque alagoano, mas ao mesmo tempo romana e carregada de sã doutrina, tanto alegrava como incomodava, típico dos verdadeiros profetas.
Ele que, em vida, era chamado de ‘o Leão de Palmares’, foi aclamado como ‘santo súbito’ após a morte. O que pode parecer exagero, talvez se traduza como um grito de alerta.
Dom Henrique morreu, é verdade, mas a sua voz ninguém conseguirá calar. Seus escritos, palestras, retiros e catequeses, continuam sendo procuradas por leigos e clérigos. O mundo da Internet se responsabilizará por memorizar seus arquivos, pois os fiéis já os arquivaram na memória”.
Um ano da morte de Dom Henrique Soares
O padre finaliza:
“Dom Henrique, obrigado por tudo! A Igreja de Deus louva o próprio Deus pela sua passagem entre nós. O senhor nos apresentou o Cristo dos Evangelhos, num tempo em que nos apresentam tantas cristologias equivocadas. O senhor nos apresentou uma rocha firme, num tempo em que nos apresentam tantos pântanos sombrios. O senhor nos apresentou uma sólida teologia, num tempo em que nos apresentam inúmeras ideologias. O senhor nos apresentou a verdadeira Igreja Católica, num tempo em que nos apresentam tantos modelos de igreja ineficazes e discutíveis. Deus te pague com o Céu por ter nos mostrado o caminho do Céu”.
Fonte: Aleteia
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O Papa na carta ao Gemelli: uma obra de misericórdia
O Papa Francisco enviou uma carta, nesta segunda-feira (19/07), ao advogado e presidente da Fundação Hospital Universitário Agostino Gemelli, Carlo Fratta Pasini, agradecendo-lhe a atenção pelos dias que ficou internado no hospital, onde foi submetido a uma cirúrgica no cólon.
Francisco manifesta sua gratidão e afeto a Pasini e "a todos aqueles que formam a grande família do Gemelli". "Como numa família, experimentei um acolhimento fraterno e um cuidado cordial, que me fizeram sentir em casa", ressalta o Papa.
"Pude ver pessoalmente como a sensibilidade humana e o profissionalismo científico são essenciais no cuidado da saúde. Agora carrego em meu coração muitos rostos, histórias e situações de sofrimento. O Gemelli é realmente uma pequena cidade na Urbe (cidade), onde milhares de pessoas vêm todos os dias, trazendo suas expectativas e preocupações", escreve ainda Francisco.
Segundo o Papa, no Hospital Gemelli "além do cuidado do corpo, se realiza o cuidado do coração". Francisco reza para que isso aconteça sempre, "através de um cuidado integral e atento à pessoa, capaz de infundir consolo e esperança nos momentos de provação". "O que cada um de vocês faz não é apenas um trabalho delicado e exigente. É uma obra de misericórdia que, através dos doentes, entra em contato com a carne ferida de Jesus", sublinha o Papa na carta.
Por fim, Francisco renova sua gratidão e concede a toda família do Hospital Gemelli sua bênção apostólica.
Fonte: Vatican News
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Papa: depois da pandemia, precisamos de novos olhos para olhar para a realidade
"Ver é um ato que é feito apenas com os olhos, para olhar precisa-se dos olhos e do coração". São palavras do Papa Francisco na entrevista de Mons. Dario Viganò e publicada em seu último livro: "Lo sguardo: porta del cuore. Il neorealismo tra memoria e attualità" (ed. Effatà). O Pontífice convida a redescobrir através do cinema uma educação ao olhar puro. E a importância de preservar a memória através de imagens
"Uma pedagogia para os olhos que muda nosso olhar míope, aproximando-o do próprio olhar de Deus". Assim, o Papa retorna à sua chamada “catequese da humanidade": o cinema. A ocasião é um novo livro de Mons. Dario Edoardo Viganò, vice-chanceler da Pontifícia Academia de Ciências e da Pontifícia Academia de Ciências Sociais: "Lo sguardo: porta del cuore. Il neorealismo tra memoria e attualità" (O olhar: porta do coração. O neorrealismo entre memória e atualidade), ed. Effatà, que será apresentado na Embaixada da Itália junto à Santa Sé. As páginas se abrem com uma entrevista com o Papa Francisco, e leva a uma viagem "de memória e contemplação". Como se estivesse folheando um álbum de recordações, o Santo Padre volta no tempo para sua infância na Argentina, quando com seus pais ouvia óperas no rádio ou ia ver filmes nas salas cinematográficas de seu bairro em Buenos Aires.
A catequese do olhar
Foi com os filmes que o Papa conheceu a autêntica história do neorrealismo, "entre os dez e doze anos", recorda, "acho que vi todos os filmes com Anna Magnani e Aldo Fabrizi". Filmes muito importantes que permitiram às crianças da época compreender em profundidade, além das histórias de migrantes, a grande tragédia da guerra mundial. Para o Papa, os filmes do neorrealismo formaram e ainda formam o coração, porque "nos ensinaram a olhar para a realidade com novos olhos". Nas palavras do Sucessor de Pedro, é precisamente este olhar que é a ferramenta para enfrentar o flagelo da pandemia, que nos dias de hoje que "parece multiplicar os fracassos da humanidade" e "gera preocupação, medo, desânimo: por esta razão precisamos de olhos capazes de perfurar a escuridão da noite".  E neste sentido o cinema também se torna uma esfera, um meio e uma oportunidade para uma "catequese do olhar", porque precisamos de "uma pedagogia para nossos olhos que muitas vezes são incapazes de contemplar no meio da escuridão a 'grande luz' (Is 9,1) que Jesus traz".
O cinema que pode nos ensinar a assistir
Para o Papa, o neorrealismo, ainda que conte o drama italiano depois da II Guerra Mundial, tem um valor atemporal. Daí sua reflexão sobre o olhar que se abre para a transcendência e o cinema que pode ensinar a olhar. "Como seria bonito - argumenta - redescobrir através do cinema a importância da educação ao olhar puro assim como o neorrealismo fez". Ele cita especificamente o “A Estrada da Vida” de Fellini e “A Culpa dos Pais” de Vittorio De Sica. Evidencia que em "muitos filmes o olhar neorrealista tem sido o olhar das crianças sobre o mundo: um olhar puro, capaz de capturar tudo, um olhar claro através do qual podemos identificar imediata e claramente o bem e o mal". Depois volta suas lembranças à sua viagem à ilha de Lesbos, na Grécia, aos olhos das crianças que vivem nos campos de refugiados: "Em muitas ocasiões e em muitos países diferentes, meus olhos encontraram os das crianças, pobres e ricas, saudáveis e doentes, alegres e sofredoras.
Ser vistos pelos olhos das crianças", reitera, "é uma experiência que todos nós conhecemos, que nos toca ao fundo do coração e que também nos obriga a examinar nossas consciências", então levanta a questão: "O que fazemos para que as crianças possam nos olhar com um sorriso e manter um olhar claro, cheio de confiança e esperança? O que fazemos para que esta luz não seja roubada deles, para que estes olhos não sejam perturbados e corrompidos"?
Um olhar que transforma a realidade
Em um mundo atravessado pela mídia digital, que "pode expor ao risco de dependência, isolamento e progressiva perda do contato com a realidade concreta", Francisco aponta o grande valor social do cinema como meio de agregação e educação e vê no neorrealismo uma lupa que "toca a realidade como ela é", cuida dela e, portanto, "se relaciona".
Ver é um ato que é feito apenas com os olhos", destaca, "para olhar precisa-se dos olhos e do coração". Francisco explicou que os filmes neorrealistas não são documentários que dão um simples registro "ocular da realidade; eles a devolvem, mas em toda a sua crueza, através de um olhar que envolve, que move as entranhas, que gera compaixão". Para o Papa, é "a qualidade do olhar que faz a diferença, antes como agora. O olhar neorrealista – acrescenta - não é um olhar de longe, mas um olhar que se aproxima, que toca a realidade como ela é, que cuida dela e, portanto, que se relaciona com ela". Um olhar - continua - que "transforma a realidade", porque "não é um olhar que o deixa onde você está, mas um olhar que o leva para cima, que o levanta, que o convida a se levantar", perto dos últimos. Um "olhar que na escuridão preserva o sabor e a sensação de luz". É um olhar de desvelamento": capaz de mostrar passagens "onde vemos apenas um limite", "abre brechas nas barreiras, vê os sinais de uma realidade mais bela e maior".
Preservar a memória através de imagens
Por fim, o Papa enfatiza a necessidade de sermos bons guardiões da memória através de imagens, a fim de transmiti-la a nossos filhos e netos; e ele amplia o discurso além da esfera estritamente cinematográfica para incluir fontes audiovisuais como um todo, como testemunhos preciosos do passado. "Trata-se – afirma – de documentos com um caráter intrinsecamente universal porque transcendem as fronteiras linguísticas e culturais e podem ser compreendidos por todos com imediatismo. E anuncia que está pensando em "uma instituição que funcionaria como Arquivo Central para a preservação permanente, ordenada segundo critérios científicos, de um fundo histórico audiovisual dos organismos da Santa Sé e da Igreja universal. Poderíamos chamá-lo de ‘Midiateca’, junto com o Arquivo e a Biblioteca, para a coleta e conservação do patrimônio de fontes audiovisuais históricas de alto nível religioso, artístico e humano".
Fonte: Vatican News
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Quando a medalha da fraternidade é a mais bela
Tóquio está se preparando para as Olimpíadas marcadas pela pandemia. O ensinamento do Papa Francisco sobre o esporte como forma de fortalecer a concórdia entre os povos
Já foi chamada de "as Olimpíadas tristes". Em Tóquio, a fim de evitar o contágio da Covid-19, não haverá espectadores nas arquibancadas dos estádios, não serão permitidos abraços entre os atletas, e os olímpicos terão que colocar suas medalhas ao redor de seu próprio pescoço para evitar qualquer possível contato. Um ano após o adiamento dos Jogos Olímpicos devido à pandemia, o Japão se prepara para viver o evento esportivo por excelência com sentimentos conflitantes: alegria e tristeza, orgulho e preocupação.
Entretanto, nestas Olimpíadas, realizadas pela primeira vez com rigorosas medidas anti-contágio, talvez possa emergir mais claramente o significado (e o valor) de um evento que, desde o seu símbolo - os cinco anéis entrelaçados - traz consigo o espírito de fraternidade e harmonia entre os povos. Uma mensagem que hoje é muito necessária, pois nos encontramos "todos no mesmo barco" e enfrentamos, com muitas dificuldades, uma mudança de época inesperada com consequências ainda imprevisíveis.
O Papa Francisco tem repetidamente sublinhado o potencial educativo do esporte para os jovens, a importância de "colocar-se em jogo" e do fair play, assim como - e ele também o fez durante seus dias no Hospital Gemelli - o valor da derrota, porque a grandeza de uma pessoa é vista mais quando ela cai do que quando triunfa, tanto no esporte como na vida. No início do ano, em uma longa entrevista com ao jornal Gazzetta dello Sport, o Papa disse: "A vitória contém uma emoção que é até difícil de descrever, mas a derrota também tem algo maravilhoso (...). De certas derrotas vêm belas vitórias, porque uma vez identificado o erro, a sede de redenção se acende. Eu diria que os que ganham não sabem o que perdem". Em um tempo marcado por fraturas e polarizações de todo tipo, para o Papa o esporte pode ser, como ele lembrou aos atletas das Olimpíadas Especiais, "uma daquelas linguagens universais que supera diferenças culturais e sociais, religiosas e físicas, e consegue unir as pessoas, tornando-as participantes de um mesmo jogo e protagonistas de vitórias e derrotas".
Certamente, como no recente Campeonato Europeu de Futebol e na Copa América, há a consciência de que os atletas que se alternarão na pista, no campo, não pouparão energias para vencer. Este espírito de competição também foi reforçado pela espera prolongada desde as últimas Olimpíadas, no Rio de Janeiro em 2016. Por outro lado, se Francisco expressou frequentemente seu apreço pela dimensão amadora e comunitária do esporte e por sua função social, ele sabe bem que a atividade esportiva, especialmente a nível profissional, vive no confronto e na superação do limite, antes de tudo consigo mesmo, antes mesmo dos outros.
"Mostrem as metas que podem ser alcançadas com o esforço do treinamento, que envolve grande comprometimento e também renúncias. Tudo isso - disse o Papa aos nadadores italianos em junho de 2018 - é uma lição de vida, especialmente para seus coetâneos”. Esta é a esperança de que estes Jogos Olímpicos de Tóquio sejam capazes de combinar tensão competitiva e um espírito de unidade. Superando limites e compartilhando fraquezas. Hoje, mais do que nunca, o desafio não é apenas ganhar a medalha de ouro - o sonho e meta de todo o atleta olímpico - mas também ganhar, todos juntos, a medalha da fraternidade humana.
Fonte: Vatican News
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Capuchinho brasileiro em Havana: mensagem do Papa ajude a construir pontes
"Que a mensagem do Papa Francisco ajude a construir pontes que favoreçam o diálogo e garanta o respeito à liberdade de expressão de todos os cidadãos. Para que juntos possam construir uma sociedade mais justa e solidária!", assim Fr. Gilson Baldez comenta as palavras do Pontífice.
 “Estou próximo também do querido povo cubano nestes momentos difíceis, especialmente das famílias que mais sofrem.”
Assim tem início o apelo do Papa Francisco em favor de Cuba. A manifestação de solidariedade foi feita no Angelus dominical.
Diálogo e respeito à liberdade de expressão 
As palavras do Pontífice foram acolhidas com entusiasmo por dezenas de fiéis que estavam presentes na Praça São Pedro com bandeiras cubanas e cartazes.
O mesmo entusiasmo se verificou na Ilha. Em Havana, o Vatican News contatou o frade capuchinho Gilson Baldez, que reside no país há um ano e cinco meses.
Muito obrigado, Papa Francisco, pela sua solidariedade e proximidade ao povo cubano, neste momento difícil de sua história.
Desde domingo, dia 11, em várias cidades da ilha foram realizadas manifestações populares, para expressar a insatisfação e o descontentamento frente à situação econômica e social do país, ainda mais agravada pela pandemia da Covid19. Infelizmente, em algumas ocorreram lamentáveis atos de violência e prisões.
Que a mensagem do Papa Francisco ajude a construir pontes que favoreçam o diálogo e garanta o respeito à liberdade de expressão de todos os cidadãos. Para que juntos possam construir uma sociedade mais justa e solidária!
Com efeito, em seu apelo o Pontífice reza ao Senhor que a construção desta sociedade mais justa e fraterna seja feita “em paz, diálogo e solidariedade”. “Exorto todos os cubanos a confiar na materna proteção da Virgem Maria da Caridade do Cobre. Ela acompanhá-los-á neste caminho.”
Fonte: Vatican News
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Eslováquia: bispos convidam a se preparar espiritualmente para visita do Papa
A visita de 12 a 15 de setembro, segundo os bispos do país, será de encorajamento para tirar o povo “de uma série de notícias pesadas, do cansaço, da desconfiança, da resignação. Que o Santo Padre nos ajude não apenas a pôr de lado, mas também a acabar com todas as disputas insensatas; nos dê forças para superar as preocupações; nos reúna através de toda a sociedade. Que nos una uns aos outros”, mas, sobretudo, que seja uma grande união aos valores do Evangelho.
Uma carta pastoral dos bispos da Eslováquia, publicada neste domingo (18), convida todos os fiéis a se prepararem espiritualmente para a visita do Papa Francisco ao país, de 12 a 15 de setembro. É a segunda etapa da viagem apostólica que começa pela Hungria com o Congresso Eucarístico Internacional em Budapeste, na manhã de 12 de setembro.
O orgulho do país por origens cristãs
Desde a última visita do Papa ao país, há 18 anos, agora existe uma mudança geracional, e o desenvolvimento da sociedade está progredindo cada vez mais rápido, lembram os bispos. "Vamos refletir", pedem os prelados em vista de receber o Pontífice, sobre "como é realmente a Eslováquia hoje? Como desejamos que seja amanhã"? E os bispos oferecem algumas observações para iniciar o processo de reflexão: 
“Somos um país que se orgulha, com razão, de suas antigas raízes cristãs, cirilo-metodiana. Um país que une espiritualmente o Ocidente e o Oriente na sua comunhão católica latina e bizantina. Os primeiros proclamadores da fé, os codificadores da língua, as personalidades do despertar, os missionários, os mártires, os dissidentes... todos esses pertencem igualmente à Igreja na Eslováquia, como ao povo eslovaco. Nossa história, sem a Igreja Católica, não seria assim. Foi isso que São João Paulo II nos lembrou por ocasião das suas visitas.”
Ao mesmo tempo, continuam os bispos, “somos um país onde a Igreja Ortodoxa e as comunidades eclesiais nascidas da Reforma também têm seu lugar e seu papel espiritual. Somos um país cuja tradição espiritual também inclui a antiga comunidade hebraica. E um país no qual cresce uma parte secular, não confessional, da sociedade, e que procura compartilhar os interesses públicos para o bem de todos os cidadãos. O Santo Padre Francisco se dirigirá a toda esta comunidade", eles escrevem ainda na carta.
Esperar o Papa é aprofundar sobre o seu magistério
Os bispos oferecem algumas sugestões para convidar os fiéis a aprofundar a compreensão do magistério do Papa Francisco, ao lembrar de pegar a Bíblia em mãos, de encontrar Jesus no Evangelho e de reler, por escolha pessoal, alguns dos principais textos do magistério do Papa Francisco. Eles destacam, assim, a carta Patris corde sobre São José, e o papel de Nossa Senhora, Padroeira da Eslováquia, chamada na espiritualidade popular como "Mãe das sete dores" – já que a festa nacional em 15 de setembro este ano vai contar com a presença do Papa.
Os bispos, a menos de dois meses da visita do Pontífice, convidam a fazer uma acolhida com alegria, "mas também na expectativa atenta das suas palavras, com disponibilidade espiritual, que é nosso dever para com o Santo Padre":
“Não apenas porque ele é um Papa popularmente amado, mas também porque é o Pedro dos tempos atuais; a rocha, sobre a qual Cristo colocou a sua Igreja, que não será vencida pelas portas do inferno. Porque na longa linha dos sucessores de Pedro é ele quem continua hoje na tarefa de ‘confirmar os irmãos na fé’ (cf. Lc 22,32). Temos uma grande necessidade desse fortalecimento e aprofundamento na fé. Não fiquemos sobre a superfície.”
Uma visita que, segundo os bispos, será de encorajamento para tirar o povo “de uma série de notícias pesadas, do cansaço, da desconfiança, da resignação. Que o Santo Padre nos ajude não apenas a pôr de lado, mas também a acabar com todas as disputas insensatas; nos dê forças para superar as preocupações; nos reúna através de toda a sociedade. Que nos una uns aos outros, mas”, esperam os prelados, que seja uma grande união aos valores do Evangelho.
As intenções para se unir em oração
Além da carta escrita em nome de todos os bispos do país, a Conferência Episcopal da Eslováquia também disponibiliza no seu site oficial uma série de intenções para se unir à oração comunitária. Elas estão concentradas em três áreas: "pelo Papa, como sinal de comunhão com o Santo Padre", "pela Igreja na Eslováquia, como sinal de responsabilidade pelo nosso país" e "pelo povo do mundo, como sinal de solidariedade evangélica". Fonte: Vatican News
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Patriarca Raï confia o Líbano a São Charbel: ele não deixará o país entrar em colapso
O país não está enfrentando uma crise normal de governo, mas uma crise nacional que, para ser enfrentada e superada, exige um esforço de todos, além do apoio de "países amigos", disse o cardeal. “Acreditamos que São Charbel não deixará o Líbano entrar em colapso. A ele confiamos a nossa pátria e o nosso povo”.
O povo libanês, faminto e curvado pela crise, parece um rebanho sem pastor. E no estado de prostração em que se encontra, também pela manifesta inadequação dos seus dirigentes políticos, pode sempre contar com a intercessão de S. Charbel, na certeza de que "não deixará o Líbano entrar em colapso".
O Patriarca de Antioquia dos Maronitas, cardeal Béchara Boutros Raï, chamou em causa também o Santo das 'causas impossíveis' venerado na País dos Cedros, confiando à sua intercessão o destino do Líbano que passa por um momento extremamente difícil em que as emergências políticas, sociais e econômicas se multiplicam e se entrelaçam como diferentes sintomas de uma crise radical de identidade.
O Patriarca, na homilia da Missa celebrada no domingo, 18, em Diman, fez referências amplas e diretas à fase política contingente, que se abriu no Líbano depois que o designado premier Saad Hariri renunciou à tarefa de formar um governo. A primeira urgência a ser tratada sem demora - sublinhou o cardeal - é encontrar um representante político sunita a quem confiar a formação de um novo governo, após a perda de Hariri (o sistema institucional libanês prevê que o cargo de primeiro-ministro seja exercido por um muçulmano sunita).
O país - insistiu o Patriarca - não está enfrentando uma crise normal de governo, mas uma crise nacional que, para ser enfrentada e superada, exige um esforço de todos, além do apoio de "países amigos". Somente seguindo este caminho será possível recompor o quadro de uma "convivência entre diferentes" que constitui o traço distintivo da identidade libanesa e, ao mesmo tempo, pode representar também o contributo mais precioso que o País dos Cedros pode oferecer aos povos do Oriente Médio, região onde as fortes identidades culturais e religiosas sempre correm o risco de ser sugadas e instrumentalizadas em conflitos sectários.
Sem um governo sólido e reconhecido internacionalmente – frisou o Patriarca - não se vai a lugar nenhum. Sem governo, não há barreira para a disseminação da corrupção e da arbitrariedade dos clãs do poder. Sem governo, imunidade, conivência e encobrimentos continuarão a prevalecer e continuarão a sabotar as investigações sobre as responsabilidades das explosões que devastaram o porto de Beirute em 4 de agosto de 2020. Sem um governo, será removida também a necessidade urgente de submeter a um controle e revisão o trabalho do Banco Central do Líbano e de criar sistemas adequados para combater o desperdício e o saque sistemático de recursos públicos.
Precisamente a imobilidade das forças políticas e a paralisia institucional libanesa - continuou o cardeal Raï - confirmam a cada dia, mais e mais, que só se pode tentar sair da crise convocando uma conferência internacional dedicada ao Líbano sob a égide da ONU, que forneça de alguma forma uma espécie de ancoragem internacional também à "neutralidade" libanesa.
A classe política local prova a cada dia sua incapacidade de assumir suas responsabilidades frente à crise. “Este grupo de políticos - sublinhou o Patriarca - não consegue resolver questões simples do quotidiano como coleta de resíduos, eletricidade, alimentos, medicamentos e incineradores. Eles são incapazes de combater a corrupção, facilitar o trabalho do judiciário, regulamentar a prática de ministérios e administrações, fechar as rotas do contrabando”.
Em meio a tudo isso, os cristãos libaneses no domingo, 18 de julho, homenagearam o Santo milagroso Charbel Makhluf (1828-1898), monge da Ordem maronita libanesa, cujos restos mortais são venerados no Líbano no Mosteiro de São Marun em Annaya, mantido em uma urna de cedro. “Acreditamos que São Charbel não deixará o Líbano entrar em colapso. A ele confiamos a nossa pátria e o nosso povo”, disse o Patriarca maronita, concluindo a homilia.
Inúmeras curas físicas e espirituais de cristãos e muçulmanos estão ligadas à intercessão de São Charbel, no Líbano e em todo o mundo. O fenômeno prodigioso começou a ocorrer post mortem entre aqueles que rezavam junto ao túmulo do monge.
Fonte: Vatican News
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Cardeal Bo: este não é o momento de causar feridas, mas é hora de curar
O arcebispo de Yangon faz um apelo à unidade na luta contra o coronavírus e assim salvar vida. O cardeal também destaca que nesta segunda-feira, 19 de julho, Mianmar celebra o "Dia dos Mártires", que homenageia os heróis nacionais, incluindo o general Aung San, pai de Aung San Suu Kyi e considerado "Pai da Pátria", assassinado em 1947.
A pandemia de Covid-19 e as dramáticas consequências do golpe ocorrido em 1º de fevereiro e que derrubou o governo liderado por Aung San Suu Kyi, que provocaram inúmeras mortes, feridos e violências. Essas são as duas "guerras" que Mianmar está enfrentando, motivo pelo qual o arcebispo de Yangon e presidente da Conferência Episcopal nacional (CBCM), cardeal Charles Maung Bo, convida os fiéis à unidade.
Em um veemente apelo intitulado "É tempo de salvar vidas, é tempo de se unir para o bem de todos" - divulgado pela agência católica internacional "Exaudi" - o purpurado sublinha que o coronavírus "está travando, com uma ferocidade desconhecida, uma verdadeira guerra contra a população”, tanto que são “milhares as pessoas infectadas, centenas delas sepultadas sem pietas e sem memória, de forma apressada e em cemitérios superlotados”.
Atualmente, de fato, o país asiático registra 230.000 casos de contágios e cerca de 5.000 mortes. “Dia e noite - continua o cardeal - as pessoas esperam oxigênio, aglomerando-se nas ruas” e isso causa profunda “dor”.
O cardeal também destaca que nesta segunda-feira, 19 de julho, Mianmar celebra o "Dia dos Mártires", que homenageia os heróis nacionais, incluindo o general Aung San, pai de Aung San Suu Kyi e considerado "Pai da Pátria", assassinado em 1947.
“O sangue deles - diz o cardeal Bo - foi derramado para fazer deste país um grande país. Por isso, enquanto a Covid permanece fora de controle, infligindo medo, ansiedade e morte, a única maneira de prestar homenagem ao sacrifício dos mártires é nos unirmos como uma só nação contra a pandemia”, porque “este não é o momento de causar feridas, mas é hora de curar”.
Olhando, então, para o recente conflito no país, o arcebispo de Yangon ressalta que “Mianmar viu muitas lágrimas nos últimos tempos”. Neste sentido, seu forte apelo: "Por favor, por favor parem todos os conflitos. A única guerra que temos que fazer é a contra o coronavírus, um vírus invisível e letal que demonstrou ser invencível também para as superpotências do mundo”.
Nessas condições, portanto, fica a pergunta retórica do cardeal: "Será que podemos nos permitir a guerra, os conflitos e o deslocamento? Não, pelo contrário”, responde. O único exército a ser chamado será o de “voluntários que, armados apenas com kits médicos, será capaz de chegar até nosso povo sofredor”.
O presidente dos bispos birmaneses sublinha ainda que, face às duas ondas pandêmicas vividas pela nação, a população tem demonstrado generosidade e solidariedade para com os mais necessitados, enquanto “o heroísmo dos trabalhadores da saúde na linha da frente comove a todos até as lágrimas". Esta "unidade no serviço" deve, portanto, não só ser "celebrada", mas também repetida, porque Mianmar é "capaz de consegui-la de novo".
Um outro apelo do cardeal é às autoridades para que "facilitem a participação segura de médicos e jovens" na luta contra a pandemia. “Unidos, salvamos vidas - insiste o cardeal Bo - Divididos, sepultaremos milhares e a história será o juiz mais severo se falharmos na compaixão”.
As últimas linhas da mensagem do arcebispo de Yangon são de encorajamento: “Unamo-nos - escreve - enfrentemos juntos este desafio que, talvez, represente um apelo a todos para forjar uma comunhão que conduza à paz e à reconciliação”. “Rezemos a Deus que nos dê esta coragem - conclui o cardeal Bo - Juntos podemos derrotar este inimigo”.
Fonte: Vatican News
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Filipinas: sinos tocam em solidariedade a Mianmar
Ao meio-dia e às 18h locais de hoje, os lugares de culto católico nas Filipinas irão demonstrar, ao som dos sinos, a sua proximidade a Mianmar. Para a ocasião, a Comissão Episcopal para a Liturgia divulgou uma oração especial para ser rezada durante as missas do dia.
Nesta segunda-feira (19/07), os sinos tocam em todas as igrejas católicas das Filipinas, em sinal de solidariedade a Mianmar. Esta é a iniciativa da Conferência Episcopal das Filipinas (Cbcp) para garantir que o país do sudeste asiático não seja esquecido, há cinco meses do golpe de 1º de fevereiro que derrubou o governo liderado por Aung San Suu Kyi, num conflito marcado por várias mortes, feridos e violência.
Ao meio-dia e às 18h locais de hoje, os lugares de culto católico nas Filipinas irão demonstrar, ao som dos sinos, sua proximidade a Mianmar. Para a ocasião, a Comissão Episcopal para a Liturgia divulgou uma oração especial para ser rezada durante as missas do dia. Nela, “os nossos irmãos e irmãs de Mianmar são confiados ao Senhor, nestes tempos difíceis causados pela Junta militar e a Covid-19. Eles estão sofrendo, passando fome, doentes, vítimas de violência, deslocados de suas casas e separados de suas famílias”, ressalta uma nota dos bispos filipinos.
A oração dirige-se também a “todos os que lutam pela verdade e a justiça”, e a “todos os que causam sofrimento e violência”, para que o Senhor converta os seus corações e conduza todo o país à reconciliação, como “uma família". A data de 19 de julho escolhida para a iniciativa não é casual: hoje, em Mianmar é o "Dia do Mártir", que homenageia os heróis nacionais, incluindo o General Aung San, pai de Aung San Suu Kyi, considerado “Pai da Pátria”, assassinado em 1947. Além disso, conforme anunciado pelo padre Carlo Del Rosário, secretário-geral adjunto da Conferência Episcopal das Filipinas, o Conselho permanente dos bispos filipinos já aprovou a proposta de realizar um “Dia de solidariedade a Mianmar”.
Recorda-se que em 30 de maio passado, por ocasião da Solenidade da Santíssima Trindade, a Conferência Episcopal das Filipinas exortou os fiéis a rezarem "pelo povo sofredor de Mianmar, em particular, pela Igreja em Mianmar". Segundo dados recentes, em Mianmar os mortos após os confrontos entre a Polícia e os manifestantes são, até agora, mais de 800, enquanto os detidos ultrapassam a cifra de 5 mil. Esses são números agravados pela pandemia da Covid-19 que, até o momento, causou mais de 230 mil casos no país, e mais de 5 mil mortos.
Fonte: Vatican News
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Apelo dos bispos colombianos pela superação do ódio e da divisão: precisamos uns dos outros
Neste momento difícil pelo qual atravessa a Colômbia, os bispos exortam à união na oração para que Deus transforme “este momento de conjuntura em história de salvação para todos”.
 “No atual momento que vive a Colômbia, caminhemos juntos! Mesmo nos sentindo em meio a uma tempestade, ouçamos a voz do Senhor: 'Não temas' (Is 41,10)”.
Esta é a exortação da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC) assinada pelos novos dirigentes eleitos na recente Assembleia Plenária: Dom Luis José Rueda Aparicio, arcebispo de Bogotá e presidente da Conferência Episcopal; Dom Omar Alberto Sánchez Cubillos, arcebispo de Popayan e vice-presidente, e Dom Luis Manuel Alí Herrera, bispo auxiliar de Bogotá e secretário geral.
Em vista das manifestações convocadas para 20 de julho em várias cidades da Colômbia, em coincidência com o início do novo período legislativo do parlamento e no dia em que se festeja o aniversário da independência da Espanha, as autoridades anunciaram a implementação de um plano das forças de segurança para prevenir a violência e o vandalismo.
O Comitê Nacional de Greve (“Paro”), principal organizador dos protestos que acontecem no país desde abril e que deixaram mortos, feridos e destruição, anunciou que a mobilização de 20 de julho tem por objetivo cobrar do governo e do parlamento uma resposta à grave crise humanitária, social, política e econômica que atravessa o país.
No comunicado divulgado em 18 de julho, os prelados colombianos sublinham que “Cristo nos chama a reconhecer que todos, como colombianos, estamos no mesmo barco. Quantas limitações experimentamos na tentativa de manobrar o leme!”
Neste sentido, reiteram que “as verdadeiras soluções não são impostas; pelo contrário, precisamos uns dos outros para restabelecer o caminho da vida, cada um contribuindo segundo as suas capacidades e talentos: instituições, sociedade civil e cada pessoa”.
Entristecidos pelo sofrimento de tantas famílias, dos enfermos, de tantos irmãos e irmãs que passam fome e que perderam tudo, de tantos jovens que perderam a esperança no futuro, por aqueles que viram seus direitos serem violados, os bispos convidam a “olhar para o Senhor da vida, a sentir o abraço íntimo da sua misericórdia e a necessidade de continuar a construir juntos o projeto de uma nação igualitária e inclusiva”.
Na conclusão do comunicado, os bispos sublinham mais uma vez que "nos prejudica continuar a aprofundar os caminhos do ódio e da divisão". E citando o Papa Francisco na Encíclica Fratelli tutti, convidam a superar o que divide sem perder a identidade de ninguém, e exortam à união na oração para que Deus transforme “este momento de conjuntura em história de salvação para todos”.
Fonte: Vatican News
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Prescrição para os crimes dos "Troubles" apenas perpetua a dor, diz bispo de Derry
Os confrontos ocorridos entre 1968 e 1998 na Irlanda do Norte - entre aqueles favoráveis à independência ou integração da província com a República da Irlanda, ao sul, predominantemente católico e aqueles, da população protestante, que queriam permanecer unidos ao Reino Unido - provocaram 3.500 mortes. Até agora apenas 9 pessoas foram indiciadas e uma sentença foi proferida.
 “Um sistema que parece priorizar os sentimentos dos perpetradores sobre a angústia das vítimas é garantido apenas para perpetuar a dor, não para apagá-la e virar página”. Com essas palavras o bispo de Derry, Irlanda, Dom Donal McKeown, comentou no domingo, 18, o anúncio feito nos últimos dias pelo governo britânico de uma lei que estabelecerá um estatuto com a prescrição para os crimes cometidos "por todas as partes" durante os chamados The Troubles, ou seja, os confrontos ocorridos entre 1968 e 1998 na Irlanda do Norte entre aqueles favoráveis à independência ou integração da província com a República da Irlanda, ao sul, país predominantemente católico e aqueles, da população protestante, que queriam permanecer unidos ao Reino Unido.
Presidindo a Missa dominical na Catedral local de Santo Eugênio, o prelado recordou que a maioria das vítimas dos Troubles "não eram combatentes, mas transeuntes e civis. Por isso, tantas mortes de inocentes podem criar constrangimento para quem os matou”.
Mas suas mortes, destacou Dom McKeown, "marcaram milhares de pessoas, muitas das quais não ousam falar de sua perda porque isso prejudicaria as narrativas de combatentes heroicos". “Sabemos - acrescentou - que existe a tentação de esconder verdades incômodas, porque segredos sombrios são sempre indesejáveis”.
E o efeito das atuais propostas do governo é justamente o de “prevenir muitas indiscrições nos cantos escuros de uma guerra suja”. Mas isso, frisou o prelado, "protegerá a reputação dos combatentes, mas não ajudará na dor das vítimas". Uma legislação que visa proteger "os sentimentos dos culpados" em relação aos das vítimas, na verdade, só serve para manter viva a dor, não apagá-la.
“Somente porque algumas pessoas poderosas preferem manter a verdade escondida - acrescentou o bispo de Derry - não há razão para que a liderança cívica facilite esta atitude”. Pelo contrário, “tal como aconteceu na Igreja com os casos de abusos de menores”, se deveria “investigar para ver que lições podemos tirar do passado, para que a morte de homens, mulheres e crianças inocentes não permaneça distante de olhos indiscretos". “Devemos proclamar e mostrar que a piedade divina é mais importante do que o politicamente correto”, insistiu o prelado.
Disto o convite do bispo irlandês para permitir que Jesus "olhe com piedade para a realidade da nossa vida", para que "possamos aprender com o seu ministério a trabalhar com Ele para restaurar a paz por meio da Cruz".
“O mundo tem necessidade de conhecer a compaixão divina que Jesus deseja no mundo - concluiu Dom McKeown. Ele continua nos perguntando se queremos servir à Sua missão ou usá-Lo para servir aos nossos planos. E esta é uma questão essencial para as pessoas de fé de todas as gerações”.
Digno de nota que o anúncio da prescrição feito pelo governo britânico foi explicado como necessário porque as investigações realizadas até agora dificilmente permitirão que os autores dos Troubles sejam levados à justiça.
Existem cerca de 1.200 casos ainda em aberto, de fato, para os quais seriam necessários mais vinte anos. Além disso, os vinte anos de conflito resultaram em 3.500 mortes, mas até agora apenas 9 pessoas foram indiciadas e apenas uma sentença foi proferida. Além disso, recentemente, a Procuradoria da Irlanda do Norte anunciou sua intenção de retirar o processo contra dois ex-soldados pelos assassinatos ocorridos em 1972.
Fonte: Vatican News
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Protagonismo feminino: mulheres que ajudaram a formar comunidades
O protagonismo das mulheres como exemplo de fé e de formação de comunidades. Ruth Meireles Bairral é uma mulher que soube viver sua fé na família e na comunidade. Lições que revelam a presença e protagonismo feminino na igreja e na sociedade.
 “Minha mãe visitava todos em Aperibé: pessoas doentes, operadas, idosos e mamães com bebês recém nascidos. Tinha uma grande preocupação de fazer com que a Igreja Católica se fizesse presente na casa de todos.” Maria da Graça Bairral Neves
Ruth Meireles Bairral é um exemplo de mulher que soube viver sua fé na família e na sociedade. Sua presença na Cidade de Aperibé (RJ) deixou um importante legado na construção dos pilares da Paróquia São Sebastião. Se desdobrava no cuidado da família e no zelo na igreja, preparando a comunidade de fé para a devoção ao mártir, padroeiro da cidade. Uma mulher que deixou inúmeros exemplo e um legado de fé construído pelo exemplo.
- Minha mãe que sempre foi uma mulher de fé e ainda criança, morando na Zona rural, orientada por seus pais a ser uma pessoa de fé, andava cerca de 3 quilômetros, com seus irmãos, para frequentarem a Catequese na Capela de São Pedro em Baltazar. Ela casou, teve cinco filhos e seguindo os ensinamentos da família de Nazaré criou e ensinou suas filhas a rezarem o terço, rezar ladainha, bater o sino para Ladainha, Missa e Enterro. A faxina e a arrumação da Igreja era por conta dela e das meninas. Minha mãe Ruth Bairral teve a nobre missão de fazer da Paróquia de São Sebastião, em Aperibé, uma casa do povo, acolhendo, servindo e amando, numa total demonstração de fé, caridade e amor ao próximo. Mamãe nunca permitiu que ninguém em Aperibé fosse enterrado sem receber de suas orações. - relata a filha Maria da Graça Bairral Neves.
Uma lição que a filha Maria da Graça Bairral Neves manteve por décadas, preparando jovens e adultos para a Primeira Comunhão. Um legado que a mãe deixou na comunidade. Ser catequista foi a grande missão que Ruth Meireles Bairral deixou como herança. 
- Participou de todos os Movimentos e trabalhos pastorais e ouso dizer que foi uma serva especial, uma escolhida de Deus para os seus serviços. Somente se afastou quando adoeceu, mas deixou suas filhas em seu lugar que procuram fazer o que ela fazia, se bem que já faziam tudo, mas confesso que nem chegamos aos seus pés, mas faço o que posso, pois servir a Jesus e a sua Igreja é coisa que sempre fiz com dedicação boa vontade. Também casei, tive dois filhos que criei servindo a Igreja como Coroinhas e hoje adultos tem muita fé, seus santos de estimação. Fui Catequista de Jovens e adultos por mais de 30 anos. – conclui Maria da Graça.
“A transmissão da fé deve se dar na vida familiar, onde os pais vivem a fé como uma grande riqueza e por isso a transmitimos para nossos filhos.” Maria da Graça Bairral Neves.
Fonte: Vatican News
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Itália: 2ª edição do Prêmio Internacional "Francisco de Assis e Carlo Acutis"
O prazo para se inscrever no concurso é até 31 de outubro de 2021 e entre os projetos candidatos, serão favorecidos os que foram destinados e iniciados por pessoas com menos de 35 anos.
Nunciaturas Apostólicas, Conferências Episcopais, Congregações masculinas e femininas de todo o mundo, sites e canais especializados. Estes são os principais destinatários do convite de participação da edição 2022 do Prêmio Internacional “Francisco de Assis e Carlo Acutis por uma economia da Fraternidade”.
O anúncio foi feito pela Diocese de Assisi-Nocera Umbra-Gualdo Tadino, lembrando que a iniciativa é apoiada pela Fundação Diocesana de Religião-Santuário da Espoliação, instituída pela Igreja local. O objetivo do Prêmio é "promover uma renovação da economia em nome da fraternidade universal de todos os seres humanos, a partir da condição e dos interesses dos mais humildes e desfavorecidos, na perspectiva evangélica da única paternidade de Deus e do seu plano de amor para todos os seus filhos”.
O prazo para se inscrever no concurso é até 31 de outubro de 2021 e entre os projetos candidatos, serão favorecidos os que foram destinados e iniciados por pessoas com menos de 35 anos. O vencedor do Prêmio receberá uma soma em dinheiro de até 50 mil euros, um lenço que recorda o manto com o qual o bispo Guido cobriu o jovem Francisco quando ele realizou o gesto de espoliação, e uma placa com as imagens de São Francisco de Assis e do Beato Carlo Acutis.
Recorda-se que a primeira edição do Prêmio, que leva o nome do Santo Pobrezinho de Assis e do jovem especialista em Internet, beatificado em 10 de outubro de 2020, realizou-se em maio passado e teve como vencedor o Instituto Seráfico de Assis. “Uma escolha simbólica”, afirmou naquela ocasião o bispo local, dom Domenico Sorrentino, recordando não só os 150 anos da fundação do organismo, mas sobretudo a sua vocação de prestar assistência às crianças com deficiências graves e múltiplas. “O Instituto Seráfico explica bem o que é a economia da fraternidade”, acrescentou o prelado, reiterando que o Prêmio nasceu “em nome de uma pobreza que se redime graças à ajuda proveniente da partilha dos recursos”.
Fonte: Vatican News
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Associação "Ilhas da Paz" apela ao diálogo na África do Sul
Na sequência da escalada de violência na África do Sul, país vizinho e irmão de Moçambique - caracterizada por saques, pilhagens, vandalização e roubos em estabelecimento comerciais bem como invasão a residências - a Sociedade Civil já começou a reagir.
Com efeito, na sexta-feira 16 de julho, em declarações ao Vatican News, o Director Geral da Associação “Ilhas da Paz”, condenou a onda de violência em lugares como Kwazulu Natal, Durban, Mpumalanda e Pretória.
Osman Yildirim afirma que à luz da Encíclica do Papa Francisco, “Fretelli Tutti”, é preciso que se resgatem os valores da fraternidade e amizade social no mundo, em geral.
O activista social Osman Yildirim defende que um dos entraves à Paz é a ignorância e enquanto esta persistir não se pode alcancar a Paz.
Ao Governo Sul africano, sob a égide do Presidente Cyril Ramaphosa, o Director da “Ilhas da Paz em Moçambique” apela a uma abordagem mais pacífica desta violência e a procura o mais rápido possível da saída deste problema.
Cerca de 200 mortos na África do Sul devido à violência
De referir que as manifestações que resvalaram numa aspiral de violência caracterizada por saques, pilhagens, vandalização e roubos em estabelecimentos comerciais, sobretudo privados, eram alegadamente contra a prisão do antigo Presidente Jacob Zuma, tendo como epicentro o Kwazulu Natal, sua terra nativa. Fala--se em cerca de 200 vítimas mortais.
Fonte: Vatican News
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O belo segredo da longevidade do homem mais velho do mundo
Cerith Gardiner - publicado em 19/07/21
Com a tenra idade de 112 anos, o porto-riquenho Emilio Flores Márquez é o homem mais velho do mundo, segundo o Guinness Book. Ele compartilhou o segredo de sua longevidade – e não é o que você imagina. 
Márquez atribui sua idade impressionante à simples lição que aprendeu com seu pai quando criança: amar a todos.
“Meu pai me criou com amor, amando a todos … Ele sempre pediu a mim e aos meus irmãos para fazer o bem, para compartilhar tudo com os outros. Além disso, Cristo vive em mim”, explicou Márquez ao Guinness World Records, conforme noticiado no Daily Mail.
O detentor do recorde é de uma família de 11 irmãos, sendo ele o mais velho. A família, portanto, tinha muito amor para compartilhar com os outros. Além disso, Márquez desempenhou um papel fundamental na vida familiar. Ele passava o tempo ajudando o pai na fazenda de cana-de-açúcar e depois voltava para casa para fazer as tarefas domésticas e cuidar dos irmãos.
Esse forte trabalho e exemplo de ética familiar continuaram quando ele conheceu sua esposa, Andrea Pérez. O casal teve quatro filhos e, após 75 anos de casamento, em 2010 Márquez ficou viúvo. Ele agora mora com seus dois filhos, Tirsa e Emilio.
Embora ele tenha colocado um marca-passo aos 101 anos de idade e esteja sofrendo de perda auditiva, o homem mais velho do mundo está com boa saúde. Com seu aniversário se aproximando em 8 de agosto, ele quer continuar a espalhar esta mensagem de amor para seus cinco netos, cinco bisnetos e todos aqueles que têm a bênção de ouvir sua história inspiradora. - Fonte: Aleteia
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Ensinada por Cristo, caridade é marca da Igreja no mundo
No Brasil, Santuário Nacional impacta, por meio de suas ações sociais, três vezes o número da população de Aparecida
Desde 1966, o dia 19 de julho é dedicado à caridade no Brasil. Para os católicos, a data, criada para reforçar o sentimento de altruísmo, recorda os ensinamentos de Jesus.
“A caridade nunca deve ser um gesto isolado. Ela deve marcar o jeito de ser cristão. São Lucas, quando fala nos Atos dos Apóstolos sobre a identidade cristã, ele afirma que as primeiras comunidades perseveravam na oração, no ensinamento dos apóstolos, e repartiam entre si os seus próprios bens. Essa é a beleza do Cristianismo: repartir não apenas o supérfluo, mas o essencial”, afirma o reitor do Santuário Nacional, padre Eduardo Catalfo.
Seguindo essa máxima, a Igreja Católica se configura hoje como a maior instituição de caridade do mundo. De acordo com os dados do Anuário Estatístico da Igreja de 2021, a entidade mantém, no mundo, 258.706 instituições caritativas.
Só no Brasil, as Obras Sociais da Igreja chegam quase 500 milhões de atendimentos a cerca de 39,2 milhões de pessoas e aproximadamente 11,8 milhões de famílias. Os dados são resultado da pesquisa sobre a Ação Social da Igreja no Brasil encomendada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) à Fundação Grupo Esquel Brasil (FGEB).
No país, um dos expoentes do trabalho caritativo da Igreja Católica é o Santuário Nacional de Aparecida (SP). Atualmente, 27 obras, projetos e convênios ligados à Basílica da Padroeira atendem gestantes, crianças, jovens, adultos e idosos. Ao todo, 94 mil pessoas ao ano são beneficiadas direta ou indiretamente pela ação caritativa do principal centro de peregrinações religiosas do Brasil, mantida graças a doação dos devotos.
“Há muitos anos, o Santuário tem unido o projeto de evangelização à promoção da vida. Por isso, toda nossa Obra Social tem o objetivo de construir gente. Unimos a pregação do Evangelho à sua prática, socorrendo aos pobres”, recorda padre Catalfo.
Para manter seu propósito, mesmo sem atividades presenciais durante a pandemia, os nove projetos sociais mantidos pela Basílica de Aparecida mantiveram seu suporte aos atendidos. Mensalmente, cerca de 500 cestas básicas são entregues aos integrantes, garantindo alimentação básica de qualidade. O mesmo número de cestas também é entregue todos os meses para entidades do município e região.
Além da ajuda direta aos atendidos pelos seus projetos, a Basílica também auxilia na manutenção de obras sociais do Vale do Paraíba. Mais de dez instituições da região recebem, por meio de convênio filantrópico, repasse financeiro mensal para manutenção de suas atividades.
Entre as elas, está a Santa Casa de Aparecida. A entidade recebe mensalmente recursos da Basílica, que auxilia de 35% a 40% de todo o valor necessário para cobrir os gastos da instituição, responsável pelo atendimento de munícipes da Terra da Padroeira do Brasil e das cidades de Roseira e Potim.
“A missão da Igreja é anunciar de uma maneira integral. Anunciamos o Evangelho da vida, da promoção humana. Por isso que as Obras Sociais do Santuário Nacional têm o objetivo de construir cidadania, liberdade, oportunidades de trabalho, educação, escola e família”, detalha o sacerdote.
O auxílio do Santuário não se restringe apenas aos projetos mantidos por ele. Os donativos também são direcionados a moradores de Aparecida e região que procuram o Serviço Social do templo em momentos difíceis. Embora a prática já fosse comum antes mesmo da pandemia, ela foi ampliada durante este período, graças ao auxílio de devotos de todo o país.
Fonte: A12.com
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Do dia 18/7/2021
Papa: descanso, contemplação e compaixão para uma "ecologia do coração"
Em sua alocução neste domingo, antes de rezar o Angelus, o Papa Francisco falou sobre a importância do verdadeiro repouso: "parar, ficar em silêncio, rezar, para não passar das coisas do trabalho para as férias", pois somente "o coração que não se deixa levar pela pressa é capaz de se comover (...), de perceber os outros, suas feridas, suas necessidades. A compaixão nasce da contemplação"
 “Temos necessidade de uma “ecologia do coração” que inclui descanso, contemplação e compaixão. Aproveitemos o tempo de verão para isso!”
Descanso e compaixão, dois aspectos importantes da vida que guiaram a reflexão do Papa Francisco no Angelus deste XVI Domingo do Tempo Comum, que voltou a ser rezado da janela do apartamento pontifício, visto que o anterior foi do Hospital Agostino Gemelli, onde o Pontífice se recuperava de uma cirurgia.
O perigo do ativismo 
O Papa inspirou-se no Evangelho de Marcos proposto pela liturgia do dia para chamar a atenção que Jesus se preocupa com o cansaço físico e interior dos seus discípulos. Prova disso, é que ao ouvir seus relatos jubilosos pelos “prodígios da pregação” durante a missão, Jesus lhes faz um convite: “Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco”, convida ao repouso.
Ele quer alertá-los de um perigo, que sempre está à espreita também para nós: o perigo de deixar-se cair no frenesi do fazer, cair na armadilha do ativismo, onde o mais importante são os resultados que obtemos e o sentir-se protagonistas absolutos.
Aprender a parar 
E isso, observou Francisco, acontece também na Igreja, “estamos atarefados, corremos, pensamos que tudo depende de nós e, no final, corremos o risco de negligenciar Jesus e estarmos sempre nós no centro. Por isso, convida os seus para repousar um pouco à parte, com Ele”:
Não é apenas repouso físico, é também descanso do coração. Porque não basta “desligar”, é preciso repousar de verdade. E como se faz isso? Para fazer isso é preciso voltar ao cerne das coisas: parar, ficar em silêncio, rezar, para não passar da correria do trabalho para a correria das férias.
Mas o fato de Jesus se retirar a cada dia na “oração, no silêncio, na intimidade com o Pai”, não impede que Ele esteja atento às necessidades da multidão, e o convite dirigido aos seus discípulos, deveria acompanhar também a nós, que deveríamos parar “a correria frenética que dita as nossas agendas”:
“Aprendamos a parar, a desligar o celular, a contemplar a natureza, a regenerar-nos no diálogo com Deus.”
A compaixão nasce da contemplação 
Mas o Papa recorda ainda, que “o Evangelho narra que Jesus e os discípulos não podem descansar como gostariam”, pois as pessoas provenientes dos lugares mais diversos os reconhecem. Neste ponto, move-se a compaixão”:
Aqui está o segundo aspecto: a compaixão que é o estilo de Deus, o estilo de Deus é: proximidade, compaixão e ternura. Quantas vezes no Evangelho, na Bíblia, encontramos esta frase: “teve compaixão dele”. Comovido, Jesus se dedica ao povo e retoma o ensino. Parece uma contradição, mas na realidade não o é. De fato, só o coração que não se deixa levar pela pressa é capaz de se comover, isto é, de não se deixar levar por si mesmo e pelas coisas a fazer e de perceber os outros, suas feridas, suas necessidades. A compaixão nasce da contemplação.
Ecologia do coração 
Assim – observou Francisco - caso aprendamos a descansar verdadeiramente, nos tornaremos capazes da verdadeira compaixão: Se cultivarmos o olhar contemplativo, levaremos em frente as nossas atividades sem a atitude voraz de quem quer possuir e consumir tudo; se permanecermos em contato com o Senhor e não anestesiarmos a parte mais profunda de nós, as coisas a fazer não terão o poder de nos tirar o fôlego e nos devorar. Temos necessidade - ouçam isso - temos necessidade de uma “ecologia do coração” que inclui descanso, contemplação e compaixão. Aproveitemos o tempo de verão para isso. Nos ajuda bastante!
Ao concluir, o Santo Padre convidou os fiéis a dirigirem-se a Nossa Senhora, “que cultivou o silêncio, a oração e a contemplação, e sempre se move em terna compaixão por nós, seus filhos.”
Fonte: Vatican News
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A solidariedade de Francisco ao povo cubano
"Peço ao Senhor que o ajude a construir em paz, diálogo e solidariedade uma sociedade sempre mais justa e fraterna. Exorto todos os cubanos a se entregarem à materna proteção da Virgem Maria da Caridade do Cobre. Ela os acompanhará neste caminho", foram as palavras do Papa ao final do Angelus dominical. Na Praça, havia inúmeras bandeira de Cuba.
Paz, diálogo e solidariedade: estes foram os votos do Papa Francisco ao “querido” povo cubano.
Ao final da oração mariana, o Pontífice manifestou sua proximidade à população, em especial às famílias que mais sofrem.
“Peço ao Senhor que os ajude a construir em paz, diálogo e solidariedade uma sociedade sempre mais justa e fraterna. Exorto todos os cubanos a se entregarem à materna proteção da Virgem Maria da Caridade do Cobre. Ela os acompanhará neste caminho.”
Há uma semana, milhares de cubanos protestam contra a deterioração da situação econômica e social que atravessa o país e que se agravou acentuadamente com a pandemia.
No decorrer dos últimos dias, os bispos da Conferência Episcopal, do Conselho Episcopal Latino-americano, as Caritas local e internacional manifestaram sua preocupação, pedindo diálogo e respeito de ambas as partes.
Os prelados dizem entender que "o Governo tem responsabilidades e que tem procurado tomar medidas para amenizar as referidas dificuldades", mas também entendem “que o povo tem o direito de expressar suas necessidades, anseios e esperanças" e se expressar publicamente contra "algumas medidas que foram tomadas e que o afetam seriamente.”
Fonte: Vatican News
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Apelo do Papa pelo fim da violência na África do Sul: trabalhem pela paz!
Após rezar o Angelus, o Papa Francisco falou sobre as graves desordens que agitam o país africano e, junto com os bispos locais, convida os responsáveis a restabelecerem a concórdia.
Os fatos e o próprio presidente Ramaphosa falam dela como a pior crise interna desde os anos 1990. É uma África do Sul que arde em meio a saques, prisões, desordens em cadeia, confrontos entre manifestantes e policiais e muitas, muitas mortes, mais de 200. O estopim de tamanha violência foi a prisão do ex-presidente Jacob Zuma, em 7 de julho, ao mento tempo que a África do Sul está sob observação especial devido aos contágios de Covid-19, pois é nessa região que se desenvolveu uma das variantes mais estudadas do vírus.
O Papa, que voltou a rezar o Angelus da janela do apartamento pontifício, entristecido por mais essa situação que se soma a tantos outros dramas ao redor do mundo, faz seu apelo:
Nesta última semana chegaram, infelizmente, notícias de episódios de violência que agravaram a situação de tantos de nossos irmãos na África do Sul, já atingidos por dificuldades econômicas e de saúde, devido à pandemia.
No contexto desta crise sul-africana - que une em uma espiral de violência Joanesburgo a muitas outras localidades, incluindo Durban e o bairro Mandela, Soweto – se entrelaçam as consequências e o descontentamento por um mosaico de insegurança e pobreza: do desemprego à escassez de comida e medicamentos, sem falar nos ressentimentos políticos.
Assim, de Francisco, o apelo em união com o episcopado local, por uma mudança radical de rumo:
Junto com os bispos do país, dirijo um premente apelo a todos os responsáveis envolvidos para que trabalhem pela paz e colaborem com as autoridades na assistência aos necessitados. Que não seja esquecido o desejo que guiou o povo sul-africano a renascer na concórdia entre todos os seus filhos.
Fonte: Vatican News
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Proximidade do Papa às vítimas das inundações na Alemanha, Bélgica e Holanda
Inundações devastadoras na Alemanha e em outras partes da Europa ocidental foram descritas como "catástrofe", "zona de guerra" e "sem precedentes", deixando um rastro de destruição, pelo menos 188 mortos e centenas de feridos.
Na quinta-feira o Papa já havia enviado um telegrama ao presidente da República Federal da Alemanha, Franz-Walter Steinmeier, dizendo-se “profundamente tocado” pelas notícias que chegavam sobre vítimas e destruição por causa das inundações sem precedentes no país. Após rezar o Angelus deste domingo, Francisco voltou a dirigir seu pensamento às populações atingidas:
“Expresso minha proximidade às populações da Alemanha, Bélgica e Holanda, atingidas por catástrofes e inundações. Que o Senhor acolha os falecidos e conforte os familiares, sustente o apoio de todos para socorrer quem sofreu graves danos.”
No início da tarde deste domingo foram confirmadas 188 mortes em decorrência das inundações que flagelam a Alemanha, a Bélgica e Holanda. Somente no norte da Renânia-Vestfália foram confirmadas 45 mortes pela manhã – elevando a 156 vítimas fatais na Alemanha - e a polícia teme a descoberta de novos corpos na região de Ahrweiler, epicentro do desastre no Estado da Renânia-Palatinado. A polícia alemã confirmou a existência de 670 feridos, a maior parte no Vale do Ahr, onde as estradas estão bloqueadas e pontes destruídas. A força das águas arrastou tudo o que encontrou pela frente, destruindo casas, lojas, carros, pequenas cidades. Os danos são incalculáveis. Nas últimas horas, também choveu torrencialmente na Alta Bavária.
A chanceler Angela Merkel visita hoje a cidade de Schuld, na Renânia-Palatinado, antes da coletiva de imprensa ao lado da primeira-ministra Malu Dreyer.
Na Bélgica, além das 27 mortes confirmadas há 103 desaparecidos e as chances de encontrá-los vivos diminuem a cada minuto. Na região da Valônia, sul de país, cerca de 41 mil residências estão sem luz. Também a mobilidade está severamente limitada, com serviços ferroviários e de ônibus suspensos.
Fonte: Vatican News
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Covid-19: Caritas Cuba organiza ajuda humanitária para o país
Organizações humanitárias como a Caritas Alemanha, Caritas Espanha, Misereor, Catholic Relief Service e Friends of Caritas Cubana, responderam ao apelo da Caritas Cuba para aliviar a crise de saúde causada pela Covid-19, com o envio de equipamentos médicos, remédios, meios de proteção e suprimentos.
O Programa de Emergências e Ajuda Humanitária da Caritas Cuba vem administrando, desde 7 de julho, as doações internacionais para apoiar a gestão da delicada situação de saúde enfrentada pelo país caribenho. Uma nota publicada pela assessoria de comunicação da Pastoral Social de Cuba destaca que quase 16 meses após a presença da Covid-19 em Cuba, o país enfrenta um surto de pandemia com números inéditos, com uma média diária superior na última semana de seis mil casos positivos e 36 mortes.
Colapso da rede hospitalar e a falta de suprimentos 
Um ritmo crescente de contágios e de mortalidade que, segundo revela Caritas Cuba, se soma à carência de insumos e remédios nos hospitais, farmácias e atenção primária à saúde e ao “estresse e cansaço do pessoal de saúde depois de mais de um ano de luta contra a enfermidade”.
“As escassas condições estruturais das instituições hospitalares, despertaram o sinal de alarme tanto nas autoridades como na população e mesmo na comunidade emigrada, que reconheceu o perigo de um colapso da saúde, com maior impacto na Província de Matanzas”, sublinha a nota publicada no portal da agência católica.
Ministério da Saúde e Igreja trabalham em sinergia 
Diante desta situação, a Caritas Cuba contatou a direção do Departamento de Relações Internacionais e Doações do Ministério de Saúde Pública de Cuba (MINSAP), para articular a possibilidade de cooperação e recebeu uma lista de necessidades prioritárias emitida pelo Ministério, que inclui itens tais como equipamentos médicos, medicamentos, meios de proteção e suprimentos descartáveis.
Tendo em conta a natureza, capacidade e condições em que atualmente opera a instituição e as necessidades vigentes na ilha para a importação e distribuição de medicamentos, a Caritas Cuba decidiu articular a sua ajuda em duas vertentes: materiais descartáveis e meios de proteção, que incluem materiais como seringas, luvas, máscaras, cateteres, entre outros.
Os projetos de ajuda articulados pela Carita Cuba beneficiarão nos próximos três meses milhares de pacientes com Covid, bem como o pessoal da saúde no cuidados aos pacientes.
Ajuda da Alemanha e dos EUA 
Até o momento, Caritas Alemanha - à qual outras Caritas na Europa estão aderindo -, Misereor, Caritas Espanha, o American Catholic Relief Service (CRS) e Friends of Caritas Cubana (FCC), entre outros, responderam ao apelo, como já havia acontecido em outras emergências climáticas ou outras situações.
Esses doadores trabalham na arrecadação de dinheiro e na aquisição ou coleta de insumos e materiais que serão enviados a Cuba em dois contêineres, um processado na Alemanha e outro nos Estados Unidos. Ambos serão recebidos em solo cubano pela direção nacional da Caritas Cuba e sua equipe de Emergência e Ajuda Humanitária. Em seguida, as doações serão entregues diretamente nos hospitais indicados pelo Ministério da Saúde Pública.
Transparência de gestão 
Por fim, Caritas dirige-se a todas as pessoas, instituições ou organizações interessadas em dar uma contribuição monetária a estes projetos de ajuda humanitária, para que o façam por meio do site da FCC (https://friendsofcaritascubana.org/), que há décadas tem administrado desde os Estados Unidos e com total transparência uma parte importante dos fundos com os quais trabalha a instituição em Cuba.
“De nossa instituição abrimos esta janela, aquela que podemos, e permanecemos em fervorosa oração pela saúde, serenidade e bem-estar de nosso povo, tão necessitado e carente”, conclui a nota.
Fonte: Vatican News
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Canadá: bispos promovem coleta de fundos para sobreviventes de escolas residenciais indígenas
O trabalho de cura e reconciliação com os povos indígenas é de fundamental importância para nossas comunidades católicas e para todos os canadenses”, afirma uma nota do episcopado, garantindo a solidariedade e a oração de toda a Igreja pela cura dos sobreviventes.
Uma campanha de arrecadação de fundos para apoiar o processo de cura e reconciliação já começou com as comunidades indígenas. A iniciativa foi lançada nesta última semana pelos bispos de Saskatchewan, Canadá, com a intenção de dar seguimento ao seu compromisso de contribuir para a busca da verdade e da justiça sobre os maus-tratos e violências perpetrados nas escolas residenciais católicas indígenas da província, mas também para apoiar os sobreviventes e suas comunidades.
A iniciativa se dá após a recente descoberta de 751 túmulos anônimos em uma antiga escola residencial católica em Marieval, um mês após a descoberta dos restos mortais de 251 crianças na escola residencial indígena Kamloops, na Colúmbia Britânica. Descobertas que foram seguidas por outras e que reacenderam os holofotes da opinião pública sobre a tragédia vivida ao longo de um século por mais de 150 mil crianças nativas arrancadas à força de suas famílias pela política governamental de assimilação, chamando em causa também a questão das responsabilidades da igreja.
Apoio à campanha de arrecadação dos bispos de Saskatchewan e iniciativas semelhantes promovidas por outras dioceses canadenses, é expresso pelo Conselho Permanente da Conferência Episcopal (CECC / CCCB) que em uma nota reitera sua "profunda tristeza" pela herança das escolas residenciais e a vontade de colaborar com as comunidades nativas para curar essas feridas profundas.
“O trabalho de cura e reconciliação com os povos indígenas é de fundamental importância para nossas comunidades católicas e para todos os canadenses”, afirma a nota, garantindo a solidariedade e a oração de toda a Igreja pela cura dos sobreviventes.
No entanto, no Canadá, são sempre mais numerosos os católicos que pedem informações às dioceses sobre as escolas residenciais. Para responder às muitas perguntas desta página sombria da história do país, a Arquidiocese de Toronto publicou recentemente em seu site um documento de oito pontos que corresponde às perguntas mais frequentes sobre a história e os objetivos deste sistema introduzido no final do século XIX, o número das escolas geridas pela Igreja Católica, as vítimas e as causas das suas mortes.
O material informativo relata que das 139 escolas residenciais identificadas no Indian Residential School Settlement Agreement (Irssa), 46% (64) eram administradas por instituições católicas. O sistema envolveu dezenas de comunidades religiosas e 16 dioceses canadenses de um total de 70.
Em 2015, a Comissão da Verdade e Reconciliação havia identificado 3.200 mortes, número atualizado recentemente para pelo menos 4.100, mas o número exato de vítimas, seus nomes e idade - explica o relatório da Arquidiocese - são difíceis de saber porque muitas mortes não foram registradas e vários registros existentes foram perdidos ou destruídos. A este respeito, a Arquidiocese de Toronto afirma que não há evidências de que arquivos secretos relativos a escolas residenciais estejam escondidos no Vaticano.
Fonte: Vatican News
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Atletas olímpicos deixam o seu agradecimento na Sala das Promessas em Aparecida
Escrito por Santuário Nacional
Às vésperas das Olímpiadas no Japão, confira os atletas olímpicos que são devotos da Mãe Aparecida e fizeram questão de deixar os seus agradecimentos na Sala das Promessas do Santuário Nacional.
O judoca que participou das Olimpíadas de 1996, em Atlanta, deixou um porta-retrato com a sua foto.
Em agradecimento à sua participação nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, o atleta deixou um boné na Sala das Promessas, expressando o seu amor à Padroeira do Brasil.
O atleta fez questão de deixar um porta-retrato com a foto da sua conquista nas Olímpiadas do Rio de Janeiro, em 2016, onde ele conquistou medalha de ouro no salto com varas.
A atleta, que é da região do Vale do Paraíba, da cidade de Cruzeiro (SP), também veio ao Santuário de Aparecida agradecer a sua participação nas Olímpiadas do Rio de Janeiro 2016, deixando um quadro na Sala das Promessas.
O nadador participou das Paraolimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro, conquistando as medalhas de prata e bronze em diversas categorias. Para expressar a sua gratidão, deixou um porta-retrato na Sala das promessas.
A jogadora da Seleção Brasileira de Futebol Feminino por duas vezes fez questão de agradecer a intercessão de Nossa Senhora Aparecida na sua carreira. A atleta deixou uma camisa autografada e um porta-retrato. Neste ano de 2021, ela vai participar da sua segunda Olímpiada.
Pela primeira vez participando das olimpíadas, a skatista Pâmela Rosa também já demonstrou a sua devoção à Mãe Aparecida, deixando na Sala das Promessas o seu skate.
Um dos destaques na vitrine da Sala das Promessas é a camisa da seleção brasileira de futebol masculino. O ex-voto foi deixado pelo vice-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Cel. Antonio Carlos Nunes de Lima, em agradecimento pelo ouro olímpico em 2016, no Rio de Janeiro.
A camisa da Seleção Brasileira de Futebol Feminino também chama atenção na vitrine. O ex-voto está assinado por diversas jogadoras, que, inclusive, neste ano irão participar das Olimpíadas no Japão, como a Marta, Barbara, Formiga e Aline.
Fonte: A12.com
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A incrível história de um sacerdote ordenado em um campo de concentração nazista
Durante a Segunda Guerra Mundial, o campo de concentração nazista de Dachau, localizado na Alemanha, era o lugar para onde os membros do clero eram enviados. Foi neste local de dor e morte que aconteceu um incrível evento: a ordenação de um sacerdote católico.
A história do Beato Karl Leisner é narrada no livro “La Baraque des prêtres, Dachau, 1938-1945” (O Pavilhão dos Padres, Dachau, 1938-1945) , escrito pelo jornalista francês Guillaume Zeller.
Karl Leisner nasceu na Alemanha em 1915 e cresceu na cidade de Cléveris. Desde jovem sentiu o chamado ao sacerdócio e ingressou no seminário de Munique quando tinha 19 anos. Nesse tempo, também se uniu ao movimento apostólico de Schoenstatt, ao qual pertenceu até a sua morte.
Em 1939, foi ordenado diácono, mas contraiu tuberculose e teve que ser internado em um hospital. Em novembro desse mesmo ano, Leisner foi preso pela Gestapo, a polícia secreta nazista, porque um companheiro o delatou por criticar Hitler.
Foi transferido a uma prisão na cidade de Freiburg e, em 14 de dezembro de 1941, os nazistas o enviaram ao campo de concentração de Dachau.
Em seu livro, Zeller assinalou que entre os anos de 1938 e 1945, foram enviados a esse campo de concentração 2576 sacerdotes, seminaristas e monges católicos. Desses, 1034 faleceram nessa prisão.
Zeller indicou que nesse local os nazistas se dedicavam a “desumanizar e degradar os prisioneiros” e afirmou que “o campo de Dachau continua sendo o maior cemitério de sacerdotes católicos no mundo”.
As duras condições de vida do campo de concentração fizeram com que a saúde de Leisner piorasse. Entretanto, o jovem nunca perdeu a alegria. Segundo narra uma biografia sua publicada no site de Schoenstatt, o beato era “capaz de alegrar e atrair os outros” e animava os prisioneiros tocando o violão que seus amigos conseguiram lhe enviar.
A tuberculose o debilitava cada vez mais e o jovem sentia que se reduziam as possibilidades de que fosse ordenado sacerdote. Mas, tudo mudou quando o Bispo da Diocese francesa de Clermont-Ferrand, Dom Gabriel Piguet, chegou como prisioneiro em 6 de setembro de 1944.
Como somente o bispo pode conceder a ordenação sacerdotal, Leisner pediu a um sacerdote belga, Pe. Leo de Coninck, que intercedesse em seu favor ante Dom Piguet. O Prelado aceitou com a condição de que esta ordenação tivesse a autorização do Arcebispo de Munique, Cardeal Michael Faulhaber, porque era a ele que Leisner devia obediência.
O trâmite para conseguir a autorização foi realizado por uma jovem chamada Josefa Imma Mack, que anos mais tarde se tornaria religiosa. Mack conhecia os sacerdotes e religiosos que estavam presos em Dachau porque alguns desses vendiam às pessoas as flores e frutas que cultivavam lá.
O ‘Catholic Herald’ narrou que esta jovem conseguiu entregar aos prisioneiros as cartas nas quais o Cardeal Faulhaber concedia a autorização para ordenar Leisner sacerdote. Conseguiu inclusive o óleo do crisma, uma estola e os livros litúrgicos.
Graças à intervenção diplomática do Vaticano, os nazistas autorizaram que se construíssem uma capela no Bloco 26 do campo de concentração de Dachau. O sacrário, o altar, os bancos e os candelabros foram elaborados com materiais disponíveis na prisão. A primeira Missa foi celebrada em 21 de janeiro de 1941.
Em seu livro, Guillaume Zeller descreveu que a cerimônia de ordenação do Beato Leisner, realizada em 17 de dezembro de 1944, “teve um impacto duradouro entre os sacerdotes que estiveram presentes”.
Nesse dia, o jovem diácono usava a alva sobre o uniforme de listras que os prisioneiros usavam. Até mesmo alguns dos paramentos do Bispo, como a casula e a mitra, foram feitos pelos próprios sacerdotes prisioneiros.
A ordenação de Leisner também motivou vários gestos de solidariedade por parte de protestantes e judeus. Um grupo de pastores ajudou a organizar a cerimônia e um violinista judeu se ofereceu para tocar perto da capela para gerar uma distração.
Dom Piguet escreveu em suas memórias que ao presidir a celebração sentiu “como se esta tivesse sido na minha catedral ou na capela do meu seminário. Nada, não faltava nada no que diz respeito à grandeza religiosa de tal ordenação, que é provavelmente única nos anais da história”.
Pe. Leisner presidiu sua primeira e única Missa em 26 de dezembro de 1944, porque sua saúde se agravou. Foi libertado do campo de concentração em 4 de maio de 1945, cinco meses depois de sua ordenação.
Nessa época, sua doença estava na fase final e passou as últimas semanas de sua vida em um hospital em Munique, onde faleceu rodeado por sua família em 12 de agosto daquele mesmo ano.
As últimas palavras que escreveu em seu diário foram: “Abençoa, oh Altíssimo, também os meus inimigos!”.
Pe. Karl Leisner foi beatificado por São João Paulo II em 23 de junho de 1996, em Berlim, junto com Pe. Bernhard Lichtenberg, que faleceu em 1943, enquanto era transferido para Dachau.
Fonte: ACIDigital
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Portugal: «Há quadros grandes de ansiedade e de stress em camadas muitos jovens», diz diretora-executiva da Sol Sem Fronteiras
Inês Souta sublinha importância do voluntariado e alerta para impacto da pandemia nos mais vulneráveis
Inês Souta, diretora-executiva da Sol Sem Fronteiras, ONGD de inspiração católica, disse à Agência ECCLESIA e Renascença que a organização tem vindo a identificar problemas de “ansiedade” nos mais jovens, no contexto da pandemia.
“Temos sentido que é muito importante a educação para as emoções, poder falar sobre o que se está a sentir, aceitar as próprias emoções, boas ou más, percebendo o que são e fazendo alguma coisa com elas. Há quadros grandes de ansiedade e de stress em camadas muitos jovens, agravados por toda esta situação”, refere a convidada da entrevista conjunta semanal, publicada e emitida a cada domingo.
A responsável realça que a SolSef está a promover sessões para a educação da saúde mental, a partir da área musical, com a cantora Rita Redshoes, de norte a sul do país, em escolas e associações.
Inês Souta diz que a preocupação da ONGD, ligada aos Missionários Espiritanos, tem sido não abandonar nem deixar ninguém para trás, porque quem era vulnerável “agora ainda está mais”, por causa da crise provocada pela Covid-19.
A entrevistada convida quem ainda não fez voluntariado a “arriscar”, sublinhando que “qualquer que seja o talento ou tempo para dar, há de sempre ser útil”.
Engenheira física de formação, Inês Souta deixou há dois a consultoria de tecnologias de informação para trabalhar a tempo inteiro nesta ONGD que promove ações de voluntariado em Portugal e em países lusófonos.
“Partir é importante para termos os olhos abertos para o mundo”, refere, evocando a sua própria experiência como voluntária no Brasil e Angola.
Após o adiamento de 2020, a tradicional Missão ‘Ponte’ vai enviar em agosto sete voluntários para o Brasil.
“Para os próprios voluntários é uma experiência transformadora, muito importante para criar cidadãos bem conscientes do mundo em que vivem”, destaca a entrevistada.
Inês Souta adianta que o número de voluntários nacionais aumentou, durante a pandemia, considerando que “as pessoas perceberam que é importante doarem o seu tempo e as suas capacidades”.
Fonte: Agência Ecclesia
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Covid-19: Papa diz que pandemia veio «multiplicar bancarrotas da humanidade»
Francisco deu entrevista sobre o lugar do Cinema e a «catequese do olhar», a partir da perspectiva das crianças
O Papa disse numa entrevista divulgada hoje pelo Vaticano que a pandemia veio aumentar as “bancarrotas da humanidade” e convidou a um novo olhar, inspirado pela perspetiva das crianças.
“O seu olhar, que é muito mais do que um simples ponto de vista, interroga-nos ainda mais hoje, num momento em que a pandemia parece multiplicar as bancarrotas da humanidade. Que fazemos para que as crianças possam olhar para nós a sorrir?”, refere Francisco, em conversa com o antigo responsável pelos media do Vaticano, mons. Dario Viganò.
O Papa admite que a “difícil situação” provocada pela Covid-19 gera medo e desconforto, defendendo uma “catequese do olhar”, para ver mais longe.
A entrevista abre o último livro do sacerdote italiano, intitulado ‘O olhar: porta do coração. O neorrealismo entre memória e atualidade’.
O Papa, natural da Argentina e filho de emigrantes italianos, diz que deve a sua cultura cinematográfica aos pais e que, em Buenos Aires, ia aos cinemas de bairro, onde se projetavam “três filmes de seguida”.
Francisco evoca a importância do neorrealismo italiano para “entender em profundidade a grande tragédia da guerra mundial”.
O Papa sublinha o “valor universal” desse cinema e a sua capacidade de ajudar as pessoas a “renovar o olhar sobre o mundo” e a reencontrar um “olhar puro”.
“Temos hoje muita necessidade de aprender a olhar”, aponta, recordando que em vários dos filmes neorrealistas é apresentado “o olhar das crianças sobre o mundo”.
Francisco fala do seu filme favorito, ‘La Strada’, de Federico Fellini, que deu “uma luz inédita ao olhar sobre os últimos”.
A entrevista aponta o cinema neorrealista italiano como “catequese de humanidade”, que soube olhar para “dentro do coração dos homens”.
“A capacidade de adquirir um olhar que sabe colocar-se em relação é a chave para uma comunicação autêntica e é-o ainda mais nesta fase difícil da pandemia, em que o contacto virtual predomina, muitas vezes, sobre o contacto real”, assinala o Papa.
Francisco realça a capacidade do Cinema de agregar as pessoas, ajudando-as a “construir comunidade”, para lá das dificuldades de cada momento.
Fonte: Agência Ecclesia
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As verdades do Bambu e a Pandemia
Talvez muitos conhecem a fábula, bastante divulgada, denominada como “As Sete Verdades do Bambu”. Neste tempo pandêmico, ela vinha seguidamente à minha lembrança e sempre a relacionava à experiência singular da pandemia. Perguntava-me: qual é a incidência das “sete verdades do bambu” para essa experiência?
Mesmo conhecida, é bom lembrar o lugar e as personagens da fábula: “Depois de uma grande tempestade, o menino que estava passando férias na casa do seu avô, chamou-o para a varanda e falou: ‘Vovô, corre aqui! Me explica como esta figueira, árvore frondosa e imensa, que precisava de quatro homens para abraçar seu tronco, se quebrou, caiu com o vento e com a  chuva, e… este bambu tão fraco continua de pé?’ ‘Filho – respondeu o avô – a figueira caiu porque ficou com o seu orgulho de não se curvar na hora da tempestade’. Então, o avô enumerou ‘as sete verdades do bambu’”.
Trago presente estas “sete verdades do bambu” e procurarei aplicá-las à experiência existencial da humanidade em situação de pandemia. Certamente, também as “sete verdades do bambu” deverão ser reaprendidas e acolhidas.
Primeira verdade: “O bambu é humilde em curvar-se”. A pandemia está ensinando a verdade da existência de uma Força maior: Deus é o Senhor da criação e da história. O orgulho da humanidade de negar e enfrentar a Deus, faz cair.
Segunda verdade: “O bambu tem raízes profundas”. A pandemia está ensinando a verdade da necessidade de raízes humanas profundas: a pessoa humana tem uma dignidade absoluta – é “imagem de Deus”. O desenraizamento de nossa dignidade humana-divina, faz cair.
Terceira verdade: “O bambu não cresce sozinho”. A pandemia está ensinando a verdade da comunhão humana: A pessoa humana se realiza somente no amor – é “semelhança de Deus”. O egoísmo idolátrico, faz cair.
Quarta verdade: “O bambu não cria galhos”. A pandemia está ensinando a verdade das realidades essenciais sem “perda de tempo com galhos secundários”: o gênero humano tem sua meta no Outro – “imagem de Deus” – e sua configuração é com os outros – “semelhança de Deus”. O secundário transitório, faz cair.
Quinta verdade: “O bambu é cheio de nós” (como ele é oco, sem nós seria fraco!). A pandemia está ensinando a verdade da união de forças: as pessoas humanas são feitas “nós” – unidos somos divinos – em superação dos “eu’s” – divididos somos diabólicos. A fraqueza dos “eu’s” sem a fortaleza dos “nós”, faz cair.
Sexta verdade: “O bambu é oco-vazio de si mesmo”. A pandemia está ensinando a verdade do esvaziamento – “kenosis”, na linguagem bíblica – de si mesmo: o ser humano só é pleno com a luz do Espírito de Deus. O cheio de si mesmo não esvaziado e preenchido com o Espírito de Deus, faz cair.
Sétima verdade: “O bambu só cresce para o alto”. A pandemia está ensinando a verdade do horizontal “terreno” versado para o vertical “celeste”: a realização humana se completa e ganha sentido buscando o destino do “Alto”. A inquietação humana não preenchida pelo Deus Altíssimo faz cair.
Acolher as “sete verdades do bambu”, nesta pandemia, é sabedoria.
Dom Jacinto Bergmann, Arcebispo de Pelotas
Fonte: CNBB Sul 3
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Do dia 17/7/2021
Papa: misericórdia oferecida aos últimos e sofredores, raiz da espiritualidade franciscana
"A renovação da vossa visão só pode partir deste novo olhar com o qual contemplar o irmão pobre e marginalizado, sinal, quase sacramento da presença de Deus. Deste olhar renovado, desta experiência concreta de encontro com o próximo e com as suas feridas, pode nascer uma renovada energia para olhar para o futuro como irmãos e como menores, como vocês são, segundo o belo nome de "frades menores", que São Francisco escolheu para si e para vocês."
 “Vocês têm uma herança espiritual de riqueza inestimável, enraizada na vida evangélica e caracterizada pela oração, a fraternidade, a pobreza, a minoridade e a itinerância. Não se esqueçam que receberam um olhar renovado, capaz de nos abrir ao futuro de Deus, da proximidade com os pobres, as vítimas da escravidão moderna, os refugiados e os excluídos deste mundo. Eles são seus mestres. Abracem-os como São Francisco!”
Essa foi a exortação do Papa Francisco na mensagem enviada aos participantes do Capítulo Geral da Ordem dos Frades Menores que elegeu o novo Ministro Geral, P. Massimo Giovanni Fusarelli, que sucede ao P. Michael A. Perry, ambos saudados pelo Santo Padre no início da mensagem.
O Papa começa recordando que esta experiência crítica que temos vivido devido à pandemia nos estimula, por um lado, “a reconhecer o quanto a nossa vida terrena é um caminho a percorrer como peregrinos e forasteiros, homens e mulheres itinerantes, dispostos a livrar-se das coisas e pretensões pessoais”. Por outro lado, “é uma ocasião propícia para intensificar a relação com Cristo e com os irmãos: penso nas vossas comunidades – disse Francisco - chamadas a ser humilde presença profética no meio do povo de Deus e testemunho para todos de fraternidade e de uma vida simples e alegre.”
Celebrar o Capítulo Geral neste tempo difícil e complexo “já é motivo de louvor e de agradecimento a Deus”, disse o Pontífice, que se inspirando no versículo de Efésios que guia o Capítulo - "Levanta-te ... e Cristo te iluminará" – dirige-se aos Frades Menores dizendo ser esta “uma palavra de ressurreição, que os enraíza na dinâmica pascal, porque não há renovação e não há futuro senão em Cristo ressuscitado”. Neste sentido, agradecidos, os frades devem estar abertos “para acolher os sinais da presença e ação de Deus e redescobrir o dom do seu carisma e da sua identidade fraterna e minoritária.”
Fazendo menção ao Testamento de São Francisco, onde conta que o princípio da própria conversão foi o encontro com os leprosos”, o Papa disse que na raiz da espiritualidade dos franciscanos “está este encontro com os últimos e com os sofredores, no sinal de ‘fazer misericórdia’”:
“Deus tocou o coração de Francisco pela misericórdia oferecida ao irmão e continua a tocar nosso coração pelo encontro com os outros, especialmente com os mais necessitados. A renovação da vossa visão só pode partir deste novo olhar com o qual contemplar o irmão pobre e marginalizado, sinal, quase sacramento da presença de Deus. Deste olhar renovado, desta experiência concreta de encontro com o próximo e com as suas feridas, pode nascer uma renovada energia para olhar para o futuro como irmãos e como menores, como vocês são, segundo o belo nome de "frades menores", que São Francisco escolheu para si e para vocês.”
A força renovadora de que os Frades Menores têm necessidade “provém do Espírito de Deus” - enfatizou o Pontífice. “Aquele Espírito que transformou a amargura do encontro de Francisco com os leprosos em doçura de alma e de corpo, age ainda hoje para dar novo frescor e energia a cada um de vocês, se vocês se deixarem provocar pelos últimos de nosso tempo”.
O Papa então encorajou os Frades Menores “a ir ao encontro dos homens e mulheres que sofrem na alma e no corpo, para oferecer a sua presença humilde e fraterna, sem grandes discursos, mas fazendo sentir a sua proximidade de irmãos menores”:
“[Os encorajo a ir em direção de uma criação ferida, nossa casa comum, que sofre de uma exploração distorcida dos bens da terra para o enriquecimento de poucos, enquanto se criam condições de miséria para muitos. A ir como homens de diálogo, tentando construir pontes em vez de muros, oferecendo o dom da fraternidade e da amizade social em um mundo que luta para encontrar a rota de um projeto comum. A ir como homens de paz e reconciliação, convidando os que semeiam o ódio, a divisão e a violência à conversão do coração e oferecendo às vítimas a esperança que vem da verdade, da justiça e do perdão. Destes encontros recebereis o impulso de viver o Evangelho cada vez mais plenamente, segundo aquela palavra que é o vosso caminho: «A vida e a regra dos Frades Menores é esta: observar o santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo» ( Regra 1, 1). ]”
E diante dos desafios da queda numérica e do envelhecimento, “não permitam que a ansiedade e o medo os impeçam de abrir seus corações e mentes para a renovação e revitalização que o Espírito de Deus desperta em vocês e entre vocês”, disse o Papa, concluindo com sua Bênção Apostólica.
Fonte: Vatican News
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Mensagem do Papa a Domenico Giani, empossado novo presidente das Misericórdias italianas
De 2006 a 2019, Domenico Giani foi Diretor dos Serviços de Segurança e Proteção Civil e Comandante do Corpo da Gendarmaria do Vaticano
Realizou-se neste sábado, 17, no Seminário Arquiepiscopal de Florença, o primeiro Conselho Nacional da nova legislatura da Confederação Nacional das Misericórdias da Itália, durante o qual tomaram posse o novo presidente Domenico Giani e todos os Órgãos Confederais.
Giani, ex-Diretor dos Serviços de Segurança e Proteção Civil e Comandante do Corpo de Gendarmaria do Vaticano de 2006 a 2019, foi eleito no dia 19 de junho passado, durante a Assembleia Nacional, sucedendo a Dom Franco Agostinelli, que permanecerá no Conselho da Presidência, como Corretor Nacional
O Conselho também recebeu a saudação do Papa Francisco que, em mensagem assinada pelo Secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, renovou seu apreço "pelo generoso trabalho realizado por todo o Movimento das Misericórdias".
O Santo Padre exortou ademais a “promover, sobretudo neste período marcado pela pandemia e as dificuldades econômicas, a cultura da caridade e de uma solidariedade autêntica e desinteressada, prosseguindo no dia-a-dia o empenho de sensibilização ao respeito por toda a vida humana.
Em seu pronunciamento Giani agradeceu a Dom Agostinelli e expôs os princípios que serão perseguidos durante seu mandato. “Gostaria de resumir e lançar as bases - disse ele - para um caminho renovado e mais responsivo à realidade de hoje, aos novos desafios que se apresentam, especialmente ao alarmante crescimento da necessidade de ajuda de uma população cada vez maior de marginalizados, de idosos".
Fonte: Vatican News
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Parolin em Mônaco para o 40º aniversário da Convenção entre o Principado e a Santa Sé
O secretário de Estado do Vaticano chegou neste sábado no Principado, onde deverá ficará até 19 de julho. Um olhar sobre a história do catolicismo, no DNA de cada instituição e suas ligações com Roma.
Por ocasião do 40º aniversário da Convenção assinada entre a Santa Sé e o Principado de Mônaco, o cardeal Parolin, secretário de Estado da Santa Sé, foi até o menor Estado do mundo depois do Vaticano, onde neste domingo presidirá a Santa Missa às 10h30 na Catedral de Mônaco. Na parte da tarde, o encontro com os sacerdotes e fiéis da Diocese para o ofício das Vésperas.
A assinatura da Convenção 
Em julho de 1981 quando a Santa Sé e o Principado de Mônaco assinaram no Vaticano a Convenção que implicava a renúncia ao Príncipe ao seu direito de nomear o arcebispo da diocese, que desde então é designado exclusivamente por Roma.
Em 30 de julho de 1981, com a Bula Apostolica haec, João Paulo II elevou a sé episcopal de Mônaco à categoria de arcebispado. Durante quatro décadas, a Santa Sé e o Principado mantiveram relações muito privilegiadas, baseadas em história e características semelhantes. Os dois micro-Estados soberanos, com área de 0,44 km² o Vaticano e 2 km² Mônaco, têm o catolicismo como religião oficial. O fato de o catolicismo estar consagrado como tal no Artigo 9 da Constituição de Mônaco é realmente único no mundo. Característica que Mônaco compartilha com a República de Malta.
Catolicismo no DNA das instituições 
A natureza confessional do Estado monegasco vai além dos vários acordos. “Está no DNA das instituições monegascas”, explica o vigário geral de Mônaco, Dom Guillaume Paris, no canal oficial Youtube da diocese.
 Os princípios da Igreja Católica, parte integrante da identidade da cidade-Estado, foram adotados como base das instituições e da legislação. A liberdade de consciência permanece naturalmente intacta para mais de 38.000 habitantes. Em termos concretos, isso significa que Mônaco contribui para a manutenção e as atividades da Igreja.
O ensino religioso é uma das disciplinas ministradas nas escolas públicas e privadas do Principado. Mônaco e a Santa Sé também compartilham a mesma posição sobre o aborto, já que ambos os Estados defendem igualmente a vida desde a concepção até a morte. Dom Paris também recorda que as palavras "Alberto II, pela graça de Deus, Príncipe de Mônaco" sempre aparecem à frente das Ordens Soberanas, e o lema dos Grimaldi é eloquente: Deo Juvante, "com a ajuda de Deus".
Um apego histórico à Sé de Pedro 
A Igreja monegasca forjou laços seculares com o Estado Pontifício que remontam à época de São Nicolau em 1247, quando o Papa Inocêncio IV autorizou a construção de uma capela sobre a Rocha, na Bula Pro Puritate. Naquela época, o território ainda estava sob a jurisdição da República de Gênova, da qual os Grimaldi eram uma das famílias patrícias. Torna-se relativamente autônoma a partir de 1297, antes de passar por vários protetorados: espanhol, franco-saboiano, sardo e francês.
Seis séculos mais tarde, em 1868, o Papa Pio IX separou a Paróquia de Mônaco da Diocese de Nice e a estabeleceu como uma abadia "nullius diœcesis". Vinte anos depois, em 1887, Leão XIII emitiu uma bula que criou a Diocese de Mônaco, subordinada diretamente à Santa Sé. Isso marcou o estabelecimento de relações diplomáticas oficiais entre Mônaco e a Santa Sé, numa época em que o Estado Papal acabava de ser invadido pelas tropas nacionalistas de Giuseppe Garibaldi. Por fim, conforme mencionado, foi sob o Pontificado de João Paulo II, com a Convenção de quatro décadas atrás, que Munique foi elevada à condição de arcebispo.
A família dos príncipes era hóspede regular dos Pontífices: Rainier III e a princesa Grace foram recebidos no Vaticano por Pio XII em 1957, depois por João XXIII em 1959 e por Paulo VI em 1974. Em 2005, o jovem príncipe Alberto II fez a sua primeira aparição pública em seu novo papel no funeral de João Paulo II. No ano seguinte, Bento XVI nomeou um núncio apostólico no Principado de Mônaco pela primeira vez.
E o Papa Francisco recebeu em audiência o Conselho Nacional de Mônaco no dia 2 de fevereiro de 2019, elogiando o caráter confessional da cidade-Estado católica nos seguintes termos: “Os monegascos podem contar com os valores fundadores do Principado inspirados no Evangelho e sua mensagem de amor".
Fonte: Vatican News
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Do cardeal Koch, pesar pela morte do Catholicos do Oriente Moran Paulose II
O presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, cardeal Kurt Koch, recordou com particular gratidão o encontro do Catholicos com o Papa Francisco em setembro de 2013, e também a generosa hospitalidade oferecida em fevereiro de 2014 no décimo primeiro encontro da Comissão Conjunta Internacional para o Diálogo Teológico entre a Igreja Católica e as Igrejas Ortodoxas Orientais.
Centenas de pessoas compareceram ao funeral de Sua Santidade Moran Baselios Marthoma Paulose II, Catholicos do Oriente, falecido em 12 de julho aos 72 anos, no hospital St. Gregorios em Parumala, no Estado de Kerala, devido a complicações relacionadas à Covid- 19. O líder supremo da Igreja Ortodoxa Siro-Malancar já vinha lutanto há tempos contra um câncer, mas o contágio com o coronavírus foi fatal.
O funeral foi presidido na terça-feira, 14, pelo metropolita Kuriakose Mar Cleemis e concelebrado por todos os bispos ortodoxos siro-malancar. Os líderes de outras Confissões cristãs também estiveram presentes no rito fúnebre, incluindo o cardeal George Alencherry, arcebispo-mor da Igreja Católica siro-malabar e seu homólogo siro-malancar, o cardeal Baselios Cleemis.
O Sínodo da Igreja Ortodoxa Siro-Malancar também recebeu as condolências do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos (PCPUC), que recorda com sentimentos de estima o empenho de Sua Santidade Paulose II na promoção do diálogo ecumênico, em particular com a Igreja católica.
Na carta de condolências, o presidente do dicastério, cardeal Kurt Koch, recorda com particular gratidão seu encontro com o Papa Francisco em setembro de 2013, e também a generosa hospitalidade oferecida em fevereiro de 2014 no décimo primeiro encontro da Comissão Conjunta Internacional para o Diálogo Teológico entre a Igreja Católica e as Igrejas Ortodoxas Orientais.
Vatican News Service -LZ
Fonte: Vatican News
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“O eco do coração”, projeto solidário de música italiana que atraiu o Papa no hospital
De um lado do corredor do Hospital Gemelli, as crianças da Unidade de Oncologia; do outro, o quarto do Papa Francisco. Em meio? A música popular italiana de Ambrogio Sparagna que levava uma carícia aos pequenos pacientes carregada de carinho e alegria. Era 13 de julho, véspera de alta para o Pontífice, que podia ser agraciado com canções argentinas, mas “não consegui me lembrar de uma única nota”, confessa o músico emocionado, acostumado a tocar tangos argentinos nos shows.
Que música seria aquela que percorria os corredores do Hospital Gemelli, em Roma, e teria chamado a atenção do Papa Francisco no andar onde estava internado, na última terça-feira, 13 de julho? Era do músico italiano Ambrogio Sparagna que, com a sua tradicional sanfona, levava alegria, carinho e conforto para as crianças da Unidade de Oncologia da Policlínica.
Na edição desta quinta-feira (15) do jornal vaticano L’Osservatore Romano, o artista assina um artigo em que conta sobre o projeto de solidariedade que está promovendo em Roma, mas, especialmente, sobre um momento inusitado vivido no hospital, que acabou envolvendo o Papa Francisco. Depois de ter montado todo o cenário para o espetáculo para as crianças, num “pequeno espaço teatral situado no átrio que divide a ala pediátrica com aquela onde está internado o Santo Padre”, o show começa, uma enfermeira se aproxima e pede para cantar alguma canção argentina “porque o Papa, do outro lado do corredor, estava escutando o nosso espetáculo”. Ambrogio escreve no artigo:
“Entre as muitas músicas que me vêm em mente, não tem nenhuma argentina, tanto que no final eu toco uma ‘pizzica’ explosiva (um tipo de tarantela do sul da Itália) para a alegria de um enfermeiro de Salento que começa a dançar gerando aplausos entusiasmados das crianças e de todos os presentes.”
O espaço acolhia tanto os pequenos pacientes como os seus pais, que haviam saído dos quartos e se posicionado ao longo do corredor. O músico italiano conta que via os olhos deles e dava “um frio no coração”, mas não podia parar pensar.
Em poucos minutos, entre uma canção e outra, o espetáculo se transforma “em uma doce carícia sonora” que chegava a todos os participantes. O músico italiano estava acompanhado dos artistas Maurizio Stammati e Erasmo Treglia, todos muitos entusiasmados e emocionados, mesmo não sendo a primeira vez que faziam a apresentação animada com canções e performance teatral no hospital: “por um momento, quase que por encanto, parecia estar no palco de uma das salas do Auditório ‘Parco della Musica’”, de Roma, disse Ambrogio.
O projeto solidário “L’eco der Core”
De fato, o músico italiano, além de promover grandes shows, até 28 de setembro está levando o espetáculo de música popular “L’eco der Core” (“O eco do coração”, na tradução livre do dialeto romano), que atraiu o Papa Francisco, até locais que acolhe os mais vulneráveis de Roma. Serão 15 concertos em casas caritativas, refeitórios, hospitais e paróquias, inclusive, no Santuário Divino Amore, em Roma. O projeto solidário é uma parceria de Ambrogio Sparagna, Orquestra Popular Italiana, Caritas local e Fundação “Musica per Roma”. Segundo colaboradores da Caritas, um projeto que “tem um forte poder curativo, chega em lugares inesperados para ajudar a reconstruir um percurso de regeneração e revitalização das relações sociais”.
A carícia do Papa que também chegou às crianças
Ambrogio Sparagna também confessa ao jornal vaticano que gosta de pensar que a música tenha ajudado aqueles pequenos pacientes “a passar algum tempo com alegria e doçura”. Tanto que já houve o convite para voltar ao hospital “o mais rápido possível”, levando a música que “fez muito bem ao coração das crianças e de suas famílias”. E o músico italiano finaliza o seu testemunho ao L’Osservatore Romano, contando:
“Ao sair do elevador, me vem em mente uma série de canções e tangos argentinos tocados durante anos em muitos shows. Fico um pouco zangado comigo mesmo. Tive a oportunidade de tocar canções populares na sanfona para o Santo Padre e não consegui me lembrar de uma única nota. Enquanto eu ainda estava ressentido pelo meu esquecimento, recebo uma mensagem de um responsável da assessoria de imprensa do Hospital Gemelli confirmando que o Papa, após ouvir o espetáculo do seu quarto, foi visitar as crianças na ala de oncologia e também ele deu uma carícia àqueles pequenos rostos marcados pelo sofrimento. Gosto de pensar que sobre aquela carícia também se refletia um pouco do nosso ‘eco der core’.” Fonte: Vatican News
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Reflexão para o 16º Domingo do Tempo Comum
Padre César Augusto dos Santos SJ - Vatican News
"O Profeta fala dos maus governantes que dispersam as pessoas do povo e se esquecem que o mandato foi dado por Deus e o povo pertence a Ele. Medo e angústia não podem ser sentimentos presentes na população e nem nas pessoas. Um governante segundo o coração de Deus, reúne as pessoas e faz valer a justiça e o que é correto."
A primeira leitura, Jeremias 23, 2-6, fala dos maus pastores que perdem e dispersam o rebanho e dos castigos à não correspondência à confiança divina. Concretamente está pensando no rei Joaquim, que ama o luxo e não se interessa pelos pobres. Por outro lado, o Senhor reunirá todos os restos dos rebanhos dos países para onde foram expulsos e fará com que voltem aos campos de onde foram excluídos e dará novos pastores. As ovelhas não terão mais medo e nenhuma delas se perderá.
O grande Pastor será um descendente de Davi. Será um rei sábio e praticará a justiça e a retidão.
O Profeta fala dos maus governantes que dispersam as pessoas do povo e se esquecem que o mandato foi dado por Deus e o povo pertence a Ele. Medo e angústia não podem ser sentimentos presentes na população e nem nas pessoas. Um governante segundo o coração de Deus, reúne as pessoas e faz valer a justiça e o que é correto. Daí, que o Senhor reunirá todos os refugiados e devolverá a eles suas terras e dará novos governantes que se espelharão em Jesus e serão sábios e retos. Tanto os habitantes do Norte, como os do Sul viverão em paz e o Governante será chamado “Nossa Justiça”.
O Evangelho, extraído de Marcos 6, 30-34, em contraposição aos líderes da primeira leitura, apresenta Jesus como o Líder e, por isso, seus liderados que, no Evangelho da semana passada, foram à labuta, agora retornam gloriosos, cheios de alegria pela realização de prodígios pastorais. O líder Jesus os leva a um lugar propício ao justo descanso. Contudo, o povo sedento de ensinamentos sábios e retos, não os deixa e se adianta na chegada ao lugar de descanso. Vendo isso, Jesus teve compaixão da multidão e retoma a pregação dos seus sábios ensinamentos.
Se os discípulos não tem tempo para descanso, mas tem o que comer, o povo não tem nada, “são como ovelhas sem pastor”, disse Jesus.  E como é um povo formado por necessitados, conseguem mesmo a pé, chegar antes de Jesus e de seus discípulos, que estavam na barca. É a necessidade que imprime velocidade, podemos crer! Como o povo já não suporta mais as lideranças mentirosas e opressoras, não se importa em partir para o deserto, e vê em Jesus aquele que traz a vida em si.
No versículo 34 fala que Jesus teve compaixão do povo, como vimos acima. E nós, nos apiedamos do nosso povo? Temos compaixão ou nos fazemos surdos e cegos, fazemos “olhar de paisagem”?
A segunda leitura, carta de São Paulo aos Efésios 2, 13-18, fala que Cristo é a nossa paz! O rebanho que estava dividido se uniu e foi criado “um só homem novo, estabelecendo a paz”, conclui o versículo 15. Paulo vai mais adiante e diz que Jesus, o Líder, destruiu em si mesmo (ao ser crucificado) a inimizade entre os povos judeu e pagão. O líder não apenas pastoreia, mas une o rebanho e o leva até à fonte da Vida, versículo 18.
Fonte: Vatican News
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Haiti: missão brasileira entra em nova fase. A consolação do Papa
A ideia é que sejam as congregações do Brasil a organizar a presença das religiosas no Haiti e não mais a CNBB, a CRB e a Cáritas. Em Porto Príncipe, missionária comenta apelo do Papa depois do assassinato do presidente.
Neste sábado (17/07), tem início uma nova fase da presença da Igreja brasileira no Haiti.
Em 2010, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e a Caritas Brasileira se uniram para ajudar concretamente o país depois do terremoto que devastou a ilha. Projetado inicialmente para durar três anos, a missão intercongregacional ainda está de pé.
Mas agora, a ideia é que sejam as congregações a organizar a presença das religiosas no Haiti. Por isso, a capela Nossa Senhora Aparecida (sede da CNBB) acolhe este sábado uma missa em Ação de Graças pela Missão realizada durante todos estes anos. A celebração será presidida pelo bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portela Amado.
A consolação do Papa
Contudo, esta fase de transição se realiza num dos períodos mais conturbados politicamente, com o assassinato na semana passada do presidente Jovenel Moise.
Os missionários brasileiros estavam em retiro quando chegou a notícia. O Papa Francisco prontamente se solidarizou num primeiro momento através de um telegrama e, depois, no Angelus do último domingo com este apelo:
“Uno-me ao forte apelo dos bispos do país para ‘depor as armas, escolher a vida, escolher viver juntos fraternalmente no interesse de todos e no interesse do Haiti’. Sinto-me próximo ao querido povo haitiano; faço votos de que cesse a espiral de violência e a nação possa retomar o caminho rumo a um futuro de paz e de concórdia.”
Do Haiti, Irmã Ideneide do Rêgo, da Congregação das Irmãs Carmelitas da Divina Providência, assim comenta estas palavras.
A mensagem do Papa sempre traz uma grande luz. Com isso, a gente se sente automaticamente fortalecido, que o nosso Papa está em sintonia conosco. Essas palavras são iluminadoras aqui no Haiti. Estávamos em retiro e a cada dia, de acordo com a proposta do Evangelho, sempre vinha uma palavra do Papa. Então a gente já estava com as palavras dele encarnadas na nossa vida e na nossa fé. E saindo do retiro, é como se a gente confirmasse de que ele está presente no meio de nós. Quando aconteceu tudo isso eu pensei: 'será que o Papa está sabendo disso tudo?'  e de repente a gente recebe esta palavra de conforto. São essas coisas que nos fortalecem.
Fonte: Vatican News
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Covid-19: apelo da Caritas Internationalis pela situação da saúde em Cuba
Em uma mensagem a Caritas pede ajuda para continuar seu trabalho na ilha do Caribe e salvar o maior número possível de vidas humanas.
381 infectados pelo coronavírus a cada 100 mil habitantes: esta é a trágica média alcançada nas últimas semanas em Cuba. Os dados são ainda mais alarmantes caso se olhe para a Província de Matanzas, onde são registrados 1.316 casos por semana, número superior ao de algumas capitais europeias nos piores momentos da pandemia.
A informação é da Caritas Internationalis, em uma mensagem assinada por seu secretário geral, Aloysius John. Em particular, é destacado que “16 meses após o primeiro caso de Covid-19 no país, Cuba enfrenta agora a pior crise de saúde de sua história, com um número recorde de contágios diários e um sistema de saúde à beira do colapso”.
No país, de fato, “faltam remédios e material médico, os profissionais de saúde estão há meses submetidos a um grave e prolongado stress e a infraestrutura hospitalar está em péssimas condições”. A isso, soma-se uma grave crise econômica que reduziu a ilha à fome, levando a população a sair às ruas em protestos.
“Neste momento difícil - continua a nota - a Caritas Cuba, além de dar continuidade a seus programas, está distribuindo ajuda aos hospitais para fortalecer sua capacidade de resposta ante o aumento exponencial dos pacientes com coronavírus”.
Um trabalho particularmente apreciado também por quatro bispos cubano-estadunidenses - o bispo auxiliar de Newark, Dom Manuel A. Cruz; o arcebispo de Filadélfia, Dom Nelson J. Pérez; o bispo de Santo Agostinho, Dom Felipe J. Estevez; e bispo emérito auxiliar do Brooklyn, Dom Octavio Cisneros - que em carta de 11 de julho, expressam apreço pela Caritas cubana, que “continua a oferecer uma resposta às necessidades humanas fundamentais da população da ilha, reconhecendo como aliviar os sofrimentos é um imperativo moral".
“Neste momento de grande necessidade no país - reitera então a Caritas Internationalis - queremos continuar esta preciosa obra, procurando salvar o maior número possível de vidas humanas. Mas para isso, precisamos muito da sua ajuda”. “O povo cubano tem necessidade dela neste momento terrível - conclui a nota. Por favor, ajudem-nos e sustentem o nosso trabalho”. Fonte: Vatican News
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Por respeito e para evitar confusão, bispos equatorianos pedem que grupos não usem o nome "católico"
A Conferência Episcopal pede a grupos religiosos para "respeitarem a identidade católica" e evitarem a apropriação dos seus termos, sinais, ritos, devoções e liturgias. “Pedimos aos dirigentes destes grupos religiosos que indiquem clara e honestamente aos fiéis que não fazem parte da Igreja Católica e declarem a sua origem e crença de forma inequívoca”.
"Vétero-católicos", "Igreja católica apostólica nacional", "Igreja católica apostólica renovada" são os nomes de alguns dos grupos religiosos equatorianos que se definem como "católicos", mas que na realidade não pertencem à Igreja Católica.
Neste sentido, a Conferência Episcopal do país (CEE) se dirige a eles com uma circular especial na qual, em essência, é pedido que não seja usado o termo "católico" por associações ou movimentos que não o são. Isso, de fato, cria "verdadeira confusão" e "ambiguidade" entre os fiéis.
Embora respeitando "o direito dos indivíduos de professarem a própria espiritualidade, como estabelecido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e pela Constituição do Equador de 2008", os bispos destacam todavia que "a Igreja Católica tem uma identidade milenar própria, que se manifesta na sua doutrina, no seu credo, na sua prática e nos seus sinais, elementos que a diferenciam de outras crenças ou confissões religiosas”.
E é aqui que surge “a confusão”, prossegue a circular, porque alguns grupos, embora não sendo católicos, usam “os mesmos termos que os católicos; os mesmos sinais como a batina ou o cálice; os mesmos ritos do batismo e do casamento; e lugares semelhantes, como as capelas".
Além disso, com base nas “Regras de culto no Equador”, promulgadas em janeiro de 2020, é recordado que “as novas organizações religiosas formadas no país não podem usar o nome de outra pessoa jurídica já inscrita no Registro de Cultos”. Ao mesmo tempo, "não podem adotar ou usar o nome 'católico', a menos que sejam reconhecidos como tal pelas autoridades competentes da Igreja Católica, por meio de um interlocutor autorizado como a Conferência Episcopal".
Neste sentido, o apelo da CEE aos grupos religiosos para "respeitarem a identidade católica" e evitarem a apropriação dos seus termos, sinais, ritos, devoções e liturgias.
“Pedimos aos dirigentes destes grupos religiosos - sublinham os prelados do Equador - que indiquem clara e honestamente aos fiéis que não fazem parte da Igreja Católica e declarem a sua origem e crença de forma inequívoca”.
Ao mesmo tempo, respeitando ”aquilo que cada grupo religioso estabeleceu para os seus membros”, a CEE reconhece “como válidas, lícitas e legítimas somente as celebrações realizadas por bispos, sacerdotes e diáconos devidamente ordenados, qualificados e autorizados, em plena comunhão com a Igreja Católica”.
Por fim, os prelados asseguram que “a Igreja Católica no Equador assume a responsabilidade apenas pelas celebrações realizadas por bispos, sacerdotes e diáconos autorizados, que usam suas credenciais validamente emitidas pela correspondente entidade da Igreja Católica”.
Fonte: Vatican News
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Índia: 154 episódios de violência contra cristãos nos primeiros seis meses de 2021
Também a Ação Católica Indiana havia denunciado nesses dias que a vida das comunidades cristãs é cada vez mais difícil na Índia.
Nem a Covid-19 detém a violência contra os cristãos na Índia. Isso é confirmado por um relatório do United Christian Forum (UCF) - uma organização pelos direitos das minorias cristãs - que nos últimos seis meses registrou 154 episódios em 17 Estados do país.
O maior número de episódios de violência ocorreu em janeiro (34 casos), seguido de junho (28 casos) e março (26).
Chhattisgarh e Jharkhand estão entre os Estados com mais violência neste ano, com 22 casos, seguidos por Uttar Pradesh (19) e Karnataka (17). Mas ataques também foram registrados em Madhya Pradesh (15), Odisha (12), Maharashtra (9), Tamil Nadu (6), Punjab (6), Bihar (6), Andhra Pradesh (4), Uttarakhand (3), Delhi (3), Haryana (2), Gujarat (2) e em Telangana, West Bengal, Assam e Rajasthan (1 caso cada).
Nesses seis meses, o número de discagem gratuita da organização recebeu 1.137 solicitações de ajuda. A organização, por outro lado, conseguiu libertar 86 cristãos presos injustamente e reabrir 29 igrejas fechadas para o culto após vandalismo ou ataques individuais ou em grupo contra os fiéis.
Entre as vítimas, principalmente cristãos Dalit (sem casta), tribais e mulheres. A violência muitas vezes ocorre com a conivência da polícia, enquanto raros são os casos em que os perpetradores são processados.
Soma-se às violências o assédio das autoridades, como as proibições impostas às manifestações religiosas cristãs com os pretextos mais diversos ou as ações judiciais por supostas conversões forçadas ao cristianismo, sete neste ano.
A observar que, apesar das leis cada vez mais rigorosas neste âmbito, até agora nenhum cristão na Índia foi considerado culpado por um tribunal. De acordo com o último censo de 2020, o percentual de cristãos no país permaneceu estável, 2,3% da população.
Fonte: Vatican News
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Protesto de cristãos indianos por demolição de igreja siro-malabar
Durante 12 anos a igreja em Delhi acolheu cristãos. O local de culto foi demolido sob o pretexto de ter sido construído ilegalmente.
Cresce a indignação da comunidade cristã na Índia com a demolição de uma igreja cristã em Nova Delhi nos últimos dias. A Little Flower Church  (Igreja Pequena Flor), pertencente à Igreja Siro-Malabar, foi demolida no dia 12 de julho por ordem da autoridade urbanística local, a Delhi Development Authority (DDA) (“Autoridade de Desenvolvimento de Delhi”) porque, argumenta, era ilegal. Os fiéis, porém, argumentam que a DDA agiu por iniciativa própria enquanto a disputa ainda estava sendo analisada por um tribunal.
"Dirigimo-nos ao premiê Modi para examinar a questão e fazer o que for necessário para resolvê-la, porque é muito grave e se não for levada a sério, pode passar uma mensagem errada", disse à UCA News o arcebispo siro-malabar de Faridabad, Dom Kuriakose Bharanikulangara.
“O caso entristeceu profundamente nossa gente, que está chocada. Nossos documentos sobre a propriedade do terreno da igreja estão completos e nunca houve tal problema no passado”, acrescentou o prelado, explicando que o terreno foi adquirido em 2006 e que a Little Flower Church era frequentada há  12 anos.
A demolição foi condenada por vários líderes religiosos cristãos, mas também por alguns políticos. O arcebispo latino de Guwahati e presidente do Conselho Episcopal Regional do Nordeste da Índia, Dom John Moolachira, fala de uma notícia "chocante e triste".
Para o arcebispo de Verapoly, Dom Joseph Kalathiparambil, a demolição lançou uma sombra sobre o caráter leigo do Estado indiano.  "Durante anos, cerca de 1.500 fiéis de cerca de 450 famílias rezaram nesta igreja", disse o prelado de rito latino.
A solidariedade com a Igreja Siro-Malabar também foi expressa pela Igreja Ortodoxa Siro-Malancar com sede no Estado de Kerala, no sul. "Pedimos ao governo de Delhi para encontrar soluções alternativas para que as pessoas que não têm mais sua igreja possam rezar", disse o metropolita Kuraikose Theophilose, afirmando que a demolição viola direitos religiosos reconhecidos pela Constituição indiana.
Fonte: Vatican News
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Bispos do Quênia: avós e idosos, um presente indispensável para a humanidade
“Atenção! Qual é a nossa vocação hoje, na nossa idade?", perguntou o Papa Francisco na mensagem em vídeo divulgada em 22 junho. "Salvaguardar as raízes, transmitir a fé aos jovens e cuidar dos pequeninos. Não vos esqueçais disto. Não existe uma idade para aposentar-se da tarefa de anunciar o Evangelho, da tarefa de transmitir as tradições aos netos."
Os avós e os idosos, em especial, são "um dom indispensável para a humanidade", afirma a Conferência Episcopal do Quênia (KCCB), em nota divulgada em vista do primeiro "Dia Mundial dos Avós e dos Idosos", instituído pelo Papa Francisco e que será celebrado no domingo, 25 de julho.
Reconhecendo, em primeiro lugar, o papel dos avós e dos idosos na educação dos jovens à fé, os bispos de Nairóbi exortam os fiéis a "criar comunidades que fortaleçam as relações intergeracionais", porque "o objetivo do Dia é transmitir a mensagem de que Deus, a Igreja, mas também os jovens e as crianças estão próximos de todos os idosos”.
 “A velhice é uma bênção - acrescenta a KCCB - porque envelhecer traz sabedoria e responsabilidade social”. Porém, desafios não faltam para quem vive na Terceira Idade: a principal dificuldade, recordam os bispos, é a "solidão, agravada pela pandemia de Covid-19".
Mas para além das condições de “maior vulnerabilidade”, os idosos também têm de enfrentar “desafios socioeconômicos, emocionais e físicos”. Disto, a exortação da KCCB a todas as sedes episcopais do país para que festejem o dia 25 de julho da melhor forma, pois representa “uma grande oportunidade para reunir avós e netos, idosos e jovens”.
A data foi anunciada pelo Papa Francisco em 31 de janeiro passado e deve ser celebrada todos os anos no quarto domingo de julho, próximo à memória litúrgica dos Santos Joaquim e Ana, os "avós" de Jesus.
Para 2021, o tema do evento será “Eu estou contigo todos os dias” e para a ocasião será concedida a Indulgência Plenária àqueles que participarem nas celebrações do dia e a quem visitar os idosos em dificuldade.
Para a ocasião, o Pontífice divulgou uma mensagem em vídeo na qual destacou que a vocação da Terceira Idade é "guardar as raízes, transmitir a fé aos jovens e cuidar dos mais pequenos".
Fonte: Vatican News
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As estatísticas 2020 da Igreja na Alemanha
Um panorama da Igreja Católica na Alemanha em números foi apresentado nesta semana pela Conferência Episcopal alemã.
 “A pandemia de Covid-19 e o drama dos abusos sexuais perpetrados por alguns membros do clero” são os dois fatores que mais se destacaram nas estatísticas da Igreja Católica na Alemanha em 2020, publicados na quarta-feira, 14. As pesquisas foram realizadas nas 27 arquidioceses e dioceses do país, onde os católicos representam 26,7 por cento da população.
Segundo o site dos Bispos alemães (DBK), em primeiro lugar destaca-se a pandemia de Covid-19, que teve grande "influência na vida da Igreja, de muitas maneiras": o fechamento de lugares de culto determinados pelas autoridades estatais para evitar o contágio e a impossibilidade de celebrar e prestar serviços religiosos com a participação do povo. Por fim, a falta de coletas nas igrejas "teve grande impacto".
Em segundo lugar, as arquidioceses e dioceses passaram por "mudanças estruturais": por exemplo, o número de paróquias diminuiu para 9.858, enquanto em 2019 eram 9.936. O mesmo decréscimo foi registrado entre om número de sacerdotes que, em 2020, eram 12.565 enquanto no ano anterior, 12.983; entre os diáconos permanentes, o número passou de 3.335, em 2019, para 3.245, em 2020. Por outro lado, as ordenações sacerdotais em 2020 foram de 56 sacerdotes diocesanos e 11 religiosos.
A participação nos ritos litúrgicos também está diminuindo, sobretudo por causa da pandemia: em 2019, era de 9,1% e, em 2020, abaixou para 5,9%.
De consequência, o número de administração dos Sacramentos na Igreja diminuiu, inclusive o dos casamentos, que passou de 38.537 em 2019, para 11.018, em 2020; os batizados mantiveram o número de 104.610 mas, dois anos atrás, eram 159.043.
No ano passado também diminuiu o número de novos fiéis que passaram a fazer parte da Igreja Católica: foram 1.578, enquanto em 2019 foram 2.330. No entanto, é muito elevado o número de pessoas que deixaram a Igreja Católica em 2020: 221.390 pessoas. A este respeito, a estatística é bastante positiva: em 2019, o número era superior ou igual a 272.771, o que significa que a evasão diminuiu em 18,8%.
“Esses números, - segundo o presidente dos bispos alemães, Dom Georg Bätzing - são um claro reflexo de como a pandemia do coronavírus está influenciando a vida nas nossas comunidades”. Entretanto, recordou que, apesar da emergência sanitária, “a Igreja foi um ponto de referência para muitas pessoas, sempre presente, sobretudo nas etapas fundamentais da sua vida”.
Dom Bätzing recordou ainda outro fator que mais se destacou nas estatísticas: os casos de abusos sexuais, que levam "muitas pessoas a abandonar a Igreja, por terem perdido a fé". E observou: “levamos esses dados muito a sério e devemos enfrentar esta situação com franqueza e honestidade, com respostas concretas”. Neste sentido, o prelado espera que o caminho Sinodal, empreendido há algum tempo pela Igreja alemã para resolver esta fase crítica "possa, realmente, contribuir para dar mais confiança".
Por fim, Dom Georg Bätzing dirigiu seu pensamento aos voluntários, centros de formação, jovens, famílias e educadores católicos e todas as pessoas, que dão testemunho de uma Igreja viva, expressando a todos sua gratidão; agradece também aos que “se comprometem e vivem a sua fé na Igreja e na sociedade: como sacerdotes, diáconos, agentes pastorais e paroquiais, que trabalham, com afinco, nestes tempos turbulentos”. E concluiu: “Embora representem um pequeno rebanho, fazem um trabalho indispensável em um mundo em constante mudança”.
Fonte: Vatican News
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Covid-19: católicos vietnamitas respondem com generosidade ao apelo dos bispos
Diante do aumento do número de contágios, o presidente da Conferência Episcopal do Vietnã exortou todos os vietnamitas do e da diáspora à solidariedade, recordando a generosidade com a qual os cidadãos de Ho Chi Minh ajudaram as populações, vítimas das enchentes, que atingiram as províncias centrais do Vietnã no outono passado. Em especial, dirigiu-se aos católicos e às organizações de caridade, pedindo para que ativem um número gratuito, para coletar as doações
Desde o início da pandemia, o coronavírus afetou mais de 40.795 pessoas no Vietnã, provocando mais de 200 mortes. Agora, a variante Delta se propaga com rapidez no país. O principal epicentro dos contágios é a cidade de Ho Chi Minh, antiga Saigon, onde 1.637 novos casos foram registrados nestes últimos três dias, aumentando o número total de contágios para 18.210.
Por isso, as autoridades decidiram colocar, novamente, desde 9 de julho, toda a cidade em quarentena, por 15 dias. A Igreja local também está se mobilizando: a Arquidiocese de Ho Chi Minh está recrutando voluntários, entre religiosos e religiosas, para ajudar os agentes da saúde nos diversos hospitais, já superlotados.
Nos últimos dias, o presidente da Conferência Episcopal do Vietnã, Dom Joseph Nguyen Chi Linh, lançou um apelo urgente a todos os vietnamitas, alertando para as novas restrições, que podem ter consequências graves, sobretudo entre as camadas mais pobres da população: “Nunca, nem nos períodos de guerra, a cidade teve que enfrentar desafios tão urgentes e difíceis como hoje”.
O arcebispo destacou ainda que os problemas são muitos e graves: comunidades contagiadas, hospitais superlotados, agentes da saúde e equipes engajadas na prevenção estressados e exaustos, estagnação econômica, preços exorbitantes, transportes bloqueados.
Dom Joseph Nguyen acrescenta ainda que “a Pérola do Extremo Oriente está se afundando: falta pessoal qualificado, alimentos, fundos, remédios e até o próprio futuro. O que vendedores ambulantes, taxistas e outros trabalhadores colocarão na mesa nos próximos dias? Como os trabalhadores poderão saciar a fome das suas famílias se as fábricas demitem o pessoal ou fecham? Ninguém sabe quanto tempo vai durar esta crise e como vai acabar. Mas, para os cristãos, este é um sinal dos tempos, que deve ser visto como vontade de Deus”.
O arcebispo exortou todos os vietnamitas do país e da diáspora à solidariedade, recordando a generosidade com a qual os cidadãos de Ho Chi Minh ajudaram as populações, vítimas das enchentes, que atingiram as províncias centrais do Vietnã no outono passado. Por isso, dirigiu-se aos católicos e às organizações de caridade, pedindo para que ativem um número gratuito, para coletar as doações: produtos agrícolas, equipamentos médicos e dinheiro.
Muitos católicos vietnamitas responderam, imediatamente e com generosidade, ao apelo do arcebispo. De fato, em poucos dias – segundo a Agência UCA News - já foram arrecadados 4 bilhões de dongs, o equivalente a 174 mil dólares.
Fonte: Vatican News
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Guardiões Ecológicos: curso on-line gratuito sobre Laudato si' com inscrições abertas
As inscrições para as próximas aulas de capacitação foram reabertas, mas até este sábado, 17 de julho, às 14h, já que em seguida começa o segundo módulo sobre "Os cuidados da casa comum". Os participantes vão ganhar certificado pelo Centro Universitário Católica do Tocantins (UniCatólica). A arquidiocese de Palmas pretende capacitar agentes de pastoral para se tornarem multiplicadores do projeto, estimulando a consciência ambiental da comunidade.
A Arquidiocese de Palmas, no Tocantins, realizou no último sábado (10), o primeiro módulo de formação do projeto "Guardiões Ecológicos". Mais de 180 pessoas participaram do encontro, que teve como tema “Os Sonhos da casa comum”. O evento contou com a participação do secretário executivo da Repam, a Rede Eclesial Pan-Amazônica, Irmão João Gutemberg.
Maria Istélia Coêlho Fôlha, vice-presidente da Caritas local e secretária do Comitê Repam Norte 3, conta que o primeiro módulo trouxe questões muito importantes, como a Laudato si’ e o Sínodo para a Amazônia. 
“A Igreja, os cristãos, os leigos e leigas precisam se comprometer e tomar consciência de toda essa problemática que nós estamos vivendo. Todos nós somos convidados a sermos guardiões. Guardar a criação, guardar o sagrado, o cuidado consigo, com o outro e com a casa comum.”
Com a iniciativa, a Arquidiocese de Palmas pretende capacitar agentes de pastoral para se tornarem multiplicadores do projeto para que possam estimular a consciência ambiental da comunidade de Tocantins. Inicialmente, serão promovidos rês encontros de formação, em modalidade virtual. A formação será certificada pelo Centro Universitário Católica do Tocantins (UniCatólica). Após a conclusão da capacitação, os guardiões formados atuarão em 11 municípios do Estado junto às comunidades. 
As inscrições foram reabertas
Para o diácono da arquidiocese de Palmas, Amilson Rodrigues, os encontros de formação são uma oportunidade de conscientização em respeito do cuidado a casa comum. Ele também explica que devido à procura pela formação, a organização do projeto reabriu as inscrições. Para participar, os interessados devem acessar o link e preencher o formulário até às 14h de sábado, 17 de julho, já que o 2º módulo começa logo em seguida, às 14h30. Já o terceiro e último módulo está marcado para o dia 24 de julho, no mesmo horário.
A iniciativa é promovida pela Arquidiocese de Palmas em parceria com a Repam-Brasil, a Caritas Arquidiocesana de Palmas e o Centro Universitário Católica do Tocantins (UniCatólica), por meio da Coordenação da Pastoralidade e do Observatório de Ecologia Integral. 
Confira o cronograma de aulas
2º Módulo: Os Cuidados da casa comum  
Dia: 17/07/2021
Horário: 14h30 às 17h30
Assessoria: Moema Miranda
3º Módulo: – As Ações Práticas dos Cuidados da casa comum  
Dia: 24/07/2021
Horário: 14h30 às 16h
Assessoria: Irmão Afonso Murad
O Ministério de Guardiões Ecológicos
Horário: 16h às 17h30
Assessoria: Dom Carlos Verzeletti - Fonte: Vatican News
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Pe. Zgheib: desfecho incerto para crise no Líbano, mas fatores geopolíticos são determinantes
Analistas locais consideram muito limitada e parcial a chave de leitura que atribui a crise libanesa ao confronto de cúpula entre o primeiro-ministro e o presidente, atribuindo mais a fatores e incógnitas de natureza geopolítica que condicionam de maneira de terminante o atual cenário no País dos Cedros. o primeiro ministro encarregado, Saad Hariri, renunciou ao cargo na última quinta-feira.
Com a renúncia do premier Saad Hariri nomeado para formar um novo governo, “abre-se uma nova etapa da crise libanesa. O desfecho parece incerto: poderão se abrir novas saídas ou o país afundará ainda mais nos problemas que o oprimem”.  
A avaliação é do Diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias no Líbano, o sacerdote maronita Rouphael Zgheib, que opta por tons de espera e não peremptórios para descrever a possível evolução da dramática situação que atravessa o País dos Cedros.
O Líbano está sem governo há 11 meses. A desvalorização da lira resultou em uma inflação devastadora, em um país marcado pela falta de combustível, a emergência pandêmica, o racionamento do fornecimento de energia elétrica e a indignação social, também alimentada pela falta de identificação dos responsáveis pela tragédia provocada pela explosão no porto de Beirute, em 4 de agosto 2020.
Neste contexto, o primeiro ministro encarregado, Saad Hariri, depois de apresentar a lista de 24 ministros técnicos escolhidos por ele, renunciou ao cargo na última quinta-feira.
A desistência do líder do Partido sunita "Futuro" de permanecer no cargo é vista pela grande mídia como o resultado da queda de braço entre Hariri e o presidente do Líbano, o ex-general cristão maronita Michel Aoun, quanto à composição da equipe de governo.
Analistas locais, no entanto, consultados pela Agência Fides, consideram reducionista e parcial a chave de leitura que atribui a crise libanesa ao confronto de cúpula entre o primeiro-ministro e o presidente, atribuindo mais a fatores e incógnitas de natureza geopolítica que condicionam de maneira de terminante o atual cenário no País dos Cedros.
Em particular, o enfraquecimento político de Hariri - de acordo com muitos - é devido à falta de apoio da Arábia Saudita. Não passou despercebido que o primeiro-ministro encarregado, nas numerosas viagens ao exterior realizadas nos últimos meses em busca de consenso internacional - incluindo ao Vaticano -  nunca fez escala em Riad.
Em novembro de 2017, enquanto era primeiro-ministro do então governo libanês, Saad Hariri havia surpreendentemente anunciado sua renúncia enquanto estava na capital da Arábia Saudita. Seu retorno à sua terra natal ocorreu apenas depois de vários dias, e naquela ocasião, o presidente libanês Aoun declarou que considerava Hariri como um "prisioneiro de fato" dos sauditas.
Precisamente tendo em conta a polêmica e complicada dinâmica da política libanesa, os analistas consultados pela Fides não compartilham as catastróficas considerações de quem na mídia internacional entendeu a retirada de Hariri como a confirmação da derrocada definitiva e irreversível do Líbano.
Em um cenário repleto de incógnitas, novas hipóteses de pactos e acordos poderiam se abrir entre atores geopolíticos locais e globais, porém interessados em não fazer precipitar no abismo a frágil mas preciosa experiência de “convivência entre diferentes” representada pelo País dos Cedros. Muitos sinais indicam que a Arábia Saudita ainda terá um papel importante na evolução da crise.
Neste contexto, devem ser considerados alguns sinais singulares recentemente expressos pelo cardeal libanês Béchara Boutros Raï, patriarca de Antioquia dos Maronitas, que no ano passado havia repetidamente enfatizado a urgência de reafirmar e proteger a "neutralidade" libanesa em relação aos eixos de poder que se confrontam no Oriente Médio.
No dia 8 de julho - ao participar na apresentação de um livro sobre as relações entre a Igreja Maronita e o Reino Saudita, autoria do Abade Antoine Daou - o cardeal Raï exaltou o "vínculo de amizade" que une a Arábia Saudita ao Líbano e à Igreja Maronita, declarando entre outras coisas que "Riad nunca violou a soberania libanesa".
Fonte: Vatican News
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Mártires da Amazônia - deram a vida pela preservação da floresta
A história de quem lutou pela preservação da Floresta e pelos direitos das comunidades que vivem na Amazônia.
Escrito por Polyana Gonzaga
A Igreja na Pan-Amazônia é marcada pela história corajosa e profética de muitos missionários, religiosos e defensores do meio ambiente, da preservação das florestas e dos povos originários.
Ainda nos dias de hoje, o exemplo desses mártires e símbolos da luta pela preservação da floresta Amazônica lembram o grito dos mais pobres, dos quilombolas, das comunidades ribeirinhas, dos povos indígenas.
Entre tantos mártires e testemunhos proféticos estão:
Chico Mendes
Filho de seringueiro, Chico Mendes nasceu em Xapuri, no interior do Acre, em 1944. Ao lado do pai, acompanhou o trabalho dos seringueiros desde a infância.
Foi ambientalista, sindicalista, ativista político e seringueiro. Militante da conservação do meio ambiente, Chico Mendes foi assassinado em 1988 por donos de terras opositores à sua luta.
Ir. Dorothy Stang
A vida de Ir. Dorothy Stang foi marcada por uma intensa luta pelo direito à terra dos numerosos camponeses que migraram para o Norte do Brasil em busca de sustento. 
A missionária nascida nos Estados Unidos, mas naturalizada brasileira, contestou com coragem a exploração dos pobres da região rural, em especial daqueles que viviam na Amazônia.
Por causa de seu trabalho em favor da justiça, foi assassinada em fevereiro de 2005, em uma estrada rural do município de Anapu (PA). 
Sua atuação é lembrada pelos projetos de reflorestamento e de geração de emprego e renda para a população pobre.
Padre Ezequiel Ramin
combonianos.org.br
Missionário comboniano ordenado na Itália e enviado ao Brasil em 1980 para assumir o trabalho em Cacoal (RO), a 480 quilômetros da capital Porto Velho, na defesa dos indígenas e trabalhadores rurais sem terra.
Foi assassinado em 1985, aos 32 anos, na Amazônia brasileira, quando voltava de uma missão de paz. Defensor dos índios e dos pobres foi baleado pelo seu compromisso com os sem terra.
Irmã Cleusa Coelho
Assassinada às margens do Rio Paciá, em Lábrea, no Amazonas, onde trabalhava com os Povos indígenas Apurinã. Tinha 52 anos quando foi assassinada em abril de 1985.
Morreu em defesa da terra indígena e buscando a paz, os direitos dos mais pobres e a defesa dos direitos indígenas. Por causa do compromisso total com os menos favorecidos, tramita no Vaticano a sua causa de beatificação.
Marçal Tupã-i
Marçal de Souza nasceu no estado de Mato Grosso do Sul em 1920. Indígena, pertencia à etnia guarani-nhandevá. 
No início da década de 70 começou sua luta na defesa dos direitos dos índios e no enfrentamento da extração ilegal de madeira e riquezas da floresta, escravidão indígena e tráfico de meninas índias.
Foi um dos criadores da União das Nações Indígenas (UNI), uma entidade que reúne indígenas brasileiros, fundada em 1980. 
Neste mesmo ano é escolhido representante da comunidade indígena para discursar ao Papa João Paulo II, na primeira visita de um pontífice ao Brasil. 
Foi assassinado a tiros, na aldeia Campestre, em novembro de 1983.
Fonte: A12.com
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Diocese de Assis fala sobre abertura do túmulo do Beato Carlo Acutis
Respondendo aos rumores sobre uma possível reabertura do túmulo do beato Carlo Acutis para veneração pública, a diocese de Assis, na Itália, publicou um comunicado aclarando que “até o momento não está prevista nenhuma reabertura do túmulo”.
Em comunicado publicado pela diocese nesta quinta-feira, 15 de julho, o Santuário da Espoliação disse que a “abertura, anunciada no ano passado, ainda está sendo programada e será realizada logo que for possível, para que a o corpo do beato seja visto permanente”.
“Em um primeiro momento, existiu a ideia de que fosse realizada no próximo mês de agosto. Mas as circunstâncias ligadas à pandemia na Itália e no mundo fizeram com que o bispo, dom Domenico Sorrentino, esperasse um momento mais conveniente”.
“Este adiamento ajuda a lembrar que, embora a contemplação dos restos mortais de santos e beatos possa ser promovida, como uma antiga prática da Igreja, a devoção não está ligada a esses aspectos sensíveis”, porque “a missão dos santos e beatos, no nosso caso São Francisco e o beato Carlo, não é a de apontar para si mesmos, mas sim conduzir-nos a Jesus”, explicou o texto.
A diocese convidou “os fiéis que se irão ao túmulo do beato a que, neste período, respeitem rigorosamente todas as normas de segurança e intensifiquem a oração por tantos que, no mundo, ainda estão atravessando situações difíceis”.
No comunicado, a diocese também publicou algumas demonstrações de agradecimento e pedidos de oração que alguns fiéis deixam diariamente, através das redes sociais, ou que são enviadas diretamente à diocese de Assis ou ao Santuário da Espoliação.
Um dos pedidos foi “receber uma relíquia do dulcíssimo Carlo para dar à minha filha Silvia por um problema de saúde e para que ela possa ter um filho. Ela tem a mesma idade do Carlo. Se for possível, façam uma oração por ela diante do túmulo do beato. Infinitamente agradecidos”.
“Bom dia, esta manhã fiz uma mamografia. Estou à espera de sucesso, peço-vos que rezeis também por mim. Um abraço sincero. Obrigado, Carlo Acutis”, diz outro pedido de oração.
Carlo Acutis, adolescente italiano que morreu aos 15 anos, vítima da leucemia, é conhecido como o “Ciberapóstolo da Eucaristia”, foi beatificado em 10 de outubro de 2020, em Assis.
Na época da sua beatificação, a visita dos fiéis ao túmulo para veneração foi permitida. Ao todo, mais de 41 mil pessoas foram ao Santuário da Espoliação entre os dias 1 e 19 de outubro. Um vidro permitia a visibilidade do corpo intacto de Carlo Acutis. Os peregrinos puderam ver o beato vestido com calça jeans e tênis da marca Nike.
Fonte: ACIDigital
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Instituto preservará legado de dom Henrique Soares, bispo de Palmares
Para marcar o aniversário da morte de dom Henrique Soares da Costa, bispo de Palmares (PE), será lançado no sábado, 27, em Maceió (AL), um instituto para preservar seu legado e seus ensinamentos. Dom Henrique desenvolvia um apostolado por meio da internet, com reflexões, meditações, formação, alcançando milhares de seguidores em suas redes sociais.
Dom Henrique Soares morreu em 18 de julho de 2020, aos 57 anos, de covid-19.  Natural de Penedo (AL), foi ordenado sacerdote para a Arquidiocese de Maceió (AL) em 1992. Em 2009, foi nomeado bispo auxiliar da arquidiocese de Aracaju (SE) e, em 2014, bispo de Palmares. Durante seu ministério episcopal produziu diversos artigos, vídeos, formações sobre a Igreja Católica e também em defesa da vida e da família.
“Sem Deus, o homem perde, cedo ou tarde, o sentido de sua dignidade, de sua profundidade. Todas as ideologias ateias terminam por usar o homem como uma coisa”, afirmou o bispo em um artigo sobre ateísmo, publicado em 2017.
Ao comentar sobre uma exposição em Porto Alegre (RS) com obras que acatavam símbolos religiosos e apresentavam conteúdos pornográficos, alertou que “estamos vendo uma sociedade que vai se desagregando e se degradando”. “Boa parte da sociedade já não considera mais Cristo, já não considera que o homem vive diante de Deus. Isso é péssimo, porque quando o homem é sua própria medida, então, tudo é permitido, ele não tem mais critérios absolutos”, disse.
Segundo Clara Soares da Costa, irmã do bispo e diretora-presidente do Instituto Dom Henrique Soares da Costa (IDHSC), “a expectativa é que o Instituto venha para tornar os ensinamentos de Dom Henrique cada vez mais presentes na vida do povo de Deus”. Além de promover os escritos e conteúdos gravados por dom Henrique, a instituição vai desenvolver ações de caráter cultural, artístico, educacional, social, beneficente e assistencial.
O lançamento acontecerá às 20h de sábado, com uma live especial com depoimentos, partilhas de experiências, música e homenagens, transmitida pelo canalDom Henrique Soares Oficial”, no Youtube.
A programação em memória de dom Henrique Soares também contará com uma Missa no sábado, às 9h, na Catedral Nossa Senhora dos Prazeres, em Maceió, presidida pelo bispo de Caruaru (PE), dom José Ruy Gonçalves. No domingo, todas as 25 paróquias presentes nos 18 municípios que compõem a Diocese de Palmares celebrarão missas em sufrágio da alma de dom Henrique. E, na segunda-feira, 19, o arcebispo de Olinda e Recife (PE), dom Fernando Saburido, presidirá uma Missa na catedral diocesana Nossa Senhora do Monte, em Palmares, às 19h.
Os detalhes de cada momento vão ser compartilhados no Instagram através dos perfis @domhenriquesoares e @Institutodomhenrique.
Fonte: ACIDigital
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Pequenas ações que fazem a diferença no cuidado com a casa comum
Iniciativas de paróquias e ONGs buscam minimizar os efeitos danosos ao meio ambiente do descarte de resíduos eletroeletrônicos e de óleo de cozinha usado
Descartar incorretamente o lixo provoca poluição e contaminação do meio ambiente. De igual modo, o descarte indevido do óleo de cozinha provoca sérios danos ao planeta. Segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), 1 litro de óleo pode contaminar até 25 mil litros de água potável.
Em relação ao lixo eletrônico, o Brasil está em 5º lugar no ranking mundial e em 1º no cenário latino-americano de produção de resíduos eletrônicos, como indicam dados de 2019 do relatório The Global E-Waste Monitor, realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em parceria com outros órgãos internacionais.
AÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO
Pensando nesse impacto e motivada pelo apelo do Papa Francisco para o cuidado com a casa comum, expresso na encíclica Laudato si’, a Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima, de Apucarana (PR), criou a Pastoral do Meio Ambiente e tem promovido campanhas para recolher e dar destino correto ao óleo de cozinha usado e aos resíduos eletroeletrônicos.
Amauri Henrique Rosina, coordenador paroquial da Pastoral e animador Laudato si’ do Movimento Católico Global pelo Clima, salienta a necessidade de atividades voltadas à conscientização ambiental e responsabilidade social.
“Os voluntários da Pastoral percorrem os bairros da cidade para arrecadar o óleo de cozinha e itens eletrônicos que seriam descartados no lixo comum. Deus nos confiou para cuidar da sua criação. Essas ações são um convite para que a comunidade reflita e se conscientize dos atos cometidos contra a natureza”, alertou, destacando, ainda, que as pessoas tinham muito óleo guardado em suas residências e não sabiam o que fazer com ele, e que os itens eletrônicos eram descartados de forma errada ou acumulados em casa.
Em 2020, a Pastoral recolheu mais de 1,2 mil litros de óleo de cozinha, evitando, assim, a contaminação de mais de 1 bilhão de litros de água. O óleo recolhido é encaminhado a uma empresa autorizada que faz a filtragem do produto e o direciona a uma fábrica de sabão na cidade.
“Com a coleta do resíduo de cozinha, entregamos mudas de árvores no âmbito do projeto ‘Quer um ar limpo? Plante uma árvore’, além da instalação de 16 placas de orientação para não descartar lixo em lugares impróprios”, mencionou Rosina.
Os voluntários da Pastoral, com o apoio da Cooperativa dos Catadores de Apucarana (Cocap), recolhem produtos elétricos e eletrônicos de pequeno e médio porte que estão quebrados ou sem utilidade: TVs de tubo, máquinas de lavar, fogões e peças de celulares e computadores, e os encaminham a empresas específicas, “contribuindo para diminuir os danos ao planeta, uma vez que esses itens contêm materiais como plástico, vidro e metal, que podem ser reciclados e, se jogados na natureza, poluem e levam anos para se decomporem”, disse.
De acordo com o Padre Laércio José de Lara, Pároco, “os voluntários estão mobilizados na conversão ecológica, juntamente com um embasamento teológico. Os projetos realizados buscam unir atividades ao meio ambiente com a espiritualidade”, afirma, detalhando que realizam algumas ações com finalidades mais ecológicas – coleta de óleo de fritura, de eletrônicos, distribuição de mudas de árvores – e outras voltadas à espiritualidade – missa de São Francisco de Assis, com bênção de alimentos para animais; missa do Dia Mundial da Água, realizada em uma nascente no bairro; e a Trilha Ecorreligiosa de Nossa Senhora de Fátima.
MOEDA SUSTENTÁVEL
O coletivo Dedo Verde é uma organização que atua na educação e serviços ambientais, na zona Sul da capital paulista, e desde 2012 já coletou 25 mil litros de óleo de cozinha usado e produziu 300 quilos de sabão ecológico.
A partir deste semestre, terão início ações concretas de recolhimento de itens eletrônicos em parceria com uma empresa especializada no correto descarte deste resíduo.
“O coletivo atua diretamente em três frentes: educação ambiental, reciclagem de resíduos e segurança nutricional, com ações de sustentabilidade e economia solidária, por meio de oficinas, palestras e vivências ecopedagógicas”, afirmou Renato Rocha, empreendedor social do coletivo Dedo Verde. Ele também destaca que o “sabão ecológico é uma opção de renda em parceria com outras ONGs, instituições e empresas”.
A sede do Dedo Verde fica junto à ONG Casa de Cultura e Educação São Luís e faz parte do Fórum em Defesa da Vida da Sociedade Santos Mártires, fundada em 1988 pelo Padre Jaime Crowe.
A entidade dialoga com a Pastoral do Meio Ambiente da Diocese do Campo Limpo na “busca de criar estratégias para inserir ações de sustentabilidade para a comunidade, implantando a conscientização ambiental, pautados no caminho orientado pelo Papa Francisco do cuidado com a casa comum”, disse o empreendedor.
O coletivo, entre outras atividades, possui três hortas, sistema de reaproveitamento da água da chuva para irrigação, pequena fábrica de sabão ecológico, biodigestor, minhocário, casa de abelha sem ferrão e uma cozinha comunitária.
AÇÃO CONCRETA
A Paróquia Sagrada Família, na Região Episcopal Ipiranga da Arquidiocese de São Paulo, contribui com as ações voltadas à preservação do planeta. A Paróquia tem um ponto de coleta de óleo de cozinha, próximo à sua secretaria, no qual os paroquianos e moradores da região deixam o item para o correto reaproveitamento.
O Pároco, Frei Claudemir Rodrigues da Silva, dominicano, destacou que a iniciativa existe há mais de 20 anos e é uma contribuição necessária para amenizar os danos ao meio ambiente.
“O Papa Francisco exorta os católicos em todo o mundo e a todas as pessoas de boa vontade a tomar medidas concretas em relação às mudanças climáticas e à crise ecológica, pensando na preservação do planeta”, disse o Sacerdote, destacando que recolher o óleo de cozinha e direcionar a ONGs ou instituições “é um ato de manifestar a preocupação com o planeta”.
A comunidade, segundo o Frade, é orientada e convidada a separar corretamente o óleo de cozinha, em garrafas PET ou outra embalagem, mas sempre bem vedadas.
“O correto não é descartar o produto em pias, ralos ou bueiros, pois, além de prejudicar o encanamento das residências, contamina o meio ambiente porque dos canos vai direto a córregos, rios e até mesmo ao solo”, afirmou, ressaltando a importância de cada indivíduo fazer a sua parte.
“São ações como esta que transformam o planeta, a nossa casa comum, em um espaço melhor, com maior qualidade de vida, menos poluição e menor contaminação de rios e mares”, pontuou o Frade.
Fonte: O São Paulo
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Do dia 16/7/2021
Papa Francisco doa respiradores e medicamentos para a diocese de Carolina, no Maranhão
O Papa Francisco doou, nas última semana, 6 respiradores artificiais à diocese de Carolina, no Maranhão, para auxiliar no combate ao coronavírus. Segundo o bispo diocesano, dom Francisco Lima Duarte, os aparelhos foram destinados aos municípios de Montes Altos (2), Estreito (2) e Carolina (2), os mais necessitados.
Em Montes Altos, os aparelhos forem entregues à direção da Casa Alívio do Sofrimento, hospital que é da diocese de Carolina. “Esse hospital tem recursos precários para atender, principalmente nestes tempos de pandemia”, disse dom Francisco.
Em estreito, por ser o município mais populoso da diocese, dom Francisco disse que a demanda é grande e não havia respiradores no local. “Isso foi de grande importância para que pudessem essas pessoas, tanto nas ambulâncias, como nos hospitais receberem esses equipamentos”, explicou o bispo.
Também a sede da diocese, Carolina, recebeu dois respiradores. “Lá também existia a ineficiência e a inexistência desses aparelhos, por isso nós canalizamos para lá”, complementou dom Francisco.
    “Todos ficaram muito felizes por terem recebido esses equipamentos, que são de fácil manejo, e também os médicos ficaram contentes pois sabem o quanto é difícil transportar os pacientes para outros municípios, por isso recebemos com grande alegria e agradecemos ao Papa, a Nunciatura e a CNBB que fizeram com que recebêssemos essas doações”, disse dom Francisco.
Segundo a Esmolaria Apostólica, órgão do Vaticano responsável por doações e caridade, através do ato o Papa “expressa sua proximidade com os países afetados pela pandemia de Covid-19, especialmente aqueles com sistemas de saúde em maiores dificuldades”.
Fonte: CNBB
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Em encontro entre a presidência e os centros pastorais, Celam traça seus próximos passos na perspectiva da sinodalidade
Com uma celebração eucarística presidida por dom Miguel Cabrejos Vidarte, na capela da Casa Lago da Conferência do Episcopado Mexicano (CEM), o presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) iniciou na quarta-feira, 14 de julho, na Cidade do México , o encontro da presidência com os Centros Pastorais que se encerra nesta sexta-feira, dia 16 de julho.
Integração, discernimento e avaliação
Na homilia, dom Cabrejos destacou a importância deste encontro após a aprovação da nova estrutura pastoral do Celam, na 38ª Assembleia Geral Ordinária, no passado mês de maio, como espaço propício de encontro, integração, discernimento das etapas, o Celam deve assumir na perspectiva da sinodalidade e da avaliação dos itinerários que o corpo episcopal tem vindo a percorrer para responder ao mandato dos bispos na Assembleia de Tegucigalpa, em maio de 2019.
As palavras que o Santo Padre dirigiu ao Celam – em resposta à carta enviada pela presidência ao final da 38ª Assembleia Geral – são uma fonte de inspiração para os dias de oração, trabalho e reflexão que se realizam nestes dias: “Não se esqueçam que as palavras que orientam o vosso processo de sinodalidade, ‘memória’ e ‘desafios’, têm um denominador comum: a ‘escuta’, disse o Papa Francisco encorajando-os “a não deixarem de escutar o que o Espírito Santo nos sugere, pastores, dando ouvidos à história dos nossos povos, atentos às raízes que os sustentam, e outro no presente, ouvindo os gritos de nossos irmãos e irmãs ”.
Grupo exigente
Este convite do bispo de Roma permeou os momentos de oração, reflexão e discernimento comunitário guiados pelo jesuíta mexicano José Luis Serra que propôs um itinerário teórico-prático à luz do método inaciano de discernimento , a fim de ajudar os participantes para se constituírem como um grupo de discernimento.
O encontro é presencial e virtual, concomitantemente, com a presença ativa da Presidência do Celam, da Secretaria Geral e dos Centros Pastorais, representados pelos Bispos Coordenadores dos Conselhos e pelos Diretores de cada um. Centro: Centro de Gestão do Conhecimento, Centro de Programas e Redes de Ação Pastoral, Centro de Capacitação CEBITEPAL e Centro de Comunicação.
Fonte: CNBB
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Dom João Francisco Salm fala sobre processo de escolha do tema para o Ano Vocacional 2023
Em abril deste ano, por unanimidade, a 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aprovou a realização do terceiro Ano Vocacional da Igreja no Brasil em 2023, que deverá ser celebrado de 20 de novembro de 2022 a 26 de novembro de 2023. A iniciativa comemora os 40 anos do primeiro ano temático dedicado à reflexão, oração e promoção das vocações no país. A proposta foi apresentada pela Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB.
O Ano Vocacional de 2023 dará continuidade a um processo iniciado em 1983, quando foi celebrado o primeiro Ano Vocacional do Brasil. Inspirado no Documento Final do Sínodo dos Bispos sobre “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, a Comissão Central do Ano Vocacional de 2023 escolheu o tema “Vocação: Graça e Missão” e o lema “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24, 32-33). 
    “Que Maria, mãe da Igreja nos ajude a vivenciar esse Ano Vocacional como um tempo da graça do Senhor”, afirma dom João Francisco Salm, presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB.
Fonte: CNBB
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Celebração neste sábado, 17, na sede da CNBB, vai marcar uma nova fase da presença da Igreja no Brasil no Haiti
Neste sábado, dia 17 de julho, às 11h, na capela Nossa Senhora Aparecida, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), uma Celebração Eucarística em Ação de Graças pela Missão no Haiti vai marcar a nova fase da presença da Igreja no Brasil naquele país, especialmente a conquista de uma nova residência para o projeto missionário. A celebração, a ser presidida pelo bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portela Amado, será transmitida pelas redes sociais da CNBB, CRB e demais parceiros.
Ao período que imediatamente se seguiu ao terremoto de 2010, no Haiti, a CNBB, a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e a Cáritas Brasileira estabeleceram uma parceria para a criação do projeto missionário intercongregacional Nazaré. Desde a origem, a missão foi conduzida e animada por congregações femininas. Durante este tempo, 19 institutos e congregações femininas colaboram com presença de suas religiosas e animação missionária da presença brasileira no Haiti. A parceria foi prevista para a duração de 10 anos, tendo, portanto, terminado em 2020.
Em substituição a esta parceria e para não interromper o trabalho das religiosas brasileiras no Haiti, as congregações femininas firmaram uma nova parceria, agora entre si, sem a gestão direta da CNBB e da CRB, as quais, porém, permanecerão acompanhando e ajudando. Agora, na nova fase, a gestão será feita por uma Comissão Intercongregacional constituída por 5 religiosas de diferentes congregações.
Elas vão contar com o apoio da Rede Missionária Intercongregacional Ad Gentes, constituída inicialmente com a adesão de cerca de 90 congregações religiosas, após a aprovação na 25ª Assembleia Eletiva da CRB Nacional realizada em Brasília (DF), de 10 a 14 de julho de 2019. A missa do dia 17 de julho será o momento oficial de bênção da nova parceria e nova fase da missão da Igreja no Brasil no Haiti.
SERVIÇO:
Celebração Eucarística em Ação de Graças pela Missão no Haiti
Data: 15 de julho de 2021 – 11h
Contato: Assessoria de Comunicação da CNBB – Assessora de Comunicação: Manuela Castro – Contato: 61-2103-8300 / 61 9 8118-3978
Fonte: CNBB
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Novas normas sobre a missa antiga, maior responsabilidade ao bispo
O Papa publica um motu proprio para redefinir as modalidades de uso do missal pré-conciliar: as decisões voltam à disponibilidade dos pastores das dioceses. Os grupos ligados à antiga liturgia não devem excluir a legitimidade da reforma litúrgica, os ditames do Concílio Vaticano II e o Magistério dos Pontífices
O Papa Francisco, após consultar os bispos do mundo, decidiu mudar as normas que regem o uso do missal de 1962, que foi liberalizado como "Rito Romano Extraordinário" há catorze anos por seu predecessor Bento XVI. O Pontífice publicou esta sexta-feira (16/07) o motu proprio "Traditionis custodes", sobre o uso da liturgia romana anterior a 1970, acompanhando-o com uma carta na qual explica as razões de sua decisão. Eis as principais novidades.
A responsabilidade de regulamentar a celebração segundo o rito pré-conciliar volta para o bispo, moderador da vida litúrgica diocesana: "é de sua exclusiva competência autorizar o uso do Missale Romanum de 1962 na diocese, seguindo as orientações da Sé Apostólica". O bispo deve certificar-se de que os grupos que já celebram com o antigo missal "não excluam a validade e a legitimidade da reforma litúrgica, os ditames do Concílio Vaticano II e o Magistério dos Sumo Pontífices".
As missas com o rito antigo não serão mais realizadas nas igrejas paroquiais; o bispo determinará a igreja e os dias de celebração. As leituras devem ser "na língua vernácula", utilizando traduções aprovadas pelas Conferências episcopais. O celebrante deve ser um sacerdote delegado pelo bispo. O bispo também é responsável por verificar se é ou não oportuno manter as celebrações de acordo com o antigo missal, verificando sua "utilidade efetiva para o crescimento espiritual". De fato, é necessário que o sacerdote responsável tenha no coração não apenas a digna celebração da liturgia, mas também o cuidado pastoral e espiritual dos fiéis. O bispo "terá o cuidado de não autorizar a constituição de novos grupos".
Os sacerdotes ordenados após a publicação hodierna do Motu próprio, que pretendem utilizar o missal pré-conciliar "devem enviar um pedido formal ao Bispo diocesano que consultará a Sé Apostólica antes de conceder a autorização". Enquanto aqueles que já o fazem devem pedir a autorização ao bispo diocesano para continuar usando-o. Os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, "na época erigidos pela Pontifícia Comissão Ecclesia Dei", estarão sob a competência da Congregação para os Religiosos. Os Dicastérios para Culto, e para os Religiosos supervisionarão a observância destas novas disposições.
Na carta que acompanha o documento, o Papa Francisco explica que as concessões estabelecidas por seus predecessores para o uso do antigo missal foram motivadas sobretudo "pelo desejo de favorecer a recomposição do cisma com o movimento liderado pelo bispo Lefebvre". O pedido, dirigido aos bispos, de acolher generosamente as "justas aspirações" dos fiéis que solicitavam o uso daquele missal, "tinha, portanto, uma razão eclesial de recomposição da unidade da Igreja". Essa faculdade, observa Francisco, "é interpretada por muitos dentro da Igreja como a possibilidade de usar livremente o Missal Romano promulgado por São Pio V, determinando um uso paralelo ao Missal Romano promulgado por São Paulo VI".
O Papa lembra que a decisão de Bento XVI com o motu proprio "Summorum Pontificum" (2007) foi apoiada pela "convicção de que tal medida não colocaria em dúvida uma das decisões essenciais do Concílio Vaticano II, atingindo de tal modo sua autoridade". Há 14 anos o Papa Ratzinger declarou infundado o temor de divisões nas comunidades paroquiais, porque, escreveu, "as duas formas de uso do Rito Romano poderiam enriquecer-se mutuamente". Mas a sondagem recentemente promovida pela Congregação para a Doutrina da Fé entre os bispos trouxe respostas que revelam, escreve Francisco, "uma situação que me aflige e me preocupa, confirmando-me na necessidade de intervir", vez que o desejo de unidade foi "gravemente desatendido", e as concessões oferecidas com magnanimidade foram usadas "para aumentar as distâncias, endurecer as diferenças, construir contraposições que ferem a Igreja e dificultam seu caminho, expondo-a ao risco de divisões".
O Papa diz ficar triste com os abusos nas celebrações litúrgicas "de um lado e do outro", mas também diz contristar-se por um "uso instrumental do Missale Romanum de 1962, cada vez mais caracterizado por uma crescente rejeição não só da reforma litúrgica, mas do Concílio Vaticano II, com a afirmação infundada e insustentável de que ele traiu a Tradição e a 'verdadeira Igreja'". Duvidar do Concílio, explica Francisco, "significa duvidar das próprias intenções dos Padres, que exerceram solenemente seu poder colegial cum Petro et sub Petro no Concílio ecumênico, e, em última análise, duvidar do próprio Espírito Santo que guia a Igreja".
Por fim, Francisco acrescenta uma razão final para sua decisão de mudar as concessões do passado: "é cada vez mais evidente nas palavras e atitudes de muitos que existe uma relação estreita entre a escolha das celebrações de acordo com os livros litúrgicos anteriores ao Concílio Vaticano II e a rejeição à Igreja e suas instituições em nome do que eles julgam ser a 'verdadeira Igreja'. Este é um comportamento que contradiz a comunhão, alimentando aquele impulso à divisão... contra o qual o Apóstolo Paulo reagiu com firmeza. É para defender a unidade do Corpo de Cristo que sou obrigado a revogar a faculdade concedida por meus Predecessores".
Fonte: Vatican News
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Enchentes na Alemanha: o pesar do Papa Francisco
Pelo menos 93 pessoas morreram e dezenas estão desaparecidas na Alemanha. As enchentes atingiram também outros países da Europa ocidental, como Bélgica, Luxemburgo e o nordeste da França.
O Papa Francisco manifestou seu pesar pelas inúmeras mortes e estragos causados pelas enchentes na Alemanha.
O telegrama foi assinado pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, e endereçado ao presidente da República Federal da Alemanha, Franz-Walter Steinmeier.
No texto, lê-se que o Santo Padre ficou “profundamente tocado” com a notícia das inundações na Renânia do Norte-Vestfália e na Renânia-Palatinado.
O Papa “recorda na oração as pessoas que perderam a vida e expressa aos familiares a Sua profunda solidariedade”.
Francisco reza de modo especial pelas “pessoas que ainda estão desaparecidas, pelos feridos e por aqueles que sofreram danos ou perderam os próprios bens em decorrência da força da natureza”.
O Pontífice expressa a eles, e também aos que trabalham no resgate, a sua proximidade espiritual, implorando sobre todos “a ajuda e a proteção de Deus”.
Dezenas de mortos e desaparecidos
Pelo menos 90 pessoas morreram e dezenas estão desaparecidas na Alemanha. As enchentes atingiram também outros países da Europa ocidental, como Bélgica, Luxemburgo e o nordeste da França.
A chanceler alemã, Angela Merkel, definiu-se “chocada” diante das imagens de cidades inteiras alagadas e casas destruídas. Em Washington, onde se encontra em visita ao presidente Joe Biden, Merkel declarou-se em luto por quem morreu no desastre, garantindo que será feito todo o possível para encontrar os desaparecidos. Entre as vítimas, estão dois bombeiros.
Entre quarta e quinta-feira, quando a água começou velozmente a subir, dezenas de pessoas se refugiaram sobre os tetos das habitações e depois foram resgatadas por helicópteros ou embarcações infláveis. As casas de madeira foram as mais atingidas. “Há mortos, desaparecidos, muitas pessoas ainda em perigo. Nunca vimos um desastre do gênero”, declarou Malu Dreyer, governadora da Renânia-Palatinado.  
Fonte: Vatican News
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Frei César Külkamp é eleito Definidor Geral para a América Latina
O brasileiro Frei César Külkamp foi eleito para servir como Definidor Geral para a América Latina. A eleição de Frei César aconteceu no 13º dia do Capítulo Geral (14/7), em andamento no Colégio Internacional São Lourenço de Brindisi, em Roma. Foram eleitos, além de Frei César, mais 7 Definidores que vão representar a Ordem dos Frades Menores mundialmente
Neste dia 15 de julho de 2021, quando a Ordem dos Frades Menores celebra a festa litúrgica de São Boaventura de Bagnoregio (1217-1274) e esta Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil celebra seus 346 anos de existência, o Ministro Provincial, Frei César Külkamp, foi eleito, com 91 votos (dos 116 votantes) para servir como Definidor Geral para a América Latina.
A eleição de Frei César aconteceu no 13º dia do Capítulo Geral (14/7), em andamento no Colégio Internacional São Lourenço de Brindisi, em Roma. Foram eleitos, além de Frei César, mais 7 Definidores que vão representar a Ordem dos Frades Menores mundialmente.
Governo Eleito da Ordem dos Frades Menores
Ministro Geral: Frei Massimo Fusarelli,
Vigário Geral: Frei Isauro Ulises Covili Linfati
Novos Definitórios Gerais
Definitório Geral
Definidores para América Latina – Frei César Külkamp e Frei Joaquin Echeverry
Definidor para África/Oriente Médio – Frei Victor Luis Quematcha
Definidor para Ásia/Oceania – Frei John Wong
Definidor para Europa Central – Frei Albert Schmucki
Definidor para Europa Anglófona – Frei Jimmy Zammit
Definidor para Região Ibérica/Itália/Albânia – Frei Cesare Vaiani
Definidor para Região Eslávica – Frei Konrad Cholewa
Biografia
Frei César é natural de Ituporanga, onde nasceu no dia 26 de maio de 1969. É filho de Reinilda e Fredolino Külkamp. Vestiu o hábito franciscano na Ordem dos Frades Menores em 11 de janeiro de 1988 e se tornou professo solene em 24 de setembro de 1993. Foi ordenado presbítero no dia 16 de dezembro de 1995.
Frei César formou-se em Filosofia, pelo Instituto Filosófico São Boaventura e Universidade São Francisco, e Teologia, pelo Instituto Teológico Franciscano (ITF) e Pedagogia na Universidade Católica de Petrópolis (UCP), títulos obtidos em 1995. Depois concluiu, em 2000, o mestrado em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e a pós-graduação em Administração de Empresas pela Faculdade Getúlio Vargas. Aos 52 anos, Frei César tem uma história de dedicação à educação e à formação religiosa franciscana. Tanto que assumiu a direção pedagógica do Colégio “Canarinhos” de Petrópolis em 1994, onde ficou até o final de 2000. No final deste ano, foi transferido para Agudos, onde assumiu como reitor e orientador o Seminário Santo Antônio. Em 2003 foi eleito para o primeiro mandato como Definidor (2004-2006), assumindo também a função de secretário para a Formação e Estudos e vice-mestre no Postulantado Frei Galvão (Guaratinguetá).
No Capítulo Provincial de 2006, foi reeleito Definidor para o triênio 2007-2009.Em 2007, fez o curso de formadores da OFM, no mês de maio, em Roma, e deste ano até 2010, foi Secretário de Formação da CFMB. Acumulou as funções de guardião da Fraternidade de Rondinha e Secretário para a Formação e Estudos. Mas no Capítulo de 2009, ele seria mais uma vez confirmado como Definidor até o ano de 2012, também acumulando a função de Secretário para a Formação e Estudos e Mestre para os professos temporários no tempo de Teologia em Petrópolis. No Capítulo de 2012, Frei César continuou como Secretário para a Formação e Estudos, assumindo também como guardião da Fraternidade do Sagrado, em Petrópolis. Foi Visitador Geral da Custódia Franciscana das Sete Alegrias em 2010 e 2014 e Secretário de Evangelização da CFMB de 2015 a 2018. Voltou a ser Visitador Geral, desta vez da Custódia São Benedito da Amazônia em 2016.
Em 2016 foi eleito novamente Definidor, mas ficou por pouco tempo no cargo, pois foi eleito Vigário Provincial. O Vigário anterior, Frei Evaristo Spengler, fora nomeado bispo. Frei César também desempenhou a função de Secretário da Evangelização antes de ser eleito Ministro Provincial, no Capítulo Provincial de 2018. Neste mesmo ano, em julho, Frei César foi eleito presidente da Conferência Brasileira dos Frades Menores, mandato que terminou no começo deste mês.
Fonte: Vatican News
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Canal You Tube para a Igreja na Coreia: "Hoje a comunicação é uma missão"
Para os fiéis coreanos, a Corporação Católica de Transmissões pela Paz (CPBC) é um ponto de referência absoluto para a comunicação eclesial e a para a evangelização
Um canal no You Tube para a Igreja Católica na Coreia: esta é a iniciativa lançada pela “Catholic Peace Broadcasting Corporation" (Corporação Católica de Transmissões pela Paz) (CPBC) para estar presente na rede e oferecer aos fiéis a transmissão de missas diárias, liturgias e orações, mas também conteúdos originais como programas de talk-show sobre assuntos atuais e conteúdos fornecidos e produzidos pelas diversas organizações, congregações ou movimentos católicos do país.
Mensagem e a voz da Igreja Católica
Com uma nota o Setor de Comunicação da Arquidiocese de Seul, explicou à Agência Fides na recente conferência "Signis Asia" (realizada na web em maio passado), dedicada ao tema da TV online. Os delegados das Igrejas asiáticas de vários países apreciaram o potencial dos canais do Youtube como lugares de produção e disseminação de conteúdo oferecido pela mídia católica, portanto como canais de evangelização. Padre Simon Jung-Rae Cho, sacerdote católico coreano e presidente do CPBC, disse: "Nosso objetivo é divulgar a mensagem cristã e a voz da Igreja Católica coreana para o mundo, incentivando a interação on-line em todos os níveis. Estamos plenamente conscientes de que hoje a comunicação é uma missão".
Multimídia da Igreja coreana, ponto de referência
A Corporação Católica de Transmissões pela Paz (CPBC) é uma rede de comunicações representativa da Igreja Católica Coreana, fundada em 1988 por iniciativa da Arquidiocese de Seul, com o objetivo de “levar a Boa Nova” aos coreanos, procurando se adaptar às novas tendências da comunicação global. Expandida até 1995 e sempre em constante atualização tecnológica, inserida no vasto mundo da comunicação global, é uma rede multimídia que gerencia jornais, rádio e TV a cabo. Para os fiéis coreanos, é um ponto de referência absoluto para a comunicação eclesial e a para a evangelização. Fonte: Vatican News
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Eduardo Faria, ex-pastor presbiteriano que se tornou católico
"Quando eu descobri que a Igreja católica acreditava que o Batismo protestante era válido aquilo para mim foi um clamor por unidade que me atraiu de maneira muito forte", disse ele.
O professor Eduardo Faria é um ex-pastor protestante presbiteriano, natural de Juiz de Fora (MG), que se converteu ao catolicismo. Homem de grande cultura bíblica e teológica, foi protestante durante 22 anos. Ingressou no seminário e em 30 de outubro de 2010 foi ordenado pastor presbiteriano. Segundo ele, boa parte de sua pregação envolvia anti-catolicismo e críticas à Igreja católica.
A conversão de Eduardo seu deu após estudar as Sagradas Escrituras, a História da Igreja, os Padres apostólicos. Ele afirmou que, com isso, descobriu “que a Igreja católica de hoje é exatamente a Igreja católica de todos os séculos, de todos os milênios. A Igreja que Jesus Cristo fundou”.
“Eu sou católico por várias razões, mas sou católico porque somente na Igreja católica eu me encontro com Cristo Eucarístico, com Jesus sacramentado”, sublinhou.
Em 28 de março deste ano, Domingo de Ramos, Eduardo fez sua profissão de fé pública diante do arcebispo de Juiz de Fora (MG), dom Gil Antônio Moreira, durante a missa na Catedral Metropolitana de Santo Antônio. Na ocasião, contou aos fiéis o seu testemunho de conversão. Hoje, ele conta o seu testemunho na entrevista concedida à Rádio Vaticano–Vatican News.
No final de 2018, Eduardo era pastor no Rio de Janeiro e um casal quis se tornar membro de sua Igreja. O senhor aceitou o Batismo na Igreja presbiteriana, mas a senhora não, pois disse ao ex-pastor que já tinha sido batizada na Igreja católica e que não era necessário ser batizada novamente. Muitas igrejas protestantes aceitam como válido o batismo da Igreja católica, mas a Igreja à qual Eduardo pertencia não aceita o Batismo católico como válido. Assim, ele fez um estudo mais aprofundado e descobriu que a Igreja católica aceita como válido o "Batismo presbiteriano, assim como o Batismo luterano, o Batismo metodista e o Batismo batista, pois é um batismo feito com a intenção correta, com a forma correta, com o ministro correto, com a matéria correta. É um batismo realizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Um Batismo realizado com água". "Quando eu descobri que a Igreja católica acreditava que o Batismo protestante era válido aquilo para mim foi um clamor por unidade que me atraiu de maneira muito forte", disse ele.
Fonte: Vatican News
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Haiti: chegaram as primeiras 500 mil doses de vacina Covid-19
"Até dois dias atrás, o Haiti era o único país das Américas sem uma única dose de vacina Covid-19". Enfim chegaram 500.000 doses de vacina doadas pelo governo americano através da COVAX”. Declaração de Jean Gough, Diretor Regional do Unicef para a América Latina e o Caribe
A notícia da chegada das primeiras 500 mil doses de vacina Covid-19 no Haiti, foi dada pelo Diretor Geral do Unicef para a América Latina e o Caribe, Jean Gough . O Haiti até dois dias atrás era o único país das Américas sem uma única dose da vacina Covid-19. Na sua declaração afirmou: “Nos primeiros cinco meses deste ano, o número de casos e mortes da Covid-19 quase dobrou no Haiti. Apesar deste recente aumento, cada uma destas 500.000 doses trará uma luz de esperança ao país caribenho, especialmente em um momento em que a crescente violência urbana ameaça o bem-estar das crianças e das famílias. Em junho passado, a violência urbana entre grupos armados aumentou em várias áreas da capital durante um pico nos casos da Covid-19. Mais de 15.000 mulheres e crianças foram forçadas a fugir de suas casas. A crescente insegurança e os confrontos entre quadrilhas dificultaram seriamente as operações humanitárias nos subúrbios de Porto Príncipe”.
Resistência à vacina
“No contexto do Haiti”, continua o representante do Unicef, “onde a resistência às vacinas é alta, chegar às comunidades com doses de vacinas não garante que elas queiram ser vacinadas. De acordo com os resultados preliminares de um estudo de percepção apoiado pelo Unicef, realizado pela Universidade do Haiti em junho, apenas 22% dos haitianos concordariam em ser vacinados”.
Cadeia de frio
E explica a questão da conservação da vacina: “Para acelerar a próxima campanha de vacinação Covid-19, o Unicef tem trabalhado sem parar para melhorar o transporte, aumentar a comunicação de massa e fortalecer a cadeia de frio (para armazenar vacinas) em todo o país. Em quase todos os centros de saúde do Haiti, nossas equipes instalaram geladeiras solares para manter as vacinas na temperatura certa - mais de 900 no total”.  
Contexto haitiano
Por fim o Diretor Jean Gough explica as dificuldades do contexto haitiano: “Esperamos que esta primeira doação de doses seja seguida por outras. Em qualquer parte do mundo, lançar uma campanha de vacinação em massa para a Covid-19 é uma tarefa complicada. No atual contexto haitiano, será uma batalha ainda mais dura para nossas equipes nas próximas semanas e meses. Quando as gangues estão atirando umas nas outras nas ruas, transportar vacinas com segurança de um centro de saúde para outro todos os dias é uma vitória. Sem eletricidade constante, manter um grande número de doses de vacinas frescas durante a viagem é um desafio”.  
Concluindo explica: “Juntamente com as autoridades haitianas, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e outros parceiros, o Unicef está empenhado em fazer esforços extraordinários para atender à tão esperada necessidade de vacinas do Haiti até que os grupos populacionais mais vulneráveis sejam protegidos contra a Covid-19".  
Fonte: Vatican News
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Manifestação da diáspora birmanesa pedirá reconhecimento do Governo de unidade nacional, na clandestinidade
As pessoas irão vestir uma camiseta branca, um símbolo de pureza, com uma faixa preta no braço, um sinal de luto pelos mártires caídos. A manifestação é promovida pelo Governo de Unidade Nacional (NUG) – na clandestinidade em Mianmar - que pretende recordar o general Aung San (pai da resistência anticolonial e de Aung San Suu Kyi) e membros de seu gabinete, assassinados após a vitória de o movimento de independência de 1947, assim como “os mártires de hoje” que lutam pela democracia no país.
A diáspora birmanesa e aqueles que apoiam a resistência civil à junta militar se encontrarão em vários lugares do planeta nos dias 17 e 18 de julho para homenagear as tantas gerações dos mortos em Mianmar por uma causa justa, da luta pela independência àquela atual que é pela democracia.
O significado deste evento, denominado Global Myanmar Spring Revolution (“Revolução Global da Primavera de Mianmar”) - que na Itália se realizará em Veneza - é explicado por um dos líderes da comunidade birmanesa na Itália, Thuzar Lin: “Iremos rezar e honrar, junto com todas as comunidades étnicas de Mianmar, os heróis caídos, a começar pelo general Aung San, até os civis inocentes que são mortos hoje”.
As pessoas irão vestir uma camiseta branca, um símbolo de pureza, com uma faixa preta no braço, em sinal de luto pelos mártires caídos. A manifestação é promovida pelo Governo de Unidade Nacional (NUG) – na clandestinidade em Mianmar - que pretende recordar o general Aung San (pai da resistência anticolonial e também de Aung San Suu Kyi, atualmente presa) e membros de seu gabinete, assassinados após a vitória do movimento de independência de 1947. Mas é também uma forma de recordar “os mártires de hoje”, mortos pela repressão da junta militar que tomou o poder em 1° de fevereiro passado.
O encontro internacional vai convidar a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) - da qual Mianmar faz parte com outros nove países - a reconhecer o governo do país que está na clandestinidade e cujos parlamentares – recorda uma nota do NUG enviada à Agência Fides - “foram eleitos por mais de 84% dos cidadãos birmaneses em eleições democráticas livres e justas”.
No documento, o NUG lembra que adotou "uma nova Constituição federal" e que prosseguem as discussões com as várias comunidades étnicas de Mianmar por "uma transição para o verdadeiro federalismo".
O pedido de reconhecimento do NUG, além da ASEAN, também é encaminhado a todos os governos dos países onde ocorrerão as manifestações, dos Estados Unidos ao Japão, da Grã-Bretanha ao Canadá.
“A população de Mianmar - conclui a nota do NUG - mostrará ao mundo que, mesmo vivendo em países diferentes, os birmaneses são uma só pessoa”. Desta forma, o NUG visa superar as diferenças étnicas e religiosas que há anos envenenam o caminho de Mianmar e promover a paz, a convivência e a justiça social.
A referência à ASEAN recorda que a organização havia se comprometido a levar a cabo um plano de pacificação e diálogo em cinco pontos que, no entanto, nunca foi implementado, enquanto a violação dos direitos fundamentais continua e, segundo dados confirmados pela Assistance Association for Political Prisoners (“Associação de Assistência os Prisioneiros Políticos”), mais de 900 pessoas foram mortas e mais de 5 mil ainda estão na prisão.
Fonte: Vatican News
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Tawadros II: dinheiro, mídia e marketing corporativo, os “donos do mundo“ de hoje
O primaz da Igreja copta ortodoxa coloca o poder da mídia ao lado do poder esmagador das corporações, especialmente na versão representada hoje pelas redes sociais e por aqueles que dominam a esfera digital, capazes de acumular lucros estratosféricos enquanto manipulam os cérebros e as consciências das multidões de "usuários", ditando novas regras de comportamento para todos e impondo novos ídolos e tabus "de massa". Neste mundo, os cristãos são chamados a confessar e dar testemunho do Evangelho
O estado atual do mundo é dominado por três "potências globais" que não se identificam com governos e aparatos políticos, mas alimentam guerras e conflitos violentos de acordo com seus próprios interesses, enquanto moldam os sentimentos e vontades de indivíduos e multidões com sofisticados instrumentos de manipulação sem precedentes na história.
Esta descrição, realista mas incomum, dos fatores de poder reais que dominam o cenário mundial foi feita na noite de 14 de julho pelo Papa Tawadros II, patriarca da Igreja copta ortodoxa, durante o tradicional encontro de catequese de quarta-feira que realiza na Catedral copta ortodoxa no Cairo.
Geração má e perversa
Em sua catequese sobre a Carta de São Paulo aos Filipenses, o patriarca chamou a atenção para as palavras usadas pelo Apóstolo dos Gentios para descrever a humanidade de sua época, definida como uma "geração má e perversa".
Hoje, reconheceu o Papa Tawadros, o Santo Apóstolo martirizado em Roma provavelmente usaria a mesma expressão diante dos pecados, conflitos e fracassos que marcam o tempo presente.
Um tempo sem paz, dominado, segundo o patriarca, por três "Donos" que são tão onipresentes quanto difíceis de identificar com pessoas e siglas de poder individualmente consideradas.
Domínio do dinheiro
O mundo - continuou o patriarca - é dominado sobretudo pelo dinheiro, que se move pelo mundo através de novos e formidáveis mecanismos da finança especulativa. Um domínio - lembrou o Papa Tawadros - prefigurado no Evangelho pelo próprio Cristo, quando o Filho de Deus disse a seus discípulos que "Ninguém pode servir a dois senhores; pois ou vai odiar um e amar o outro, ou vai ter apego por um e desprezo pelo outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro" (Mt 6,24).
Poder dispor de recursos econômicos, acrescentou o patriarca, distanciando-se do rigor ideológico e do pauperismo esotérico e moralista, "pode ser uma bênção de Deus", e houve muitos santos mesmo entre as pessoas ricas. Mas é um fato objetivo, comentou o Primaz da Igreja copta ortodoxa, "que é o dinheiro que move e alimenta as guerras e conflitos que ensanguentam o mundo.
O marketing das grandes empresas multinacionais
Outro fator que exerce o poder predominante no atual estado do mundo foi identificado pelo patriarca no marketing das corporações, as grandes empresas multinacionais que com suas redes generalizadas criaram uma nova "oligarquia global" capaz de exercer um domínio sobre a vida de homens e mulheres muito mais eficaz e invasivo do que o representado pelas políticas dos governos e regimes.
O patriarca colocou o poder da mídia ao lado do poder esmagador das corporações, especialmente na versão representada hoje pelas redes sociais e por aqueles que dominam a esfera digital, capazes de acumular lucros estratosféricos enquanto manipulam os cérebros e as consciências das multidões de "usuários", ditando novas regras de comportamento para todos e impondo novos ídolos e tabus "de massa".
Contar apenas com a graça de Cristo
Neste mundo, acrescentou, os cristãos são chamados a confessar e dar testemunho da libertação do Evangelho. Diante das condições atuais do mundo, o Papa Tawadros convidou a reconhecer como ainda válidas as sugestões de São Paulo em sua Carta aos Filipenses: mesmo no tempo do que ele chamou de "geração má e perversa", o Apóstolo dos Gentios convidou seus irmãos e irmãs a se libertarem das poses de contenda, recriminação e lamento pelos maus tempos, contando apenas com a graça de Cristo, que pode acompanhar todo homem e mulher no caminho da vida, mesmo em tempos difíceis.
Contando apenas com a graça de Cristo, que pode acompanhar todo homem e mulher no caminho da vida, abraçando de forma inimaginável as expectativas de felicidade e salvação com as quais se tece o coração de um ser humano, mesmo quando está enterrado sob o manto do esquecimento e desfigurado pela maldade dos próprios pecados e dos outros.
Fonte: Vatican News
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Padres e um leigo vão de bicicleta da Polônia a Roma pela vida e as vocações
Três sacerdotes e um leigo peregrinaram de bicicleta da Polônia até Roma, na Itália, para pedir pelo papa, pelas vocações, e pela defesa da vida, e para dar testemunho de que a fé católica não é coisa do passado, mas do presente e do futuro.
Os quatro partiram de Pelplin, no norte da Polônia, numa peregrinação da pátria de São João Paulo II ao Vaticano. Em comunicado, a assessoria de imprensa da Conferência dos Bispos Católicos da Polônia informou que, entre os ciclistas, estavam o reitor do seminário maior de Pelplin e o padre Janusz Chyla, pároco de Chohnice.
Os ciclistas chegaram em Roma no dia 14 de julho, levando no coração suas intenções pessoais, “importantes para a Igreja toda”, afirmou o comunicado. De modo especial, a peregrinação “foi dedicada ao papa Francisco e às vocações ao ministério sacerdotal e religioso”.
A exemplo do São João Paulo II, pontífice polaco que lutou pela causa da defesa da vida desde a concepção até a morte natural, essa foi também uma intenção importante da peregrinação: proteger “a sacralidade da vida humana”.
“É claro que também nos guiava a intenção de defender a vida humana, no contexto dos ensinamentos de João Paulo II”, disse o padre Chyla. “Como membro dos Cavaleiros de Colombo, a intenção de defender a vida me acompanhou de forma especial nesta peregrinação”, acrescentou.
A Ordem dos Cavaleiros de Colombo é a maior organização católica laica de caridade do mundo, com mais de 2 milhões de membros e com presença em mais de 16 mil paróquias. Seu trabalho se concentra na defesa da vida, da misericórdia e das questões familiares.
O padre Chyla disse que todo católico pode cuidar da vida humana ao orar e dar testemunho de vida. “Em primeiro lugar, é importante a oração constante. Há coisas que não podemos fazer por nós mesmos. O segundo é o testemunho: ajudar as pessoas, especialmente as mulheres, que lutam com problemas espirituais, psicológicos e materiais”, afirmou.
“Como Cavaleiros de Colombo, colaboramos com a Fundação ´Pés Pequenos´. Recentemente, tocamos o sino da ´Voz do Não-Nascido´ na nossa paróquia, para despertar a consciência das pessoas”, acrescentou.
O sacerdote polonês disse seus esforços e orações no contexto da pandemia da covid-19 foram oferecidos para apoiar o albergue de Kartuzy e dar testemunho de que a fé em Jesus Cristo está viva e é atual. “No contexto da pandemia, queríamos mostrar que é possível cruzar fronteiras para encontrar as pessoas, claro, com todas as medidas de segurança. A nossa intenção é também dar testemunho de que o Evangelho não é uma coisa do passado, mas também do presente e do futuro”, disse o padre Chyla. Ele contou que os quatro ciclistas se uniram ao projeto católico #RomeaStrata, que busca “reconstruir as rotas de peregrinação” à cidade de Roma.
Fonte: ACIDigital
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Ex-capitão do exército da Coreia do Sul é ordenado padre na Espanha
 O frei Daniel Bae, 46 anos, ex-capitão do Exército da Coreia do Sul, foi ordenado sacerdote no convento de Caravaca de la Cruz, na diocese de Cartagena, na Espanha, no dia 10 de julho. Foram 12 anos de caminho do exército à ordenação como padre carmelita na Espanha.
Bae foi ordenado por dom Braulio Sáez, bispo auxiliar emérito de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. “Em um mundo que propõe facilidades e que pretende desterrar Deus, o fato de que um jovem vindo da Coréia do Sul queira seguir Jesus é motivo de alegria”, disse dom Sáez durante a ordenação. “O sacerdote é um capitão, seja capitão ao estilo de Teresa de Jesus”, santa responsável pela reforma da ordem dos carmelitas descalços.
O caminho de frei Daniel até a vida religiosa no Carmelo descalço e mais adiante ao sacerdócio foi longo e surpreendente. Nascido na Coreia do Sul, ele pertence à minoria católica do país, onde a grande maioria é budista ou cristã protestante.
Ele contou um pouco da sua história para a página da diocese de Cartagena, na Espanha. “Minha família é muito católica. Primeiro, foi a minha avó. Logo, a família toda acreditava em Jesus. Além disso, meu pai é carmelita leigo há muitos anos. Lembro-me que, quando era criança, ia à igreja com a família toda e rezávamos juntos, em casa”.
Na sua juventude, sentia que podia ter vocação ao sacerdócio, mas decidiu entrar para o exército. “Sentia uma imensa atração por essa forma de vida, embora também rondasse no meu coração o desejo de ser sacerdote”, disse o frei Daniel.
“Eu gostava daquela vida nova e queria ser general. Naquele mundo, eu procurava viver como um bom cristão, embora às vezes não fosse fácil conciliar tudo. Por exemplo, não podia ir à missa todos os dias e rezava muito pouco. Mas, graças a Deus, nunca esqueci do Senhor e sempre experimentei seu amor e proximidade”, afirmou.
Daniel passou quase 10 anos no exército chegando a ser capitão de infantaria. Até que, um dia, sentiu a voz de Deus na sua intimidade, que lhe dizia: “Daniel, o que você está fazendo aqui? Para você é mais importante ser general e ter êxito na vida? Essas coisas não são tão importantes. Todas elas desaparecerão no mundo. Você tem que trabalhar para mim. Mas não tenha medo, eu estarei com você para sempre”.
Demorou três anos para que ele largasse tudo. Repensou sua vida e iniciou um caminho de discernimento, acompanhado por vários religiosos, até que em 2008 decidiu deixar o exército. “Depois daquele passo, viajei sozinho por vários países católicos da Europa durante dois meses para esclarecer no meu caminho vocacional. Naquele tempo, conheci um padre dominicano espanhol na Coreia e ele me encorajou a vir para esta terra”, explicou.
Frei Daniel chegou à Espanha há 12 anos. Não falava o idioma e não conhecia ninguém. Durante seu primeiro ano na cidade de Salamanca, aprendeu espanhol e seguiu seu processo de discernimento.
Em 2010, com a ajuda das Carmelitas Descalças de Burgos, encontrou-se com o Carmelo Descalço.
“Depois de uma experiência vocacional, ingressei na comunidade do Aspirantado de Soria. Ali vivi, durante um ano, uma linda etapa de minha vida, que me ajudou muitíssimo a discernir minha vocação. Tudo era novo na minha vida. No ano seguinte, com a convicção de que meu caminho era consagrar-me ao Senhor no Carmelo Descalço e com o apoio de meus formadores, me enviaram a Granada”, contou.
Junto com outros três companheiros, frei Daniel fez o postulantado durante dois anos nos quais estudou filosofia na Faculdade de Teologia de Granada. “Foi uma experiência muito rica e de crescimento interior na vida comunitária”, afirmou. Fez o noviciado no Deserto das Palmas, na província de Castellón: “Naquele período, me apaixonei ainda mais do carisma teresiano que o Senhor me presenteava, pelo qual vivo minha vida cristã e consagrada”. Ao final daquela etapa, fez sua primeira profissão simples.
Em 2019 realizou sua profissão solene e foi destinado ao convento de Caravaca de la Cruz.
No passado 14 de novembro, foi ordenado diácono. No sábado, 10 de julho, recebeu a ordem sacerdotal no convento de Caravaca. “Deus me chamou, a mim, um ser insignificante. Por minha incapacidade, houve muitas dificuldades no caminho até chegar aqui. Mas, com a ajuda de Deus e de meus irmãos de comunidade, sobrevivi bem”, afirmou.
No Carmelo Descalço, Daniel encontrou o seu lar, a espiritualidade e o carisma pelos quais ele vive sua vocação. É uma história de busca e discernimento. Aos seus 46 anos, agora ele consegue olhar para trás com perspectiva: “No passado, fui soldado profissional. Mas agora sou um soldado do Senhor, tratando de fazer o que Ele quer que eu faça. Não é fácil descobrir a vontade de Deus e, em muitos casos, os homens a desconhecem. Assim como o apóstolo Paulo, que perseguiu a Igreja e se converteu após o chamado de Deus, nunca pensei que minha vida mudaria assim. Mas devo confessar que a cada dia eu vejo com mais clareza que minha vida está no Carmelo Descalço”, disse frei Daniel.
Ele encorajou a todos a discernir sua vocação, apesar das dificuldades: “Alguma vez você sentiu o chamamento de Deus? Não se decepcione em nenhuma situação; se a chamada é genuína, uma mão amiga esperará por você”.
Fonte: ACIDigital
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Covid-19: Cáritas Internacional alerta para «aumento dramático» de pessoas em «risco de passar fome»
Organização promove segurança alimentar e desenvolvimento humano integral em vários países
 A Cáritas Internacional alerta para o “aumento dramático” do número de pessoas “em risco de passar fome” como uma das consequências da pandemia deCovid-19.
“Concretizar o direito à alimentação adequada e garantir a segurança alimentar para todos faz parte de uma visão que visa o desenvolvimento humano integral”, assinala a organização católica, em comunicado online, destacando que as suas organizações promovem há vários anos programas de segurança alimentar em dezenas de países.
A Cáritas Internacional alerta que o risco da fome chega a cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo, apelando à promoção de programas de desenvolvimento humano integral.
A confederação indica que as atividades das suas instituições nacionais e regionais incluem programas de “melhoria dos meios de subsistência”, grupos de microfinanças, programas agrícolas comunitários, gestão da água, agricultura orgânica em pequena escala, transformação de produtos alimentares, cooperativas de sementes para mulheres, educação sobre o meio ambiente.
A região do Sahel, na África, enfrenta uma das “crises humanas de crescimento mais rápido do mundo” e a ‘Caritas Internationalis’ exortou governos, líderes locais e doadores a agir; no Níger, um dos programas da Cáritas nacional é oferecer “cabras às famílias” como parte do seu programa de subsistência, com o objetivo de “melhorar a vida dos pequenos agricultores”.
Outro exemplo destacado pela Cáritas Internacional é a atuação na crise da Venezuela: em 2018, a organização católica ajudava a população oferecendo “alimentos, remédios e suplementos nutricionais para combater a desnutrição”.
“Quando os alimentos não são disponibilizados a todas as pessoas, é o desenvolvimento humano pleno e integral que fica prejudicado. A questão é mais do que apenas a perda de alimentos, mas sim a perda da pessoa humana e da dignidade”, disse o presidente da ‘Caritas Internationalis’, cardeal Luis Antonio Tagle, falando na sede da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a 30 de maio de 2016, em Roma.
Fonte: Agência Ecclesia
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