Informativo Diocesanos

Informativo Diocesano Semanal - 08 de setembrode 2024
08/09/2024

ASSESSORIA DIOCESANA DE COMUNICAÇÃO

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Fone/Fax: (54) 3522-3611

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Ano 28 – nº. 1.464 – 08 de setembro de 2024

 

Programação da semana: - Neste domingo, às 09h, na igreja da sede paroquial Santa Luzia, Bairro Atlântico, Erechim, Dom Adimir, ordenação diaconal de Paulo Cezar Panosso; no mesmo horário, na igreja São Tiago, Aratiba, Monsenhor Agostinho Dors, missa e crismas.

- Segunda-feira, às 14h, no Auditório São José, encontro com coordenadoras e coordenadores paro-quiais de zeladoras e zeladores de capelinhas.

- Terça-feira, às 08h30, no Auditório São Jose, 16º encontro de secretárias e secretários paroquiais e funcionários da Cúria Diocesana.

- Reuniões de Áreas Pastorais, quarta-feira, às 19h30, de São Valentim, em São Valentim; quinta-feira, também à 19h30, de Getúlio Vargas, em Capoerê.

- Sexta-feira, às 14h30, na Catedral São José, tarde de oração do Apostolado da Oração; às 14h e às 18h, no Santuário Diocesano, terço e missa na comemoração da 5ª aparição de N. Sra. em Fátima, Portugal.

- Crismas na igreja Santa Luzia, Bairro Atlântico, Erechim: sexta-feira, às 19h, catequizandos da sede paroquial e comunidade São Carlos, Bairro Demoliner; sábado, às 16h, catequizandos das comunida-des Santa Clara e São Judas Tadeu; às 19h, catequizandos das comunidades N. Sra. do Pedancino, N. Sra. do Rosário e loteamento Fiebig; domingo, às 09h, catequizandos da sede paroquial; às 18h, catequizandos das comunidades São Francisco e Santo Antonio.

- domingo, em Porto Alegre, congresso jubilar da Renovação Carismática Católica em nosso Estado.

37ª Romaria ao Santuário de N. Sra. da Santa Cruz: sábado, dia 14, festa da Exaltação da Santa Cruz, no Santuário de N. Sra. da Santa Cruz, na estrada de Erechim a Aratiba, RS 420, km 20. Tríduo preparatório, de quarta-feira a sexta-feira, com procissão e missa às 20h; presidem as celebrações, primeira noite, Pe. Maicon André Malacarne, Pároco da Paróquia S. Cristóvão, Erechim; segunda noite, Monsenhor Agostinho Francisco Dors, Vigário Geral da Diocese e paroquial da Catedral São José; terceira noite, Pe. Clair Favreto, Pároco da Catedral São José. A animação de cada noite será de comunidades da Paróquia da Catedral. Programação do dia da romaria, sábado: 07h45, celebração com os trabalhadores; 08h, início das confissões e bênçãos; 09h15, Via-Sacra; 10h, terço meditado e consagração das famílias; 10h30, celebração penitencial; 11h30, bênção dos pães e outros alimentos; 12h, almoço partilhado; 13h, adoração e bênção com o Santíssimo Sacramento; 14h, procissão e Missa.

Diáconos permanentes da Diocese de Erexim realizam seu retiro anual: A comunidade São João Batista da Paróquia São Valentim acolheu a maioria dos 26 diáconos permanentes e esposas da Diocese de Erexim para seu retiro anual ne último dia e sábado do mês vocacional, 31 de agosto, juntamente com seu assessor, Monsenhor Agostinho Francisco Dors, Vigário Geral da Diocese. O retiro foi orientado pelo Pe. Ivanir Rodighero, pároco da Paróquia N. Sra. de Fátima de Passo Fundo, coordenador e professor do curso de Teologia da Itepa Faculdades. No ano de preparação para o Jubileu 2025, ele desenvolveu três aspectos em suas reflexões, peregrinos da esperança, do amor e da fé. O pároco da Paróquia de S. Valentim, Pe. Alvise Follador, concelebrou a missa de encerramento do retiro que teve a participação também de membros da comunidade local, aos quais os diáconos agradeceram pela acolhida e serviços prestados para o bom andamento do encontro espiritual.

Catequistas da Diocese de Erexim vivem tarde de oração em preparação ao Jubileu 2025: Em preparação ao Jubileu 2025, 450 catequistas de 29 das 30 paróquias da Diocese de Erexim participaram de tarde de oração na igreja São Pedro de Erechim, no último dia e sábado do mês vocacional, 31 de agosto. O encontro foi conduzido por Tânia Madalosso e Pe. Jean Carlos Demboski, pároco da paróquia N. Sra. do Monte Claro, Áurea, respectivamente, coordenadora e assessor do setor de Animação Bíblico-Catequética da Diocese. O Bispo diocesano Dom Adimir Antonio Mazali, na abertura do evento, saudou os participantes destacando seu precioso e indispensável serviço às comunidades para o conhecimento e vivência da fé.  Pe. Maicon André Malacarne, Pároco da Paróquia S. Cristóvão do Bairro do mesmo nome, Erechim, assessorou a reflexão a partir de 4 passos com texto bíblico, símbolo e súplica em cada um: acolher o Pai que vive na gente; reconhecer o Pai nos itinerários e pessoas; discernir os conflitos com mansidão e paciência; discípulos da Palavra de Deus reunidos em torno do Ressuscitado. O encontro foi concluído com a celebração da Eucaristia presidida pelo Pe. Maicon e concelebrada por 7 padres. Em sua homilia, ele mencionou o final do mês das vocações e início do mês da Bíblia. Referiu-se a aspectos de crise atualmente – crise de vocações, com seminários vazios, casas de religiosos fechando, poucos casamentos. Observou que é tempo de reflexão sem lamentações, buscando perceber o que o Senhor está dizendo nessa situação. À luz da leitura da missa, a vocação de Samuel, convidou a todos a darem sempre a resposta dele ao chamado de Deus “fala, Senhor, que teu servo escuta”, tendo a prontidão do refrão do salmo de meditação: “eis que venho, Senhor, com prazer, faço a vossa vontade”. Deus não se cansa de falar, esperando que despertemos nosso ouvido para o que quer dizer-nos. Catequistas têm a missão de facilitar a ouvir a voz de Deus, que é Pai, como Cristo nos ensinou no Pai nosso, conforme o evangelho proclamado na celebração.

Pastoral da Criança celebra seus 40 anos nas Arquidioceses e Dioceses do Rio Grande do Sul: Mais de mil integrantes da Pastoral da Criança, coordenadores, líderes e apoiadores, participaram de encontro no Santuário N. Sra. do Caravaggio em Farroupilha, dia 31 de agosto, final do mês vocacional, celebrando os 40 anos de atuação nas 4 Arquidioceses e 14 Dioceses do Rio Grande do Sul, Regional Sul 3 da CNBB. A Diocese de Erexim teve 25 representantes no evento. Após a acolhida e troca de lembranças no salão comunitário do Santuário, às 10h, os participantes foram até o ponto inicial das procissões, a uns 500 metros do local. De lá, em procissão, dirigiram-se ao Santuário com cantos e orações de louvor e de súplica. Portavam sombrinha verde, cor utilizada nos banners, camisetas, impressos e outros materiais da Pastoral da Criança e que expressa a esperança nos frutos dos trabalhos realizados e das crianças acompanhadas. No Santuário houve a celebração da Eucaristia, presidida pelo Bispo referencial da Pastoral da Criança no Regional Sul 3 da CNBB, Dom Odair Miguel Gonsalves dos Santos, Bispo Auxiliar de Porto Alegre, concelebrada pelo Bispo de Caxias do Sul, Dom José Gislon, OFMCap e por mais de 10 padres. Após a missa, houve almoço no salão do Santuário, seguido de apresentações diversas, com manifestação de gratidão às coordenadoras diocesanas e à equipe de coordenação regional. A coordenadora nacional Maria Ines Monteiro de Freitas agradeceu a dedicação de todos em assumir com amor e compromisso a missão de promover a vida de gestantes e crianças até 6 anos.

Paróquia São Francisco de Assis, Bairro Progresso, Erechim, com Administrador Paroquial: Dom Adimir Antonio Mazali, Bispo Diocesano de Erechim, oficializou Pe. Antonio Miro Serraglio, do Lar Sacerdotal, como Administrador Paroquial da Paróquia São Francisco de Assis, Bairro Progresso, em missa na igreja N. Sra. Aparecida, às 18h do dia 31 de agosto, final do mês vocacional e véspera do início do mês da Bíblia. A missa foi concelebrada pelo Pe. Miro, pelo até então Pároco, Pe. Felipe Fioravante Filippini, que continuará atuando na Paróquia N. Sra. das Dores de Capoerê e pelo chanceler da Cúria Diocesana, Pe. Antonio Valentini Neto. No início da celebração, Dom Admitir apresentou Pe. Antonio Miro que foi acolhido com calorosa salva de palmas. Solicitou a leitura do documento de nomeação do Pe. Miro como Administrador Paroquial. Passou a palavra ao Pe. Felipe que expressou agradecimento a Deus e aos paroquianos pelo tempo em que trabalhou na Paróquia e por tudo o que nela aprendeu. Motivou a todos a verem no Pe. Miro a presença de Cristo com seu povo e a viverem ainda mais a fé com abundantes frutos. Dom Adimir agradeceu ao Pe. Felipe desejando frutuoso ministério daqui em diante atuando só na Paróquia N. Sra. das Dores de Capoerê. No final da celebração, houve alguns pronunciamentos agradecendo ao Pe. Felipe e dando boas-vindas ao Pe. Miro com entrega de brinde a cada um. Por fim, falou o Pe. Miro. Citou Papa Francisco em exortação à firmeza na fé. Agradeceu a Dom Adimir pela confiança em designá-lo para o trabalho na Paróquia. Disse contar com a graça de Deus e a colaboração de todos.

Missas contemplando a família na Paróquia Imaculada Conceição de Getúlio Vargas: De 13 a 27 de agosto, a Paróquia Imaculada Conceição de Getúlio Vargas realizou 18 missas reunindo as suas 35 comunidades por proximidade com destaque especial à família, a partir do tema da Semana Nacional da Família, Família e Amizade Social e seu lema: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt 23,8). As missas foram presididas pelo pároco, Pe. Valtuir Bolzan, pelo vigário paroquial, Pe. Severino Orso com a participação do Pe. William Boucal, em estágio na Paróquia. Equipes de casais da Pastoral Familiar, Movimento de Cursilho de Cristandade e do Encontro de Casais com Cristo aninaram as celebrações. Foram oportunidade de profunda espiritualidade e reflexão sobre a importância da família, bem como de união e partilha entre comunidades próximas.

Nota sobre Projeto de Lei do Senado que altera a Lei da Ficha Limpa: A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) publicaram, na segunda-feira, dia 2, nota sobre o Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 192/2023 em tramitação no Senado que propõe alterações significativas na Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135, de 2010), uma das mais importantes conquistas democráticas da sociedade brasileira, resultado de uma ampla mobilização popular coordenada pelas duas organizações. O projeto de lei beneficiaria especialmente aqueles condenados por crimes graves, cuja inelegibilidade poderá ser reduzida ou mesmo anulada antes do cumprimento total das penas. As duas organizações esperam que o mencionado projeto seja rejeitado, em respeito à vontade popular e à integridade das nossas instituições democráticas. Que prevaleça o compromisso com a ética e a justiça, valores fundamentais para a construção de um Brasil mais justo, democrático e solidário.

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Informações da semana

Do dia 05/9/2024

Encontro Nacional, que acontece na Casa do Luciano de 5 a 7 de setembro, reflete o futuro da evangelização dos jovens no Brasil

Entre os dias 5 e 7 de setembro, a Casa Dom Luciano, em Brasília, recebe o Encontro Nacional de Responsáveis de Juventude das Dioceses e Assessores das Expressões Juvenis. Promovido pela Comissão Episcopal para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o evento conta com a participação de mais de 250 representantes, vindos de mais de 230 dioceses de todos os regionais do país.

Na abertura do encontro, o bispo de Imperatriz (MA) e presidente da comissão, dom Vilsom Basso, exortou os presentes com uma mensagem de união e entusiasmo, pedindo que todos, em alta voz, afirmassem juntos: “Nós amamos as juventudes”.

Dom Vilsom também destacou a alegria de ver o trabalho da Igreja no país ser referência mundial, reconhecido em muitos países, e a satisfação de o Brasil, sendo um país continental e diverso, enfrentar desafios com dedicação e alegria ao caminhar com e pelas juventudes.

O encontro apresenta uma programação abrangente e diversificada, incluindo análise de conjuntura, o Documento 85, o projeto “Ao seu Lado”, uma reflexão sobre o papel da assessoria, gamificação – com o objetivo de aproximar a Igreja das novas gerações por meio de novas linguagens e métodos inovadores na evangelização -, preparação para o Jubileu dos Jovens 2025, além de um foco importante na prevenção ao suicídio de adolescentes e jovens.

Rodas de conversas em uma Igreja Sinodal

Uma importante característica do encontro deste ano é o formato de “sínodo das mesas”, inspirado nos processos sinodais realizados com o Papa Francisco, que privilegiam o formato de rodas de conversa. Todas as atividades são realizadas em grupos de reflexão e escuta ativa, com momentos chamados de “conversa no Espírito”. Os grupos compartilham com os demais os principais temas discutidos, promovendo uma troca rica de experiências e perspectivas.

Por Jovens Conectados/Comissão para a Juventude CNBB

Fonte: CNBB

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Lançado oficialmente o hino da Campanha Missionária 2024, intitulado “Com a Força do Espírito”

Foi lançado oficialmente o hino da Campanha Missionária 2024, intitulado “Com a Força do Espírito”. A canção, que já começa a ecoar nas comunidades, é parte central das atividades do mês missionário, celebrado em outubro. Neste ano, o mês missionário tem como lema “Ide, convidai a todos para o banquete” e o tema “Com a força do Espírito, testemunhas de Cristo”.

A Campanha Missionária é uma iniciativa que visa fortalecer a missão da Igreja, incentivando os fiéis a assumirem a essência missionária da Igreja, no apoio aos mais necessitados ao redor do mundo. Durante todo o mês de outubro, as comunidades são convidadas a vivenciar intensamente o chamado missionário, promovendo atividades de oração, formação e solidariedade.

A canção “Com a Força do Espírito”, composta originalmente para ser o hino do Congresso Missionário da Diocese de Coari (AM), foi gentilmente cedida para animar a Campanha Missionária deste ano. A música reflete a essência do tema, inspirando os fiéis a serem testemunhas autênticas de Cristo, impulsionados pela força do Espírito Santo. A melodia e a letra foram pensadas para unir as vozes de toda a Igreja em um só clamor de esperança e colaboração com as Igrejas mais pobres no mundo.

A letra do hino “Com a força do Espírito”

Hino Campanha Missionária 2024

Título: Com a força do Espírito

Letra e música: Ana Luiza M.F e Pe. Gordiano - Produção: Tonn Bass e Leila Mell

Refrão: Com a força do Espírito, testemunhas de Cristo Levamos sua luz, / convidando todos ao banquete com Jesus. (2X)

1. Nas ruas das cidades, nas estradas e vicinais / onde se esconde a esperança / Somos todos mensageiros, de amor e de paz.

2. Caminhamos lado a lado, guiados pela fé / Anunciando a boa nova, que liberta e revigora cada homem e mulher.

3. Ide, convidai a todos para o banquete / Onde a graça e o perdão são presentes plenamente / Ecoando o chamado / Celebremos a vida, em comunhão eternamente

Ficha técnica

Canção “Com a força do Espírito”

Letra e Música: Ana Luiza Feitosa e Pe. Raimundo Gordiano

Produção, interpretação e gravação: Leila Mel & Tom Bass

Com informações das Pontifícias Obras Missionárias

Fonte: CNBB

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Bogotá sedia o II Encontro de Responsáveis de Prevenção de Abusos da Igreja na América Latina e Caribe

Representantes das 22 Conferências Episcopais da América Latina e do Caribe estão reunidos em Bogotá, Colômbia, de 3 a 7 de setembro para o II Encontro de Responsáveis de Prevenção de Abusos. O evento tem como objetivo fortalecer as ações de prevenção e combate aos abusos na Igreja, promovendo a troca de experiências e o desenvolvimento de políticas e protocolos eficazes na prevenção e enfretamento de abusos.

O encontro conta com a participação de representantes de diversos países, incluindo o Brasil. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou o bispo de Itumbiara (GO) e presidente da Comissão Especial para a Proteção da Criança, Adolescentes e Vulneráveis da CNBB, dom José Aparecido, da integrante do Comitê de Política de Proteção Infantil e Adultos Vulneráveis da CNBB, Osnilda Lima. Além disso, o Brasil também está representado por membros do escritório Brasileiro da Porticus e do Núcleo Lux Mundi.

Estratégias e experiências

A realização do encontro em Bogotá destaca a importância da colaboração entre as conferências episcopais da região para enfrentar esse desafio de forma conjunta e eficaz. A troca de experiências e o desenvolvimento de estratégias conjuntas são fundamentais para garantir que a Igreja seja um espaço seguro e acolhedor para todos, especialmente para crianças, adolescentes e adultos vulneráveis.

    De acordo com o presidente da Comissão Especial para a Proteção da Criança, Adolescentes e Vulneráveis da CNBB, dom José Aparecido, este encontro que trabalha a cultura do cuidado e proteção de crianças e adolescentes busca responder a um pedido do Papa. “É um trabalho muito bonito, feito em rede que permite um maior alcance da cultura do cuidado na América Latina”, disse.

O bispo disse que informa que a Comissão no Brasil tem procurado dar assistência a toda a Igreja n o Brasil. “Nós estamos agora revendo as diretrizes e orientações pastorais feitas em 2019 de acordo com as normais atuais da Igreja. Tendo em conta também as normas dos Justiça no Brasil que contribuirá em muito neste trabalho de proteção e cuidado”, disse. Ele informou também que este trabalho tem estimulados as Igrejas e dioceses a criarem mecanismos adequados de prevenção, cuidado e proteção.

Osnilda Lima ressalta a importância do diálogo e da colaboração entre as conferências episcopais para combater o grave problema dos abusos na Igreja, sejam eles de natureza espiritual, sexual, moral ou psicológica. “É essencial progredirmos na prevenção e na conscientização. Acredito que a direção tomada é irreversível! Tolerância zero, como nos alerta o papa francisco”. Ela reforça que é importante lembrar que qualquer forma de abuso é inaceitável e causa graves danos às vítimas. “A Igreja tem o dever de proteger seus membros e pessoas que frequentam seus espaços e garantir um ambiente seguro para todos”.

A Igreja e a prevenção de abusos

A expectativa é que o encontro impulsione ações concretas na prevenção e combate aos abusos, consolidando o compromisso da Igreja com a proteção dos mais vulneráveis. Para isso, serão abordados temas como: formação: de agentes de pastoral, padres, bispos e religiosos para a prevenção e identificação de abusos; canais de denúncia e escuta: criação e fortalecimento de mecanismos seguros e acessíveis para denúncias e acolhimento das vítimas; assistência às vítimas: oferta de apoio psicológico, espiritual e jurídico às vítimas de abuso; responsabilização dos agressores: aplicação de medidas disciplinares e legais aos responsáveis por abusos e o tema da comunicação: estratégias para abordar o tema de forma transparente e responsável nos meios de comunicação.

O Secretário da Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores dom Luis Manuel Alí Herrera apresentou ações e iniciativas, incluindo a criação e implementação de diretrizes, formação e capacitação, criação de centros de escuta, promoção da transparência e da responsabilização, diálogo com as vítimas e cooperação internacional e a proposta de um marco universal para as diretrizes da igreja para a proteção de menores e adultos vulneráveis.

Trabalho da Comissão Pontifícia

O Secretário da Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores, dom Luis Manuel Alí Herrera, apresentou as ações e iniciativas que a Comissão vem realizando, incluindo a criação e implementação de diretrizes para a proteção de menores e adultos vulneráveis; formação e capacitação de agentes da Igreja, criação de centros de escuta para as vítimas, promoção da transparência e da responsabilização na Igreja, diálogo constante com as vítimas de abuso, cooperação internacional para fortalecer a luta contra os abusos. Além disso, dom Luis falou sobre o marco universal para as diretrizes da Igreja na proteção de menores e adultos vulneráveis que está em processo de construção.

Por Osnilda Lima

Fonte: CNBB

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Programação do Encontro de Assessores Jurídicos de Dioceses e do Seminário sobre a Laicidade do Estado

A organização do 2º Encontro Nacional de Assessores Jurídicos de Dioceses (ENAJD) divulgou a programação completa do evento, que será realizado de 17 a 19 de setembro, na Casa Dom Luciano Mendes de Almeida, em Brasília (DF). Também está disponível a programação do Seminário sobre a Laicidade do Estado, que será realizado no período noturno, na mesma data do ENAJD.

ENAJD

O ENAJD é promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e destinado exclusivamente a advogados que atuam junto às dioceses brasileiras. As inscrições seguem abertas.

A programação vai abordar as principais questões jurídicas que desafiam a missão desses profissionais na atualidade. Em oito painéis, serão tratados temas como a parceria entre organizações religiosas e o Estado, noções gerais do procedimento canônico, a Reforma Tributária, a nova realidade do CEBAS diante da Reforma Tributária, a questão sindical e o relacionamento com a mídia em episódios de crise. Haverá ainda uma plenária com estudos de casos.

15 anos do acordo Brasil Santa Sé

De forma concomitante, os participantes poderão participar do Simpósio celebrativo dos 15 anos do Acordo Brasil Santa Sé, com o tema “Laicidade do Estado e a liberdade religiosa”, com conferências de autoridades religiosas, o procurador-geral da República e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

A programação dos eventos:

Programação do II Encontro Nacional de Assessores Jurídicos de Dioceses e do Simpósio sobre a Laicidade do Estado e a Liberdade Religiosa

Dia 17 – Terça-feira

9h – 1º Painel: Aula Magna – Parceria entre as Organizações Religiosas e o Estado

Palestrante: Ministro Jorge Messias – Advogado Geral da União

10h – Coffe-break

10h30 – 2º Painel: Noções Gerais do Procedimento Canônico. Os Delitos Econômicos

Palestrante: Padre Valdinei Ribeiro

12h00 – Almoço

14h30 – 3º Painel: Noções Gerais do Procedimento Canônico. Os Delitos Econômicos

Palestrante: Padre Valdinei Ribeiro

16h30 – Coffe-break

18h30 Jantar (para os hospedados na Casa Dom Luciano)

19h30 – Simpósio

Tema: Memória histórica do Acordo Brasil Santa Sé

Conferencistas: Cardeal Lorenzo Baldisseri e Ministro José Francisco Rezek

Mediador: Dom Jaime Spengler

21h30 – Coffe-break

Dia 18 – Quarta-feira

9h – 1º Painel: Reforma Tributária – Aspectos Gerais

Palestrante: Dra. Hadassah Santana

Mediador: Dr. João Paulo Amaral Rodrigues

10h – Coffe-break

10h30 – 2º Painel: Nova realidade do CEBAS diante da Reforma Tributária

Palestrante: Dr. José Eduardo Sabo Paes

Mediador: Dr. Hugo Sarubbi Cysneiros

12h – Almoço

14h30 – 3º Painel: Plenária com estudo de casos

Mediador: Hugo Sarubbi Cysneiros

16h30 – Coffe-break

18h30 – Jantar (para os hospedados na Casa Dom Luciano)

19h30 – Simpósio

Tema: A gênese do Estado Laico e as relações institucionais

Conferencistas: Dr. Paulo Gonet Branco e Ministro José Antônio Dias Toffoli

Mediador: Ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha

21h30 – Coffe-break

Dia 19 – Quinta-feira

9h – 1º Painel: Análise de Soluções de Consulta de interesse das Organizações Religiosas

Palestrante: Representante da Secretaria da Receita Federal do Brasil

10h – Coffe-break

10h30 – 2º Painel: A questão sindical: constituição, medidas práticas e normas coletivas em negociação

Palestrante: Ministro Ives Gandra Martins Filho

Mediadora: Dra. Vera Maria Barbosa Costa

12h00 – Almoço

14h30 – 3º Painel: Relacionamento com a mídia em episódios de crise

Palestrante: Jornalista Heraldo Pereira

Mediador: Dr. João Paulo Amaral Rodrigues

16h30 – Coffe-break

18h30 Jantar (para os hospedados na Casa Dom Luciano)

19:30 – Simpósio

Tema: A laicidade do Estado e a religião

Conferencistas: Cardeal Paulo Cezar Costa e Ministro Gilmar Ferreira Mendes

Mediador: Dom João Justino de Medeiros

21:30 Coquetel de encerramento - Fonte: CNBB

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No coração de São Paulo, Catedral da Sé celebra 70 anos

Em 1954 foi inaugurada a nova Igreja Matriz da capital paulistana, no lugar do templo que já tem mais de quatro séculos de história

Escrito por Redação A12

Um dos principais pontos turísticos de São Paulo (SP) a Catedral da Sé, tem 111 metros de comprimento, 46 de largura, torres com 92 metros de altura e capacidade para 8 mil pessoas.

A Catedral, sonhada pelo então Arcebispo Dom Duarte Leopoldo e Silva, é hoje o que um dia ele mesmo desejou: “Uma escola de arte e um estímulo a pensamentos mais nobres e elevados (…) uma Catedral opulenta que, testemunhando a fartura dos nossos recursos materiais, seja também um hino de ação de graças a Deus Nosso Senhor."

A inauguração parcial da Catedral da Sé como conhecemos hoje, aconteceu no dia 25 de janeiro de 1954 durante as comemorações dos 400 anos de São Paulo, após atrasos na construção e das duas guerras mundiais em que o mundo passou naquele período.

No entanto, o templo foi dedicado (cerimônia solene na qual a catedral é consagrada e dedicada ao culto divino)  somente em 5 de setembro daquele ano. O rito solene de dedicação foi presidido por Dom Adeodato Giovanni Piazza, enviado pontifício para o primeiro Congresso Nacional da Padroeira do Brasil, realizado entre São Paulo e Aparecida, evento que também marcou o centenário da proclamação do dogma da Imaculada Conceição (1854).

A padroeira  é Nossa Senhora da Assunção, referência ao outro dogma mariano proclamado pouco antes de sua inauguração, em 1950, que afirma que, após terminar o curso terreno de sua vida, a Virgem Maria foi assunta, isto é, levada de corpo e alma à glória celeste.

"A Catedral Metropolitana está localizada a poucos passos do Pateo do Collegio, onde São Paulo teve início em 1554, com a missão jesuítica que contou, entre outros, com o padre Manoel da Nóbrega e São José de Anchieta. Entre as casinhas dos indígenas e dos poucos portugueses, erguia-se a primeira capela da cidade. Consta que o terreno onde está situada a atual Catedral da Sé foi doado aos missionários pelo cacique Tibiriçá. A vida da atual metrópole teve início mediante o encontro de povos, raças, culturas e religiões. Esse mesmo encontro e interação marcaram também o seu desenvolvimento. A catedral é testemunha desse encontro. Oxalá siga sendo assim também para o futuro de nossa cidade", disse o Cardeal Odilo Scherer, Arcebispo de São Paulo. 

O local já abrigava a fé católica da comunidade desde 1591, ainda como Vila de São Paulo Piratininga. O terreno foi escolhido pelo cacique Tibiriçá, primeiro indígena catequizado pelo padre José de Anchieta, e o templo foi feito com barro e palhas socados em formas de madeira, sendo elevada à Catedral em 1745.

Por causa deste título, em 1764 foi inaugurada a primeira versão da Catedral em estilo barroco,

A igreja foi o cenário de momentos importantes da história do Brasil, como o movimento pelas Diretas Já em 1984, o ato inter-religioso em repúdio à morte do jornalista Vladmir Herzog, entre outros.

No final dos anos 1990 até o início dos anos 2000, a igreja ficou fechada para restauração, reabrindo em 2002. Em 2016, o templo foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico,

Locais para contemplação e oração

Na lateral esquerda da Catedral da Sé, está localizada a Capela do Santíssimo Sacramento, onde imensos anjos observam a entrada dos fiéis.

Lado a lado estão os Santos Doutores da Eucaristia, acima das bodas de Caná e da cena de Emaús. O carrilhão de sinos, localizado nas torres da Catedral, é um dos maiores do Brasil, com 61 sinos, 35 são acionados eletronicamente.

Em meio à agitação é o corre-corre do centro da maior cidade do País, a Igreja Mãe da Arquidiocese de São Paulo é, sobretudo, um ponto de referência para a fé dos paulistanos. Na conta oficial da Catedral da Sé no Instagram pode-se conferir horários de missa, confissões e visitas ao templo.  Fonte: A112.com

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Cerca de 300 jovens participam da Jornada do Movimento 72 Peregrinos em Ibirapuitã

No último final de semana, a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Ibirapuitã, foi palco de um grande encontro de fé e renovação espiritual. Cerca de 300 jovens se reuniram na localidade para participar da Jornada do Movimento 72 Peregrinos, evento que tem como objetivo principal promover o reencontro entre os integrantes desse movimento jovem, que é marcado pela devoção e pelo desejo de evangelização.

A jornada foi marcada por momentos de reflexão, oração e confraternização. O ponto alto do evento foi a celebração da Santa Missa, presidida por Dom Nélio Domingos Zortea, Bispo Diocesano de Cruz Alta, que trouxe em sua homilia uma mensagem de encorajamento aos jovens, incentivando-os a continuar firmes em sua caminhada de fé e a manterem o espírito de unidade e serviço que caracteriza o Movimento dos 72 Peregrinos.

O Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Pe. Daniel S. Chagas, destacou a importância desse reencontro para o fortalecimento da fé dos jovens e para a continuidade das atividades do movimento. “Ver essa juventude reunida, animada e disposta a viver o evangelho é motivo de grande alegria. Esses momentos de partilha e oração são essenciais para que eles se sintam apoiados e motivados a seguir em frente em sua missão”, afirmou o sacerdote.

Além da celebração eucarística, a programação incluiu palestras, momentos de adoração, dinâmicas em grupo e música, proporcionando aos participantes uma experiência de renovação espiritual e de fortalecimento dos laços de amizade e fraternidade.

O Movimento 72 Peregrinos tem como característica principal a peregrinação e a busca por uma vida cristã autêntica, seguindo o exemplo dos 72 discípulos enviados por Jesus em missão, como relatado nos Evangelhos. A jornada realizada em Ibirapuitã reforça o compromisso dos jovens em levar adiante a mensagem de Cristo e em vivenciar a fé de forma ativa e engajada.

O evento foi encerrado com um momento de envio, no qual os jovens foram motivados a retornarem às suas comunidades com o coração renovado e com a missão de testemunhar o amor de Deus em todos os lugares onde estiverem. Fonte: CNBB Sul 3

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Diocese de Caxias do Sul apresenta série documental e revista especial dos 90 anos

Na coletiva de imprensa que reuniu comunicadores, padres, religiosos, o bispo diocesano e entrevistados, aconteceu o pré-lançamento do primeiro episódio: “Da Itália à Nova Pátria, a fé dos imigrantes”

Com a memória nas raízes, os pés no presente e o olhar no horizonte, Diocese de Caxias do Sul lança série documental dos 90 anos e a revista comemorativa das nove décadas de história. A ação aconteceu durante coletiva de imprensa, na manhã desta quinta-feira, 05 de setembro, no Espaço Mater Dei, junto à Catedral Diocesana.

 A Diocese de Caxias do Sul foi criada pela bula Quae Spirituali Christifidelium, do Papa Pio XI, em 08 de setembro de 1934, desmembrada da Arquidiocese de Porto Alegre. Segundo o decreto Christus Dominus, do Papa São Paulo VI, publicado em 1965, a “Diocese é a porção do Povo de Deus, que se confia a um Bispo para que a apascente com a colaboração do presbitério, de tal modo que, unida ao seu pastor e reunida por ele no Espírito Santo por meio do Evangelho e da Eucaristia, constitui uma Igreja particular, na qual está e opera a Igreja de Cristo, una, santa, católica e apostólica”.

No início do encontro, o bispo diocesano de Caxias do Sul, Dom José Gislon, que é mestre em História da Igreja, fez uma abordagem sobre a caminhada histórica da Diocese e os seus cinco anos à frente da Igreja na região. “Penso que é muito importante fazermos essa recordação histórica. E aqui faço memória de tanta gente que construiu e ainda constrói o dia a dia das nossas 983 comunidades. Louvemos e agradeçamos a Deus por todo o bem realizado”.

Depois, o vigário geral e coordenador de Pastoral, padre Leonardo Inácio Pereira, falou sobre os passos que a Diocese está realizando nas diferentes perspectivas da vida eclesial. “Essa jovem senhora de 90 anos tem uma rica história. E caminhando com toda a Igreja estamos nos preparando para lançar, também no dia dos 90 anos, o projeto do novo Plano Diocesano de Pastoral, para podermos planejar, pensar, executar, acompanhar e avaliar, juntos as nossas ações”.

Padre Leonardo convidou para a celebração dos 90 anos, que será no próximo domingo, 08 de setembro. A programação terá início às 16h, com o Terço dos Homens, seguindo às 18h30min com o lançamento oficial da série documental da história da Diocese, concluindo com a Missa presidida por Dom José Gislon às 19h. A Missa das 19h também contará com a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora de Caravaggio, há 65 anos declarada padroeira da Diocese.

Na sequência, padre Leonardo apresentou a revista comemorativa aos 90 anos da Diocese. A obra, de 20 páginas, é uma iniciativa da Coordenação Diocesana de Pastoral que será lançada oficialmente na Missa dos 90 anos, no domingo, e reúne artigos, a história que permeou a criação da Diocese e a linha do tempo da vida pastoral desta Igreja. Foram impressos 3 mil exemplares, que serão distribuídos aos fiéis, às paróquias e comunidades.

Por fim, o assessor de comunicação da Diocese, jornalista Felipe Padilha, também responsável por produzir e dirigir a série documental intitulada “Diocese de Caxias do Sul: 90 anos de comunhão, participação e missão”, apresentou a organização e todo o trabalho realizado em equipe. Além disso, ele abordou as temáticas dos nove episódios, que serão veiculados conforme as datas abaixo.

Feita a apresentação no evento que reuniu comunicadores, padres, religiosos, convidados e entrevistados, aconteceu o pré-lançamento do primeiro episódio: “Da Itália à Nova Pátria, a fé dos imigrantes”. A filmagem foi apresentada na tela e, ao mesmo tempo, disponibilizada nas redes sociais da Diocese de Caxias do Sul. O episódio pode ser acessado em: https://youtu.be/91W1K4WuQYA?si=k5G66nEHnf46Ivsm 

•05 de setembro: Ep. 01 – Da Itália à Nova Pátria, a fé dos imigrantes

•08 de setembro: Ep. 02 – 90 anos: como tudo começou...

•25 de setembro: Ep. 03 – Pastores segundo o coração de Deus

•12 de outubro: Ep. 04 – Vocações para formar Igreja e sociedade

•23 de outubro: Ep. 05 – Educar, conectar e comunicar

•06 de novembro: Ep. 06 – Mãos que evangelizam também cuidam

•20 de novembro: Ep. 07 – Mãos que cuidam e promovem a vida

•04 de dezembro: Ep. 08 – Arte e cultura como expressão de fé

•18 de dezembro: Ep. 09 – 90 anos, e agora? Comunhão, participação e missão

A Pastoral da Comunicação da Diocese de Caxias do Sul, está caminhando em comunhão com toda a Igreja. E, a partir do pedido do Papa Francisco de não esquecer quem nos transmitiu a fé, o subgrupo responsável pela produção pensou em celebrar os 90 anos da Diocese com uma série documental em vídeo, que recolhesse a história e as memórias de tanta gente que construiu essas nove décadas.

E assim se fez: em outubro de 2023, a Pascom reuniu pessoas de diversas áreas do conhecimento, ex-padres, historiadores, padres e fiéis leigos para que ajudassem o grupo a pensar na produção audiovisual. E esse grupo pensou, sugeriu, ponderou e pontuou. Para operacionalizar as gravações e edições, a Diocese contratou a Finis Comunicação. Foram realizadas mais de 30 entrevistas ao longo do mês de julho de 2024, em diversos locais e com diversas perspectivas da importância da Igreja: a visão acadêmica, a abordagem pastoral e os testemunhos.

Numa dessas reuniões da equipe foi recordada a existência de filmes antigos, em rolo, guardados no Museu Diocesano Dom José Barea. Assim, com a colaboração do Instituto Memória Histórica e Cultural da Universidade de Caxias do Sul (IMHC-UCS), foram digitalizadas as películas e descobertas preciosidades. Que preciosidades são essas? Só uma para despertar curiosidade: a gravação do Congresso Eucarístico Diocesano de 1948, que o IMHC data como o segundo filme mais antigo da cidade.

Fazem parte desta comissão que pensou esta série documental dos 90 anos:

•Pe. Álvaro Pinzetta

•Angélica Stefanski

•Anthony Beux Tessari

•Daniel Schüur

•Felipe Padilha

•Ivo Adamatti

•Pe. Kleiton Pena

•Rosalina Cassol Schvarstzhaupt

•Rudinei Zorzo

Ao final da coletiva de imprensa, o mestre em História da Igreja, cujo campo de pesquisa é a História da Diocese, padre Álvaro Luiz Pinzetta, fez uma breve recordação histórica dos fatos que antecederam a criação da Diocese de Caxias, em 08 de setembro de 1934. Logo depois, todos puderam confraternizar num coffee break oferecido pela Panificadora Rio Branco.

Fonte: Diocese de Caxias do Sul

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O Papa: lançar corajosamente as redes do Evangelho no meio do mar do mundo

Em sua homilia, na missa celebrada no Estádio Gelora Bung Karno, em Jacarta, Francisco citou duas atitudes fundamentais que o encontro com Jesus nos convida a viver e que nos tornam seus discípulos: escutar a Palavra e viver a Palavra.

Mariangela Jaguraba - Vatican News

O Papa Francisco celebrou a primeira missa pública de sua 45ª Viagem Apostólica Internacional, no Estádio Gelora Bung Karno, em Jacarta, na Indonésia, nesta quinta-feira (05/09).

Francisco iniciou sua homilia, citando duas atitudes fundamentais que o encontro com Jesus nos convida a viver e que nos tornam seus discípulos: escutar a Palavra e viver a Palavra.

Escutar a Palavra. O evangelista Lucas conta que muitas pessoas acorriam a Jesus e que a multidão se comprimia à volta dele «para escutar a palavra de Deus». Procuravam-no, tinham fome e sede da Palavra do Senhor, que ouviam ressoar nas palavras de Jesus.

Palavra de Deus, única bússola para o nosso caminho

Por isso, este episódio, que se repete tantas vezes no Evangelho, nos diz que o coração do homem está sempre à procura de uma verdade que possa aplacar e alimentar o seu desejo de felicidade; que não podemos contentar-nos apenas com as palavras humanas, os critérios deste mundo e os juízos terrenos.

“Precisamos sempre de uma luz do alto para iluminar os nossos passos, de uma água viva que possa irrigar os desertos da alma, de uma consolação que não desiluda porque provém do céu e não das coisas passageiras deste mundo.”

"Perante o entontecimento e a vaidade das palavras humanas, faz falta a Palavra de Deus, a única que é bússola para o nosso caminho e é capaz de, no meio de tantas feridas e perplexidades, nos reconduzir ao verdadeiro sentido da vida", disse ainda o Papa.

Segundo Francisco, "a primeira tarefa do discípulo não é vestir o hábito de uma religiosidade exteriormente perfeita, fazer coisas extraordinárias ou envolver-se em projetos grandiosos. Pelo contrário, o primeiro passo consiste em saber escutar a única Palavra que salva, que é a de Jesus, como podemos ver no episódio evangélico, o Mestre sobe para a barca de Pedro a fim de se afastar um pouco da margem e, assim, pregar melhor ao povo. A nossa vida de fé começa quando, acolhendo humildemente Jesus na barca da nossa vida, lhe damos espaço, escutamos a sua Palavra e, por ela, nos deixamos interpelar, estremecer e transformar".

Ousar uma vida nova

Ao mesmo tempo, a Palavra do Senhor pede para ser encarnada concretamente em nós: somos chamados a viver a Palavra. Quando terminou de pregar às multidões a partir da barca, Jesus dirige-se a Pedro, exortando-o a arriscar e a apostar nesta Palavra: «Faz-te ao largo; e vós, lançai as redes para a pesca».

A Palavra do Senhor não pode permanecer uma linda ideia abstrata ou suscitar apenas a emoção de um momento; ela exige-nos que mudemos o olhar, que deixemos o coração transformar-se à imagem do coração de Cristo; ela nos chama a lançar corajosamente as redes do Evangelho no meio do mar do mundo, “correndo o risco” de viver o amor que Ele nos ensinou e viveu em primeiro lugar.

“Também a nós o Senhor, com a força ardente da sua Palavra, nos pede para avançar para águas mais profundas, para sairmos das margens estagnadas dos maus hábitos, dos medos e da mediocridade, para ousarmos uma vida nova.”

Ter a mesma humildade e fé de Pedro

De acordo com Francisco, "existem sempre obstáculos e desculpas no sentido de dizermos “não”; mas olhemos de novo para a atitude de Pedro: tinha vindo de uma noite difícil, em que não tinha pescado nada, estava cansado e desiludido, e no entanto, em vez de ficar paralisado naquele vazio e bloqueado pelo seu próprio fracasso, diz: «Mestre, trabalhamos durante toda a noite e nada pescamos; mas, porque Tu o dizes, lançarei as redes». Porque Tu o dizes, lançarei as redes. E então se realiza o inaudito: o milagre de uma barca que se enche de peixes a ponto de quase afundar".

Irmãos e irmãs, perante as muitas tarefas da nossa vida quotidiana; perante o apelo, que todos sentimos, de construir uma sociedade mais justa, de avançar no caminho da paz e do diálogo – que aqui na Indonésia já foi traçado há muito tempo –, podemos por vezes julgar-nos inadequados, sentir o peso de tanto esforço que nem sempre dá os frutos esperados, ou o peso dos nossos erros que parecem impedir o caminho.

“Mas, com a mesma humildade e fé de Pedro, também nos é pedido para não ficarmos prisioneiros dos nossos fracassos e, em vez de permanecermos com os olhos fixos nas nossas redes vazias, olharmos para Jesus e confiarmos nele.”

Podemos sempre arriscar, avançando-nos ao mar e lançando de novo as redes, mesmo depois de termos atravessado a noite do fracasso, o tempo da desilusão, em que não pescamos nada.

Percorrer com confiança o caminho do diálogo

O Papa citou as palavras de Santa Teresa de Calcutá, cuja memória celebramos hoje, que se dedicou incansavelmente aos mais pobres e se tornou uma promotora da paz e do diálogo: “Quando nada tivermos para dar, demos esse nada. E lembra-te: nunca te canses de semear, mesmo se não vieres a colher nada”.

Francisco exortou os indonésios a ousarem sempre o sonho da fraternidade que é "um verdadeiro tesouro" entre eles. "Com a Palavra do Senhor encorajo-vos a semear o amor, a percorrer com confiança o caminho do diálogo, a praticar continuamente a bondade e amabilidade com o sorriso que vos caracteriza, a serem construtores de unidade e de paz. Sede construtores de esperança, daquela esperança do Evangelho que não desilude e abre a uma alegria sem fim", concluiu.

Fonte: Vatican News

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Francisco: que as religiões ajudem a sociedade a superar a violência e a indiferença

Nesta quinta-feira, 05/09, o Papa visitou a Mesquita Istiqlal em Jacarta, na Indonésia, para um encontro inter-religioso. O Pontífice destacou em seu discurso o "grande dom" do povo indonésio de trabalhar pelo diálogo, respeito mútuo e convivência harmoniosa aos quais todos somos chamados.

O Papa Francisco iniciou o terceiro dia de sua viagem apostólica à Ásia e Oceania na manhã desta quinta-feira, 5 de setembro, com uma visita à Mesquita Istiqlal, localizada em Jacarta, capital da Indonésia, para um encontro inter-religioso na maior mesquita do sudeste asiático. O Grande Imã, Dr. Nasaruddin Umar, recebeu o Santo Padre e no evento também foi assinada a Declaração Conjunta de Istiqlal 2024, que destaca que os valores comuns a todas as tradições religiosas devem ser efetivamente promovidos para "derrotar a cultura da violência e da indiferença" e promover a reconciliação e a paz.

O caminho comum rumo à luz

Após a chegada do Santo Padre, diante do "túnel da amizade" que liga a Mesquita à Catedral de Nossa Senhora da Assunção, símbolo de fraternidade entre as religiões, Francisco, em uma saudação, pronunciou as primeiras palavras de reconhecimento do caminho comum que a sociedade indonésia percorre “rumo à plena luz”. Um percurso que ocorre também graças a essa passagem subterrânea, iluminada pela amizade, pela concórdia e pelo apoio mútuo.

"Perante tantos sinais de ameaça, face aos tempos sombrios, contrapomos o sinal da fraternidade que, acolhendo o outro e respeitando a sua identidade, o incentiva a percorrer um caminho comum, feito de amizade e rumo à luz."

Anseio pelo infinito 

Em seguida, sob uma tenda do lado de fora da Mesquita, um trecho do Alcorão cantado por uma jovem com deficiência visual e a leitura de um texto do Evangelho introduziram o encontro. Em seu discurso, o Papa agradeceu ao Grande Imã por sua cordialidade e hospitalidade, e por lembrar a todos como este local de culto e oração é "uma grande casa para a humanidade", onde as pessoas podem tirar um tempo para se lembrar do "anseio pelo infinito" que carregamos em nossos corações e da necessidade de "buscar um encontro com o divino e experimentar a alegria da amizade com os outros".

Cultivar a harmonia

O Papa prestou homenagem ao "grande dom" dos indonésios em seu trabalho de promover o "diálogo, o respeito mútuo e a convivência harmoniosa entre religiões e diferentes sensibilidades espirituais". E afirmou que a história da Mesquita é um testemunho desses esforços, recordando que um arquiteto cristão local, Friedrich Silaban, venceu o concurso de design para sua construção. Francisco encorajou-os a cultivar esse dom todos os dias, "para que as experiências religiosas possam ser pontos de referência para uma sociedade fraterna e pacífica".

Encontro e diálogo

O "Túnel da Amizade" que conecta a Mesquita Istiqlal e a Catedral de Santa Maria da Assunção também representa "um sinal eloquente", observou o Papa, pois esses dois locais de culto não apenas se enfrentam, mas estão ligados um ao outro, permitindo "encontro e diálogo, uma verdadeira experiência de fraternidade". Segundo Francisco, cada um de nós, em nossa jornada espiritual, deve caminhar em busca de Deus e contribuir para construir sociedades abertas, fundadas no respeito recíproco e no amor mútuo, capazes de se proteger contra a rigidez, o fundamentalismo e o extremismo, que são sempre perigosos e nunca justificáveis".

O "caminho comum da amizade" empreendido com o incentivo dos líderes religiosos e apoiado pelos líderes civis e políticos reflete "a bela disposição do povo indonésio", observou o Papa. E nesse caminho  devemos "sempre olhar com profundidade" para que possamos realmente encontrar "o que nos une, apesar de nossas diferenças".

"A raiz comum a todas as sensibilidades religiosas, é uma só: a procura de um encontro com o divino, a sede de infinito que o Altíssimo colocou no nosso coração, a busca de uma alegria maior e de uma vida mais forte do que qualquer morte, que anima o caminho da nossa existência e nos impele a sair de nós mesmos para ir ao encontro de Deus."

O Papa enfatizou que, ao olhar mais profundamente para nossas vidas, podemos apreciar que, à luz da comum "sede do infinito", podemos descobrir como somos todos irmãos e irmãs, "todos peregrinos, todos a caminho de Deus, além do que nos diferencia".

Cultivar laços de amizade

Francisco sublinhou ainda a importância de preservar os laços de amizade, concentrando-se no que nos une em meio à riqueza de nossa diversidade, enquanto "buscamos a verdade juntos" e podemos aprender com as tradições religiosas uns dos outros e nos unir "para atender às nossas necessidades humanas e espirituais". Também podemos perseguir os mesmos objetivos juntos, observou o Papa, como defender a dignidade humana, ajudar os pobres, promover a paz e proteger o meio ambiente.

Chamados a promover os bons valores

Ao concluir,  Francisco disse que "promover a harmonia religiosa em prol da humanidade" é o nosso chamado comum e o título da declaração conjunta acabada de ser assinada. Ao fazê-lo, podemos responder juntos às crises, guerras e conflitos que causam tanto sofrimento, "infelizmente causados, às vezes, pela manipulação da religião". Ao promover efetivamente os valores comuns a todas as tradições religiosas, podemos trabalhar para "derrotar a cultura da violência e da indiferença... e promover a reconciliação e a paz", disse o Papa, citando a Declaração Conjunta de Istiqlal.

"A Indonésia é um grande país, um mosaico de culturas, de etnias e tradições religiosas, uma riquíssima diversidade, que se reflete também na variedade do ecossistema e do ambiente circundante. E se é verdade que hospedam a maior mina de ouro do mundo, saibam que o tesouro mais precioso é a vontade de que as diferenças não se tornem motivo de conflito, mas se harmonizem na concórdia e no respeito mútuo. Harmonia, é isso que vocês fazem. Não percam esse dom! 'Bhinneka Tunggal Ika', unidos na diversidade."

Fonte: Vatican News

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Declaração de Istiqlal: promover a harmonia religiosa para o bem da humanidade

No encontro inter-religioso na Mesquita Istiqlal, em Jacarta, o Papa e o Grande Imã assinaram uma declaração conjunta. O documento se centraliza no compromisso de todos os crentes contra a violência e sobre o papel das religiões na promoção da paz e da harmonia.

Vatican News

O nosso mundo está enfrentando duas graves crises: “a desumanização e a mudança climática”. Esse é o ponto de partida para a Declaração conjunta de Istiqlal 2024, um documento que o Papa Francisco e o Grande Imã, prof. Nasaruddin Umar, assinaram no contexto do encontro inter-religioso na Grande Mesquita de Jacarta. A Declaração observa com amargura que “a religião é frequentemente instrumentalizada”, causando sofrimento a muitos em um mundo cada vez mais marcado pelas violências. Em seguida é reiterado que o papel das religiões deve “incluir a promoção e a salvaguarda da dignidade de toda vida humana” e certamente não o contrário. Ao mesmo tempo, denuncia o abuso da criação, da “nossa casa comum” com “consequências destrutivas como os desastres naturais” e o aquecimento global que fazem da crise ambiental “um obstáculo à coexistência harmoniosa dos povos”.

A resposta das religiões às crises de nosso tempo

A Declaração indica, portanto, quais respostas as religiões, por meio de um compromisso comum, podem dar a essas graves crises de nosso tempo. E revelam que uma contribuição pode ser oferecida pelo “princípio filosófico indonésio de Pancasila”. O Papa e o Grande Imã insistem em direcionar os valores religiosos “para a promoção de uma cultura de respeito, dignidade, compaixão, reconciliação e solidariedade fraterna para superar tanto a desumanização quanto a destruição ambiental”. Uma tarefa especial, diz o documento, cabe aos líderes religiosos, que devem trabalhar juntos para o bem da humanidade.

O diálogo inter-religioso deve ser cada vez mais valorizado

“Como existe uma única família humana global”, diz a Declaração conjunta de Istiqlal, ‘o diálogo inter-religioso deveria ser reconhecido como uma ferramenta eficaz para a resolução de conflitos locais, regionais e internacionais, especialmente aqueles causados pelo abuso da religião’. Portanto, o documento se conclui com um apelo a todas as pessoas de boa vontade para que “preservem a integridade do ecossistema” a fim de transmitir os recursos herdados às gerações futuras.

Fonte: Vatican News

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Francisco em Jacarta com os que sofrem: membros mais preciosos desta Igreja

No final da manhã desta quinta-feira (05/09), na nova sede da Conferência Episcopal da Indonésia, o Papa se reuniu com uma centena de pessoas doentes, deficientes e pobres assistidos por várias organizações de caridade, descrevendo-as como “pequenas estrelas brilhantes no céu deste arquipélago”.

Alessandro Di Bussolo – Vatican News

“Vocês são pequenas estrelas brilhantes no céu deste arquipélago, os membros mais preciosos desta Igreja”. É assim que o Papa Francisco, com delicadeza e proximidade, saudou uma centena de doentes, pessoas com deficiência e pobres assistidos pelas realidades caritativas da Igreja indonésia, no final da manhã desta quinta-feira, em Jacarta, na nova sede da Conferência Episcopal. O Pontífice parabenizou Mikahil, um jovem com autismo leve que foi selecionado no contingente de Jacarta Oriental para os Jogos Paraolímpicos de Natação, e pediu aplausos para todos, porque “somos chamados todos juntos a nos tornarmos campeões do amor nas grandes Olimpíadas da vida”. Em seguida, desejou felicidades a uma mãe idosa “que não pôde vir, ela está de cama, mas hoje ela completa 87 anos!” e para ela também pede aplausos, apontando para a cadeira de rodas na primeira fila, com a foto da mulher.

As necessidades das periferias

Momentos de um encontro que durou menos de uma hora, após a longa etapa inter-religiosa na mesquita de Jacarta. O Papa chegou às 10h45, em Jacarta, e foi recebido pelo presidente da Conferência Episcopal da Indonésia, dom Antonius Franciskus Subianto Bunyamin, de Bandung, e pelo cardeal Ignatius Suharyo. Na nova sede, no centro de Jacarta, inaugurada e abençoada em 15 de maio deste ano, Francisco foi acompanhado até o oitavo andar, na Henry Soetio Hall. Ali, dom Subianto o saudou, lembrando-o de que “sua vida e seu trabalho refletem a compaixão de Jesus por nós, especialmente por meio de seu cuidado para com nossos irmãos e irmãs que são pobres, fracos, marginalizados e sofredores”. Ele acrescentou que, para celebrar o 100º aniversário da Conferência dos Bispos Católicos da Indonésia, a Igreja local está se concentrando nas “necessidades daqueles que estão nas periferias”.

O testemunho de Mimi

Ao lado do bispo, Mimi Lusli, que perdeu a visão aos 17 anos, contou ter encontrado o conforto na Via Sacra, onde conheceu Jesus, que “não me abandonou, mas me ensinou a navegar pela vida sem minha visão física”. Ela o chama de “nosso farol de esperança” e diz ter certeza de que “Deus criou os seres humanos com capacidades únicas para enriquecer a diversidade do nosso mundo, e a deficiência é apenas um desses aspectos únicos”. Ela enfatizou que o papel da Igreja “é crucial para garantir a dignidade da pessoa humana” e, portanto, como católicos, devemos assumir a responsabilidade e “apoiar ativamente os direitos dos deficientes”. Mas a presença e a compaixão do Papa, concluiu, “nos asseguram que nunca seremos esquecidos”.

A história de Mikail

Mikail Andrew Nathaniel, de 18 anos, foi diagnosticado com transtorno do espectro do autismo e deficiência intelectual leve. Ele tenta falar sem ler o discurso preparado, mas depois pede ajuda com as anotações preparadas. Diz a Francisco que “meus pais me amam incondicionalmente” e “me oferecem o melhor terapeuta e especialista da cidade”. Mikail quer ser uma pessoa independente, portanto, além de ser selecionado no contingente de Jacarta Oriental para os Jogos Paraolímpicos de Natação, ele diz que está fazendo um curso de barman e está tomando aulas de violão e bateria.

A riqueza da diversidade

Em sua saudação, Francisco enfatizou que “é muito bonito que os bispos indonésios tenham escolhido celebrar o 100º aniversário de sua Conferência Nacional” com os doentes, as pessoas com deficiência e os pobres. Ele disse que compartilha plenamente o que Mimi disse: “Deus criou os seres humanos com capacidades únicas para enriquecer a diversidade do nosso mundo.

“E ela mesma nos mostrou isso ao falar maravilhosamente de Jesus, “nosso farol de esperança”, disse ela. E obrigado por isso. Enfrentar as dificuldades juntos, todos dando o melhor de si, cada um trazendo sua contribuição única, nos enriquece e nos ajuda a descobrir, dia após dia, o quanto é valioso estarmos juntos, no mundo, na Igreja, na família”.

A importância do amor recíproco

Todos nós precisamos uns dos outros, concluiu o Pontífice, “e isso não é uma coisa ruim: isso nos ajuda, de fato, a entender cada vez melhor que o amor é a coisa mais importante em nossa existência, a perceber quantas pessoas boas existem ao nosso redor”. Em seguida, nos lembra “do quanto o Senhor ama a todos nós, além de todas as limitações e dificuldades. Cada um de nós é único aos Seus olhos, aos olhos do Senhor, e Ele nunca se esquece de nós: nunca. Lembremo-nos disso, para manter viva a nossa esperança e nos comprometermos, sem nunca nos cansarmos, a fazer de nossas vidas um presente para os outros”.

O encontro terminou com a oração recitada pelo carmelita Henricus Pidyarto, bispo responsável pela Comissão Litúrgica. “Ofereças ao teu povo uma compaixão sem limites”, recitou o prelado, ”para que eles possam reconhecê-lo como um Pai que nos ama incondicionalmente. Vem misericordiosamente em nosso auxílio, te pedimos, para que, recebendo de ti a alegria do Evangelho, possamos servir nossos irmãos e irmãs fracos, marginalizados, sofredores, deficientes, doentes e abandonados.

O Pontífice doou à Conferência Episcopal da Indonésia um grande ícone da Virgem “Portaitissa”, uma representação especial da Virgem Maria “Odighitria” - que em grego significa “Aquela que mostra o caminho” - e que tradicionalmente mostra Maria segurando o Menino Jesus com o braço esquerdo, apontando para ele com a mão direita. E antes de deixar o Henry Soetio Hall, assinou a placa de mármore da sede da Conferência Episcopal. Em seguida, cumprimentou e abençoou pessoalmente todos os presentes. 

Fonte: Vatican News

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Simpósio dez anos após encontro dos Movimentos Populares com o Papa

Representantes das várias organizações de trabalhadores marginalizados e de pessoas em dificuldade, que se reuniram em torno de Francisco em outubro de 2014 sob o grito dos “3Ts” (teto, terra e trabalho), retornam ao Vaticano para discutir o caminho que percorreram nestes anos. O evento é promovido pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral

Vatican News

Um “marco”, aqueles “3Ts”, “teto, terra e trabalho” que o Papa “que tinha vindo do outro lado do mundo” apenas um ano e meio antes - e que conhecia bem essa realidade - declinou no longo discurso que fez na Sala antiga do Sínodo. À sua frente, naquele 28 de outubro de 2014, estavam os representantes dos Movimentos Populares dos cinco continentes que participavam de seu Encontro Mundial. Categorias pertencentes àquela “cultura do descarte” - trabalhadoras e trabalhadores precários, operários, camponeses sem proteção, migrantes e assim por diante - que Francisco havia começado a destacar como um dos pilares de seu magistério.

Solidariedade contra a desumanização

Dez anos mais tarde, o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, juntamente com o EMMP, Encontro Mundial dos Movimentos Populares, pretende celebrar o aniversário e, sobretudo, avaliar o caminho percorrido desde o primeiro até o quarto encontro mundial com um simpósio programado para 20 de setembro, às 10h, no Vaticano. O título do encontro será “Levantar a bandeira contra a desumanização”, e são esperados vários representantes de Movimentos Populares e expoentes eclesiais, incluindo o prefeito do Dicastério organizador, cardeal Michael Czerny, e os líderes do núcleo fundador do EMMP, Juan Grabois, Xaro Castelló e João Pedro Stedile.

Bandeira da justiça social

Para a ocasião, explica uma nota, haverá também a apresentação de um volume que reúne as mensagens que o Papa Francisco - cuja mensagem aos participantes do simpósio está prevista - dirigiu aos Movimentos Populares “e outros textos que destacam os “3Ts’”. O aniversário, que também contará com a publicação de um vídeo comemorativo, representa, para os organizadores, “uma boa ocasião para refletir sobre o caminho percorrido durante este período com companheiros e companheiras de todo o mundo, levantando a bandeira da justiça social e da paz na nossa casa comum”. O simpósio poderá ser acompanhado no canal do YouTube do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral.

Fonte: Vatican News

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Santa Sé na ONU: apelo urgente contra os testes nucleares

Durante a Reunião Plenária de Alto Nível da Assembleia Geral para comemorar e promover o Dia Internacional contra Testes Nucleares (IDANT), realizada nesta quarta-feira, 04/09, o observador permanente da Santa Sé, dom Gabriele Caccia, reiterou a posição do Vaticano sobre a urgente necessidade de cessar os testes nucleares, ecoando as palavras de um apelo recente do Papa Francisco: a eliminação total das armas nucleares é tanto um desafio quanto um imperativo moral e humanitário.

Thulio Fonseca - Vatican News

Desde o início da era nuclear, marcado pelo primeiro teste em 16 de julho de 1945, mais de 2000 testes foram conduzidos, causando impactos significativos na terra, nos oceanos, no subsolo e no ar. Deslocamento de pessoas, contaminação de alimentos e água, interrupção da conexão espiritual das pessoas com a nossa casa comum, a Terra, e problemas de saúde intergeracionais estão entre os imensos desastres causados por esses testes. Povos indígenas, mulheres, crianças e os não nascidos são desproporcionalmente afetados pelos efeitos adversos de tais testes. Foram os temas abordados pelo arcebispo Gabriele Caccia, observador permanente da Santa Sé na ONU, durante a Reunião Plenária de Alto Nível da Assembleia Geral para comemorar e promover o Dia Internacional contra Testes Nucleares (IDANT), realizada nesta quarta-feira, 04 de setembro.

As terríveis consequências dos testes nucleares

As terríveis consequências da guerra nuclear, incluindo os graves riscos de precipitação nuclear e acidentes catastróficos, tornaram-se ainda mais evidentes com o advento de armas nucleares mais destrutivas. À luz da crescente ameaça representada pelo uso de armas nucleares e do aumento concomitante das despesas militares, o 15º aniversário do Dia Internacional contra Testes Nucleares proporciona uma oportunidade para enfatizar a necessidade de um compromisso global reforçado para o fim dessa prática perigosa.

O arcebispo Caccia destacou as palavras do Papa Francisco, que afirmou que "o objetivo final da eliminação total das armas nucleares torna-se tanto um desafio quanto um imperativo moral e humanitário". De fato, os Estados têm a obrigação moral de reconstruir as vidas daqueles afetados pelos testes nucleares, ao mesmo tempo em que protegem o meio ambiente para as gerações futuras. Somente por meio de um esforço colaborativo pode-se forjar um mundo livre de armas nucleares. Isso exige cooperação internacional e compromisso com os tratados de desarmamento, bem como a provisão de recursos e apoio às comunidades afetadas.

O papel dos tratados de desarmamento nuclear

Para alcançar esse objetivo ambicioso, é essencial que o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT) seja implementado e que o Sistema Internacional de Monitoramento e todos os mecanismos de verificação associados sejam totalmente implementados. Além disso, o fortalecimento da proibição de testes explosivos nucleares, conforme delineado no Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares (TPNW), é de suma importância.

Apelo final por um mundo pacífico

Concluindo seu discurso, dom Caccia citou novamente o Papa Francisco: “A dissuasão nuclear e a ameaça de destruição mútua assegurada não podem ser a base para uma ética de fraternidade e coexistência pacífica entre povos e estados. A juventude de hoje e de amanhã merece muito mais. Eles merecem uma ordem mundial pacífica baseada na unidade da família humana, fundamentada no respeito, cooperação, solidariedade e compaixão. Agora é o momento de contrariar a lógica do medo com a ética da responsabilidade, e assim promover um clima de confiança e diálogo sincero.”

Fonte: Vatican News

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Igreja na Indonésia: pequena semente chamada a ser fermento para o mundo

Assim se expressou à Rádio Vaticano o indonésio Padre Franz Cornelius Liman, missionário da Congregação do Imaculado Coração de Maria (CICM) sobre a Igreja na Indonésia, Comunidade muito pequena mas que pode ser sal e fermento para o mundo.

P. Bernardo Suate – Jacarta (Indonésia), para o Vatican News

O Padre Francisco falava no âmbito do encontro que o Papa Francisco realizou, na tarde desta quarta-feira, 4 de setembro, na Catedral de Nossa Senhora da Assunção em Jacarta, com a Igreja de Deus na Indonésia representada pelos seus Bispos, Sacerdotes, Diáconos, Consagrados/as, Seminaristas e Catequistas.

Papa Francisco encontrea a Igreja indonésia

Durante o encontro, Dom Antonius Subianto Bunjamin, OSC, Bispo de Bandung e Presidente da Conferência Episcopal da Indonésia, na sua saudação, agradeceu a presença do Papa Francisco que, disse, traz esperança não só para a comunidade católica indonésia, composta por 37 dioceses e 1 Ordinariato Militar, mas também para a diversificada nação indonésia de cerca de 1300 etnias e povos. O prelado agradeceu igualmente ao Papa pela sua caridade de Pastor que, por vezes, caminha atrás de nós para nos encorajar, outras vezes ao nosso lado para nos inspirar e, quando necessário, à nossa frente para ser um exemplo de como devemos caminhar para a santidade.

Seguiram-se os testemunhos do Padre Maxi Un Bria, Presidente da Federação Indonésia dos Sacerdotes Diocesanos, da Irmã Rina Rosalina, das Clarissas Missionárias do Santíssimo Sacramento, e de  dois leigos catequistas, após os quais Francisco reafirmou a importância destes na vida da Igreja: “a Igreja vai para frente pelos catequistas, e depois estão as Irmãs, sacerdotes e Bispos – porque a fé transmite-se em casa, em dialecto”, enfatizou o Papa que também agradeceu o bom trabalho que fazem.

Sobre este encontro do Papa Francisco com os Bispos e outros membros da Igreja na Indonésia, em entrevista à Rádio Vaticano – Vatican News, o Padre Liman, missionário indonésio da Congregação do Imaculado Coração de Maria (CICM), manifestou sua felicidade pela visita tanto tempo esperada do Papa Francisco. “Estamos muito alegres porque estávamos à espera dele desde o tempo do Covid-19, pois durante o Covid ele não nos visitou, e agora ele pode nos visitar” – disse, emocionado o sacerdote indonésio, missionário durante 4 anos no Brasil nos anos da década de 1990.

Muçulmanos podem sentir a sinceridade do Papa, a paz do coração e a sua compaixão

E Padre Cornelius Liman quis ler o parecer de muçulmanos por ele conhecidos quanto à visita do Santo Padre: “Somos muçulmanos, ficamos com orgulho, alegria, porque o Papa nos visita; ele é muito bom, tem coração, podemos sentir a sua sinceridade”. Eles, portanto, podem sentir a sinceridade do Papa, a paz do coração e a sua compaixão, enfatizou o Padre Francisco.

Pequena semente, que pode ser sal e fermento para o mundo

Ainda sobre o encontro desta tarde e a mensagem de Francisco à Igreja na Indonésia, o sacerdote reafirmou que este é um País muito plural, onde convivem muitas pessoas de diferentes religiões: “os católicos só são 3% e os muçulmanos entre 80 e 90%, ressaltou o Padre Francisco, acrescentando: “somos uma comunidade muito pequena e a mensagem do Papa é muito importante para nós, porque ele fala sobre fraternidade, solidariedade e de como nós somos uma pequena semente mas podemos ser sal e fermento para o mundo – esta é a esperança do nosso povo”.

E o sacerdote concluiu com uma mensagem de agradecimento ao Papa pela visita ao País. “Estamos muito contentes e com muita alegria porque podemos ver a ele pessoalmente – eu senti a sua fé, o seu carinho e o seu amor por nós”, concluiu dizendo o Padre Francisco.

Fonte: Vatican News

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Dom Saburido é agraciado com a medalha Dom Helder Camara de Direitos Humanos

“Muito cedo, dom Helder compreendeu que a vocação cristã e a missão da Igreja não é apenas religiosa e sim de vida. Junto com todos os irmãos e irmãs da humanidade, somos chamados a transformar esse mundo”, afirmou dom Saburido ao receber a medalha. Ele esteve à frente da Arquidiocese de Olinda e Recife de 2009 a 2023 e durante esse período conduziu iniciativas de promoção aos direitos humanos. Entre as obras do arcebispo estão a implantação de unidades da Fazenda da Esperança e a Casa do Pão

Vatican News

O arcebispo emérito da Arquidiocese de Olinda e Recife (PE), dom Fernando Saburido, foi agraciado com a medalha Dom Helder Camara de Direitos Humanos. A homenagem da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE) foi realizada na quinta-feira (29/08), durante o encerramento da II Semana de Direitos Humanos Dom Helder Camara promovida pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap).

A solenidade foi prestigiada pelo atual arcebispo da Igreja pernambucana e segundo vice-presidente da CNBB, dom Paulo Jackson. Em seu discurso de agradecimento, dom Fernando saudou o sucessor e outras autoridades presentes, e lembrou a missão de dom Helder.

 “Muito cedo, dom Helder compreendeu que a vocação cristã e a missão da Igreja não é apenas religiosa e sim de vida. Junto com todos os irmãos e irmãs da humanidade, somos chamados a transformar esse mundo”, afirmou.

Dom Fernando esteve à frente a Arquidiocese de Olinda e Recife de 2009 a 2023 e durante esse período conduziu iniciativas de promoção aos direitos humanos. Entre as boas obras do arcebispo estão a implantação de unidades da Fazenda da Esperança e a Casa do Pão, além da promoção de inúmeras campanhas de ajuda aos mais vulneráveis.

“Recebo humildemente a honrosa medalha dom Helder Camara. Não se trata de deferência à minha pessoa, mas ao conjunto de inumeráveis irmãos e irmãs que estiveram comigo durante os 14 anos em que estive à frente dessa amada Igreja de Olinda e Recife. Na verdade, isto só me serve de estímulo para continuar firme, enquanto força tiver, na luta contra toda e qualquer desigualdade, em vista da prática da justiça e do bem comum”, disse dom Fernando.

(Fonte – CNBB NE2) - Fonte: Vatican News

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Dom Mokrzycki: rezemos em solidariedade a quem sofre na Ucrânia

O arcebispo de Lviv dos Latinos foi ao local do ataque de terça-feira (03/09) à noite em Lviv, no qual 7 pessoas morreram, entre elas, algumas crianças. “Vamos nos unir em oração porque Deus, a qualquer momento, pode mudar a nossa história”.

Svitlana Dukhovych e Beata Zajaczkowska - Vatican News

Após o ataque de terça-feira, 3 de setembro, no qual a Rússia atingiu um instituto de treinamento militar e um hospital em Poltava (capital de uma região central da Ucrânia) com mísseis balísticos, quando 53 pessoas morreram e 271 ficaram feridas, em outro ataque com mísseis, na madrugada de desta quarta-feira, 4 de setembro, os russos atingiram Lviv, oeste do país. Sete pessoas perderam a vida, entre elas, 3 crianças.

O prefeito de Lviv, Andriy Sadovyi, postou uma foto de uma família no Telegram, escrevendo que o homem, o único sobrevivente, estava gravemente ferido. A esposa dele, Yevhenia, e as três filhas, Yaryna, de 21 anos; Daria, de 18 anos; e a caçula Emilia, morreram no ataque à sua casa. A Universidade Católica de Lviv divulgou uma postagem no Facebook afirmando que Daria era sua aluna, no segundo ano do programa de Estudos Culturais da Faculdade de Ciências Humanas. Dom Mieczyslaw Mokrzycki, arcebispo latino de Lviv, também foi imediatamente ao local do ataque.

O senhor foi pessoalmente ao local do ataque para dar apoio e conforto à população...

Todos os dias recebemos alarmes duas ou três vezes. Mesmo esta noite, às 4 horas da manhã, ouvimos sirenes. Geralmente não há ataques desse tipo aqui em Lviv, mas esta noite, infelizmente, mísseis caíram na cidade, perto da estação de trem. Eles destruíram dois ou três prédios onde as pessoas moravam e, infelizmente, sete pessoas morreram, incluindo três crianças. Outros prédios foram danificados, janelas, portas e muitos carros foram destruídos. As pessoas sofreram esse trauma. Eu também fui para lá. Nesta manhã, visitei duas comunidades religiosas de nossas irmãs, as Irmãs Franciscanas da Família de Maria e as Irmãs Honoratki (Pequenas Irmãs do Imaculado Coração de Maria). Até mesmo na casa delas, as janelas e portas foram destruídas. Graças a Deus, elas se esconderam no banheiro e ninguém se feriu. E as pessoas na Ucrânia passam por esses traumas todos os dias. Rezemos para que essa paz há muito desejada chegue.

O que significa para as pessoas ver e sentir o apoio dos sacerdotes e religiosos em momentos e lugares de tanta dor?

As pessoas geralmente se aproximam deles e pedem uma bênção, pedem oração e, muitas vezes, nossos soldados também pedem confissão. Mas, acima de tudo, apreciam a presença de padres e religiosos nos momentos difíceis e trágicos de suas vidas, em momentos como este. Além disso, porque muitas vezes também podemos dar a extrema-unção a pessoas que estão morrendo. Também fui ao local do ataque para estar perto de nossas freiras e assegurar-lhes que estaremos lá inclusive com ajuda material. Também falei com outras pessoas, para dar conforto e esperança.

Como estão as freiras? Elas estão muito assustadas?

Sim, até certo ponto estamos acostumados com esses alarmes, mas, desta vez, as freiras disseram que ouviram um ruído alto e depois viram uma grande luz como se fosse uma bomba nuclear. Naquele momento, elas também não tinham palavras para avisar as outras freiras. Assim, quase todas se viram no corredor e depois se esconderam no banheiro, pois não havia tempo de descer para o abrigo embaixo da casa.

Neste momento trágico, o que o senhor gostaria de dizer aos católicos de outros países do mundo?

Estamos vendo que essa guerra não é apenas entre soldados russos e ucranianos. Infelizmente, a Rússia está atacando civis para criar medo, para criar trauma em todo o país. Convidamos todos os nossos fiéis, e também as pessoas de boa vontade, a se unirem em oração para pedir a misericórdia de Deus e em solidariedade com aqueles que sofreram, com aqueles que perderam seus entes queridos, com aqueles que perderam suas casas. Pedimos, acima de tudo, que nos unamos em oração, pois sabemos que Deus pode mudar nossa história a qualquer momento. Fonte: Vatican News

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Religiosa colombiana na Indonésia: vivemos a fé com esperança e tolerância

A Irmã Ana Emilce Parra, no âmbito da visita do Papa Francisco ao país, destaca a atmosfera de harmonia e tolerância entre as religiões: “há uma convivência respeitosa”.

Johan Pacheco - Jacarta  

A Igreja na Indonésia também conta com a presença de missionários latino-americanos. A Irmã Ana Emilce Parra, natural da Colômbia e pertencente à Congregação das Servas de Maria, está realizando um trabalho missionário na Ilha de Flores, onde dirige a formação cristã de jovens e comunidades. “Aqui com muita alegria, com muita esperança, é lindo ver os jovens, com que alegria, com que emoção eles acompanham a visita do Papa”, diz a religiosa descrevendo como os moradores locais vivenciam a visita do Papa Francisco.

Na cerimônia de boas vindas, na quarta-feira (04/09), o Papa Francisco deixou uma mensagem no livro de honra dos visitantes no Palácio Presidencial Istana Merdeka, transmitindo uma bênção ao povo indonésio: “imerso na beleza desta terra, um lugar de encontro e diálogo entre diferentes culturas e religiões, desejo que o povo indonésio cresça na fé, fraternidade e compaixão. Que Deus abençoe a Indonésia”.

Comentando as primeiras atividades do Papa Francisco, a missionária também descreve a situação inter-religiosa na Indonésia com a palavra “tolerância”, referindo-se ao respeito e à convivência comum dos muçulmanos, e que são a maioria no país, com as religiões minoritárias, incluindo a católica: “há uma convivência respeitosa entre as duas religiões e as outras também. Há uma convivência respeitosa entre as duas religiões e as outras também". “A tolerância, a harmonia e a fraternidade intercultural e inter-religiosa são vividas no dia a dia e em todos os campos”, diz a Ir. Ana Emilce Parra. A religiosa, como missionária na Indonésia, agradece ao Papa por sua visita apostólica:

“Muito obrigada, de fato, do fundo do meu coração por ter colocado seus olhos neste país, porque é muito, muito difícil e muito complicado vir a este lugar. Eu o admiro porque se é tão difícil para alguém que é relativamente jovem chegar aqui, agora ele está em uma cadeira de rodas, realmente só a graça de Deus.”

Finalmente, a missionária colombiana espera que os frutos desta visita do Papa Francisco permitam o crescimento das “testemunhas do Evangelho e que continuem anunciando o amor de Deus em todos os lugares”. A Irmã Ana Emilce Parra e a Congregação Servas de Maria estão realizando uma missão pastoral e de evangelização na Ilha de Flores, na Indonésia. Fonte: Vatican News

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Transição energética na arquidiocese de Manaus: avanço na conversão ecológica

A crise climática que vive a Amazônia, que por segundo ano consecutivo sofre uma seca de graves consequências, é mais um chamado a tomarmos consciência como humanidade da necessidade de concretizar a conversão ecológica que Papa Francisco pede na encíclica Laudato si.

Padre Modino – Regional Norte 1 da CNBB

A Arquidiocese de Manaus, através da Comissão Arquidiocesana de Ecologia Integral, está promovendo uma transição energética, que pretende ser uma contribuição para a descarbonização. Uma proposta que nasce da Laudato Si´, que afirma que “tudo está conectado", e que a proteção da natureza está ligada à proteção do ser humano.

Na Laudato Si aparece o chamado à humanidade a tomar consciência da necessidade de mudanças de estilos de vida, de produção e de consumo, para combater este aquecimento ou, pelo menos, as causas humanas que o produzem ou acentuam. Uma situação que demanda o desenvolvimento de políticas capazes de fazer com que, nos próximos anos, a emissão de dióxido de carbono e outros gases altamente poluentes se reduzam drasticamente.

Na cidade de Manaus, existem 11 usinas termelétricas distribuídas por toda a cidade, operando com combustíveis fósseis, como gasolina e diesel. Pensando na urgente questão climática, a Arquidiocese de Manaus está empenhada em tornar-se sustentável no que diz respeito ao consumo energético. O projeto visa à mudança da matriz energética, com foco na descarbonização.

A proposta consiste na colocação de placas solares, uma fonte de energia limpa e renovável. O projeto busca aproveitar o alto grau de incidência solar e a luz natural que a região possui, tirando proveito ambiental dessa situação naturalmente privilegiada. Junto com isso, a Igreja de Manaus pretende avançar na conversão ecológica, promovendo uma mudança de mentalidade que leve em consideração o cuidado com a vida, a criação, o diálogo e a conexão com os problemas climáticos que afetam a humanidade.

Assumir as propostas da Laudato Si e da Laudate Deum sobre a questão da transição energética é um passo fundamental, segundo a Comissão de Ecologia Integral da arquidiocese de Manaus. O coordenador da comissão, Frei Paulo Xavier Ribeiro, destaca a parceria com a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e os aportes dos professores e professoras na comissão.

Igualmente, o frei capuchinho lembra o trabalho que existe dentro da Família Franciscana, com o departamento de Justiça, Paz e Integridade da Criação (JPIC). Os franciscanos e franciscanas são chamados “a serem proféticos ao reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) em suas fraternidades, escolas, paróquias, centros de estudos, etc., partilhando suas histórias de transição energéticas no âmbito local”, como atitude que nasce do legado franciscano, e que deve lhes levar a “exigir aos governos locais uma política adequada de transição de energia, porque o que importa é a mudança estrutural”.

Frei Paulo Xavier relata a existência de diversos projetos em andamento, que estão em fase de captação de recursos. “O desafio é imenso, a causa é nobre, precisamos nos converter”, afirma o frei capuchinho. Ele reconhece que “há muita resistência entre nós”, o que faz com que “não se consegue mudar o modo de ser e fazer na proposta de evangelização”.

A professora da UFAM y membro da Comissão de Ecologia Integral da arquidiocese de Manaus, Rosana Barbosa destaca a preocupação da Igreja de Manaus com a Casa Comum e a importância do passo dado em relação à mudança na transição energética. A professora reflete sobre os impactos negativos da ação humana com relação à natureza, especialmente as emissões de dióxido de carbono, que considera um elemento crucial para as mudanças climáticas. Em Manaus, 16 % da energia consumida é proveniente da queima de combustíveis fósseis nas termoelétricas. “Quando a Igreja se propõe a mudar sua matriz energética, ela não está pensando na questão económica, mas está pensando que a Igreja vai deixar de emitir gases de efeito estufa”, ressalta a professora, que destaca a importância dos primeiros passos dados.

Rosana Barbosa lembra o pedido do Papa Francisco de um consenso em vista da transição energética e no combate a outros fatores que contribuem com as mudanças climáticas, como é o desmatamento, o uso inapropriado dos recursos hídricos. Um empenho da Comissão de Ecologia Integral da Arquidiocese de Manaus, que mesmo com o apoio dos bispos e de muita gente, “falta informação para chegar em toda a comunidade da arquidiocese”, segundo a professora. Isso porque é “um assunto ainda desconhecido de muitos”, para muitas pessoas a ecologia integral é um assunto distante da fé, mas ela tem que caminhar junto, insiste. Para isso a comissão tem realizado atividades, cartilhas, em vista de uma mudança de comportamento mais sustentável, em que as pessoas tenham cuidado com a Casa Comum a partir de nossas pequenas ações.  Fonte: Vatican News

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"Recebemos Francisco como um pai", comenta sacerdote que nasceu na Indonésia

O Pe. Xaverius Joko compartilha a sua experiência como sacerdote católico e como filho de mãe muçulmana, a exemplo da maioria que vive a visita do Papa Francisco à Indonésia com a esperança de fortalecer a fraternidade na diversidade.

Johan Pacheco - Jacarta  

“É uma alegria poder viver a visita do Papa Francisco”, diz o padre indonésio Fransiskus Xaverius Joko Schumacher, compartilhando suas impressões sobre a visita do Papa Francisco à Indonésia, de 3 a 6 de setembro. O religioso, que pertence à Congregação do Sagrado Coração de Jesus, expressa a alegria que a nação está experimentando: “nós o recebemos como um pai de todo o povo da Indonésia e com grande alegria aqui em Jacarta”:

“Vi muitas pessoas de outras religiões participando da visita do Papa. Elas também têm uma grande alegria em conhecê-lo porque também o veem como um modelo de universalidade. Uma pessoa que pode acolher todas as pessoas, todas as religiões, toda a diversidade.”

O Papa Francisco chegou a Jacarta nesta terça-feira, 3 de setembro, e os encontros religiosos e inter-religiosos são um sinal da cultura da diversidade na nação. Muitas famílias também vivenciam essa realidade, como a do Pe. Xavirius Joko, que é filho de mãe muçulmana e pai católico - mas depois de 10 anos de casamento misto, ele se converteu ao catolicismo. "Essa é a minha grande alegria”, diz o Pe. Yoko, ”porque metade do meu sangue é muçulmano. Como minha mãe era muçulmana, depois de 10 anos de casamento misto com meu pai católico, minha mãe se converteu ao catolicismo".

O Padre Xaverius Joko está atualmente realizando seu trabalho pastoral na Colômbia, juntamente com sua comunidade religiosa. Ele espera que, como resultado dessa visita, não apenas a Indonésia, mas muitas comunidades cristãs sejam “fortalecidas na fé, na compaixão e na fraternidade”.

Fonte: Vatican News

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Em Romaria: conversa com o missionário Redentorista José Ulysses

Hóspede da Rádio Vaticano e do Programa Em Romaria o missionário José Ulysses que fala entre outras coisas sobre a acolhida dispensada aos fiéis no Santuário de Aparecida.

Silvonei José – Vatican News

O jeito acolhedor do Missionário Redentorista José Ulysses da Silva esconde a identidade de um homem determinado. 

Filho mais velho de um servente e de uma costureira, Padre Ulysses nasceu no dia 16 de novembro de 1943, em Cachoeira Paulista, São Paulo.

Com seis irmãos mais novos em casa, ele precisou começar a trabalhar cedo. Já foi engraxate, entregou marmita para operários, fazia pequenos serviços e, bom filho que sempre foi, ajudava a mãe com o dinheiro que ganhava.

Mas a vida religiosa não demorou para entrar na vida dele. Foi coroinha na igreja que frequentava e aos 11 anos de idade já sabia que seria seminarista. "Quando fui para uma romaria em Aparecida do Norte, no estado de São Paulo, com os meus pais, eu conversei com algumas freiras e elas fizeram a clássica pergunta: 'O que você quer ser quando crescer?', e eu, sem saber que não iria crescer tanto, respondi que queria ser seminarista", fala o espirituoso missionário.

Como uma pessoa que possui todo o bem no coração, padre Ulysses queria ganhar o mundo e sair em missão, daí a escolha pela Congregação Redentorista. "A vida de um missionário é feita de surpresas", revela. 

Com a simplicidade característica de um sacerdote, ele diz "já tive praticamente todos os cargos na minha congregação missionária, mas é bom que a gente exerce o cargo, passa, e você volta a ser missionário do povo. O mais gostoso ainda é sentar ali no confessionário, ficar escutando histórias trágicas, edificantes e algumas vezes até bem cômicas. É bom demais ter essa proximidade, isso preenche bem a minha vida e me satisfaz". Fonte: Vatican News

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Onu denuncia novas violações de direitos humanos na Nicarágua

Em um relatório, o Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos registra “restrições indevidas” às liberdades religiosas pelo governo de Ortega, bem como detenções arbitrárias, intimidações, maus-tratos nas prisões e ataques a povos indígenas. Preocupações com a reforma do código penal aprovada por Manágua

L’Osservatore Romano

 “Grave deterioração”. Essa é a situação dos direitos humanos na Nicarágua, de acordo com um relatório publicado na terça-feira (03/09) em Genebra, na Suíça, pelo Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que faz um retrato da situação atual no país centro-americano em comparação com o ano passado, ao mesmo tempo em que destaca como as liberdades religiosas continuaram a ser submetidas a “restrições indevidas”. No documento, a Onu registra “um aumento nos casos de detenção arbitrária, intimidação de opositores, maus-tratos em prisões e ataques contra povos indígenas”. Em particular, o documento destaca como a perseguição “de oponentes do governo” ou daqueles percebidos como “vozes dissidentes” tem se “expandido e intensificado progressivamente”. “As autoridades - diz o relatório, que se baseia em 120 entrevistas, testemunhos e reuniões - continuam a perseguir não apenas aqueles que expressam opiniões divergentes, mas também qualquer indivíduo ou organização que opere de forma independente ou que não esteja diretamente sob seu controle”, com repercussões sobre defensores de direitos humanos, mídia independente, organizações não governamentais e “qualquer outra entidade que apoie mudanças sociais ou políticas sem a supervisão do governo”.

Ademais, de acordo com dados da Onu, pelo menos 27 padres e seminaristas foram arbitrariamente presos entre outubro de 2023 e janeiro de 2024. Um grupo de 31 clérigos foi “expulso” do país depois de ser detido “por vários períodos”. Manágua, acrescenta-se, “revogou o status legal de muitas organizações religiosas”, como parte de medidas semelhantes tomadas contra várias ONGs.

 “Novas preocupações” foram levantadas pelo Escritório de Genebra sobre a reforma do Código Penal que o Parlamento da Nicarágua aprovou nas últimas horas, conforme solicitado na semana passada pelo presidente Daniel Ortega. Um dos artigos afirma que Manágua poderá processar pessoas físicas ou jurídicas, inclusive estrangeiros, que cometerem crimes fora do território nacional contra a administração pública, o Estado e as instituições, inclusive crimes de informática. A Onu, que divulgou o relatório pouco antes da aprovação da reforma, destacou o risco de que leis “tão amplas” pudessem ser usadas “para exercer mais pressão e intimidação”.

O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, solicitou, portanto, “uma mudança urgente de rumo por parte do governo”.

Fonte: Vatican News

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Ásia/Pacífico: Papua-Nova Guiné vai receber o Papa, em segunda etapa de viagem-maratona

Francisco visita país ameaçado pelas alterações climáticas e conflitos internos

O Papa vai iniciar esta sexta-feira a sua primeira visita à Papua-Nova Guiné, segunda etapa da 45ª visita apostólica e a maior do atual pontificado, que se iniciou na Indonésia.

Francisco chega a Port Moresby, capital do país, pelas 18h50 locais (09h50 em Lisboa), na terceira viagem de um Papa ao país da Oceânia, onde São João Paulo II esteve em1984 e 1995, tendo beatificado Pierre To Rot (1912-1945), mártir, morto pelos japoneses durante a II Guerra Mundial.

O país é particularmente ameaçado pelas alterações climáticas e sofre com conflitos internos, que em janeiro deste ano provocaram motins, com várias mortas.

Já em maio, deslizamentos de terra provocaram centenas de mortos e desalojados.

A Papua-Nova Guiné tem 8,24 milhões de pessoas, 30,6% dos quais católicas; a maioria da população é cristã, sobretudo protestantes.

D. John Ribat, arcebispo de Port Moresby, foi criado cardeal em 2016, o primeiro na história do país, pelo Papa Francisco.

O Papa deixa a Indonésia pelas 09h45 de sexta-feira (03h45 em Lisboa), após uma cerimónia reservada no aeroporto internacional de Jacarta.

Após um voo de 4693 km e seis horas, Francisco chega a Port Moresby pelas 18h50 (09h50 em Lisboa), sendo recebido pelo vice-primeiro-ministro da Papua-Nova Guiné.

O primeiro dia de visita não tem programa oficial, para descanso do Papa e adaptação ao novo fuso horário.

O primeiro discurso acontece no encontro com autoridades políticas e representantes da sociedade civil, pelas 10h25 (01h25 de Lisboa) de sábado; às 17h00 locais, Francisco visita crianças apoiadas pela Cáritas, antes de se reunir com representantes da comunidade católica.

O domingo começa com a Missa no Estádio “Sir John Guise”, onde se esperam cerca de 20 mil pessoas, antes de nova deslocação de quase mil quilómetros até Vanimo, para um encontro na Catedral da Santa Cruz e uma reunião provada com missionários.

O último dia na Papua-Nova Guiné, na segunda-feira, é marcado pelo encontro com cerca de 20 mil jovens, de novo no Estádio “Sir John Guise”, pelas 09h45 locais (00h45 em Lisboa), antes da cerimónia de despedida no aeroporto internacional e a partida para Díli.

A viagem mais longa do atual pontificado, que começou na Indonésia (3-6 de setembro), passa pela Papua-Nova Guiné (6-9 de setembro), Timor-Leste (9-11 de setembro) e Singapura (11-13 de setembro).

Fonte: Agência Ecclesia

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Simpósio Teológico Internacional é iniciado em Quito

Este encontro acadêmico acontece no âmbito dos preparativos do 53º Congresso Eucarístico Internacional, que será realizado entre os dias 8 e 15 de setembro.

Na última quarta-feira, 4 de setembro, foi iniciado o Simpósio Teológico Internacional em Quito, Equador. Intitulado como “Fraternidade para curar o mundo”, o evento acontece no âmbito dos preparativos do 53º Congresso Eucarístico Internacional.

Este encontro acadêmico baseia o seu fundamento na restauração da fraternidade no contexto de um mundo ferido, de acordo com o documento base da próxima edição do Congresso Eucarístico Internacional, programada para ser realizada entre os dias 8 e 15 de setembro próximos.

A importância da Eucaristia na vida cristã

Dom Andrés Carrascosa Coso, Núncio Apostólico no Equador, presidiu a cerimônia de abertura do Congresso, durante a qual destacou a relação existente entre o sacramento eucarístico e os cristãos como “testemunha na sociedade”.

Durante sua homilia o prelado tratou sobre a importância da Eucaristia na vida cristã e destacou que “às vezes as nossas Eucaristias podem ser uma expressão sublime de algo que não corresponde à realidade que vivemos”, entretanto, a Eucaristia é também um meio para alcançar a fraternidade entre os homens e que se constitui como um “verdadeiro sacramento da unidade”.

Se alimentar do sacramento eucarístico

Segundo o Núncio Apostólico, a celebração da Eucaristia consiste em “celebrar no rito uma experiência que podemos e devemos viver na vida quotidiana, somos chamados a levar à sociedade porque esse amor nos torna irmãos e essa nossa fraternidade tem o capacidade de curar neste mundo ferido”.

Por fim, Dom Carrascosa Coso exortou aos cristãos para que se alimentem do sacramento eucarístico e vivam a Fé de forma coerente para fazerem com que “Cristo viva e se torne particularmente presente, através de nós, na sociedade. Devemos ser a Eucaristia da sociedade ”. (EPC)

Fonte: Gaudium Press

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Lourdes do Oriente: esperam-se três milhões de peregrinos no Santuário de Vailankanni

Vailankanni é conhecida como a ‘Lourdes do Oriente’ porque, tal como Lourdes na França, milhões de peregrinos visitam o Santuário ao longo do ano, rezando a Nossa Senhora pelas diversas necessidades e agradecendo-lhe os favores recebidos através da sua intercessão.

Três milhões de peregrinos são aguardados no Santuário Mariano de Vailankanni, no sul da Índia, para celebrar a festa da Natividade de Maria, de 29 de agosto a 8 de setembro.

O Santuário Vailankanni atrai 20 milhões de devotos todos os anos. Há a Basílica de Nossa Senhora da Boa Saúde. Muitas vezes descrito como a “Lourdes do Oriente”, o santuário está localizado em Tamil Nadu, no sudeste da Índia.

História do Santuário

Durante o século XVI, há relatos de que Nossa Senhora apareceu com seu Divino Filho a um jovem que estava transportando leite para um cliente. Enquanto ele descansava sob uma figueira perto de um tanque, Nossa Senhora apareceu e solicitou leite para seu Filho, ao qual o jovem prontamente atendeu. Ao chegar à residência do cliente, ele explicou o ocorrido durante o trajeto. Após examinar o pote de leite, o cliente notou que ele estava cheio, indicando um acontecimento miraculoso.

Alguns anos mais tarde, Nossa Senhora apareceu novamente a um jovem aleijado que vendia leitelho perto de uma praça pública na mesma aldeia de Vailankanni. Ela solicitou o produto para seu bebê, e o jovem atendeu ao pedido. Ela instruiu o jovem a informar sobre sua aparição a um homem católico abastado da cidade vizinha de Nagapattinam. Sem perceber que sua perna aleijada havia sido miraculosamente curada, o jovem levantou-se e começou sua jornada. Na noite anterior, o homem tivera uma visão na qual Nossa Senhora pediu-lhe que construísse uma capela dedicada a Ela. O homem construiu uma capela de palha em homenagem a Nossa Senhora no local de sua segunda aparição, reverenciada como Mãe da Boa Saúde.

Alguns anos mais tarde, alguns mercadores marítimos portugueses, após terem recorrido à Virgem Maria sob o título de “Estrela do Mar”, foram salvos de um violento naufrágio, desembarcando em Vailankanni. Era 8 de setembro, dia da Natividade de Maria.

Fonte: Gaudium Press

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Do dia 04/9/2024

Comissão para a Juventude promove Encontro Nacional de Responsáveis Diocesanos de Juventudes

De 05 a 07, a Comissão Episcopal para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e os Jovens Conectados realizam o Encontro Nacional de Responsáveis Diocesanos de Juventudes e Adultos para o qual estão confirmados 242 pessoas. O encontro acontece na Casa dom Luciano, em Brasília (DF).

No encontro, os responsáveis pela juventude na Igreja no Brasil vão analisar a realidade dos jovens brasileiros, refletir sobre o documento nº 85 da CNBB: “Uma carta de amor da Igreja no Brasil para as Juventudes” e definir ações, por regionais, para o programa de Revitalização da Pastoral Juvenil no país.

Fonte: CNBB

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Instalada no Senado Federal uma Frente Parlamentar Católica Apostólica Romana

Foi instalada, na manhã desta quarta-feira, 4, a Frente Parlamentar Católica Apostólica Romana no Senado Federal. A criação do grupo é proposição do senador Astronauta Marcos Pontes e conta com 12 senadores. O evento contou com a presença do arcebispo de Brasília (DF), cardeal Paulo Cezar Costa, e de representantes de outras instituições católicas.

Na resolução que aprovou a instalação da Frente Parlamentar, são apresentados os objetivos de defender os princípios éticos, morais e doutrinários da Igreja Católica; acompanhar projetos e assessorar os parlamentares na elaboração e votação de propostas.

A Comissão será presidida pelo senador Astronauta Marcos Pontes e com o senador Flávio Arns na vice-presidência. Em seu discurso de abertura, Pontes falou do compromisso de que os valores cristãos sejam considerados nas discussões legislativas.

    “Defender os princípios da Igreja significa defender os valores de milhões de brasileiros. O Brasil é uma nação cristã, sendo a sua maioria católica. São milhões de brasileiros que, guiados por sua fé, contribuem diariamente para a formação cultural e moral da nossa sociedade”, pontuou.

Política pelo bem comum

O arcebispo de Brasília, cardeal Paulo Cezar Costa, recordou que a Igreja possui “uma visão elevada sobre a política, que deve atuar pelo bem comum”, e que seu exercício deve conduzir a comunidade humana à sua realização. Ele destacou o diálogo como um caminho para a paz, recordando algumas falas do Papa Francisco, e orientou que a Frente Parlamentar deve ter o olhar de Cristo para o outro e deve estar unida, mesmo nas diferenças.

“Uma Frente Parlamentar Católica implica ter esse olhar, o olhar de Jesus Cristo. Ter o olhar de Cristo implica ter a vida, a realidade, as pessoas como Deus as vê, implica ter um olhar alargado, ver possibilidade onde a Lei apontava condenação”, disse, lembrando de passagens do Evangelho nas quais Cristo mostra seu olhar de misericórdia, perdão e esperança.

    “Ter o espírito de Cristo tem que ser lei para nós. Por isso, nessa Frente Parlamentar, o que une tem que ser maior do que o que divide, onde se encontra a pessoa concreta; onde, por detrás das discussões, das divergências, dos interesses, das ideologias existem pessoas a serem encontradas, acolhidas e amadas. Existe um irmão, uma irmã.  Essa Frente Parlamentar deve ser local onde as diferenças se tornam dom; onde o outro, a outra não é olhado pelo partido, se é de direita ou de esquerda, mas pela possibilidade que traz consigo; onde aquele que discorda de mim, que pensa diferente de mim, é um irmão, não um inimigo”.

Laicidade do Estado

Por meio do diálogo e da amizade social diante das diferenças, o arcebispo destacou a realização da “verdadeira laicidade do Estado”. Dom Paulo também explicou o a ideia de laicidade, frente à confusão entre Estado Laico e Estado ateu que se apresenta na sociedade brasileira.

Um Estado ateu, segundo dom Paulo, já teria assumido uma postura diante da religião. Já o Estado Laico “é aquele que protege todas as religiões, que dá liberdade para que todas as religiões possam exercer sua missão religiosa, sua missão social, sua missão caritativa e demais”.

Simpósio sobre a laicidade do Estado e a liberdade religiosa promovido pela CNBB

Além de dom Paulo Cezar, também participaram da sessão de instalação da Frente Parlamentar Católica o bispo auxiliar de Brasília dom Denilson Geraldo, e representantes da arquidiocese de Brasília, da Fundação João Paulo II – mantenedora do Sistema Canção Nova de Comunicação, do Santuário do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro (RJ), e da Fazenda da Esperança.

Por Luiz Lopes Jr. com informações da Agência Senado

Fonte: CNBB

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Bispos da Comissão de Ecologia Integral encontram-se em sua III Missão desta vez junto a quilombolas na Bahia

De 3 a 5 de setembro, um grupo de bispos e assessores da Comissão Especial de Ecologia Integral e Mineração da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) encontram-se em reunião presencial e também farão a sua III Missão junto ao povo dos quilombos da Baía de Aratu e da Ilha da Maré, em Salvador (BA).

Na missão, os bispos e assessores visitaram os quilombos Boca do rio, Passa Cavalo e Bananeiras, na Bahia, comunidades fortemente afetadas pelos impactos da indústria petroquímica e portuária.

Encontram-se na missão, o presidente da Comissão e bispo da diocese de Livramento de Nossa Senhora (BA), dom Vicente de Paula Ferreira; o bispo de Sete Lagoas (MG), dom Francisco Cota de Oliveira, o bispo de São Gabriel da Cachoeira (AM), dom Edson Tasquetto Damian e o bispo de Floresta (PE), dom Gabriele Marchesi. Os assessores da Comissão, padre Dário Bossi, Moema Miranda e Roberto Malvesi também participam da missão.

Processo de escuta

A Comissão fez um processo de escuta das denúncias e dores sofridas das comunidades, que se sentem ameaçadas, violadas em seu estilo de vida e consideradas invasoras e incômodas, apesar de serem habitantes ancestrais destas regiões.

    O presidente da Comissão, dom Vicente afirmou que a experiência de conviver com a comunidades afetadas pelos grandes empreendimentos é uma escola de vida. “A gente veio como Comissão e sai mais fortalecido pelo vínculo afetivo com o exemplo e a resistência dos atingidos. Eles são irmãos cuidadores da Casa Comum, como nos pede a nossa Igreja”, disse.

Os bispos reafirmaram que há um modelo de desenvolvimento que está passando por cima das vidas, dos corpos das pessoas e da Casa Comum e comprometeram-se a escrever uma carta às autoridades e instituições responsáveis, fazendo ecoar a voz e os direitos das comunidades encontradas.

A Comissão planeja ainda convocar um encontro dos atingidos pelos grandes projetos, na Bahia, em 2025, ano da Campanha da Fraternidade sobre Ecologia Integral e do caminho da Igreja rumo à COP30, como momento de escuta e solidariedade com os povos que cuidam dos territórios e representam a principal solução à crise ambiental e climática.

Fonte: CNBB

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Encontro para Acompanhantes Espirituais

Entre os dias 15 e 17 de novembro de 2024, o Setor Missão da CRB Nacional promoverá um Encontro para Acompanhantes Espirituais. O encontro, que ocorrerá no Centro Pastoral Estigmatino, na Paróquia Santa Cruz e Santa Edwigens, terá como tema “Acompanhamento Espiritual e Abuso Sexual”, com o objetivo de aprofundar conhecimentos e desenvolver habilidades para um acompanhamento mais eficaz e seguro.

O evento contará com a assessoria da Irmã Annete Havenne e da Dra. Eliane De Carli, que trarão suas experiências e conhecimentos para as discussões e atividades programadas.

Oportunidade para profissionais da área

Durante os três dias de evento, os participantes poderão explorar o tema do abuso sexual, trocar experiências e fortalecer a rede de apoio entre os acompanhantes espirituais. Além disso, o encontro visa contribuir para a construção de uma Igreja mais segura e acolhedora, alinhada com os princípios de proteção e respeito à dignidade humana.

Informações

O evento começará às 12h do dia 15 de novembro, com um almoço de recepção, e terminará no dia 17, também às 12h, após o almoço de encerramento. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas mediante o pagamento de uma taxa de R$ 150,00. Os interessados devem enviar o comprovante de pagamento para o e-mail: missaocrb@crbnacional.org.br. As vagas são limitadas e serão preenchidas por ordem de inscrição.

Informações

Faça sua inscrição e confirme sua participação através do link: https://forms.office.com/r/WiGT2Xd41m ou pelo QR Code na imagem.

Serviço:

- Data: 15 a 17 de novembro de 2024

- Local: Centro Pastoral Estigmatino, Paróquia Santa Cruz e Santa Edwigens, SGAS 905, Asa Sul – Brasília

- Horário: Início às 12h do dia 15/11 com almoço; término às 12h do dia 17/11 com almoço

- Inscrições: Enviar comprovante para missaocrb@crbnacional.org.br

- Investimento: R$ 150,00 (pagamento por meio do número de conta)

Banco do Brasil

Agencia 452-9

Conta 306.934-6

CNPJ: 33.460.940/0001-12

O encontro será um espaço para reflexão, aprendizado e fortalecimento das práticas de acompanhamento espiritual, contribuindo para a criação de ambientes mais seguros e acolhedores na comunidade eclesial.

Fonte: CRB

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Equipe Interdisciplinar da CRB Nacional realiza reunião no Centro Estigmatino em Brasília-DF

Nos dias 30 e 31 de agosto, a Equipe Interdisciplinar da Conferência dos Religiosos do Brasil se reuniu no Centro Estigmatino de Pastoral, em Brasília-DF, para dois dias de atividades e reflexões. O encontro começou com uma Celebração Eucarística, que marcou o início dos trabalhos. A Coordenação acolheu os presentes, incluindo a secretária executiva Luciene Caesar e a secretária nacional Ir. Leonice do Nascimento da CRB Nacional, que participaram presencialmente, e a Irmã Eliane Cordeiro, Presidente Conferência e o Frei Vanildo, Assessor do Setor de Formação Continuada que participaram remotamente.

Durante o primeiro dia de reunião, a equipe discutiu as publicações da CRB Nacional, abordando temas da Revista Convergência para 2025. Foram propostos novos temas para um próximo número do subsídio do livro Porta Estreita, além de um subsídio focado nas prioridades missionárias. Com base nas reflexões da primeira reunião preparatória para a Assembleia Geral Eletiva (AGE) de 2025, a equipe elaborou contribuições para o processo em andamento.

Outro ponto abordado foi o estudo do Plano Estratégico da CRB Nacional, com foco em sua implementação e recepção, além da revisão dos estatutos e regimentos, considerando as contribuições das regionais. O dia de trabalho terminou com uma reflexão sobre o Jubileu e uma análise da conjuntura nacional, com ênfase na realidade amazônica e na situação dos povos indígenas.

No segundo dia, após a Eucaristia, os temas foram retomados com a participação da Irmã Eliane. A equipe elaborou o calendário de atividades até a AGE e avaliou a caminhada da Equipe Interdisciplinar.

Fonte: CRB

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Fórum Estadual das Pastorais Sociais, em Porto Alegre

Evento promovido pela Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sociotransformadora do Regional Sul 3 contou com a participação dos referenciais diocesanos das Pastorais Sociais e dos coordenadores das pastorais sociais específicas no regional

A Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sociotransformadora do Regional Sul 3 esteve reunida nestes dias 02 e 03 de setembro, na Casa São João da Cruz, em Porto Alegre, para o Fórum Estadual das Pastorais Sociais. O encontro conta com a participação dos referenciais diocesanos das Pastorais Sociais e dos coordenadores das pastorais sociais específicas no regional.

Além de partilhar e retomar os desafios e projeções de ações, o momento é ocasião importante para aprofundar a reflexão sobre o recente contexto das emergências climáticas, com a enchente em nosso Estado. Durante a tarde da segunda-feira, dia 02, o Secretário Executivo da CNBB, padre Rogério Ferraz de Andrade, participou do encontro, reforçando a importância da articulação das pastorais sociais no Regional Sul 3. Na ocasião, também apresentou a prestação de contas da Campanha promovida pelo Regional em favor das vítimas das chuvas.

Fonte: Site da Diocese de Caxias do Sul

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Papa à Igreja indonésia: fortes na fé, abertos na fraternidade e próximos na compaixão

No encontro com os bispos, sacerdotes, consagrados, seminaristas e catequistas, na Catedral de Nossa Senhora da Assunção, em Jacarta, esta quarta-feira (04/09), o Santo Padre os encorajou a continuar sua missão fortes na fé, abertos a todos na fraternidade e próximos de cada um na compaixão. Tratou-se do segundo discurso de Francisco em terras indonésias, no âmbito desta sua 45ª Viagem Apostólica Internacional, que o levará também a Papua-Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura

Raimundo de Lima – Vatican News

 “Anunciar o Evangelho não significa impor ou contrapor a própria fé à dos outros, mas dar e partilhar a alegria do encontro com Cristo, sempre com grande respeito e afeto fraterno por todos”. Foi o que disse Francisco na manhã desta quarta-feira (04/09) no encontro com os bispos, sacerdotes, consagrados, seminaristas e catequistas, na Catedral de Nossa Senhora da Assunção, em Jacarta, capital da Indonésia, um momento muito aguardado da primeira etapa desta sua 45ª Viagem Apostólica Internacional, que nos próximos dias o levará também a Papua-Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura.

Após a saudação do presidente dos bispos indonésios que deu as boas-vindas ao Santo Padre e o testemunho de um sacerdote, uma religiosa, um catequista e uma catequista, Francisco iniciou seu discurso lembrando o lema escolhido para esta Visita Apostólica: Fé, Fraternidade, Compaixão.

O Pontífice destacou tratar-se de três virtudes que exprimem bem, disse ele, “o vosso caminho como Igreja e a vossa índole de povo, muito variada étnica e culturalmente, mas ao mesmo tempo caracterizada por uma inclinação inata para a unidade e convivência pacífica”. Francisco desenvolveu seu discurso refletindo com os presentes as três palavras do lema.

A fé

Falando sobre a , o Pontífice ressaltou que a Indonésia é um grande país, com enormes riquezas naturais, em termos de flora, fauna, recursos energéticos e matérias-primas, entre outras. “Se fosse entendida com superficialidade, uma riqueza tão grande poderia facilmente transformar-se num motivo de orgulho e presunção, mas - observou o Papa -, se for considerada com mente e coração abertos, pode, pelo contrário, ser um apelo a Deus e à sua presença no cosmos e na nossa vida, como ensina a Sagrada Escritura. Efetivamente, é o Senhor que nos dá tudo isto”.

Não há um único centímetro do maravilhoso território indonésio, nem um único momento na vida de cada um dos seus milhões de habitantes que não seja dádiva sua, sinal do seu amor, gratuito e preveniente, de Pai. E olhar para tudo isto com os olhos humildes de filhos ajuda-nos a acreditar, a reconhecermo-nos pequenos e amados e a cultivarmos sentimentos de gratidão e responsabilidade.

A Fraternidade

A seguir, Francisco se concentrou na segunda palavra, fraternidade, lembrando que uma poetisa do século XX utilizou uma expressão muito bonita para descrever esta atitude: escreveu que ser irmãos significa amarmo-nos, sem deixarmos de nos reconhecer «diversos como duas gotas de água». E é exatamente assim. Não há duas gotas de água iguais, nem dois irmãos completamente idênticos, mesmo sendo gêmeos. Viver a fraternidade significa, portanto, acolher-se mutuamente, reconhecendo-nos iguais na diversidade, destacou o Santo Padre.

“Este é também um valor caro à tradição da Igreja indonésia e manifesta-se na abertura com que ela se relaciona com as várias realidades que a compõem e rodeiam, a nível cultural, étnico, social e religioso, valorizando o contributo de todos e dando generosamente o que é seu em cada contexto”, disse.

E, neste aspecto, Francisco deixou o convite para que eles se mantenham assim: abertos e amigos de todos – “de mãos dadas” –, profetas de comunhão, num mundo onde parece crescer cada vez mais a tendência a dividir, impor e provocar os outros.

Uma outra bonita imagem da fraternidade é um imenso bordado de “fios de amor” que atravessam o mar, ultrapassam barreiras e abraçam qualquer diversidade, fazendo de todos «um só coração e uma só alma».

A Compaixão

Dedicando-se à terceira e última palavra, Francisco frisou que a compaixão está intimamente ligada à fraternidade. “Como sabemos, a compaixão não consiste em distribuir esmolas aos irmãos e irmãs necessitados, olhando-os de cima para baixo, desde a ‘torre’ das nossas seguranças e dos nossos privilégios, mas, pelo contrário, em aproximarmo-nos uns dos outros, despojando-nos de tudo o que não nos deixa inclinar para entrar verdadeiramente em contato com quem está por terra, e assim podermos levantá-lo e dar-lhe esperança.

Há quem tenha medo da compaixão, considerando-a uma fraqueza, e exalte antes – como se de uma virtude se tratasse – a astúcia de quem serve os próprios interesses, mantendo-se à distância de todos, não se deixando “tocar” por nada nem por ninguém, julgando-se assim mais lúcido e livre para atingir os seus objetivos. Porém, este modo de ver a realidade é enganador. O que faz progredir o mundo não são os cálculos de interesses particulares – que geralmente acabam por destruir a criação e dividir as comunidades – mas a caridade que se dá. A compaixão não ofusca a visão real da vida; muito pelo contrário, à luz do amor, leva a ver melhor as coisas.

Por fim, o Santo Padre encorajou-os a continuar a missão fortes na fé, abertos a todos na fraternidade e próximos de cada um na compaixão.

Fonte: Vatican News – na imagem, catedral de Jacarta, encontro com a Vida Consagrada

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O Papa na Indonésia: unidade na multiplicidade, justiça social e bênção divina

O Papa Francisco fez nesta manhã de quarta-feira (04/09), o seu primeiro discurso na Indonésia durante o encontro com as autoridades, os representantes da sociedade civil e o Corpo Diplomático no Palácio Presidencial Istana Negara, em Jacarta, no âmbito de sua 45ª Viagem Apostólica Internacional. Francisco visitará ainda nos próximos dias Papua Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura.

Mariangela Jaguraba - Vatican News

O Papa Francisco encontrou-se, nesta quarta-feira (04/09), com as autoridades, os representantes da sociedade civil e o Corpo Diplomático no Palácio Presidencial Istana Negara, em Jacarta, na Indonésia, no âmbito de sua 45ª Viagem Apostólica Internacional.

O Pontífice chegou à Indonésia, na terça-feira (03/09), e nos próximos dias visitará também a Papua Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura.

Francisco iniciou o seu discurso, agradecendo ao presidente indonésio, Joko Widodo, o convite para visitar o país e suas palavras de saudação. O Papa fez votos ao presidente "de um trabalho frutuoso a serviço da Indonésia, deste vasto arquipélago de milhares e milhares de ilhas banhadas pelo mar que liga a Ásia à Oceania".

Harmonia no respeito pela diversidade

"Quase se poderia afirmar o seguinte: tal como o oceano é o elemento natural que congrega todas as ilhas indonésias, assim o respeito mútuo pelas características culturais, étnicas, linguísticas e religiosas específicas dos grupos humanos que compõem a Indonésia é o indispensável tecido conectivo que torna o povo indonésio unido e orgulhoso", disse o Pontífice. "Tal como a grande biodiversidade presente neste arquipélago é fonte de riqueza e esplendor, também as diferenças específicas contribuem para formar um magnífico mosaico, em que cada pedra é um elemento insubstituível na composição de uma grande obra original e preciosa, sublinhou.

"A harmonia no respeito pela diversidade é alcançada quando cada visão particular tem em conta as necessidades comuns, e quando cada grupo étnico e confissão religiosa age com espírito de fraternidade, buscando o nobre objetivo de servir o bem de todos", disse o Papa, acrescentando:

“Esta sábia e delicada harmonia, entre a multiplicidade de culturas e de visões ideológicas diferentes com as razões que cimentam a unidade, deve ser continuamente defendida contra qualquer desequilíbrio.”

É um trabalho artesanal confiado a todos, mas de modo especial à ação da política, quando esta tem como objetivo a harmonia, a equidade, o respeito pelos direitos fundamentais do ser humano, o desenvolvimento sustentável, a solidariedade e a busca da paz, quer no seio da sociedade quer com outros povos e Nações. Eis a grandeza da política! Um homem sábio disse que a política é a forma mais elevada de caridade. Isso é bonito.

A Igreja Católica está a serviço do bem comum

"Tendo em vista fomentar uma harmonia pacífica e construtiva que garanta a paz e congregue forças para vencer desequilíbrios e bolsões de miséria, ainda persistentes em algumas zonas do País, a Igreja Católica deseja incrementar o diálogo inter-religioso", disse Francisco em seu discurso. "Desta forma, podem eliminar-se preconceitos e pode desenvolver-se um clima de respeito e confiança mútuos, indispensável para enfrentar desafios comuns; entre os quais a contraposição ao extremismo e à intolerância que, distorcendo a religião, tentam impor-se através do engano e da violência. Em vez disso, a proximidade, escutar as opiniões dos outros. Isto cria fraternidade dentro de uma nação. É algo muito bonito, muito bonito", sublinhou.

"A Igreja Católica está a serviço do bem comum", reiterou o Papa, "e deseja reforçar a cooperação com as instituições públicas e outros agentes da sociedade civil, mas sem fazer proselitismo. Respeita a fé de cada pessoa e nesse sentido favorece a formação de um tecido social mais equilibrado e assegura uma assistência social mais eficiente e equitativa".

Fé, fraternidade e compaixão

Referindo-se ao Preâmbulo da Constituição da Indonésia, de 1945, o Pontífice recordou que "a unidade na multiplicidade, a justiça social, a bênção divina são, portanto, princípios fundamentais destinados a inspirar e orientar os programas específicos. São como a estrutura de apoio, a base sólida sobre a qual se constrói a casa". Segundo o Papa, estes princípios se harmonizam muito bem com o lema de sua visita à Indonésia: "Fé, fraternidade e compaixão".

“Infelizmente, no mundo atual existem algumas tendências que dificultam o desenvolvimento da fraternidade universal. Em várias regiões, assistimos ao aparecimento de conflitos violentos, que muitas vezes são o resultado da falta de respeito mútuo, do desejo intolerante de fazer prevalecer a todo o custo os próprios interesses, a própria posição ou narrativa histórica parcial, mesmo quando isso implica sofrimentos intermináveis para comunidades inteiras e resulta em verdadeiras guerras sangrentas.”

Nascimentos, a maior riqueza que um país possui

"Por vezes, surgem tensões violentas no seio dos Estados, porque os detentores do poder gostariam de uniformizar tudo, impondo a sua visão até em questões que deveriam ser deixadas à autonomia dos indivíduos ou dos grupos associados", ressaltou.

Por outro lado, apesar de declarações programáticas persuasivas, há muitas situações em que falta empenho efetivo e clarividente na construção da justiça social. Em consequência, uma parte considerável da humanidade é deixada à margem, sem meios para viver dignamente e sem defesa para enfrentar graves e crescentes desequilíbrios sociais, que desencadeiam conflitos intensos. 

"E como se resolve isso"? Perguntou Francisco. "Com uma lei de morte, isto é, limitando os nascimentos; limitando a maior riqueza que um país possui, que são os nascimentos. O seu país, por outro lado, tem famílias de três, quatro, cinco filhos que seguem em frente. Isso pode ser visto na faixa etária do país. Continuem assim. É um exemplo para todos, todos os países. Talvez isso seja engraçado, talvez essas famílias prefiram ter um gato, um cachorro e não um filho. Isso não está certo", sublinhou.

Ter em vista o bem de todos, construir pontes

De acordo com o Papa, "em outros contextos, as pessoas pensam que podem ou devem prescindir de procurar a bênção de Deus, julgando-a supérflua para o ser humano e para a sociedade civil, que se deveriam promover a partir das suas próprias forças". "Porém, ao fazer assim", ressaltou, "deparam-se frequentemente com a frustração e o fracasso. Em outros casos, a fé em Deus é continuamente colocada em primeiro plano, porém infelizmente é muitas vezes manipulada, não servindo para construir a paz, a comunhão, o diálogo, o respeito, a colaboração, a fraternidade, mas para fomentar divisões e ódio".

"Perante estas sombras, é fonte de alegria constatar como a filosofia que inspira a organização do Estado indonésio manifesta sabedoria e equilíbrio", disse ainda o Santo Padre, fazendo suas, a este propósito, as palavras de São João Paulo II proferidas ao Presidente da República Indonésia e às Autoridades, durante sua visita ao país, em 1989: «Ao reconhecerdes a presença da diversidade legítima, ao respeitar os direitos humanos e políticos de todos os cidadãos e ao encorajardes o crescimento da unidade nacional, baseada na tolerância e no respeito pelos outros, lançais os fundamentos para aquela sociedade justa e pacífica, que todos os indonésios desejam para si e almejam legar aos seus filhos».

"Desejo que todos, no seu agir quotidiano e no exercício ordinário das respectivas funções, saibam inspirar-se nestes princípios e torná-los efetivos, porque opus justitiae pax, a paz é fruto da justiça. Com efeito, a harmonia alcança-se quando cada um se empenha, não apenas em favor dos seus interesses e da sua visão, mas tendo em vista o bem de todos, a construção de pontes, o fomento de acordos e sinergias, a congregação de esforços para derrotar qualquer forma de miséria moral, econômica e social, e promover a paz e a concórdia", concluiu Francisco.

Fonte: Vatican News

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O Papa na Indonésia, Francisco conversa com o presidente Widodo

O encontro privado ocorreu na presença do Ministro das Relações Exteriores da Indonésia e do Secretário do Vaticano para as Relações com os Estados, dom Paul Richard Gallagher.

Vatican News

O Papa Francisco, na varanda do Palácio Presidencial de Jacarta, conversou em privado com o presidente, Joko Widodo, que deixa o poder, e a quem fez uma visita de cortesia.

O encontro privado ocorreu na presença do Ministro das Relações Exteriores da Indonésia e do Secretário do Vaticano para as Relações com os Estados, dom Paul Richard Gallagher, bem como de seus respectivos intérpretes.

Encontro do Papa com o presidente Widodo

O presidente Joko Widodo, também conhecido como Jokowi, 63 anos, casado e pai de três filhos, deixará o cargo em 20 de outubro, no final de seu segundo e último mandato, não podendo concorrer novamente dará lugar ao seu sucessor, eleito em 14 de fevereiro, Prabowo Subianto, do Partido da Grande Indonésia. Subianto esteve presente nesta manhã de quarta-feira no encontro do Papa com as autoridades da Indonésia

Francisco assinou o livro de honra no Palácio Presidencial da Indonésia, escrevendo a seguinte frase:

“Imerso na beleza desta Terra, um lugar de encontro e diálogo entre diferentes culturas e religiões, desejo que o povo indonésio cresça na fé, na fraternidade e na compaixão. Deus abençoe a Indonésia!”

Fonte: Vatican News

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Indonésia: Papa encontra jesuítas e fica impressionado com tantos jovens

No final da manhã desta quarta-feira (04/09) em Jacarta, depois de compromissos com o presidente e autoridades políticas e civis da Indonésia, o Papa recebeu 200 membros da Companhia de Jesus na nunciatura. “Foi um encontro familiar, descontraído e incisivo”, disse o subsecretário do Dicastério para a Cultura e a Educação. Foram discutidos vários tópicos, incluindo o diálogo inter-religioso e a importância da inculturação.

Salvatore Cernuzio - Jacarta

Primeiro as autoridades políticas e civis do país, depois os membros da Companhia de Jesus local. Entre os primeiros encontros de Francisco em Jacarta, capital da Indonésia e primeira parada da sua longa viagem ao Sudeste Asiático e à Oceania (de 2 a 13 de setembro), não poderia faltar a reunião a portas fechadas com seus irmãos jesuítas, uma tradição de anos em cada viagem apostólica. O Papa recebeu 200 deles, dos 320 presentes em todo o arquipélago, nesta quarta-feira (04/09), por volta das 11h30 do horário local, na sala da Nunciatura Apostólica, onde nesta terça-feira (03/09) ele havia abraçado os pobres, órfãos, refugiados e idosos.

Perguntas e respostas, confidências, piadas

O encontro durou uma hora e, como sempre, foi marcado por um diálogo espontâneo com perguntas e respostas, confidências pessoais e algumas piadas. “Uma reunião descontraída, profunda e incisiva”, resumiu o Pe. Antonio Spadaro, subsecretário do Dicastério para a Cultura e a Educação e membro da comitiva papal, que estava presente no encontro. “Foi um momento familiar, como costuma ser”, explicou o jesuíta, jornalista e teólogo, à mídia do Vaticano. “O Papa Francisco fica sempre muito relaxado, ele se sente como se estivesse em família, então é capaz de dar o primeiro feedback da visita”. Com os confrades da Indonésia em particular, ele expressou surpresa e alegria ao ver tantos jovens: “talvez seja a coisa que mais me impressionou, o Santo Padre notou como são jovens os jesuítas em formação na Indonésia”.

Os temas do diálogo, inculturação, discernimento e oração

Muitos temas foram discutidos na conversa: “o Papa falou sobre a Companhia, a importância do discernimento e da oração. Os mais jovens lhe perguntaram quando encontra tempo para rezar e ele contou algumas anedotas”, explicou Spadaro. Todos os temas foram entrelaçados com outros que são importantes nesta terra, “como o diálogo inter-religioso ou a inculturação, nos quais ele insistiu muito”. Não faltaram referências às suas próprias experiências pessoais e observações espirituosas, como a proferida pelo Pontífice no final do encontro: "a polícia chegou para me levar embora".

Agenda apertada

“O Papa gosta de falar com seus irmãos, com descontração e de maneira livre e espontânea, mas ele tem ritmos precisos”. Após os compromissos da manhã no Palácio Presidencial Istana Negara, à tarde Francisco encontra com bispos, sacerdotes, diáconos, consagrados e consagradas, seminaristas e catequistas na Catedral de Nossa Senhora da Assunção; e após com os jovens da rede Scholas Occurrentes na Casa da Juventude “Grha Pemuda”.

A importância dos jovens e a contribuição dos cristãos

Os jovens e sua contribuição para o bem comum e para o presente e o futuro do mundo são um dos temas-chave de toda a 45ª Viagem Apostólica. O primeiro contato de Jorge Mario Bergoglio com as novas gerações da Indonésia foi, portanto, através dos jesuítas em formação: “uma Companhia de Jesus jovem que também representa uma Igreja jovem”, comenta o Padre Spadaro. “Francisco”, acrescenta ele, ”ama aquelas Igrejas que eu defino como zero vírgula (0,...%). Aqui estamos em 3%, portanto uma pequena porcentagem da população, mas eles são 8 milhões e há uma presença significativa no país. O objetivo do cristão”, enfatiza ele, ”ainda é contribuir para o crescimento do país, ser como fermento misturado à massa, e isso é muito importante para o Papa. A mensagem para os cristãos é que eles colaborem plenamente para o bem comum, além dos números; para o Santo Padre, o que conta é a vivacidade, a capacidade geradora”.

Olhando para a realidade e buscando o futuro

De toda a reunião - a primeira das três com a Companhia de Jesus planejadas para a viagem (as outras duas serão realizadas em Dili e Cingapura) - o que mais impressionou o Pe. Antonio Spadaro foi “o olhar” de Francisco. “Tanto na reunião desta manhã como nas outras que tivemos até agora. O Papa Francisco vê nesta terra uma possibilidade, a possibilidade de harmonia em um contexto pluralista. O presidente hoje também falou de harmonia e pluralismo. Acredito que há esperança aqui para um futuro tão ameaçado, em um momento em que o mundo está dividido e fraturado. Portanto, estes são os olhos do Papa, que estão muito abertos à realidade e à busca de um futuro”.

Fonte: Vatican News

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O Papa aos jovens de Scholas: não à guerra, ao invés, discutir entre amigos nos faz crescer

No último compromisso de seu segundo dia em Jacarta, Francisco visitou e inaugurou a nova sede do movimento “Scholas Occurrentes” na Casa da Juventude “Grha Pemuda”, a primeira no Sudeste Asiático. O Pontífice dialogou com três jovens sobre harmonia e paz e concluiu o trabalho coletivo do “Poliedro do Coração”, feito por mais de 1.500 jovens indonésios

Alessandro Di Bussolo – Vatican News

 “Fazer guerra entre nós é sempre uma derrota, mas discutir nos faz crescer”. Esse é o coração da mensagem do Papa aos jovens no último compromisso de seu segundo dia em Jacarta, uma visita à Casa da Juventude 'Grha Pemuda', a nova e primeira sede do movimento 'Scholas Occurrentes' no Sudeste Asiático. Sua visita é uma celebração da educação inclusiva, que ensina que “as diferenças não são uma coisa ruim, mas uma beleza única”, como Christine, uma jovem que já sofreu bullying, conta ao Papa em seu testemunho. Festa de Francisco dialogando com os jovens sobre harmonia e diálogo. Festa da educação “artesanal” do movimento lançado em 2013 pelo próprio Papa Francisco, com metodologias inovadoras que incorporam tecnologia, esporte e artes.

O Poliedro do Coração completado pelo Papa

Um mosaico de emoções bem retratado pelo 'Poliedro do Coração', a nova obra de arte coletiva do movimento, uma estrutura feita de materiais naturais, tecidos e materiais reciclados, e preenchida com itens pessoais, por mais de 1.500 jovens, que Francisco completou com sua mensagem antes de partir. O Pontífice chegou à Casa da Juventude quando o sol já se pôs, um pouco depois das 18h, horário da Indonésia (8h de Brasília), caminhando em uma cadeira de rodas pelos 600 metros que a separam da Catedral. Durante o percurso, foi acompanhado pelo presidente de “Scholas Occurrentes”, José Maria del Corral, e por alguns membros do movimento, e foi saudado festivamente por uma centena de crianças da Arquidiocese de Jacarta.

A visita à Casa da Juventude

No pátio, o Pontífice foi recebido por duas crianças que lhe oferecem um presente, enquanto as outras cantam uma canção, acompanhadas pela orquestra de pessoas muito jovens, onde se destacam os bonangs, instrumentos musicais indonésios usados no gamelão javanês e compostos por um conjunto de pequenos gongos, semelhantes a panelas, colocados em cordas em uma estrutura de madeira. O Papa chegou à Sala São Matias e São Tadeu, no terceiro andar, onde se encontrou com os participantes do projeto “Scholas Aldeas”, um filme sobre outra grande obra simbólica da Schola, o longuíssimo mural realizado por Francisco em Cascais, durante a JMJ 2023, em Lisboa. Em seguida, o Pontífice foi acompanhado ao Salão São Jacó para um encontro privado com a diretoria de Scholas Occurrentes.

O diálogo com os jovens de Scholas Occurentes

Por fim, Francisco, no quarto andar do edifício, foi recebido por 200 jovens de Scholas Occurrentes da Indonésia, sentados no chão, e convidados de outros países asiáticos. Todos o cumprimentaram batendo no peito com as mãos, na altura do coração, e o Pontífice fez o mesmo. Logo em seguida, foi acompanhado até o “Poliedro do Coração”, um trabalho coletivo que envolveu 1.500 pessoas, incluindo jovens do programa educacional de Jacarta, participantes de oficinas em Bali, Lombok e Labuan Bajo, e detentos de três penitenciárias, incluindo aquelas para jovens prisioneiros, mulheres e homens.

A escultura incorpora objetos pessoais de seus contribuintes, é um espaço sagrado que preserva memórias, simboliza uma comunidade compartilhada; conta as histórias de seus participantes em cada uma de suas faces, combinando educação, arte e tecnologia, e pretende representar o lema nacional da Indonésia, “Bhinneka Tunggal Ika” (Unidade na Diversidade). O Papa Francisco completou a obra com sua mensagem e deu à jovem que o acompanhou a uma reprodução da personagem de quadrinhos Mafalda, criada pelo argentino Joaquín Lavado, conhecido como Quino.

O testemunho de Ana, uma professora muçulmana

No grande salão, atrás de sua cadeira, a parede repleta de plantas de mangue, um símbolo da defesa do ecossistema. O Papa ouviu atentamente o primeiro testemunho de Ana, uma voluntária da Scholas, professora e mãe, com um véu cobrindo sua cabeça. Professora universitária, mas também locutora de rádio, ela conta como ela, muçulmana, veio para o Scholas porque ama a educação. Ela se emocionou porque hoje, da catedral, viu a mesquita, onde aprendeu a tolerância que mais tarde encontrou no movimento. E hoje, ela concluiu, “o Scholas é para mim uma casa em constante evolução, um campo onde os jovens crescem como flores”.

O diálogo com o jovem Bryan

O jovem Bryan, vestindo a camiseta branca do Scholas, enfatizou que no movimento “nos sentimos à vontade uns com os outros, todos temos amigos com outras religiões ou crenças”. E explicou que muitos relataram suas experiências negativas, discriminação, cyberbullying e a “satisfação das pessoas” que “nos faz fingir”, “sem olhar para as diferenças, sem determinar quem está certo e quem está errado”. Francisco agradeceu e levantou o polegar para expressar seu “ok”. Em seguida, pegou o microfone para dizer que Bryan falou bem sobre a concretude da realidade, porque “às vezes falta a concretude do fazer”. Há três coisas: o que pensamos, o que dizemos e a realidade que vivemos. E há “o risco de ser esquizofrênico, alguém que pensa uma coisa, mas faz outra, não tem unidade; em vez disso, a maturidade de uma pessoa é pensar, falar e viver em harmonia”.

A harmonia é uma comunidade que caminha, na diversidade

A harmonia, para mim, explicou o Pontífice, é onde uma comunidade caminha junta, “vendo também as diversidades, mas caminhando juntos, de maneira justa, sem ver as diferenças sociais”. A paz é harmonia, esclareceu ele, e para alcançá-la é preciso seguir esses princípios: “A realidade é superior à ideia, a unidade é superior ao conflito e o todo é superior à parte”.

Christine: como ensinar a paz em um mundo em conflito?

Por fim, Christine, também com uma camiseta branca do Scholas, confidenciou ao Papa Francisco que sofreu bullying e que, muitas vezes, “as diferenças criam divisões, causam conflitos e, com frequência, levam à destruição”, até mesmo nas famílias. Mas no movimento “aprendemos que essas diferenças não são um mal, mas uma beleza única. Aprendemos a unir nossas diferenças, a construir laços de unidade e a entender que as diferenças não são um caminho de destruição, mas sim um passo em direção à unidade”. E ela perguntou ao Papa: “Como ensinamos a paz em meio aos conflitos que estão ocorrendo hoje?”

A escolha entre guerra e insulto, e a “mão estendida

“A vida deve ser vivida nas diferenças, se fôssemos todos iguais, seria um tédio”, Francisco lhe respondeu, elogiando sua coragem. Nas diferenças, continuou ele, pode haver conflito ou diálogo. “Se dois países são diferentes, o que eu faço? Diálogo ou guerra? O desejo de ter tudo em mãos faz a guerra. A palavra certa é caminhar juntos”. A escolha, lembrou o Pontífice, é entre fazer a guerra e insultar uns aos outros, ou “a política da mão estendida, do abraço, do amor fraterno, e sempre avançar no diálogo, discutindo, mas juntos”. Às vezes, esclareceu Francisco, “temos que discutir entre nós, mas discutir como irmãos, para avançar no caminho da paz”. Fazer guerra e brigar é uma coisa ruim, “mas não é ruim discutir como amigos e mudar de opinião. Não se esqueça: a guerra entre nós é sempre uma derrota e, em vez disso, discutir com os amigos nos faz crescer”.

Os presentes e Nossa Senhora da Ternura

No momento dos presentes, o Papa recebeu algumas estolas costuradas e decoradas por jovens detentos de três penitenciárias, que participaram do projeto do poliedro. E deixou como presente para “Scholas Occurrentes” um Ícone de Nossa Senhora da Ternura, a “Nossa Senhora de Korsun'”, popularmente chamada de Korsunskaya, que até a Revolução de Outubro era mantida na Igreja da Dormição, no Kremlin.

O mangue e a bênção “para todos”

No final, o Pontífice plantou simbolicamente um mangue em memória desse encontro histórico, juntamente com o Ministro do Meio Ambiente Luhut e como o início de um projeto para o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. No momento da Bênção, lembrou que abençoar “significa dizer bem a todos os outros, é desejar o bem. Aqui vocês são de religiões diferentes, mas Deus é um só”. E convidou todos a rezarem em silêncio e depois deu “uma bênção para todos”: “Deus abençoe cada um de vocês, abençoe seus desejos, abençoe suas famílias, abençoe seu presente e abençoe seu futuro”. O Papa Francisco deixou a Casa da Juventude às 19h45, horário local, 9h45 de Brasília, tendo antes abençoado imagens e objetos que haviam sido preparados para ele em uma grande mesa.

Fonte: Vatican News

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O que faz o mundo progredir

O Papa Francisco explica que a compaixão “faz ver melhor as coisas”

Andrea Tornielli

O que “faz o mundo progredir”? Alguns poderiam responder a economia, outros a luta de classes, outros ainda a curiosidade ou o desejo de empreender e experimentar, outros ainda o amor. Há mais de trinta anos, na Argentina, uma senhora idosa disse ao bispo Bergoglio que a misericórdia divina é o pilar que sustenta o mundo (“se o Senhor não perdoasse tudo, o mundo não existiria”); hoje, Francisco indica qual é o “motor” que faz o mundo progredir. Da catedral de Jacarta, o Papa explicou que o que impulsiona o mundo é “a caridade que se doa” na compaixão. Ele disse que compaixão não significa distribuir ajuda ou esmolas aos necessitados “olhando-os de cima para baixo”, mas significa inclinar-se para realmente se conectar com aqueles que estão no chão e, assim, erguê-los e dar-lhes esperança. Significa também abraçar sonhos e desejos de redenção e justiça dos necessitados, tornando-se promotores e cooperadores.

Há aqueles que têm medo da compaixão, observou ainda o Sucessor de Pedro, “porque a consideram uma fraqueza e, em vez disso, exaltam, como se fosse uma virtude, a astúcia daqueles que servem a seus próprios interesses mantendo distância de todos, não se deixando ‘tocar’ por nada nem por ninguém, pensando que assim são mais lúcidos e livres para atingir seus objetivos”. Mas isso”, explicou, ‘é uma maneira falsa de ver a realidade’. Porque “o que faz o mundo progredir não são os cálculos de interesse próprio - que geralmente acabam destruindo a criação e dividindo as comunidades - mas a caridade que se doa. A compaixão não obscurece a visão real da vida; pelo contrário, ela nos faz ver melhor as coisas, à luz do amor”.

É a compaixão que Jesus nos testemunha em cada página do Evangelho: ele não permanece indiferente à realidade, ele se comove visceralmente, se deixa ferir pelo drama e pela necessidade daqueles que encontra. Em vez disso, a indiferença, que a longo prazo se transforma em cinismo, nos faz acreditar que somos mais livres, mas na realidade nos torna, pouco a pouco, cada vez menos humanos.

Fonte: Vatican News

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Apoio da Igreja italiana à Indonésia, Papua Nova Guiné e Timor-Leste

Desde 1991, foram financiados 133 projetos num valor superior a 28 milhões de euros em três dos quatro países visitados pelo Papa na sua 45ª viagem apostólica Internacional. Também é apoiada a construção da escola secundária "Holy Trinity Humanistic School" em Baro, Papua Nova Guiné, onde Francisco irá no dia 8 de setembro.

Vatican News

O abraço da Igreja italiana, que nunca deixou de apoiar as populações locais, se estende até o Sudeste Asiático. Desde 1991, foram financiados 133 projetos, num total de 28 milhões 119 mil 252 euros, na Indonésia, Papua Nova Guiné e Timor-Leste, destinos - junto com Singapura - da 45ª Viagem Apostólica Internacional do Papa Francisco.

Projetos na Indonésia em mais de 13 milhões de euros

Graças ao 8xmille, porcentagem do imposto fixo que os cidadãos destinam à Igreja Católica ou outra denominação religiosa ou para atividades de importância social e cultural do Estado italiano, o Serviço de Ações Caritativas para o Desenvolvimento dos Povos pôde realizar 61 projetos na Indonésia (13.123.707 euros), principalmente no campo da educação e da promoção humana de crianças e jovens, com atenção especial às pessoas com deficiência. Apoio concreto e imediato, 500 mil euros, foi dado às vítimas do terremoto que atingiu várias áreas da ilha de Sulawesi em janeiro de 2021.

Os projetos em Timor-Leste e Papua Nova Guiné

A aposta foi na alfabetização e na educação de menores também em Timor-Leste onde os fundos foram principalmente transformados em escolas, centros sociais e de formação para crianças: no total são 27 projetos no valor de 7 milhões 946 mil 062 euros. Quarenta e cinco, no valor de 7 milhões 49 mil 483 euros, foram os projetos realizados na Papua Nova Guiné: dentre estes, a escola secundária “Holy Trinity Humanistic School” de Baro, administrada pelos missionários do Instituto do Verbo Encarnado, que o Papa visitará no dia 8 de setembro, uma sala polivalente em Goroka, 30 alojamentos de baixo custo em Kokopo e uma ação de promoção da saúde na capital Port Moresby.

Fonte: Vatican News

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Assinado acordo para recuperar material audiovisual sobre os Papas do Vêneto

O Ministério da Cultura da Itália e a Região do Vêneto assinaram um acordo com a Fundação Memórias Audiovisuais do Catolicismo para a valorização das fontes audiovisuais sobre João Paulo I e Pio X. Um projeto que visa aumentar o conhecimento sobre essas figuras a partir da pesquisa de materiais em arquivos e cinematecas na Itália e no mundo.

Eugenio Bonanata - Vatican News

Materiais audiovisuais sobre João Paulo I e Pio X estão no centro do acordo assinado nesta terça-feira (03/09) em Veneza pelo Ministério da Cultura da Itália, a Região do Vêneto e a Fundação Memórias Audiovisuais do Catolicismo (MAC). Essa última definiu um projeto em nome da recuperação das fontes que - de acordo com uma nota divulgada no final da cerimônia no Palazzo Barbi - é articulado em uma via dupla entre arquivos e cinematecas na Itália e em todo o mundo.

Patrimônio a ser coletado

Por um lado, há o mapeamento de fontes audiovisuais (ficção e não ficção) sobre os dois pontífices e, por outro, o reconhecimento de escritos e discursos sobre a relação entre essas duas figuras e o universo da mídia antes e depois de sua eleição ao trono papal. O patrimônio coletado será devidamente digitalizado e depois disponibilizado a qualquer pessoa por meio da Biblioteca Digital MAC, fruto de uma linha de ação continuamente incentivada pelo Papa Francisco e que conta com a participação de vários atores acadêmicos e técnicos, a começar pela Universidade Telemática Internacional Uninettuno.

Difundir para os mais jovens

O objetivo da iniciativa sobre os Papas do Vêneto é aumentar o conhecimento sobre essas duas importantes figuras, com atenção especial às gerações mais jovens. Os instrumentos que estão planejados para serem empregados são diferentes. Eles vão desde a produção de material popular (não apenas audiovisual) até a promoção dos materiais produzidos por meio de organizações, instituições educacionais, entidades públicas e privadas. Em meio a isso, há experiência na pesquisa e no tratamento de materiais audiovisuais, graças ao uso das mais modernas tecnologias disponíveis na área de restauração. Tudo isso, precisamente, para garantir a disseminação adequada e tornar esses produtos acessíveis ao público mais amplo.

O Papa “invisível"

Falando aos jornalistas, o presidente da MAC, monsenhor Dario Edoardo Viganò, falou sobre o paradoxo de Pio X. “Ele é o Papa 'invisível'”, disse. “Porque, assim que sobe ao trono papal, ele proíbe a filmagem da efígie do Santo Padre e, portanto, só temos muitos documentários dele a partir de 1954, o ano de sua canonização. Embora, para dizer a verdade, tenhamos conhecimento de três 'visões' que foram feitas entre 1941 e 1915. Entretanto, até o momento, a pesquisa nos vários arquivos não produziu nenhuma descoberta”.

Luciani e Roncalli

Também há muito a ser feito sobre Albino Luciani. Como se sabe, devido à curta duração do seu pontificado, há relativamente poucas fontes audiovisuais sobre esse período. No entanto, a pesquisa está concentrada em nível local, reconstituindo sua ação pastoral como bispo. Viganò destacou como esse projeto da fundação pode ser colocado lado a lado com o importante trabalho sobre o magistério do Papa Luciani, realizado pela Fundação João Paulo I, liderada pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin. A iniciativa - Viganò também anunciou - também planeja dar uma olhada especial em Roncalli, embora tecnicamente ele não seja um Papa do Vêneto. No entanto”, explicou ele, "a história audiovisual de seus anos como Patriarca de Veneza é importante para entender o futuro João XXIII".

Protegendo a memória

“A região não poderia deixar de participar desse projeto”, disse o presidente do Vêneto, Luca Zaia, enfatizando o vínculo entre essas duas figuras e o território. “Nós nos unimos com grande orgulho, sabendo que proteger e tornar utilizável a memória direta é fundamental para conhecer nossa história e o valor de duas figuras tão importantes”, continuou ele. A história do catolicismo no Vêneto”, continuou Zaia, ”contribui fortemente para a nossa identidade e cultura: é um pivô fundamental da nossa sociedade. Queremos que ela seja ainda mais conhecida, não apenas em seus aspectos religiosos, mas também em uma perspectiva histórica e de eventos”.

Fonte: Vatican News

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Venezuela: nova mensagem dos bispos por ocasião das eleições presidenciais de 28 de julho

A presidência do episcopado venezuelano fala de uma campanha de repressão e perseguição que resultou em milhares de detidos, inclusive muitos menores de idade, que estão sendo acusados de crimes gravíssimos sem o devido processo legal.

Vatican News

Passados mais de 30 dias da eleição presidencial de 28 de julho, - lê-se no comunicado da presidência do episcopado venezuelano - o Conselho Nacional Eleitoral não deu a conhecer os resultados da eleição ao povo venezuelano, no qual reside a soberania de forma intransferível (art. 5 da Constituição), na forma prevista na lei e exigida por diversos fatores da opinião pública nacional e internacional.

Esse fato é contrário aos valores democráticos garantidos pela Constituição. Desconsiderar a soberania do povo, expressa por meio do voto - afirmam os bispos -, é moralmente inaceitável, pois é um grave desvio da verdade e da justiça. A verdade, mesmo que queira ser ocultada ou reduzida à opinião de poucos, prevalecerá (cf. Mc 4:22).

Outro grande motivo de preocupação em relação à efetiva vigência da democracia venezuelana é a promoção, por parte de diversos órgãos estatais, de uma campanha de repressão e perseguição que resultou em milhares de detidos, inclusive muitos menores de idade, que estão sendo acusados de crimes gravíssimos sem o devido processo legal.

Os bispos venezuelanos destacam ainda que é particularmente preocupante a perseguição a que estão sendo submetidas as testemunhas nas seções eleitorais, os comunicadores sociais, o candidato com o maior número de votos e os líderes da oposição, em clara contradição com os princípios da pluralidade política e da independência das autoridades públicas garantidos pela Constituição e pelas leis da República. Em uma democracia, é essencial respeitar os direitos de todos, especialmente os dos menores e de suas famílias.

Esses acontecimentos geraram um clima de inquietação e ansiedade em amplos setores da população que em nada contribui para a convivência saudável dos cidadãos. Pelo contrário, dificultam seriamente a superação, com a cooperação de todos, dos grandes problemas e necessidades que nos afetam como nação”. (3 de setembro de 2024) Fonte: Vatican News

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Condenação internacional pelo endurecimento do regime de Maduro

Fortes reações ao mandado de prisão emitido por um tribunal contra González Urrutia, candidato da oposição na votação de 28 de julho. Enquanto isso, Caracas estabelece por decreto a celebração do Natal antecipada para 1º de outubro

L’Osservatore Romano

Praticamente unânime na comunidade internacional a condenação do mandado de detenção na Venezuela contra Edmundo González Urrutia, o candidato da oposição nas eleições presidenciais do passado dia 28 de Julho. González Urrutia afirmou ter vencido as eleições, apesar de o Supremo Tribunal do país sul-americano ter ratificado a vitória de Nicolás Maduro em 22 de agosto.

Até ao momento,  manifestaram-se contra o mandado de detenção os Estados Unidos, a União Europeia, a maior parte dos países latino-americanos, incluindo o Brasil, bem como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a ONU, que "acompanha com preocupação a evolução "da situação na Venezuela.

Segundo a porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUR), Ravina Shamdasani, o que está acontecendo na Venezuela agrava o “clima de terror” alimentado pelas autoridades de Caracas durante uma campanha repressiva mais ampla após as eleições presidenciais. Um fato confirmado por um novo relatório da organização Human Rights Watch, que descreveu sem rodeios a repressão pós-votação à dissidência política na Venezuela como “a mais sangrenta dos últimos anos”.

A pedido do Ministério Público, um tribunal antiterrorismo ordenou a detenção de González Urrutia, de 75 anos, no âmbito das investigações por “desobediência à lei”, “conspiração”, “usurpação de funções” e “sabotagem”.

A vitória de Maduro nas eleições com 52% dos votos não foi demonstrada através da divulgação pública da ata, como solicitado pela oposição e pelos países que não a reconheceram; a justificativa do Conselho Nacional Eleitoral, controlado por Maduro, é que houve ataques cibernéticos.

Numa nota, a Conferência Episcopal Venezuelana escreveu que, mais de um mês depois da votação, ainda não saber o resultado das eleições presidenciais é contrário aos valores democráticos garantidos pela Constituição. Outro motivo de preocupação, continua o texto, é a perseguição a que são submetidos os comunicadores sociais, o candidato mais votado e os líderes da oposição, em clara contradição com os princípios da pluralidade política e da independência dos poderes públicos. Entretanto, Maduro estabeleceu por decreto que as próximas férias de Natal serão antecipadas para 1 de outubro. Fonte: Vatican News

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Episcopado venezuelano a Maduro: o Natal não deve ser usado para fins políticos

Nicolás Maduro anunciou que o Natal será antecipado este ano, com a celebração planejada para o dia 1º de outubro. Este decreto foi duramente criticado pelos bispos do país, que reafirmaram as datas tradicionais e o significado da festividade.

Em meio a uma grave crise política doméstica com alegações de fraude eleitoral, o ditador socialista da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou um absurdo. “É setembro e já cheira a Natal. E, por isso, este ano em homenagem a vocês, em agradecimento a vocês, vou decretar a antecipação do Natal para 1º de outubro, com paz, felicidade e segurança”, declarou Maduro durante seu programa semanal “Con Maduro+”, na última segunda-feira. O decreto determina que as decorações de Natal sejam penduradas em prédios públicos.

Não é a primeira vez que Maduro toma tais decisões. Já durante a pandemia do Coronavírus em 2019, os festejos oficiais do Natal começaram em 1º de novembro; em 2020, 15 de outubro, no ano seguinte, 4 de outubro.

A Conferência Episcopal Venezuelana criticou a instrumentalização política da celebração: “O Natal é uma celebração universal que, como tempo litúrgico, começa no dia 25 de dezembro, e pediu para que esta festividade não seja utilizada para “fins propagandísticos ou políticos particulares. O modo e o momento da sua celebração são de responsabilidade da autoridade eclesiástica que vela por manter o verdadeiro espírito e significado deste acontecimento de riqueza espiritual e histórica, pois marca o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo”.

Recentemente, Maduro também escandalizou o público ao afirmar que Jesus Cristo era palestino.

Há protestos massivos contra a vitória eleitoral de Maduro, anunciada oficialmente no final de julho. A oposição declarou que, de acordo com suas próprias contagens das atas eleitorais, seu candidato Edmundo González havia claramente vencido a eleição presidencial. Observadores eleitorais independentes confirmaram essa avaliação. Os EUA, a UE e vários países latino-americanos não reconhecem o resultado oficial e pedem uma revisão independente. Até o momento, o judiciário venezuelano recusa o acesso transparente aos documentos eleitorais. Nesta segunda-feira, também foi emitido pelo Ministério Público venezuelano um mandado de prisão contra González por crimes “associados ao terrorismo”.

A decisão de Maduro de antecipar o Natal poderá ser acompanhada pela distribuição de ajuda e refeições para bairros pobres, ação que alguns meios de comunicação descrevem como uma tentativa de consolidar sua base eleitoral.

Fonte: Gaudium Press

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Missão Ad Gentes e Sinodalidade

O Seminário Teológico São Pio X de Maputo promoveu recentemente uma reflexão sobre a Missão Ad Gentes e Sinodalidade.

Rogério Maduca - Beira, Moçambique

“A Missão Ad Gentes e a Sinodalidade: Desafios teológicos e Pastorais” foi o tema de reflexão da XIX Jornada Teológica do Seminário Teológico Interdiocesano São Pio X de Maputo, durante os dias 21, 22 e 23 de agosto, evento organizado pelos seminaristas do quarto ano, com a participação de sacerdotes entre eles formadores, religiosas e religiosos, leigos e formandos.

De acordo com o Reitor do Seminário, Padre José Pinto, pretendia-se com o evento e o tema escolhido de forma particular, ter conhecimento exaustivo sobre a Missão Ad Gentes, por ser um tema fundamental na formação de missionários.

Os seminaristas Gilberto, Marcos e o Padre António Peretta, participaram do evento e destacaram a importância da reflexão sobre a Missão Ad Gentes, tendo em conta que a Igreja Católica é missionária.

Foram 3 dias de reflexão em torno da Missão Ad Gentes, em diferentes perspectivas, a bíblica, teológica e pastoral. Dentre os oradores desta que foi a XIX Jornada Teológica, estiveram o Bispo Auxiliar de Maputo, Dom Osório Citora Afonso, o Padre António Peretta, missionário Ad Gentes e a Irmã Imaculada Tembo.

Fonte: Vatican News

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Pastoral da Criança celebra 40 anos de trabalho no sul do Brasil

"O combate pela imortalidade infantil é um sinal de que essa obra é de Deus, pois essas ações sobre nutrição, saúde, educação, cidadania e espiritualidade é uma resposta de um compromisso pela vida, foi um dos aspectos destacados em sua homilia pelo bispo referencial da Pastoral da Criança no RS, Dom Odair Miguel Gonsalves dos Santos .

Por Pe. Gerson Schmidt* 

No dia 31 de agosto, a Pastoral da Criança do Regional Sul 3 da CNBB celebrou os 40 anos de história e de serviço à vida em terras gaúchas. O evento aconteceu no Santuário Diocesano de Nossa Senhora do Caravaggio, em Farroupilha RS, na Diocese de Caxias do Sul, reunindo lideranças das 18 dioceses e arquidioceses do Estado do Rio Grande do Sul. Em torno de 1.300 integrantes da Pastoral participaram da alegre comemoração na Serra Gaúcha.

O momento festivo teve início com a acolhida de Dom Carlos Romulo Gonçalves e Silva, bispo da Diocese de Montenegro/RS, atual secretário dos bispos do Regional Sul 3 da CNBB. "Hoje é dia de festa, dia de agradecer o dom, o sim, a missão de cada uma de vocês que se dedicam a ajudar que nossas crianças tenham vida plena", disse. Participaram desse evento a Coordenadora Nacional, Maria Inês Monteiro de Freitas, a Coordenadora Estadual Nilva Canuto Libardi, a Coordenadora da Diocese de Caxias do Sul, Lúcia Maria David Rombaldi e Doracelia Melo dos Santos; sacerdotes, diáconos, familiares dos líderes e visitantes do santuário.  A coordenadora Estadual, Nilva Libardi, disse a todos: "não tenho palavras para descrever o sentimento desse grande dia de celebração. Hoje é dia de celebrar o dom da vida e da vocação de vocês, líderes e coordenadoras".

A programação iniciou na avenida Dom José Barea com uma caminhada rumo ao Santuário, onde Dom Odair Miguel Gonsalves dos Santos, bispo auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre e referencial para a Pastoral da Criança do Estado do Rio Grande do Sul, presidiu a celebração eucarística, concelebrada por Dom José Gislon, bispo da Diocese de Caxias do Sul, como anfitrião, concelebrada por sacerdotes oriundos das diversas dioceses do Estado. Na procissão de entrada, cada diocese se fazia representar com o banner de identificação.

O reitor do santuário de Caravaggio, Pe. Ricardo Fontana, deu boas-vindas a todos os romeiros e lideres da Pastoral.  Após a celebração eucarística, reuniram-se no salão para confraternização e resgate da história ao longo destes 40 anos. Deus fez abençoar o rico trabalho realizado pela Pastoral da Criança do Estado do Rio Grande do Sul.

Na homilia, Dom Odair falou da importância no combate à mortalidade infantil e lembrou Zilda Arns Neumann, irmã de Dom Paulo Evaristo Arns, fundadora da Pastoral da Criança, em 1983. Formada em medicina pela Universidade Federal do Paraná, em 1959, aprofundou-se em saúde pública, pediatria e sanitarismo, visando a salvar crianças pobres da mortalidade infantil, da desnutrição e da violência em seu contexto familiar e comunitário. Dra. Zilda, em 2004, recebeu da CNBB outra missão semelhante: fundar e coordenar a Pastoral da Pessoa Idosa. Dra. Zilda Arns Neumann recebeu o título de Cidadã Honorária de 11 estados e 37 municípios brasileiros, 19 prêmios (nacionais e internacionais) e dezenas de homenagens de governos, empresas, universidades e outras instituições, pelo trabalho realizado na Pastoral da Criança.

Homilia de Dom Odair Miguel Gonsalves dos Santos – bispo referencial da Pastoral da Criança no RS 

“Damos graças pela caminhada importante, realizada pelas lideranças e coordenadores da Pastoral da Criança do Estado do Rio Grande do Sul; 40 anos de construção de uma história de amor, tendo o objetivo de promover a saúde, o desenvolvimento integral e a qualidade de vida das crianças nas comunidades mais carentes; o bem que a Pastoral da Criança vem realizando é de suma importância.

O combate pela imortalidade infantil é um sinal de que essa obra é de Deus, pois essas ações sobre nutrição, saúde, educação, cidadania e espiritualidade é uma resposta de um compromisso pela vida. Outro ponto importante a ser destacado, são as visitas domiciliares realizadas pelas Líderes da Pastoral da Criança, as quais acompanham as gestantes e as crianças, fornecendo orientações sobre os cuidados básicos à vida, como: uma boa alimentação para gestante, amamentação, multimisturas, vacinação para as crianças etc.

O trabalho e dedicação das voluntárias, também chamadas de líderes comunitárias, é uma expressão de um amor incondicional pelo próximo. Os resultados positivos na redução da imortalidade infantil é uma resposta do amor e de cuidado para com a pessoa e para com a vida. Poderíamos dizer que essa ação transformadora das lideranças comunitárias, são vidas que transformam vidas. O trabalho silencioso das voluntarias transformam vidas, enquanto muitos discursos acadêmicos de notável reconhecimento ficam na superficialidade. É preciso descer para a realidade do mundo real e, reconhecer as ações verdadeiras que geram vida e transformam vidas, como da Pastoral da Criança.

Celebrar estes 40 anos de incansável cuidado pela vida é reconhecer a força motivadora e transformadora que encontramos nestas mulheres e homens, que fizeram, fazem e continuarão construindo um mundo melhor para muitas famílias. Quando uma criança cresce tendo os devidos cuidados, não lhe faltará a esperança por um mundo melhor. As líderes devem continuar sendo sinal de fé e esperança em muitos lugares e lares onde falta a esperança. A vida está acima de qualquer outra valoração que possamos dar.

Os talentos que Deus deu para os (as) líderes são visíveis no atendimento e na transformação de uma comunidade inteira, na construção de um futuro promissor, na diminuição de situações de pobreza, desigualdade e de violência; talentos que serão reconhecidos pelo próprio Deus, no cuidado do bem comum de todos, para com a vida; essa ação é fruto de uma espiritualidade, de uma vivência e intimidade com Deus e com Jesus Cristo.

O que não pode deixar de dizer neste dia para os (as) líderes e para todos que estão convictos dessa ação transformadora da Pastoral da Criança é: gratidão, gratidão, gratidão. A gratidão também se estender aos governantes, diáconos, padres, bispos que apoiam esse trabalho importante de proteção e cuidado da vida das nossas crianças. Nossa gratidão a todo Regional Sul 3, às Dioceses e Arquidioceses que apoiam esse trabalho. Não podemos esquecer de agradecer aos familiares dos (as) líderes que apoiam e solidarizam esse belo trabalho, os quais também estão envolvidos com essa causa.

A gratidão a todos os líderes da Pastoral da Criança já falecidos que, incansavelmente se dedicaram com muito esmero em prol da vida. Lembramos da Dra. Zilda Arns Neumann e todas as lideranças falecidas, que descansem em paz. Que Nossa Senhora do Caravaggio derrame todas as bênçãos e graças para com todos que aqui se encontram e se sensibilizam pela causa da vida” (Dom Odair Miguel Gonsalves dos Santos – Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre/RS).

*Pe. Gerson Schmidt – Jornalista e colaborador da Rádio Vaticano

Fonte: Vatican News

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COMISE do Regional Leste 3 realiza I Experiência Vocacional-Missionária de Seminaristas

O encontro missionário reuniu cerca de 30 seminaristas diocesanos e religiosos na Paróquia São José, em João Neiva, Diocese de Colatina, sendo promovido pela Coordenação Regional do Conselho Missionário de Seminaristas (COMISE).

Por Kaylan Bettim Ton*

Entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro de 2024, aconteceu na Paróquia São José, em João Neiva, Diocese de Colatina, a I Experiência Vocacional-Missionária Regional de Seminaristas. Esse encontro missionário reuniu cerca de 30 seminaristas diocesanos e religiosos, sendo promovido pela Coordenação Regional do Conselho Missionário de Seminaristas (COMISE).

O bispo diocesano de Colatina, Dom Lauro Sérgio Versiani Barbosa, presidiu a Celebração Eucarística de abertura do encontro na sexta-feira (30/08). Também participaram do início do evento o Pe. Antônio Valdeir, assessor eclesiástico do Conselho Missionário Regional, o Pe. Edgar Rigoni, reitor do Seminário de Colatina e presidente da OSIB no Regional Leste 3, e o Pe. Antonio Wilson, pároco local.

Com o tema “Chamados a Semear a Esperança e a Construir a Paz” e o lema “Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9), o encontro foi inspirado na Mensagem do Papa Francisco para o 61º Dia Mundial de Oração pelas Vocações. A Experiência Vocacional-Missionária teve como objetivos: dar testemunho da Esperança em Cristo, promovendo a fraternidade e a paz; intensificar o espírito missionário no coração dos futuros presbíteros; promover a unidade entre os seminaristas diocesanos e religiosos do Regional; consolidar a caminhada missionária do COMISE no Regional Leste 3; e conhecer a realidade da Paróquia São José, em João Neiva.

Os seminaristas foram hospedados nas diversas comunidades da paróquia e, no sábado, realizaram visitas às famílias, encontros com lideranças locais, conversas com jovens e celebrações. Essa imersão proporcionou uma vivência profunda do serviço missionário e fortaleceu o espírito comunitário entre os participantes.

O seminarista Kaylan Bettim Ton, Assessor de Comunicação do COMISE - Leste 3, expressou a importância desta experiência: “Em um mundo que clama por paz, nós, seminaristas que estamos caminhando em direção ao sacerdócio, somos convidados a ser sinais de esperança na vida de tantas pessoas que precisam. E essa Experiência Missionária nos provocou e nos possibilitou ser semeadores dessa Esperança, mesmo onde não parece haver.”

O cartaz da Experiência Vocacional-Missionária, criado pelo seminarista Pedro Henrique De Angeli, do segundo ano de Teologia da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim, simboliza o espírito dessa missão. O cartaz inclui elementos como o mapa do Espírito Santo, colorido com as cores dos continentes, a cruz representando Jesus como ponto de partida e chegada, e as sementes de esperança e paz lançadas pelos seminaristas, refletindo a missão de ser uma Igreja em saída, irradiando a luz do Evangelho.

O município de João Neiva, onde foi realizada a missão, tem forte herança italiana e uma economia baseada na agricultura familiar e agroindústria. Com 29 comunidades, sendo 17 urbanas e 12 rurais, a Paróquia São José é um centro de vivência religiosa e social, abrigando o projeto social “José Homem Justo”, coordenado pelas Irmãs de São José de Chambéry.

Assim, o COMISE consolida com esse encontro seu papel na formação missionária dos futuros presbíteros, preparando-os para servir à Igreja local e globalmente, sempre atentos ao chamado do Papa Francisco para serem “Peregrinos de Esperança e Artífices de Paz”.

A missão foi encerrada no domingo, 1º de setembro, com a Santa Missa em Ação de Graças, presidida por Dom Décio Sossai Zandonade, bispo emérito da Diocese de Colatina, na Matriz São José, com a presença do Pe. Edgar Rigoni, reitor do Seminário de Colatina e presidente da OSIB no Regional Leste 3, e do Pe. André Luciano Masarim, reitor do seminário da Diocese de São Mateus.

Em seguida, houve um café da manhã, momento de partilha, avaliação do encontro, oração final e um almoço de confraternização entre os participantes.

*Kaylan Bettim Ton - Seminarista e assessor de comunicação do COMISE Leste III

Fonte: Vatican News

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Igreja incendiada em Saint-Omer: o bispo de Arras pede para permanecer na esperança

Depois do incêndio ocorrido na segunda-feira, 2 de setembro, na Igreja da Imaculada Conceição, em Saint-Omer, no norte da França, dom Olivier Leborgne, bispo de Arras, foi até o local nesta quarta-feira para presidir um momento de oração. Diante da emoção suscitada pela destruição desta igreja, ele ofereceu o seu apoio e consolo.

Na manhã desta quarta-feira, 4, o bispo de Arras , dom Leborgne, visitou o local do desastre, observando os danos causados ​​pelo incêndio criminoso de segunda-feira, 2 de setembro, na Igreja da Imaculada Conceição O telhado e a torre sineira viraram cinza, deixando uma comunidade inteira em estado de choque.

“Confio todos vocês – moradores de Saint-Omer, bombeiros e profissionais que trabalham pela segurança de pessoas e lugares – à Virgem Maria, a quem esta igreja é dedicada”, escreveu o prelado em seu comunicado de imprensa divulgado ba na segunda-feira, convidando para um momento de oração diante das portas da igreja. Ele também celebrou uma Missa na capela Notre-Dame-des-Miracles da cidade.

O padre Sébastien Roussel, pároco, conseguiu levar o Santíssimo Sacramento para um local seguro assim que o incêndio foi controlado. A sua igreja de estilo neogótico, construída em 1854, foi restaurada em 2018.

Um “depois” já planeado pela autarquia

A emoção tocou todos os habitantes da cidade, muito além da comunidade católica. O presidente da Câmara da cidade, François Decoster, decidiu lançar esta quarta-feira uma subscrição no site da Heritage Foundation para angariar fundos para reparar a igreja incendiado.

Na França, são os municípios os responsáveis ​​pela manutenção dos locais de culto construídos antes de 1905. Para o vereador, esta iniciativa é justificada, porque “fazer mal à nossa igreja é fazer mal a toda a cidade”, afirmou ele à mídia local. “É uma verdadeira identidade para nós, um marco no nosso dia a dia, na nossa cidade e nas perifeiras”, disse ele à rádio France Bleu.

O magistrado-mor da comuna também viu “pequenos milagres” durante este incêndio, referindo-se aos ligeiros danos observados no mobiliário da igreja. No entanto, especificou que era necessário aguardar o resultado de uma perícia para saber se a estrutura do prédio estava fragilizada ou não. Ele também destacou as numerosas mensagens de apoio e solidariedade da França e do exterior.

Fonte: Vatican News

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IX Fórum China-África 2024 a decorrer em Pequim

Cinquenta e quatro representantes africanos, incluindo numerosos chefes de Estado e de Governo, assim como largas centenas de ministros estão reunidos em Pequim no IX Fórum de Cooperação China-África (FOCAC). O encontro tem lugar de 4 a 6 de setembro de 2024.

Sãozinha Vaz - Vatican News 

"Juntando as mãos para avançar na modernização e construir uma comunidade de alto nível China-África com um futuro compartilhado”, é o lema escolhido pela China para esse Fórum, que visa celebrar a amizade e traçar o caminho a seguir para a cooperação entre as duas partes.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Chen Xiaodong, indica que a cimeira deste ano terá quatro reuniões de alto nível sobre os temas da governação estatal, industrialização e modernização agrícola, paz e segurança, e cooperação de alta qualidade. Temas esses, que permitirão a todas as partes trocar opiniões sobre questões de relevo na cooperação China-África, discutir de forma mais profunda as preocupações reais e construir consensos sobre o desenvolvimento - acrescentou.

Segundo informações da Inforpress, o Governo chinês acredita que o atual Fórum vai superar as anteriores, nomeadamente as cimeiras de Beijing (em 2006 e 2018), passando pela de Joanesburgo (2015) e que representa o maior evento diplomático organizado pela China nos últimos anos, com a maior participação de líderes estrangeiros.

Muitos analistas foram contactados pela agência Lusa, para analisar o nono Fórum de Cooperação China-África e os possíveis ganhos para ambas as partes.

Paul Nantulya, investigador do Africa Center for Strategic Studies (ACSS), especialista em relações África-China, sublinha que há mais presidentes africanos a participar neste Fórum do que na Assembleia Geral da ONU, que é a maior cimeira do mundo. O FOCAC é o ponto mais importante do calendário diplomático de África”.

Por sua vez, Jana de Kluiver, investigadora do Institute for Strategic Studies (ISS), alerta que apesar das numerosas representações de alto nível e do “reforço do prestígio” deste FOCAC em relação ao anterior, em Pretória, esta primeira cimeira pós-covid não será marcada pelo aumento da “dimensão do investimentos” anunciados. Em primeiro lugar - refere - porque a China “está consciente do problema da dívida em África e da forma como a situação se apresenta a nível internacional”, e depois, porque se espera este ano um maior envolvimento do setor privado, o que “coloca uma maior ênfase na rentabilidade dos projetos, implicando projetos mais pequenos, com um retorno mais rápido”.

Em contrapartida, Kluiver acredita que se irá assistir ao anúncio do investimento em projetos de energias renováveis e no aumento de projetos relacionados com o "Crescimento Verde".

A cimeira China-África tem lugar desde o ano 2000 com uma periodicidade trienal.

Fonte: Vatican News

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Projeto do Novo Santuário Nossa Senhora de Nazaré é apresentado no Pará

O templo passará a integrar o Complexo Santuário Nossa Senhora de Nazaré, em Belém e terá capacidade para acolher 4.370 pessoas.

Belém – Pará (04/09/2024 12:39, Gaudium Press) A Diretoria da Festa do Círio de Nazaré e o governo do Pará apresentaram, na última terça-feira, 3, o projeto arquitetônico do novo templo que passará a integrar o Complexo Santuário Nossa Senhora de Nazaré, em Belém.

Capacidade para mais de 4 mil pessoas

O início das obras será em novembro deste ano, com previsão de conclusão em dois anos. O projeto é avaliado em R$ 48 milhões. O templo será erguido no terreno onde atualmente está localizado o estacionamento da Basílica e terá 10 mil metros quadrados com locais para ações sociais e estrutura para receber devotos e turistas.

A estrutura do novo Santuário terá três andares que abrigarão dois museus, lanchonetes, enfermarias, salão de exposições, salas de imprensa, centro administrativo e um mirante com cafeteria. O subsolo será usado para estacionamento. A capacidade do templo será de 4.370 lugares.

Patrimônio cultural do Estado e do Brasil

“Este é um projeto que vem há algum tempo sendo pensado e estudado dentro do plano de investimentos do estado. Vivemos um momento único, de prosperidade, e acho que a construção do Santuário vem para se somar a esse conjunto”, afirmou a vice-governadora, Hanna Ghassan.

Ela também destacou que, além do Círio “ser um patrimônio cultural do Estado e do Brasil, ele também movimenta e aquece a economia através do comércio e dos serviços. O grande movimento do Estado é no Círio de Nazaré, e, por isso, enxergamos isso como uma estratégia também de investimento do Governo do Estado para fortalecer o turismo religioso e como um todo”. (EPC)

Fonte: Gaudium Press

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Diocese de Garanhuns abre processo de beatificação de frei Caetano de Messina

Por Nathália Queiroz

A diocese de Garanhuns (PE) abriu o processo de beatificação e canonização do frei Caetano de Messina (1807-1878), conhecido como “missionário da justiça e da paz”. Ele era religioso da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e dedicou sua vida às missões em muitos lugares do Brasil no século XIX.

A cerimônia de abertura do Inquérito Canônico aconteceu no Baras Eventos, no município de Bom Conselho (PE), no sábado (31), conduzida pelo bispo de Garanhuns, dom Agnaldo Temóteo.

Em seguida, o bispo celebrou a missa na capela do Colégio de Nossa Senhora do Bom Conselho, instituição fundado pelo frei Caetano em 1853. A missa teve a participação de muitos padres, religiosas e admiradores do frei Caetano.

Frei Caetano de Messina nasceu na Itália e chegou ao Brasil em 11 de setembro de 1841, desembarcando no Recife (PE). Ele fez missões em várias cidades, vilas e povoados nos estados de Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

Dedicou-se inteiramente ao anúncio do Reino de Deus. Como filho de são Francisco, pregou o Evangelho com a própria vida e obras, preocupando-se com as necessidades espirituais e materiais da população, especialmente no Nordeste do Brasil.

No município de Bom Conselho (PE), ele fez um trabalho de desarmamento e pacificação que culminou na fundação do colégio e da Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora do Bom Conselho, em 1853. Ele tinha o objetivo de educar os jovens daquela terra. A obra se espalhou por diversos estados brasileiros e se mantém viva até hoje.

O servo de Deus morreu em 1878, aos 71 anos, em Montevidéu, no Uruguai. Três anos depois de sua morte, seus restos mortais foram transladados para a Igreja de São Sebastião, no Rio de Janeiro. Em 1996, conforme o desejo do capuchinho, seus restos mortais foram levados para o Colégio de Nossa Senhora do Bom Conselho, onde foi construído um mausoléu. Desde então, o local tem se tornado um ponto de peregrinação para aqueles que reconhecem no frei um exemplo de fé e dedicação ao próximo.

A abertura do Inquérito Canônico marca a abertura da causa de canonização, com isso ele é reconhecido como Servo de Deus. Agora a causa tem um postulador que terá a missão de investigar cuidadosamente a vida do candidato para verificar o seu testemunho de vida, as virtudes e fama de santidade. O inquérito receberá declarações e testemunhos das pessoas que o conheceram, também analisará cartas e escritos pessoais.

Comprovando a vida de fé e a vivência de virtudes heroicas, a Santa Sé concede o título de venerável. Depois, com o reconhecimento e comprovação de um milagre, ele pode ser beatificado.

Fonte: ACIDigital

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Do dia 03/9/2024

Arquidiocese de Brasília lança projeto inovador de combate à violência contra a mulher

O projeto Não Temas, Maria visa despertar a promoção da dignidade da mulher.

Izabel Fidelis - Brasília

Foi realizado no último sábado (31) o lançamento do programa Não Temas, Maria, uma iniciativa inovadora da Arquidiocese de Brasília junto com a Secretaria da Mulher do Distrito Federal.

O projeto, que tem o nome inspirado no versículo do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas (1, 30), visa oferecer suporte às mulheres vítimas de todos os tipos de violência, seja física ou psicológica, fortalecendo vínculos familiares e os valores cristãos.

Participaram do lançamento do programa o cardeal Dom Paulo César Costa, o padre Thaisson Santarém,  a professora da Universidade de Brasília, doutora Lenise Garcia, a doutora Tania Manzur e a secretária da mulher do Distrito Federal, Giselle Ferreira.

O lançamento ocorreu no teatro Pedro Calmon e contou com a presença dos fiéis da arquidiocese e membros de pastorais. O idealizador da ideia, o cardeal Dom Paulo Cesar Costa explica que a ideia nasceu a partir da visão antropológica da igreja.

"Queríamos, a partir da antropologia e da doutrina católica, criar uma grande rede de proteção e dedicação da mulher. O projeto nasce do olhar que a fé católica tem da mulher, do ser humano criado à imagem e semelhança de Deus", destaca.

Com vasta experiência em bioética e educação, a doutora Lenise Garcia lembrou sobre a importância da igreja e da sociedade acolher a mulher vítima de violência.

"A violência deveria ser algo ausente do ambiente familiar, mas há uma demanda muito grande de mulheres que buscam ajuda, e é preciso saber encaminhar essa vítima, tanto do ponto jurídico, espiritual e social. Por tanto,  é preciso estarmos preparados para saber atender."

Os altos números de violência  no Distrito Federal foi um dos fatores que também levaram a Arquidiocese a se unir em parceria com a Secretaria da Mulher pela primeira vez.  O encontro também lembrou os canais e serviços do governo que ajudam as mulheres vítimas de violência de todas as regiões do DF. De acordo com o Padre Thaissom o governo não visa fazer o papel do estado, mas sim “fazer o papel da igreja, que é de evangelizar, acolher e instruir as mulheres que vivem em situação de violência e não conhecem seus direitos.”

Fonte: Vatican News

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Cidade gaúcha ganha capela e relíquia de são João Scalabrini 120 anos depois de visita do santo

Por Natalia Zimbrão

A capela São João Batista Scalabrini foi inaugurada no domingo (1), no Complexo Cristo Protetor, em Encantado (RS). Durante a inauguração foi apresentada uma relíquia do santo que veio da Itália e ficará em exibição permanente no local. A inauguração aconteceu cerca de 120 anos depois que Scalabrini visitou a cidade de Encantado, em 1904.

O Complexo Cristo Protetor é um complexo religioso que conta com diferentes espaços, construídos em torno da estátua do Cristo Protetor de Encantado, um monumento de 43,5 metros de altura, sendo 37,5 metros de estátua e 6 metros de pedestal, e 39 metros de envergadura. O coração da estátua é um mirante, ao qual as pessoas têm acesso por um elevador.

A capela São João Batista Scalabrini é um dos espaços desse complexo. Toda envidraçada e em meio à natureza, tem uma área interna de 49,54 m² e um hall externo de 22,57 m², conta com 36 lugares em bancos de madeira e dois espaços para cadeirantes.

A missa de inauguração da capela foi celebrada pelo Superior Regional da Região Nossa Senhora Mãe dos Migrantes (RNSMM) dos Scalabrinianos, padre Alexandre Biolchi, reuniu a comunidade local e visitantes de várias regiões.

O sacerdote disse que, quando a construção de uma igreja chega ao fim, a celebração que marca a vida dela e o início de suas atividades se chama “dedicação”.

“Na dedicação da igreja, o rito consiste na aspersão da água benta, as unções do altar e das paredes da edificação, a incensação, a entronização das imagens e relíquias, e claro, a celebração da Eucaristia a Santa Missa”, disse.

O padre Biolchi levou para a capela o relicário contendo um pequeno fragmento de osso de são João Scalabrini. A relíquia ficará em exposição permanente, junto com um pedaço da mão direita da estátua do Cristo Protetor, que pesa 5 kg e foi abençoada pelo papa Francisco em agosto de 2023, no Vaticano.

O presidente da Associação Amigos de Cristo de Encantado (AACE), responsável pela construção do complexo religioso, Robison Gonzatti, entregou ao padre Biolchi a chave da capela, que foi repassada ao padre Genoir Pieta. A partir de então, o padre Pieta passou a ser o capelão da capelania São João Batista Scalabrini.

“Neste mês, a gente comemora os 120 anos da passagem de são João Batista Scalabrini pela cidade de Encantado”, disse Gonzatti. Por isso, a inauguração da capela foi um “dia de muita gratidão”, disse.

Segundo o padre Biolchi, Scalabrini chegou à cidade de Encantado em 14 de setembro de 1904, para visitar os migrantes e todos os missionários do Vale do Taquari.

 “Agora temos aqui uma capela dedicada em sua honra e também um relicário, onde fragmentos de seus ossos estão aqui presentes. Temos ao lado, o Cristo Protetor e o santo Scalabrini acolhedor, Pai apóstolo dos migrantes”, disse.

São João Batista Scalabrini

João Batista Scalabrini nasceu em 8 de julho de 1839, em Fino Mornasco, província de Como, Itália. Aos 18 anos, entrou para o seminário e foi ordenado padre em 30 de maio de 1863.

Desde jovem, tinha o sonho de ser missionário, mas obediente ao seu bispo, permaneceu na Itália. Foi professor, vice-reitor e reitor do seminário diocesano Santo Abôndio. Em 1870, foi nomeado pároco da paróquia São Bartolomeu, em Como.

Em 30 de janeiro de 1876, aos 36 anos, foi consagrado bispo de Placência. Teve vasta atividade pastoral e social. “Realizou pessoalmente cinco visitas pastorais às 365 paróquias da diocese, muitas delas localizadas longe e em situações de difícil acesso; celebrou três Sínodos, um deles dedicado ao culto eucarístico para incentivar a adoração perpétua; reorganizou os seminários, cuidando da reforma dos estudos eclesiásticos; foi infatigável na administração dos sacramentos, na pregação e na educação do povo ao amor ativo à Igreja e ao papa, no culto da verdade, da unidade e da caridade”, conta sua biografia publicada no site da Santa Sé.

Foi chamado pelo papa Pio IX de “apóstolo do catecismo”, pois queria que este fosse ensinado em todas as paróquias, incentivou a catequese de adultos e fundou a primeira revista catequética da Itália.

Também dedicou especial atenção à situação dos emigrantes italianos. Fundou em 28 de novembro de 1887 a Congregação dos Missionários de São Carlos, os Scalabrinianos, para assistência religiosa, moral, social e legal aos emigrantes. Também fundou a Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos, com o mesmo objetivo. Por essas iniciativas, foi chamado “pai dos migrantes”.

Scalabrini esteve no Brasil durante o final do século XIX e início do século XX, época em que muitos migrantes italianos vieram para o país. Ele se dedicou a “apoiar e orientar os imigrantes, especialmente aqueles que se estabeleceram na região sul do Brasil”, diz o site do Cristo Protetor de Encantado.

“A cidade de Encantado, no Vale do Taquari, teve a honra de receber a visita de João Batista Scalabrini, que, durante sua estadia, deixou uma marca permanente na comunidade local. Sua presença, junto à sociedade, contribuiu para o fortalecimento da fé e para a criação de um legado de devoção que perdura até os dias de hoje”, acrescenta.

João Batista Scalabrini morreu em 1 de junho de 1905. Foi beatificado pelo papa são João Paulo II em 9 de novembro de 1997, e canonizado pelo papa Francisco em 9 de outubro de 2022.

Fonte: ACIDigital -  na imagem, Relíquia de são João Batista Scalabrini. Imprensa Associação Amigos de Cristo Protetor

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Secretário-geral da CNBB recebe embaixador do Azerbaijão

O bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Ricardo Hoepers, recebeu em uma visita de cortesia na terça-feira, 3 de setembro, o embaixador do Azerbaijão, Rashad Novruz.

O Azerbaijão, além da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2024 (COP 29) que sediará em novembro próximo, também acolherá em seu território outros grandes eventos inter-religiosos nos próximos anos que abordarão temáticas relacionadas à tolerância religiosa, à ecologia e à sustentabilidade do planeta.

Igreja no Brasil

O encontro também foi uma oportunidade para conhecer um pouco mais a realidade sociocultural e religiosa do Azerbaijão e um momento importante para apresentar ao Embaixador à Igreja no Brasil, especialmente a sua organização, diretrizes e objetivos da CNBB.

Também participaram da reunião o subsecretário geral da CNBB, padre Leandro Megeto, o assessor da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso da Conferência, padre Marcus Barbosa e a intéprete e secretária do embaixador, Ana Luiza Honório.

Fonte: CNBB

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Milhares de devotos participam da festa em honra à Beata Isabel Cristina em Barbacena

A Arquidiocese de Mariana comemorou neste domingo, 1º de setembro, a segunda festa em memória à Beata Isabel Cristina. As festividades foram realizadas em Barbacena (MG) no dia que se recorda o seu martírio, ocorrido em 1982, e contou com a presença de milhares de fiéis de diversas cidades desta Igreja Particular e de outros municípios brasileiros.

Com a participação de religiosos (as), seminaristas, diáconos, sacerdotes e bispos, durante dez dias, a Paróquia de Nossa Senhora da Piedade louvou a Virgem Mártir com a realização da novena e da solenidade.

A programação do dia festivo foi repleta de devoção e contou com seis celebrações eucarísticas, com início às 6h, e procissão da imagem da Beata Isabel Cristina. Ao longo do domingo, os devotos também puderam visitar a capela e o memorial dedicados à jovem mineira.

À ocasião, o Arcebispo Metropolitano de Mariana, Dom Airton José dos Santos, esteve presente e presidiu a missa solene das 10h. Na homilia, ele explicou que somente as Igrejas Particulares de Mariana e Juiz de Fora podem celebrar a festa da Beata Isabel Cristina, pois são, respectivamente, onde ela nasceu e onde “entregou a vida e seu amor a Deus na Arquidiocese de Juiz de Fora”.

    “Essas duas Igrejas Particulares têm essa prerrogativa de celebrar, mesmo antes de ser santa, essa memória. […] Nas outras Igrejas do Brasil e do mundo não se celebra ainda. O culto a ela não é público, mas reservado a essas duas arquidioceses. Aqui está o privilégio de todos nós!”, detalhou Dom Airton.

Para que um culto se torne público e universal da Igreja é preciso a canonização. Para isso, o Arcebispo Metropolitano de Mariana solicitou aos fiéis que rezem para que Isabel Cristina possa, em breve, ser proclamada santa e “colocada para o nosso exemplo e para nossa edificação”.

Demais celebrações e encerramento

Recordando a descendência libanesa da Beata Isabel Cristina, às 12h, aconteceu uma Missa em Rito Maronita presidida pelo Bispo Maronita do Brasil, Dom Eddgard Madi.  Ainda, após a celebração das 15h, presidida pelo Arcebispo Emérito de Sorocaba (SP), Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues, os fiéis saíram em procissão com a imagem da Beata Isabel Cristina pelas ruas centrais de Barbacena.

As festividades em honra à Virgem e Mártir foram concluídas às 19h com a celebração da missa presidida pelo Bispo Diocesano de São João del Rei (MG), Dom José Eudes Campos do Nascimento, seguida da translação da imagem de Isabel Cristina do Santuário Arquidiocesano de Nossa Senhora da Piedade para a Capela.

Para o Pároco e Reitor do Santuário, Padre Adilson Umbelino Couto, as festividades em honra à Beata foram um tempo de bênçãos. “Tudo é graça! Muitos foram os relatos de graças alcançadas de Deus por intermédio da Beata Isabel Cristina, e também alguns depoimentos miraculosos […] Ao mesmo tempo que muitos rezavam agradecendo, outros também traziam os seus pedidos para apresentar ao Senhor, pedindo pela intercessão da Beata Isabel Cristina”, contou.

Padre Adilson ainda solicita aos fiéis que alcançarem graças ou milagres pela intercessão da Beata Isabel Cristina que comuniquem, por escrito, à Paróquia Nossa Senhora da Piedade para documentação.

Santidade para todos

Quem também esteve presente no dia festivo foi o Bispo Auxiliar de Goiânia (MG), Dom Danival Milagres Coelho, que presidiu a celebração eucarística às 8h. Na oportunidade, ele expressou sua alegria em poder participar pela segunda vez das comemorações em honra à Isabel Cristina.

    “Para mim, é uma alegria, uma graça muito grande, voltar a essa paróquia muito querida, justamente nesse dia tão especial que nós fazemos memória a nossa Beata Isabel Cristina. Dia do seu martírio, dia que que nós somos convidados a pedir a Deus a graça de ter a coragem que nossa Beata teve, para sermos testemunhos fiéis de Jesus”, disse.

Dom Danival, que foi pároco da Paróquia Nossa Senhora da Piedade, destacou também sobre o verdadeiro significado da santidade, sendo esse um chamado de Deus a todos. “Ser santo é viver uma vida de comunhão com Deus como ela soube viver. Que Deus nos abençoe e que a Beata interceda por todas as nossas famílias e pela nossa juventude”, rogou.

Celebração na Arquidiocese de Juiz de Fora

Em Juiz de Fora (MG), cidade que Isabel Cristina sofreu o martírio após uma tentativa de estupro, sua memória também foi festejada neste domingo, às 18h, na Paróquia Universitária Nossa Senhora de Fátima, na Cidade Alta.

Durante o sétimo dia da novena, o Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, também esteve presente e presidiu a celebração eucarística.

Fonte: Arquidiocese de Mariana, MG

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Rumo à Ásia e Oceania, Papa envia telegrama a 11 países

No voo direto a Jacarta, na Indonésia, e por mais de 13 horas de viagem, Francisco dirige mensagem aos chefes de Estado dos países sobrevoados: a começar pela própria Itália e depois Croácia, Bósnia-Herzegovina, Sérvia, Montenegro, Bulgária, Turquia, Irã, Paquistão, Índia e Malásia.

Andressa Collet - Vatican News

A viagem mais longa do pontificado do Papa Francisco, de 12 dias, atravessando quatro países entre Ásia e Oceania, começou nesta segunda-feira (02/09) ao completar um voo até Jacarta, na Indonésia, que durou mais de 13 horas. O Pontífice partiu da Itália para cumprir agenda de uma missão internacional focada na proximidade com os fiéis e no diálogo inter-religioso para a construção de uma realidade mais fraterna e solidária.

Durante o voo, porém, a mensagem do Papa foi dirigida a chefes de Estado de 11 países sobrevoados: a começar pela própria Itália e depois Croácia, Bósnia-Herzegovina, Sérvia, Montenegro, Bulgária, Turquia, Irã, Paquistão, Índia e Malásia. Ao deixar o Aeroporto Internacional Leonardo da Vinci, em Fiumicino, na grande Roma, Francisco enviou um telegrama ao presidente da Itália, Sergio Mattarella, prestes a partir para a viagem onde irá encontrar os "irmãos na fé e todos aqueles que, naquelas nações ricas em valores humanos e espirituais, foram testemunhas da comunhão solidária e do diálogo, mesmo em tempos e situações marcados pela provação". A saudação ao presidente e ao povo italiano veio acompanhada de cordiais votos de paz e prosperidade.

Os outros telegramas foram dirigidos em língua inglesa, primeiro ao presidente da República da Croácia, Zoran Milanović, em Zagreb. Francisco disse rezar pelo povo e "invocou bênçãos de sabedoria e unidade" sobre a nação.

Ao sobrevoar o espaço aéreo da Bósnia-Herzegovina no início da viagem apostólica à Indonésia, Francisco se dirigiu ao presidente Denis Bećirović em Sarajevo: assegurou oração e invocou sobre o país as bênçãos de "paz e saúde".

Já ao presidente da República da Sérvia em Belgrado, Aleksandar Vučić, enviou saudações aos cidadãos e disse rezar "para que Deus Todo-Poderoso abençoe generosamente a nação com os dons da solidariedade e da paz". Ao presidente de Montenegro, Jakov Milatović, Francisco recordou com alegria da visita do chefe de Estado no Vaticano no início do ano e disse que reza para que a nação "possa desfrutar de harmonia e paz fraternas".

Ao sobrevoar a Bulgária, Franciscou saudou o presidente em Sófia, Rumen Radev, e também lembrou com carinho da recente visita do chefe de Estado no Vaticano, assegurando "orações pela prosperidade da nação". 

Já ao presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, em Ancara, o Papa recordou do recente encontro na Itália com o chefe de Estado, durante o summit do G7. O Pontífice escreveu ainda que reza ao povo do país, invocando "abundantes bênçãos divinas". Ao sobrevoar o Irã, Francisco saudou o presidente do país, Masoud Pezeshkian, em Teheran, e toda a população, rezando para que Deus "abençoe abundantemente o país com o dom da paz".

Ao sobrevoar a República Islâmica do Paquistão, o Papa enviou um telegrama ao presidente em Islamabad, Asif Ali Zardari, dizendo rezar "para que a nação seja abençoada com fraternidade e paz". Já através da presidente Droupadi Murmu da República da Índia, em Nova Delhi, o Papa saudou o povo indiano, rezando "para que o Todo-Poderoso conceda abundantes bênçãos de paz e saúde".

Por fim, antes de chegar à Jacarta, na Indonésia, Francisco enviou um telegrama ao sultão Ibrahim Iskandar, o 17º monarca da Malásia, dizendo: "assegurando-lhes minhas orações pelo bem-estar da nação, invoco sobre todos vocês as bênçãos divinas da unidade e da paz".

Fonte: Vatican News

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O Papa na Indonésia. Jakarta Post: advertência também sobre democracia e direitos humanos

O Pontífice já se encontra em terras indonésias. Na manhã de 4 de setembro, o primeiro compromisso oficial no palácio presidencial. Joko Widodo: “Francisco é um grande líder global, falaremos também sobre a Ucrânia e Gaza”. A expectativa para o encontro com o Grão Imame Nazaruddin Umar, com quem o Pontífice assinará uma declaração conjunta depois de passar pelo túnel que liga a mesquita à catedral

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O Papa Francisco se encontra em terras indonésias desde a manhã de terça-feira (03/09) nesta sua viagem apostólica que o levará à Ásia e à Oceania até 13 de setembro, com etapas na Indonésia, Papua-Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura. Depois de um voo de 13 horas, o Santo Padre chegou ao Aeroporto Internacional Sukarno-Hatta, em Jacarta, às 11h19 (horário local), de onde - depois de receber as boas-vindas em nome do governo pelo Ministro dos Assuntos Religiosos – se dirigiu para a Nunciatura Apostólica para descansar pelo resto do dia. No primeiro compromisso oficial na Indonésia, o encontro com o presidente Joko Widodo, na manhã de quarta-feira, 4 de setembro, no palácio presidencial, na Praça Merdeka, a mesma praça onde se encontram a Catedral de Nossa Senhora da Assunção e a Mesquita Istiqlal, a maior do Sudeste Asiático.

A Indonésia aguardou ansiosamente a chegada de Francisco. Falando à mídia local enquanto visitava um projeto em Tasikmalaya, na província de Java Ocidental, dias atrás, o próprio presidente Jokowi confirmou a relevância do evento para todo o país. “É a visita não apenas do líder máximo da Igreja católica, mas também de uma figura proeminente reconhecida internacionalmente. No encontro de uma hora, em 4 de setembro, discutiremos questões globais”, disse ele, referindo-se expressamente também às guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza. “Na minha opinião, esses temas candentes são os mais relevantes e urgentes”, acrescentou ele. ”Entretanto, algumas questões políticas violentas e menos graves em outros países também se tornaram nossas preocupações comuns e precisam de nossa atenção". Ainda não está claro se e qual será o papel do presidente eleito Prabowo Subianto, que assumirá o cargo em algumas semanas, nessas conversas.

Diálogo inter-religioso

Joko Widodo também expressou pessoalmente seu desejo de acompanhar o Papa Francisco em 5 de setembro, durante sua tão esperada visita à Mesquita Istiqlal, onde o Pontífice - depois de percorrer o túnel da amizade que a conecta à Catedral de Nossa Senhora da Assunção - assinará com o Grão Imame Nazaruddin Umar uma declaração conjunta inspirada no documento sobre a Fraternidade Humana de Abu Dhabi. O túnel que liga a Catedral de Jacarta e a mesquita Istiqlal”, explica o presidente da Conferência episcopal, dom Antonius Subianto Bunjamin, a AsiaNews, ‘é significativo para a Indonésia como um símbolo de vida em harmonia e tolerância na aceitação das diferenças’.

Esse espírito de grande hospitalidade também é confirmado por irmã Wilma, uma missionária carmelita de Kerala que, desde 2016, vive seu ministério como formadora entre as irmãs em Kupang, na ilha de Flores, a área onde a presença católica é mais forte. “As pessoas aqui querem muito bem aos religiosos e demonstram uma hospitalidade especial para com os estrangeiros. Aprendi muitas coisas bonitas com essas pessoas que vivem a fé, pessoas simples, muito respeitosas, que vivem harmoniosamente com seus irmãos de outras religiões”.

O próprio presidente Joko Widodo disse que também queria participar da Missa que o Papa Francisco presidirá no estádio “Bung Karno” com 60 bispos, dezenas de cardeais indonésios e estrangeiros e 800 sacerdotes. Espera-se que cerca de 88 mil católicos de todo o país participem do rito, enquanto muitos outros milhares se juntarão virtualmente por meio de plataformas de mídia on-line e em celebrações eucarísticas a serem realizadas em paróquias. Como o Papa Francisco só fará uma etapa em Jacarta, outros católicos indonésios também viajarão para Dili, no Timor-Leste, onde o Papa presidirá a Eucaristia na terça-feira, 10 de setembro.

Grande atenção da mídia para a visita do Pontífice

A visita do Pontífice também está sendo observada com grande atenção pela mídia do país, e não apenas no que diz respeito à questão das boas relações entre cristãos e muçulmanos. Em um comentário publicado na segunda-feira (02/09), o Jakarta Post convida as pessoas a verem a visita do Papa também como uma oportunidade de refletir sobre a turbulência política que abalou o país nas últimas semanas. “A visita do Papa Francisco à Indonésia - escreve o diário de língua inglesa de Jacarta - não poderia vir em melhor hora, depois de um período tumultuado durante o qual o país mais uma vez se levantou contra a tentativa dos que estão no poder de enterrar a democracia. É claro que o Papa não abordará a regressão democrática pela qual a Indonésia e seu povo estão passando, nem pretende abordar os desastres ambientais e humanitários que assolam o país devido à exploração excessiva dos recursos naturais e à corrupção desenfreada. Mas sua visita diz muito sobre sua posição de apoio aos valores da democracia e dos direitos humanos, que não tem fronteiras nacionais ou religiosas”.

O editorial menciona expressamente as palavras duras de Francisco durante as recentes eleições para o Parlamento Europeu sobre o populismo e o fato de que a democracia não está bem de saúde no mundo de hoje. “Embora ele não estivesse se referindo a nenhuma região do mundo em particular”, comenta o Jakarta Post, “a democracia da Indonésia certamente tem estado doente nos últimos anos, com o establishment político esmagando a oposição popular a projetos de lei controversos considerados como fortalecedores do poder das oligarquias”.

(com AsiaNews)

Fonte: Vatican News

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Papa a jovens italianos: rezemos mais pela paz para que ela chegue logo

Enquanto Francisco começa a viagem apostólica pela Indonésia, cerca de 500 jovens estão reunidos na Costa Amalfitana em comunhão pela paz que, segundo o Papa em mensagem enviada nesta terça-feira (03/09) ao grupo, deve ser invocada "com fé e confiança" através da oração: "vamos nos comprometer diariamente com a oração pessoal pela paz".

Andressa Collet - Vatican News

Em comunhão com o Papa Francisco que chegou na Indonésia para a missão internacional de 12 dias pela Ásia, cerca de 500 jovens da Arquidiocese de Amalfi-Cava de' Tirreni estão reunidos nesta terça-feira (03/09) em Scala, o vilarejo mais antigo da Costa Amalfitana, na província de Salerno, na Itália. O encontro “Instrumentos de Paz”, seguindo os passos e o exemplo do beato Gerardo Sasso (1040-1120), está sendo realizado na Catedral de São Lourenço. Para a ocasião, o Pontífice enviou uma mensagem, data de 30 de agosto, que começou saudando o arcebispo local, dom Orazio Soricelli e parabenizando pela escolha do argumento de confronto, em torno da paz, da solidariedade, do acolhimento e da amizade:

“Queridos jovens, vocês escolheram um belo tema! É a urgência que estamos experimentando diante das guerras e das muitas pessoas que perdem a vida todos os dias, crianças, idosos, jovens, homens e mulheres. Jesus vive e quer vocês vivos! Sem a paz não há vida. Há somente morte e destruição.”

Como nos tornarmos instrumentos de paz

Para percorrer um caminho de paz, então, o Papa sugeriu três formas "seguras" para se tornar instrumentos de paz. A primeira é preencher o dia com gestos de paz, escreveu Francisco, aprofundando a história de vida do beato Sasso, fundador da Ordem Ordem dos Hospitalários de São João de Jerusalém que depois de tornou a Ordem Militar Soberana dos Cavaleiros de Malta. Em um período de guerra, "ele criou o primeiro hospital inter-religioso em Jerusalém", recordou o Pontífice, ao encorajar os jovens, dizendo:

"Vocês também, seguindo o exemplo dele, podem construir pontes de amizade e solidariedade mútua. Iluminem cada hora do seus dias fazendo um gesto de paz: um gesto de serviço, de ternura, de perdão."

A segunda maneira, segundo o Papa, é rezar pela paz com o coração, sobretudo diante da impotência vivida com o drama dos cenários mundiais:

“Temos uma arma muito eficaz que é a oração. Vamos usá-la! Rezemos mais pela paz, para que ela chegue logo. Vamos invocá-la com fé e confiança! Vamos nos comprometer diariamente com a oração pessoal pela paz. Vamos nos reunir para compartilhar momentos de adoração eucarística diante do Senhor, Rei da Paz.”

Francisco, então, sugeriu a terceira maneira para se tornar instrumento de paz: viver como peregrino de esperança, com coragem e sem se cansar "de sonhar com a paz justa e a fraternidade":

"Olhem para além da noite! Não cedam ao pensamento de que a guerra pode resolver os problemas e levar à paz. A guerra é sempre uma derrota, uma rendição vergonhosa diante das forças do mal. Lembremo-nos de todas as vítimas, que nunca devemos esquecer, e que essa lembrança nos abra concretamente para encontrar um caminho de reconciliação no presente."

Fonte: Vatican News

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Proximidade do Papa ao cardeal Parolin pela morte de sua mãe Ada

Em um telegrama, Francisco expressa sua participação espiritual no luto que atingiu a família do secretário de Estado, originário de Schiavon, na região do Vêneto, norte da Itália, assegurando sua proximidade “neste momento particular de sofrimento humano”. As exéquias foram celebradas na manhã desta terça-feira (03/09) em Schiavon pelo purpurado

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O Papa Francisco, em um telegrama ao cardeal secretário de Estado Pietro Parolin, divulgado esta terça-feira (03/09), “informado da morte de sua querida mãe, Sra. Ada”, no sábado, 31 de agosto, participa espiritualmente “do luto que atingiu sua família”, assegurando sua proximidade “neste momento particular de sofrimento humano”. E ao tempo em que confio “a amada parente à misericórdia do Pai doador da vida”, escreve o Papa, “elevo a minha oração ao Senhor para que a receba na alegria eterna, e para todos vós, familiares, que choram a sua morte, invoco a consolação na fé em Cristo ressuscitado e envio de coração a minha bênção paterna”.

As exéquias de Ada Miotti Parolin, que faleceu serenamente aos 96 anos de idade, celebradas pelo cardeal, foram realizadas na manhã desta terça-feira, 3 de setembro, às 9h30 locais, na Igreja paroquial de Schiavon, na província e Diocese de Vicenza, região italiana do Vênto. “Obrigado, mamãe, em seu colo aprendemos a conhecer o Evangelho”, disse Parolin em sua homilia, com a voz embargada pela emoção, enfatizando que ”hoje, na mamãe, a fé na ressurreição na qual acreditamos foi realizada. Ela, que agora nos vê aqui, ficaria feliz e grata por essa vossa grande participação”. Após as exéquias, os restos mortais são enterrados no cemitério de Schiavon. Na segunda-feira, 2 de setembro, às 19h30 locais, foi realizada uma vigília de oração na Igreja de Schiavon.

Fonte: Vatican News

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Cardeal Parolin: conhecemos o Evangelho no colo da mãe

O secretário de Estado do Vaticano celebrou na manhã desta terça-feira (03/09) em Schiavon, na província italiana de Vicenza, o funeral da sua mãe Ada Miotti Parolin, que faleceu no último sábado (31/08) aos 96 anos de idade. Uma mensagem do Papa Francisco foi lida no início do funeral. Centenas de pessoas participaram da cerimônia.

Alvise Sperandio - Schiavon (Vicenza, Itália)

“Obrigado, mamãe, em seu colo aprendemos a conhecer o Evangelho. Na senhora, hoje, se realiza aquela fé na ressurreição na qual acreditamos”. Com essas palavras, pronunciadas com a voz embargada pela emoção, o cardeal Pietro Parolin celebrou nesta terça-feira, 3 de setembro, o funeral da sua mãe Ada Miotti, que faleceu no último sábado (31/08), aos 96 anos, na Casa Gerosa, em Bassano del Grappa. Toda a cidade de Schiavon, a cidade natal do cardeal na província italiana de Vicenza, quis se reunir em torno do secretário de Estado, dos irmãos Maria Rosa e Giovanni, e de todos os membros da família, no momento da despedida na igreja paroquial: primeiro na noite anterior com a oração do terço, e depois na manhã desta terça (03/09) com o funeral. "Jesus cumpriu o que foi dito e prometido no mistério pascal”, disse o cardeal. "Estamos convencidos de que Aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos ressuscitará com Jesus e vai nos querer ao lado dele (...) Essa é a fé que a minha mãe me ensinou e que hoje encontra nela a plena realização e consumação".

A homenagem de toda a cidade

A igreja estava lotada para a celebração com centenas de pessoas presentes. Concelebrando no presbitério estavam o cardeal Konrad Krajewski e o bispo de Vicenza, dom Giuliano Brugnotto. O arcebispo Luigi Russo, secretário das Representações Pontifícias e vários bispos da conferência episcopal também estavam presentes: o bispo de Verona, dom Domenico Pompili; o de Pordenone, dom Giuseppe Pellegrini; os eméritos Beniamino Pizziol, Adriano Tessarollo e Egidio Bisol, bem como Flaviano Rami Al Kabalan, procurador dos siro-malabares na Itália. Havia muitos padres, cerca de 50, incluindo o pároco local de Schiavon e Longa, Pe. Luciano Attorni, e várias religiosas. Havia também muitas autoridades civis e militares.

As condolências do Papa Francisco

No início da missa, foi lida uma mensagem de condolências enviada ao cardeal Parolin pelo Papa Francisco, que havia chegado recentemente à Ásia para o início da viagem apostólica. “Informado da morte da querida mãe”, dizia o telegrama, "participo espiritualmente do luto que afetou a sua família, assegurando-lhes minha proximidade neste momento particular de sofrimento humano". Uma mensagem privada do cardeal Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana, também foi acrescentada ao telegrama de Francisco, assegurando oração e bênção.

Três figuras fundamentais

Em sua homilia, o cardeal Parolin afirmou que “a mãe adormeceu serenamente no Senhor. Eu a imagino sendo recebida na porta do Paraíso, não apenas pelo Salvador, mas pela Virgem Maria, de quem era muito devota, e por São Pedro, e por outras três pessoas. A primeira é o pai Luigi: ela me confidenciou que havia se apaixonado por ele, impressionada com sua maneira de rezar nesta igreja, algo que não acontece mais hoje em dia. Foi uma linda e infelizmente curta história de amor conjugal. Hoje eles se reencontram 59 anos depois, em um abraço que ninguém jamais conseguirá dissolver e que durará por toda a eternidade”.

O purpurado então lembrou “Pe. Angelo Fornase, pároco de Schiavon de 1961 a 1981, que a acompanhou nos momentos ruins, como a morte do meu pai, e nos bons, como a minha ordenação sacerdotal. E o diretor da escola, Sartor, com quem ela colaborou por muito tempo como professora do ensino fundamental. Menciono essas pessoas para nomear as três esferas, família, igreja e escola, nas quais mamãe se empenhou, dando tudo de si e nos ensinando a dar tudo de si. Ela tinha um amor imenso por nós, filhos, educou-nos e acompanhou-nos com coragem e fortaleza.

O amor pela Igreja

E ela tinha um amor imenso pela Igreja desde a sua juventude, em Villa Raspa, de onde era originária. Certa vez, quando estávamos conversando sobre a crise de fé em nossos tempos, ela disse algo assim: 'Não consigo entender aqueles que abandonam a Igreja, que é nossa mãe. Aprendemos a conhecer o Evangelho no seu colo'”. O cardeal Parolin enfatizou que, seguindo o exemplo da mãe, “é possível seguir Jesus e amar o Evangelho, amar a Deus e ao próximo seguindo os mandamentos. Vivemos em uma época em que as agências educacionais lutam para encontrar colaboração e sinergia. A mãe nos mostrou a unidade da sua pessoa, e nós, os três filhos, somos gratos e agradecidos a ela. Vamos nos esforçar para convergir, para que o futuro dos jovens seja belo e cheio de esperança”.

No final da missa, o secretário de Estado agradeceu a todos por sua proximidade, começando pelo Papa Francisco. Outra mensagem veio do arcebispo Peña Parra, substituto para Assuntos Gerais. O cardeal Parolin dirigiu um pensamento especial às Irmãs de Caridade da Casa Gerosa e a todos aqueles que cuidaram de Ada durante o último ano na instituição. Após a celebração, o caixão foi levado para o cemitério adjacente em Schiavon para ser enterrado na capela da família, logo acima do seu marido Luigi, que morreu em 1965 com apenas 44 anos de idade. Recitando a última oração, o rosto do cardeal Parolin se encheu de lágrimas enquanto os parentes se despediam de Ada, beijando um por um o caixão.

Fonte: Vatican News

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A Igreja Católica na Indonésia

A Indonésia já foi visitada por São Paulo VI, que esteve em Jacarta em 3 de dezembro de 1970, no âmbito da sua Viagem Apostólica à Ásia Oriental, Oceania e Austrália (25 de novembro - 5 de dezembro de 1970), e São João Paulo II, que visitou o país de 9 a 13 de outubro de 1989 no âmbito da sua 44ª Viagem Apostólica internacional, com etapas em Jacarta, Java, Flores e Timor Leste.

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A Igreja Católica tem na Indonésia 39 circunscrições eclesiásticas (incluindo uma nova diocese criada em 21 de junho de 2024), 1.456 paróquias, além de outros 1.456 centros pastorais. O rebanho é guiado por 50 bispos, 5.903 sacerdotes (2.466 sacerdotes diocesanos e 3.437 sacerdotes religiosos).

Há 7 diáconos permanentes, 1.801 religiosos não sacerdotes, 9.658 religiosas professas, 22 membros de Institutos Seculares, 14.724 missionários leigos, 21.932 catequistas.

Em relação às vocações sacerdotais, há 3.945 seminaristas menores e 4.024 seminaristas maiores.

A Igreja administra no país 4.140 escolas maternas e primárias; 1.407 médias inferiores e secundárias e 137 superiores e universidades, atendendo um total de 964.486 estudantes.

A Igreja também é proprietária ou administra 131 hospitais, 140 ambulatórios, 10 leprosários, 57 casas para idosos, pessoas com invalidez ou com deficiência, 126 orfanatrófios ou jardins da infância, 31 consultórios familiares, 10 centros especiais de educação e reeducação social e 215 outras instituições.

Arquidiocese de Jacarta  

A Arquidiocese de Jacarta (22 de agosto de 1973), antiga Djakarta (3 de janeiro de 1961), antigo Vicariato Apostólico (7 de fevereiro de 1950), antiga Batávia (3 de abril de 1841) tem 10.775 km²,  20.635.210 habitantes, 561.665 católicos, 68 paróquias, 4 igrejas, 75 sacerdotes diocesanos, 279 sacerdotes regulares residentes na diocese, 49 seminaristas dos cursos de Filosofia e Teologia, 458 membros de institutos religiosos masculinos, 640 membros de institutos religiosos femininos, 492 institutos de educação, 18 institutos de beneficência; 4.922 batismos. 

O arcebispo de Jacarta é o cardeal Ignatius Suharyo Hardjoatmodjo, nascido em Sedayu, Arquidiocese de Semarang, em 9 de julho de 1950; ordenado em 26 de janeiro de 1976; eleito em Semarang em 21 de abril de 1997; consagrado em 22 de agosto de 1997; nomeado coadjutor de Jacarta em 25 de julho de 2009.

As origens da Igreja na Indonésia 

O cristianismo chegou à Indonésia graças aos nestorianos no século VII, mas foi apenas no século XVI que, graças à pregação de alguns missionários católicos que seguiram os portugueses, incluindo São Francisco Xavier, a evangelização ganhou força. A chegada dos holandeses, que expulsaram os portugueses em 1605, introduziu na Indonésia o protestantismo calvinista e o catolicismo foi banido do arquipélago até 1806. Os missionários católicos puderam regressar à Indonésia em 1807, quando a primeira Prefeitura Apostólica foi erguida em Batávia (Jacarta). A Igreja Católica consolidará a sua presença no decorrer dos séculos XIX e XX com a chegada de outros missionários de diversas congregações religiosas, entre os quais se destaca o sacerdote jesuíta holandês padre Franciscus Georgius Josephus van Lith SJ (1863–1926), fundador de inúmeras escolas.

Século XX 

Nas duas primeiras décadas do século XX, novas Prefeituras Apostólicas foram erigidas e as regiões orientais foram confiada aos Missionários do Sagrado Coração (MSC): Bornéu e Sumatra aos Capuchinhos, e Nusa Teggara e Flores aos Missionários Verbitas.

Em 1924, os bispos da Indonésia realizaram a sua primeira encontro quinquenal. As reuniões foram suspensas durante a ocupação japonesa (1942-45) que marcou um brusco retrocesso para a Igreja com a prisão de quase todos os missionários presentes no arquipélago.

A consagração do primeiro bispo indígena, o jesuíta Albertus Soegijapranata, remonta a 1940. Outro jesuíta, o holandês L. Swaans, foi o responsável pela fundação em Jacarta do primeiro semanário católico indonésio, o “De Katholieke Week” (hoje “Hidup” – “Vida”), que se tornará o ponto de referência para a informação católica em o país.

Após o estabelecimento de relações diplomáticas entre a Santa Sé e a República da Indonésia em 1950, os bispos da Indonésia retomaram as suas sessões plenárias em 1955, estabelecendo o Conselho Supremo dos Bispos da Indonésia (MAWI), núcleo do qual nasceu a Conferência Episcopal Indonésia em 1987. (Konferensi Waligereja Indonesia, KWI).

Em 1961, o Papa São João XXIII instituiu a hierarquia católica dividindo o território em seis províncias eclesiásticas. Em 1967, dom Justinus Darmowujono (1914-1994) tornou-se o primeiro cardeal indonésio. Depois do Concílio Vaticano II, no qual também participaram alguns bispos indonésios, em 1970 o episcopado indonésio emitiu as primeiras diretivas sobre o comportamento dos católicos na sociedade indonésia com base em Pancasila. A defesa dos cinco princípios constitucionais sobre os quais se baseia o Estado indonésio será uma característica constante da Igreja indonésia nas próximas décadas.

A Indonésia já foi visitada por dois Pontífices. O primeiro foi São Paulo VI, que visitou Jacarta em 3 de dezembro de 1970, no âmbito da sua Viagem Apostólica à Ásia Oriental, Oceania e Austrália (25 de novembro - 5 de dezembro de 1970), onde foi recebido pelo presidente indonésio Suharto e celebrou a Missa no estádio de a capital. São João Paulo II visitou o país de 9 a 13 de outubro de 1989 no âmbito da sua 44ª Viagem Apostólica internacional, com etapas em Jacarta, Java, Flores e Timor Leste.

A Igreja na Indonésia hoje 

Entre tolerância e fundamentalismo 

Com uma população de cerca de 276 milhões de habitantes, a Indonésia é o país muçulmano mais populoso do mundo: o Islã é professado por quase 90% da população. De maioria muçulmana, a Indonésia não é, no entanto, um Estado confessional islâmico, mas está alicerçado na Pancasila, os cinco princípios inscritos na Constituição (fé em um único Deus supremo; humanidade justa e civil; unidade; democracia guiada pela sabedoria; justiça social) que garantem a liberdade de todos os crentes.

A sociedade indonésia é de fato multirreligiosa e multiétnica, tanto que o lema do país é “unidade na diversidade”, uma particularidade que contribuiu para o carácter historicamente tolerante do Islã no país. A comunidade católica também beneficiou desta tolerância. Isto é confirmado pelas boas relações entre a Igreja e o Estado indonésio (que mantém relações diplomáticas com a Santa Sé desde 1950) seladas pelas Viagens Apostólicas de Paulo VI, em 1970, e de João Paulo II, e 1989, e concretizadas nos últimos tempos também em projetos de colaboração na área da educação e da cultura. Esta harmonia foi reafirmada, entre outras coisas, durante a visita oficial ao país do cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin em 2015.

No entanto, não faltaram dificuldades e conflitos. Várias disposições do sistema jurídico indonésio penalizam as minorias. É o caso da abusada lei sobre a blasfêmia, da legislação sobre a construção de locais de culto (regulamentada por dois decretos de 1969 e 2006) e da lei sobre os matrimônios, que reconhece valor jurídico apenas às uniões celebradas de acordo com o ritos e normas de uma única religião, proibindo assim os matrimônios mistos.

A principal ameaça à paz e à harmonia religiosa é representada pela propagação do islamismo radical (promovida também por pregadores estrangeiros), que nas últimas décadas fomentou conflitos sectários em várias partes do arquipélago, fazendo surgir redes terroristas locais ligadas a Al-Qaeda e ao Estado Islâmico.

Nos últimos anos, alguns relatórios registaram uma escalada de violência e discriminação contra minorias religiosas, incluindo os cristãos. A maior parte das violações foi registada na Província de Java Ocidental, em Sumatra, na área metropolitana de Jacarta e na Província autônoma de Aceh, onde vigora a Sharia. Também foram registados episódios de fundamentalismo islâmico nas Molucas durante o conflito sangrento que entre 1999 e 2001 envolveu as comunidades cristã (protestante) e muçulmana. Grupos islâmicos foram, entre outras coisas, protagonistas da violenta campanha contra o governador de Jacarta Basuki Tjahaja Purnama, cristão e de etnia chinesa, acusado de blasfêmia e condenado por isso em 2017.

A existência desses grupos extremistas é contrabalanceada por um número significativo de muçulmanos moderados, líderes e intelectuais abertos ao diálogo. Um esforço ativamente partilhado pela Igreja Católica que tem como um dos seus pontos focais a promoção do diálogo inter-religioso e dos princípios de harmonia da Pancasila.

Uma realidade minoritária, mas dinâmica e crescente 

Presente no arquipélago desde o século XVI, a Igreja Católica tem crescido de forma constante desde o século XIX graças à sua capacidade de inculturar o Evangelho. Ela conta hoje com mais de 8 milhões de fiéis, o que equivale a pouco mais de 3% da população e continua a crescer.

A presença de católicos no território não é homogênea: por um lado, há as Dioceses de Ende, Ruteni, Atambua e Larantuka que são quase inteiramente católicas, no outro extremo, há pelo menos oito em que a comunidade católica não não supera 1% do população residente.

Pequena em número, a comunidade católica indonésia é uma realidade viva e dinâmica, na qual os fiéis leigos gozam de um espaço significativo na pastoral, participando também ativamente na vida social, econômica e política do país. Por outro lado, no entanto, na última década assistiu-se a um declínio das vocações religiosas: em comparação com a década de 1980, os noviciados das casas religiosas femininas e masculinas têm um número muito menor de postulantes e noviços,  um declínio considerado preocupante.

Uma Igreja presente na sociedade 

Reconhecida e apreciada pelas suas atividades sociais, sanitárias, culturais e educativas que respeitam os diferentes grupos étnicos e culturas do país, a Igreja na Indonésia também está muito presente nas questões que estão no centro do debate público nacional.

Dos repetidos apelos contra a pena de morte (em vigor), à oposição à legalização do aborto, às repetidas denúncias contra a corrupção, aos apelos pela proteção do ambiente, a defesa ativa dos princípios da Pancasila contra qualquer fundamentalismo, os bispos nunca deixaram de fazer ouvir a sua voz sobre os vários problemas da sociedade indonésia. Esta importante contribuição foi sublinhada durante a Assembleia Plenária da KWI, em novembro de 2018, dedicada ao tema da vocação da Igreja na Nação.

As prioridades pastorais da Igreja indonésia 

Perante os desafios apresentados pelo complexo e mutável contexto religioso, cultural e social indonésio, a ação da Igreja nos últimos anos seguiu algumas orientações básicas, traçadas pelos bispos em 2014: o relançamento do caminho pastoral e missionário (também por meio de novos meios de comunicação), seguindo o caminho traçado pelo Papa Francisco na Evangelii Gaudium e no seu modelo de “Igreja em saída”; a valorização do multiculturalismo como riqueza para a Igreja; o fortalecimento do diálogo inter-religioso; a promoção de iniciativas de caridade.

Nesta perspectiva, os bispos centraram a sua atenção em particular nos jovens, para que se tornem protagonistas do anúncio de Cristo na sociedade multicultural indonésia e “agentes de mudança” para a justiça e a paz no seu país.

Com este espírito, os bispos lançaram a Jornada indonésia da Juventude, um evento que desde 2012 reúne jovens católicos de toda a Indonésia a cada 4 anos. Um espírito sublinhado pelos temas escolhidos para as duas primeiras edições, “100% católico, 100% indonésio” (2012) e “A alegria do Evangelho na sociedade pluralista indonésia” (2016), mas também pelo tema da Sétima Jornada Asiática da Juventude, organizado pela primeira na Indonésia em 2017: “Juventude Asiática em festa: Viver o Evangelho na Ásia Multicultural”.

Juntamente com os jovens, os bispos querem também promover o protagonismo das famílias católicas na evangelização na sociedade plural da Indonésia. Esta foi uma das principais indicações que emergiram da Conferência Nacional da Igreja Católica Indonésia sobre a Família de 2015 (Sagki 2015) intitulada “A família católica. Evangelho de esperança. A sua vocação e a sua missão na Igreja e na sociedade plural indonésia", na linha dos temas abordados durante os dois Sínodos dos Bispos em Roma em 2014 e 2015.  Uma oportunidade também para reiterar a atenção da Igreja aos problemas e sofrimentos das famílias indonésias e reiterar o papel fundamental da família na sociedade.

O diálogo com as outras Igrejas Cristãs 

O diálogo ecumênico está bem consolidado na Indonésia e torna-se ainda mais importante pelo fato de os cristãos serem uma minoria, cerca de 10 por cento da população, composta por protestantes de várias denominações, católicos, ortodoxos e evangélicos (estes últimos chegados no início do século 20 dos Estados Unidos). Esta multiplicidade de Igrejas Cristãs funciona em diferentes plataformas, entre as quais se destaca a Comunhão das Igrejas na Indonésia (PGI), nascida em 1950 com um nome diferente e formada por Igrejas Protestantes tradicionais, com as quais a Conferência Episcopal colabora estreitamente há algum tempo.

Desde 1980, a IGP e a KWI enviam também uma mensagem conjunta de Natal e em 2019 as instituições e grupos eclesiais colaboraram na preparação do subsídio para a anual Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (17 a 25 de janeiro). A trabalhar no subsídio de oração estava um grupo ecumênico cooptado pela Comunhão de Igrejas da Indonésia sob a liderança da Reverenda Henriette T. Hutabarat Lebang, e pela Conferência Episcopal Indonésia (Konferensi Waligereja Indonesia, KWI) sob a presidência do cardeal Ignatius Suharyo . Além disso, a KWI e a PGI trabalham juntas como membros da FUKRI, que também inclui a Irmandade de Igrejas e Instituições Evangélicas (PGLII), a Irmandade de Igrejas Pentecostais (PGPI), a Irmandade de Igrejas Batistas, o Exército de Salvação, a Igreja Adventista do Sétimo Dia e a Igreja Ortodoxa que se encontram mensalmente para discutir temas de interesse comum.

Fonte: Vatican News

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Os programas da Caritas nos países asiáticos visitados pelo Papa

Na Indonésia, Papua-Nova Guiné e Timor-Leste, a Igreja Católica fornece 25% da assistência aos pobres. O diretor local afirma: "A visita de Francisco é um símbolo de esperança e, sem dúvida, uma feliz celebração de tudo o que alcançamos".

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Indonésia, Timor-Leste e Papua Nova Guiné, três dos países que estão no itinerário da visita apostólica do Papa Francisco, são também locais de alguns dos projetos da Caritas Austrália. Nesses países, a Igreja Católica fornece 25% da assistência à saúde, com picos de até 40% em algumas áreas rurais, abrangendo também educação e proteção, independentemente da fé das pessoas.

A celebração de uma família global

“A visita do Papa Francisco é um símbolo de esperança e, sem dúvida, uma vibrante celebração de tudo o que alcançamos como família global e de tudo o que podemos alcançar através da compaixão e da colaboração”, explicou Dan Skehan, diretor de programas da Caritas Austrália, em um comunicado. “Temos o privilégio de visitar muitas comunidades sustentadas pela generosidade dos católicos”, destacou Skehan. “Somos sempre surpreendidos pelo calor com que somos recebidos, pois pessoas de todas as origens reconhecem de coração o apoio duradouro da Igreja no esforço de ajudar as comunidades a sair da pobreza.”

Acesso à água e proteção às mulheres

Na Papua Nova Guiné, onde cerca de um quarto da população é católica, a Caritas Austrália colabora com os Catholic Church Health Services (CCHS) na modernização de instalações antigas, incluindo a instalação de água corrente limpa e eletricidade, melhorando assim os resultados de saúde para aqueles que vivem em áreas rurais. Em Timor-Leste, onde 97% da população é católica, está em andamento um programa de proteção que inclui abrigos para mulheres que fogem da violência e apoio prático, como financiamentos e empréstimos para o início de pequenas empresas, e iniciativas de prevenção.

Na Indonésia, a Caritas Austrália apoia, entre outros, o projeto de desenvolvimento econômico e de saúde "Laz Harfa", que visa ajudar as famílias vulneráveis a aumentar sua renda e a se tornarem economicamente mais estáveis. Além disso, o projeto auxilia na melhoria do acesso à água potável e aos serviços sanitários. No comunicado, a Caritas Austrália destaca que apoia iniciativas locais em 36 países, por meio das quais, no último ano, ajudou 760 mil pessoas necessitadas. A Caritas Austrália faz parte da confederação Caritas Internationalis, composta por mais de 160 membros que trabalham em campo na maioria dos países do mundo.

Fonte: Vatican News

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Serviço da autoridade nas Comunidades é tema de evento na Canção Nova

Abordados assuntos como identificação, prevenção de abusos e dinâmica do cuidado pastoral em resposta ao apelo do Papa Francisco à sinodalidade e cultura da prevenção.

Vatican News

A Comunidade Canção Nova realizou no último fim de semana (30/08 a 01/09) a “Escola de Formadores”. Dirigido para lideranças, o evento contou com cerca de quinhentos inscritos, representantes de quarenta Novas Comunidades e Movimentos Eclesiais do Brasil.

Esta é a 24ª edição da Escola de Formadores, que teve como tema “O serviço da autoridade nas comunidades” e aconteceu na sede da Comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista, SP. A iniciativa é uma resposta aos pedidos do Papa Francisco por uma Igreja sinodal, por uma cultura de prevenção de toda forma de abuso.

A formadora geral da Comunidade e Canção Nova e organizadora do evento, Vera Lúcia Reis, enfatizou que a realização do encontro tem o intuito de proporcionar uma nova perspectiva do exercício da autoridade nas Novas Comunidades, baseada no serviço e na humildade, à luz dos ensinamentos do Magistério do Papa Francisco. Esta abordagem visou refletir uma visão cristã de liderança, em que a verdadeira grandeza é alcançada por meio do serviço ao próximo.

 “Quanto mais reconheço, respeito a dignidade do outro enquanto pessoa, mais humano me torno”, disse Maria Teresa Rosa, especialista em temáticas relacionadas à prevenção e combate aos abusos sexuais e não-sexuais em ambiente eclesial.

Entre os temas abordados: aspectos teológicos e canônicos do exercício da autoridade, do conselho evangélico da obediência, adaptado à vida secular, formação da consciência para o serviço de autoridade, da realidade da identificação e prevenção de abusos na Igreja e da dinâmica do cuidado pastoral para com aqueles que exercem autoridade no âmbito eclesial.

O encontro contou com a participação de palestrantes como o Vigário Episcopal do Vicariato para a Educação e a Universidade da Arquidiocese de São Paulo, Diretor Espiritual da Prelazia da Opus Dei no Brasil e doutor em Teologia Dogmática, Dom Carlos Lema Garcia; do Presidente da Comunidade Canção Nova e doutor em Teologia Moral, Padre Wagner Ferreira da Silva; do Vice-Presidente da Comunidade Canção Nova e doutor em Direito Canônico, Padre Donizete Heleno Ferreira; o psicólogo e Fundador do Instituto Chiara Luce; Alex Valadares; da teóloga e membro da Associação dos Salesianos Cooperadores, Maria Teresa Rosa; do membro do Serviço Brasileiro de Comunhão do CHARIS (SBCC), Ítalo Fasanella; do teólogo e matemático, missionário da Comunidade Canção Nova, Sérgio Coutinho.

 “A vida de um líder cristão é exigente e muitas vezes solitária. Ele precisa estar à frente das ovelhas para apontar a direção em um caminho tantas vezes não muito claro nem para ele mesmo”, afirmou Sérgio Coutinho ao falar de seu livro “O serviço da autoridade”, pela Editora Canção Nova.

A Escola de Formadores é organizada pela equipe da Formação Geral da Comunidade Canção Nova. O evento acontece desde 2003 como apoio para quem exerce o serviço da autoridade na formação integral das pessoas em suas ações de evangelização.

Fonte: Equipe de Comunicação Formação Geral Comunidade Canção Nova

Fonte: Vatican News

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Irmã Beatrice no Quênia: a deficiência não é incapacidade

As crianças com deficiência possuem um universo de potencialidades inexploradas e uma coragem extraordinária. A experiência da Irmã Beatrice Jane Agutu em uma escola no Quênia confirma que a deficiência não é incapacidade e que cada criança merece a possibilidade de brilhar: “essas crianças devem ser celebradas, não compadecidas”.

Ir. Roselyne Wambani Wafula

“Como religiosas católicas, e especialmente como irmãs franciscanas de Santa Ana, somos chamadas a servir os mais vulneráveis. O nosso compromisso em aliviar o sofrimento e promover mudanças positivas continua a nos obrigar a deixar que a nossa voz fale pelas numerosas pessoas vulneráveis que nos foram confiadas”, disse a Irmã Beatrice Jane que administra a escola especial de São Martinho de Porres em Kisumu, no Quênia, a serviço de mais de 300 crianças com várias deficiências. O seu testemunho não é apenas a narrativa de uma experiência, mas um convite à mudança de paradigma na oferta de cuidados, apoio e compaixão pelas pessoas vulneráveis.

O caminho da Irmã Beatrice começou como professora em escolas normais. No entanto, uma vocação profundamente enraizada levou-a a explorar a educação especial, uma experiência que começou em 2003, quando foi chamada a trabalhar numa escola para surdos. “Apesar de não ter qualquer experiência prévia com a linguagem gestual”, disse ao Vatican News, “a minha determinação e compaixão impeliram-me”. Hoje ela é uma comunicadora fluente com os surdos.

A Ir. Beatrice é confidente, guia, tutora e figura materna delas. O seu papel vai muito além da aquisição da linguagem. “Supervisiono uma comunidade de mais de 300 crianças com várias deficiências, de paralisia cerebral a incapacidades físicas e desabilidades intelectuais”.

O percurso para entrar na escola não é fácil. Para que as crianças recebam um diagnóstico correto e um lugar adequado nas escolas, os pais devem navegar num complexo sistema de avaliações médicas e educacionais, antes que os seus filhos possam ser admitidos. “A nossa escola é um lar para essas crianças”, explicou. “Muitas delas estão confinadas em casa, tratadas como pesos, invisíveis para o mundo; este isolamento agrava as vulnerabilidades das crianças e limita as suas oportunidades”.

A escola serve como tábua de salvação para muitos, um lugar onde, dentro das suas paredes, as crianças encontram aceitação, liberdade, amizade, sentido de pertença, oportunidades para aprender e crescer e, o mais importante de tudo, amor. A firme convicção da Ir. Beatrice no potencial dos seus alunos revelou-se contagiante. Ela não vê deficiências, mas habilidades inexploradas. A sua atitude positiva é uma prova da sua filosofia: “deficiência não é inabilidade”. Ela vê além dos seus desafios, reconhecendo o potencial que existe em cada criança.

 “Administrar a escola é uma batalha constante e árdua”, observou, indicando os imensos desafios que a sua escola deve enfrentar. O apoio inadequado do governo, a falta de recursos e as necessidades urgentes dos seus alunos são evidentes. Muitas vezes a sociedade considera essas crianças como um fardo, o que sobrecarrega a Ir. Beatrice e o seu grupo.

Muitos pais não conseguem satisfazer as necessidades básicas, para não falar do custo dos cuidados e da educação especializada. Os pais, sobrecarregados com os desafios de criar uma criança com deficiência, recorrem frequentemente aos avós para receber apoio. “O governo”, observou a Ir. Beatrice, “oferece uma ajuda mínima, deixando que instituições como a nossa carreguem sozinhas o peso desses desafios”. Até a sua congregação religiosa tem dificuldade em satisfazer as necessidades urgentes dos seus estudantes. No entanto, a Ir. Beatrice e o seu grupo perseveram, proporcionando não só educação, mas inclusive cuidados essenciais, incluindo alimentação, vestuário e tratamentos médicos.

Talvez o desafio mais angustiante seja a indiferença da comunidade em geral. Em vez de oferecer apoio, a escola é muitas vezes vista como recurso a explorar. A escola e os seus alunos são convidados a contribuir para as atividades da Igreja, mas às vezes recebem pouca ajuda financeira. Numa entrevista ao Vatican News, Claris Achieng Olare, mãe cujo filho sofre de paralisia cerebral, afirma que o estigma que sofrem como pais é que as pessoas pensam que os pais devem ter feito algo de errado e que essa é a consequência. Apela-se à sociedade para que aceite a existência destes casos, e o importante é aceitar e prestar os cuidados e o apoio necessários a estas crianças sem preconceitos.

Apesar desses obstáculos, há momentos de triunfo extraordinário. Uma jovem, outrora incapaz de ler e escrever, tornou-se pregadora e fonte de inspiração para os seus coetâneos. “Estas histórias alimentam a minha paixão e impelem-me a continuar cuidando dessas crianças, a criar um mundo onde cada criança, independentemente das suas capacidades, seja valorizada e apoiada”, declarou a Ir. Beatrice, acrescentando: “essas crianças devem ser celebradas, não compadecidas”.

Concluindo, a religiosa exortou todos a cultivar os sonhos e o potencial das crianças com deficiência. “Une-te a nós”, exortou, “na construção de um mundo onde a deficiência não seja uma incapacidade, mas um catalisador para resultados extraordinários”.

Fonte: Vatican News

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A dívida, uma nova forma de escravidão - Bispos da Nigéria

“O peso da dívida revelou-se uma nova forma de escravidão para as gerações presentes e futuras” - afirmam os Bispos da Nigéria, numa declaração publicada no final da sua II Assembleia Plenária, realizada de 22 a 30 de agosto na diocese de Auchi, no Estado de Edo.

Vatican News 

No documento, os Bispos recordam o direito dos nigerianos de protestar pacificamente contra a política económica do Presidente Bola Ahmed Tinubu. “O nosso povo enveredou recentemente para um protesto enquanto a economia nigeriana continua a deteriorar-se e a reduzir milhões de cidadãos a uma vida de pobreza abominável e de dificuldades indescritíveis. Fazemos notar que os nigerianos têm o direito constitucional de expressar as suas queixas através de protestos pacíficos.” Infelizmente, observam os Prelados, os protestos foram afetados por criminosos enquanto “os agentes de segurança, que normalmente deveriam proteger os cidadãos durante os protestos, recorreram a ameaças, intimidações e chantagem para dissuadir os cidadãos de protestar e, em alguns casos, foi alegado que eles cometeram execuções extrajudiciais.”

Política de austeridade

A política de austeridade decidida pelo governo é imposta pelo serviço da dívida pública da Nigéria. “Observamos que o serviço de enormes dívidas às agências monetárias internacionais e, consequentemente, a captação de fundos internamente para equilibrar os défices orçamentais deram origem às atuais reformas económicas do governo, que consistem principalmente na retirada dos subsídios aos combustíveis e na flutuação da moeda nacional (o  Naira). Estamos conscientes de que estas reformas desencadearam uma inflação galopante que reduziu a maioria dos nigerianos a uma vida de sofrimento cruel e de miséria” - afirmam os Bispos.

“Apelamos, portanto, à atual administração do Presidente Bola Ahmed Tinubu para que reconsidere as suas políticas de reforma económica, a fim de aliviar o fardo das dificuldades que pesa sobre os cidadãos e promover o desenvolvimento das pessoas.”

Medidas para mitigar o impacto da inflação

A declaração sugere - segundo a agência noticiosa, Fides, a adoção de algumas políticas para mitigar o impacto da inflação na população. Em primeiro lugar, apoiar os agricultores com subsídios, empréstimos subsidiados, tecnologias modernas e sementes melhoradas (mas não geneticamente modificadas) e prestar ajuda às pequenas e médias empresas do sector alimentar. Há também uma necessidade urgente de reformar o sistema tributário que atualmente consiste numa série de impostos federais, estaduais e locais que estrangulam as empresas.

Finalmente, a nível eclesial, os Bispos alertam os fiéis contra “aqueles que, declarando-se católicos, estabelecem “ministérios” que não estão sob a orientação pastoral ou espiritual de qualquer autoridade eclesiástica competente. Na verdade, nenhum ministério, associação ou instituição pode ostentar o nome católico sem a autorização expressa da autoridade competente” - remata a Fides. 

Fonte: Vatican News

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O catequista educa o coração para Deus - D. Claudio Dalla Zuanna

"O catequista é alguém que educa o coração ao encontro de Deus" - considerou Dom Cláudio Dalla Zuanna, Arcebispo da Beira, por ocasião do encerramento da Semana da Catequese e do Dia do Catequista.

Rogério Maduca – Beira

A Paróquia Nossa Senhora de Fátima na Beira acolheu no domingo, 1 de setembro, a celebração Diocesana do Dia do catequista, e encerramento da Semana de Catequese, evento que juntou catequistas de varias paróquias da Arquidiocese da Beira.

A missa por ocasião deste dia foi presidida pelo Arcebispo da Beira, Dom Cláudio Dalla Zuanna, e concelebrada por vários sacerdotes. Durante a homilia, Dom Cláudio explicou que, o catequista não é uma pessoa que dá informações religiosas, é uma pessoa que educa o coração e faz despertar a amizade com Deus.

E para que o catequista seja um educador de coração, este deve fazer a experiência de Deus, através da oração, pois segundo Dom Cláudio a oração é um alimento da espiritualidade do catequista.

No final da celebração a Irmã Rita, representante da Comissão Arquidiocesana de Catequese na Beira disse que o tema escolhido para a II Semana Nacional de Catequese, ajudou a recolocar no centro da espiritualidade do catequista, a Oração.

Refira-se que o Dia do Catequista na Beira, foi também marcado por uma palestra onde os participantes refletiram sobre o tema “A Oração alimento para a espiritualidade do catequista”, tema este proposto pela Conferência Episcopal de Moçambique, para a celebração da II Semana Nacional de Catequese. 

Fonte: Vatican News

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Angola - Encerramento da peregrinação ao Santuário da Muxima

A peregrinação ao Santuário da Muxima terminou com apelos à preservação dos valores da família. O Bispo do Porto, Dom Manuel Linda, esteve entre os peregrinos e testemunhou, pela primeira vez, o fervor da fé dos angolanos.

Anastácio Sasembele - Luanda 

A tradicional peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora da Conceição da Muxima, que encerrou no domingo 1/9, na diocese de Viana, em Luanda, juntou mais de 700 mil fiéis nacionais e estrangeiros e teve como convidado especial o Bispo do Porto/Portugal, Dom Manuel Linda, convidado a presidir a missa de abertura.

Este ano, a semelhança do passado, a romaria ao Santuário da “Mamã Muxima”, foi antecedida pelo percurso da imagem peregrina pelas dioceses próximas à Arquidiocese de Luanda, passando por Caxito e Viana, antes de seguir à vila da Muxima.

Dom Manuel Linda, bispo do Porto, que visitou pela primeira vez o Santuário, falou numa experiência entusiasmante ao testemunhar a fé fervorosa dos fiéis católicos. 

Fazendo alusão as guerras que se espalham pelo mundo, Dom Linda realçou que as sociedades hoje precisam mais de Deus e da Mãe do Redentor.

Este ano, a peregrinação decorreu sob o lema "Com Maria, Vivamos na Fé o Ano da Oração”.

Dom Zeferino Zeca Martins, arcebispo do Huambo, convidado a presidir a missa de encerramento disse que por intercessão da “Mamã Muxima” os peregrinos a regressam a casa com muitas graças do Senhor e aconselhou as famílias a praticarem sempre o amor.

Várias foram as individualidades políticas que participaram da peregrinação com realce para os dois maiores partidos políticos, nomeadamente o MPLA que governa o país e a UNITA maior partido na oposição. O espaço não foi de disputa política mas de manifestação da fé num Deus que acolhe a todos.

O Padre Queirós Figueira porta-voz da peregrinação fez balanço positivo do evento que todos os anos junta de votos a Nossa Senhora, suplicando por graças.  

Fonte: Vatican News

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Indonésia: Papa lança apelos ao diálogo entre religiões, no discurso inaugural da viagem

4 Setembro, 2024 5:19

Francisco sublinha importância da paz e da justiça social para promover a democracia e a estabilidade

O Papa lançou hoje um apelo ao diálogo entre religiões, no primeiro discurso da sua viagem à Indonésia, perante responsáveis políticos e representantes da sociedade civil, reunidos no Palácio Presidencial de Jacarta.

“A Igreja Católica deseja incrementar o diálogo inter-religioso. Desta forma, podem eliminar-se preconceitos e desenvolver um clima de respeito e confiança mútuos, indispensável para enfrentar desafios comuns, entre os quais o combate ao extremismo e também à intolerância”, referiu Francisco, que chegou ao país na terça-feira, dando início à viagem mais longa do seu pontificado.

O discurso inicial desta visita ao país com mais muçulmanos no mundo destacou a importância de promover uma “harmonia pacífica e construtiva” que garanta a paz e ajude a combater “desequilíbrios e bolsas de miséria”.

O terceiro Papa a visitar a Indonésia, onde os católicos representam 3% da população (mais de 275 milhões de pessoas), Francisco sustentou que a Igreja “está ao serviço do bem comum e deseja reforçar a cooperação com as instituições públicas”

“Mas nunca fazendo proselitismo, nunca. [A Igreja] Respeita a fé de cada pessoa”, declarou.

A fé em Deus, infelizmente, é muitas vezes manipulada, não servindo já para construir a paz, a comunhão, o diálogo, o respeito, a colaboração, a fraternidade, mas para fomentar divisões e aumentar o ódio”.

A intervenção foi lida em italiano, com tradução simultânea, tendo o pontífice sublinhou a importância de promover a “fraternidade” numa nação, que considerou algo “muito bonito”.

“Tal como o oceano é o elemento natural que congrega todas as ilhas indonésias, assim o respeito mútuo pelas características culturais, étnicas, linguísticas e religiosas específicas dos grupos humanos que compõem a Indonésia é o indispensável tecido conetivo que torna o povo indonésio unido e orgulhoso”, realçou.

Após elogiar a “grande biodiversidade” presente neste arquipélago, ameaçado pelas alterações climáticas, o Papa deixou votos de que cada grupo étnico e confissão religiosa possa agir com “espírito de fraternidade, procurando o nobre objetivo de servir o bem de todos”.

Francisco citou a Constituição da Indonésia, de 1945, que faz referências a Deus e à necessidade da “justiça social”, observando que, a nível internacional, “uma parte considerável da humanidade é deixada à margem, sem meios para viver dignamente e sem defesa para enfrentar graves e crescentes desequilíbrios”.

“A unidade na multiplicidade, a justiça social, a bênção divina são, portanto, princípios fundamentais destinados a inspirar e orientar os programas específicos”, indicou.

A viagem à Indonésia, primeira de um Papa desde a visita de São João Paulo II em 1989, tem como lema ‘Fé, fraternidade, compaixão’.

Francisco assinalou que, no mundo contemporâneo, há “tendências que dificultam o desenvolvimento da fraternidade universal”, dando origem a conflitos e tensões, dentro dos países e entre eles.

Numa das nações mais populosas do mundo, o Papa elogiou a quantidade de famílias numerosas, em contraste com leis que promovem o aborto e a quebra demográfica noutras regiões do mundo.

“Que Deus abençoe a Indonésia com a paz, para um futuro de esperança”, concluiu.

Joko Widodo, presidente cessante da Indonésia, sublinhou por sua vez a aposta do país na “paz e na tolerância”, elogiando a “diversidade” da população da terceira maior democracia do mundo.

Os dois responsáveis tinham-se encontrado em privado, no Palácio Presidencial, onde Francisco assinou o Livro de Honra: “Imerso na beleza desta terra, lugar de encontro e de diálogo entre diferentes culturas e religiões, desejo que o povo indonésio cresça na fé, na fraternidade e na compaixão”.

No fim da cerimónia oficial de boas-vindas, o Papa foi saudado por centenas de pessoas, entre elas muitas crianças com bandeiras do Vaticano e da Indonésia, retribuindo com acenos desde a janela do carro que o transporta, um utilitário branco.

A agenda papal prossegue na Nunciatura Apostólica, pelas 11h30 (05h30 em Lisboa), para um encontro privado com jesuítas, gesto habitual nas viagens internacionais do primeiro Papa da Companhia de Jesus na história da Igreja.

Já de tarde, Francisco vai encontrar-se com os bispos, membros do clero e de institutos religiosos, seminaristas e catequistas, na Catedral de Nossa Senhora da Assunção.

Pelas 17h35 decorre o encontro final desta quarta-feira, que reúne o Papa com jovens das ‘Scholas Occurrentes’, na Casa da Juventude “Grha Pemuda”, onde Francisco vai repetir um gesto feito em Portugal, em agosto de 2023, para concluir uma obra de arte coletiva que celebra a diversidade.

Em Jacarta, Francisco vai visitar esta quinta-feira a Mesquita Istiqlal, a maior do sudeste asiático, com capacidade para mais de 120 mil pessoas.

A viagem mais longa do atual pontificado leva o Papa à Indonésia (3-6 de setembro), Papua-Nova Guiné (6-9 de setembro), Timor-Leste (9-11 de setembro) e Singapura (11-13 de setembro).

Fonte: Agência Ecclesia

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Do dia 02/9/2024

Nomes confirmados e principais temas do 2º Encontro Nacional de Assessores Jurídicos de Dioceses

De 17 a 19 de setembro, Brasília (DF) recebe o 2º Encontro Nacional de Assessores Jurídicos de Dioceses (ENAJD). O evento é organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e destinado exclusivamente a advogados que atuam junto às dioceses brasileiras. As inscrições encontram se abertas.

A programação vai abordar as principais questões jurídicas que desafiam a missão desses profissionais na atualidade. De forma concomitante, os participantes poderão participar do Simpósio celebrativo dos 15 anos do Acordo Brasil Santa Sé, com o tema “Laicidade do Estado e a liberdade religiosa”, com conferências de autoridades religiosas, o procurador-geral da República e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em oito painéis, serão tratados temas como a parceria entre organizações religiosas e o Estado, noções gerais do procedimento canônico, a Reforma Tributária, a nova realidade do CEBAS diante da Reforma Tributária, a questão sindical e o relacionamento com a mídia em episódios de crise. Haverá ainda uma plenária com estudos de casos.

Principais temas

– Parcerias entre as organizações religiosas e o Estado

– Noções gerais do procedimento canônico e dos delitos econômicos

– A questão sindical: constituição, medidas práticas e normas coletivas em negociação

– Nova realidade do CEBAS

– Reforma Tributária: aspectos fundamentais para as organizações da sociedade civil

– Relacionamento com a mídia em episódios de crise

Nomes já confirmados

Ministro Jorge Messias, advogado geral da União

Doutor José Eduardo Sabo Paes, procurador de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios

Heraldo Pereira, jornalista da Rede Globo e advogado

Doutor e padre Valdinei de Jesus Ribeiro, professor e secretário do Instituto Superior de Direito Canônico Santa Catarina

Simpósio 15 anos do Acordo Brasil-Santa Sé

Nos mesmos dias e no mesmo local acontece, no período noturno, simpósio sobre os 15 anos do Acordo Brasil-Santa Sé a que os participantes terão acesso. O simpósio terá três conferências: uma com a memória histórica do acordo, outras sobre a gênese do Estado Laico e as relações institucionais e mais uma sobre a laicidade do Estado e a religião. - Fonte: CNBB

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Romaria de Catequistas destaca centralidade de Jesus na Palavra de Deus vivida em comunidade

A primeira Romaria Nacional de Catequistas foi concluída neste domingo, 1º de setembro, após três dias de celebrações e aprofundamentos sobre a iniciação à vida cristã com inspiração catecumenal. O arcebispo de Santa Maria (RS) e presidente da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leomar Antônio Brustolin, destacou a intenção de que as reflexões favoreçam uma catequese que anuncie Jesus Cristo e conduza as pessoas no caminho do discipulado.

    “A Catequese se interessa por todos os temas. Ela quer levar as pessoas até o Reino de Deus, mas esse reino implica também um compromisso com a realidade ao nosso redor. Com esses temas, se pretende que a catequese seja mais querigmática, mais mistagógica, capaz de anunciar Jesus Cristo e conduzir pelos caminhos de Jesus todas as crianças, adultos, jovens e adolescentes. Há muita esperança com um grupo tão grande de catequistas refletindo junto e buscando o vínculo em comunidade e viver a Palavra de Deus. O Centro é Jesus: na Palavra de Deus vivida em comunidade”, afirmou.

O arcebispo de Teresina (PI) e membro da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, dom Juarez Sousa, destacou o tema escolhido para a Romaria, inspirado na Profecia de Daniel – “Os que ensinam como estrelas brilharão” – como uma referência aos catequistas.

    “Esse tema fala da importância do catequista como um vocacionado cuja raiz está no Batismo, no chamado especial de Deus para anunciar a Boa Nova no contexto de fortalecimento da catequese de inspiração catecumenal a serviço da iniciação à vida cristã. Porque os tempos e os desafios que nós enfrentamos requerem que haja uma catequese dessa forma para que possamos, pelo querigma e pela mistagogia, sempre ter uma fé convicta para dar resposta aos problemas do nosso tempo e para dar um sentido profundo à nossa vida e à vida das atuais e futuras gerações”, afirmou.

Iniciado no dia 30 de agosto e encerrado no domingo, 30 de setembro, o evento contou com conferências, partilhas de experiências e momentos de interação e de oração, como adoração ao Santíssimo Sacramento, leitura orante da Palavra de Deus, celebração penitencial e celebrações eucarísticas.

Conferências

Dom Leomar proferiu a conferência de abertura da Romaria, com o tema “Olhar a realidade e os sinais dos tempos”. Ele conduziu uma reflexão sobre os desafios e as oportunidades de evangelizar em um mundo em constante mudança.

O assessor da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB padre Wagner Francisco de Sousa Carvalho, tratou do “ABC da IVC”, um momento para refletir sobre os principais termos que são utilizados durante o processo de Iniciação à Vida Cristã. Segundo o padre, o objetivo foi “ajudar, tanto aqueles catequistas que já são experientes e atuantes há muitos anos, mas também aqueles iniciantes a se aproximarem desses termos para ajudar na ação catequética e pastoral”.

    “Dessa forma, nós conseguimos refletir desde o que é iniciação – passando por seus tempos, suas etapas, os principais termos. Mas colocando-nos dentro dos desafios e oportunidades que, conhecendo bem esses termos, ajuda, qualifica melhor a ação da catequese”, explicou.

Tempos da Iniciação à Vida Cristã

As conferências seguintes trataram dos quatro tempos no processo de Iniciação à Vida Cristã de inspiração catecumenal: Querigma, Catecumenato, Purificação e Iluminação e Mistagogia.

Mariana Venâncio, também assessora da Comissão, falou sobre o Querigma, como “anúncio por excelência da fé cristã”. Ela abordou a importância de que os catequistas estejam com o anúncio do querigma em toda a ação catequética.

Sobre o Catecumenato, a irmã Maria Aparecida Barboza ajudou nas reflexões, destacando essa etapa como um processo vital de iniciação à vida cristã. “No Catecumenato, se anuncia a fé e se celebra a fé. Esse aprofundamento da fé, além de manter o catequizando e as famílias encantadas por Jesus, também faz eles perceberem essa necessidade de ser pertença comunitária, pertença eclesial, para ser um novo missionário, para ser um novo discípulo de Jesus Cristo, fazendo a diferença no espaço onde se vive e testemunha essa fé”, disse.

Os secretários de Pastoral, padre Jânison de Sá, e de Campanhas da CNBB, padre Jean Poul Hansen, conduziram a conferência sobre a etapa da Purificação e iluminação, “um tempo de discernimento onde se realizam os escrutínios, onde se tem a eleição, a escolha do nome e é a preparação imediata aos sacramentos de iniciação à vida cristã”, como explicou padre Jânison.

Padre Jean Poul explicou que esse tempo “é a experiência quaresmal da iniciação à vida cristã”.

    “Se o pré-catecumenato é tempo querigmático, evangelizador; e o catecumenato é o tempo do aprofundamento da fé; o tempo da purificação e iluminação – que coincide com a Quaresma – é o tempo do discernimento espiritual, do discernimento de quem quer acolher o sentido, a orientação, a visão de Jesus, mas – sobretudo – a vida nova que Ele nos oferece por meio dos sacramentos da iniciação à vida cristã. É um grande retiro espiritual de todos os iniciandos, orientado pela Palavra de Deus nos domingos da Quaresma”.

Já a etapa da mistagogia, foi apresentada pelo bispo auxiliar de Vitória (ES) e membro da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, dom Andherson Franklin. Ele definiu a mistagogia “como tempo propício para mergulho no mistério celebrado nos sacramentos, mas como também um fio condutor que deve percorrer todas as etapas da iniciação à vida cristã”.

“Somos convidados a assumir, como ponto principal uma iniciação à vida cristã querigmática e mistagógica, oferecendo o primeiro anúncio no Evangelho e, ao mesmo tempo, convidando as pessoas a contemplarem o mistério do amor de Deus, configurando-nos a partir da comunidade como novos homens e mulheres”.

Dom Anderson sublinhou a experiência da mistagogia como espaço propício para que, aqueles que recebem os sacramentos, percebam-se como homens e mulheres novos, “chamados a uma conversão profunda, a uma configuração a Cristo e uma nova vivência testemunhando aquilo que receberam como discípulos missionários de Jesus Cristo”.

Mídias digitais e inteligência artificial

O jornalista Moisés Sbardelotto, mestre e doutor em Ciências da Comunicação, abordou o tema da comunicação na catequese, com a conferência “Catequese, cultura digital e inteligência artificial”. Sua proposta foi ajudar os participantes a entenderem “a comunicação da fé nessa cultura digital que nós vivemos hoje”.

Tendo o Papa Francisco como referência, Moisés recordou que a fonte da ação evangelizadora está justamente no encontro com a pessoa de Jesus Cristo. E a partir desse encontro há o transbordamento para os outros: “É um amor que vem de Deus, que nos preenche e a gente não consegue, digamos assim, conter essa comunicação”.

Sobre inteligência artificial, Moisés destacou que essa nova tecnologia “não deve nos assustar”, mas é preciso ter discernimento, capacidade crítica de reflexão e de uso das possibilidades que essa tecnologia oferece.

A Romaria de Catequistas foi encerrada com a Missa de abertura do Mês da Bíblia, no altar central da Basílica de Nossa Senhora Aparecida, presidida por dom Leomar Antônio Brustolin. No início da manhã, porém, houve a celebração de envio dos catequistas.

Por Luiz Lopes Jr - Fonte: CNBB

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CNBB e MCCE lançam nota sobre PLP nº 192 do Senado que altera a Lei da Ficha Limpa

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) publicaram na segunda-feira, 2 de setembro, uma nota sobre o Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 192/2023 que está tramitando no Senado e propõe alterações significativas na Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135, de 2010), uma das mais importantes conquistas democráticas da sociedade brasileira, resultado de uma ampla mobilização popular coordenadas pelas duas organizações.

No documento, a CNBB e o MCCE apontam que o projeto de lei ameaça desfigurar os principais mecanismos de proteção da Lei da Ficha Limpa, beneficiando especialmente aqueles condenados por crimes graves, cuja inelegibilidade poderá ser reduzida ou mesmo anulada antes do cumprimento total das penas.

A CNBB e o MCCE afirmam não ser “possível que uma das únicas leis de iniciativa popular de nosso país seja alterada sem um diálogo com todos os setores da sociedade brasileira” e exige um amplo debate com participação de todos sobre o PLP.

As organizações convidam os senadores a refletirem cuidadosamente sobre as consequências dessa proposta, que será debatida no plenário do Senado Federal e vista do “compromisso com a ética e a justiça, valores fundamentais para a construção de um Brasil mais justo, democrático e solidário.”

Íntegra da nota

NOTA SOBRE O PLP nº 192/2023, que desfigura a Lei da Ficha Limpa

“É necessária a política melhor, a política colocada ao serviço do verdadeiro bem comum”.

(Papa Francisco, Fratelli Tutti, 154)

O Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 192/2023, que propõe alterações significativas na Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135, de 2010), uma das mais importantes conquistas democráticas da sociedade brasileira, está na pauta do plenário do Senado Federal e representa um grave retrocesso para o país. Esta Lei, fruto da mobilização de milhões de brasileiros e brasileiras, convidados à participação por dezenas de grandes organizações sociais, foi aprovada por unanimidade pelas duas Casas do Congresso Nacional em 2010, representa um marco na luta contra a corrupção e pela transparência e ética na política.

O referido Projeto de Lei ameaça desfigurar os principais mecanismos de proteção da Lei da Ficha Limpa, beneficiando especialmente aqueles condenados por crimes graves, cuja inelegibilidade poderá ser reduzida ou mesmo anulada antes do cumprimento total das penas. Além disso, a proposta visa isentar de responsabilidade aqueles que, mesmo derrotados nas urnas, tenham praticado graves abusos de poder político e econômico, o que enfraquece o combate às práticas corruptas que comprometem a democracia brasileira.

As relações entre os poderes da República merecem todo o respeito.

Contudo, as decisões políticas, com o objetivo do bem comum, exigem amplo debate e participação de todos. Não é possível que uma das únicas leis de iniciativa popular de nosso país seja alterada sem um diálogo com todos os setores da sociedade brasileira.

A Conferência Nacional dos Bispos Brasil-CNBB e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral-MCCE, duas das instituições que contribuíram com a mobilização em torno da Lei da Ficha Limpa, convidam os senhores senadores e as senhoras senadoras a refletir cuidadosamente sobre as consequências dessa proposta, que será debatida no plenário do Senado Federal. Cabe aqui recordar as palavras do Papa Francisco, que soam como alerta: “Atualmente muitos possuem uma má noção da política, e não se pode ignorar que frequentemente, por trás deste fato, estão os erros, a corrupção e a ineficiência de alguns políticos” (FT 176).

Assim como a vontade do povo é soberana nas eleições, deve ser igualmente respeitada nas leis de iniciativa popular, a sociedade brasileira, que construiu e apoia a Lei da Ficha Limpa, acompanha atentamente esse debate e espera que o PLP nº 192/2023 seja rejeitado, em respeito à vontade popular e à integridade das nossas instituições democráticas. Que prevaleça o compromisso com a ética e a justiça, valores fundamentais para a construção de um Brasil mais justo, democrático e solidário.

Brasília – DF, 2 de setembro de 2024

Dom Jaime Spengler - Arcebispo da Arquidiocese de Porto Alegre – RS, Presidente da CNBB

Dom João Justino de Medeiros Silva - Arcebispo da Arquidiocese de Goiânia – GO, 1º Vice-Presidente da CNBB

Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa - Arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife – PE, 2º Vice-Presidente da CNBB

Dom Ricardo Hoepers - Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Brasília – DF, Secretário-Geral da CNBB

Assinaturas Diretores do MCCE e entidades que eles representam:

Haroldo Santos Filho CFC – Conselho Federal de Contabilidade

Inácio Guedes Borges CFA – Conselho Federal de Administração e MCCE-AM (Comitê MCCE Amazonas)

Luciano Caparroz P. dos Santos - CSDDH (Centro Santos Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo) e MCCE-SP (Comitê MCCE São Paulo)

Tania Fernanda P. Pereira ADPF – Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal

Fonte: CNBB

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3º Sulão das Santas Missões Populares é realizado em Caxias do Sul

Encontro reuniu representantes de arqui/dioceses dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná; o objetivo da atividade foi o despertar para a importância das Missões Populares para animar as comunidades

A Diocese de Caxias do Sul sediou, nos dias 30 e 31 de agosto e 1º de setembro, a terceira edição do Sulão das Santas Missões Populares. Representantes de arqui/dioceses dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná estiveram reunidos na Paróquia São José, no bairro Desvio Rizzo.

O encontro contou com a assessoria do italiano padre Luís Mosconi, fundador da Obra das Santas Missões Populares. Durante os três dias, os participantes foram provocados a pensar a articulação do trabalho missionário nas paróquias e comunidades. Padre Mosconi apontou a necessidade de despertar para a importância das Missões Populares como ânimo para as comunidades.

O Sulão iniciou na noite da sexta-feira e seguiu até o almoço de domingo, dia 1º. O coordenador de Pastoral da Diocese de Caxias do Sul, padre Leonardo Inácio Pereira, esteve no encontro. A equipe local de organização envolveu padres, religiosos e leigos, bem como a equipe de animação do Sulão das Santas Missões Populares.

A atividade foi concluída com a Missa, celebrada na igreja matriz da Paróquia São José, com o anúncio do próximo Estado que será sede do encontro. Em 2026, o Paraná irá acolher o 4º Sulão das Santas Missões Populares. Fonte: CNBB Sul 3

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 Representantes do Regional Sul 3 participam de curso preventivo ao suicídio de adolescentes e jovens

Representantes do Serviço de Evangelização da Juventude do Regional Sul 3 participaram em São Paulo, nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, do Mini-Curso ‘Cuidar da Vida: prevenção ao suicídio de adolescentes e jovens’.

A formação é organizada e assessorada pela Pastoral Juvenil da CNBB, através da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude. O curso tem como objetivo a formação de multiplicadores que possam atuar na prevenção do suicídio entre adolescentes e jovens no contexto dos grupos e movimentos juvenis e nas escolas, sobretudo as públicas.

A iniciativa conta com a colaboração volutária de psicólogos e educadores católicos e está sendo realizada por regiões. Este, em  São Paulo, reunião a região sul, com os regionais Sul 1, Sul 2, Sul 3 e Sul 4 – São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, respectivamente.

O Pe. Eliseu Lucas Alves de Oliveira, assessor do Serviço de Evangelização da Juventude no Regional, participou da formação em São Paulo e explica que o mesmo curso será realizado para assessores de grupos de jovens no Rio Grande do Sul, em São Leopoldo, durante o mês de janeiro de 2025. Além dele, também participaram a jovem Brenda Amarilho, da Pastoral da Juventude Estudantil, e o Padre Evandro Carvalho, da Diocese de Uruguaiana. Fonte: CNBB Sul 3

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Francisco inicia sua 45ª Viagem Apostólica com destino à Ásia e Oceania

O Papa embarcou para Jacarta, Indonésia, iniciando sua 45ª Viagem Apostólica, a mais longa de seu pontificado. Antes de partir, Francisco recebeu um grupo de sem-teto no Vaticano, acompanhado pelo cardeal Konrad Krajewski. Durante a viagem de 32.814 quilômetros, que também inclui visitas a Timor-Leste, Papua-Nova Guiné e Singapura, o Santo Padre abordará temas como paz, diálogo inter-religioso, reconciliação social e mudança climática.

Vatican News

Sorridente, o Papa Francisco embarcou no voo que o levará a Jacarta, na Indonésia, primeira etapa de sua 45ª Viagem Apostólica internacional. O avião, que leva o Santo Padre ao continente asiático, decolou nesta segunda-feira, 2 de setembro, às 17h32, horário de Roma.

Antes de deixar o Vaticano, conforme informou a Sala de Imprensa da Santa Sé, "pouco depois das 16 horas locais, cerca de quinze pessoas em situação de rua, homens e mulheres, acompanhadas pelo cardeal Konrad Krajewski, Esmoleiro de Sua Santidade, visitaram o Papa Francisco na Casa Santa Marta antes de sua partida para a próxima Viagem Apostólica pela Ásia e Oceania".

A viagem mais longa do seu Pontificado

Fé, oração, compaixão, fraternidade, harmonia e esperança são os temas presentes nos lemas e nos logotipos da Viagem Apostólica. Serão percorridos 32.814 quilômetros, atravessando quatro fusos horários diferentes, desde a partida do Aeroporto Fiumicino até o retorno a Roma na sexta-feira, 13 de setembro. Além da Indonésia, Timor-Leste, Papua-Nova Guiné e Singapura são as outras etapas desta peregrinação.

Nos 16 discursos e homilias a serem pronunciados em italiano e espanhol, o Papa abordará temas como o diálogo e a convivência harmoniosa entre as religiões, a reconciliação social, a mudança climática e seus efeitos devastadores em regiões de oceanos e vulcões, além do equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e tecnológico e o desenvolvimento humano, social e espiritual das comunidades.

Adicionalmente, será abordada a evangelização, tanto antiga quanto moderna, em regiões onde as comunidades cristãs vivem em condições semelhantes às da Igreja primitiva, o acolhimento de refugiados e o incentivo aos jovens a se engajarem nos processos políticos e sociais.

Indonésia: o primeiro destino

Em um período histórico marcado por guerras, o Papa Francisco reiterará em diversos encontros seu apelo pela paz e pelos esforços em andamento para alcançá-la. Dois momentos simbólicos em Jacarta, a capital da Indonésia, evidenciarão esse compromisso. A cidade, que no passado recente foi atingida pelo terrorismo religioso e pela tentativa de estabelecer um Islã transnacional no modelo do ISIS — rejeitado pela "Pancasila" indonésia, com seus cinco pilares de respeito às crenças, culturas, religiões e línguas, conforme estabelecido na Constituição —, acolherá o Papa em sua mensagem de paz.

O primeiro momento será a visita à mesquita Istiq’lal, o maior edifício de culto islâmico do Sudeste Asiático, projetado na década de 1950 por um arquiteto cristão e, desde 2019, conectado à Catedral da Assunção pelo chamado "túnel da fraternidade".

A Rádio Vaticano/Vatican News acompanhará passo a passo mais esta peregrinação de Francisco, transmitindo também em português os eventos com o Santo Padre. Fonte: Vatican News

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A viagem mais longa do Papa e os “quatro princípios” da Evangelii Gaudium

Francisco embarca em sua viagem apostólica mais longa, visitando Indonésia, Papua-Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura de 2 a 13 de setembro. O percurso do Pontífice destaca suas prioridades diplomáticas e espirituais, com foco no diálogo inter-religioso e nos quatro princípios sociais delineados na "Evangelii Gaudium": unidade sobre o conflito, o todo sobre a parte, o tempo sobre o espaço, e a realidade sobre as ideias.

Vatican News

A corajosa peregrinação do Papa Francisco a 4 países, de 2 a 13 de setembro, será marcada por encontros inúmeros e variados: os jovens países receberão o Pontífice e ele, por sua vez, tentará inspirar as pessoas e os líderes na Indonésia, Papua-Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura.

As prioridades diplomáticas do Papa, assim como os efeitos obtidos, estarão em evidência durante toda a viagem, a partir de seu compromisso com o diálogo inter-religioso.

Uma forma de entender a missão em sua extensão é considerá-la através dos quatro princípios para a convivência social que o Papa Francisco delineou na Evangelii Gaudium (parágrafos 217-237), visto que a realidade de cada um dos quatro países visitados na viagem remete a um dos quatro princípios: a unidade prevalece sobre o conflito, o todo é superior à parte, o tempo é superior ao espaço e a realidade é superior às ideias.

Na mesma Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (238-258), o Papa Francisco elenca três áreas de diálogo cruciais para a busca do bem comum: o diálogo com os Estados, com a sociedade e com os não católicos. Seu itinerário nos próximos dias é um espelho dessas prioridades.


Indonésia: A unidade e o conflito


Em uma entrevista à Agência Fides, o cardeal indonésio Ignatius Suharyo Hardjoatmodjo explicou que a harmonia religiosa é um objetivo associado à própria independência do país, alcançada em 1945. 

“Nossas relações com a comunidade islâmica são realmente boas. E essa relação harmônica remonta e se mantém desde a origem da nação”, disse dom Ignatius Suharyo. É uma forma de valorizar a unidade social em relação à divisão.

Por exemplo, o primeiro líder indonésio, o Presidente Sukarno, incentivou a construção de uma mesquita em Jacarta no terreno onde se erguia um castelo holandês, para simbolizar a superação do colonialismo e, em frente à catedral católica de 1900, para expressar a amizade entre as duas tradições religiosas. Recentemente, foi adicionado um túnel subterrâneo que liga as duas estruturas.

O Papa visitará tanto a catedral quanto a Mesquita Istiqlal, a maior mesquita do sudeste asiático, para um encontro inter-religioso, manifestando o seu “apreço pelo povo indonésio, especialmente no que se refere à liberdade de religião, à convivência inter-religiosa e à harmonia entre as comunidades de fé”, explicou o cardeal Suharyo.

Segundo o Ministério dos Assuntos Religiosos da Indonésia, a população inclui cerca de 242 milhões de muçulmanos e 29 milhões de cristãos, entre os quais 8,5 milhões são católicos, um número em crescimento.
Francisco continua a construir relações cada vez mais fortes com o islamismo sunita, e como escreveu na Evangelii Gaudium, “a diversidade é bela quando aceita entrar constantemente em um processo de reconciliação” (§ 230).



Papua-Nova Guiné: O todo e a parte

Das 10 milhões de pessoas que vivem em Papua-Nova Guiné, mais de 95% são cristãs. A maioria pertence a várias denominações protestantes, enquanto a Igreja Católica é considerada a maior comunidade de fé, com cerca de 30% dos fiéis da nação. No entanto, o cristianismo se combinou de várias formas com as práticas indígenas locais, dando origem a uma Igreja culturalmente plural. Os Missionários do Sagrado Coração (MSC) são a Ordem religiosa que iniciou a presença da Igreja em 1881. Dom John Ribat, religioso MSC foi o primeiro cardeal da nação, criado em 2016 pelo Papa Francisco.

Os responsáveis pela Igreja local são extremamente atentos às questões ambientais e, após a publicação da Laudato Si', deram prioridade especial à proteção do meio ambiente, opondo-se à exploração do setor minerador e ao desmatamento promovido por empresas econômicas.
Essa atividade de proteção é um excelente exemplo de como se reconhece que o todo é superior às suas partes individuais. Na Evangelii Gaudium, o Papa usa uma analogia com a natureza para descrever este princípio: “É sempre necessário ampliar o olhar para reconhecer um bem maior que trará benefícios a todos nós. Mas é preciso fazê-lo sem evasão, sem desenraizamentos. É necessário fincar raízes na terra fértil e na história do próprio lugar, que é um dom de Deus” (§ 235).



Timor-Leste: O tempo e o espaço

É notório que Timor-Leste, após alcançar a independência em 2002, hoje representa a nação com a maior porcentagem de católicos em todo o mundo. Colônia portuguesa até 1975, foi posteriormente controlada pela Indonésia até 1999. Diversos estudos mostram que durante a ocupação militar indonésia, mais de 170 mil pessoas morreram devido a execuções arbitrárias, desaparecimentos e fome.

Quando o Papa João Paulo II visitou o país em 1989 (enquanto Timor-Leste ainda era ocupado pela Indonésia), foram plantadas as sementes da identidade nacional, mas a Igreja sempre se opôs à violência. Protegendo os cidadãos perseguidos e cuidando da comunidade, a fé cresceu, passo a passo. Em 1975, cerca de 20% da população era católica, um número que subiu para 95% em 1998. E isso também porque a Igreja estava próxima das aspirações nacionais. 

O processo pelo qual Timor-Leste alcançou a independência representa uma excelente aplicação do princípio exposto pelo Papa Francisco de que o tempo é superior ao espaço. O Espírito Santo pode entrar no espaço criado no tempo; o tempo permite que a confiança cresça e que as soluções amadureçam no campo.
Como escreve o Papa Francisco na Evangelii Gaudium, “Esse princípio permite trabalhar a longo prazo, sem a obsessão pelos resultados imediatos. Ajuda a suportar com paciência situações difíceis e adversas, ou as mudanças de planos que o dinamismo da realidade impõe.”.

A visita do Papa ao primeiro novo país do século XXI, onde o primeiro cardeal da nação, Virgílio do Carmo da Silva, SDB, criado pelo Papa Francisco em 2022, é Arcebispo de Díli, será certamente uma grande alegria. 


Singapura: A realidade e as ideias

A prosperidade econômica e a integração global fazem de Singapura a nação mais desenvolvida que o Papa visitará. Sua mensagem sobre o meio ambiente é mais uma vez pertinente, assim como seu apelo para regulamentar a inteligência artificial.

Francisco se juntará a outro Arcebispo que ele criou cardeal (o primeiro na história de Singapura) em 2022, o dom William Goh Seng Chye, que faz parte do Conselho Presidencial para a Harmonia Religiosa de Singapura e trabalha de perto com a comunidade budista, a maior comunidade religiosa do país.

O Papa Francisco admira o compromisso explícito das autoridades de Singapura em garantir a liberdade religiosa e colaborar com todas as fés. Como explicou o cardeal Goh à EWTN Vaticano, “O Estado nos vê como parceiros. Somos parceiros do governo porque é para o bem comum do povo. Cuidamos das necessidades espirituais, ajudamos o governo a governar com justiça, expressamos nossas opiniões e o governo é muito grato."

O Papa também admira a busca de Singapura por uma política externa que evita a dependência de qualquer potência mundial, o que corresponde à sua visão de um mundo multipolar, que respeita a autonomia das culturas. Ele descreve frequentemente essa visão da globalização recorrendo metaforicamente à imagem do poliedro ou da bola de futebol: todas as culturas, como as faces de um poliedro, devem coexistir e prosperar, sem que prevaleça o domínio homogeneizador de qualquer Estado. 

O princípio é que a realidade é maior do que as ideias. Como explica a Evangelii Gaudium, “É perigoso viver no reino da palavra apenas, da imagem, do sofisma” (§ 231).


O Papa Francisco emerge nestas realidades com sua viagem apostólica à Ásia e à Oceania esta semana. Milhões de cristãos, muçulmanos, budistas e pessoas que não professam nenhuma fé assistirão com alegria e receberão as bênçãos do Sucessor de Pedro.

Fonte: Agência Fides

Autor: Victor Gaetan é correspondente sênior do National Catholic Register e cobre questões internacionais. Ele também escreve para a revista Foreign Affairs e contribuiu para o Catholic News Service. É autor do livro: "God's Diplomats: Pope Francis, Vatican". Fonte: Vatican News

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Os compromissos do Papa em outubro, entre Sínodo e canonizações

Em outubro, o Papa celebrará as missas de abertura e encerramento da Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos. No dia 20, será celebrada a missa de canonização de Manuel Ruiz López e 7 companheiros, e Francisco, Mooti e Raffaele Massabki; Giuseppe Allamano, Marie-Léonie Paradis e Elena Guerra.

Antonella Palermo – Vatican News

O Sínodo dos Bispos e as canonizações são os dois grandes eventos que marcarão particularmente a agenda papal no próximo mês de outubro.

A segunda sessão da Assembleia do Sínodo dos Bispos

Sob a proteção dos Anjos da Guarda – no dia da memória litúrgica, 2 de outubro – será aberta, às 9h30, na Praça São Pedro, a Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, cujos trabalhos decorrerão durante três semanas e meia, até 27 de outubro, quando serão concluídos com a celebração eucarística na Basílica Vaticana, às 10h locais.

Durante os trabalhos, as reflexões geradas pelas orientações contidas no Instrumentum laboris serão posteriormente partilhadas e avaliadas com discernimento coral para serem apresentadas ao Pontífice. “E destas reflexões” – como já explicou o jesuíta Giacomo Costa, um dos secretários especiais da assembleia – “surgirão novas reflexões para reorientar a vida da Igreja”, no caminho iniciado pelo Papa Francisco em 2021.

As canonizações

Entre esses dois eventos de abertura e encerramento do Sínodo, no dia 20 de outubro, 29º Domingo do Tempo Comum, a Praça São Pedro acolherá os numerosos fiéis que participarão, a partir das 10h30 locais, da Santa Missa de canonização dos Beatos Manuel Ruiz López e sete companheiros da Ordem dos Frades Menores, e Francisco, Mooti e Raffaele Massabki, fiéis leigos, mortos por ódio à fé na Síria, em julho de 1860.

Também serão canonizadas no dia 20 de outubro, Dia Mundial das Missões, Marie-Léonie Paradis, fundadora da Congregação das Pequenas Irmãs da Sagrada Família, Elena Guerra, fundadora da Congregação das Oblatas do Espírito Santo, e o sacerdote piemontês Giuseppe Allamano, fundador dos missionários e missionárias da Consolada. - Fonte: Vatican News

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Vaticano: Fundação Centesimus Annus Pro Pontifice tem novo presidente

Paolo Garonna, professor de política econômica em universidade italiana e membro do Conselho de Administração da própria Fundação Centesimus Annus Pro Pontifice desde 2015, sucede a professora Anna Maria Tarantola.

Andressa Collet - Vatican News

O Vaticano nomeou nesta segunda-feira (02/09) Paolo Garonna como novo presidente da Fundação Centesimus Annus Pro Pontifice, sucedendo Anna Maria Tarantola que estava à frente da instituição desde março de 2019, além de ter sido membro do Conselho de Administração desde 2015. Segundo um comunicado de imprensa da própria fundação, a professora, que já foi vice-diretora geral de Banca D'Italia e presidente da empresa pública de comunicação da RAI na Itália, não tem intenção de ser renovada ao término do seu mandato por motivos pessoais. 

A Fundação Centesimus Annus Pro Pontifice com novo presidente é uma instituição que visa colaborar com o estudo e a divulgação da doutrina social cristã, assim como promovê-la entre pessoas qualificadas com compromisso empresarial. Dessa forma, incentiva iniciativas para desenvolver a presença e o trabalho da Igreja Católica nas várias esferas da sociedade, também promovendo a coleta de fundos para apoiar as atividades da Santa Sé.

Paolo Garonna, membro do Comitê Científico da fundação desde 2008, é professor de política econômica na Universidade LUISS Guido Carli, em Roma. Formado pela Universidade La Sapienza, também de Roma, realizou estudos e pesquisas nos na Universidade de Denver, nos Estados Unidos, e na Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha. Além disso, também foi vice-secretário executivo da Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa, diretor-geral do ISTAT, economista-chefe da Confindustria e secretário-geral da Federação de Bancos, Seguros e Finanças da Itália. Paolo Garonna é autor de estudos e publicações sobre a Doutrina Social da Igreja, economia e finanças.

Fonte: Vatican News

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Cardeal Lázaro: Papa na Ásia, uma imersão nas Igrejas “fora do centro”

O prefeito do Dicastério para o Clero, poucas horas antes da partida de Francisco para o Extremo Oriente: são terras ricas em espiritualidade onde o diálogo com as religiões é central. Anunciar o Evangelho confirma a alegria da fé típica do povo asiático.

Vatican News

Dez anos atrás, ele deu as boas-vindas a Francisco, o convidado tão esperado daquela que poderia ser considerada a JMJ asiática. Dez anos depois, o cardeal Lázaro You Heung-sik dirige o Dicastério para o Clero, mas seu coração coreano se anima com a ideia de o Papa se embarcar novamente para a Ásia. Um continente tão imenso quanto suas culturas e crenças religiosas, no qual o enraizamento da fé é um desafio que prossegue pela inculturação e, disse o cardeal à mídia vaticana, “se desenvolve por meio de novas linguagens e novos modelos pastorais”.

Na sua opinião, como podemos resumir o significado desta viagem apostólica?

Creio que a viagem do Santo Padre à Ásia confirma a sua paixão pelo Extremo Oriente, que ele manifestou diversas vezes ao falar dos seus primeiros anos de sacerdócio e do seu desejo de ser missionário naquelas terras. De modo mais geral, este caminho atesta mais uma vez a atenção às “periferias”, que o Papa Francisco recomendou muitas vezes quase como uma bússola para orientar o caminho de toda a Igreja. É um olhar que não se fecha em si mesmo, que não reduz a beleza e a imaginação do cristianismo a uma única forma de rezar, de celebrar ou de agir na pastoral, mas, pelo contrário, se expande para além dos limites, ouvindo o que acontece também em terras e igrejas aparentemente “fora do centro”, distantes, mas ricas de vida e de espiritualidade. Ao mesmo tempo, algo importante desta viagem diz respeito ao tema da fraternidade. Chegando a esses países, o Papa poderá mergulhar num mundo multicultural, em terras e cidades onde povos, culturas e tradições religiosas antigas e diferentes se misturam e convivem em harmonia. Assim, o Papa Francisco poderá confirmar o Povo de Deus que encontrará e, ao mesmo tempo, mostrar este exemplo de fraternidade e partilha a um mundo ainda dilacerado por conflitos, guerras e discórdias.

Qual é o papel da Ásia no contexto da fé e do resto do mundo hoje?

A Ásia é um continente muito diversificado. O caminho da fé cristã, sempre “contaminado” por muitas outras espiritualidades e encarnado numa cultura tão particular, desenvolve-se através de novas linguagens, de novos modelos pastorais e de uma atenção específica ao diálogo entre as religiões, entendido também como um caminho unitário da humanidade rumo a Deus e a participação em Seu plano de salvação. Neste sentido, a Ásia pode também ajudar a fé ocidental a renovar-se, a redescobrir a vitalidade através de uma nova evangelização e a crescer na consciência da missão que nós, cristãos, temos em relação ao mundo, a sociedade e a construção de um futuro de paz.

O que significa anunciar o Evangelho naquela região, naquelas terras?

Como sabemos, por um lado, o Evangelho encarna-se na cultura, tornando-a o terreno adequado para a sua germinação e, portanto, acolhendo-a com benevolência; ao mesmo tempo, o anúncio do Evangelho é sempre um desafio para a cultura e pretende purificá-la e acompanhá-la num caminho de crescimento que a torne cada vez mais conforme ao desígnio de Deus e, portanto, mais humana. Neste sentido, anunciar o Evangelho na Ásia significa confirmar a alegria da fé que distingue o povo asiático, enraizada na sementeira de tantos missionários e testemunhas do Evangelho, mas, ao mesmo tempo, o cristianismo é chamado a enfrentar alguns desafios culturais: penso especialmente nos jovens, que às vezes se deixam fascinar por modelos culturais e sociais demasiado secularizados e caracterizados por uma mentalidade hedonista e consumista; mas também as questões relacionadas com alguns fenômenos mais locais como a magia, a bruxaria, o uso da violência como autodefesa, em alguns casos o tribalismo e o animismo. Sem esquecer os problemas que dizem respeito aos pobres, à família e à proteção da vida. Em geral, então, o aspecto mais importante é sem dúvida dado pelo testemunho cristão, como ensinou Santo André Kim, o primeiro mártir coreano, e muitos outros mártires asiáticos: onde há testemunho de vida há também anúncio do Evangelho, porque antes das palavras e fórmulas, é antes de tudo a nossa vida que deve manifestar a alegria do Evangelho, para se tornar a luz que ilumina as trevas do mundo.

Fonte: Vatican News

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Do túnel da guerra àquele da fraternidade

A viagem mais longa do pontificado do Papa Francisco à Ásia e à Oceania.

Andrea Tornielli

Existem os túneis da guerra e do terror, aqueles que servem para esconder soldados, milicianos e reféns. E há túneis criados para unir na amizade pessoas de diferentes crenças. Em Jacarta, a mesquita Istiqlal, a maior do sudeste asiático, e a Catedral Católica de Nossa Senhora da Assunção ficam em frente uma da outra, próximas, mas separadas por uma estrada de três pistas. Uma antiga passagem subterrânea foi restaurada, decorada com obras de arte e transformada no “túnel da fraternidade” para conectar o local de oração dos muçulmanos com aquele onde os cristãos celebram a Eucaristia. Em um mundo em chamas, onde se travam as guerras que são noticiadas na mídia e aquelas que são esquecidas, onde violência e ódio parecem prevalecer, precisamos encontrar caminhos de amizade, apostar no diálogo e na paz porque somos “fratelli tutti”. É isso que o Sucessor de Pedro, construtor de pontes, nos testemunha. Hoje Francisco embarca em um voo direto para a Ásia e a Oceania, para a mais longa viagem de seu pontificado: da Indonésia - o maior país muçulmano do globo - a Papua Nova Guiné, para depois voltar por Timor Leste e, finalmente, Cingapura. Uma peregrinação para estar perto dos cristãos onde eles são um “pequeno rebanho”, como na Indonésia; ou onde representam quase toda a população, como no Timor Leste. Uma viagem para encontrar todos e reafirmar que não estamos condenados aos muros, às barreiras, ao ódio e à violência, porque mulheres e homens de diferentes crenças, etnias e culturas podem viver juntos, respeitar uns aos outros e colaborar.

Embora planejada há quatro anos e depois adiada por causa da pandemia, a visita à Ásia e à Oceania assume um significado profético hoje. O bispo de Roma, com o estilo do Santo de Assis como leva no nome, apresenta-se desarmado, sem intenções de conquista ou proselitismo, desejando apenas testemunhar a beleza do Evangelho, indo até Vanimo, uma cidade de 9 mil almas que dá para o Oceano Pacífico. Foi o que moveu o seu antecessor Paulo VI, que em 29 de novembro de 1970, a bordo de uma pequena aeronave, chegou a Apia, na Samoa independente, para celebrar a missa em um altar pequeno e frágil em Leulumoega para algumas centenas de habitantes da ilha. Foi isso que levou João Paulo II a visitar essa região do mundo várias vezes, fazendo com que dissesse, em 20 de novembro de 1986, em Cingapura, sobre a “verdadeira essência” do ensinamento de Jesus: “O amor responde generosamente às necessidades dos pobres e é marcado pela piedade para com aqueles que sofrem. O amor está pronto para oferecer acolhimento e é fiel em tempos difíceis. Está sempre disposto a perdoar, a esperar e a retribuir uma blasfêmia com uma bênção. 'O amor nunca acabará' (1 Cor 13:8). O mandamento do amor é o núcleo do Evangelho”.

Fonte: Vatican News

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Parolin: o Papa levará proximidade e paz à Ásia e à Oceania

Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura preparam-se para acolher o Sucessor de Pedro. O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, às vésperas da viagem mais longa do pontificado, sublinha a expectativa e o desejo de encontro do Papa. O purpurado não embarca hoje no avião papal, pois em 3 de setembro celebrará o funeral de sua mãe, falecida em 31 de agosto.

Massimiliano Menichetti

Quatro países aguardam o Papa, que de 2 a 13 de setembro estará entre a Ásia e a Oceania, para levar a luz de Cristo. Será testemunha do diálogo para construir uma realidade fraterna e solidária. O cardeal-secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, às vésperas da 45ª Viagem Apostólica, reiterou à mídia vaticana a centralidade da proximidade no pontificado do Papa Francisco e sublinhou que a paz em um mundo ferido pelas guerras e pela violência se constrói com o encontro, estabelecendo uma relação com sinceridade e superando o egoísmo. O purpurado não irá junto hoje no avião papal, porque na terça-feira, 3 de setembro, celebrará o funeral de sua mãe Ada, falecida no dia 31 de agosto, aos 96 anos, em Schiavon, na província de Vicenza. Esta entrevista foi realizada no dia 27 de agosto.

Eminência, o Papa está prestes a partir para a viagem mais longa do seu pontificado: visitará a Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura. Quais são as esperanças de Francisco?

A primeira esperança que o Papa Francisco leva no coração é a do encontro: encontrar pessoalmente as populações dos países que visitará. Trata-se, em outras palavras, de aprofundar mais uma vez o tema da proximidade, a proximidade que tanto caracteriza o estilo do seu pontificado e da qual as Viagens Apostólicas são uma relevante expressão: proximidade para ouvir, proximidade para assumir as dificuldades, os sofrimento e as expectativas das pessoas, proximidade para levar a todos a alegria, a consolação e a esperança do Evangelho. Parafraseando São Paulo VI, eu diria que quanto mais distantes - geograficamente - estão os países para onde vai, mais o Santo Padre sente esta urgência no seu coração.

A Indonésia é o país muçulmano mais populoso do mundo: ali a Igreja está empenhada em fortalecer a fraternidade no testemunho em uma realidade pluralista que enfrenta também problemas sociais e políticos. A presença do Sucessor de Pedro poderá ajudar neste caminho de unidade?

Aqueles que o Papa visitará são territórios caracterizados por uma multiplicidade de culturas, de confissões e de tradições religiosas. São realidades realmente pluralistas! Penso em particular na Indonésia, onde, graças também à Pancasila, os cinco princípios sobre os quais se apoia a nação, as relações entre os vários grupos foram caracterizadas até agora, fundamentalmente, pela aceitação do outro, pelo respeito recíproco, pelo diálogo e pela moderação. Contra qualquer tendência para alterar esta situação, contra qualquer tentação de radicalismo, infelizmente presente em todas as partes do mundo, as palavras do Santo Padre e os seus gestos serão um forte e urgente convite a não abandonar o caminho e contribuirão para apoiar e encorajar a fraternidade, que é, como ele gosta de dizer, unidade na diferença. À luz destes princípios, são enfrentados também os problemas sociais e políticos que desafiam este grande arquipélago.

Em Papua Nova Guiné, o Pontífice encontrará povos com uma tradição antiga, uma fé forte. Neste lugar rico em recursos e muito pobre, onde a natureza não está contaminada, enfrentam-se os desafios das alterações climáticas, mas também da exploração e da corrupção. Port Moresby é considerada uma das cidades mais perigosas do mundo. A visita do Papa poderá dar uma nova direção?

Sim, também não faltam sinais de contradição na Papua Nova Guiné: a extraordinária riqueza de recursos é muitas vezes contrabalançada por uma grande pobreza, causada pela injustiça, pela corrupção, pelas desigualdades políticas e econômicas, assim como a beleza incontaminada da criação tem de se deparar com as consequências dramáticas das alterações climáticas e da exploração indiscriminada dos bens da natureza. Papa Francisco pretende alimentar todos os esforços possíveis - por parte das instituições políticas, das religiões, mas também apelando à responsabilidade de cada um - para provocar um choque de mudança, no sentido de um compromisso vital e constante na direção da justiça, de atenção ao mais pobres e do cuidado da casa comum.

Timor-Leste será o terceiro destino da viagem papal. Anos de sofrimento foram ali vividos, até à independência, há 25 anos. O país irá aderir à ASEAN no próximo ano, mas subsistem fortes desequilíbrios entre as periferias e o centro. Que mensagem Francisco levará a este país onde a fé e a história estão inseparavelmente entrelaçadas?

Tendo acompanhado pessoalmente Timor-Leste nos anos em que era Oficial da Secretaria de Estado, fui testemunha direta do sofrimento que marcou a sua história. Havia a sensação de que se tratava de uma situação completamente fechada, bloqueada. Por isso, sempre considerei o que aconteceu há 25 anos, com a conquista da independência, como uma espécie de “milagre”. A fé cristã, que faz de Timor-Leste o primeiro país católico da Ásia, desempenhou um papel determinante em acompanhar os esforços em direção a tal objetivo. Penso agora que a mesma fé, também por meio de uma formação espiritual mais aprofundada, deve animar os timorenses na transformação da sociedade, superando as divisões, lutando eficazmente contra as desigualdades e a pobreza e combatendo fenômenos negativos como a violência entre grupos juvenis e a violação da dignidade das mulheres. A presença do Santo Padre certamente oferecerá um impulso decisivo neste sentido.

A última parada desta viagem será a Cidade-Estado de Singapura, local onde diferentes religiões coexistem em harmonia. Como poderia o Papa promover ainda mais o diálogo inter-religioso e fortalecer os laços entre as diferentes comunidades do país?

Singapura, última etapa da longa viagem, representa um exemplo de coexistência pacífica na sociedade multicultural e multirreligiosa de hoje. Encontramo-nos em uma Cidade-Estado que acolhe pessoas provenientes de todo o mundo, um mosaico de diferentes culturas e tradições religiosas e espirituais. O Papa Francisco encontrará em particular os jovens empenhados no diálogo inter-religioso e entregará a eles o futuro deste caminho, para que se tornem protagonistas de um mundo mais fraterno e pacífico.

Esta viagem à Ásia poderia abrir outras pontes e fortalecer ainda mais as relações entre a Santa Sé e os países asiáticos?

Para responder a esta questão, parto precisamente de Singapura, cuja população é majoritariamente de etnia chinesa e que, portanto, constitui um local privilegiado para dialogar com a cultura e o povo chinês em geral. A Indonésia, como foi dito, é o país muçulmano mais populoso: a visita a Jacarta poderia constituir uma oportunidade favorável para um novo encontro com o Islã, na sua componente asiática, mas não só. Dois – em breve três – dos países envolvidos na visita papal serão membros da ASEAN, uma comunidade que também inclui outras nações importantes da região, como, por exemplo, o Vietnã e Mianmar. A proximidade e a mensagem de paz que o Papa Francisco levará durante esta viagem são igualmente dirigidas também a todas estas realidades.

Neste momento de grandes tensões internacionais devido às guerras, especialmente na Ucrânia e no Oriente Médio, esta visita é de fato uma semente de esperança, de diálogo e de fraternidade. Como é possível aumentar a consciência da comunidade internacional e construir concretamente a paz em um mundo que parece caminhar para um abismo?

Volto ao conceito de proximidade e proximidade mencionada acima. Para construir a paz, é necessário esforçar-se em assumir aquelas atitudes que cada Viagem Apostólica propõe: encontrar-se, olhar-se nos olhos e falar com sinceridade. O encontro direto, se for inspirado pela busca do bem comum e não por interesses particulares e, em última análise, egoístas, pode abrir brechas mesmo nos corações mais insensíveis e endurecidos e tornar possível um diálogo respeitoso e construtivo.

Fonte: Vatican News

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Esperando Francisco, que vem encorajar os fiéis católicos e promover o diálogo

O Papa Francisco inicia nesta segunda-feira, 1 de setembro, a viagem de 12 dias rumo ao Sudeste Asiático, a mais longa e a mais distante do pontificado, e que vai desafiar a saúde dos seus quase 88 anos de idade.

P. Bernardo Suate – Jakarta - Vatican News

O Pontífice voará durante a noite para chegar a Jakarta na terça-feira, primeira etapa antes da Papua Nova Guiné, Timor Leste e Singapura. A distância que Francisco vai cobrir (quase 32 mil km e as diferenças de fuso horário seriam mais que suficientes para falarmos numa viagem desafiadora, mas Francisco vai pronunciar também 16 discursos e presidir a várias grandes celebrações procurando encorajar a comunidade católica sempre em crescimento da região.

Espera-se que venha promover a justiça e contribuir na definição da ordem mundial

É verdade que em Jakarta, capital do País com maior percentagem de muçulmanos no mundo, não se veem tantos manifestos, cartazes e outros sinais exteriores da visita de Francisco a partir de terça-feira, mas todos aqui estão convencidos da importância desta visita e de que, como dizem dois analistas de um quotidiano de Jakarta, “Francisco, que também é o chefe do Estado do Vaticano e uma figura mundial com autoridade moral, espera-se que também venha promover a justiça e o humanismo na definição da ordem mundial”.

Como líder da maior denominação cristã, Francisco vai encontrar e encorajar os fiéis católicos (cerca de 8 a 9 milhões), numa população de quase 280 milhões de habitantes, e vem promover o diálogo inter-religioso.

Três agrupamentos em competição

Segundo um recente estudo sobre questões internacionais, os analistas falam de três agrupamentos em competição na redefinição da ordem mundial: o Ocidente Global (liderado pelos Estados Unidos da América e os países europeus), o Oriente Global (constituído pela China e a Rússia) e o Sul Global, formado pelos países em desenvolvimento não-ocidentais, entre os quais a Indonésia, a Índia, o Brasil e outros. E, de acordo com o estudo, o Ocidente Global e o Oriente Global estão criativamente redefinindo a ordem mundial promovendo as suas agendas não raras vezes divergentes.

Papa Francisco tem condenado falta de solidariedade

E o Papa Francisco, dizem os analistas, partilha no descontentamento pela actual ordem mundial. O Pontífice tem condenado a exploração dos países menos desenvolvidos, a falta de solidariedade internacional e um desenvolvimento desequilibrado.

Numa declaração durante a sua visita à Bolívia em 2015, Francisco havia dito que os países pobres não deviam ser reduzidos a meros fornecedores de matéria-prima e mão-de-obra barata para os países desenvolvidos, E havia também exortado aos líderes mundiais a adoptarem medidas coordenadas para se conseguir paz e desenvolvimento globais e partilhados por todos os países em todas as partes do mundo.

Organizações internacionais para assegurar o direito de todos participarem

O Papa Francisco havia igualmente enfatizado que conseguir o bem comum é um objectivo fora do alcance de cada país individualmente: servem, portanto, estruturas inter-governamentais e organizações internacionais para assegurar o direito fundamental de todos participarem no processo de desenvolvimento.

Egoísmo e uma sede insaciável de poder e prosperidade material

O mesmo acontece na sua encíclica ‘Laudato sì’ em que Francisco não apenas convida a cada um de cuidar da Mãe Terra, mas tamém declara que as actividades humanas contribuíram na degradação do meio ambiente. Em síntese, Francisco tem lançado apelos para se pôr fim à produção de armamentos, reiterando que a “ganância insaciável” tem alimentado décadas de violência contínua nos países em desenvolvimento. Para Francisco, é o “egoísmo e uma sede insaciável de poder e prosperidade material” que está na base da exclusão e marginalização dos mais fracos.

Mas para Francisco o ser humano, ou seja, todos os povos independentemente de suas condições, estado e origem, podem fazer muito para mudar, para construir um mundo melhor para todos os homens e mulheres de boa vontade.

Papa Francisco é uma figura importante na redefinição da ordem mundial

Por isso, concluem os analistas, o Papa Francisco é uma figura importante na redefinição da ordem mundial. Ele tem criticado o actual estado das coisas que exclui os marginalizados e piora cada vez mais o fosso que separa as diferentes periferias. E para o sucessor de Pedro a culpa não é apenas do Ocidente Global nem tem convidado a adoptar a ordem mundial alternativa promovida pelo Oriente Global: a justa ordem humana global será construída com a colaboração de todos os homens e mulheres de boa vontade.

Tudo isto, e muito mais, na visita que Francisco inicia amanhã 3 de setembro, sob o lema “Fé, Fraternidade, Compaixão”. Fonte: Vatican News

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Regional Norte 2 lança E-book ‘COP30 nas escolas: Amigos da Casa Comum’

Dividido em quatro capítulos o E-book oferece sugestões de trabalhos a serem desenvolvidos com crianças, adolescentes e jovens, podendo também ter seu contexto adaptado para exposições familiares e nos vários contextos universitários.

Vívian Marler / Assessora de Comunicação do regional Norte 2

Foi lançado no último dia 28 de agosto, no Regional Norte 2 (Pará e Amapá) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, em Belém, o E-book ‘COP30 Nas Escolas: Amigos da Casa Comum’, que possibilitará a comunidade escolar de refletir sobre a importância da COP30 na Amazônia e no Mundo.

O E-book, elaborado pela Pastoral da Educação, apresenta a importância da Amazônia na vida das pessoas de todo o planeta e para o povo que por aqui vive e ganha o pão cotidiano, e como missão percebe, como disse o Papa Francisco, que a Amazônia é um todo plurinacional interligado, um grande bioma partilhado por diversos países, dentre os quais está o Brasil.

Dividido em quatro capítulos o E-book oferece sugestões de trabalhos a serem desenvolvidos com crianças, adolescentes e jovens, podendo também ter seu contexto adaptado para exposições familiares e nos vários contextos universitários.

No primeiro capítulo dedicado a educação infantil, crianças de 3 a 5 anos irão observar junto com seus familiares a contínua aceleração das mudanças na humanidade e no planeta, possibilitando-os uma compreensão e, expressando ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivencias com a natureza de modo que consigam identificar, reconhecer os seus papéis como cidadãos cristãos no mundo de hoje, vindo de casa o zelo e cuidado pela casa comum. Proporcionando reflexões sobre este tema, e estimulando assim os sentimentos de respeito, empatia cooperação e doação.

O segundo e o terceiro capítulo irão trabalhar o ensino fundamental dividido em duas partes. No segundo capítulo voltado para os anos iniciais, as atividades irão se fixar no ‘Cuidado com a Casa Comum’ e no ‘Novo Estilo de Vida’, despertando a valorização de todas as espécies do planeta e do homem do campo, da cidade, dos rios e florestas. O terceiro capítulo, irá sensibilizar os alunos dos anos finais do ensino fundamental, quanto ao lugar de cada pessoa no mundo, no sentimento de pertencimento e cuidado com a Casa Comum, fazendo-os enxergar sobre a necessidade de cuidar do meio ambiente.

O ensino médio está presente nas atividades do quarto capítulo onde os alunos dentro de uma faixa etária de 15 a 18 anos, experimentam uma fase complexa da vida, a adolescência. Pensando assim, o contexto, a análise e a avaliação critica junto as relações das sociedades com a natureza e seus impactos econômicos e socioambientais, irão leva-los a propor soluções que respeitem e promovam a consciência e a ética socioambiental, e o consumo responsável em âmbito local, regional, nacional e global.

Dom Vital Corbellini, bispo referencial para a Educação no regional Norte 2 e bispo da diocese de Marabá, em seu discurso, fala da doação, do amor que todos tem que ter uma para com os outros, e a Deus “estamos passando por mudanças climáticas muito fortes, ocorrendo secas, incêndios na natureza, muitas das vezes até criminosos, muita fumaça, e também enchentes, destruições de casas, de modo que é preciso assumir outras ações objetivas para que a natureza seja amada, assumida por todos nós. As pessoas viverão melhor, sobretudo os pobres e os necessitados por uma mudança de ações em favor do bem comum da natureza. Por isso o e-book será utilizado nas escolas para que os educandos, educandas e também aos educadores e educadoras ensinam a todos uma educação diferente, de respeito, de amor para com a natureza e com o Criador do Universo, Deus Uno e Trino”

Para o secretário do escritório de articulação da Repam/COP30, Eduardo Soares através da didática colocada no material lançado os alunos irão ter fácil acesso aos ensinamentos “esse e-book irá ensinar brincando as crianças que estão iniciando na escola e seus colegas das demais séries, irá educá-las no sentido de incentiva-las a ajudar na busca da mudança climática, ensinando-as e apresentando a elas a importância na natureza, das pessoas e em especial da nossa Amazônia”.

Para Dom Paulo Andreolli, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belém o e-book será de grande importância para os professores “este e-book será de grande importância para que os professores possam desenvolver atividades relacionadas ao meio ambiente, ecologia integral e transmitir as sugestões da Laudato Si, um instrumento que pode e deve ser utilizado e divulgado em todas as instituições educacionais ou não”, disse Dom Paulo.

Para Lady Anne de Souza, coordenadora da Pastoral da Educação, do Regional Norte 2 da CNBB e uma das organizadoras do E-book o trabalho desenvolvido é muito importante para a área educacional “O E-book possibilitará a comunidade escolar refletir sobre a importância da COP 30 no chão da escola e principalmente o cuidado com a casa comum.  O E-book foi elaborado para os segmentos da educação infantil, anos iniciais, até os anos finais do ensino médio. Assim como, os planos de aula são a partir da BNCC [Base Nacional Comum Curricular] em diálogo com Laudato Si [encíclica do Papa Francisco publicada em 2015], Pacto Educativo Global e Querida Amazônia [Exortação Apostólica pós-sinodal publicada em 2019]”, explicou a coordenadora, que continuou.

“Objetivo de promover reflexões no cuidado a Casa Comum, do ambiente, dos povos da Amazônia nas escolas. O trabalho foi uma realização com autores paraenses que criaram propostas de plano de aula para estudantes do ensino infantil, fundamental e médio. Com inspirações significativas a nossa Igreja que está a frente nesse cuidado com a Casa Comum”, finalizou.

Estiveram presentes no lançamento padre Renilson Macedo de Sousa – coordenador Pastoral do Regional N2 e Ruy Martini – gerente comercial regional da Editora SM Educação, e convidados.

Dicionário

Laudato Si’ é uma encíclica do Papa Francisco publicada em maio de 2015. Ela trata do cuidado com o meio ambiente e com todas as pessoas, bem como de questões mais amplas da relação entre Deus, os seres humanos e a Terra.

Pacto Educativo Global O Pacto Educativo Global é uma iniciativa do Papa Francisco para renovar a educação em todo o mundo. O objetivo é formar pessoas comprometidas com a construção de um mundo mais justo, pacífico e sustentável. O Papa Francisco defende que todas as pessoas, instituições, igrejas e governos devem priorizar uma educação humanista e solidária como forma de transformar a sociedade. Propondo uma aliança entre todos os setores da sociedade, em especial as instituições de ensino, para formar pessoas maduras e livres.

Querida Amazonia é uma Exortação Apostólica, um documento feito a partir da realização da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica, realizado em 2019, no Vaticano. O documento possui cinco capítulos que pede uma conversão em seus diferentes significados: integral, pastoral, cultural, ecológica e sinodal. Fonte: Vatican News

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Webinar sobre a mensagem do Papa para o Dia Mundial das Missões

Organizado pelo Secretariado Internacional da Pontifícia União Missionária (PUM) em colaboração com a Missio Nordica, a “diretoria unitária” das Pontifícias Obras Missionárias (POM) que reúne Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia, este webinar em inglês é aberto a todos.

Vatican News

Realiza-se na tarde desta segunda-feira (02/09), o primeiro webinar dos países do norte da Europa sobre a mensagem do Papa para o próximo Dia Mundial das Missões sobre o tema “Ide e convidai a todos para o banquete”.

Organizado pelo Secretariado Internacional da Pontifícia União Missionária (PUM) em colaboração com a Missio Nordica, a “diretoria unitária” das Pontifícias Obras Missionárias (POM) que reúne Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia, este webinar em inglês é aberto a todos.

O programa inclui uma mensagem de saudação em vídeo do cardeal Luis Antonio Gokim Tagle, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização - (Seção para a primeira evangelização e as novas Igrejas particulares), que introduzirá a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões 2024, e o secretário-geral da Pontifícia União Missionária, padre Dinh Anh Nhue Nguyen, OFMConv, fará uma análise aprofundada do conteúdo, sublinhando em particular a passagem onde o Santo Padre faz votos do início de “um novo movimento missionário” em toda a Igreja e em todo o mundo, para a qual “todos podem contribuir: com oração e ação, com ofertas de dinheiro e sofrimento, com o próprio testemunho”.

Segue-se a palestra do diretor nacional da Missio Nordica, Ivan Sovic, enquanto o espaço final é dedicado a eventuais debates e comentários dos participantes.

“Este webinar - explica o diretor da Missio Nordica - representa um marco para o nosso escritório, pois nos esforçamos para promover o espírito missionário da Igreja e compartilhar a nossa mensagem com o povo de Deus na região nórdica. A Igreja Católica nos países nórdicos é principalmente uma comunidade de estrangeiros e imigrantes, com membros de quase todos os países do mundo, o que a torna verdadeiramente católica num sentido universal. Espero que sairemos deste webinar com energia renovada para convidar a todos, para construir uma presença mais visível das Pontifícias Obras Missionárias e para cultivar uma Igreja na região nórdica consciente do seu espírito missionário”.

Agência Fides

Fonte: Vatican News

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Irmãs contemplativas na Indonésia acompanham com a Adoração viagem do Papa

As monjas responderam ao chamado dos bispos indonésios para acompanhar a visita do Pontífice ao país (de 2 a 6 de setembro), a primeira etapa de sua viagem apostólica à Ásia e à Oceania, com oração contínua e Adoração perpétua. Além da Indonésia, Francisco visitará Papua-Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura. Fé, esperança, fraternidade, oração: são os temas centrais desta 45ª Viagem Apostólica Internacional do Papa Francisco (de 2 a 13 de setembro)

Vatican News

No Mosteiro da Adoração da Santíssima Trindade, na zona de colinas de Kuwu, próximo da cidade de Ruteng, na ilha indonésia de Flores, a Adoração Eucarística é permanente e a oração é incessante, dia e noite. A oração sobe ao Altíssimo pela viagem do Papa Francisco.

Esse é o carisma das Irmãs Servas do Espírito Santo da Adoração Perpétua, uma congregação internacional “contemplativa-missionária” - como as “Irmãs Adoradoras do Espírito Santo” gostam de se chamar.  Comumente, elas são chamadas de “irmãs rosa”, devido à cor rosa de seu hábito de consagradas. Esse hábito foi escolhido pelo fundador, Santo Arnaldo Janssen (1837 - 1909), sacerdote e missionário alemão, fundador da Sociedade do Verbo Divino (os missionários Verbiti), que iniciou o instituto feminino com Madre Maria Michael (1862 - 1934).  A cor rosa simboliza “o amor e a alegria do Espírito Santo” e hoje as irmãs estão presentes na Europa, América, Ásia e África.

25 anos de presença celebrados este 2024

Na Indonésia, elas chegaram das Filipinas e o mosteiro de Ruteng celebrou seu 25º aniversário este 2024, como conta à agência missionária Fides a irmã Mary Bernardi, filipina de 81 anos, que recorda as origens: em 1997, o bispo local convidou as monjas cor-de-rosa para Ruteng “para apoiar a ação missionária da Igreja local”. “Hoje – relata - estamos aqui com três religiosas filipinas e 21 indonésias. Fomos abençoadas com o dom de vocações para a vida monástica”, observa ela.

As monjas responderam ao chamado dos bispos indonésios para acompanhar a visita do Papa Francisco ao país (de 2 a 6 de setembro), a primeira etapa de sua viagem apostólica à Ásia e à Oceania, com oração contínua e Adoração perpétua.

O Papa Francisco e sua missão

A Irmã Mary cita as palavras de Arnaldo Janssen, quando ele disse que “na Adoração, entramos no relacionamento íntimo entre Pai-Filho-Espírito Santo, um verdadeiro relacionamento de amor que é nossa vocação e missão. Nessa comunhão de amor, colocamos o Papa Francisco e sua missão”, explica ela, ilustrando o dia de oração que começa às 4h45 e termina com as Completas às 19h30, enquanto as consagradas se revezam na Adoração, ajoelhadas na igreja do mosteiro, onde há exposição perpétua do Santíssimo Sacramento. O Papa e suas intenções, continua ela, são confiados às mãos amorosas de “Maria, verdadeira discípula de Cristo, que veneramos em nossa congregação com o título de Esposa Imaculada do Espírito Santo”. As consagradas vivem “uma vida feliz”, imersas na oração e no trabalho, enfatizando que “o mundo está em nosso coração: na oração e por meio da oração, somos missionárias no mundo”.

Orações pelo bom êxito da visita do Papa

Em Lembah Karmel, o Centro de Oração Carmelita na colina de Cikanyere, na regência de Cianjur (Java Ocidental), há uma comunidade de frades carmelitas e uma comunidade de monjas carmelitas que, como todas as outras irmãs de clausura, não poderão se encontrar pessoalmente com o Papa. Assim, elas se detêm em contemplação, certas de que “encontrarão o Papa e estarão próximas a ele em comunhão espiritual, louvando a Deus por sua presença como apóstolo do Evangelho em solo indonésio e apoiando sua missão no Oriente com a oração”.

As irmãs do mosteiro beneditino de Nossa Senhora das Graças, na parte ocidental da ilha de Timor, território da Diocese de Kupang, também responderam com fervor. O mosteiro, um oásis de espiritualidade, oferece aos fiéis uma experiência extraordinária de intensa oração e retiro espiritual. As consagradas e os fiéis estão se reunindo nestes dias para rezar pelo bom êxito da visita do Papa, “para que a mensagem do Evangelho e o dom da fraternidade que ele traz possam florescer e dar frutos na Indonésia”.

(com Fides)

Fonte: Vatican News

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Acolhimento do Papa em Vanimo será em ritmo de 'siyahamba e pizzicato'

“O trabalho evangelizador dos missionários do Verbo Encarnado, as expectativas do povo para receber o Papa, a consagração à Virgem Maria e a apresentação da Orquestra Rainha do Paraíso”, são alguns dos temas centrais da entrevista com o Pe. Miguel de la Calle, missionário argentino do Instituto do Verbo Encarnado, às vésperas do início da 45ª Viagem Apostólica do pontificado do Papa Francisco.

Renato Martinez - Vatican News

“O Papa Francisco vai entregar uma rosa de ouro à Virgem de Luján quando chegar a Vanimo, e nesse momento vamos rezar uma oração de consagração para nos consagrarmos a Jesus Cristo através de sua Mãe, consagrando assim todo o nosso trabalho apostólico e missionário”. É o que afirma o Pe. Miguel de la Calle, missionário argentino do Instituto do Verbo Encarnado, que vem realizando seu trabalho de evangelização em Vanimo, Papua Nova Guiné.

Em véspera de início da 45ª Viagem Apostólica do pontificado do Papa Francisco, na qual visitará a Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor Leste e Cingapura, de 2 a 13 de setembro, o Vatican News conversou com o missionário argentino sobre as expectativas do povo de Papua para receber o Santo Padre, sobre o projeto de evangelização artística e musical e também do encontro que terão com o Pontífice no domingo, 8 de setembro, na Escola de Humanidades da Santíssima Trindade, em Baro.

“As pessoas estão encantadas, estão muito entusiasmadas, muito felizes, esperando por esse dia histórico, o dia 8 de setembro, que cai na festa da Natividade da Virgem Maria. Teremos o Papa conosco por três horas no domingo à tarde. As pessoas estão trabalhando arduamente em todos os tipos de atividades físicas, como preparar o terreno, limpar, decorar, plantar flores, etc.; e também em atividades espirituais à noite, com pregadores que vêm nos preparar espiritualmente, muitas confissões, Santas Missas, etc. Todos rezando pela mesma intenção e todos com o mesmo sentimento, muito gratos por essa visita à periferia de Vanimo.”

A presença do IVE em Papua Nova Guiné

O Pe. Miguel de la Calle destacou que o Instituto do Verbo Encarnado está em Papua Nova Guiné há 27 anos, desde 1997. Ele chegou a Vanimo em setembro de 2015. Atualmente, a comunidade é composta por 6 padres, incluindo o Pe. Martin Prado e Miguel de la Calle. Outros dois são monges de vida contemplativa e outro deles, o Pe. Tomás Ravaioli, trabalha para a Conferência Episcopal do país e foi encarregado de traduzir os quatro Evangelhos para o dialeto local, além de acompanhar a causa de canonização do primeiro beato nativo da Papua, Peter ToRot.

“Desde 1997, os primeiros missionários do Instituto chegaram e trabalharam arduamente, iniciando o Seminário Diocesano com o bispo diocesano da época, dom César Bonivento, do PIME. Eles também nos confiaram uma paróquia no litoral, chamada Santíssima Trindade, e desde então estamos cuidando dela espiritualmente. Também estamos presentes na selva, na parte mais remota.”

Os enormes desafios de uma terra paradisíaca

Localizada no sudoeste do Pacífico e ao norte da Austrália, Papua Nova Guiné é um dos países com o menor índice de desenvolvimento humano do mundo, com mais de 7 milhões de habitantes de diferentes grupos étnicos que falam mais de 800 dialetos. Nesse contexto, o missionário argentino destacou que as dificuldades que eles têm de enfrentar para proclamar o Evangelho são inúmeras.

“Os desafios têm sido inúmeros para pessoas que vêm de tão longe como nós da Argentina para essas terras tropicais. Dezenas de desafios, a natureza, as estradas, quase não há estradas, as pessoas vivem muito mal, não têm eletricidade, não têm água potável, não têm gás natural, vivem, como diríamos, em um acampamento. Eles vivem em uma economia de subsistência: pescam, caçam e cultivam, mas o mais necessário é o acesso à saúde e à educação.”

Papa doará uma rosa de ouro a Nossa Senhora de Luján

Por outro lado, o Pe. Miguel de la Calle destacou a disposição do povo de Papua em acolher o Evangelho e sua grande devoção à Virgem Maria. Por exemplo, disse o missionário, eles amam muito a Virgem de Luján, que é a padroeira do Instituto do Verbo Encarnado e que trouxemos há 25 anos, precisamente no dia 8 de setembro, a quem o Papa Francisco dará uma rosa de ouro quando chegar a Vanimo.

“Quando vier a Vanimo, o Papa dará uma rosa de ouro à Virgem de Luján, a essa devoção, já que não há devoções populares locais aqui. Estamos aproveitando o fato de que faz exatamente 25 anos que essa imagem foi trazida pelos primeiros missionários do Instituto e o Papa Francisco entregará uma rosa de ouro à Virgem Maria. Nesse momento o bispo de Vanimo iniciará a oração de consagração na qual todos nos uniremos, todos os fiéis que estiverem presentes neste evento rezarão uma oração de consagração à Virgem Maria para nos consagrarmos a Jesus Cristo através de sua Mãe, consagrando assim todo o trabalho apostólico e missionário.”

Inculturação do Evangelho por meio da música

Outro aspecto importante do trabalho de evangelização dos membros do Instituto do Verbo Encarnado em Vanimo é o programa artístico musical. Seguindo o carisma do Instituto de inculturar o Evangelho, os missionários tentaram, por meio da música, “levar o Evangelho à cultura” do povo para seu crescimento espiritual.

“Aqui a música é muito primitiva, é feita de percussões, tambores e coisas muito primitivas. Portanto, ao trazer a música clássica de instrumentos, violinos e flautas e o coral polifônico, as pessoas realmente aproveitam muito e podem entender melhor a beleza que é Deus. Deus é pura beleza. O Evangelho que sublima as culturas, as eleva, essa é a perspectiva.”

O padre portenho também destacou que há uma perspectiva social nesse programa de evangelização por meio da música que ajuda a reduzir a violência familiar nas comunidades tribais de Papua.

“Isso também é importante para tentar reduzir a violência familiar, os maus-tratos de crianças e mulheres, que são muito comuns nas famílias daqui. Assim, por meio da música, as crianças tornam-se relevantes na cultura, na família, na mídia, nos jornais, na televisão, e as próprias famílias aprendem a valorizar o papel da criança e a respeitar mais as meninas e as mulheres."

A criação da Orquestra Rainha do Paraíso

Um dos projetos artístico-musicais que os missionários do Instituto do Verbo Encarnado estão realizando em Papua Nova Guiné é a Orquestra “Rainha do Paraíso”. Inspirado no modelo do “El Sistema” da Venezuela - que nasceu em 1975 com o objetivo de sistematizar a instrução e a prática coletiva e individual da música por meio de orquestras sinfônicas e corais, como instrumentos de organização social e desenvolvimento humanístico -, o Pe. Miguel de la Calle convidou o maestro venezuelano Jesús Briceño Barrios em 2018 para a formação da Orquestra “Rainha do Paraíso”, que apresentará por cinco minutos algumas peças musicais diante do Papa Francisco quando ele chegar a Vanimo.

“Estamos trabalhando desde 2018. O maestro Briceño treinou no estilo do 'El Sistema' essas crianças que hoje estão muito bem preparadas no coral. Ele formou a primeira orquestra infantil da história do país. Por meio da música, elas se sentem realizadas, felizes, apreciadas, valorizadas, formam um espírito de equipe, um espírito de família. Eles sabem como ler as notas, sabem como ler a pauta, não tocam de ouvido. Portanto, é uma grande alegria, depois de tantos anos de trabalho e sacrifício, poder ter essa coroação, digamos, tocar para o Papa, é uma grande alegria para as crianças, para as famílias, para todos."

Ao ritmo de “siyahamba” e “pizzicato”.

O missionário argentino também destacou que, quando o Papa Francisco chegar a Vanimo, as crianças da Orquestra “Rainha do Paraíso” o receberão ao ritmo da música tradicional africana e de uma peça clássica de Johann Strauss. O acolhimento será precedido por um “Concerto em homenagem ao Santo Padre” na sexta-feira, 6 de setembro, às 19 horas, horário da Papua.

“O coral executará uma canção que será acompanhada por uma dança chamada 'siyahamba', que é africana e significa 'estamos marchando na luz do Senhor'. É uma música no estilo de um 'negro spiritual', com os tambores típicos daqui, de Papua, para dar as boas vindas ao Papa. Depois, há algo mais clássico, de Strauss, chamado 'pizzicato', que é uma peça muito bonita, muito bem preparada, que as crianças e a orquestra estão praticando há algum tempo."

O impulso para a visita do Papa Francisco

Finalmente, o Pe. Miguel de la Calle destacou que a visita do Papa Francisco a Papua Nova Guiné, e em particular a Vanimo, dará um forte impulso ao trabalho de evangelização que os missionários de várias congregações vêm realizando em um lugar que ainda é considerado uma “terra de primeira evangelização”.

“É uma terra de missão bastante jovem, o Evangelho está aqui em Vanimo há 50 anos, portanto temos uma Igreja muito jovem e muito entusiasmada. E você pode ver o entusiasmo no período que antecede a vinda do Papa, as pessoas estão esperando ansiosamente por ele, ansiosas para encontrá-lo, para receber sua bênção. Elas querem vê-lo, querem que ele passe na frente delas, mesmo que seja só por um instante, e isso é o suficiente para deixá-las felizes. Eles vêm de todos os lugares, da selva, das montanhas, vêm da Indonésia, estamos na fronteira, de outras províncias, alguns estão caminhando há dias porque os meios de transporte são muito escassos, quase não há estradas. Quando o Papa chegar, será uma explosão de alegria para o futuro, para esta jovem Igreja de Vanimo, para dar um novo impulso, uma nova força a todo o trabalho de evangelização.”

Fonte: Vatican News

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Dom Paulus Kleden: 'Francisco ajude a nós, indonésios, a defender a harmonia social'

Originário da ilha de Flores, até poucas semanas atrás superior geral dos verbitas, dom Paulus Budi Kleden iniciou seu mandato como arcebispo em Ende no dia 22 de agosto. Na véspera da chegada do Papa ao país, ele falou à agência AsiaNews sobre as expectativas para essa visita. E sobre o rosto missionário da Igreja indonésia que, em dezenas de países ao redor do mundo, hoje tem seus sacerdotes e religiosas a serviço da evangelização

Vatican News

Dom Paulus Kleden iniciou seu ministério como arcebispo há poucos dias. Ele foi o segundo asiático a liderar os verbitas por seis anos, a congregação missionária fundada em 1875 na Alemanha pelo padre Arnold Janssen, uma das mais presentes na Ásia e que hoje tem muitas vocações na Indonésia. Em maio passado, o Papa Francisco escolheu o padre Paulus Budi Kleden para conduzir a Arquidiocese de Ende, a metrópole da ilha de Flores, o coração do catolicismo indonésio. Com 58 anos de idade, originário da zona rural de Larantuka, na própria ilha de Flores, e sacerdote desde 1993, dom Paulus Kleden ensinou teologia fundamental durante muito tempo em Ledalero, o grande seminário dessa ilha, antes de ocupar o cargo de superior geral dos verbitas de 2018 até julho passado. Ele foi ordenado bispo em 22 de agosto em Ende, escolhendo como lema episcopal “Perseverai no amor fraterno”, o versículo que abre o capítulo 13 da carta aos Hebreus. E foi com ele que a AsiaNews - na véspera da partida do Papa Francisco para a Indonésia, na tarde desta segunda-feira (02/09) - refletiu sobre o significado dessa viagem para esse grande país asiático e para o mundo inteiro.

Arcebispo Paulus Kleden, o que o senhor espera da visita do Papa Francisco a Jacarta?

 “Em primeiro lugar, fortalecer os católicos na Indonésia em sua identidade como crentes e em sua contribuição para a nação. Embora em pequeno número, os católicos indonésios têm desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento do país. Esse papel deve ser fortalecido e continuado.

Em segundo lugar, que promova o diálogo inter-religioso na Indonésia. Que ela ajude os indonésios de outras religiões a entender que a Igreja católica se preocupa com os problemas da humanidade como um todo e está aberta a colaborar com outros para enfrentar os desafios.

Em terceiro lugar, que ela incentive o governo indonésio em sua tarefa de servir aos indonésios, ajudando-os a viver pacificamente com as diferenças, inclusive as diferenças religiosas, que existem entre eles, para que vejam essas diferenças como uma riqueza que nos ajuda a crescer.

Por fim, espero que, após essa visita, o governo indonésio facilite a vinda e o trabalho de missionários católicos de outros países na Indonésia”.

Durante essa visita, o senhor acredita que a experiência da Indonésia pode oferecer ao mundo inteiro um exemplo de diálogo entre cristãos e muçulmanos?

“Minha grande esperança é exatamente esta: que a realidade indonésia de enriquecimento mútuo das comunidades religiosas seja um exemplo e uma inspiração para o mundo. As pessoas deveriam ver isso. Eu mesmo fiquei muito orgulhoso e, ao mesmo tempo, inspirado pela participação de meus irmãos e irmãs muçulmanos e de outras religiões em minha ordenação episcopal e em tantas outras ocasiões na vida de nossas comunidades aqui. É também um apelo a todos os indonésios para que salvaguardem esse modo de viver e trabalhar juntos”.

Em sua homilia no início de seu ministério como arcebispo de Ende, o senhor enfatizou a necessidade de defender a “harmonia social” na sociedade indonésia: o que a coloca mais em risco hoje?

Sim, eu disse essas palavras. A harmonia social, por exemplo, é ameaçada hoje por alguns políticos que exploram questões religiosas ou a identidade religiosa para obter votos. A insensibilidade em construir prédios religiosos onde há apenas alguns fiéis dessa religião também é um fator. Assim como o econômico: quando os habitantes de um lugar que são fiéis de uma religião veem que seus vizinhos de outras religiões recebem mais privilégios e apoio para iniciar e administrar seus próprios negócios, surgem tensões”.

Com base em sua experiência anterior como superior geral dos verbitas, como o senhor vê a contribuição dos missionários indonésios para a Igreja no mundo hoje?

“Como católicos indonésios, podemos nos orgulhar de termos nos tornado um país de envio de missionários, depois de décadas sendo apenas um país receptor. Se considerarmos apenas os verbitas, há mais de 500 missionários indonésios que exercem seu ministério em 50 países ao redor do mundo. Os missionários indonésios são caracterizados por sua simplicidade e disposição para trabalhar até mesmo nos lugares mais remotos. A experiência deles de convivência com outras religiões, especialmente com os muçulmanos, é uma contribuição muito útil para as outras Igrejas locais”.

(AsiaNews) Fonte: Vatican News

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Mianmar, 7 anos após a fuga e o êxodo dos rohingyas para Bangladesh

Em 2017, 700 mil membros da comunidade Rohingya foram forçados a fugir da ex-Birmânia para evitar a perseguição do exército, refugiando-se na vizinha Bangladesh. Cecilia Brighi, Secretária Geral da Associação Itália-Birmânia: “Uma estratégia de eliminação está em vigor contra eles”.

Emilio Sortino – Vatican News

Em 25 de agosto de 2017, as Forças Armadas Nacionais da Birmânia, também conhecidas como Tatmadaw, iniciaram campanhas militares de cerco contra a comunidade Rohingya com o objetivo de erradicar a comunidade das áreas do sudoeste de Mianmar, onde residiam há 10 séculos. As operações começaram como uma resposta a ataques terroristas contra o exército organizados pelo grupo armado Arakan Rohingya Salvation Army (ARSA) e se transformaram em uma espiral de violência indescritível, conforme confirmado pelo relatório da ONU em setembro de 2018. Sete anos após o êxodo dos rohingyas, a situação continua dramática. Ainda hoje, essas centenas de milhares de pessoas que foram forçadas a deixar suas casas vivem em condições desumanas dentro de enormes campos de refugiados em Bangladesh, sem esperança de voltar para casa. “Enquanto a violência genocida da junta continuar”, explica Cecilia Brighi, secretária geral da associação ‘Itália-Birmânia’, à mídia do Vaticano, ‘os Rohingya não terão nenhuma chance de retornar às suas casas’.

A guerra em Myanmar

O drama do grupo muçulmano faz parte do contexto mais amplo de uma guerra civil sangrenta, na qual o exército Tatmadaw está lutando contra uma infinidade de grupos étnicos armados, liderados por um governo clandestino de unidade nacional democrática. E agora as forças de libertação estão conseguindo obter o controle do país, conquistando cada vez mais território. Até o momento, os grupos étnicos armados conquistaram mais de 60% do país”, diz Brighi, ‘as forças democráticas controlam mais de 73 cidades e muitas posições militares estratégicas foram capturadas pela oposição’.

Nesse momento de crise em nível político e militar, o exército está retaliando a população, que foi posta de joelhos com a obrigação de ajudar a junta no poder. Uma repressão muito severa está em andamento contra toda a população dos territórios reconquistados pelas forças democráticas, aldeias, hospitais, escolas, igrejas e mosteiros estão sendo atingidos”, explica o secretário da Itália-Birmânia. Ao mesmo tempo, o exército está tentando militarizar as comunidades sob seu controle. Uma lei de coerção compulsória foi aprovada para toda a população masculina e feminina acima de 18 anos, e todos os dias centenas de jovens são arrancados de suas famílias contra sua vontade. A violência sem escrúpulos já causou quase 3 milhões de refugiados internos, enquanto o país inteiro está em uma crise econômica insana devido à inflação desenfreada.”

Um problema que vai além de qualquer lado de pertença

Hoje, os Rohingya se encontram em um túnel sem saída. Sentimentos etnonacionalistas movem a maioria das muitas comunidades em Mianmar, independentemente do lado em que estejam na atual guerra civil, explica Brighi: “por um lado, uma estratégia aberta da junta militar para eliminar os rohingyas do país está em vigor há algum tempo. Por outro lado, alguns grupos étnicos armados que agora estão lutando contra o exército pela independência, como o Exército Arakan, também estão atacando os vilarejos restantes dos rohingyas, que são vistos como estrangeiros”.

A esperança da democracia

Diante dessa realidade, a única possibilidade para os rohingyas é uma mudança radical na cultura de Mianmar, que só pode começar com uma renovação das instituições políticas e jurídicas, como explica Brighi. “A situação só pode ser resolvida por meio de um processo de democratização no país. O governo de unidade nacional, que é o governo democrático clandestino implantado após o golpe, declarou sua intenção de cancelar a antiga lei de cidadania que excluía explicitamente os rohingyas. Há uma vontade de mudar a essência básica de todo o sistema legislativo de Mianmar, evitando referências a grupos étnicos”. Infelizmente, no entanto, lamenta Brighi, em nível internacional “ninguém está assumindo uma posição firme sobre a questão, como também sabe o Papa Francisco, que vê todos os seus apelos para o povo birmanês cair no vazio”.

Olhando para o futuro

De acordo com o Acnur, 52% dos refugiados distribuídos nos 33 campos de refugiados na cidade de Cox's Bazar, em Bangladesh, têm menos de 18 anos de idade. Isso significa que a grande maioria nasceu dentro dessas favelas, sem nenhuma lembrança de outra vida além dessa. No entanto, apesar de todas as cicatrizes acumuladas ao longo dos anos, para os jovens, uma melhora pode estar próxima. “Infelizmente, sabemos com certeza que muitas dessas pessoas sofreram e ainda sofrem violência constante. Ao mesmo tempo, as condições e os ritmos nos campos são mais de sobrevivência do que de vida”, conclui Cecilia Brighi. Como associação, pedimos o apoio da comunidade internacional e da Europa, com a certeza de que o novo primeiro-ministro de Bangladesh, Muhammad Yunus, pode resolver a situação dos campos de refugiados no país, conforme declarou, e pode influenciar os países do Sudeste Asiático a pressionar a junta. A luta pela democracia envolve grandes compromissos políticos, diplomáticos e também econômicos. O apoio é crucial para que toda Mianmar possa finalmente encontrar paz e equilíbrio em uma estrutura democrática. Só então os Rohingya poderão voltar para suas casas”.- Fonte: Vatican News

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Ação, fruto da benção do Papa arrecada R$ 1,4 milhão para o Rio Grande do Sul

Camisetas abençoadas pelo Papa foram leiloadas em prol das vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Toda a arrecadação foi para a arquidiocese de Porto Alegre.

Vatican News

Foi realizado na cidade de São Paulo, no último dia 15 de agosto o leilão beneficente das camisas de futebol abençoadas pelo Papa Francisco e autografadas por Neymar, Messi e Mbappé em prol das vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul (Brasil). O evento foi um sucesso e arrecadou R$ 1,4 milhões (US$ 255 mil).

As camisetas abençoadas pelo Papa e leiloadas

O resultado positivo desta ação solidária é fruto de um verdadeiro trabalho em equipe que teve início no mês de maio último. Uma delegação brasileira liderada pelo padre Omar Raposo, Reitor do Santuário Cristo Redentor, e que contou com a participação dos empresários paranaenses Carla e Rodrigo Ferro, visitou o Vaticano e se encontrou com o Papa Francisco durante a audiência geral na Praça São Pedro. Na ocasião do encontro com o Pontífice, padre Omar, Carla e Rodrigo compartilharam com o Papa notícias sobre a situação do Rio Grande do Sul e sobre futuros projetos que darão ainda mais voz às ações de solidariedade da Igreja Católica no Brasil.

Ao final do encontro, Papa Francisco recebeu de presente velas do Santuário de São Miguel Arcanjo, localizado da cidade de Bandeirantes, Estado do Paraná (Brasil) e abençoou as camisas de futebol assinadas pelos craques mundiais Neymar, Messi e Mbappé.

De volta ao Brasil, o trabalho em equipe visando essa ação beneficente ganhou novos parceiros e se concretizou em um jantar para convidados na residência do casal Anne e Nelson Wilians, em São Paulo. Dentre os convidados ilustres, estiveram presentes, dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil; dom Mario Spaki, da Pastoral do Turismo da CNBB e bispo de Paranavaí e Silvonei Protz, da Rádio Vaticano - Vatican News.

Além das camisas de futebol autografadas por Neymar, Messi e Mbappé, e abençoadas pelo Papa Francisco, foram leiloadas bolas assinadas Campeão Olímpico de Voleibol e Embaixador do Turismo Sustentável da Nações Unidas (ONU Turismo), GIBA. “Fazer o bem faz bem ao corpo, mente e espírito. Este evento mostrou que o brasileiro é unido, solidário e ampara o próximo. Nossos irmãos do Rio Grande do Sul não estão sozinhos e a benção do Papa Francisco coroou o sucesso desta ação”, disse Giba.

Segundo padre Omar, este evento mostrou a força de mobilização da Igreja Católica em seguir amparando os que mais necessitam. “Como é bom ter amigos que respondem ao chamado da solidariedade. É importante a Igreja somar forças com pessoas de bem do segmento empresarial e expandir os valores altruístas no mundo”.

Para o empresário e um dos organizadores do evento, Rodrigo Ferro, o sucesso do leilão foi uma combinação de trabalho, união e fé. “Responder a um chamado do Papa Francisco e da nossa Igreja Católica é uma missão de vida e motivo de orgulho. A responsabilidade de gerar um bom resultado para ajudar as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul somente foi atingida com o apoio de grandes pessoas como Nelson e Anne Willians e daqueles que arremataram os itens com o propósito de fazer a diferença na vida das pessoas que passam por um momento de necessidade”.

Todo o valor arrecadado com o leilão foi destinado à Arquidiocese de Porto Alegre (Brasil). De acordo com o arcebispo dom Jaime Spengler, a tragedia que atingiu o Rio Grande do Sul é sem precedentes e levará alguns anos até que a situação da população volte a normalidade. “Não se trata de reconstruir o Rio Grande do Sul, mas sim de construir de uma forma nova. A generosidade vista neste leilão renova a crença de bondade do ser humano. Eu só tenho a agradecer todo o carinho que vi e senti neste evento”, completa dom Jaime.  Fonte: Vatican News

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Bispo de Mindelo preside actividades Jubilares da Diáspora Cabo-verdiana nas Américas 2024

Dom Ildo Fortes, Bispo de Mindelo, está de 1 a 7 de setembro de 2024 junto da comunidade cabo-verdiana para presidir as actividades do programa de conclusão do Jubileu dos 500 anos da criação da Diocese de Santiago (C500).

Rádio Nova de Maria  - Cabo Verde

As atividades têm o seu ponto alto na peregrinação e celebração da missa no Santuário de Nossa Senhora em Holliston, cidade de Brockton.

Do programa consta também uma conferência no dia 7 de setembro intitulado “Gratidão e Esperança do povo Cabo-verdiano na Diáspora” que decorrerá na Igreja de Santa Edith Stein em Brockton, a ser proferida por Dom Ildo Fortes.

O programa ressalta ainda o encontro com o Cônsul de Cabo Verde em Boston, as visitas de cortesia ao Cardeal Seán O'Malley e ao Bispo Auxiliar Dom Cristiano Barbosa da Arquidiocese de Boston.

A delegação ainda terá encontros com as comunidades nas principais cidades de Nova Inglaterra onde reside grande parte dos cabo-verdianos nos EUA e ainda um encontro com a Associação Cabo-verdiana de Brockton.

O Jubileu da Diáspora Cabo-verdiana nas/das Américas insere-se no conjunto dos jubileus temáticos, particularmente para a diáspora cabo-verdiana que contempla este ano esse continente. Em 2025 será a vez da Europa e em 2026 a celebração está marcada para o continente Africano.

Refira-se que no âmbito das comemorações dos 500 anos da Diocese de Cabo Verde, a acontecer em 2033, o Bispo da diocese de Santiago e Cardeal Dom Arlindo Furtado chefiou a Comissão Executiva Nacional do Projecto que se deslocou aos Estados Unidos de 8 a 17 do passado mês de março para apresentar o projecto das celebrações.

Fonte: Vatican News

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Indonésia: Papa chegou a Jacarta, primeira etapa de viagem-maratona na Ásia e Pacífico

Francisco foi recebido por grupo de crianças, idosos, refugiados e sem-abrigo, na Nunciatura Apostólica

O Papa chegou hoje a Jacarta, capital da Indonésia, primeira etapa da viagem mais longa do seu pontificado, após um voo de quase 13 horas, sendo recebido pelo ministro dos assuntos religiosos do país, Yaqut Cholil Qoumas.

A chegada do voo da Ita Airways ao Aeroporto Internacional Soekarno-Hatta aconteceu pelas 11h19 locais (05h19 em Lisboa), com Francisco a deslocar-se em cadeira de rodas, onde saudou ainda duas crianças vestidas com trajes tradicionais, que lhe ofereceram flores.

Depois de breves cumprimentos entre delegações e da Guarda de Honra, o Papa dirigiu-se à Nunciatura Apostólica, num percurso de 27 quilómetros até ao centro de Jacarta, onde foi recebido por um grupo de crianças, idosos, refugiados e sem-abrigo, acompanhados pelas Irmãs Dominicanas, a Comunidade de Santo Egídio e pelo Serviço Jesuíta aos Refugiados.

O dia hoje decorre sem quaisquer compromissos oficiais, para que Francisco, de 87 anos de idade, possa recuperar da viagem; a cerimónia de boas-vindas vai decorrer esta sexta-feira, no Palácio Presidencial, onde o Papa profere o seu primeiro discurso, perante responsáveis políticos e membros da sociedade civil.

Ao longo dos 11 354 quilómetros da viagem, o pontífice enviou mensagens aos chefes de Estado da Croácia, Bósnia-Herzegovina, Sérvia, Montenegro, Bulgária, Turquia, Irão, Paquistão, Índia e Malásia, com votos de bem-estar, prosperidade, fraternidade e solidariedade.

Francisco pediu o “dom da paz” para o Irão, na mensagem enviada ao presidente Masoud Pezeshkian.

A 45ª viagem apostólica do pontificado passagens por Jacarta (Indonésia), até 6 de setembro; Port Moresby e Vanimo (Papua-Nova Guiné), de 6 a 9 de setembro; Díli (Timor-Leste), de 9 a 11 de setembro; e Singapura, de 11 a 13 de setembro.

O Papa leva mensagens em favor do diálogo entre religiões, defesa do ambiente e promoção da justiça social, em países onde os católicos são minoria, com exceção de Timor, onde representam mais de 95% da população.

Francisco é o terceiro pontífice visitar a Indonésia, depois de São Paulo VI em 1970 e de São João Paulo II em 1989.

A Indonésia, país com o maior número de muçulmanos do mundo, tem cerca de 8,3 milhões de católicos, que representam 3% da população, segundo dados do Vaticano.

Outro tema em destaque são as alterações climáticas, cujo impacto é particularmente visível na Indonésia, cujo governo está a construir uma nova capital, Nusantara, devido à vulnerabilidade de Jacarta.

Durante a sua visita, Francisco vai encontrar-se com responsáveis religiosos na Mesquita Istiqlal em Jacarta, a maior do sudeste asiático, presidindo também a uma Missa no Estádio Gelora Bung Karno, em que se esperam cerca de 80 mil participantes.

Desde a sua eleição, em 2013, o atual pontífice fez 44 viagens internacionais, tendo visitado 61 países, incluindo Portugal (2017 e 2023).

Além das visitas à Terra Santa e Médio Oriente/Península Arábica, o Papa fez várias viagens à Ásia oriental: Coreia do Sul (2014), Sri Lanka e Filipinas (2015), Myanmar e Bangladesh (2017), Tailândia e Japão (2019) e Mongólia (2023).

Fonte: Agência Ecclesia

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Rio de Janeiro: Monumento ao Santíssimo Sacramento

“Jesus Cristo Nosso Senhor, o único Salvador dos homens, deve ser amado, louvado e honrado […]. Que até o fim dos tempos este monumento seja um farol a iluminar o Rio de Janeiro e todo o país”. (CDB)

Um monumento eucarístico foi erguido no coração do Rio de Janeiro, com o objetivo de fortalecer a presença do catolicismo na esfera pública da cidade. Esta escultura, com 7,4 metros de altura, comemora os 70 anos do 36º Congresso Eucarístico Internacional, realizado na cidade, em 1955, e “visa lembrar aos brasileiros a importância da conversão à “verdadeira fé”, guardada e propagada pela Santa Igreja Católica, fora da qual não há salvação”, segundo o Centro Dom Bosco (CDB), organização promotora da iniciativa.

O CDB idealizou e financiou a obra sem recorrer a verbas públicas, demonstrando o comprometimento da comunidade católica na concretização deste projeto.

A inauguração do monumento, em 17 de julho passado, em um local estratégico entre a Avenida Rio Branco e a Avenida Presidente Wilson, ocorreu em clima de fervor religioso. O evento contou com uma missa solene presidida pelo Padre Lorenzo, a bênção do monumento, orações e cânticos religiosos.

Participaram da inauguração diversas autoridades locais e representantes de instituições católicas, bem como clérigos, famílias e devotos. O desenho do monumento, dedicado ao Santíssimo Sacramento e a Jesus Cristo, destaca-se pela sua majestade e pela profunda devoção que inspira.

O Centro Dom Bosco afirmou que este trabalho não busca apenas glorificar Jesus Sacramento, mas também oferecer um espaço de oração e reflexão, contribuindo assim para fortalecer a fé dos católicos na cidade.

Fonte: Gaudium Press

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Fraternidade para curar o mundo, pede papa Francisco em carta ao 53º Congresso Eucarístico Internacional

Por Diego López Marina

O papa Francisco exortou os fiéis a “construir juntos a fraternidade para curar o mundo” em carta em latim enviada ao arcebispo emérito de Caracas, Venezuela, cardeal Baltazar Porras, legado pontifício para o 53º Congresso Eucarístico Internacional em Quito, Equador.

O congresso vai ocorrer em Quito, Equador, de 8 a 15 de setembro, coincidindo com o 150º aniversário da consagração do Equador ao Sagrado Coração de Jesus.

Em sua carta, o papa destacou a importância da Eucaristia como ato de amor que une Deus ao seu povo. “A natureza mística do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo baseia-se na doação de Deus por nós e, portanto, carrega uma dimensão social, para que 'um só corpo' (cf 1 Cor 10, 17) possamos ser fundidos numa única existência”, disse o papa.

 “No sacramento eucarístico, o amor a Deus e o amor ao próximo se unem verdadeiramente: o Deus encarnado atrai todos a si”, acrescentou Francisco.

Citando sua própria encíclica Fratelli tutti, Francisco falou da necessidade de todos os seres humanos se reconhecerem como “uma única humanidade, como caminhantes da mesma carne humana, como filhos desta mesma terra que nos alberga a todos”.

O papa sublinhou também que o Congresso Eucarístico Internacional é uma oportunidade para “reavivar o dom de Deus” e “reconhecer todos os povos como irmãos, unidos pelo amor eucarístico que emana do Coração de Cristo”.

Francisco também exortou o cardeal Porras a liderar o Congresso em seu nome e expressar a “todos os fiéis ali reunidos a nossa constante humanidade”. “Ao abordar o significado eclesial da Eucaristia, proclamareis também que ela é a fonte de comunhão da qual surge o mandato de abrir a obra de cura de Cristo”, disse Francisco.

Fonte: ACIDigital

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Ônibus com fiéis da arquidiocese do Rio que voltavam de romaria a Aparecida tomba na estrada

Por Nathália Queiroz

Um ônibus com 45 fiéis da paróquia Santos Anjos, do Rio de Janeiro (RJ), tombou na BR-465, na altura de Seropédica (RJ). Os peregrinos voltavam da romaria da arquidiocese do Rio de Janeiro ao Santuário Nacional de Aparecida (SP). 20 pessoas tiveram ferimentos leves, foram levadas ao hospital e receberam alta.

“A Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro lamenta o acidente. As causas serão apuradas pelas devidas autoridades”, diz a nota oficial publicada pela arquidiocese.

“Os peregrinos retornavam da 122ª Romaria Anual da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro ao Santuário Nacional de Aparecida, que contou com a presença de mais de 60 mil pessoas das 292 comunidades paroquiais da cidade do Rio de Janeiro”, diz a nota oficial publicada pela arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ).

Os 20 feridos foram levados para o Hospital Geral de Nova Iguaçu, onde foram “examinados, avaliados pelas equipes médicas de especialistas da emergência” e receberam “alta com orientações”.

 “Assim que a Arquidiocese, o Pároco e o Vigário Paroquial da referida Paróquia tomaram conhecimento do acidente, estes dirigiram-se imediatamente ao local e ao Hospital Geral de Nova Iguaçu para prestar toda a assistência aos feridos”, diz a nota.

“O Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, bem como o Pároco e o Vigário Paroquial da Paróquia Santos Anjos, Padre Thiago Azevedo e Padre Kadum Dornelles, continuam acompanhando de perto a situação dos feridos, prestando toda a assistência necessária”, continua.

“Pedimos a Deus que abençoe a todos os que prestaram os serviços de atendimento, Polícia Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros Militar, Hospital Geral de Nova Iguaçu e demais autoridades”, conclui.

Fonte: ACIDigital

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Do dia 1º/9/2024

CRB Nacional Celebra 70 Anos com Peregrinação ao Santuário de Aparecida

Neste domingo, 1º de setembro, 2024,  a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB Nacional) celebrou os 70 anos de sua fundação com uma peregrinação ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo. O evento reuniu  de religiosos e religiosas da Regional São Paulo que conta com 48 núcleos presentes no estado. Um  momento de profunda espiritualidade e ação de graças por toda vida doada nestes 70 anos de história. 

A celebração incluiu uma missa solene, presidida pelo Reitor do Santuário, Padre Carlos Eduardo Catalfo. A liturgia foi animada pelo missionário redentorista Irmão Alan Patrick Zuccherato,  trazendo ainda mais fervor à celebração. Durante a missa, os participantes agradeceram a Deus e  reafirmaram o compromisso na missão de evangelizar e servir ao povo.

O Santuário de Aparecida, símbolo da fé católica no Brasil, foi o cenário escolhido para esse momento histórico, que marcou o ponto culminante de um ano repleto de celebrações. Além dos religiosos e religiosas, a celebração contou com a presença de Irma Silvânia Aparecida, membro da diretoria nacional e dos assessores dos setores: Comunicação, Missão, Formação/ Religiosos Irmãos e SAV (Serviço de Animação Vocacional), refletindo a diversidade e a unidade na missão da CRB Nacional, além da Coordenadora do Regional de São Paulo, Irmã Helena Gresser. 

As comemorações pelos 70 anos da CRB Nacional começaram em 2023, com o tema “Memória, Mística, Profecia e Esperança” e o lema “Permanecei no meu Amor”. As festividades incluíram a Semana da Vida Consagrada e culminaram no Congresso dos 70 anos da CRB, realizado em Fortaleza, Ceará, de 30 de maio a 2 de junho de 2024, que contou com a participação de cerca de 800 religiosos e religiosas de diversas partes do Brasil.

Desde sua fundação, em 11 de fevereiro de 1954, a CRB Nacional tem sido uma voz ativa na defesa da justiça social, dos direitos humanos e da preservação do meio ambiente. A peregrinação ao Santuário de Aparecida foi um testemunho dessa trajetória, demonstrando a força e vitalidade da vida religiosa consagrada no país.

Religiosos e religiosas de diferentes congregações participaram do evento, levando consigo o compromisso de seguir no dinamismo profético da Vida Religiosa Consagrada o e de continuar sendo sinais de esperança em meio aos desafios contemporâneos. A celebração foi marcada por momentos de grande emoção e fraternidade, refletindo a importância da vida religiosa consagrada na sociedade brasileira.

Fonte: CRB

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Missa no Santuário celebra a abertura do mês da Bíblia 2024

A Celebração Eucarística finalizou a 1ª Romaria Nacional dos Catequistas

Escrito por Rhanna Felicio

Neste domingo (01), o Santuário Nacional celebrou a abertura do mês da Bíblia. O tema é “O livro de Ezequiel” e tem como lema “Porei em voz, meu espírito e vivereis.” (CF. EZ 37,14).

O lema “Porei em vós o meu espírito e vivereis” vem do Livro de Ezequiel, capítulo 37, versículo 14. Nesse trecho, Deus promete dar nova vida ao povo de Israel, que estava em exílio e sem esperança. A passagem é conhecida pela visão do vale de ossos secos, onde Deus mostra a Ezequiel que, mesmo quando tudo parece perdido, Ele pode trazer vida e esperança.

Os fiéis se reuniram ao entorno do Altar Central, onde a Missa foi presidida pelo Dom Leomar Antônio Brustolin, Arcebispo da Arquidiocese de Santa Maria - RS e presidente da comissão episcopal para animação bíblico Catequética da CNBB.

A Santa Missa marcou o encerramento da 1ª Romaria Nacional dos Catequistas, que começou no dia 30 e terminou hoje, domingo, dia (01). Cerca de 3.400 catequistas participaram do evento organizado pela Comissão Episcopal para Animação Bíblico-Catequética da CNBB.

A Celebração Eucaristica destacou também a Ação de Graças de 70 anos da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB). Onde ressaltou a trajetória da CRB na promoção da vida religiosa e no apoio às comunidades de fé no Brasil.

Dom Leomar Antônio Brustolin no início de sua homilia, fez uma associação à primeira leitura: que temos que ouvir mais a palavra de Deus.

“A palavra catequese significa ecoar, ou seja, entrar pelo ouvido, então sair pelo outro, é para levar para o coração. A Fé nasce da escuta, e muita gente está perdendo a fé porque não escuta mais, só quer falar, sabe quando passamos por uma provação difícil? Aquela morte repentina, brigas na família, mal-estar no relacionamento, problemas no trabalho, logo a gente reza e pede ajuda, mas nessa hora é preciso escutar o que Deus quer nos dizer, com isto é preciso querer aprender de Deus o que ele está nos mostrando através da dor. Como bem diz Padre Zezinho em uma de suas canções, ‘Ninguém nasceu para sofrer, mas a dor nos faz crescer’.”. 

Em seguida, falou do evangelho.

“No evangelho, nos vemos Jesus condenando uma prática religiosa não coerente, pois não dá para rezar de um jeito e viver de outro. Não dá para multiplicar orações e esquecer de respeitar o próximo. A nossa fé cristã e católica depende de nossas ações caridosas e de coração, é por isso que a segunda leitura diz que devemos cuidar da viúva, do pobre e de quem precisa."

Dom Leomar ressaltou a importância do mês da Bíblia para nos animar e incentiva que leiam o livro de Ezequiel e que a palavra de Deus desça sobre nós.

A celebração de hoje nos faz refletir sobre nossas ações e comportamento cristão e nos faz pensar se estamos vivendo conforme os ensinamentos de Cristo. 

Que seguimos o exemplo de Jesus, que soube e sabe amar, que perdoa, que é caridoso e que nos acolhe com um infinito amor. Sejamos pastores de Cristo nessa caminhada do viver, espalhemos boas novas e sejamos caridosos e acolhamos o próximo com amor.

Fonte: A12.com

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Papa: viver a fé com coerência, fazendo da vida um culto agradável a Deus

No Angelus Francisco diz que fomos feitos para a verdadeira pureza, "aquela que Deus nos dá, se lhe permitirmos expulsar de nós toda sombra de egoísmo, de orgulho e de julgamento, para nos modelar à imagem de seu Filho Jesus, que deu a vida por nós."

Jackson Erpen - Cidade do Vaticano

Viver a fé com coerência, concretizando com sentimentos, palavras e obras o que faço na igreja e digo na oração.

Em síntese foi o que disse o Papa Francisco ao comentar - antes de rezar o Angelus - o Evangelho de Marcos (cf. Mc 7,1-8.14-15.21-23) proposto para este XXII Domingo do Tempo Comum. E a inspirar sua reflexão, foi um tema que era muito caro aos seus contemporâneos, ou seja, "o puro e o impuro",  tema que "estava principalmente ligado à observância de ritos e regras de comportamento" e se devia prestar atenção para evitar qualquer contato com coisas ou pessoas consideradas impuras:

Alguns escribas e fariseus, obcecados, rigorosos observadores destas normas, acusam Jesus de permitir aos seus discípulos comerem sem lavar as mãos. E Jesus aproveita essa repreensão dos fariseus aos seus discípulos para falar-nos do significado da "pureza". A pureza – diz Jesus – não está ligada a ritos externos, mas antes de tudo está ligada a disposições internas, disposições interiores.

Ou seja, para ser puros, "não há necessidade de lavar as mãos diversas vezes, se depois são alimentados dentro do coração sentimentos malvados como ganância, inveja e orgulho, ou más intenções como engano, roubos, traição e calúnia":

Jesus chama a atenção para nos guardarmos do ritualismo, que não faz crescer no bem, pelo contrário, às vezes esse ritualismo pode levar a negligenciar, ou até mesmo a justificar, em si e nos outros, escolhas e comportamentos contrários à caridade, que ferem a alma e fecham o coração.

O Papa traz essa realidade para nossos dias, destacando alguns aspectos que podem dizer respeito também a nós:

Não se pode, por exemplo, sair da Santa Missa e, já no adro da igreja, parar para fazer comentários malévolos e desprovidos de misericórdia sobre tudo e todos. Aquele falatório que arruína o coração, que arruína a alma. E não pode isso! Vais à Missa e depois, na entrada, faz essas coisas, é uma coisa feia. Ou mostrar-se piedosos na oração, mas depois em casa tratar com frieza e distância os próprios familiares, ou negligenciar os pais idosos, que precisam de ajuda e companhia.  Esta é uma vida dupla e não pode ser. E isto é o que faziam os fariseus. A pureza externa, sem as atitudes boas, atitudes misericordiosas com os outros. Ou não se pode ser aparentemente muito corretos com todos, e quem sabe mesmo fazendo um pouco de voluntariado e algum gesto filantrópico, mas depois por dentro cultivando o ódio pelos outros, desprezando os pobres e os últimos ou comportando-se desonestamente no próprio trabalho.

Ao fazermos isso - observa Francisco - "a relação com Deus fica reduzida a gestos externos, e internamente permanecemos impermeáveis à ação purificadora da sua graça, entregando-nos a pensamentos, mensagens e comportamentos desprovidos de amor. Nós fomos feitos para outra coisa, fomos feitos para a pureza de vida, para a ternura, para o amor".

E sugere que nos perguntemos: 

Vivo a minha fé de forma coerente, isto é, aquilo que faço na Igreja, busco com o mesmo espírito fazer fora? Com os sentimentos, com as palavras e com as obras, concretizo na proximidade e no respeito aos meus irmãos o que digo na oração? Pensemos nisso!

Que Maria, Mãe puríssima - disse ao concluir - nos ajude a fazer da nossa vida, no amor sentido e praticado, um culto agradável a Deus (cf. Rm 12, 1).

Fonte: Vatican News

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Paz na Terra Santa, respeito pelo Status Quo de Jerusalém e libertação dos reféns, pede o Papa

Francisco, nas suas saudações depois do Angelus, volta a invocar a paz para o Médio Oriente. O seu apelo para que as negociações por um cessar-fogo em Gaza não parem e Jerusalém se torne um ponto de encontro entre as religiões.

Marco Guerra – Cidade do Vaticano

Faço apelo para que não parem as negociações, haja um imediato cessar-fogo, sejam libertados os reféns e socorrida a população em Gaza, onde estão se difundindo muitas doenças, incluindo a poliomielite.

Após rezar oração mariana do Angelus, o pensamento do Papa Francisco volta-se novamente às populações sofredoras da Terra Santa e para o conflito israelense-palestino, que há quase 11 meses ensangrenta o Médio Oriente.

Apelo pelos Lugares Santos 

O Pontífice pede também o compromisso de todos para evitar a propagação do conflito “a outras cidades palestinas” e que seja respeitado o Status Quo dos Lugares Santos. E lança um novo e premente apelo:

Que haja paz na Terra Santa, que haja paz em Jerusalém! Que a Cidade Santa seja um ponto de encontro onde cristãos, judeus e muçulmanos se sintam respeitados e acolhidos, e ninguém questione o Status Quo nos seus respectivos Lugares Santos.

Tem início vacinação em Gaza 

Precisamente neste domingo, 1° de setembro, teve início na Faixa de Gaza a campanha de vacinação contra a poliomielite promovida pelo Unicef, com o objetivo de proteger mais de 600 mil crianças palestinas.

Neste meio tempo, foram relatados novos combates. Segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, as vítimas palestinas desde o início da ação isralense chegaram a 40.738.

A tensão também está aumentando na Cisjordânia, onde na manhã deste domingo três agentes da polícia israelense foram mortos em Tarqumiyah, uma cidade não muito distante de Hebron, em um ataque contra um posto de controle.

Fonte: Vatican News

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Papa: Deus não fica indiferente ao sofrimento dos inocentes

Crianças e mulheres entre as cerca de 150 vítimas de ataque terrorista em Burkina Faso, mais de 1 milhão de ucranianos sem luz e água devido à ataques russos contra a infra-estruturas, entre os apelos do Papa após rezar o Angelus.

Vatican News

Logo após rezar o Angelus, o Papa começou recordando a beatificação no sábado, na Eslováquia, do seminarista Ján Havlík:

Ontem em Šaštín, na Eslováquia, foi beatificado Ján Havlík, seminarista da Congregação da Missão, fundada por São Vicente de Paulo. Este jovem foi morto em 1965, durante a perseguição do regime contra a Igreja na então Tchecoslováquia. Que a sua perseverança no testemunho da fé em Cristo seja um encorajamento para aqueles que ainda hoje sofrem provações semelhantes. Uma salva de palmas para o novo Beato!

"Execráveis ataques" em Burkina Faso 

A seguir, Francisco voltou seu olhar ao continente africano onde um ataque terrorista em Burkina Faso matou ao menos 150 pessoas no sábado, 24 de agosto:

Com dor soube que no sábado, 24 de agosto, no município de Barsalogho, em Burkina Faso, centenas de pessoas, incluindo mulheres e crianças, foram mortas e muitas outras ficaram feridas em um ataque terrorista. Ao condenar estes execráveis ​​ataques contra a vida humana, expresso a minha proximidade a toda a nação e as minhas sentidas condolências às famílias das vítimas. Possa a Virgem Maria ajudar o querido povo do Burkina Faso a encontrar a paz e a segurança.

Deus sempre ouve a voz dos inocentes 

Ao recordar da Ucrânia, cujas cidades tem sido alvos de mísseis, drones e ataques aéreos russos - foram mais de mil nos últimos sete dias - o Santo Padre recordou que a voz dos inocentes sempre é ouvida por Deus:

E estou sempre próximo do martirizado povo ucraniano, duramente atingido pelos ataques às infra-estruturas energéticas. Além de causarem mortos e feridos, deixaram mais de um milhão de pessoas sem eletricidade e água. Lembremo-nos que a voz dos inocentes é sempre ouvida por Deus, que não fica indiferente ao seu sofrimento!

Fonte: Vatican News

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A oração de Francisco pelas vítimas de desabamento no Santuário em Recife

O incidente ocorrido no início da tarde de sexta-feira causou a morte de duas pessoas e ferimentos em mais de 20.

Vatican News

Após rezar pelas vítimas de ataque terrorista em Burkina Faso e da guerra na Ucrânia, o Papa dirigiu seu pensamento aos mortos e feridos em desabamento em Santuário de Recife:

Rezo também pelas vítimas do incidente ocorrido no Santuário de Nossa Senhora da Conceição, na cidade de Recife, no Brasil. Que o Senhor Ressuscitado conforte os feridos e as suas famílias.

O desabamento do teto do Santuário do Morro da Conceição, na Zona Norte do Recife, ocorreu por volta das 13h30 de sexta-feira, 30, durante a distribuição de cestas básicas, provocando a morte de duas pessoas e deixando ao menos outras 20 feridas. Entre as pessoas feridas está uma gestante com 21 semanas de gravidez e uma criança de 4 anos. Havia entre 60 e 70 pessoas no local quando o acidente aconteceu.

Em um comunicado assinado por dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, a Arquidiocese de Olinda e Recife havia expresso "profunda tristeza pelo trágico acidente", que "enche nossos corações de luto e solidariedade". "Em oração, nos unimos às famílias enlutadas e a todos os que foram afetados por esta tragédia. Que o senhor acolha as almas dos falecidos e conforte os corações dos que sofrem".

*Com informações do site G1

Fonte: Vatican News

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Papa pede orações pelos frutos de sua viagem à Ásia e Oceania

A Rádio Vaticano/Vatican News acompanhará passo a passo mais esta peregrinação de Francisco, com a transmissão também em português dos eventos com o Santo Padre.

Vatican News

"Amanhã iniciarei uma Viagem Apostólica a alguns países asiáticos. Por favor, rezem pelos frutos desta viagem" foi o pedido do Papa Francisco, antes de saudar os romanos e peregrinos presentes na Praça São Pedro para o tradicional encontro dominical.

De fato, neste 2 de setembro, o Papa dará início à 45ª Viagem Apostólica, a mais longa do seu Pontificado, que o levará à Indonésia, Timor Leste, Papua Nova Guiné e Singapura. Fé, oração, compaixão, fraternidade, harmonia, esperança são os temas presentes nos lemas e nos logotipos da Viagem Apostólica.

Serão 32.814 quilômetros percorridos, com quatro fusos horários diferentes, desde a partida do Aeroporto Fiumicino, às 17h55 desta segunda-feira, até seu retorno a Roma na sexta-feira, 13 de setembro, às 18h55min, horário italiano.

Entre os temas a serem abordados nos 16 discursos e homilias, a serem pronunciados em italiano e espanhol, está o diálogo e a convivência harmoniosa entre as religiões, a reconciliação social, a mudança climática e seus efeitos devastadores nas terras de oceanos e vulcões, o equilíbrio entre a velocidade econômica e tecnológica e o desenvolvimento humano, social e espiritual dos povos.

Ademais, a evangelização, antiga e moderna, em latitudes onde as comunidades cristãs vivem quase nas mesmas condições da Igreja primitiva, a acolhida de refugiados, o incentivo aos jovens a participarem dos processos políticos e sociais.

A paz 

Em um período histórico marcado por guerras, o Papa irá reiterar nos diversos encontros seu apelo em favor da paz e dos esforços em andamento para alcançá-la. Simbólicos nesse sentido são dois momentos que o Papa viverá em Jacarta, a capital da Indonésia, atingida no passado recente pelo terrorismo religioso e pela tentativa de criar um Islã transnacional no modelo do Isis, que no entanto foi rejeitado pela “Pancasila” indonésia, com seus cinco pilares de respeito às crenças, culturas, religiões e línguas, também incluídos na Constituição.

O primeiro momento será a visita à mesquita Istiq'lal, o maior prédio de culto islâmico do Sudeste Asiático, projetado na década de 1950 por um arquiteto cristão e, a partir de 2019, conectado à Catedral da Assunção pelo chamado “túnel da fraternidade”. Um túnel, de fato, que pretende ser um sinal de incentivo à fraternidade entre as duas comunidades religiosas. O Papa - este é o segundo momento simbólico - visitará o local juntamente com o Grão-Imame, com quem também assinará uma Declaração Conjunta na esteira do Documento sobre a Fraternidade Humana de Abu Dhabi.

A Rádio Vaticano/Vatican News acompanhará passo a passo mais esta peregrinação de Francisco, com a transmissão também em português dos eventos com o Santo Padre.

Fonte: Vatican News

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Francisco confia viagem à Ásia e Oceania a Maria Salus populi romani

O Papa chegou à Basílica de Santa Maria Maiore para rezar diante do ícone da Virgem Salus populi romani, confiando-lhe a viagem apostólica que começa amanhã à tarde e termina no dia 13 de setembro.

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Esta manhã, domingo, 1º de setembro, o Papa Francisco chegou à Basílica de Santa Maria Maior e ficou em oração, como sempre, diante do ícone da Virgem Salus populi romani, confiando-lhe a sua próxima Viagem Apostólica à Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura.

Ao final, voltou ao Vaticano, como comunicado pela Sala de Imprensa da Santa Sé. Será a viagem mais longa de seu pontificado, de 2 a 13 de setembro.

Fonte: Vatican News

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Poder descontrolado sobre a natureza gera monstros, adverte o Papa

Para o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, Francisco propõe repensar a questão do poder humano, do seu significado e dos seus limites, "pois um poder descontrolado gera monstros e volta-se contra nós mesmos".

Vatican News

"Espera e age com a criação" é o tema do Dia de Oração pelo Cuidado da Criação, que se realizará no próximo 1 de setembro.

mensagem do Papa para a ocasião foi divulgada esta quinta-feira (27/06), e refere-se à Carta de São Paulo aos Romanos 8, 19-25. O Apóstolo, ao esclarecer o significado de viver segundo o Espírito, concentra-se na esperança firme da salvação pela fé, que é vida nova em Cristo.

Para Francisco, a esperança é a possibilidade de permanecer firme no meio das adversidades, de não desanimar nos momentos de tribulação ou diante da barbárie humana.

A esperança cristã não desilude, mas também não ilude, ressalva o Papa. A criação geme e o vemos através de tanta injustiça, tantas guerras fratricidas que provocam a morte de crianças, destroem cidades, poluem o ambiente em que vive o homem.

A luta moral dos cristãos está ligada ao “gemido” da criação, que está sujeita à dissolução e à morte, agravadas pelos abusos humanos sobre a natureza.

Por isso, permanece válido o convite à conversão dos estilos de vida, a resistir à degradação humana do meio ambiente e a manifestar aquela crítica social que é, em primeiro lugar, testemunho da possibilidade de mudança.

Esta conversão, explica Francisco, consiste em passar da arrogância de quem quer dominar os outros e a natureza à humildade de quem cuida dos outros e da criação. E cita a famosa frase da Exortação Apostólica Laudate Deum: “Um ser humano que pretenda tomar o lugar de Deus torna-se o pior perigo para si mesmo”.

O Papa propõe que se repense a questão do poder humano, do seu significado e dos seus limites, pois um poder descontrolado gera monstros e volta-se contra nós mesmos.

O Pontífice volta a afirmar que é urgente colocar limites éticos ao desenvolvimento da inteligência artificial, que com a sua capacidade de cálculo e de simulação poderia ser utilizada para dominar o homem e a natureza, em vez de estar ao serviço da paz e do desenvolvimento integral.

De “predador”, portanto, o homem deve ser “cultivador” do jardim. Já a tradição judaico-cristã recorda que terra está confiada ao homem, mas continua a ser de Deus. Por isso, pretender possuir e dominar a natureza, manipulando-a a seu bel-prazer, é uma forma de idolatria.

“É o homem embriagado com o seu próprio poder tecnocrático, que com arrogância coloca a terra numa condição de ‘des-graça’, isto é, privada da graça de Deus”, escreve Francisco.

Por conseguinte, a salvaguarda da criação não é apenas uma questão ética, mas é eminentemente teológica: diz respeito ao entrelaçamento entre o mistério do homem e o mistério de Deus. Nesta história, não está em jogo apenas a vida terrena do homem, está sobretudo em jogo o seu destino na eternidade.

O Papa recorda que há uma motivação transcendente (teológico-ética) que compromete o cristão a promover a justiça e a paz no mundo, também através do destino universal dos bens.

Esperar e agir com a criação significa, então, viver uma fé encarnada, que sabe entrar na carne sofredora e esperançosa das pessoas, partilhando a expectativa da ressurreição corporal a que os fiéis estão predestinados em Cristo.

É no interior dos dramas da carne humana que sofre que a esperança deve ser testemunhada. E se alguém sonha, afirma Francisco, “então que sonhe com os olhos abertos, animados por visões de amor, fraternidade, amizade e justiça para todos”.

Fonte: Vatican News

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Condolências do Papa pela morte da mãe do cardeal Parolin

Ada Miotti Parolin tinha 96 anos. O funeral será realizado na manhã do dia 3 de setembro em Schiavon, na província de Vicenza.

Vatican News

No sábado, 31 de agosto, Ada Miotti Parolin, mãe do cardeal secretário de Estado Pietro Parolin, “adormeceu serenamente no Senhor”. Ela tinha 96 anos.

O anúncio da morte, “com dor, mas na fé de Jesus Cristo crucificado e ressuscitado" foi dado pelos filhos dom Pietro”, Mariarosa e Giovanni com seus cônjuges, filhos, netos e todos os familiares que escrevem no obituário: “Eu sou o ressurreição e vida. A vida não é tirada, mas transformada."

O Papa Francisco expressou suas condolências e proximidade na oração.

O funeral realizar-se-á terça-feira, 3 de setembro, às 9h30, na igreja paroquial de Schiavon, na província e diocese de Vicenza. “Depois do funeral – continua o comunicado – a querida Ada descansará no cemitério de Schiavon”.

Haverá uma vigília de oração na segunda-feira, 2 de setembro, às 19h30, também na Igreja de Schiavon. A família agradece a quem esteve “carinhosamente próximo da querida Ada” e a quem irá participar no funeral, pedindo “não flores, mas boas obras”.

Fonte: Vatican News

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Na Indonésia, nova obra de Scholas Occurrentes será concluída pelo Papa

O Movimento Internacional de Educação, lançado globalmente em 2013 por Francisco, promoveu a criação do Poliedro do Coração, uma escultura que envolveu 1.500 pessoas que representaram as suas histórias, combinando educação, arte e tecnologia para simbolizar como cada indivíduo contribui para uma vida mais vibrante e comunidade global significativa. No dia 4 de setembro, em Jacarta, durante a 45ª viagem apostólica, a contribuição do Pontífice com um objeto pessoal

Tiziana Campisi - Cidade do Vaticano

Chama-se Poliedro do Coração o projeto pensado para a Indonésia por Scholas Occurrentes,. Trata-se de uma obra de arte que será concluída em Jacarta, na Casa da Juventude Grha Pemuda, pelo Papa Francisco no dia 4 de setembro, durante a 45ª Viagem Apostólica que terá início nesta segunda-feira, 2.

Criado por pessoas de diferentes ilhas, estagiários e estudantes de várias escolas, cada peça deste poliedro reflete a diversidade das comunidades do país. A escultura pretende simbolizar o coração da Indonésia e a riqueza cultural do país e foi idealizada pelo Movimento Educativo Internacional, lançado globalmente em 2013 pelo Pontífice, com o objetivo de transformar a vida dos jovens por meio de metodologias educativas inovadoras que incorporem tecnologia, desporto e artes. No ano passado, o Papa concluiu o maior mural coletivo do mundo em Cascais, Portugal,no dia 3 de agosto durante a JMJ.

A Indonésia em uma obra de arte comunitária 

Enraizado na visão de “criar a Cultura do Encontro, reunindo os jovens em uma educação que gere Significado”, Scholas é hoje uma força significativa de inclusão, unidade e envolvimento social nos cinco continentes, envolvendo mais de meio milhão de escolas e universidades e com o Poliedro do Coração envolveu um total de 1.500 pessoas, incluindo crianças do programa educativo em Jacarta, participantes de workshops em Bali, Lombok e Labuan Bajo, bem como detentosde três estabelecimentos prisionais, incluindo aqueles para jovens, mulheres e homens.

A escultura incorpora objetos pessoais dos seus colaboradores, é um espaço sagrado que preserva memórias, simboliza uma comunidade partilhada; conta, em todos os sentidos, as histórias dos seus participantes, combinando educação, arte e tecnologia e quer representar o lema nacional da Indonésia, “Bhinneka Tunggal Ika” (Unidade na Diversidade). Aguardada agora a contribuição de Francisco, que no mural de Cascais havia dado a última pincelada. No Poliedro do Coração, no entanto, ele acrescentará um objeto pessoal, fortalecendo a conexão entre arte, tecnologia e comunidade.

Existem três tipos de materiais que serão utilizados para o Poliedro do Coração: natural, tecido e reciclado, para se alinhar com as mensagens ambientais das Encíclicas do Papa Francisco, Laudato si' e Laudate Deum. Estes são materiais cuidadosamente escolhidos para refletir o compromisso de cuidar da nossa casa comum e de enfrentar os desafios climáticos.

Fonte: Vatican News

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As Irmãs Dayak, o Evangelho na floresta de Bornéu

Poucos dias antes da viagem do Papa Francisco à Indonésia, Papua-Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura, um breve documentário editado por Marianna Beltrami e Sebastiano Rossitto mergulha nas árvores, nos cursos d'água, em milhares de espécies vivas e na população indígena para mostrar uma Igreja alegre, viva e solidária

Vatican News

Bornéu, uma ilha dividida entre Indonésia, Malásia e Brunei, contém uma das três maiores florestas tropicais da Terra, juntamente com a Amazônia e a Bacia do Congo. Muitas vezes, quando pensamos em florestas, vêm à nossa mente imagens destacadas das nossas sociedades, mas são lugares habitados por grandes comunidades indígenas, ricas em tradição e vida, e onde a Igreja local é ativa, vibrante e criativa. Tudo isso pode ser visto no breve filme documentário no qual as Irmãs de etnia Dayak vivem e trabalham junto com um grupo indígena. O que mais se destaca é a harmonia e a bela mistura dos costumes e tradições dos Dayak e a vida religiosa nos vilarejos remotos da floresta tropical de Sintang e Temanang.

Uma Igreja jovem e solidária 

Com a proximidade da visita do Santo Padre à Indonésia, este breve documentário mostra apenas uma das muitas realidades presentes no arquipélago, no meio da floresta de Bornéu. O que perpassa nas imagens é a vida cotidiana das Irmãs de Caridade de Santa Joana Antida, quase todas do grupo étnico Dayak, dedicadas a atividades de apoio à comunidade, como a gestão da creche e da instrução, a vida no convento, entre momentos de oração com as jovens Dayak e alegres karaokês e shows ao redor da fogueira. O documentário é editado por Marianna Beltrami e Sebastiano Rossitto, jovens documentaristas que, respectivamente do Reino Unido e da Itália, juntaram-se às Irmãs Dayak para conhecer uma Igreja jovem e sinodal, onde a ecologia integral é ligada ao tecido cotidiano, comunitário e espiritual onde ecoa as palavras do Papa expressas na encíclica Laudato si'.

As boas-vindas da comunidade indígena 

A acolhida da equipe foi cheia de emoção. Temanang é um pequeno vilarejo na floresta, acessível depois de quatro horas de carro em uma estrada de chão a partir de Sintang, que, por sua vez, fica a oito horas de distância da cidade principal, Pontianak. A área não é frequentada pelo turismo, portanto, receber convidados gerou grande entusiasmo e “orgulho” em todos os habitantes.

As boas-vindas, que podem ser vistas nos primeiros minutos do documentário, foram emocionantes: uma cerimônia em que os anciãos deram a cada um dos membros da equipe uma estola e um chapéu com bordados típicos dos Dayak. Também foram emocionantes as saudações do chefe da aldeia, do sacerdote, do catequista e das mulheres, seguidas por uma manhã inteira de danças de grupos de todas as idades, dos cinco aos quarenta anos. De volta a Sintang, a base atual das Irmãs, a equipe vivenciou e conheceu outras celebrações dos grupos Dayak, felizes por poderem mostrar suas belas tradições e danças para as câmeras.

Um modelo de ecologia integral 

São realidades onde tudo permanece autêntico e onde a presença da Igreja, que será confirmada na fé pela presença do Sucessor de Pedro, apenas enriquece um tecido social já caracterizado por um forte sentido comunitário, sem impor outros modos de ser, mas se entrelaçando com harmonia e paz entre si e com a Criação. As Irmãs são um grande exemplo disso e, nesses lugares remotos, trabalhando junto com os nativos, elas conseguiram criar um microcosmo de ecologia integral, onde o homem é solidário com o homem e a natureza, sem práticas abusivas e exploração.

Recordamos que a viagem do Papa à Indonésia, Papua-Nova Guiné, Timor Leste e Singapura ocorrerá de 2 a 13 de setembro, com dezesseis discursos, quatro homilias, tantos quantos forem os países que Francisco visitará ao longo de doze dias. É a mais longa peregrinação internacional do pontificado do Papa Francisco. Nunca ele esteve fora do Vaticano por tanto tempo e tão longe.

Fonte: Vatican News

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Indonésia: a atenção da mídia para a visita do Papa

Mais de 730 jornalistas credenciados, na sua maioria indonésios, e os outros de países vizinhos ou da grande delegação da mídia internacional (incluindo os 88 presentes no voo papal), acompanharão os eventos em Jacarta, como a Missa no estádio nacional, o encontro na catedral e o encontro inter-religioso na mesquita Istiqlal. Ali. O Papa assinará, com os outros líderes religiosos, uma declaração sobre “Tolerância e fraternidade”, inspirada no Documento de Abu Dhabi.

Por Paolo Affatato

Os meios de comunicação indonésios preparam-se para a visita do Papa, bem como aumenta a atenção do mundo da cultura e de toda a população pela presença do Pontífice no país, que, no dia 2 de setembro, inicia na Indonésia sua Viagem apostólica à Ásia e Oceania. Mais de 730 jornalistas credenciados, na sua maioria indonésios, e os outros de países vizinhos ou da grande delegação da mídia internacional (incluindo os 88 presentes no voo papal), acompanharão os eventos em Jacarta, como a Missa no estádio nacional, o encontro na Catedral e o encontro inter-religioso na mesquita Istiqlal. Ali, como confirmou o Cardeal Suharyo, o Papa assinará, com os outros líderes religiosos, uma declaração sobre “Tolerância e fraternidade”, inspirada no Documento de Abu Dhabi.

A grande atenção da sociedade indonésia sobre o Pontífice também pode ser percebida pela multiplicação de livros e publicações em língua indonésia (Bahasa): o livro do padre Valentino Robi Lesak, vocacionista indonésio, intitulado “As palavras de bons auspícios do Papa Francisco”, reúne uma coletânea de intervenções, mensagens, homilias, discursos do Papa Francisco, sobre temas como fraternidade, diálogo, tráfico de pessoas, migrantes, cuidado com o meio ambiente. Outros dois livros sobre o Papa, em Bahasa, foram apresentados, nos últimos dias, na Universidade Atma Jaya: um deles é intitulado "Miserando atque eligendo", que reúne escritos de pesquisadores, teólogos e acadêmicos, retoma o lema do Papa, explicando, comentando e atualizando vários aspectos do ensinamento do Papa Francisco.

O segundo volume, intitulado “Salve peregrinans spei”, uma experiência única, compilado inteiramente por estudiosos muçulmanos e líderes religiosos, expressa apreço pelas palavras do Papa Francisco; destaca, de modo particular, graças à encíclica “Fratelli tutti” e ao Documento de Abu Dhabi, que Cristãos e Muçulmanos são promotores de respeito, tolerância, paz e harmonia na sociedade. Neste texto, estudiosos muçulmanos sustentam que a presença do Papa na Indonésia porá em evidência o rosto do Islamismo indonésio, centralizado no conceito de "moderação"; isso, por osmose, poderá ter um impacto na redução dos conflitos, com base na religião, em todo o mundo.

Entre os meios de comunicação indonésios, o grupo que mais se destaca, em termos de audiência e empreendedorismo no setor, é o “Kompas Gramedia”, que tem raízes católicas e ainda mantém valores ligados ao cristianismo. Há 60 anos da sua fundação, o "Kompas Gramedia" tornou-se uma empresa plurissetorial, que conseguiu se expandir, não apenas no setor da comunicação (TV, rádio, imprensa, digital), mas também em outros âmbitos como o editorial, livrarias, educação (com universidades e institutos de formação), setor hoteleiro, organização de grandes eventos (como o G20 ou Moto GP, concertos), produção industrial e imobiliária. A empresa conta cerca de um total de 19 mil funcionários.

“Kompas é um grupo que comprova que, na Indonésia, podem ser feitos negócios em altos níveis, com espírito cristão, um espírito que, ainda hoje perdura”: é o que afirma à Agência Fides, Glory Oyong, diretora da Comunicação empresarial da “Kompas Gramedia”.

A história do grupo Kompas começou em 1965: “Naquela época, em um cenário político complexo, o General Ahmad Yani, membro do governo, sugeriu a Frans Seda, ministro católico no governo de Sukarno, que a comunidade católica deveria criar uma agência de notícias para equilibrar, comparar e competir com meios de comunicação, ligados ao Partido Comunista ou a outras realidades, como as comunidades muçulmanas". Por isso, foram escolhidos, para dirigir a nova iniciativa, profissionais como Oyong, que tinha experiência como diretora da "Star Weekly", e Jakob Oetama, um dos líderes da revista católica “Penabur”.

Com a aprovação do Presidente Indonésio, Sukarno, eles se mobilizaram para criar um novo jornal, que, inicialmente, deveria se chamar "Bentara Rakyat" (“Mensageiro do Povo”), mas, depois, "foi o próprio Presidente Sukarno a sugerir o nome “Kompas" (“Bússola”). Assim, ao atingir o número mínimo necessário de 5.000 assinantes, nasceu o jornal “Kompas”, que “recebeu o financiamento inicial e um significativo apoio cultural e moral dos Bispos e da comunidade católica. No entanto, jamais foi um jornal partidário ou confessional”, mas sempre manteve um caráter generalista e inclusivo. Ao recrutar funcionários e jornalistas, o grupo sempre foi uma 'Indonésia em miniatura', por refletir a natureza pluralista da nação". Neste sentido, Glory Oyong recorda: “O Kompas atua com a missão de servir o bem comum, iluminado pelo seu lema ‘Amanat Hati Nurani Rakyat’, ou seja, respeitar a consciência do povo. Colocamos as pessoas em primeiro lugar: as necessidades, expectativas, necessidades dos pobres. O grupo tem também uma missão educativa, inerente ao seu nome, ou seja, orientar”. Mas, Glory Oyong observa ainda: “O grupo Kompas, em todas as suas vertentes, não é uma empresa que visa apenas o lucro. Queremos cuidar das pessoas, preocupar-nos com a dignidade humana e a solidariedade, e viver, todos os dias, no nosso trabalho, os nossos valores cristãos”.

O jornal Kompas começou a ser publicado em 28 de junho de 1965, em um escritório no centro de Jacarta. Sua tiragem passou de 4.800 exemplares, em 1965, para aproximadamente 500.000, em 2014. Desde 1969, o Kompas se tornou o maior jornal nacional em língua indonésia do país. Por isso, Glory Oyong acrescenta: “Agora, na Indonésia, somos o primeiro canal de notícias, por audiência; atuamos na rádio, TV, Internet e também nas redes sociais, como no YouTube, Instagram, Tik-Tok”. “Todo este sistema midiático, assegura Oyong, estará a serviço da visita do Papa Francisco. Kompas participa da Comissão organizadora e atua como ponte entre os demais meios de comunicação indonésios e internacionais. A TV transmitirá ao vivo os eventos do Pontífice, a fim de que o vasto público possa receber suas palavras, gestos e significados. O nosso será também um serviço aos jovens, que vivem nas redes sociais, para que possam respirar o espírito de unidade, segundo o nosso lema nacional: “A unidade na diversidade. A nossa comunicação está à disposição desta visão”.

*Agência Fides

Fonte: Vatican News

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Documento de Abu Dhabi, guia para o Islamismo indonésio

“Poderíamos dizer que lutávamos por um Estado nacional, que não era baseado em uma religião, mas tampouco em uma fundação totalmente leiga. Era como um meio-termo". Assim, chegou-se a um acordo sobre a Pancasila, a "Carta dos Cinco Princípios", fundamento do novo Estado, que incluía o princípio da fé em Deus, que teve um ponto comum ou de encontro unificador entre os diferentes blocos religiosos, políticos e culturais, todos envolvidos na construção de um novo Estado, explica estudioso muçulmano

Por Paolo Affatato


"As tentativas de impor uma teocracia na Indonésia falharam. Isso aconteceu, pelo menos em duas ocasiões, em meados da década de 1900 e, depois, na década de 1990. Esta tentativa não teve o apoio dos muçulmanos indonésios e nem teria também hoje" é o que afirma, em uma entrevista à Agência Fides, Ulil Abshar-Abdalla, conhecido na Indonésia com o apelido de “Gus Ulil”, estudioso e religioso muçulmano, expoente da Associação islâmica “Nahdlatul Ulama” (NU), na qual é presidente do Lakpesdam, “Instituto para Estudos e Desenvolvimento de Recursos Humanos”. Ulil participa da “Conferência Indonésia sobre Religião e Paz” (ICRP).


O estudioso fala sobre o Islamismo indonésio às vésperas da chegada do Papa Francisco, que visitará a Indonésia, de 3 a 6 de setembro, primeira etapa da sua Viagem ao Oriente: “O nosso é um Islamismo que mantém relações estreitas com a Igreja Católica. Preparamo-nos para acolher o Papa com respeito, estima e amizade, compartilhando ideais e visão de fraternidade e paz entre os povos e religiões”.


Ao explicar o Islamismo indonésio, hoje, Ulil volta à história islâmica nesta terra, terra de 'Nusantara' ou 'arquipélago', nome histórico da região que abrange a Indonésia e parte do Sudeste Asiático, como a Malásia e Cingapura.

“Nesta região, - explica Ulil -, após os primeiros contatos com o Islamismo, nos séculos VIII-IX, o processo de islamização começou a partir do século XIII. O Islamismo, trazido pelos mercadores árabes, foi acolhido por uma grande população, tornando-se popular e majoritário. Nesta região, assumiu algumas influências das culturas, costumes e tradições existentes. Daí, houve um processo de adaptação no contexto cultural local, que, com o seu desenvolvimento histórico, criou certo tipo de Islamismo. Hoje, chamamos ‘Islão Nusantara' para descrever e compreender o Islamismo, assim como é visto e praticado nesta área específica do mundo". Entre as suas características, Ulil acrescenta: "Eu mencionaria a profunda tolerância para com os sistemas de pensamento, diferentes sistemas religiosos e culturas; coexistência pacífica com grupos de pessoas de diferentes religiões; capacidade de adaptação à situação e ao contexto sócio-político-cultural; moderação, equilíbrio”.

Além disso, explica ainda Ulil Abshar-Abdalla: “No Islamismo indonésio, o papel das mulheres é muito importante na vida pública e privada. Durante muitos séculos as mulheres foram fortemente representadas na participação na vida pública”.


Em nível histórico, sobretudo, em relação à política, Gus Ulil observa: "É importante saber que, aqui, não temos nenhuma experiência histórica de Califado, como é entendido no Oriente Médio ou no Norte de África: não houve, historicamente, uma dinastia que detinha o poder político e também religioso. Por isso, na Indonésia a nossa transição do estado tradicional para o estado moderno foi bastante tranquilo; foi um processo sem conflitos, como o que aconteceu com as potências colonizadoras (ndr.)". A este respeito, Ulil Abshar-Abdalla acrescenta: “Os muçulmanos estiveram profundamente envolvidos no movimento de independência e na resistência contra o poder colonial holandês. Os líderes e movimentos islâmicos desempenharam um papel fundamental na resistência, junto com o movimento nacionalista secular. É uma percepção errada dizer que apenas o movimento nacionalista secular foi decisivo para a independência: o movimento independentista envolveu diferentes tipos de pessoas, leigos, muçulmanos comunistas, homens de todas as confissões. Os muçulmanos e as suas organizações lutaram para construir o Estado nacional".

Aqui, Gus Ulil não fala de um “Estado leigo”, mas com uma terminologia mais adequada: “Poderíamos dizer que lutávamos por um Estado nacional, que não era baseado em uma religião, mas tampouco em uma fundação totalmente leiga. Era como um meio-termo". Assim, chegou-se a um acordo sobre a Pancasila, a "Carta dos Cinco Princípios", fundamento do novo Estado, que incluía o princípio da fé em Deus, que teve um ponto comum ou de encontro unificador entre os diferentes blocos religiosos, políticos e culturais, todos envolvidos na construção de um novo Estado. Sukarno, do bloco nacionalista, foi o responsável da formulação da Pancasila, mas, gostaria de salientar, que ele também era um muçulmano devoto, pertencente ao movimento Muhammadhya. Assim, desde o início, foi reconhecido o papel público da religião, não de apenas de uma religião, para a comunidade civil”.

Este líder recorda: “Após a proclamação da nossa independência, surgiu um grupo que apoiava a criação de um Estado islâmico, o “Darul Islam”.
Soekarmadji Kartosuwiryo era um colega de escola de Sukarno e desenvolveu a ideia de criar um Estado islâmico nas décadas de 1940 e 1950, mas não obteve apoio em nível político e nem popular. Por isso, foi executado na década de 1960". 


 “Nos últimos tempos – continua o líder – foi feita outra tentativa na Indonésia pela Jamaah Islamiyah, criada nos anos 90, por Abu Bakar Bashir, que também foi à falência. Pouco tampo atrás, no final do mês de junho, altos expoentes da Jamaah Islamiyah declararam a dissolução do grupo. Os líderes prometeram não recorrer mais à violência e abandonar o terrorismo. Usando uma linguagem religiosa, eles se arrependeram e declararam que abraçariam de novo a ideia do Estado nacional da Indonésia.


“A Indonésia de hoje, - conclui o líder – está enfrentando este tipo de desafios. A visão política tenta encontrar um equilíbrio entre o fenômeno da secularização excessiva, em que a sociedade e a cultura poderiam perder toda a referência a Deus; hoje, encontra apoio e se manifesta com um plano lançado pelo governo chamado 'Moderasi beragama', ou seja, 'Moderação Religiosa', administrado pelo Ministério dos Assuntos Religiosos. Trata-se de um projeto apoiado por organizações, como Muammhaduya e “Nahdlatul Ulama” (NU), que goza de amplo consenso popular e continua nas escolas”.

“A nossa visão, imbuída de comunhão espiritual e fraternidade, diz por fim o líder, é expressa em frequentes encontros religiosos. Esta visão é confirmada na Indonésia por dois expoentes, que, em Abu Dhabi, assinaram o “Documento sobre a Fraternidade humana pela Paz mundial e a coexistência comum”: o Xeque de Al-Azhar, que esteve no país em julho, e o Papa Francisco, que está para chegar. Ambas as visitas vão na mesma direção: diálogo, boas relações, tolerância, fraternidade”.
Este documento será um guia para nós. Ele também é muito apreciado na Indonésia. Por isso, difundimos o seu espírito, através de conferências e seminários, a um público cada vez mais amplo. Enfim, queremos agradecer ao Papa, porque este é um texto para ser praticado e não apenas lido”.

*Agência Fides

Fonte: Vatican News

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Encontrados em Gaza corpos de seis reféns, pouco antes da chegada do exército israelense

Cinco das seis vítimas eram jovens que haviam sido sequestrados pelo Hamas no ataque aos participantes de um festival de música no deserto, em 7 de outubro. Os seus corpos estavam num túnel na área de Rafah. O Fórum das famílias dos reféns lança o apelo à greve geral em Israel.

Marco Guerra – Cidade do Vaticano

O exército israelense encontrou os corpos de seis reféns prisioneiros do Hamas em um túnel na zona de Rafah, a um quilômetro do túnel onde tinha sido mantido em cativeiro Farhan al Qadi, libertado nos últimos dias. As Forças de Defesa de Israel (IDF) relatam ter recuperado os corpos no sábado em um túnel de 20 metros abaixo do solo.

A identificação dos corpos 

Os restos mortais das vítimas foram levados de volta a Israel e foram formalmente identificados na madrugada de domingo. Trata-se de quatro homens e duas mulheres, cinco dos quais foram sequestrados pelo Hamas durante o ataque de 7 de outubro, quando se realizava o festival de música no deserto israelense.

“O exército e o Shin Bet localizaram e recuperaram os corpos dos reféns Carmel Gat, Eden Yerushalmi, Hersh Goldberg-Polin, Alexander Lobanov, Almog Sarusi e Ori Danino”, dizia um comunicado das FDI. Um porta-voz do exército israelense explicou mais tarde que os seis reféns “foram cruelmente mortos por terroristas do Hamas pouco antes de nossa chegada”.

As primeiras reações 

O presidente israelense, Isaac Herzog, afirmou que “o coração de uma nação inteira foi despedaçado”. O ministro da Defesa, Yoav Gallant, afirmou estar próximo das famílias e pediu perdão, enquanto o ex-ministro da Defesa Benny Gantz exortou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a ligar imediatamente para as famílias das vítimas. O primeiro-ministro, por sua vez, acusou o Hamas de rejeitar as negociações, pois “aqueles que matam os reféns não querem um acordo”.

Familiares convocam greve 

A dor e a indignação são expressas pelo Fórum das famílias dos reféns e dos desaparecidos, que convoca uma greve geral em Israel para amanhã, segunda-feira, 2 de setembro.

“A liderança nacional abandonou os reféns e este é o momento para a liderança social, econômica e local defender o bem das famílias dos sequestrados, o bem do público e o bem do valor da solidariedade e responsabilidade mútua”, lê-se em uma nota do Fórum, que convida a “fechar a economia amanhã”. 

'O quartel general das famílias dos reféns apela aos responsáveis ​​pela economia, pelo Histadrut e as administrações locais para que fechem amanhã a economia e o Estado para pressionarem o executivo e o primeiro-ministro para que parem com o abandono e salvem os reféns vivos” , afirmam ainda  as famílias dos reféns.

Fonte: Vatican News

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Morto em Gaza Hersh, filho de Rachel

O corpo do jovem de 23 anos foi encontrado junto com os de outros cinco reféns em Gaza. A mãe havia enviado uma mensagem em vídeo ao Papa e encontrou-se com ele no Vaticano.

Roberto Cetera

Conheci Rachel alguns dias depois de 7 de outubro. Um amigo israelense nos colocou em contato. Liguei para ela e sugeri que nos encontrássemos em um bar da Cidade Velha ou em um hotel. Mas ela insistiu que eu me encontrasse com ela em sua casa, junto com seu marido Jon e as duas irmãs mais novas de Hersh. Faz uma grande diferença quando a entrevista acontece na casa do entrevistado. Você entende muito mais coisas, você entra em sua intimidade.

A primeira entrevista, depois de 7 de outubro

Naquela manhã calma de verão, no final de outubro, entrei na sua dor, na sua sensibilidade religiosa, na sua força delicada e ao mesmo tempo forte, na sua empatia pelos que sofrem. E eu não saí mais desta sua vivência, porque continuamos a nos encontrar nestes onze meses de luta e dor. Gosto de dizer que nos tornamos amigos. Não falamos sobre o sequestro, nem sobre guerra ou política.

Rachel e a vida e os sonhos de Hersh 

Ela me contou tudo sobre Hersh. Dos seus 23 anos. De quando ele tinha 8 anos e eles se mudaram dos EUA para Israel. Da sua curiosidade pelo mundo e pela humanidade. De suas viagens de carona pela Europa. Do seu amor pela Itália. Das passagens já adquiridas para viajar pelo mundo durante um ano. Da sua paixão pela música, que mais tarde lhe foi fatal naquele maldito concerto Supernova. Dos seus estudos como paramédico (“mas não fale sobre isso porque pode ser perigoso para ele se os sequestradores souberem”). Da sua marcada sociabilidade, que lhe rendeu muitos amigos, “mesmo árabes”. Em suma, o retrato simples e claro de um jovem bom com muita vontade de viver.

Palavras de amor e esperança, não de raiva

Tocava-me a serenidade desta mulher, expressão de uma profunda espiritualidade interior. E fiquei impressionado com sua extraordinária capacidade de conjugar força e delicadeza. Nem uma palavra de raiva, desespero ou ressentimento saía de sua boca. Mas apenas palavras de amor: “Em Gaza há mães que sofrem como eu, e muitas ainda mais do que eu porque já nem sequer têm esperança” e: “Estou convencida de que Hersh agora também é cuidado por uma mãe em Gaza , e isso me conforta porque as mães não sabem odiar."

Seu relato me emocionou. Ela percebeu isso. Trocamos um forte abraço. Um abraço que era o sinal de um pacto. Parecia-me um pouco paradoxal que fosse ela a me consolar.

A mensagem de vídeo ao Papa e o encontro no Vaticano 

Antes de sair ela me disse: “Mas tu poderias fazer chegar uma mensagem ao Papa Francisco?”. “Não sei, vamos tentar”. Gravamos um pequeno vídeo em que Rachel não pedia nada, mas agradecia ao Papa pelas palavras e orações pela libertação dos reféns. Assim que desci as escadas, enviei o vídeo ao meu diretor para que ele encontrasse uma forma de mostrá-lo ao Papa.

Poucos dias depois, o Papa decidiu acolher uma delegação de familiares dos reféns no Vaticano; Rachel foi quem o entreteve por mais tempo. Quando saíram, foram escoltados por guarda-costas israelenses que impediram a aproximação dos jornalistas. Mas ela, surpreendida por me ver presente em Roma, escapou do cordão de isolamento para vir abraçar-me e contar-me de sua emoção diante do Papa.

Os tantos encontros destes meses 

Depois nos vimos várias outras vezes nesses onze meses. Apresentei-a ao cardeal Zuppi quando veio a Jerusalém. A última vez foi há algumas semanas junto com minha colega Maria Gianniti da Rai, que lhe dedicou uma bela entrevista. Ela me contou sobre o alívio que a oração contínua dos Salmos lhe proporcionava. E, sempre esperançosa, me disse: “Assim que o libertarem, estarád entre os primeiros que chamarei para vir festejar conosco”.

O telefonema durante a noite: encontrado o corpo de Hersh 

Então, no último sábado à noite, recebi um telefonema de um amigo israelense: “Lamento informar, mas encontraram seis corpos em Gaza e parece que um deles é de Hersh”. Hersh não vai voltar. Assim o decretaram os criminosos do Hamas e aqueles que, pelos seus miseráveis ​​interesses, não quiseram negociar a sua libertação. Vi e escrevi coisas horríveis nestes onze meses. 40 mil mortos em Gaza; muitos da mesma idade de Hersh. Mas aquele telefonema me mergulhou no desespero. Porque assim como entrei na vida de Rachel e Jon, Hersh entrou na minha.

Podemos perdoar se compreendermos que não somos os únicos a sofrer 

Rachel uma vez me disse: “Eu sei que vocês, cristãos, trabalham muito sobre o perdão. Falar de perdão nesta situação é difícil, talvez impossível. Mas há uma coisa que pode abrir caminho para o futuro perdão recíproco. E é ter consciência do sofrimento dos outros. Não somos os únicos que sofrem. Para além daquele muro em Gaza há muitas pessoas inocentes que sofrem. Não podemos ignorar isso." Rachel não ignora isso.

Fonte: Vatican News

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Do dia 31/8/2024

Com 1.200 pessoas, Jornada Diocesana da Juventude é símbolo de esperança em Faria Lemos, Bento Gonçalves

Evento proporcionou tarde de oração, formação e alegria para participantes das diversas Regiões Pastorais da Diocese de Caxias do Sul

A Paróquia Nossa Senhora do Rosário em Faria Lemos, que há três meses foi ponto de acolhida dos desabrigados das chuvas e das equipes de buscas, no sábado, 31 de agosto, acolheu a esperança. Mais de 1200 pessoas, em sua maioria jovens, vindas de diversas cidades da Serra Gaúcha, desembarcaram no distrito de Bento Gonçalves para participar da 8ª Jornada Diocesana da Juventude, a JTchêJ.

O evento iniciou com a participação da Orquestra de Sopros de Faria Lemos, composta por músicos da comunidade. Em seguida, os participantes foram acolhidos com a animação conduzida pela banda de grupos de jovens de Bento Gonçalves.

A tarde seguiu com momentos de oração e formação com as catequeses. Nesta edição foram trabalhados quatro temas que envolveram: autocuidado e saúde mental; como ser cristão nas redes sociais a exemplo do beato Carlo Acutis; evangelização por meio da dança e como a fé pode auxiliar no caminho profissional.

A adoração ao Santíssimo Sacramento e a Missa de Envio, momentos centrais da JTchêJ proporcionaram uma experiência de aprofundamento da fé. A adoração foi conduzida pelo bispo diocesano de Caxias do Sul, Dom José Gislon. Ele destacou que o encontro de jovens gera bons frutos: “Nossa Diocese de Caxias do Sul, que está completando 90 anos de criação, quando faz um evento como esse é de suma importância porque os jovens também tem necessidade de se encontrar com outros jovens que fazem uma caminhada de fé. E quando a gente olha com carinho e prepara as novas gerações, temos que ter presente que serão pais, mães e profissionais do futuro e vão poder contribuir com a sociedade, com a caminhada da Igreja e com a vivência do evangelho no mundo.”

Já a Missa foi presidida pelo bispo auxiliar de Porto Alegre, Dom Darley José Kummer, que é membro da Comissão Episcopal da Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Em sua homilia, ele encorajou os jovens a seguirem a Cristo buscando orientação na sua Palavra. “Jovens, leiam a Bíblia e transforem em fé viva o que vocês leem, aprendem e ensinam. Precisamos de uma nova civilização do amor, de pessoas que cultivem a Ecologia Integral, a fraternidade entre todos e que não tenham medo. E nós encontramos como realizar todas essas coisas na Palavra de Cristo”. Ele também manifestou solidariedade com a comunidade de Faria Lemos: “Vocês, Jovens, são a esperança, e, para essa comunidade que em maio passado foi fortemente atingida pelas chuvas, devemos mostrar que não estão sós. Toda a Igreja, está rezando e está junto com vocês neste momento de retomada, como hoje, sendo esse sinal de recomeço”.

Para finalizar e celebrar o dia, o encerramento da JTchêJ foi no formato de uma festa católica, animada e conduzida pelo maranhense DJ Moisés Santos. O DJ fez toda a juventude tirar o pé do chão ao som de músicas católicas remixadas.

Chaiane Marcante, do grupo Juventude Scalabriniana (Juves), viveu os diversos momentos da Jornada com alegria: “Viver a JTchêJ é sempre muito bom porque a gente consegue encontrar com muitos outros grupos, nós temos um momento de partilha muito interessante. Eu gostei muito das catequeses, de a gente poder escolher nossos temas de interesse. O show foi incrível e é muito legal ver tantos jovens se movimentando para estar juntos em oração”.

O assessor do Setor Juventude, padre Gustavo Predebon fez uma avaliação positiva da JTchêJ: “Dentro que foi acontecendo este ano, as chuvas, as dúvidas, a gente conseguiu fazer um bonito evento, que envolveu os jovens, que foi alegre e divertido. Também foi importante para a comunidade de Faria Lemos, para eles recuperarem a esperança em dias melhores”.

Caxias do Sul volta a receber a JTchêJ

Ao término da JTchêJ, Caxias do Sul foi anunciada como cidade-sede da 9ª edição que será realizada em 2025. A Jornada irá acontecer no contexto do ano jubilar, em data e local a serem definidos.

Fonte: Site da Caxias do Sul

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Em celebração festiva com mais de 1,1 mil pessoas, Pastoral da Criança do RS festeja 40 anos no Santuário de Caravaggio

A programação iniciou na avenida Dom José Baréa com a procissão reunindo líderes e coordenadoras da Pastoral da Criança das 18 arqui/dioceses do Rio Grande do Sul, seguida de Missa festiva, almoço e partilha com a coordenadora nacional

A Diocese de Caxias do Sul acolheu, neste sábado, 31 de agosto, a celebração dos 40 anos da Pastoral da Criança no Rio Grande do Sul. Os festejos aconteceram no Santuário Diocesano de Nossa Senhora de Caravaggio, em Farroupilha, e reuniram mais de 1,1 mil pessoas. A programação iniciou na avenida Dom José Baréa com a procissão reunindo líderes e coordenadoras da Pastoral da Criança das 18 arqui/dioceses gaúchas.

O secretário da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) Regional Sul 3 e bispo de Montenegro, Dom Carlos Rômulo Gonçalves e Silva, esteve na abertura da procissão e agradeceu a presença. "Hoje é dia de festa, dia de agradecer o dom, o sim, a missão de cada uma de vocês que se dedicam a ajudar que nossas crianças tenham vida plena".

A Missa festiva, no interior do Santuário de Caravaggio, foi presidida pelo bispo referencial para a Pastoral da Criança e auxiliar de Porto Alegre, Dom Odair Miguel Gonsalves dos Santos. A Eucaristia foi concelebrada pelo bispo da Diocese de Caxias do Sul, Dom José Gislon, pelo coordenador de Pastoral da Diocese de Caxias, padre Leonardo Inácio Pereira, pelo reitor do Santuário, padre Ricardo Fontana, e pelos assessores da Pastoral da Criança nas dioceses gaúchas.

Em sua homilia, Dom Odair recordou a missão da Pastoral da Criança na redução dos índices de mortalidade infantil. "Quero fazer uma saudação especial às pérolas preciosas que são as líderes da Pastoral da Criança. Hoje, completando o Mês Vocacional, nos reunimos para celebrar 40 anos dessa história de amor. O bem que a Pastoral da Criança realiza é de extrema importância. Os resultados positivos da redução da mortalidade infantil são resultado do amor e da dedicação de tanta gente".

A Missa festiva dos 40 anos Pastoral da Criança no Rio Grande do Sul teve a presença da coordenadora nacional, Maria Inês Monteiro de Freitas, e da coordenadora estadual, Nilva Canuto Libardi. Foi Neusa que descreveu, ao final: "não tenho palavras para descrever o sentimento desse grande dia de celebração. Hoje é dia de celebrar o dom da vida e da vocação de vocês, líderes e coordenadoras", salientou.

O encontro festivo dos 40 anos da Pastoral da Criança no Rio Grande do Sul foi concluído com o almoço de confraternização no restaurante que fica embaixo do auditório do Santuário e com um momento de assessoria e partilha da coordenadora nacional, Maria Inês Monteiro de Freitas.

Fonte: Site da Diocese de Caxias do Sul

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O compromisso pela paz se faz com a fé, diz Papa aos capuchinhos

“A fé fez de São Francisco, em tantas ocasiões, um instrumento de paz nas mãos de Deus e essa sempre teve e terá um vínculo vital com a proximidade aos últimos, não nos esqueçamos”. Palavras do Papa Francisco aos participantes do 86º Capítulo Geral da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos recebidos na manhã deste sábado no Vaticano

Jane Nogara - Cidade do Vaticano

Na manhã deste sábado, 31 de agosto, o Papa recebeu no Vaticano os participantes do 86º Capítulo Geral da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Após as saudações iniciais, Francisco fez votos aos presentes para aproveitarem a ocasião "para se questionarem sobre o que o Senhor está pedindo", para assim "poderem continuar, hoje, a proclamar com paixão o Reino de Deus, seguindo os passos do Pobrezinho de Assis”.

Ao iniciar sua reflexão, destacou aos presentes “três dimensões da espiritualidade franciscana”, para assim poder ajudá-los “em seu discernimento e apostolado missionário: fraternidadedisponibilidade e compromisso pela paz.

Fraternidade 

Para falar sobre a fraternidade o Papa recordou o lema do Capítulo: “O Senhor me deu irmãos, para ir pelo mundo”. Esse lema, disse o Pontífice, “recorda a experiência de São Francisco, sublinhando que a missão, segundo seu carisma, nasce na fraternidade para promover a fraternidade”, explicando em seguida: “Podemos dizer que na base há uma ‘mística da colaboração’, segundo a qual, no plano de Deus, ninguém pode se considerar uma ilha, mas cada um se relaciona com os outros para crescer no amor, saindo de si mesmo e fazendo da sua própria singularidade um presente para seus irmãos”. Incentivando a “reconhecerem-se, na fé, como irmãos escolhidos, reunidos e acompanhados pela caridade providencial do Pai”, acrescentou: “deixem-se interpelar por essa verdade, especialmente no campo da formação (...) porque sem formação não há futuro”. Ao falar sobre os temas dos encontros Francisco destacou a importância de colocarem sempre no centro, as pessoas. “Aquelas a quem o Senhor os envia e aquelas com as quais lhes dá a viver, o bem delas e a sua salvação”. Sintetizando disse:

“No centro, a fraternidade, da qual eu os encorajo a se tornarem promotores em suas casas de formação, na grande família franciscana, na Igreja e em todos os âmbitos em que trabalham, mesmo à custa de renunciar, em favor dela, a projetos e realizações de outro tipo”

Disponibilidade: “Eis-me aqui” 

“Vocês, capuchinhos, têm a fama de estarem prontos para ir aonde ninguém quer ir, e isso é muito bom”, disse Francisco ao falar sobre a segunda dimensão da espiritualidade franciscana. “De fato”, continuou, “seu estilo aberto testemunha a todos que a coisa mais importante na vida é a caridade”. “Assim, vocês representam um sinal para toda a comunidade cristã, chamada a ser missionária e ‘em saída’ sempre e em todos os lugares”. Um sinal importante, especialmente em tempos como os atuais e acrescentou:

“Nesse contexto, a sua disponibilidade de se deixar envolver pessoalmente pelas necessidades de seus irmãos e de dizer com humilde coragem: ‘Eis-me aqui, envia-me!’ é um dom carismático a ser valorizado e aumentado”

Compromisso pela paz 

Ao falar sobre a terceira dimensão da espiritualidade franciscana o compromisso pela paz, Francisco afirmou que “a capacidade de estar com todos, no meio do povo, a ponto de serem comumente considerados os ‘irmãos do povo’, ao longo dos séculos, fez de vocês ‘construtores da paz’, capazes de criar oportunidades de encontro, mediar a resolução de conflitos, aproximar as pessoas e promover uma cultura de reconciliação, mesmo nas situações mais difíceis”. Acrescentando “no entanto, como já dissemos, na base desse carisma há uma condição fundamental: estar, em Cristo, próximo a todos”.

Concluindo o Papa recordou mais uma vez o exemplo de São Francisco que foi “um homem de paz” por seus encontros nos quais encontrou Cristo, seu Salvador.

“Assim, por ter sido perdoado, se tornou portador de perdão, por ter sido amado, distribuidor de amor, por ter sido reconciliado, promotor de reconciliação. Foi a fé que fez dele, em tantas ocasiões, um instrumento de paz nas mãos de Deus, e a fé, para Ele como para nós, teve e sempre terá um vínculo vital com a proximidade aos últimos, não nos esqueçamos disso”.

Fonte: Vatican News

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 Papa disse aos Capuchinhos que o seu «estilo aberto» testemunha que o «mais importante na vida é a caridade»

«Vocês representam um sinal para toda a comunidade cristã, chamada a ser missionária e ‘em saída’ sempre e em todos os lugares» – Francisco

O Papa Francisco disse aos Franciscanos Capuchinhos, que participam no 86.º Capítulo Geral desta ordem religiosa, que essa reunião é uma oportunidade “para se questionarem sobre o que o Senhor está pedindo”, na audiência, deste sábado, no Vaticano.

“Espero, que, ao mesmo tempo que agradeceis a Deus o desenvolvimento da Ordem, sobretudo nas jovens Igrejas, aproveiteis este debate para perguntar o que vos pede o Senhor, para poder continuar, hoje, a anunciar com paixão o Reino de Deus seguindo os passos do Pobrezinho”, disse o Papa, no discurso divulgado pela sala de imprensa da Santa Sé.

Aos Frades Menores Capuchinhos (OFMCap), 86º Capítulo Geral da Ordem, Francisco explicou que essa reunião “é um momento importante para si e para a Igreja”, destacando que é “uma oportunidade extraordinária para partilhar as ‘coisas maravilhosas’ (cf. Sl 125,3) que Deus continua a realizar” através destas “filhos de São Francisco”.

Na Sala do Consistório, na manhã deste sábado, 31 de agosto, no final da primeira semana de capítulo geral dos Capuchinhos, o Papa destacou “três dimensões da espiritualidade franciscana” – “fraternidade, disponibilidade e compromisso pela paz” – para ajudá-los no “seu discernimento e apostolado missionário”.

‘O Senhor me deu irmãos, para ir pelo mundo’, é o lema do Capítulo Geral 2024 da OFMCap, e, para o Papa, recorda a experiência de São Francisco, “sublinhando que a missão, segundo o seu carisma, nasce na fraternidade para promover a fraternidade”.

“Podemos dizer que na base há uma ‘mística da colaboração’, segundo a qual, no plano de Deus, ninguém pode considerar-se uma ilha, mas cada um relaciona-se com os outros para crescer no amor, saindo de si mesmo e fazendo da sua própria singularidade um presente para seus irmãos”, desenvolveu.

Francisco incentivou os religiosos a “reconhecerem-se, na fé, como irmãos escolhidos, reunidos e acompanhados pela caridade providencial do Pai”, e pediu que se deixem “interpelar por essa verdade, especialmente no campo da formação; porque sem formação não há futuro”.

“No centro, a fraternidade, da qual os encorajo a tornarem-se promotores em suas casas de formação, na grande família franciscana, na Igreja e em todos os âmbitos em que trabalham, mesmo à custa de renunciar, em favor dela, a projetos e realizações de outro tipo.”

A disponibilidade dos Capuchinhos, o dizerem “com humilde coragem ‘Eis-me aqui, envia-me!’, é, segundo Francisco, “um dom carismático a ser valorizado e aumentado”, como a disponibilidade destes frades deixarem-se “envolver pessoalmente pelas necessidades de seus irmãos”.

“Vocês, capuchinhos, têm a fama de estarem prontos para ir aonde ninguém quer ir, e isso é muito bom. De facto, o seu estilo aberto testemunha a todos que a coisa mais importante na vida é a caridade”, acrescentou.

“Vocês  representam um sinal para toda a comunidade cristã, chamada a ser missionária e ‘em saída’ sempre e em todos os lugares.”

O Papa refletiu também sobre o “compromisso”, e realçou a capacidade dos Frades Menores Capuchinhos em estarem “com todos, no meio do povo, a ponto de serem comumente considerados os ‘irmãos do povo’, ao longo dos séculos”.

“Fez de vocês ‘construtores da paz’, capazes de criar oportunidades de encontro, mediar a resolução de conflitos, aproximar as pessoas e promover uma cultura de reconciliação, mesmo nas situações mais difíceis; no entanto, como já dissemos, na base desse carisma há uma condição fundamental: estar, em Cristo, próximo a todos”, desenvolveu.

“Estou feliz”, disse o Papa no início do seu discurso, lembrando os Capuchinhos “de Buenos Aires: bons confessores”, em concreto de Espanha, “bascos que Franco tinha afugentado” – “ons confessores, ótimos” –, e realçou que um “ainda está vivo, é argentino”; “eu nomeei-o cardeal agora”, acrescentou Francisco, referindo-se ao cardeal Luis Pascual Dri, confessor no Santuário de Nossa Senhora de Pompeia (Buenos Aires), que foi nomeado aos 96 anos de idade, no consistório de 2023.

O 86.º Capítulo Geral da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos tem 173 capitulares, representantes dos capuchinhos no mundo, presentes em “mais de cem países”, para além de “aproximadamente 45 frades”, que estão ao serviço da reunião, em funções como traduções, liturgia, secretarias, serviços fraternos, técnicos em informática, etc.- Fonte: Agência Ecclesia

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O Papa: mais justiça e inclusão na produção e consumo de energia

Francisco recebeu em audiência os dirigentes e funcionários da Terna na Sala Clementina, oportunidade em que fez votos que a energia seja “limpa” não só de fontes fósseis, mas sobretudo de injustiças, guerras e desigualdades. O apelo pelos mortos no trabalho em infraestruturas energéticas: “Não esqueçamos deles e trabalhemos para que não existam mais mortes.”

Lorena Leonardi – Cidade do Vaticano

“Vocês estão comprometidos com um futuro alimentado por energia limpa” e “de fato há muita energia suja no planeta”, devido às “muitas fontes fósseis e não renováveis; mas também manchada pela injustiça, pelas guerras", "suja pelas relações de trabalho injustas, pela concentração de enormes lucros em poucas mãos, pelos ritmos de trabalho insustentáveis ​​que poluem as relações empresariais e a alma das pessoas".

Palavras do Papa Francisco na manhã deste sábado, 31 de agosto, ao dirigir-se aos cerca de 200 dirigentes e funcionários da empresa Terna, recebidos em audiência na Sala Clementina do Palácio Apostólico. “A energia boa não é apenas uma questão tecnológica - acrescentou - e é preciso que a produção e o consumo tornem-se cada vez mais justos e inclusivos”.

Nunca mais mortes no trabalho 

“Vocês são operadores do bem comum, do bem de todos e de cada um”, continuou Francisco, referindo-se ao papel da empresa enquanto gestora da rede elétrica, sublinhando como “quando acendemos a luz em casa, não pensamos que esse gesto funciona graças ao trabalho de tantas pessoas, à sua inteligência e competência, e também aos seus sacrifícios”.

Então, seu premente apelo: “Não esqueçamos os mortos no trabalho, nas infra-estruturas energéticas e trabalhemos para que não existam mais mortes assim!”

Um desafio cheio de responsabilidade 

O Pontífice observou como a inclusão energética representa hoje “um desafio multidimensional”, pois “não se pode ser cidadãos soberanos se permanecermos súditos energéticos”. Neste sentido, o convite a apoiar e encorajar “a difusão das comunidades energéticas, aquelas novas expressões de cidadania integral e de democracia, que, com esforço, também estão se desenvolvendo em Itália”.

Vocês atuam em um setor decisivo para a qualidade da vida e para a própria sobrevivência do planeta, portanto têm uma grande responsabilidade. Ouvir e tentar responder às perguntas é sempre um ato de responsabilidade, mesmo quando ainda não existem respostas concretas para dar. E, nos casos que parecem insolúveis, precisamos aprender a arte de gerir os conflitos (...) para não deixá-los degenerar e explodir; sabendo que, especialmente no setor de vocês, a solução não reside na prevalência de uma parte sobre a outra, mas sim na inovação tecnológica e na criatividade. E gostaria de sublinhar que na criatividade, para resolver conflitos, está o diálogo: é muito importante o diálogo, ser capazes de dialogar.

Um maior compromisso ético para todos 

Congratulando-se pela presença de uma comissão de ética na empresa, o Papa destacou como “seria importante que cada grande empresa, cada grande banco tivesse uma comissão de ética, possivelmente com membros externos e independentes da propriedade e com representantes dos trabalhadores”, à luz do fato de que “os efeitos produzidos pelas grandes realidades econômicas e financeiras vão muito além das suas fronteiras”.

A rede como metáfora do humano 

Referindo-se depois à expressão “rede elétrica”, como um “sistema complexo, onde tudo está conectado, onde a energia pode chegar até a última casa sobre uma colina porque por detrás desse último trecho de cabo há todo um sistema que o sustenta”, o Papa refletiu: “A rede é também uma bela metáfora da cooperação e da reciprocidade humana, da relação entre a parte e o todo”.

Uma infraestrutura essencial 

O Papa Francisco concentrou-se então no papel da eletricidade como infraestrutura essencial para o desenvolvimento das comunidades, especialmente das mais pobres: “Aquelas estruturas e postes que levavam a eletricidade para o campo eram recebidos com aplausos, como quando se recebe um grande presente”.

A memória do Santo Padre foi “às histórias dos nossos avós que eram agricultores, até ao dia em que ligaram o primeiro interruptor e tudo na casa se iluminou repentinamente”. Muitos, naquela noite, “fizeram uma oração para agradecer aquele ‘milagre’ que melhorou as suas vidas, que permitiu aos filhos estudar melhor e a todos tomar banho em água quente”.

Ainda hoje, em alguns povoados da África e da Ásia, mesmo na América Latina, podem-se ver aglomerados de jovens à noite, sob os poucos postes de luz, estudando, porque não têm eletricidade em casa. Não é por acaso que, durante as guerras, as primeiras infra-estruturas atingidas nas cidades são as eléctricas, porque isso afeta directamente a vida das famílias e mina o moral das pessoas”.

Por fim, o Papa destacou que o trabalho é “amor social, fraternidade civil” e que “na produção e distribuição de energia” sejam usadas a “inteligência”, a “alma”, o “coração”: “coloquem ali (...) o seu amor. Deveríamos recordar mais dele e agradecer mais."

Fonte: Vatican News

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Beatificado na Eslováquia o seminarista Ján Havlík, modelo de esperança e fidelidade

Um modelo para todos os cristãos, mas também para aqueles que “trabalham a favor da dignidade humana e da liberdade de consciência” é Ján Havlík, segundo as palavras do prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos na homilia da Missa com o rito de beatificação celebrada neste sábado, 31 de agosto, em Šaštín, na Eslováquia. Ján foi perseguido pelo regime comunista de seu país, mantendo sempre a fé e a esperança em Cristo

Adriana Masotti - Cidade do Vaticano

Uma “pessoa equilibrada, radiante, alegre na companhia, aberta e atenta às necessidades dos outros” que, após a sua prisão, viu o declínio progressivo da sua saúde. Assim o prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro, descreve a figura do seminarista eslovaco Ján Havlík, na Missa com o rito de beatificação do Servo de Deus, celebrada na manhã deste sábado em Šaštín, no espaço em frente à Basílica das Sete Dores da Virgem Maria.

Ján era "um homem de esperança" 

Nascido em 12 de fevereiro de 1928, Ján Havlík teve uma morte súbita em 27 de dezembro de 1965, três anos após ter sido libertado da prisão.  Durante 14 anos foi torturado, submetido a maus tratos físicos e psicológicos, a duros interrogatórios e longo isolamento e condenado a trabalhos forçados. Encontrou na fé a força para tudo suportar. Antes de morrer, perdoou seus perseguidores.

“O amor de Cristo é a força que nos faz superar a fraqueza, a energia que nos faz vencer o medo, a luz que nos faz derrotar as trevas”, afirma o purpurado, que define Ján como “um homem de esperança”.

“Foi a virtude da esperança que o fez crescer e sustentou a sua vocação. Um sinal de esperança, de fato, já havia sido a escolha de ser discípulo de São Vicente de Paulo”, santo que deu esperança aos pobres e sofredores. E tal como São Vicente, Ján “foi verdadeiramente um raio de sol para aqueles o encontravam". Dele se dizia: “Manifestava a sua profundidade espiritual da forma mais intensa possível, partilhando o sofrimento, motivando os outros à esperança, apesar de passar por muitas dificuldades”.

Durante a sua prisão, Ján Havlík conheceu o sacerdote salesiano Titus Zeman, beatificado em 2017. “Foi vítima de um regime que queria destruir o fenômeno religioso e em particular a Igreja Católica e os seus ministros”, observa o prefeito, lembrando que, segundo testemunhos recolhidos, na prisão Ján “copiava à noite, escrevendo a lápis e também fazendo cópias para outros, o Humanismo integral de Jacques Maritain”, aproximadamente 350 páginas. Um trabalho cansativo e arriscado.

O cardeal Semeraro observa que naquelas páginas era descrito o que Ján estava vivendo: “A verdade – lia-se ali – é que se trata de uma perseguição disfarçada; na realidade é uma luta contra Deus, de extermínio da religião, obra de destruição espiritual". O desejo de “manter prisioneira a palavra de Deus”, comenta Semeraro, foi contraposto pelo novo Beato “com a fidelidade a Deus, a fidelidade à própria vocação, a própria escolha de caridade para com os outros”.

Modelo de fidelidade para todos 

Um modelo de fidelidade, portanto, Ján Havlík, que hoje é proposto não só à Igreja eslovaca, mas a todos os cristãos, aliás, “a todos aqueles que trabalham em favor da dignidade humana e pela liberdade de consciência. Está nisso a atualidade desta beatificação – continua Semeraro –, pois em muitos casos e mesmo em diversos contextos é difícil, às vezes heróico, permanecer fiel a Cristo”.

O purpurado recorda a promessa de Jesus: “quem perder a sua vida por causa mim, irá salvá-la”, que se concretizou em Ján. A fama do seu martírio, de fato, espalhou-se muito rapidamente, estendendo-se para além das fronteiras da nação e hoje, conclui o prefeito das Causas dos Santos, “a Igreja reconhece-o e confirma-o com as palavras do Papa: Ján Havlík “foi fiel discípulo do Senhor Jesus, a quem ofereceu generosamente a sua vida, perdoando os seus perseguidores”.

Fonte: Vatican News

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1º de setembro: a celebração da decisão que Deus tomou de criar

"Ao celebrar o Dia Mundial de Oração pela Criação, perguntamo-nos: cumprimos o papel que nos foi confiado pelo nosso Criador? A resposta é, clara e tragicamente, ‘não’. Minha cidade natal, Mumbai, é um bom exemplo das consequências de não cuidarmos do dom da criação de Deus."

Por dom Allwyn D’Silva

O Dia Mundial de Oração pela Criação é celebrado todos os anos em 1º de setembro. Inspirado pela rica tradição da Igreja Oriental, para a qual neste dia se comemora a criação do mundo, este é um momento para celebrar a grande decisão de Deus de criar e refletir sobre como cuidamos do grande dom da criação.

Tudo isso é uma pedra angular da nossa fé. De fato, as Escrituras começam com o grande mistério da Criação. O Criador formou a vida a partir de um “vazio sem forma”, um grande nada sem luz ou vida (Gn 1, 2). A decisão do Criador de acender uma faísca no meio dessa escuridão é generosa para além da nossa compreensão. Tudo ao nosso redor, desde a mão de um ente querido até as flores no campo, flui desse ato amoroso de criação. Como nos diz o Papa Francisco, “todo o universo material é uma linguagem do amor de Deus” (Laudato Si’ 84).

A criação não foi deixada entregue a si mesma. Nós, que fomos criados à imagem de Deus, fomos designados seus zeladores. Somos guardiães, instruídos a “cultivar e guardar” o jardim (Gn 2, 15). Como nos recordou o Papa Bento XVI: “A terra é um dom precioso do Criador, que delineou os ordenamentos intrínsecos, indicando-nos assim os sinais orientativos que devemos respeitar como administradores da sua criação”.

Ao celebrar o Dia Mundial de Oração pela Criação, perguntamo-nos: cumprimos o papel que nos foi confiado pelo nosso Criador? A resposta é, clara e tragicamente, ‘não’. Minha cidade natal, Mumbai, é um bom exemplo das consequências de não cuidarmos do dom da criação de Deus.

Mumbai é uma megacidade com quase 21 milhões de habitantes, espremida entre as montanhas e o mar. Passa naturalmente por monções, ciclones e calor extremo. No passado, a população de Mumbai enfrentava esses desafios. Embora fosse difícil, as pessoas aprenderam a se preparar para chuvas e tempestades e buscar alívio para o calor.

Mas o clima da Terra está mudando e os decisores políticos não estão acompanhando seu ritmo. As lições duramente aprendidas no passado já não servem ao povo de Mumbai. Pelo contrário, o calor extremo é crescente. No início deste ano, a área metropolitana de Mumbai registrou vários dias de calor de 39 a 43 graus. Até mesmo as horas da tarde e da noite agora dão menos alívio, o que é especialmente difícil para os pobres, que não têm acesso à refrigeração.

As megamonções e o crescimento desenfreado dos assentamentos irregulares nas encostas de montanhas estão levando a mortes por deslizamentos de terra. Ao mesmo tempo, as tempestades aproximam-se vindas do mar e, com o desaparecimento dos manguezais que costumavam abrandar a força das tempestades, as pessoas ao longo da costa ficam vulneráveis e sujeitas a perder suas casas. 

Trabalhei em duas favelas de Mumbai, Jerimeri e Dharavi, há 21 anos. Posso testemunhar que os pobres sentem esses problemas com muito mais intensidade. As famílias desses bairros já sofrem com falta de acesso à educação, infraestrutura e bons empregos. Elas simplesmente não conseguem ficar em casa e deixar de ir trabalhar quando o tempo está perigosamente quente, ou mudar de casa quando há ameaça de tempestades e deslizamentos de terra.

Forçar essas famílias a lidar com desastres climáticos, além de todo o resto que aguentam, é uma falha moral da mais alta ordem. A comunidade científica continua nos lembrando que as atividades humanas impulsionaram as mudanças no nosso clima. Não consigo imaginar que era isso o que o nosso Criador queria que fizéssemos como administradores do jardim.

A celebração anual do Dia Mundial de Oração pela Criação traz consigo uma grande oportunidade. É o momento para refletirmos sobre a decisão amorosa que Deus tomou de criar e reconsiderar a forma como desempenhamos o nosso papel como zeladores da criação.

Este dia de oração abre o período de um mês do Tempo da Criação. No dia 1º de setembro e durante todo o período, louvemos o Criador e ajamos juntos para cuidar do dom sagrado da criação. 

*Dom Allwyn D’Silva é Presidente do Escritório de Desenvolvimento Humano da Federação das Conferências Episcopais Asiáticas (FABC). Fonte: Vatican News

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A Viagem Apostólica do Papa à Ásia e Oceania

O diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Matteo Bruni, ilustrou à mídia a viagem apostólica do Papa de 2 a 13 de setembro à Indonésia, Papua-Nova Guiné, Timor Leste e Singapura, a mais longa do pontificado: “Nenhuma preocupação adicional com a saúde do Papa”. Dezesseis discursos em italiano e espanhol sobre vários temas, como paz e Criação. O Pontífice assinará uma declaração conjunta com o Grão-Imame de Jacarta, com quem visitará o “Túnel da Fraternidade”.

Salvatore Cernuzio – Vatican News

O diálogo e a convivência harmoniosa entre as religiões, a reconciliação social, a mudança climática e seus efeitos devastadores em terras de oceanos e vulcões, o equilíbrio entre a velocidade econômica e tecnológica e o desenvolvimento humano, social e espiritual dos povos. Além disso, a evangelização, antiga e moderna, em latitudes onde as comunidades cristãs vivem quase nas mesmas condições da Igreja primitiva, a acolhida de refugiados, o incentivo aos jovens a participarem dos processos políticos e sociais. Os quase doze anos de pontificado de Jorge Mario Bergoglio e seus temas-chave parecem estar condensados e cristalizados nos doze dias da viagem que o Papa fará de 2 a 13 de setembro à Indonésia, Papua-Nova Guiné, Timor Leste e Singapura.

A viagem mais longa do Pontificado 

Uma viagem que abrange dois continentes, a mais longa de seu papado, com quatro fusos horários diferentes e 32.814 quilômetros percorridos de avião (mas não a mais longa da história dos papas, um recorde detido pela viagem de 13 dias de João Paulo II em 1986 a Bangladesh, Singapura, Fiji, Nova Zelândia e Austrália, com 48.974 km percorridos). Uma viagem “sonhada” que já havia sido pensada em 2020, antes que a pandemia da Covid-19 acabasse com todos os planos. Uma viagem que acontece exatamente um ano após as últimas viagens internacionais para a Mongólia e Marselha e na abertura de um período de grandes eventos como a segunda parte do Sínodo sobre Sinodalidade e o Jubileu.

Divulgado programa da viagem do Papa a Luxemburgo e Bélgica

Serão cinco discursos e uma homilia do Santo Padre na visita de quatro dias que fará a Luxemburgo e Bélgica de 26 a 29 de setembro.

Nas pegadas de Paulo VI e João Paulo II 

Na sexta-feira, 30 de agosto, o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Matteo Bruni, apresentou à mídia internacional os detalhes dessa peregrinação de Francisco aos confins da terra, que segue as pegadas de seus antecessores, Paulo VI e João Paulo II, que estiveram presentes nesses territórios entre o início dos anos 70 e o final dos anos 80. “Viagens cheias de encontros nos quais a Igreja mudou de rosto”, lembrou Bruni, “muitos jovens, muito tempo dedicado ao clero”, em um período em que Estados e democracias estavam se desenvolvendo em meio aos escombros de guerras e invasões.

O desafio da paz 

Francisco chega em um momento da história marcado por outros desafios, a começar pelo desafio universal da paz; portanto, reiterará o apelo para cultivar essa paz e apoiar os esforços em andamento para alcançá-la. Simbólicos nesse sentido são dois momentos que o Papa viverá em Jacarta, a capital da Indonésia que também foi atingida no passado recente pelo terrorismo religioso e pela tentativa de criar um Islã transnacional no modelo do Isis, que, no entanto, a “pancasila” indonésia com os cinco pilares de respeito às crenças, culturas, religiões e línguas também incluídos na Constituição conseguiu rejeitar.

O primeiro momento é a visita à mesquita Istiq'lal, o maior edifício de culto islâmico do Sudeste Asiático, projetado na década de 1950 por um arquiteto cristão e, a partir de 2019, conectado à Catedral da Assunção pelo chamado “túnel da fraternidade”. Um túnel, de fato, que pretende ser um sinal de incentivo à fraternidade entre as duas comunidades religiosas. O Papa - este é o segundo momento simbólico - visitará o local juntamente com o Grão-Imame, com quem também assinará uma Declaração Conjunta na esteira do Documento sobre a Fraternidade Humana de Abu Dhabi.

Encorajamento e conforto 

Além da Indonésia, caracterizada pelo pluralismo, o Papa argentino também levará “uma palavra de conforto ou encorajamento” para Papua-Nova Guiné, recentemente ferida por dramáticos deslizamentos de terra e conflitos tribais igualmente dramáticos; depois, para a ex-colônia portuguesa de Timor Leste, ainda marcada pela guerra pela independência da Indonésia que, em 22 anos, levou à morte cerca de um quarto da população; por fim, para Cingapura, um emblema de opulência, comércio e desenvolvimento tecnológico, mas também de profundas desigualdades sociais e pobreza.

A questão ambiental 

Diferentes países, todos unidos pela questão ambiental: “Dificilmente faltará a referência ao meio ambiente. São países entre o oceano e o céu, mares e montanhas, minerais preciosos, florestas. Podemos esperar uma reflexão sobre o cuidado com a Criação e a vida digna do homem”, disse Matteo Bruni.

O pró-Prefeito do Dicastério para a Evangelização, em uma conversa com a Agência Fides, destaca também por que a viagem do Sucessor de Pedro é importante para toda a Igreja ...

Os temas dos 16 discursos do Papa 

Nos 16 discursos que o Papa pronunciará durante a viagem, serão recordados os temas: 4 na Indonésia, em italiano; 5 em Papua Nova Guiné, em italiano; 4 em Timor Leste, em espanhol; 3 em Singapura, em italiano. Nesse amplo espaço é possível que sejam incluídas referências a outros tópicos, como a acolhida de refugiados (o Pontífice encontrará muitos pessoalmente desde o início da viagem), principalmente os de Mianmar, ou o flagelo dos abusos, à luz do caso do bispo timorense Carlos Filipe Ximenes Belo, ganhador do Prêmio Nobel da Paz, acusado de violência até mesmo contra menores. Ambos os pontos foram solicitados pelos jornalistas presentes na apresentação. “O Papa se dirigirá às igrejas dos vários países, instando-as a viver o cristianismo que não deixa espaço para certos crimes”, disse Bruni. Por enquanto, não estão previstos encontros privados com as vítimas do prelado.

Medidas para a saúde 

Por fim, o porta-voz do Vaticano respondeu a várias perguntas sobre a saúde do Papa e os esforços que essa longa viagem implicará, incluindo mudanças de horário e picos de umidade de até 92%: “Não há preocupações adicionais, os protocolos de saúde já em vigor em cada Viagem Apostólica são considerados suficientes”, disse o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, explicando que haverá um médico e dois enfermeiros para cuidar da saúde do Papa, além do assistente pessoal de saúde Massimiliano Strappetti. Falando sobre a comitiva, além das presenças habituais, à medida que for avançando a viagem também farão parte o cardeal Luis Antonio Tagle e os outros cardeais e arcebispos dos vários lugares que o Papa visitará. Fonte: Vatican News

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Vinda do Papa é um carinho para a alma, diz missionário em Papua Nova Guiné

Padre Díaz, monge do Instituto do Verbo Encarnado, prepara a acolhida de Francisco em Baro e Vanimo. Argentino, ele recorda os encontros com o então cardeal Bergoglio em Buenos Aires: ajudou-nos muito a construir a nossa presença aqui. A expectativa entre os indígenas é grande, a pobreza é enorme; mas “ver pessoas assim tão sedentas de Deus é uma aventura celestial”. Enquanto isso, no povoado de Wutung, está sendo construído o primeiro mosteiro masculino do país.

Antonella Palermo - Cidade do Vaticano

Uma Igreja ainda jovem, viva, com poucos recursos, mas edificante, “uma aventura celestial”. Esta é a Igreja que o Papa irá encontrar em Papua Nova Guiné, segunda etapa da sua Viagem Apostólica à Ásia e à Oceania, que terá início na segunda-feira, 2 de setembro. Padre Alejandro Díaz, de origem argentina, religioso do Instituto do Verbo Encarnado e missionário há um ano no povoado de Wutung, falou aos meios de comunicação do Vaticano sobre os preparativos para a chegada de Francisco.

Vanimo: o palco tão desejado pelo Papa 

Padre Alejandro tem uma voz pacificadora. Juntamente com um confrade, está lançando as bases para a construção daquele que será o primeiro mosteiro masculino de todo o país. Dentro de um ano, acredita que estará concluída a complexa fase burocrática que verá surgir a estrutura construída em um local a cerca de 40 minutos de carro de Vanimo.

O entusiasmo pelo lançamento da pedra fundamental é enorme e será partilhado com o Papa que se deslocará à cidade de Vanimo (150 mil habitantes, dos quais cerca de 45 mil são católicos) no domingo, 8 de setembro, para uma visita de algumas horas. A sua presença aqui foi desejada até o último momento por Francisco que, como se sabe, tem uma predileção pelas periferias.

A ligação com a Argentina

 “O povo espera o Papa com tanta alegria e disponibilidade para trabalhar nos preparativos. Muitos estão rezando – conta padre Díaz – anteontem atendemos a confissão de muitos professores, são muito devotos. Está sendo mostrado para a população um vídeo que fala do Papa, com menções sobre sua vida quando estava na Argentina".

De fato, o religioso recorda quando, em Buenos Aires, na paróquia onde foi pároco por oito anos, por várias vezes viu chegar o então cardeal Jorge Mario Bergoglio. Usava o transporte público para ir ao mesmo bairro onde moravam alguns de seus parentes: “Nas proximidades há um santuário dedicado a São Caetano e todo dia 7 de agosto ele ia lá celebrar a Missa. Sempre se mostrava, desde então, muito próximo das pessoas. Após a celebração passava horas e horas conversando com as pessoas, ouvindo-as, com muita afabilidade", conta o missionário.

Esse vínculo parece não ter sido rompido e agora atravessa continentes e oceanos: a chegada do Papa, assinala o sacerdote argentino, coincide também com os 25 anos desde a chegada à Papua da imagem de Nossa Senhora de Luján, reconhecida como padroeira da Argentina. “Há tantos outros lugares mais importantes do que Vanimo em Papua Nova Guiné para visitar, mas ele quer vir para cá.”

Pe. Alejandro está humildemente agradecido pela oportunidade que terá de conhecer o Pontífice, “que muito ajudou o nosso vilarejo, e quer muito conhecer a escola que foi construída em Baro graças à nossa e à sua contribuição. Ali, a nossa comunidade de seis confrades terá o privilégio de ter uma pequena conversa face-a-face com ele."

Mil indígenas ouvindo o Papa 

Vanimo é muito pobre, diz padre Alejandro, “mas, graças a Deus, com a ajuda de tantas pessoas, estamos conseguindo preparar esta visita. Há uma semana parecia tudo tão difícil. Faltava dinheiro para tantas coisas, para o telão, por exemplo, para equipamentos tecnológicos difíceis de encontrar. Mas, graças à ajuda do governo e da Igreja, depois de inúmeras conversas, recebemos o equipamento para podermos receber o Papa da forma mais digna possível”. 

O sacerdote fala da corrente elétrica intermitente, da escassez de água potável, da falta de banheiros: “Tivemos que pensar em muitos detalhes. Temos que dar comida para quem vai vir da selva, mil pessoas. Se está trabalhando tanto com um espírito muito alegre e com muito sacrifício. As pessoas tomaram consciência do que significa o Papa vir até aqui”.

Os indígenas irão se reunir até três dias antes para poderem se acomodar, vêm sem nada e não há hotéis com capacidade para hospedá-los, só há dois para quem é rico. Dormirão em uma tenda que montaremos em Vanimo". O grande problema é o transporte, explica o religioso, que não é adequado para fazer chegar todos aqueles que gostariam; as estradas são muito acidentadas: "Quem deseja ver o Papa diz que é Jesus que vem, quer ouvi-lo e receber a bênção”.

“A missão aqui é desafiadora” 

“Esperamos que encoraje a nós, missionários – é a esperança de padre Díaz –, temos tantas dificuldades, a missão é muito empenhativa. O fato de que ele venha aqui é um carinho para a nossa alma. Aqui se faz tanto, tanto, o o fato que o Papa veja, est trabalho, encherá o seu coração, temos certeza disso”.

Padre Alejandro partiu na sexta-feira para a floresta e até domingo continuará fazendo um reconhecimento pelos povoados católicos, dedicando-se, com um confrade, também à caça ao cervo. Será uma maneira de juntar alguns suprimentos. "Há muitos animais aqui, já fizemos uma boa caçada há duas semanas. Temos painéis solares e colocamos no freezer. Com 8 a 10 cervos teremos bastante comida para quem for até lá."

O religioso sublinha o quão pobre é a área onde atuam, na fronteira com a Indonésia, e também o quanto é negligenciada pelo governo. “A gasolina é muito cara (2,50 euros o litro), só há três supermercados em Vanimo e encontrar alguns alimentos é um milagre. Os navios só chegam ao porto de dois em dois meses para abastecer as lojas”.

A visita aos povoados da floresta: uma aventura celestial 

Entre os que darão testemunho ao Papa na esplanada da Catedral da Santa Cruz, estará também um catequista. Ali, os catequistas cumprem uma função crucial para o anúncio do Evangelho: “São as pessoas que sustentam a fé nos povoados. São bem formados na fé, aos domingos distribuem a Comunhão. São a 'mão direita' do sacerdote".

É o nascimento de um bom número de vocações locais que mais alegra o monge: “Vê-se muito a piedade religiosa da Igreja. É uma Igreja que está nascendo, tem oitenta anos, estamos semeando. e já estamos vendo os frutos: sim, são feitos muitos batismos, a participação nas liturgias eucarísticas é enorme, principalmente com jovens e crianças. Tivemos até que dizer aos coroinhas para não virem todos juntos, porque são muitos, são 25 na Missa da manhã. Obviamente, ninguém os obriga, eles o fazem porque querem”.

Normalmente a visita aos povoados acontece nos fimais de semana: vai-se a dois ou três, percorrendo estradas lamacentas, com todo o tipo de obstáculos. “Às vezes chegamos tarde da noite, mas as pessoas estão à nossa espera. Confessamos, celebramos a Missa. As pessoas saem do povoado aos nos verem chegar, isso corta o teu coração, acabas chorando. Eles têm tanta sede de Deus que nos edifica a alma. Apesar de todas as dificuldades - conclui padre Díaz - esta é para mim uma aventura celestial, única, que me fortaleceu no sacerdócio, não por mérito meu, mas um enorme presente de Deus”.

Fonte: Vatican News – na imagem, Pe. Alejando com algumas crianças

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O Evangelho no Equador, a história de um grão de trigo que deu fruto

"Nesta terra da América que se estende desde as costas do Pacífico até à floresta amazônica, das cidades ao campo, dos Andes às planícies, o advento do Evangelho de Cristo amadureceu, entre alegrias e tristezas, fruto genuíno de uma Igreja viva. Partilha agora a sua vitalidade com os peregrinos que, vindos de todo o mundo, chegam a Quito para celebrar o 53º Congresso Eucarístico Internacional"

por Vittore Boccardi *

No Equador, país latino-americano que se estende desde o Pacífico até a floresta amazônica passando pela Serra, o advento do Evangelho amadureceu, entre alegrias e tristezas, fruto genuíno de uma Igreja viva que se prepara para acolher o 53º Congresso Eucarístico Internacional.

O formato ideal dos Congressos retorna ao continente sul-americano com a escolha do Equador e, mais precisamente, de sua capital, batizada de São Francisco de Quito na época de sua fundação, há quatrocentos e noventa anos. As crônicas que mudaram o rumo da história da humanidade com a “descoberta” da América estão ligadas à data simbólica de 12 de outubro de 1492. Com o descobrimento e conquista dos imensos territórios das Índias Ocidentais, iniciou-se adesde logo a evangelização dos seus povos. Obra em claro-escuro, porque a difusão do Evangelho se entrelaçou com o processo de colonização que envolveu os povos e culturas indígenas.

Os cristãos vindos de Espanha tomaram posse dos novos territórios em nome do seu rei com um processo que os pontífices da época legitimaram, comprometendo porém os reis católicos a evangelizar as populações da Hispanoamérica. O Papa Alexandre VI, na Bula Inter Coetera de 4 de maio de 1493, ao conceder aos reis de Castela todas as terras descobertas e ainda por descobrir, impôs-lhes, «em virtude da santa obediência, que enviassem homens bons e devotos a Deus aos referidos índios, para instruí-los na santa fé católica».

A evangelização começou com os doze sacerdotes, guiados pelo frei Bernard Boyl, que chegou ao Novo Mundo com a segunda expedição de Colombo. Mas foi necessário esperar quase quarenta anos para que os espanhóis chegassem ao território dos Incas onde reinava Atahualpa, que após a vitória contra seu irmão Huáscar reunificou o império a partir do atual território de Quito. Francisco Pizarro, à frente de um grupo de soldados espanhóis, partiu da cidade de San Miguel, no Peru, depois de ter percorrido os íngremes caminhos dos Andes, chegou a Cajamarca onde, graças ao engano, prendeu Atahualpa e mandou executá-lo apesar de ter recebido a montanha de ouro solicitada como resgate. O colapso do império inca e a fama do imenso resgate levaram Sebastián de Benalcázar a fundar, em 1534, a nova cidade indo-hispânica de São Francisco de Quito sobre as ruínas do assentamento inca queimado antes de sua chegada. Quito tornou-se assim o centro de novas explorações e a capital de uma província com um território habitado por populações de antigas origens e com a grande mistura de costumes que o domínio do império Inca havia imposto.

A primeira colheita 

Dois anos depois da fundação de Quito, no centro daquela cidade que pouco a pouco ressurgia, teve início - em um local já caro à memória dos indígenas -, a construção da igreja e convento de São Francisco, um conjunto arquitetônico definido, pelo seu tamanho , o Escorial de los Andes. A iniciativa deve-se ao frade franciscano Jodoco Rique, nascido nos Flandres e que chegou à América graças aos bons ofícios do imperador Carlos V, que fora seu colega em Malines. Foi ele quem lançou diante do convento, naquela que é hoje a Praça de São Francisco, a primeira semente de trigo nas terras férteis do Equador. Os habitantes da cidade participaram daquela primeira colheita cultivada no Equador, que por sua vez puderam semear o cereal e espalhá-lo. Parábola esta, da boa semente do Evangelho confiada às pessoas do novo mundo. Em 1545 a comunidade quiteña foi elevada à diocese, sufragânea de Lima. Suas fronteiras alcançavam o território de Popayan (Colômbia) ao norte, Piura (Peru) ao sul, alcançavam o Pacífico a oeste e mergulhavam na selva amazônica a leste.

Somente a partir de 1547, com o início da pacificação do Peru, novos grupos de missionários franciscanos, mercedários, dominicanos e agostinianos conseguiram chegar às cidades das atuais terras equatorianas como capelães das tropas espanholas. Tinham experiência missionária amadurecida em outras partes do continente; por isso procuraram conhecer os habitantes das regiões de Quito, suas línguas, estruturas sociais, crenças, hábitos e costumes, conscientes de que a melhor forma de evangelizar era fazê-lo na língua indígena, a começar pelos filhos dos caciques, os líderes das comunidades tribais.

O tom repressivo dos primeiros contatos deu lugar gradualmente à persuasão: a conversão imediata não era imposta, mas se esperava a livre adesão dos indígenas, porque a aceitação da fé era incompatível com a coerção. Com o trabalho das congregações religiosas, multiplicam-se as doctrinas, núcleo das futuras paróquias, permitindo o nascimento político da Real Audiência de Quito (29 de agosto de 1563). Depois também que os jesuítas se uniram ao trabalho evangelizador, a Igreja colonial deu vida a uma rede de escolas que levou à fundação das universidades de San Fulgenzio e de San Gregorio. Nesse ínterim, o Evangelho penetrava na faixa amazônica do país.

A evangelização desenvolveu-se rapidamente a partir de ambientes urbanos apoiada por bispos que convocaram conselhos metropolitanos e sínodos provinciais para orientar a atividade missionária, ratificar os direitos e liberdades dos indígenas, incentivar a catequese e a pregação nas línguas indígenas com o uso de imagens, música e canto. Desenvolveu-se assim o grande mosaico da piedade popular que é o precioso tesouro da Igreja Católica na América Latina. O encontro fecundo com o Evangelho de populações de diferentes culturas, línguas e tradições encontra clara expressão na santidade de numerosos homens e mulheres entre os quais brilha Santa Mariana de Jesus (1618-1645), “lírio de Quito”; a “rosa de Baba e Guayaquil”, beata Mercedes de Jesús (1828-1883); Santa Narcisa de Jesús Martillo y Morán (1832-1869), “Niña Narcisa” para muitos devotos; o beato Emílio Moscoso (1846-1897), mártir da Eucaristia.

A mestiçagem religiosa deste país criou também uma cultura artística indígena, portadora de grandes valores humanos, enobrecida pelo Evangelho. As artes e ofícios encontraram a sua máxima expressão nas obras-primas da escola quiteña. Basta pensar nas magníficas igrejas coloniais que lotam o antigo centro de Quito. Entre elas destaca-se o templo da Compañia, iniciado em 1605, estupenda realização do barroco local e da cultura de todo um povo.

Sentimento nacional “moldado pela fé” 

Nos últimos anos, a Igreja do Equador tem valorizado cada vez mais as populações indígenas do país e as culturas desses grupos de nativos americanos pouco conhecidos, como os Cayapas, os Colorados, os Otavalos, os Panzaleos, os Carahuelas, os Yugulalamas, os Shuaras, os Coyanes, os Canaris, os Saraghuros, os Tibuleos, os Aucas e outros que habitam as imensas florestas orientais, os grandes rios e as alturas da Sierra. A sua história passada foi marcada por muitas dificuldades e marginalizações que, no entanto, não conseguiram apagar as suas diferentes identidades.

As “Opções Pastorais” dos bispos do Equador, desde a década de 1980, sublinharam como é perfeitamente legítimo procurar a preservação do espírito de cada grupo juntamente com as suas expressões culturais, sem com isso se opor a uma integração e convivência justa a um nível mais amplo que permite não só o desenvolvimento da própria cultura, mas também a assimilação daquelas realidades científicas, técnicas e comunicacionais que podem ajudar a existência.

Não obstante os erros, no período colonial a Igreja foi considerada “modeladora do sentimento nacional” graças à sua atenção às necessidades do povo e à promoção da dignidade dos povos indígenas. Marcos neste trabalho de serviço pastoral e consolidação social são o Itinerário para os párocos dos índios do bispo de Quito, Alonso de la Pena (+1687), a primeira Carta fundamental do Equador republicano, redigida pela Assembleia Eclesiástica quiteña em 1812, a orientação social e científica das cátedras dos jesuítas da Universidade Nacional e da primeira Escola Politécnica.

No Equador republicano, bispos, sacerdotes diocesanos, religiosos, religiosas e leigos construíram e reafirmaram, até hoje, a fisionomia cristã e cultural do país. Tudo isso é visível nas instituições de ensino, no tecido urbano da cidade de Quito, declarada “Patrimônio cultural da humanidade” pela UNESCO. Mas o patrimônio mais importante é constituído pelos valores que impregnam as famílias e a sociedade, a vida privada e pública: a sabedoria que vem da memória histórica das derrotas e dos triunfos, da vitalidade dos grandes temas religiosos que inspiram a cultura, a arte, artesanato, celebração e descanso, nascimento e morte. Um espírito de sincera fraternidade, mais forte que qualquer inimizade violenta, manifesta-se na alegria e no entusiasmo das mingas (trabalho comunitário solidário), nas celebrações, na cordialidade para com os estranhos, na proximidade da hora difícil da provação.

Nesta terra da América que se estende desde as costas do Pacífico até à floresta amazônica, das cidades ao campo, dos Andes às planícies, o advento do Evangelho de Cristo amadureceu, entre alegrias e tristezas, fruto genuíno de uma Igreja viva. Partilha agora a sua vitalidade com os peregrinos que, vindos de todo o mundo, chegam a Quito para celebrar o 53º Congresso Eucarístico Internacional.

*Oficial da Pontifícia Comissão para os Congressos Eucarísticos Internacionais

Fonte: Vatican News

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Genebra sediará 1° Congresso Mundial de Vítimas de desaparecimentos forçados

O Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimentos Forçados é celebrado em 30 de agosto desde 2011, tendo sido instituído em 2010 pela Assembleia Geral das Nações Unidas.

No Dia das Vítimas dos Desaparecimentos Forçados, celebrado em 30 de agosto em todo o mundo, foi anunciado por uma série de instituições, entre as quais o Conselho da Europa e organizações parceiras noutros continentes, que estão em curso trabalhos para preparar a realização do primeiro Congresso Mundial sobre Desaparecimentos Forçados, a ter lugar em Genebra, de 15 a 16 de janeiro de 2025.

“Renovamos a nossa solidariedade para com as vítimas, bem como para com as organizações, defensores dos direitos humanos e advogados que os apoiam”, lê-se na declaração conjunta divulgada na sexta-feira.

Forçadas a trabalhar “em ambientes hostis e perigosos”, as organizações e pessoas que tentam levar para casa os desaparecidos são frequentemente confrontadas “com o silêncio ou a negação das suas acusações”. Em muitos casos “a impunidade prevalece”. É por isso que precisamos “unir forças imediatamente” e é este o sentido do primeiro Congresso Mundial sobre desaparecimentos forçados, uma iniciativa multi-atores que visa reunir Estados, vítimas e organizações que os representam, especialistas.

O encontro será ocasião para debater sobre como trabalhar em conjunto em busca de soluções viáveis ​​para eliminar e prevenir os desaparecimentos forçados, para promover a ratificação e implementação da Convenção internacional e para reforçar a cooperação.

Em preparação ao Congresso Mundial, realizou-se um processo de consulta que reuniu experiências e recomendações concretas. Um plano de ação emergirá de Genebra, parametrizado de acordo com competências e mandatos.

Segundo a nota, “os desaparecimentos forçados continuam a ser uma realidade diária em muitas partes do mundo”, o compromisso e as ações coletivas são os caminhos para “acabar com esta praga, de uma vez por todas”.

Fonte: Vatican News

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Timor-Leste: Papa vai presidir a Missa com orações em oito línguas

Viagem mais longa do pontificado, com passagens por quatro países, inclui 44 horas de voo, percorrendo mais de 32 mil quilómetros

 A Eucaristia a que o Papa vai presidir em Timor-Leste, no dia 10 de setembro, conta com orações em português, tétum e outras seis línguas locais, adianta o Missal da viagem, publicado pelo Vaticano.

A celebração central da viagem vai decorrer em Tasi Tolu, o mesmo local que acolheu o Papa João Paulo II a 12 de outubro de 1989, na primeira visita de um pontífice ao território, antes da independência timorense.

A Missa tem início às 16h30 locais (08h30 em Lisboa), com a participação de milhares de pessoas, que vão rezar em macassai, mambai, búnaque, galóli, baiqueno e fataluco, algumas das línguas faladas pela população timorense.

“Pelo nosso país: para que, vivendo com alegria a fé na nossa cultura, possamos construir uma sociedade baseada na justiça e na fraternidade”, pede uma das orações, divulgadas no Missal da visita apostólica.

Francisco vai estar em Jacarta (Indonésia) de 3 a 6 de setembro; em Port Moresby e Vanimo (Papua-Nova Guiné) de 6 a 9 de setembro; em Díli (Timor-Leste), de 9 a 11 de setembro; e Singapura, de 11 a 13 de setembro.

A viagem mais longa do pontificado inclui 44 horas e mais de 32 mil quilómetros de voo.

O lema da visita a Timor, ‘Que a vossa fé seja a vossa cultura’, é apresentado como “exortação e encorajamento para se viver a fé de harmonia com a cultura, segundo as tradições do povo timorense”.

Timor-Leste, com mais de 95% de católicos na sua população, é um dos únicos países asiáticos onde a Igreja Católica é maioritária, juntamente com as Filipinas.

Além das visitas à Terra Santa e Médio Oriente/Península Arábica, o Papa fez várias viagens à Ásia oriental desde o início do pontificado: Coreia do Sul (2014), Sri Lanka e Filipinas (2015), Myanmar e Bangladesh (2017), Tailândia e Japão (2019) e Mongólia (2023).

Programa oficial da viagem

Fuso horário

Roma (menos uma em Lisboa)

Jacarta (menos seis em Lisboa)

Port Moresby (menos nove em Lisboa)

Vanimo (menos nove em Lisboa)

Díli (menos oito em Lisboa)

Singapura (menos sete em Lisboa)

2 de setembro

17h15 – Partida do aeroporto internacional de Roma/Fiumicino para Jacarta

(11354 km, 13h15 de voo)

3 de setembro

Jacarta, Indonésia

11h30 – Chegada ao Aeroporto Internacional de Jacarta “Soekarno-Hatta”

Acolhimento Oficial

4 de setembro

Jacarta, Indonésia

09h30 – Cerimónia de boas-vindas na área externa do palácio presidencial “Istana Merdeka”

10h00 – Visita de cortesia ao presidente da República no palácio presidencial

10h35 – Encontro com autoridades, representantes da sociedade civil e membros do corpo diplomático na sala do palácio presidencial “Istana Negara”

11h30 – Encontro privado com membros da Companhia de Jesus na Nunciatura Apostólica

16h30 – Encontro com bispos, sacerdotes, diáconos, consagrados/as, seminaristas e catequistas na Catedral de Nossa Senhora da Assunção.

17h35 – Encontro com jovens da ‘Scholas Occurrentes’, na Casa da Juventude “Grha Pemuda”

5 de setembro

Jacarta, Indonésia

09h00 – Encontro inter-religioso na Mesquita “Istiqlal”

10h15 – Encontro com pessoas assistidas pelas obras de caridade, na sede da Conferência Episcopal da Indonésia

17h00 – Missa no Estádio “Gelora Bung Karno”

6 de setembro

Indonésia – Papua-Nova Guiné

09h15 – Cerimónia De Despedida no Aeroporto Internacional de Jacarta

09h45 – Partida para Port Moresby, Papua-Nova Guiné

(4693km, 06h05 de voo)

18h50 – Chegada ao aeroporto internacional de Port Moresby. Cerimónia de boas-vindas

7 de setembro

Port Moresby, Papua-Nova Guiné

09h45 – Visita de cortesia ao governador geral na “Government House”,

10h25 – Encontro com autoridades, representantes da sociedade civil e membros do corpo diplomático na “APEC Haus”

17h00 – Visita às crianças de “Street Ministry” e “Callan Services”, Cáritas.

17h40 – Encontro com bispos de Papua-Nova Guiné e das Ilhas Salomão, sacerdotes, diáconos, consagrados/as, seminaristas e catequistas no Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora

8 de setembro

Port Moresby e Vanimo, Papua-Nova Guiné

07h30 – Visita do primeiro-ministro na Nunciatura Apostólica

08h45 – Missa no Estádio “Sir John Guise”

13h00 – Partida do aeroporto internacional de Port Moresby “Jacksons” para Vanimo

(991km, 02h15 de voo)

15h15 – Chegada ao aeroporto de Vanimo

15h30 – Encontro com fiéis da Diocese de Vanimo, Catedral da Santa Cruz

16h50 – Encontro privado com um grupo de missionários na “Holy Trinity Humanities School” de Baro

17h40 – Partida do aeroporto de Vanimo para Port Moresby

(991km, 02h15 de voo)

19h55 – Chegada ao aeroporto internacional de Port Moresby

9 de setembro

Papua-Nova Guiné – Timor-Leste

09h45 – Encontro com jovens no Estádio “Sir John Guise”

11h10 – Cerimónia de despedida no aeroporto internacional de Port Moresby “Jacksons”

11h40 – Partida para Díli

(2578km, 03h30 de voo)

14h10 – Chegada ao aeroporto internacional de Díli “Presidente Nicolau Lobato”. Acolhimento oficial

18h00 – Cerimónia de boas-vindas na área externa do Palácio Presidencial

18h30 – Visita de cortesia ao presidente da República

19h00 – Encontro autoridades, representantes da sociedade civil e membros do corpo diplomático na sala do Palácio Presidencial

10 de setembro

Díli, Timor-Leste

08h45 – Visita a crianças com deficiência na Escola “Irmãs Alma”

09h30 – Encontro com bispos, sacerdotes, diáconos, consagrados/as, seminaristas e catequistas na Catedral da Imaculada Conceição

10h45 – Encontro privado com os membros da Companhia de Jesus na Nunciatura Apostólica

16h30 – Missa na esplanada de Taci Tolu

10 de setembro

Timor-Leste – Singapura

09h30 – Encontro com jovens no “Centro de Convenções”

10h45 – Cerimónia de despedida no aeroporto internacional de Díli “Presidente Nicolau Lobato”

11h15 – Partida para Singapura

((2640km, 04h00 de voo)

14h15 – Chegada ao Aeroporto Internacional de Singapura “Changi”. Acolhimento oficial

18h15 – Encontro privado com membros da Companhia de Jesus na casa de retiros “São Francisco Xavier”

12 de setembro

Singapura

09h00 – Cerimónia de boas-vindas na “Parliament House”

09h30 – Visita de cortesia ao presidente da República

09h55 – Encontro com o primeiro-ministro

10h30 – Encontro com autoridades, representantes da sociedade civil e membros do corpo diplomático no Teatro do Centro Cultural Universitário da “National University of Singapore”

17h15 – Missa no Estádio Nacional de Singapura

13 de setembro

Singapura

09h15 – Visita a um grupo de idosos e doentes na Casa “Santa Teresa”

10h00 – Encontro inter-religioso com jovens no “Catholic Junior College”

11h20 – Cerimónia de despedida no Aeroporto Internacional de Singapura “Changi”

11h50 – Partida para Roma

(9567km, 12h35 de voo)

18h25 – Chegada ao aeroporto internacional de Roma/Fiumicino

Fonte: Agência Ecclesia

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Nove razões para tirar a pornografia de sua vida

Por Redação central

A pornografia é considerada por especialistas como uma nova droga que gera uma dependência semelhante à gerada por drogas pesadas em pessoas de qualquer idade, destrói o amor de Deus na alma e distorce a verdadeira sexualidade humana.

Sam Guzman, fundador e editor do blog ‘The Catholic Gentleman’ (O cavalheiro católico), publicou um artigo com nove razões para tirar a pornografia da vida do homem.

1. Fere as mulheres reais

Sam Guzman disse que, muitas vezes, tem-se a impressão de que a pornografia é inofensiva e que as mulheres que saem nesses vídeos “estão se divertindo e fazendo-o por escolha”.

 

“É mentira. Muitas estrelas da pornografia que deixaram a indústria contaram histórias de abuso físico, emocional, coerção, automutilação, depressão, violência e tentativa de suicídio. Dizem com veemência que ser uma estrela pornô era miserável, não divertido. Isso sem mencionar milhões de mulheres que são traficadas e vendidas como escravas para alimentar a indústria”, disse o autor.

Finalmente, disse que quando se “vê um vídeo ou olha uma imagem, está causando uma dor incalculável a milhões de mulheres e crianças que merecem ser amados e apreciados, não abusados e vistos como objetos”.

2. Mata o amor

Os casamentos foram destroçados pela pornografia porque esta destrói a intimidade, disse Guzman.

“Ver pornografia crava uma faca no coração de seu cônjuge. Faz-lhe perder toda confiança. Diz-lhe que nunca será o suficientemente bom. Zomba de seus votos matrimoniais. Planta as sementes da amargura e do ressentimento. Causa-lhe dor profunda, emocional e espiritual”, acrescentou.

3. Faz com que se desfrute menos do sexo

Segundo uma pesquisa recente, há um número crescente de homens que preferem a pornografia ao sexo real.

“Por quê? Porque é mais fácil. Com um botão, você tem acesso infinito a mulheres preparadas que fazem coisas que nenhuma mulher em sua mente faria. Nem tem que se preocupar por dar prazer a outra pessoa. Em comparação, o sexo real se sente como uma tarefa. Muitos homens relatam até mesmo que já não conseguem estimular-se o suficiente para ter relações sexuais com mulheres reais. Basicamente, arruína a sua vida sexual”, disse Guzman.

4. Destorce a visão do homem em relação à mulher

O blogueiro disse que a forma mais rápida e absoluta de distorcer a visão sobre as mulheres é ver pornografia, porque ali “as mulheres são só objetos”.

“Não têm emoção, nem necessidades, nem alma. São instrumentos de gratificação. Simplesmente você não pode ver a mulher ser abusada das formas mais horríveis na tela várias vezes e esperar ter uma visão saudável delas na vida real. Simplesmente não é possível”, acrescentou.

Ele disse que as mulheres merecem “respeito e proteção, não luxúria”, porque vendo pornografia não se verá uma mulher como “feita à imagem de Deus”, mas “começará a fantasiar sobre ela como se fosse seu brinquedo”.

5. Extingue a graça de Deus na alma

Um pecado mortal é um pecado que destrói o amor de Deus em sua alma. É um pecado tão grave, tão horrível que nos separa de Deus, deixando uma alma fria, sem vida e doente”, disse Guzman.

Ele disse que se pode “criar muitas desculpas”, mas “ver pornografia é um pecado mortal e traça um caminho para o inferno”.

“São Paulo deixa claro: aqueles que toleram o pecado sexual em suas vidas ‘não herdarão o Reino de Deus’ (Gálatas 5,19-21). Pode ter o céu ou a pornografia, mas não ambos. Escolha sua opção”, disse.

6. Agrava-se com o tempo

Guzman disse ainda que a pornografia se torna “muito rapidamente um vício como o crack ou a metanfetamina”.

“Os meses passam e as mesmas coisas ficam chatas. Necessita-se de mais e mais coisas extremas para que se emocione. Logo está vendo coisas que pouco tempo antes deixariam você horrorizado. E não importa o quanto veja, nunca é o suficiente”, acrescentou.

7. Torna-se egoísta

Segundo Guzman, quando se passa horas gerando satisfação com imagens obscenas, as pessoas começam a “ficar obcecadas consigo mesmas”.

“Em vez de abraçar o sacrifício requerido pelo amor verdadeiro, começa a ver os demais como objetos desenhados para servir às suas necessidades e desejos, como as mulheres de fantasia das telas. Em vez que dar e servir como Cristo, fica obcecado em tomar e consumir. Torna-se egoísta, irritado, abusivo, sem nem perceber. Torna-se um narcisista que usa os outros em vez de amá-los”, acrescentou.

8. Rouba a alegria

Para Guzman, a pornografia deixa a pessoa com sentimento de culpa e miséria.

“Não importa o quanto mintamos a nós mesmos, sabemos no fundo que a pornografia é errada. E cada vez que a vemos, nossa consciência naturalmente nos incomoda”, disse.

9. Torna-o escravo

Segundo Guzman, o problema da pornografia é que torna as pessoas viciadas no pecado e as devolve voluntariamente à escravidão do demônio.

Entretanto, o blogueiro disse que “Cristo nos redimiu e, quando fomos batizados, nos libertou dessa cruel escravidão e nos traçou a liberdade de filhos de Deus. Se é batizado, está morto ao pecado e vivo a Deus. Vocês compartilham a liberdade de Jesus Cristo e já não são ‘escravos mas filhos’ (Gálatas 4,7)”.

Fonte: ACIDigital

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Do dia 30/8/2024

PUCRS e Dalhousie University (Canadá), em parceria com a CNBB Sul 3, lançam programa de promoção da saúde mental

Já está disponível uma iniciativa que oferece apoio psicológico às pessoas atingidas pelas fortes enchentes de maio no Rio Grande do Sul. O programa chamado Text4Hope-RS, é uma parceria do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Trauma e Estresse (NEPTE) da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, da CNBB Sul 3 e da Dalhousie University do Canadá que envia mensagens de texto baseadas na terapia cognitivo-comportamental (TCC).

O professor do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da PUCRS Christian Kristensen, explica que além de gratuito, o serviço foi desenvolvido especialmente para ajudar a população gaúcha a cuidar da saúde mental e do bem-estar emocional após as fortes chuvas que causaram diversos prejuízos ao estado.

“As recentes enchentes no Rio Grande do Sul causaram impactos devastadores em nossas comunidades. Sabemos que eventos como esse podem afetar profundamente nossa saúde mental. Estudos em diversos países mostram que a exposição a catástrofes desta natureza pode aumentar problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e estresse pós-traumático, e que estes problemas podem persistir por meses ou mesmo anos”, sintetiza.

Para participar, basta seguir o passo-a-passo

Depois disso, a pessoa já estará inscrita e começará a receber mensagens baseadas na TCC, com conteúdos sobre autocuidado, apoio emocional e resiliência. O SMS é enviado diariamente, às 9h, durante três meses. O cancelamento do serviço gratuito pode ser feito a qualquer momento.

“Ler e refletir diariamente sobre o conteúdo das mensagens e sobre como os pensamentos e emoções influenciam nos nossos comportamentos, pode fazer uma grande diferença no bem-estar emocional de cada pessoa”, conclui o professor.

Fonte: Regional Sul 3 da CNBB

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Missa no Santuário Nacional, em Aparecida (SP), abre oficialmente o Mês da Bíblia 2024 na Igreja no Brasil

O mês da Bíblia, celebrado em setembro na Igreja no Brasil, terá início com uma celebração presidida no dia 1º de setembro, às 12h, por dom Leomar Antônio Brustolin, presidente da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo. A missa, que será transmitida na TV Aparecida, no canal do Youtube da CNBB (@cnbbnacional) e portal A12 (PortalA12), encerrará também a programação da Romaria Nacional de Catequistas, que acontece desde o dia 30 de agosto.

A Igreja no Brasil instituiu o Mês da Bíblia a partir da urgência de anunciar a Palavra de Deus e a beleza de fazer ecoar no coração dos ouvintes a Palavra que renova e impulsiona à missão. À luz do Concílio Vaticano II, o Mês da Bíblia foi criado para mobilizar o aprofundamento e a vivência da palavra, através de um itinerário com a Palavra com um tema específico para cada ano.

O presidente da Comissão, dom Leomar Antônio Brustolin, salienta que a celebração do Mês da Bíblia, em todo o Brasil, é expressão de sinodalidade. “Cada comunidade, a seu modo, unida às outras no propósito comum de tornar a Palavra de Deus conhecida, rezada, meditada e, principalmente, anunciada pelo testemunho autêntico de tantos fiéis comprometidos e encantados pela Escritura”, diz.

Livro de Ezequiel

Em 2024, a Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB convida as comunidades a refletirem sobre o Livro de Ezequiel iluminadas pelo lema “Porei em vós meu espírito e vivereis” (cf. Ez 37,14). Para isso, são oferecidos como materiais de apoio o texto-base e um livreto com encontros bíblicos.

Dom Leomar afirma que, ao refletir sobre o testemunho do profeta Ezequiel, pode-se responder ao convite feito pelo Papa Francisco à preparação para o Jubileu 2025. “O convite para que sejamos peregrinos de esperança nos faz ser como Ezequiel: arautos da esperança em meio àqueles que, proventura, possam ter se esquecido de Deus ou perdido o seu caminho”.

    “Espero que este Mês da Bíblia possa ser mais um marco na caminhada evangelizadora e missionária de nossa comunidade, fazendo brilhar a luz da Palavra de Deus, que convida à esperança e ensina a direção para voltar a Deus, experimentando suas maravilhas já sinalizadas por nós”, finalizou dom Leomar.

Para além do texto-base, que traz reflexões e um contexto histórico e panorâmico do Livro de Ezequiel, a Comissão também elaborou encontros bíblicos, com cinco encontros, que permitem um contato profundo e orante com a Palavra de Deus contida no livro, sempre a partir do método da lectio divina.

    “A estrutura dos encontros busca oferecer ao grupo não um espaço de discussão ou de aprendizado intelectual, mas de escuta profunda do Senhor e contemplação de sua Palavra, que nos permite discernir novas direções e nos convida à conversão”, explica dom Leomar.

Os materiais estão disponíveis no site da Edições CNBB.

Programação para 2024

Para além da celebração de abertura do Mês da Bíblia, a Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB realiza o Seminário Bíblico para Animadores do Mês da Bíblia. A formação acontece de modo on-line, de 9 a 11 de setembro, às 19h30, e será transmitida pelas redes sociais da CNBB (@cnbbnacional); Catequese do Brasil (@catequesedobrasil) e Edições CNBB.

No dia 9 a temática a ser abordada será “A esperança a partir do livro de Ezequiel”, com o professor e doutor Fábio Siqueira. Na terça-feira, 10 de setembro, a temática a ser estudada será “A glória do Senhor a partir de Ezequiel”, com a professora e doutora Maria de Lourdes Lima. No último dia, 11, a temática será sobre “A conversão ecológica a partir de Ezequiel”, com o professor e doutor Matthias Grenzer.

Por Larissa Carvalho

Fonte: CNBB

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Em vídeo com intenções de oração para setembro, Santo Padre convida a ouvir “a dor das vítimas de catástrofes ambientais”

A intenção de oração do Papa Francisco para setembro é pelo grito da Terra, que “tem febre e está doente, como qualquer doente”. É um forte apelo para “fazer frente às crises ambientais provocadas pelo homem” e enquadra-se no chamado Tempo da Criação, época do ano em que a Igreja tradicionalmente se mobiliza para refletir sobre o cuidado da casa comum.

Na sua vídeo-mensagem, que a Rede Mundial de Oração do Papa realizou este mês com o apoio do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, Francisco pregunta-se se “ouvimos” o grito da Terra, a dor de “milhões de vítimas de catástrofes ambientais”, e pede à humanidade “respostas não só ecológicas, mas também sociais, económicas e políticas”.

O homem e a criação

Furacões, incêndios, maremotos, secas, degelo dos glaciares: o grito da Terra, narrado em O Vídeo do Papa de setembro, ouve-se cada vez mais. As imagens que acompanham as palavras do Papa Francisco mostram os efeitos da crise climática nos seres humanos: pessoas que fogem das catástrofes ambientais, aumento da emigração devido aos efeitos do clima e crianças obrigadas a viajar dezenas de quilómetros à procura de um pouco de água. “Os que mais sofrem com as consequências destes desastres – denuncia Francisco – são os pobres, os que são obrigados a abandonar as suas casas devido a inundações, vagas de calor ou secas”.

As preocupações do Papa são confirmadas por estudos fidedignos: segundo o Fórum Económico Mundial, os países com rendimentos menores produzem um décimo das emissões, mas são os mais afetados pelas alterações climáticas. Estima-se que, até 2050, as alterações climáticas descontroladas obrigarão mais de 200 milhões de pessoas a migrar dentro dos seus próprios países, empurrando ao mesmo tempo 130 milhões de pessoas para a pobreza.

“A luta contra a pobreza” e “a proteção da natureza” são, para Francisco, dois caminhos paralelos, que devem ser seguidos da mesma forma: “alterando os nossos hábitos pessoais e os da nossa comunidade”. O homem, vítima da crise ambiental, pode, por isso, ser também o arquiteto da mudança, e as imagens de O Vídeo do Papa demonstram-no: da gestão dos resíduos à mobilidade, passando pela agricultura e pela própria política, há muito que fazer e tudo depende de nós. Porque o destino do homem e o destino da criação – como reiterou o Papa Francisco no seu Pontificado, primeiro com a encíclica Laudato si’ (2015) e depois com a exortação apostólica Laudate Deum (2023) – não podem ser separados.

Espera e age com a Criação

Estas reflexões estão também em sintonia com a mensagem do Papa para o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação 2024, cujo tema deste ano é uma reflexão teológica inspirada na Carta aos Romanos: “Espera e age com a criação”. “A salvaguarda da criação não é apenas uma questão ética, mas é eminentemente teológica: na realidade, diz respeito ao entrelaçamento entre o mistério do homem e o mistério de Deus”, reflete o Papa na sua mensagem e acrescenta: “Nesta história, não está em jogo apenas a vida terrena do homem, está sobretudo em jogo o seu destino na eternidade”.

O Tempo da Criação – uma iniciativa do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral que promove a celebração da vida e a proteção da criação de Deus – terá início no próximo dia 1 de setembro e terminará no dia 4 de outubro, festa de São Francisco de Assis, padroeiro da ecologia.

Foi precisamente o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral que colaborou no Vídeo do Papa deste mês. O seu Prefeito, o Cardeal Michael Czerny, diz: “A criação geme. O seu sofrimento é causado pelo homem, originalmente guardião e agora dominador, que ‘arrogantemente coloca a Terra numa condição desonrosa, isto é, privada da graça de Deus’. Contudo, na sua Mensagem para o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, o Santo Padre convida-nos, como cristãos, a esperar e a agir com a Criação, o que poderíamos traduzir como viver na Fé. Trata-se de escutar o Espírito Santo, que é amor, não só para com o próximo, mas também para com a Criação, que é obra de Deus e, por isso, está interligada com o homem. Só libertando a Terra da condição de escravidão a que a submetemos, seremos também livres, antecipando a alegria da salvação em Cristo.”

Escutar o grito da criação

O Padre Frédéric Fornos S.J., Diretor Internacional da Rede Mundial de Oracção do Papa, reflete: “A Terra grita. Juntamente com o grito da terra, ouvimos também o grito das vítimas das calamidades ambientais e das alterações climáticas, cujo impacto afeta de forma mais aguda e direta os países com menos recursos. Não viremos a cabeça, não sejamos indiferentes. Não viremos a cabeça, não sejamos indiferentes. Dêmos nomes e rostos às calamidades e aos dramas vividos em muitos países, recordando estes dois últimos anos: os imensos incêndios florestais no Canadá, que devastaram milhões de hectares e obrigaram milhares de pessoas a deixar as suas casas; os incêndios devastadores na Austrália, que mataram milhões de animais e destruíram habitats naturais; as inundações catastróficas no Paquistão, que submergiram um terço do país, provocando centenas de mortos e milhões de pessoas deslocadas; as inundações repentinas na Alemanha e na Bélgica, que ceifaram vidas e destruíram infraestruturas; a seca severa na Amazónia, ameaçando a biodiversidade única desta região; as ondas de calor extremo na Índia, que causaram centenas de mortes e condições de vida insustentáveis ​​para milhões de pessoas; os furacões devastadores nos Estados Unidos e nas Caraíbas, causando destruição maciça e perdas humanas. A Terra grita.

A pandemia, como um comboio de alta velocidade obrigado a parar por um momento no meio do campo, poderia ter sido um momento para ouvir, para verificar se sabemos para onde vamos, para reorientar a nossa sociedade, a nossa vida, antes que seja tarde demais, para proteger a nossa casa comum… mas tantos interesses nos cegam. O Papa Francisco convida-nos a rezar, porque só a oração pode despertar os nossos corações anestesiados.”

Fonte: CNBB

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Dom Paulo Jackson publica Nota de Pesar por vítimas de desabamento no Santuário de Nossa Senhora da Conceição

O teto do Santuário de Nossa Senhora da Conceição, em Recife (PE), desabou na tarde da sexta-feira (30). Havia fiéis no momento do desabamento provocando mortes e deixando feridos. Estão no local o Corpo de Bombeiros, o Samu, a Defesa Civil, o Instituto de Criminalística e o Instituto Médico Legal (IML).

O segundo vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e arcebispo de Olinda e Recife, dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, publicou uma nota de pesar pelas vítimas. Veja, abaixo, a íntegra da nota.

    Nota de Pesar

    É com imenso pesar que Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, Arcebispo de Olinda e Recife, expressa sua profunda tristeza pelo trágico acidente ocorrido hoje, no início da tarde do dia 30 de agosto, no Santuário de Nossa Senhora da Conceição, no Morro da Conceição.

    O acidente, que resultou em vítimas e causou grande dor à nossa comunidade, enche nossos corações de luto e solidariedade. Em oração, nos unimos às famílias enlutadas e a todos os que foram afetados por esta tragédia. Que o Senhor acolha as almas dos falecidos e conforte os corações dos que sofrem.

    A Arquidiocese de Olinda e Recife oferece todo o suporte necessário às vítimas e seus familiares, buscando trazer alívio e esperança em meio a esta dor.

    Que Nossa Senhora da Conceição, nossa padroeira, interceda por todos, concedendo consolo e força neste momento de imensa tristeza.

    Recife-PE, 30 de agosto de 2024.

    Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa

    Arcebispo de Olinda e Recife

Fonte: CNBB

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Renovação das promessas batismais marca o início da Romaria de Catequistas

Iniciou na manhã desta sexta-feira, 30, a primeira edição da Romaria de Catequistas, promovida pela Comissão Episcopal para Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O evento acontece no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, nas dependências do Santuário Nacional de Aparecida, com a participação de aproximadamente 3.400 catequistas de todo o país.

A mesa de abertura foi composta pelo arcebispo de Aparecida (SP), dom Orlando Brandes; pelo bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers; pelo subsecretário adjunto de pastoral, padre Jânison de Sá Santos; e pelos membros da Comissão para Animação Bíblico-Catequética, dom Leomar Antônio Brustolin (presidente), dom Andherson Franklin Lustosa de Souza e dom Juarez Marques Sousa da Silva (membros), padre Wagner Francisco e Mariana Aparecida Venâncio (assessores).

Brilhar como estrelas

Durante a saudação, o anfitrião dom Orlando Brandes reconheceu a importância da presença dos catequistas como a razão de ser da romaria. “Aqui deste Centro de Eventos possa ecoar para todo o Brasil o que vocês vão experimentar durante estes dias. Deus abençoe este congresso!”, concluiu sua saudação.

Dom Ricardo Hoepers recordou os trabalhos desenvolvidos pela comissão e que a Romaria é a culminância de todas as atividades que estão sendo realizadas. “É um sentimento que brota do coração e emociona a gente. É uma vocação que não tem como não se entusiasmar. Daqui muitas estrelas brilharão para todo o Brasil para testemunhar que vale a pena ser catequista”.

O presidente da Comissão para Animação Bíblico-Catequética, ressaltou a multidão que veio de longe e de perto para a primeira romaria e o sentido de peregrinar até a Casa da Mãe Aparecida.

    “Viemos, em primeiro lugar, para rezar, pois sem Deus nada podemos fazer. Viemos encontrar com Jesus pelas mãos de Maria. Ninguém vai voltar para casa só com a bagagem que trouxe, vai voltar mais pesada, porque voltará com o conhecimento da fé”, afirmou dom Leomar.

Mariana Venâncio saudou os catequistas a partir da inspiração bíblica escolhida para a Romaria, extraída do livro de Daniel “os que ensinam como estrelas brilharão”.

    “Vocês brilham nas suas comunidades, onde testemunham a Palavra. Brilham no sorriso de todo o dia, brilham no testemunho do encontro autêntico com Jesus Cristo, brilham no olhar dos irmãos que se encontram com Jesus e tem a vida transformada”, afirmou.

Encontro com Jesus no caminho

Na celebração de abertura da Romaria, os catequistas renovaram as promessas batismais. O bispo auxiliar de Vitória e membro da Comissão, dom Andherson Franklin, presidiu o momento e refletiu o evangelho dos discípulos de Emaús ressaltando três atitudes de Jesus que inspiram os catequistas no desempenho da sua missão.

    Jesus se aproxima dos que caminhavam com o coração triste;

    Jesus simula que vai um pouco mais adiante, ele olha o horizonte e indica que há o horizonte a ser trilhado

    Jesus diante de seus olhos compartilha o pão e desaparece

Momento central da celebração, os catequistas renovaram as promessas do Batismo, respondendo com convicção renuncio e creio após as perguntas feitas pelo presidente da celebração.

Ao final, catequistas entronizaram a imagem de Nossa Senhora Aparecida, acompanhada das bandeiras de todos os estados brasileiros, representando o chão onde o Evangelho é anunciado.

A Romaria de Catequistas segue até o próximo domingo, 1, com momentos celebrativos, conferências e partilhas para aprofundar uma Catequese a serviço da Iniciação a Vida Cristã, com inspiração catecumenal.

Marcus Tullius | Equipe de comunicação da Romaria

Fonte: CNBB

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Dom Mariano Danecki, bispo auxiliar de Campo Grande (MS), falece aos 73 anos

https://www.cnbb.org.br/wp-content/uploads/2024/08/Dom-Mariano-MS.jpegA arquidiocese de Campo Grande (MS) comunicou na noite da sexta-feira, 30 de agosto, o falecimento de seu bispo auxiliar dom Mariano Danecki, aos 73 anos. Para mais informações sobre o velório e as exéquias, buscar nos perfis da arquidiocese de Campo Grande nas redes sociais. Dom Mario é de origem polonesa e pertence à Ordem dos Frades Menores Conventuais  (OFM Conv). Chegou ao Brasil, já como padre, em 14 de abril de 1985, para a missão de São Maximiliano Maria Kolbe. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil enviou uma nota de condolências.

Nota de condolências pelo falecimento de Dom Mariano Danecki

Estimado irmão, Dom Dimas Lara Barbosa,

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) manifesta pesar pelo falecimento de Dom Mariano Danecki, OFM Conv, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Campo Grande (MS). Na confiança e esperança que vêm do Ressuscitado, rogamos que o Senhor dê a este irmão o descanso eterno.

Solidarizamo-nos com Dom Dimas Lara Barbosa, com os amigos e familiares de Dom Mariano, com os irmãos da Ordem dos Frades Menores Conventuais e com todo o povo de Deus da Arquidiocese de Campo Grande. Louvamos a Deus pela vida de Dom Mariano e, especialmente, pelos 39 anos que dedicou, como missionário, à Igreja no Brasil e à arquidiocese.

Na certeza de sua ressurreição, rogamos a Deus nosso pai que o acolha em sua infinita misericórdia.

Em Cristo,

Dom Jaime Spengler - Arcebispo de Porto Alegre (RS), Presidente da CNBB

Dom João Justino de Medeiros Silva - Arcebispo de Goiânia (GO), Primeiro Vice-presidente da CNBB

Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa - Arcebispo de Olinda e Recife (PE), Segundo Vice-presidente da CNBB

Dom Ricardo Hoepers - Bispo auxiliar de Brasília (DF), Secretário-geral da CNBB

Biografia e trajetória eclesial

Dom Frei Janusz Marian Danecki, OFM Conv – denominado dom Mariano Danecki – nasceu Sochaczew, na Polônia, em 08 de setembro de 1951. Ingressou no seminário menor de Niepokalanów em 1965, com catorze anos, onde permaneceu até 1970. Depois do noviciado, estudou no seminário maior dos Franciscanos na Cracóvia, nos anos de 1971 a 1977. Professou os primeiros votos, no dia 5 de setembro de 1971, tendo feito a profissão perpétua quatro anos depois, em 8 de dezembro de 1975. Recebeu a ordenação presbiteral em 19 de junho de 1977, em Sochaczew.

Exerceu seu ministério sacerdotal na Polônia por oito anos, passando por diversas paróquias e, também, pela arquidiocese de Varsóvia, até o ano de 1984. Desempenhou atividade na Pastoral Vocacional e no Centro Vocacional de Niepokalanów.

No dia 14 de abril de 1985, foi enviado à missão de São Maximiliano Maria Kolbe, no Brasil. No período de 1987 a 1994, exerceu atividade de formador no Seminário Propedêutico da Ordem dos Frades Menores Conventuais, supervisor da comunidade Jardim da Imaculada, na diocese de Luziânia (GO), e Reitor do Seminário São Francisco de Assis, em Brasília (DF). Foi diretor nacional do Movimento Milícia da Imaculada e vigário da província São Maximiliano Maria Kolbe, no Brasil, de 2003 a 2007.

Seu último trabalho antes da nomeação episcopal, foi como pároco da paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Juruá, na prelazia de Tefé, no Amazonas.

No dia 25 de fevereiro de 2015, foi eleito pelo Papa Francisco como bispo titular de Regie e auxiliar da arquidiocese de Campo Grande (MS).

No dia 1º de maio de 2015, em Campo Grande, no Estado do Mato Grosso do Sul recebeu a ordenação episcopal.

 Fonte: CNBB

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GT dos Religiosos Irmãos da CRB Nacional Realiza Encontro em São Paulo

O Grupo de Trabalho dos Religiosos Irmãos da Conferência dos Religiosos do Brasil está reunido em São Paulo para seu encontro anual, que ocorre de 30 de agosto a 1º de setembro, na sede da Regional de São Paulo. O grupo é composto pelos Irmãos Cícero Junior, CMF), Francisco Júnior, SJ, Luiz Carlos, FMS, Olex Max, SDB, Celso Flach, SJ, Josenildo Ferreira, PODP, Marcos Divino, SPAV e Jorge de Paula, SJ, Assessor do Setor de Formação Continuada da CRB Nacional.

Além de promover a convivência e a experiência da intercongregacionalidade e fraternidade, o encontro tem como objetivo a preparação do Seminário Nacional dos Religiosos Irmãos, que acontecerá no próximo ano, bem como a organização do calendário formativo e vivencial para 2025.

O GT dos Religiosos Irmãos reforça a importância da unidade e da fraternidade entre os membros da vida religiosa consagrada e convida todos a se unirem em sintonia para construir uma verdadeira família de irmãos e irmãs.- Fonte: CRB

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Francisco: o anúncio do Evangelho se faz com criatividade, sem desperdício

O discurso do Papa Francisco aos participantes da Plenária do Dicastério para a Evangelização foi inteiramente dedicado à Universidade Urbaniana, que está vivendo uma fase de reestruturação de sua história pluricentenária. Participa do encontro o arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal Orani João Tempesta.

Vatican News

O Papa recebeu em audiência os participantes da Assembleia Plenária Extraordinária do Dicastério para a Evangelização. Extraordinária porque foi convocada com uma única intenção: discutir o futuro da Pontifícia Universidade Urbaniana, criada em 1627 pelo Papa Urbano VIII inicialmente como Colégio para formar missionários e, assim, apoiar as Igrejas de todo o mundo em seu trabalho apostólico de proclamação do Evangelho.

A Assembleia Plenária faz parte da perspectiva de relançamento das instituições universitárias ligadas à Santa Sé, solicitada pelo Papa Francisco também através da Constituição Apostólica “Veritatis gaudium” sobre as Universidades e Faculdades Eclesiásticas. Participa do encontro o cardeal Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro.

Em seu discurso, o Pontífice se congratulou pelo estilo sinodal adotado e aprofundou a identidade e a missão da Universidade que, neste caso, coincidem, já que se trata de anunciar a Boa NovaTodavia, observou o Papa, é necessário que este patrimônio se traduza em respostas adequadas que a realidade hodierna põe à Igreja e ao mundo: “Não vivemos numa sociedade cristã, mas somos chamados a viver como cristãos na sociedade plural de hoje”, afirmou Francisco. “Como cristãos e aberto.” Portanto, não se trata somente de transmitir conhecimento, mas elaborar instrumentos intelectuais capazes de proporem-se como paradigmas de ação e pensamento.

Outro aspecto aprofundado pelo Papa foi quanto às expectativas, em que devem convergir a exigência de elevar a qualidade da formação com a necessária racionalização dos recursos humanos e econômicos.  Francisco sugeriu uma “sã criatividade” para encontrar os percursos adequados e evitar que o estudo se reduza a um mero cumprimento de lições e créditos para os exames. “Não tenham medo da criatividade”, encorajou.

É preciso investir em docência e pesquisa, eliminar desperdícios e criar rede com outras Instituições.  

No caso específico da Urbaniana, é importante que na docência fique ainda mais evidente a sua especificidade missionária e intercultural, para que o corpo discente seja capaz de mediar com originalidade a mensagem cristã com outras culturas e religiões. “Quanto precisamos de pastores, consagrados e leigos que saibam encarnar o ímpeto missionário para evangelizar as culturas e, assim, inculturar o Evangelho! Essas duas coisas caminham sempre juntas: evangelização da cultura e inculturação do Evangelho.”

Francisco concluiu agradecendo aos participantes da Plenária pelo intenso trabalho, de modo especial ao Cardeal Luis Antonio Tagle, comprometido em primeira pessoa na reformulação da Urbaniana.

Nós conversamos com o cardeal Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro.

Alegria muito grande poder partilhar o nosso encontro com Santo Padre quase na conclusão dessa nossa plenária extraordinária do Dicastério para a Evangelização (Seção para a Primeira Evangelização e as Novas Igrejas Particulares), que tratou e está tratando principalmente sobre a questão da academia, ou seja a questão da Universidade Urbaniana. O Santo Padre na audiência falou sobre esse assunto, sobre a importância da Universidade Urbaniana.

Na presença do Santo Padre pedi uma benção especial, já que amanhã cedo estarei também junto com a nossa arquidiocese na peregrinação a Aparecida, é a 122ª peregrinação.

O Papa nos deu uma benção especial para todos que trabalham na evangelização, animou a todos nesta caminhada convidando a descobrir os melhores caminhos parque o trabalho da Urbaniana, seja cada vez mais efetivo e também para todos nós que fazemos parte da Plenária do Dicastério para a Evangelização para que cada vez mais nos empenhemos nesta importante missão.

Fonte: Vatican News

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Nossa Senhora da Misericórdia de Pellevoisin: uma devoção que faz bem

O Dicastério para a Doutrina da Fé deu seu consentimento ao arcebispo de Bourges para emitir o decreto de 'nihil obstat' referente à devoção ligada ao santuário mariano desse pequeno município francês, onde em 1876 uma pobre empregada doméstica, Estelle Faguette, teria tido várias aparições da Virgem Maria.

Vatican News

“Embora não seja a prática atual” do Dicastério para a Doutrina da Fé ‘manifestar-se sobre o caráter sobrenatural ou sobre a origem divina dos fenômenos sobrenaturais e das supostas mensagens, as expressões que Estelle apresentou como provenientes da Virgem Maria têm um valor particular que nos permite vislumbrar uma ação do Espírito Santo em meio a toda essa experiência espiritual’.

Foi o que escreveu o cardeal Victor Manuel Fernández em uma carta dirigida ao arcebispo de Bourges, na França, Jérôme Daniel Beau, e aprovada pelo Papa Francisco na quinta-feira, 22 de agosto, na qual ele deu o seu consentimento para proceder com o decreto proposto de “nihil obstat” em relação a “Nossa Senhora da Misericórdia”, venerada no Santuário de Pellevoisin, um pequeno município no centro da França, onde em 1876 uma pobre empregada doméstica, Estelle Faguette, teria tido várias aparições da Virgem Maria.

Uma devoção recomendada

O prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé afirma que não só “não há objeções doutrinais, morais ou de outra natureza a esse evento espiritual”, ao qual os fiéis “podem dar seu consentimento de maneira prudente” (Normas, art. 22, 1), “mas que, nesse caso, a devoção, já florescente, é particularmente recomendada para aqueles que desejam livremente aderir a ela”, pois há “um caminho de simplicidade espiritual, de confiança, de amor” que provavelmente fará muito bem e que “certamente será um bem para toda a Igreja”.

A carta de Estelle à Virgem

Estelle nasceu em 12 de setembro de 1843 em uma família muito pobre. Para sustentar a si mesma e a seus pais, ela trabalhou primeiro como lavadeira e depois como empregada doméstica. Ela ficou gravemente doente e sua vida estava em perigo. Nesse momento, ela decidiu escrever uma carta sincera a Nossa Senhora pedindo sua recuperação para que pudesse continuar a sustentar seus pais pobres. Suas palavras”, escreve o cardeal, ‘são impressionantes por sua simplicidade, clareza e humildade’. Estelle narra o sofrimento causado por sua doença. Ela não se vangloria de um espírito cristão de resignação. Pelo contrário, ela explica sua resistência interior a uma doença que interrompeu seu plano de vida”. Mas, no final, ela sempre confia na vontade de Deus. Ela só quer ajudar seu pai e sua mãe com toda a força que lhe resta: “essa dedicação generosa aos outros, essa vida que é usada para cuidar dos outros, é o que mais tocou o coração da Mãe”, que “sabe reconhecer todo o bem que se esconde por trás de nossas palavras”.

A cura milagrosa

A jovem conta que em fevereiro de 1876, aos 32 anos de idade, começaram as primeiras aparições: na quinta, conforme prometido por Maria, ela foi completamente curada. Estelle é muito clara sobre o que aconteceu: a Virgem obteve sua cura de seu Filho. Tudo é atribuído a Cristo, foi Cristo quem ouviu a intercessão de sua mãe. Uma cura”, enfatiza o cardeal Fernández, ‘confirmada como milagrosa pelo arcebispo de Bourges, em 8 de setembro de 1893, com o consentimento do Santo Ofício’.

Algumas mensagens de Maria

Em suas mensagens, Maria mostra a Estelle toda a sua proximidade e ternura com palavras de encorajamento: “Não tenha medo, você é minha filha”, “Se quiser me servir, seja simples”, “Coragem”, “Estarei invisivelmente perto de você [...] Você não tem nada a temer”, “Escolho os pequeninos e os fracos para minha glória”. E depois as exortações para ter paz: “Acalme-se, minha filha, seja paciente, você terá dificuldades, mas eu estou com você”, “Eu gostaria que você ficasse ainda mais calma [...] Você precisa descansar”. Um convite também dirigido à Igreja: “Na Igreja não há essa calma que eu desejo”.

Uma presença silenciosa

Muitas vezes”, diz o cardeal prefeito, ‘mais do que as poucas palavras de Maria, o que impressiona é sua presença silenciosa, aqueles longos silêncios em que o olhar da Mãe cura a alma’. Estelle escreve: “Meu Deus, como ela era linda! Ela ficou imóvel por um longo tempo sem dizer nada [...] Depois desse silêncio, ela olhou para mim; não sei o que senti; como era feliz!”, ”Ela não disse nada para mim. Depois ela me olhou com um olhar muito gentil e foi embora”, ‘Ela me olhou ainda sorrindo’, ‘Que beleza e que doçura!’, ‘Que bondade em seu olhar e que misericórdia!’.

O escapulário com a imagem do Coração de Cristo

“A experiência de Pellevoisin”, prossegue o prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé, ‘é mariana, mas ao mesmo tempo é fortemente cristológica’. Assim, “o grande pedido que a Virgem dirige a Estelle é que ela espalhe o escapulário com a imagem do Coração de Cristo, e a grande mensagem de Maria é o convite a se voltar para esse Coração amoroso do Senhor”. Mostrando a Estelle o escapulário do Sagrado Coração de Cristo, Maria diz: “Há muito tempo os tesouros de meu Filho estão abertos [...] amo essa devoção”.

Estelle aceita esse pedido para difundir a devoção ao Coração do Senhor. “O Coração de Cristo”, diz o cardeal, ‘nunca é indiferente, ele se deixa tocar por nossa súplica sincera e amorosa, especialmente quando é a Mãe que toca Seu Coração’. A vida de Estelle transcorreu com humildade em meio a muitas provações, acusações e calúnias. Em 1925, ela entrou para a Ordem Terceira Dominicana. Morreu em Pellevoisin em 23 de agosto de 1929, com quase 86 anos de idade.

As autorizações dos Papas

O cardeal lembra que vários papas autorizaram gestos de devoção ligados a “Nossa Senhora da Misericórdia”, também conhecida pelo título de “Mãe toda misericordiosa”: em 1892, Leão XIII concedeu indulgências aos peregrinos que chegavam a Pellevoisin e, em 1900, reconheceu o escapulário do Sagrado Coração. Em 1915, Bento XV, ao receber o escapulário, afirmou que “Pellevoisin foi escolhida pela Santíssima Virgem como um lugar especial para espalhar suas graças”. Em 1922, uma missa votiva à Virgem foi autorizada para a paróquia de Pellevoisin em 9 de setembro. Ao longo de todos esses anos”, diz o cardeal Fernández, ‘muitos belos frutos de fé e caridade’ floresceram naqueles que viveram essa devoção. - Fonte: Vatican News

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A Santa Sé: proibir 'armas autônomas letais', imediatamente uma moratória

O arcebispo Ettore Balestrero, observador permanente da Santa Sé junto às Nações Unidas e Organizações Internacionais em Genebra, falou sobre o assunto durante uma discussão do Grupo de Especialistas Governamentais, reiterando que as armas conduzidas por Inteligência Artificial “nunca devem escolher tirar a vida de um ser humano”.

Alessandro Di Bussolo – Vatican News

Para a Santa Sé é “de extrema urgência” fornecer um “sólido instrumento juridicamente vinculativo” que proíba o uso das chamadas “armas autônomas letais” e, enquanto isso, “estabelecer uma moratória imediata sobre seu desenvolvimento e uso”. Isso foi enfatizado pelo arcebispo Ettore Balestrero, observador permanente da Santa Sé junto às Nações Unidas e às Organizações Internacionais em Genebra, em seu discurso na segunda sessão do Grupo de Especialistas Governamentais (GGE) 2024 sobre Tecnologias Emergentes na Área de Sistemas de Armas Autônomas Letais (Leis), que está sendo realizada na cidade suíça de 26 a 30 de agosto.

O discurso do Papa ao G7 sobre Inteligência Artificial

Citando o discurso do Papa Francisco sobre Inteligência artificial aos líderes do G7 reunidos em Borgo Egnazia, Itália, em 14 de junho, Balestrero lembrou que o Papa os exortou a “reconsiderar o desenvolvimento e o uso de dispositivos como as chamadas ‘armas autônomas letais’ e, eventualmente, proibir seu uso. Isso começa com um compromisso eficaz e concreto de introduzir um controle humano cada vez mais adequado. Nenhuma máquina jamais deveria escolher tirar a vida de um ser humano”. Para o prelado, no entanto, os campos de batalha de hoje “também estão se tornando campos de provas para armas cada vez mais sofisticadas”.

Armas autônomas não são entidades moralmente responsáveis

A Santa Sé, continuou o arcebispo, aprova e apoia a abordagem do Grupo de Especialistas “para a análise das funções potenciais e dos aspectos tecnológicos dos sistemas de armas autônomas”, porque a identificação de sistemas que são “incompatíveis com o direito internacional humanitário e outras obrigações internacionais existentes” poderia ser de grande utilidade no estabelecimento de proibições e restrições, “levando em conta considerações éticas mais amplas”. Para a Santa Sé, esclareceu o observador permanente, “os sistemas de armas autônomas não podem ser considerados entidades moralmente responsáveis”. De fato, a pessoa humana, dotada de razão, “possui uma capacidade única de julgamento moral e tomada de decisões éticas que não pode ser reproduzida por nenhum conjunto de algoritmos, por mais complexos que sejam”. Assim, a delegação da Santa Sé aprecia as referências tanto ao “controle apropriado” quanto ao “julgamento humano” no “texto fluido” elaborado como base para a discussão da sessão, embora peça “maior clareza e um entendimento comum desses termos”.

Uma máquina escolhe, o homem decide com o coração

É por isso que dom Balestrero lembrou a diferença entre “escolha” e “decisão”. Em seu discurso no G7 em Borgo Egnazia, o Pontífice, enfatizando que as máquinas apenas produzem escolhas técnicas algorítmicas, lembrou que “o ser humano, no entanto, não apenas escolhe, mas em seu coração é capaz de decidir”. E esse é um elemento mais estratégico do que uma escolha, porque exige uma avaliação prática. Além disso, continuou o Papa Francisco, “uma decisão ética é aquela que leva em conta não apenas os resultados de uma ação, mas também os valores em jogo e os deveres que ela implica”. Por esse motivo, ainda citando o discurso do Papa, o arcebispo reiterou que para a Santa Sé é necessário “garantir e salvaguardar um espaço para o controle humano adequado sobre as escolhas feitas pelos programas de inteligência artificial: a própria dignidade humana depende disso”.

Os avanços da tecnologia estão a serviço do bem comum

O representante do Vaticano enfatizou ainda que há uma crescente “conscientização mundial sobre as preocupações éticas levantadas pelo uso da inteligência artificial como arma”. Isso também se refletiu no papel de destaque atribuído às considerações éticas na recente conferência “Humanidade na encruzilhada: sistemas de armas autônomas e o desafio da regulamentação”, realizada em Viena nos dias 29 e 30 de abril de 2024. E concluiu lembrando que “o desenvolvimento de armas cada vez mais sofisticadas certamente não é a solução”. Os benefícios que a humanidade colherá do atual progresso tecnológico dependerão, como escreve Francisco na Encíclica Laudato si', “da medida em que tal progresso for acompanhado por um desenvolvimento adequado de responsabilidades e valores que coloquem os avanços tecnológicos a serviço do desenvolvimento humano integral e do bem comum”.

Fonte: Vatican News – na imagem, Arcebispo Ettore Balestrero

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Governo da Nicarágua dissolve outras 169 ONGs

Subiu para mais de 5.600 o número de instituições da sociedade civil cuja personalidade jurídica foi cancelada pelo executivo do presidente Daniel Ortega, que também enviou à Assembleia Nacional um projeto de reforma do Código Penal que visa punir severamente os crimes contra o Estado e a administração pública.

Vatican News

Um novo fechamento em massa de organizações não governamentais foi decretado nas últimas horas na Nicarágua, depois de o governo do presidente Daniel Ortega ter revogado o estatuto jurídico de 169 instituições sem fins lucrativos que operam no país. Há onze dias, o mesmo procedimento foi realizado contra outras 1.500 ONGs. Com a nova medida, o número total de organizações da sociedade civil proibidas desde o início dos protestos antigovernamentais em 2018 subiu para mais de 5.600.

Se até agora estas medidas repressivas haviam sido tomadas contra instituições pertencentes à Igreja Católica, desta vez - segundo informações de sites independentes - as atingidas são sobretudo entidades pertencentes a evangélicos, pentecostais e batistas, bem como organizações como Save the Children Canada.

De forma geral, as organizações são acusadas de não tornarem os seus orçamentos transparentes e de desviarem dinheiro para enfraquecer o regime sandinista. A partir de agora, portanto, se quiserem continuar a operar, terão de fazê-lo em estreita colaboração com órgãos estatais e governamentais.

Reforma do Código Penal 

Ortega, em seu quarto mandato consecutivo no país centro-americano, também enviou à Assembleia Nacional um projeto de lei que visa reformar o Código Penal, acrescentando, entre outros, os crimes de financiamento do terrorismo, crimes contra a administração pública, crimes contra o Estado ou suas instituições e crimes informáticos.

Até ao momento, estas têm sido as acusações mais recorrentes utilizadas pelo governo contra os seus opositores e para confiscar bens de diversas instituições, ainda que não estejam claramente definidas no Código Penal.

A iniciativa de Ortega visa também alterar o Artigo 410, que pune pessoas ou instituições que atentem contra a integridade nacional, aumentando de 15 para 30 anos de prisão para quem organizar, financiar ou patrocinar tais crimes, na forma que for.

A reforma do Código Penal visa ampliar o princípio da universalidade da prática de crimes para que estes possam ser imputáveis ​​a nicaraguenses ou estrangeiros, diretamente ou por meio de uma ONG, ainda que perpetrados fora do território nacional. Além disso, as penas para os crimes mais graves poderiam ser estendidas à prisão perpétua.

Fonte: Vatican News

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Aparecida acolhe a 122° Romaria da Arquidiocese do Rio de Janeiro

São esperados cerca de 60mil devotos do Rio de Janeiro à Aparecida (SP).

Lucas Torres, Ludimilia Barbosa - Santuário Nacional

O Santuário Nacional de Aparecida acolhe neste fim de semana (31) a tradicional  Romaria Arquidiocesana do Rio de Janeiro, que há mais de cem anos reúne fiéis para momentos de oração e comunhão. Com o tema “Em oração na casa da Mãe Aparecida”, a programação inclui missa, terço e Via Sacra no Morro do Cruzeiro. São esperados cerca de 60 mil devotos  do Rio de Janeiro.

Nossa Senhora Aparecida e a Arquidiocese do Rio de Janeiro

Aparecida sempre foi um destino de peregrinação. As romarias para a Casa da Mãe datam dos tempos em que apenas a Basílica Histórica existia. Reconhecendo a importância de Aparecida como centro de fé no Brasil, a Arquidiocese do Rio de Janeiro organizou, em 16 de dezembro de 1900, uma grande romaria para marcar o ano jubilar celebrado pela Igreja.

A peregrinação se intensificou e o número de devotos aumentou a partir de 1931, após a  visita da Imagem Original de Nossa Senhora Aparecida à Arquidiocese do Rio de Janeiro para a cerimônia de proclamação oficial como padroeira do Brasil . Mais tarde, o Cardeal Dom Eugênio de Araújo Sales estabeleceu que a Romaria Arquidiocesana ocorresse anualmente no último sábado de agosto, tradição que perdura até os dias atuais.

Cardeal do Rio de Janeiro motiva visita ao Santuário Nacional em qualquer época do ano

O Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal  Dom Orani João Tempesta, O.Cist., participa ativamente desta romaria, presidindo a Missa Solene e se fazendo presente dos momentos oracionais. Todos os anos, ele reforça o convite para que os fiéis se juntem à romaria.

"Seria muito bom se cada paróquia conseguisse ao menos encher um ônibus para essa Romaria, quem sabe até mais. Mas, só o fato de ir um já demonstra a comunhão e a unidade com a Arquidiocese”, convida o cardeal.

Dom Orani tem uma relação profunda e significativa com o Santuário Nacional e Nossa Senhora Aparecida. Em entrevista exclusiva para a Revista de Aparecida, o cardeal contou que, dentre as influências para seguir sua vocação, a Rádio Aparecida e o exemplo do Venerável Padre Vítor Coelho de Almeida foram importantes. O pai do cardeal, Achille Tempesta, também era devoto e acompanhava a consagração de Nossa Senhora pelas ondas da Rádio, compartilhando assim essa devoção com toda a família.

O cardeal reconhece o trabalho pastoral realizado a partir do Santuário Nacional e incentiva os fiéis leigos a visitarem Aparecida em outras ocasiões.

“Assim como visitamos periodicamente nossa mãe terrena, aquela que nos gerou e deu vida, devemos visitar a casa da nossa Mãe celestial. Não apenas na romaria arquidiocesana, mas também em outras datas ao longo do ano com a família ”, afirma Dom Orani.

Símbolos de fé: Santuário Nacional e Cristo Redentor

O Santuário Nacional, representado pela Arquidiocese de Aparecida e o Cristo Redentor, pertencente a Arquidiocese do Rio de Janeiro, embora geograficamente distantes, estão unidos pela espiritualidade e pela devoção dos fiéis que os visitam. Esses dois locais sagrados, têm uma conexão especial através da devoção católica e da promoção da fé.

No Cristo Redentor, há uma capela dedicada a Nossa Senhora Aparecida. Esta capela é um espaço de oração e devoção, onde os fiéis podem se conectar com a Padroeira do Brasil enquanto visitam o monumento.

O Santuário Nacional de Aparecida, embora seja um templo dedicado a Maria, está sempre a levar os devotos a seu filho, Cristo Jesus. A cruz no Altar Centra da basílica, conhecida como a “Cruz do Nada”, representa a presença de Cristo e lembra que o centro é Jesus.

Programação

As atividades começam no sábado, dia 31, às  7h da manhã, com a oração do terço na Tribuna Bento XVI, localizada na Fachada Sul da Basílica. Logo após, às 9h, no  Altar Central, será celebrada a Santa Missa presidida pelo Cardeal Dom Orani. A partir das 10h , os romeiros são convidados a participar da espiritualidade no Morro do Cruzeiro, contemplando a Via-Sacra. Por fim, às 12h, ocorrerá a  bênção de encerramento.

Nesta edição do encontro, são esperados cerca de 60 mil fiéis, vindos de diversas paróquias de todo o território da Igreja Particular do Rio de Janeiro. Cônego Cláudio dos Santos ressalta a importância da visita ao Santuário Nacional:

“São inúmeros os benefícios que a Arquidiocese recebe com essa peregrinação. Poder estar junto com a Mãe Aparecida nos enche de alegria e nos compromete cada vez mais no testemunho da fé, sob o exemplo de Nossa Senhora”, afirma o Vigário Episcopal de Pastoral da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Cônego Cláudio dos Santos.

O Santuário Nacional reconhece a importância dessa romaria e oferece infraestrutura de acolhimento para os devotos do Rio de Janeiro.

“É uma romaria grande, muito expressiva e muito bem organizada. Todos os anos o Santuário Nacional acolhe a Arquidiocese do Rio de Janeiro com todo o amor, são muitos anos, já é uma longa história” afirma o Prefeito de Igreja do Santuário Nacional de Aparecida, Padre Ferdinando Mancilio.

Fonte: Vatican News

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A missão na Ásia, uma inculturação nas pegadas das grandes testemunhas da fé

É num pontificado marcado pela paixão pela evangelização e pelo desejo de reformar a Igreja num sentido missionário que a viagem asiática e oceânica empreendida pelo Papa se enquadra com total coerência. Hoje autónomas e florescentes, as jovens Igrejas dos quatro países visitados enriquecem a Igreja universal com o seu testemunho. Regresso às transformações da missão na Ásia com o diretor do Instituto de História Missionária do ICP, p. Gilles Berceville.

Entrevista conduzida por Delphine Allaire - Cidade do Vaticano

Com 11 países da Ásia Oriental, meridional e Central, visitados em 11 anos de pontificado, o Papa Jesuíta, de 87 anos, leva o seu cajado de peregrino para uma longa viagem à Indonésia e às jovens Igrejas timorenses, papuas e cingapurianas no mês de setembro. “Um ato de humildade e obediência à missão”, afirmou o Cardeal Luis António Tagle, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, numa entrevista publicada esta terça-feira pela Fides, agência de informação do Dicastério presidida diretamente pelo Papa. O cardeal filipino fará naturalmente parte da delegação papal durante esta 45ª viagem apostólica ao Sudeste Asiático e à Oceânia.

Os sinais de uma verdadeira paixão levada por Francisco pela missão são numerosos, desde os sonhos de partir para o Japão noutra vida na Argentina até ao seu magistério como Sucessor de Pedro desde 2013. Tema pastoral fundamental para o Bispo de Roma, a paixão pela evangelização e o zelo apostólico do crente foram também temas de catecismos durante as audiências gerais às quartas-feiras ao longo de 2023. Três deles foram dedicados a grandes figuras espirituais da Ásia, para onde Francisco se prepara para ir como peregrino missionário seguindo os passos de grandes testemunhas da fé.

O padre Gilles Berceville, diretor do Instituto de História Missionária do Instituto Católico de Paris, teólogo dominicano e especialista em espiritualidades missionárias, recorda as particularidades e a história da missão no continente mais populoso do mundo, concentrado nos desafios da modernidade.

Quais são as primeiras ocorrências do Cristianismo na Ásia?

A tradição traz à Índia um apóstolo como Tomé desde as origens do cristianismo. Na verdade, é possível que as comunidades cristãs tenham estado presentes desde muito cedo na Índia. A história estabelece a difusão do Cristianismo através da Igreja Nestoriana para a China a partir dos séculos VI e VII. Após a conversão do Império Mongol ao Islão, no século XIV, a presença cristã foi reduzida na Ásia. Na época das grandes descobertas do século XV, um dos sonhos dos cristãos era contornar o obstáculo muçulmano e juntar-se a antigas comunidades cristãs que teríamos perdido de vista na Ásia. Esta é a origem da descoberta da América por Cristóvão Colombo, no final do século XV. Depois de contornarmos o Cabo Magalhães, encontramo-nos na Ásia e aí, os espanhóis e os portugueses investem territórios e, ao mesmo tempo, têm a responsabilidade confiada pelo Papa de difundir a fé cristã. O cristianismo está, por isso, presente na Ásia de forma muito menor a partir do século XVI.

Como é que a epopeia missionária dos séculos XV e XVI está ligada aos poderes políticos?

Nas últimas fases da Idade Média, o espiritual e o temporal permaneceram indissociáveis. As primeiras missões, levadas a cabo pelos Reis de Espanha e de Portugal, foram assim concebidas a partir da Reconquista no contexto do conflito com o Islão e do cisma na Europa com a propagação do Protestantismo.

Quão especificamente na Ásia está implantada entre os missionários uma ação científica de exploração, estudos e descobertas?

A partir do século XVI, com a grande figura de São Francisco Xavier, os Jesuítas, na Índia, mas sobretudo na China com Matteo Ricci, esforçar-se-ão por dar a conhecer o cristianismo através dos livros e por converter as elites apresentando-se, não como monges ascetas, mas como estudiosos confucionistas. Como tal, os jesuítas foram de facto aceites pelos imperadores da China, enquanto, além disso, o cristianismo foi aí proscrito, uma vez que o Papa proibiu o culto dos antepassados.

São Francisco Xavier, considerado o maior missionário dos tempos modernos, viajou pela Ásia, desde a Indonésia até ao Japão. Qual é o valor do seu testemunho para a missão no Extremo Oriente?

Marcou a história missionária com as suas cartas, com os seus apelos para se juntar a ele na missão e gerações de jesuítas sonharam com a missão graças a ele. Francisco Xavier foi legado do Papa a pedido do Rei de Portugal, em todas as terras que explorou, desde as Molucas ao Japão. Morreu antes de poder entrar na China, a sua atividade missionária abrangeu um território considerável. Não teve grandes efeitos em termos de conversão populacional; só depois dele, sobretudo no Japão, é que as comunidades se desenvolveram antes de serem perseguidas e erradicadas pelos poderes existentes. Francisco Xavier é um grande modelo de missionário que inspirou as gerações de jesuítas que depois dele se dedicaram às missões e que desenvolveram atividades missionárias no Extremo Oriente.

Os espanhóis e os portugueses foram sucedidos pelos franceses e pelos ingleses. Que impulso traça a renovação missionária do século XIX na Ásia?

Entre as missões jesuítas desenvolvidas a partir do século XVI e do século XIX, a Santa Sé recuperou o controlo das atividades missionárias com a criação da Congregação da Propaganda em 1622. O desejo era o seguinte: acabar com o sistema de mecenatos e dissociar a atividade de conquista com a atividade de evangelização. Para o século XIX e os missionários católicos franceses, devemos mencionar as Missões Estrangeiras de Paris fundadas no século XVII para implementar este programa da Congregação de Propaganda da Santa Sé, para dissociar claramente a atividade política da evangelização.

Os missionários protestantes ingleses desenvolveram as suas atividades, sobretudo, a partir do século XIX. Insistirão na distribuição da Bíblia com grande atividade na impressão e tradução da Bíblia.

Ligarão a atividade de evangelização à de civilização, trazendo prosperidade, tentando promover o desenvolvimento económico e cultural dos países onde estão estabelecidos, e também desejando muito rapidamente, mais rapidamente que os católicos, garantir a autonomia das Igrejas das comunidades cristãs que fundaram. Do lado católico, há uma maior ênfase nos sacramentos e na liturgia, uma conceção de Igreja universal centrada em Roma e que, de facto, garante uma certa independência do poder político. Foi também o século das grandes atividades de caridade levadas a cabo, em particular, pelas congregações religiosas femininas. A Igreja Católica insistirá mais tarde, no início do século XX, seguindo o ensinamento dos Papas, na autonomia das Igrejas locais e do clero local.

Deste ponto de vista, há uma espécie de retrocesso, porque no século XVII estávamos muito convencidos, após o virtual desaparecimento do cristianismo no Japão, de que era necessário fazer nascer e desenvolver um clero local indígena, enquanto no século XIX os missionários vieram da Europa e estabeleceu-se uma certa desigualdade de facto entre o clero missionário europeu e o clero indígena

Como é que o catolicismo se foi aculturando gradualmente na Ásia, surgindo cada vez menos como uma religião europeia?

Já não estamos na situação do colonialismo europeu do século XIX, início do século XX, e as Igrejas Católicas locais têm hoje uma autonomia muito grande. Já não dependem dos países que enviaram os missionários, a começar pela França, embora continuem a existir relações de amizade entre as Igrejas, com a profunda expressão de gratidão ao respeito daqueles que enviaram missionários e que fundaram a Igreja em países de missão.

Entre os países que serão em breve visitados pelo Santo Padre, por exemplo, as Igrejas de Timor e da Papua Nova Guiné estão muito aculturadas. Também se desenvolveram recentemente e são chefiados por bispos do país e clérigos do país. As próprias Igrejas asiáticas enviam agora os seus missionários para a Europa, tal como a Igreja no Vietname.

Como são as inculturações nos ritos locais?

Quando entramos nas igrejas católicas, em Singapura, no Vietname, em Timor, encontramos igrejas que são, do ponto de vista da arquitetura, da arte, das esculturas, da pintura, muito influenciadas pela arte ocidental. Só neste aspeto exterior e arquitetónico é sinal de uma fé que ainda deve realizar uma grande obra de inculturação. Não é porque as Igrejas têm independência jurídica e o seu clero que trouxeram para a Igreja universal os recursos da sua própria cultura no domínio da compreensão da fé, das suas expressões, nomeadamente as expressões da arquitetura religiosa ou da arte religiosa. Cabe às populações locais e às Igrejas locais inculturar a sua fé e estar presentes nas suas sociedades de uma forma verdadeiramente evangélica, com os desafios da grande pobreza que são esses, especialmente para os países que visitarão o Papa em breve, desde Timor Leste ou Papua Nova Guiné; países onde a Igreja testemunha uma presença muito generosa entre os pobres. Isto foi decisivo na adoção do cristianismo pelas populações locais em países como Timor ou Papua Nova Guiné.

Quais os desafios e as dificuldades da missão em algumas Igrejas locais?

Devemos realmente considerar ultrapassada a ideia de territórios onde missionários de outros lugares, mesmo que haja sempre alguns, nomeadamente as Missões Estrangeiras de Paris, lidam com áreas remotas onde o Cristianismo não está presente. Temos agora comunidades locais que estão inseridas na sociedade, na cultura que lhes é própria, e que devem viver o Evangelho primeiro no testemunho dado, na esperança dada aos mais pobres. E daí surge a fé vivida, que se desenvolve e encontra expressões capazes de enriquecer toda a Igreja.

Existem diferentes desafios missionários. Por exemplo, na Indonésia, o Papa destacará a questão do diálogo inter-religioso, particularmente entre cristãos e muçulmanos; o encontro de religiões percebido na modalidade da estima recíproca e do diálogo.

Depois, a missão é a presença entre os mais pobres e temos territórios, populações que são marcadas pelas dificuldades de acesso à educação, por todos os desastres provocados pela degradação climática. O Sudeste Asiático perdeu 15% das suas florestas naturais desde 2000, a imposição de monoculturas enquanto as populações locais viviam mais da agricultura de subsistência, etc. A presença aos pobres é, depois do diálogo inter-religioso, a segunda forma de presença evangélica proporcionada pelas Igrejas locais.

No início da viagem à Ásia-Oceania, qual pensa ser a conceção de missão do Papa Francisco?

Ao visitar estes territórios, o Papa presta homenagem às periferias das grandes potências. Elevou também os bispos das quatro capitais à categoria de cardeais. Ele torna assim estes territórios presentes à nossa atenção, como cristãos, à nossa fraternidade e à nossa oração. O Papa insiste que toda a vida cristã é missionária, que todo o cristão é missionário e que toda a vida cristã é missão. Poderíamos, por isso, dizer a nós próprios que a missão hoje consiste em ficar em casa e dar testemunho de Cristo que nos rodeia, como diz o Papa Francisco.

Mas isto não nos deve fazer perder de vista a missão universal da Igreja: a especificidade desta vocação missionária que consiste em ir longe no serviço da fé, no serviço de Cristo. Para cada um de nós, mesmo que não nos afastemos como missionários, isto significa manter o coração aberto a estes países geograficamente distantes, mas que, num mundo globalizado, exigem a nossa atenção e a nossa solidariedade. Alguns destes países são de grande pobreza, mas têm enormes recursos espirituais e pastorais para nos oferecer devido à vitalidade da sua fé cristã.

Fonte: Vatican News

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Conferência termina seminário sobre migração, tráfico de seres humanos e contrabando

Mais de 40 agentes pastorais de 21 dioceses participaram, em Joanesburgo (África do Sul), no seminário da Conferência dos Bispos Católicos da África Austral (SACBC) sobre migração, tráfico de seres humanos e contrabando.

Sheila Pires – África do Sul, para o Vatican News

Organizado pelo gabinete de Migrantes, Refugiados e Tráfico Humano da SACBC, o seminário de formação de quatro dias teve como objetivo fornecer competências de liderança para acolhimento e assistência aos migrantes, refugiados e requerentes de asilo na África Austral.

Durante o seminário, os agentes pastorais aprenderam sobre a “resposta da Igreja em respeito à migração” desde os pontificados do Papa Leão XIII ao Papa Francisco, assim como à migração na tradição bíblica, e o tráfico de seres humanos e o contrabando na África Austral.

Na sua apresentação virtual, o Bispo responsável do gabinete para os migrantes, refugiados e tráfico humano da SACBC apelou aos agentes pastorais para deixarem de trabalhar em silos e colaborar com outros grupos e organizações religiosas no acolhimento, proteção, promoção e integração dos migrantes e refugiados nas comunidades de acolhimento.

O Dom Joseph Mary Kizito falou também sobre a “resposta da Igreja às migrações” desde o Pontificado do Papa Leão XIII ao Papa Francisco. Recordou como o Papa Leão XIII estabeleceu paróquias nacionais nos países de acolhimento," e o seu apelo aos padres e religiosos para ‘atenderem os migrantes’. O Bispo Kizito encorajou os agentes pastorais a aprender com os vários Papas e como eles usaram e continuam a usar a Rádio Vaticano para comunicar com todo o povo de Deus, incluindo os migrantes e os refugiados.

Com a fusão do gabinete dos migrantes e refugiados da SACBC com o gabinete do tráfico humano, os agentes pastorais foram encorajados a trabalhar com outras organizações religiosas assim como não religiosas, tais como os Serviços Jesuítas aos Refugiados (JRS), Advogados de Direitos Humanos (LHR), incluindo sodalidades e comunidades cristãs na sensibilização para o tráfico de seres humanos, bem como na promoção dos quatro verbos migratórios do Papa Francisco: acolher, proteger, promover e integrar. Oiça o balanço da Ir. Marizete Garbin, mscs e Ir. Neide Lamperti, mscs, sobre o seminário.

Com um nível elevado de desemprego e pobreza na região da SACBC, os migrantes, refugiados e requerentes de asilo não são muitas vezes bem-vindos nos países de acolhimento e são, em nalguns casos acusados de atividades criminosas. Em conversas com o Vatican News, agentes pastorais do eSwatini, Botswana e África do Sul disseram estar gratos pela experiência de aprendizagem e que estavam ansiosos por partilhar com outros agentes pastorais nas suas respetivas dioceses.

O seminário de formação de 19 a 22 de agosto foi a primeira de duas sessões. De acordo com a coordenadora do gabinete para os migrantes, refugiados e tráfico humano da SACBC Irmã Neide Lamperti mscs, os agentes pastorais irão participar na segunda sessão de formação, de 11 a 15 de novembro do ano corrente.

Entretanto, durante a Audiência Geral semanal de 28 de agosto, o Papa Francisco centrou-se na situação difícil dos migrantes e denunciou a indiferença perante os migrantes que morrem a atravessar desertos e mares em busca de uma vida melhor e apelou a um sistema global de governação global baseado na justiça e na solidariedade.

Fonte: Vatican News

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A volta às aulas na Ucrânia em meio às bombas

No país devastado por dois anos e meio de guerra, há quem trabalhe para ajudar as crianças a recuperarem a normalidade. O ano letivo começa no dia 2 de setembro e em Zaporizhzhia, a 30 km do front, a sala de aula de um instituto católico é em um abrigo. O idealizador é o padre Roman Vovk: depois de anos de estudo apenas on-line, agora 25 pequenos estarão com um professor ao vivo. E é apenas o primeiro passo.

Svitlana Dukhovych - Cidade do Vaticano

Crianças nas carteiras escolares em uma sala de aula. Esta imagem, aparentemente familiar, evoca hoje na Ucrânia emoções particulares, especialmente quando se trata de menores próximos das áreas do front. Muitas crianças, adolescentes e jovens ucranianos foram privados desta oportunidade, primeiro pela pandemia e depois pela guerra em grande escala. Portanto, quando a possibilidade de voltar a estudar se materializa para eles – não onli-ne, mas presencialmente – significa que a vida, ou pelo menos uma parte importante dela, está sendo retomada.

Talvez poucos esperassem ver neste período uma fotografia de crianças sentadas nas carteiras escolares em Zaporizhzhia, que fica a cerca de 30 km da linha da frente. Ela foi tirada no dia 17 de agosto de 2024, quando dom Maksym Ryabukha, bispo auxiliar do Exarcado Greco-Católico de Donetsk, inaugurou a primeira turma da Escola Católica Dom Bosco, que funcionará na Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Foi o pároco, padre Roman Vovk, a lançar a ideia que está implementando junto com a sua comunidade. Ele falou ao Vatican News sobre esta iniciativa e os planos para o desenvolvimento futuro da escola.

Crie a oportunidade para as crianças se comunicarem 

Para explicar o que motivou a abertura da turma, padre Roman recordou o exemplo de dois jovens que frequentam o programa extracurricular para crianças da paróquia: só aí descobriram que estudavam na mesma turma há dois anos, mas como o ensino ocorre inteiramente on-line, eles nunca haviam se encontrado antes. Isto, sublinhou o sacerdote, demonstra que as crianças não têm a possibilidade de se comunicar entre si.

"No nosso centro para crianças há muitas atividades - explica o sacerdote - incluindo música, dança, fitness, arte etc. No total, mais de quatrocentas crianças frequentam atualmente diversos cursos. Aqui também temos um jardim de infância e este ano as crianças do grupo dos mais velhos já abandonaram o jardim de infância e deveriam começar a escola, porém em Zaporizhzhia o ensino é quase inteiramente on-line, porque primeiro houve a pandemia e agora a guerra, e as crianças já não vão ao escola."

O sacerdote observa que foram os próprios pais que lhe pediram que encontrasse uma forma de organizar uma escola “de verdade” para os seus filhos. No ano passado, para garantir maior segurança às crianças no acolhimento extraescolar, a paróquia começou a construir um abrigo e como se viu que o mesmo poderia estar concluído até setembro deste ano, decidiu-se montar também uma verdadeira sala de aula, abrindo matrículas para a primeira série. “Assim, a partir de setembro – explica – as 25 crianças que se inscreveram poderão ter um ensino normal na vida real, com um professor real, tendo a oportunidade de se comunicar ao vivo e, sobretudo, em um espaço seguro”.

Uma ideia insólita em tempos de guerra 

O sacerdote greco-católico afirma que o primeiro ano, que terá início em setembro, será o primeiro passo para a construção da escola católica com que o padre sempre sonhou e que já começou a construir. "Percebi que havia uma grande necessidade de uma escola católica no leste da Ucrânia – diz ele – e no ano passado compramos um terreno perto da nossa paróquia. Deverá ser uma escola que proporcionará uma educação integral, desde a pré-escola. Este ano começamos o trabalho lentamente. Na verdade, isto é algo muito difícil de fazer, porque a construção é sempre um empreendimento caro. Há necessidade de apoio e agora, quando dizemos a alguém que vamos começar a construir uma escola em Zaporizhzhia, dizem-nos: “Vocês são estranhos”. Mas estou ciente de que quando a guerra acabar teremos necessidade de uma educação de qualidade que por muito tempo foi destruída, primeiro pela Covid e agora pela guerra. O agressor lança continuamente foguetes contra instituições de ensino: muitas delas foram danificadas e outras completamente destruídas. É por isso que um dia precisaremos definitivamente de escolas e uma escola não pode ser construída de um dia para o outro. Portanto, estamos construindo pensando no futuro."

Padre Roman espera que os atuais alunos do primeiro ano possam continuar a sua educação na nova escola e completar todo o ciclo dos estudos: "Acho que vamos conseguir. Não sei como, mas acredito muito nisso. Acho que Deus definitivamente nos ajudará."

Crianças de Zaporizhzhia 

O sacerdote ucraniano afirma que em Zaporizhzhia vivem ainda muitas famílias com crianças. "Se no início da invasão em grande escala alguns residentes locais partiram, por outro lado - relata - muitas pessoas dos territórios ocupados (Melitopol, Berdiansk, Prymorsk, Enerhodar e outros) chegaram à cidade. Vieram para Zaporizhzhia na esperança de poder regressar em breve, porque todos pensavam que não duraria muito."

Mesmo que os últimos meses em Zaporizhzhia tenham sido mais tranquilos do que antes, existe um perigo constante de bombardeamentos, porque a linha de frente está muito próxima e são as crianças que mais sofrem. Padre Roman diz que alguns deles reagem de forma menos dolorosa, outros de forma dura. Às vezes, eles têm medo de se afastar alguns passos dos adultos ou têm fortes reações a sons agudos na rua, como o barulho de uma motocicleta. "É isso que vemos agora - diz o sacerdote - e é difícil dizer o quanto isso influenciará o psiquismo das crianças, quais as consequências que terá. Mas posso dizer com certeza que não é fácil para eles."

Viver nesta situação não é fácil nem para os adultos. O próprio padre Roman diz que não tira férias desde o início da guerra em grande escala e viajou para fora de seu exarcado apenas algumas vezes a trabalho. "Devo admitir que, por um lado, a minha mente me diz: “Precisas descansar”, mas por outro lado, por vários motivos, ainda não consegui fazê-lo, porque sinto que tenho que estar presente aqui e agora. De alguma forma consigo seguir em frente." O que o ajuda é a liturgia, as orações, a comunicação com as pessoas, com as próprias crianças que “lhes dão sorrisos neste tempo sombrio de guerra”. "Você percebe - continua ele - que a infância deles não pode ser adiada de forma alguma e por isso nos esforçamos para oferecer-lhes a oportunidade de vivenciar pelo menos um pouco a sua infância. Tudo isso ajuda na adaptação psicológica e entende-se que se vai descansar depois de enfrentar o desafio desta fase.”

A vocação de servir as pessoas que têm sede do amor de Deus 

Padre Roman Vovk iniciou seu ministério em Donetsk em 2001, quando esses territórios faziam parte do Exarcado de Kiev-Vyshhorod, que mais tarde formou outras estruturas, incluindo o Exarcado de Donetsk-Kharkiv, que por sua vez foi dividido nos Exarcados de Kharkiv e Donetsk. O sacerdote greco-católico serviu em Donetsk até meados de 2014, quando a guerra o forçou a deixar a cidade. Não regressou à Ucrânia Ocidental, de onde vem, mas durante um ano e meio serviu em Kryvyi Rih e desde 2016 é pároco em Zaporizhzhia, onde vive com a família, a mulher e os quatro filhos.

Explicando a decisão de permanecer nestas áreas tão difíceis, o sacerdote observa: "Sou da região de Lviv, a minha mulher é de Ivano-Frankivsk (oeste da Ucrânia) e quatro dos nossos filhos nasceram em Donetsk. Não sabemos o que acontecerá com a sua cidade natal, mas quando cheguei em Donetsk, vindo do oeste da Ucrânia, em 2000, vi muitas pessoas ali sedentas do amor de Deus e decidi que ficaria lá. Ainda não sinto que fiz o que deveria e queria."

Como o perigo de bombardeio continua elevado em Zaporizhzhia, perguntamos a Don Roman se ele havia conversado com os moradores sobre a possibilidade de deixar a cidade.

Como o perigo de bombardeio continua elevado em Zaporizhzhia, perguntamos ao padre Roman se ele havia conversado com os moradores sobre a possibilidade de deixar a cidade. Ele respondeu que cada família toma essa decisão por si mesma. Ele contou o seu exemplo pessoal: quando a guerra em grande escala eclodiu, a sua esposa e filhos partiram para a região de Lviv, ficaram lá durante três meses e depois regressaram a Zaporizhzhia porque não queriam ficar longe do marido e do pai. "Somos uma família - disseram-lhe - e devemos estar juntos. Se você ficar, nós ficamos com você."

Fonte: Vatican News

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O caso do padre da diocese de Coari acusado de pedofilia e a prevenção de abusos sexuais na Igreja

Por Nathália Queiroz

O padre Paulo Araújo da Silva, de 31 anos, foi preso no domingo (18) em Coari (AM) acusado de cometer crimes sexuais contra adolescentes, aborto e participação no enterro do feto no quintal de um amigo. Segundo a Polícia Civil, ao menos quatro adolescentes foram abusadas sexualmente pelo padre que foi preso na casa paroquial da paróquia São Pedro, da diocese de Coari (AM). Com ele foram apreendidos mais de R$ 30 mil e 260 vídeos de cenas de sexo com adolescentes e outras pessoas.

Francisco Rayner, amigo do padre que participou do aborto e enterrou o feto no quintal de sua casa, foi preso na quinta-feira (22).

“O fato ocorrido nos encheu a todos de muito sofrimento e de surpresa”, disse à ACI Digital o bispo de Coari, dom Marcos Piatek. “O padre Paulo foi afastado das funções ministeriais, como prevê a legislação da Igreja Católica e o ensinamento do nosso papa Francisco”.

 “Não é fácil detectar um agressor sexual”, disse à ACI Digital Dante Aragón, especialista em prevenção de abusos sexuais em contextos religiosos. Mestre em psicologia, Aragón diz que há características psicológicas que podem ser fatores de risco “como compulsões graves, transtornos de personalidade, abuso de autoridade, imaturidade emocional e sexual”.

Os abusos sexuais não têm relação com o celibato. “As estatísticas apontam que 90% dos casos de abuso sexual são cometidos por familiares e pessoas próximas à vítima que não viviam o celibato e não tinham pretensão de vivê-lo”, diz Aragón. Mas se “uma pessoa vive seu celibato como uma autocensura do desejo sexual, desenvolverá problemas psicológicos relacionados com a imaturidade, em alguns casos poderia ser um fator de risco que poderiam derivar em tendências perversas”.

“No caso dos abusadores dentro da Igreja a maioria dos casos são de pessoas narcisistas com traços psicopatas”, disse. “Os sacerdotes ou religiosos desenvolvem caraterísticas narcisistas, no qual se sentem superiores, especiais, admirados e poderosos”.

Na formação dada nos seminários “não há nada que possa nos garantir 100% de resultados, pois existe o mistério da liberdade humana e da providência divina”, disse Aragón. Mas é importante que se faça uma apresentação “orgânica da sexualidade visando a integração de seu mundo afetivo-sexual, que não envolve somente a realização ou não de atos sexuais, mas uma complexa visão integral da pessoa e de sua relação com os outros”.

O documento O dom da vocação presbiteral, da Congregação, hoje Dicastério, para o Clero, que rege a formação sacerdotal nos seminários diz que “deverá ser dada máxima atenção ao tema da proteção dos menores e dos adultos vulneráveis”, sendo obrigatório no programa de formação inicial e permanente do sacerdote incluir “lições específicas, seminários ou cursos sobre a proteção dos menores”.

 “Deve ministrar-se uma informação adequada de um modo apropriado, dando também relevo às possíveis áreas de exploração ou de violência, como, por exemplo, o tráfico de menores, o trabalho”, continua o documento de 2016.

Para Aragón, os abusos diminuiriam muito se essa formação fosse feita nas dioceses e se “os processos de formação trabalhassem melhor os temas da identidade vocacional, da vida espiritual e o referente à maturidade humana, com mais coerência na vivência e sem mediocridade”.

Os abusos sexuais geram feridas na vítima que “englobam aspectos físicos, psicológicos e sociais”, disse Aragón. “No caso de um abuso perpetrado por um sacerdote, este também exerce um papel espiritual, então esta quebra de confiança se dá na dimensão espiritual da pessoa gerando feridas muito profundas na visão que as vítimas têm do próprio Deus”.

A diocese de Coari tem uma comissão diocesana para a proteção dos menores e pessoas em situação de vulnerabilidade, segundo dom Marcos. Ela faz parte da Comissão Arquidiocesana para Proteção de Menores e de Pessoas em Situação de Vulnerabilidade.

Mas, no Brasil, segundo Aragón, “em muitas dioceses ainda não existem estas comissões”. Em outras as comissões “foram criadas, mas sem ter funcionamento, acabam sendo comissões cosméticas”.

“São raras as situações em que, no ambiente eclesial, existe liberdade para se falar do tema e raríssimos os casos onde os leigos sabem a quem recorrer para fazerem as denúncias ou que encontrem as estruturas ‘estáveis e facilmente acessíveis’ que façam os processos acontecerem sem demora”, conclui Aragón.

“Rezemos uns pelos outros para que a justiça e a verdade prevaleçam e para que o mal seja vencido pelo bem”, disse dom Marcos em mensagem enviada à ACI Digital. “O mundo precisa dos bons, maduros e santos sacerdotes servindo a Deus e ao povo de Deus.

Fonte: ACIDigital

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32 mil km sobre o mar: roteiro do papa Francisco no Sudeste Asiático e na Oceania

Por Jonah McKeown

O papa Francisco vai embarcar numa viagem de 11 dias na segunda-feira (2) que o levará à Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura.

Durante a viagem mais longa de seu pontificado até agora — que inclui vários eventos no maior país muçulmano do mundo, a Indonésia — espera-se que o papa enfatize temas de diálogo inter-religioso, solidariedade e paz.

Segue abaixo uma visão mais detalhada de todos os destinos que o papa vai visitar durante sua viagem apostólica, mas primeiro, uma visão mais ampla dos sete voos em que ele embarcará, que o levarão a mais de 32 mil km no total:

Voo 1: Roma para Jacarta (11,3 mil km, 13 horas e 15 minutos)

Saindo do Aeroporto Internacional Fiumicino de Roma no início da noite, o avião do papa cruzará o Oriente Médio e a Índia a caminho do Aeroporto Internacional Soekarno-Hatta de Jacarta. Jacarta é uma metrópole em expansão e a capital da Indonésia, o maior país muçulmano do mundo em termos de população.

A Indonésia, um arquipélago com quase mil ilhas habitadas, é cerca de 7,5% protestante e 3% católica. Muitos católicos do país vivem em Flores, ilha recentemente designada como destino de peregrinação internacional pelo governo.

O papa será oficialmente recebido em Jacarta ao chegar em 3 de setembro e vai descansar pelo resto do dia. No dia seguinte, 4 de setembro, haverá uma cerimônia de boas-vindas do lado de fora do palácio presidencial Istana Merdeka antes da visita do papa ao presidente Joko Widodo.

Francisco será o terceiro papa a visitar a Indonésia. São Paulo VI e são João Paulo II estiveram no país.

O segundo dia completo do papa em Jacarta começa com um encontro inter-religioso na mesquita Istiqlal, a nona maior mesquita do mundo.

A segurança na Indonésia para a visita do papa deve ser alta; a Indonésia tem testemunhado inúmeros ataques terroristas nos últimos anos que tiveram como alvo a minoria cristã do país.

O papa Francisco vai concluir sua estadia na Indonésia com uma missa na noite de 5 de setembro no Estádio Gelora Bung Karno, em Jacarta, com capacidade para 77 mil pessoas, depois de se reunir com beneficiários de organizações de caridade locais.

Voo 2: Jacarta para Port Moresby (4,6 mil km, 6 horas e 5 minutos)

Em 6 de setembro, o papa Francisco voará para Port Moresby, capital da Papua Nova Guiné, tornando-se o segundo papa a visitar o país, depois de são João Paulo II, que o visitou duas vezes.

Apesar de serem extremamente diversos, mais de 98% dos cidadãos de Papua-Nova Guiné se identificam como cristãos e a Igreja desempenha um papel crucial na educação, na assistência médica e nos serviços sociais.

O catolicismo representa a maior denominação cristã do país, com uma estimativa de 4 milhões de pessoas — cerca de 25% da população total. O país sofreu violência com tumultos no início deste ano em uma onda de agitação em 10 de janeiro, agora chamada de “Quarta-feira Negra”.

O papa Francisco visitará ministérios locais que cuidam de crianças de rua e pessoas com deficiência em seu primeiro dia completo em Papua Nova Guiné, em 7 de setembro, que também inclui um discurso às autoridades políticas locais e um discurso ao clero local no santuário de Maria Auxiliadora.

Papa Francisco com o patriarca latino de Jerusalém, cardeal Pierbattista Pizzaballa, em audiência hoje (28) no Vaticano.

Papa pede que conferência episcopal do Oriente Médio mantenha a “esperança acesa”

No dia seguinte, o papa se encontrará com o primeiro-ministro de Papua Nova Guiné, James Marape, antes de celebrar a missa dominical no Estádio Sir John Guise, em Port Moresby. Ele então seguirá para Vanimo pelo restante do dia.

Voo 3: Port Moresby para Vanimo (991 km, 2 horas e 15 minutos)

Vanimo é uma cidade na província mais ao noroeste de Papua Nova Guiné, onde o papa Francisco vai receber missionários locais e discursar para católicos locais em frente à catedral da Santa Cruz antes de partir.

Voo 4: Vanimo para Port Moresby (991 km, 2 horas e 15 minutos)

O papa Francisco retorna à capital na noite de domingo (8). Na segunda-feira (9), haverá uma cerimônia de despedida para o papa antes dele partir para Timor Leste.

Voo 5: Port Moresby para Díli (2,5 mil km, 3 horas e 30 minutos)

O papa Francisco viajará em 9 de setembro para o pequeno país de Timor Leste, que tem uma população que é mais de 97% católica e cujo arcebispo mais proeminente, dom Virgílio do Carmo da Silva, foi nomeado cardeal por Francisco em 2022.

Em Díli, capital do país, o papa Francisco vai visitar crianças com deficiência, se encontrar com clérigos e religiosos locais na catedral da Imaculada Conceição, fazer um discurso no Palácio Presidencial e rezar a missa na Esplanada de Tasitolu ao longo de dois dias.

Voo 6: Díli para Singapura (2,6 mil km, 4 horas)

A parada final do papa antes de retornar a Roma será a ilha de Singapura, o país com o maior PIB per capita da Ásia e a segunda maior densidade populacional do mundo. Apesar da relativa estabilidade de Singapura em si, observadores dizem que grupos militantes da vizinha Malásia podem organizar protestos contra a visita do papa.

O papa Francisco será recebido no Aeroporto Internacional Changi, em Singapura, em 11 de setembro. Ele se encontrará com o presidente Tharman Shanmugaratnam e o primeiro-ministro Lawrence Wong em 12 de setembro antes de celebrar a missa no Estádio Nacional Sports Hub de Singapura, a terceira missa da viagem a ser celebrada num estádio.

Em seu último dia na Ásia, o papa fará um encontro inter-religioso com jovens no Catholic Junior College de Singapura e visitará um grupo de idosos.

Voo 7: Singapura para Roma (9,5 mil km, 12 horas e 35 minutos)

O papa Francisco fará a viagem de 9,6 mil km de volta à Itália num voo fretado da Singapore Airlines, previsto para pousar em Roma às 18h25 de 13 de setembro.

Fonte: ACIDigital – na imagem, Capela em Tasitolu, Timor-Leste. Alex Castro CC BY 2.0

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 ASSESSORIA DIOCESANA DE COMUNICAÇÃO

www.diocesedeerexim.org.br E-mail: curia@diocesedeerexim.org.br

Fone/Fax: (54) 3522-3611

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Ano 28 – nº. 1.464 – 08 de setembro de 2024

 

Programação da semana: - Neste domingo, às 09h, na igreja da sede paroquial Santa Luzia, Bairro Atlântico, Erechim, Dom Adimir, ordenação diaconal de Paulo Cezar Panosso; no mesmo horário, na igreja São Tiago, Aratiba, Monsenhor Agostinho Dors, missa e crismas.

- Segunda-feira, às 14h, no Auditório São José, encontro com coordenadoras e coordenadores paro-quiais de zeladoras e zeladores de capelinhas.

- Terça-feira, às 08h30, no Auditório São Jose, 16º encontro de secretárias e secretários paroquiais e funcionários da Cúria Diocesana.

- Reuniões de Áreas Pastorais, quarta-feira, às 19h30, de São Valentim, em São Valentim; quinta-feira, também à 19h30, de Getúlio Vargas, em Capoerê.

- Sexta-feira, às 14h30, na Catedral São José, tarde de oração do Apostolado da Oração; às 14h e às 18h, no Santuário Diocesano, terço e missa na comemoração da 5ª aparição de N. Sra. em Fátima, Portugal.

- Crismas na igreja Santa Luzia, Bairro Atlântico, Erechim: sexta-feira, às 19h, catequizandos da sede paroquial e comunidade São Carlos, Bairro Demoliner; sábado, às 16h, catequizandos das comunida-des Santa Clara e São Judas Tadeu; às 19h, catequizandos das comunidades N. Sra. do Pedancino, N. Sra. do Rosário e loteamento Fiebig; domingo, às 09h, catequizandos da sede paroquial; às 18h, catequizandos das comunidades São Francisco e Santo Antonio.

- domingo, em Porto Alegre, congresso jubilar da Renovação Carismática Católica em nosso Estado.

37ª Romaria ao Santuário de N. Sra. da Santa Cruz: sábado, dia 14, festa da Exaltação da Santa Cruz, no Santuário de N. Sra. da Santa Cruz, na estrada de Erechim a Aratiba, RS 420, km 20. Tríduo preparatório, de quarta-feira a sexta-feira, com procissão e missa às 20h; presidem as celebrações, primeira noite, Pe. Maicon André Malacarne, Pároco da Paróquia S. Cristóvão, Erechim; segunda noite, Monsenhor Agostinho Francisco Dors, Vigário Geral da Diocese e paroquial da Catedral São José; terceira noite, Pe. Clair Favreto, Pároco da Catedral São José. A animação de cada noite será de comunidades da Paróquia da Catedral. Programação do dia da romaria, sábado: 07h45, celebração com os trabalhadores; 08h, início das confissões e bênçãos; 09h15, Via-Sacra; 10h, terço meditado e consagração das famílias; 10h30, celebração penitencial; 11h30, bênção dos pães e outros alimentos; 12h, almoço partilhado; 13h, adoração e bênção com o Santíssimo Sacramento; 14h, procissão e Missa.

Diáconos permanentes da Diocese de Erexim realizam seu retiro anual: A comunidade São João Batista da Paróquia São Valentim acolheu a maioria dos 26 diáconos permanentes e esposas da Diocese de Erexim para seu retiro anual ne último dia e sábado do mês vocacional, 31 de agosto, juntamente com seu assessor, Monsenhor Agostinho Francisco Dors, Vigário Geral da Diocese. O retiro foi orientado pelo Pe. Ivanir Rodighero, pároco da Paróquia N. Sra. de Fátima de Passo Fundo, coordenador e professor do curso de Teologia da Itepa Faculdades. No ano de preparação para o Jubileu 2025, ele desenvolveu três aspectos em suas reflexões, peregrinos da esperança, do amor e da fé. O pároco da Paróquia de S. Valentim, Pe. Alvise Follador, concelebrou a missa de encerramento do retiro que teve a participação também de membros da comunidade local, aos quais os diáconos agradeceram pela acolhida e serviços prestados para o bom andamento do encontro espiritual.

Catequistas da Diocese de Erexim vivem tarde de oração em preparação ao Jubileu 2025: Em preparação ao Jubileu 2025, 450 catequistas de 29 das 30 paróquias da Diocese de Erexim participaram de tarde de oração na igreja São Pedro de Erechim, no último dia e sábado do mês vocacional, 31 de agosto. O encontro foi conduzido por Tânia Madalosso e Pe. Jean Carlos Demboski, pároco da paróquia N. Sra. do Monte Claro, Áurea, respectivamente, coordenadora e assessor do setor de Animação Bíblico-Catequética da Diocese. O Bispo diocesano Dom Adimir Antonio Mazali, na abertura do evento, saudou os participantes destacando seu precioso e indispensável serviço às comunidades para o conhecimento e vivência da fé.  Pe. Maicon André Malacarne, Pároco da Paróquia S. Cristóvão do Bairro do mesmo nome, Erechim, assessorou a reflexão a partir de 4 passos com texto bíblico, símbolo e súplica em cada um: acolher o Pai que vive na gente; reconhecer o Pai nos itinerários e pessoas; discernir os conflitos com mansidão e paciência; discípulos da Palavra de Deus reunidos em torno do Ressuscitado. O encontro foi concluído com a celebração da Eucaristia presidida pelo Pe. Maicon e concelebrada por 7 padres. Em sua homilia, ele mencionou o final do mês das vocações e início do mês da Bíblia. Referiu-se a aspectos de crise atualmente – crise de vocações, com seminários vazios, casas de religiosos fechando, poucos casamentos. Observou que é tempo de reflexão sem lamentações, buscando perceber o que o Senhor está dizendo nessa situação. À luz da leitura da missa, a vocação de Samuel, convidou a todos a darem sempre a resposta dele ao chamado de Deus “fala, Senhor, que teu servo escuta”, tendo a prontidão do refrão do salmo de meditação: “eis que venho, Senhor, com prazer, faço a vossa vontade”. Deus não se cansa de falar, esperando que despertemos nosso ouvido para o que quer dizer-nos. Catequistas têm a missão de facilitar a ouvir a voz de Deus, que é Pai, como Cristo nos ensinou no Pai nosso, conforme o evangelho proclamado na celebração.

Pastoral da Criança celebra seus 40 anos nas Arquidioceses e Dioceses do Rio Grande do Sul: Mais de mil integrantes da Pastoral da Criança, coordenadores, líderes e apoiadores, participaram de encontro no Santuário N. Sra. do Caravaggio em Farroupilha, dia 31 de agosto, final do mês vocacional, celebrando os 40 anos de atuação nas 4 Arquidioceses e 14 Dioceses do Rio Grande do Sul, Regional Sul 3 da CNBB. A Diocese de Erexim teve 25 representantes no evento. Após a acolhida e troca de lembranças no salão comunitário do Santuário, às 10h, os participantes foram até o ponto inicial das procissões, a uns 500 metros do local. De lá, em procissão, dirigiram-se ao Santuário com cantos e orações de louvor e de súplica. Portavam sombrinha verde, cor utilizada nos banners, camisetas, impressos e outros materiais da Pastoral da Criança e que expressa a esperança nos frutos dos trabalhos realizados e das crianças acompanhadas. No Santuário houve a celebração da Eucaristia, presidida pelo Bispo referencial da Pastoral da Criança no Regional Sul 3 da CNBB, Dom Odair Miguel Gonsalves dos Santos, Bispo Auxiliar de Porto Alegre, concelebrada pelo Bispo de Caxias do Sul, Dom José Gislon, OFMCap e por mais de 10 padres. Após a missa, houve almoço no salão do Santuário, seguido de apresentações diversas, com manifestação de gratidão às coordenadoras diocesanas e à equipe de coordenação regional. A coordenadora nacional Maria Ines Monteiro de Freitas agradeceu a dedicação de todos em assumir com amor e compromisso a missão de promover a vida de gestantes e crianças até 6 anos.

Paróquia São Francisco de Assis, Bairro Progresso, Erechim, com Administrador Paroquial: Dom Adimir Antonio Mazali, Bispo Diocesano de Erechim, oficializou Pe. Antonio Miro Serraglio, do Lar Sacerdotal, como Administrador Paroquial da Paróquia São Francisco de Assis, Bairro Progresso, em missa na igreja N. Sra. Aparecida, às 18h do dia 31 de agosto, final do mês vocacional e véspera do início do mês da Bíblia. A missa foi concelebrada pelo Pe. Miro, pelo até então Pároco, Pe. Felipe Fioravante Filippini, que continuará atuando na Paróquia N. Sra. das Dores de Capoerê e pelo chanceler da Cúria Diocesana, Pe. Antonio Valentini Neto. No início da celebração, Dom Admitir apresentou Pe. Antonio Miro que foi acolhido com calorosa salva de palmas. Solicitou a leitura do documento de nomeação do Pe. Miro como Administrador Paroquial. Passou a palavra ao Pe. Felipe que expressou agradecimento a Deus e aos paroquianos pelo tempo em que trabalhou na Paróquia e por tudo o que nela aprendeu. Motivou a todos a verem no Pe. Miro a presença de Cristo com seu povo e a viverem ainda mais a fé com abundantes frutos. Dom Adimir agradeceu ao Pe. Felipe desejando frutuoso ministério daqui em diante atuando só na Paróquia N. Sra. das Dores de Capoerê. No final da celebração, houve alguns pronunciamentos agradecendo ao Pe. Felipe e dando boas-vindas ao Pe. Miro com entrega de brinde a cada um. Por fim, falou o Pe. Miro. Citou Papa Francisco em exortação à firmeza na fé. Agradeceu a Dom Adimir pela confiança em designá-lo para o trabalho na Paróquia. Disse contar com a graça de Deus e a colaboração de todos.

Missas contemplando a família na Paróquia Imaculada Conceição de Getúlio Vargas: De 13 a 27 de agosto, a Paróquia Imaculada Conceição de Getúlio Vargas realizou 18 missas reunindo as suas 35 comunidades por proximidade com destaque especial à família, a partir do tema da Semana Nacional da Família, Família e Amizade Social e seu lema: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt 23,8). As missas foram presididas pelo pároco, Pe. Valtuir Bolzan, pelo vigário paroquial, Pe. Severino Orso com a participação do Pe. William Boucal, em estágio na Paróquia. Equipes de casais da Pastoral Familiar, Movimento de Cursilho de Cristandade e do Encontro de Casais com Cristo aninaram as celebrações. Foram oportunidade de profunda espiritualidade e reflexão sobre a importância da família, bem como de união e partilha entre comunidades próximas.

Nota sobre Projeto de Lei do Senado que altera a Lei da Ficha Limpa: A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) publicaram, na segunda-feira, dia 2, nota sobre o Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 192/2023 em tramitação no Senado que propõe alterações significativas na Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135, de 2010), uma das mais importantes conquistas democráticas da sociedade brasileira, resultado de uma ampla mobilização popular coordenada pelas duas organizações. O projeto de lei beneficiaria especialmente aqueles condenados por crimes graves, cuja inelegibilidade poderá ser reduzida ou mesmo anulada antes do cumprimento total das penas. As duas organizações esperam que o mencionado projeto seja rejeitado, em respeito à vontade popular e à integridade das nossas instituições democráticas. Que prevaleça o compromisso com a ética e a justiça, valores fundamentais para a construção de um Brasil mais justo, democrático e solidário.

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Informações da semana

Do dia 05/9/2024

Encontro Nacional, que acontece na Casa do Luciano de 5 a 7 de setembro, reflete o futuro da evangelização dos jovens no Brasil

Entre os dias 5 e 7 de setembro, a Casa Dom Luciano, em Brasília, recebe o Encontro Nacional de Responsáveis de Juventude das Dioceses e Assessores das Expressões Juvenis. Promovido pela Comissão Episcopal para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o evento conta com a participação de mais de 250 representantes, vindos de mais de 230 dioceses de todos os regionais do país.

Na abertura do encontro, o bispo de Imperatriz (MA) e presidente da comissão, dom Vilsom Basso, exortou os presentes com uma mensagem de união e entusiasmo, pedindo que todos, em alta voz, afirmassem juntos: “Nós amamos as juventudes”.

Dom Vilsom também destacou a alegria de ver o trabalho da Igreja no país ser referência mundial, reconhecido em muitos países, e a satisfação de o Brasil, sendo um país continental e diverso, enfrentar desafios com dedicação e alegria ao caminhar com e pelas juventudes.

O encontro apresenta uma programação abrangente e diversificada, incluindo análise de conjuntura, o Documento 85, o projeto “Ao seu Lado”, uma reflexão sobre o papel da assessoria, gamificação – com o objetivo de aproximar a Igreja das novas gerações por meio de novas linguagens e métodos inovadores na evangelização -, preparação para o Jubileu dos Jovens 2025, além de um foco importante na prevenção ao suicídio de adolescentes e jovens.

Rodas de conversas em uma Igreja Sinodal

Uma importante característica do encontro deste ano é o formato de “sínodo das mesas”, inspirado nos processos sinodais realizados com o Papa Francisco, que privilegiam o formato de rodas de conversa. Todas as atividades são realizadas em grupos de reflexão e escuta ativa, com momentos chamados de “conversa no Espírito”. Os grupos compartilham com os demais os principais temas discutidos, promovendo uma troca rica de experiências e perspectivas.

Por Jovens Conectados/Comissão para a Juventude CNBB

Fonte: CNBB

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Lançado oficialmente o hino da Campanha Missionária 2024, intitulado “Com a Força do Espírito”

Foi lançado oficialmente o hino da Campanha Missionária 2024, intitulado “Com a Força do Espírito”. A canção, que já começa a ecoar nas comunidades, é parte central das atividades do mês missionário, celebrado em outubro. Neste ano, o mês missionário tem como lema “Ide, convidai a todos para o banquete” e o tema “Com a força do Espírito, testemunhas de Cristo”.

A Campanha Missionária é uma iniciativa que visa fortalecer a missão da Igreja, incentivando os fiéis a assumirem a essência missionária da Igreja, no apoio aos mais necessitados ao redor do mundo. Durante todo o mês de outubro, as comunidades são convidadas a vivenciar intensamente o chamado missionário, promovendo atividades de oração, formação e solidariedade.

A canção “Com a Força do Espírito”, composta originalmente para ser o hino do Congresso Missionário da Diocese de Coari (AM), foi gentilmente cedida para animar a Campanha Missionária deste ano. A música reflete a essência do tema, inspirando os fiéis a serem testemunhas autênticas de Cristo, impulsionados pela força do Espírito Santo. A melodia e a letra foram pensadas para unir as vozes de toda a Igreja em um só clamor de esperança e colaboração com as Igrejas mais pobres no mundo.

A letra do hino “Com a força do Espírito”

Hino Campanha Missionária 2024

Título: Com a força do Espírito

Letra e música: Ana Luiza M.F e Pe. Gordiano - Produção: Tonn Bass e Leila Mell

Refrão: Com a força do Espírito, testemunhas de Cristo Levamos sua luz, / convidando todos ao banquete com Jesus. (2X)

1. Nas ruas das cidades, nas estradas e vicinais / onde se esconde a esperança / Somos todos mensageiros, de amor e de paz.

2. Caminhamos lado a lado, guiados pela fé / Anunciando a boa nova, que liberta e revigora cada homem e mulher.

3. Ide, convidai a todos para o banquete / Onde a graça e o perdão são presentes plenamente / Ecoando o chamado / Celebremos a vida, em comunhão eternamente

Ficha técnica

Canção “Com a força do Espírito”

Letra e Música: Ana Luiza Feitosa e Pe. Raimundo Gordiano

Produção, interpretação e gravação: Leila Mel & Tom Bass

Com informações das Pontifícias Obras Missionárias

Fonte: CNBB

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Bogotá sedia o II Encontro de Responsáveis de Prevenção de Abusos da Igreja na América Latina e Caribe

Representantes das 22 Conferências Episcopais da América Latina e do Caribe estão reunidos em Bogotá, Colômbia, de 3 a 7 de setembro para o II Encontro de Responsáveis de Prevenção de Abusos. O evento tem como objetivo fortalecer as ações de prevenção e combate aos abusos na Igreja, promovendo a troca de experiências e o desenvolvimento de políticas e protocolos eficazes na prevenção e enfretamento de abusos.

O encontro conta com a participação de representantes de diversos países, incluindo o Brasil. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou o bispo de Itumbiara (GO) e presidente da Comissão Especial para a Proteção da Criança, Adolescentes e Vulneráveis da CNBB, dom José Aparecido, da integrante do Comitê de Política de Proteção Infantil e Adultos Vulneráveis da CNBB, Osnilda Lima. Além disso, o Brasil também está representado por membros do escritório Brasileiro da Porticus e do Núcleo Lux Mundi.

Estratégias e experiências

A realização do encontro em Bogotá destaca a importância da colaboração entre as conferências episcopais da região para enfrentar esse desafio de forma conjunta e eficaz. A troca de experiências e o desenvolvimento de estratégias conjuntas são fundamentais para garantir que a Igreja seja um espaço seguro e acolhedor para todos, especialmente para crianças, adolescentes e adultos vulneráveis.

    De acordo com o presidente da Comissão Especial para a Proteção da Criança, Adolescentes e Vulneráveis da CNBB, dom José Aparecido, este encontro que trabalha a cultura do cuidado e proteção de crianças e adolescentes busca responder a um pedido do Papa. “É um trabalho muito bonito, feito em rede que permite um maior alcance da cultura do cuidado na América Latina”, disse.

O bispo disse que informa que a Comissão no Brasil tem procurado dar assistência a toda a Igreja n o Brasil. “Nós estamos agora revendo as diretrizes e orientações pastorais feitas em 2019 de acordo com as normais atuais da Igreja. Tendo em conta também as normas dos Justiça no Brasil que contribuirá em muito neste trabalho de proteção e cuidado”, disse. Ele informou também que este trabalho tem estimulados as Igrejas e dioceses a criarem mecanismos adequados de prevenção, cuidado e proteção.

Osnilda Lima ressalta a importância do diálogo e da colaboração entre as conferências episcopais para combater o grave problema dos abusos na Igreja, sejam eles de natureza espiritual, sexual, moral ou psicológica. “É essencial progredirmos na prevenção e na conscientização. Acredito que a direção tomada é irreversível! Tolerância zero, como nos alerta o papa francisco”. Ela reforça que é importante lembrar que qualquer forma de abuso é inaceitável e causa graves danos às vítimas. “A Igreja tem o dever de proteger seus membros e pessoas que frequentam seus espaços e garantir um ambiente seguro para todos”.

A Igreja e a prevenção de abusos

A expectativa é que o encontro impulsione ações concretas na prevenção e combate aos abusos, consolidando o compromisso da Igreja com a proteção dos mais vulneráveis. Para isso, serão abordados temas como: formação: de agentes de pastoral, padres, bispos e religiosos para a prevenção e identificação de abusos; canais de denúncia e escuta: criação e fortalecimento de mecanismos seguros e acessíveis para denúncias e acolhimento das vítimas; assistência às vítimas: oferta de apoio psicológico, espiritual e jurídico às vítimas de abuso; responsabilização dos agressores: aplicação de medidas disciplinares e legais aos responsáveis por abusos e o tema da comunicação: estratégias para abordar o tema de forma transparente e responsável nos meios de comunicação.

O Secretário da Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores dom Luis Manuel Alí Herrera apresentou ações e iniciativas, incluindo a criação e implementação de diretrizes, formação e capacitação, criação de centros de escuta, promoção da transparência e da responsabilização, diálogo com as vítimas e cooperação internacional e a proposta de um marco universal para as diretrizes da igreja para a proteção de menores e adultos vulneráveis.

Trabalho da Comissão Pontifícia

O Secretário da Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores, dom Luis Manuel Alí Herrera, apresentou as ações e iniciativas que a Comissão vem realizando, incluindo a criação e implementação de diretrizes para a proteção de menores e adultos vulneráveis; formação e capacitação de agentes da Igreja, criação de centros de escuta para as vítimas, promoção da transparência e da responsabilização na Igreja, diálogo constante com as vítimas de abuso, cooperação internacional para fortalecer a luta contra os abusos. Além disso, dom Luis falou sobre o marco universal para as diretrizes da Igreja na proteção de menores e adultos vulneráveis que está em processo de construção.

Por Osnilda Lima

Fonte: CNBB

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Programação do Encontro de Assessores Jurídicos de Dioceses e do Seminário sobre a Laicidade do Estado

A organização do 2º Encontro Nacional de Assessores Jurídicos de Dioceses (ENAJD) divulgou a programação completa do evento, que será realizado de 17 a 19 de setembro, na Casa Dom Luciano Mendes de Almeida, em Brasília (DF). Também está disponível a programação do Seminário sobre a Laicidade do Estado, que será realizado no período noturno, na mesma data do ENAJD.

ENAJD

O ENAJD é promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e destinado exclusivamente a advogados que atuam junto às dioceses brasileiras. As inscrições seguem abertas.

A programação vai abordar as principais questões jurídicas que desafiam a missão desses profissionais na atualidade. Em oito painéis, serão tratados temas como a parceria entre organizações religiosas e o Estado, noções gerais do procedimento canônico, a Reforma Tributária, a nova realidade do CEBAS diante da Reforma Tributária, a questão sindical e o relacionamento com a mídia em episódios de crise. Haverá ainda uma plenária com estudos de casos.

15 anos do acordo Brasil Santa Sé

De forma concomitante, os participantes poderão participar do Simpósio celebrativo dos 15 anos do Acordo Brasil Santa Sé, com o tema “Laicidade do Estado e a liberdade religiosa”, com conferências de autoridades religiosas, o procurador-geral da República e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

A programação dos eventos:

Programação do II Encontro Nacional de Assessores Jurídicos de Dioceses e do Simpósio sobre a Laicidade do Estado e a Liberdade Religiosa

Dia 17 – Terça-feira

9h – 1º Painel: Aula Magna – Parceria entre as Organizações Religiosas e o Estado

Palestrante: Ministro Jorge Messias – Advogado Geral da União

10h – Coffe-break

10h30 – 2º Painel: Noções Gerais do Procedimento Canônico. Os Delitos Econômicos

Palestrante: Padre Valdinei Ribeiro

12h00 – Almoço

14h30 – 3º Painel: Noções Gerais do Procedimento Canônico. Os Delitos Econômicos

Palestrante: Padre Valdinei Ribeiro

16h30 – Coffe-break

18h30 Jantar (para os hospedados na Casa Dom Luciano)

19h30 – Simpósio

Tema: Memória histórica do Acordo Brasil Santa Sé

Conferencistas: Cardeal Lorenzo Baldisseri e Ministro José Francisco Rezek

Mediador: Dom Jaime Spengler

21h30 – Coffe-break

Dia 18 – Quarta-feira

9h – 1º Painel: Reforma Tributária – Aspectos Gerais

Palestrante: Dra. Hadassah Santana

Mediador: Dr. João Paulo Amaral Rodrigues

10h – Coffe-break

10h30 – 2º Painel: Nova realidade do CEBAS diante da Reforma Tributária

Palestrante: Dr. José Eduardo Sabo Paes

Mediador: Dr. Hugo Sarubbi Cysneiros

12h – Almoço

14h30 – 3º Painel: Plenária com estudo de casos

Mediador: Hugo Sarubbi Cysneiros

16h30 – Coffe-break

18h30 – Jantar (para os hospedados na Casa Dom Luciano)

19h30 – Simpósio

Tema: A gênese do Estado Laico e as relações institucionais

Conferencistas: Dr. Paulo Gonet Branco e Ministro José Antônio Dias Toffoli

Mediador: Ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha

21h30 – Coffe-break

Dia 19 – Quinta-feira

9h – 1º Painel: Análise de Soluções de Consulta de interesse das Organizações Religiosas

Palestrante: Representante da Secretaria da Receita Federal do Brasil

10h – Coffe-break

10h30 – 2º Painel: A questão sindical: constituição, medidas práticas e normas coletivas em negociação

Palestrante: Ministro Ives Gandra Martins Filho

Mediadora: Dra. Vera Maria Barbosa Costa

12h00 – Almoço

14h30 – 3º Painel: Relacionamento com a mídia em episódios de crise

Palestrante: Jornalista Heraldo Pereira

Mediador: Dr. João Paulo Amaral Rodrigues

16h30 – Coffe-break

18h30 Jantar (para os hospedados na Casa Dom Luciano)

19:30 – Simpósio

Tema: A laicidade do Estado e a religião

Conferencistas: Cardeal Paulo Cezar Costa e Ministro Gilmar Ferreira Mendes

Mediador: Dom João Justino de Medeiros

21:30 Coquetel de encerramento - Fonte: CNBB

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No coração de São Paulo, Catedral da Sé celebra 70 anos

Em 1954 foi inaugurada a nova Igreja Matriz da capital paulistana, no lugar do templo que já tem mais de quatro séculos de história

Escrito por Redação A12

Um dos principais pontos turísticos de São Paulo (SP) a Catedral da Sé, tem 111 metros de comprimento, 46 de largura, torres com 92 metros de altura e capacidade para 8 mil pessoas.

A Catedral, sonhada pelo então Arcebispo Dom Duarte Leopoldo e Silva, é hoje o que um dia ele mesmo desejou: “Uma escola de arte e um estímulo a pensamentos mais nobres e elevados (…) uma Catedral opulenta que, testemunhando a fartura dos nossos recursos materiais, seja também um hino de ação de graças a Deus Nosso Senhor."

A inauguração parcial da Catedral da Sé como conhecemos hoje, aconteceu no dia 25 de janeiro de 1954 durante as comemorações dos 400 anos de São Paulo, após atrasos na construção e das duas guerras mundiais em que o mundo passou naquele período.

No entanto, o templo foi dedicado (cerimônia solene na qual a catedral é consagrada e dedicada ao culto divino)  somente em 5 de setembro daquele ano. O rito solene de dedicação foi presidido por Dom Adeodato Giovanni Piazza, enviado pontifício para o primeiro Congresso Nacional da Padroeira do Brasil, realizado entre São Paulo e Aparecida, evento que também marcou o centenário da proclamação do dogma da Imaculada Conceição (1854).

A padroeira  é Nossa Senhora da Assunção, referência ao outro dogma mariano proclamado pouco antes de sua inauguração, em 1950, que afirma que, após terminar o curso terreno de sua vida, a Virgem Maria foi assunta, isto é, levada de corpo e alma à glória celeste.

"A Catedral Metropolitana está localizada a poucos passos do Pateo do Collegio, onde São Paulo teve início em 1554, com a missão jesuítica que contou, entre outros, com o padre Manoel da Nóbrega e São José de Anchieta. Entre as casinhas dos indígenas e dos poucos portugueses, erguia-se a primeira capela da cidade. Consta que o terreno onde está situada a atual Catedral da Sé foi doado aos missionários pelo cacique Tibiriçá. A vida da atual metrópole teve início mediante o encontro de povos, raças, culturas e religiões. Esse mesmo encontro e interação marcaram também o seu desenvolvimento. A catedral é testemunha desse encontro. Oxalá siga sendo assim também para o futuro de nossa cidade", disse o Cardeal Odilo Scherer, Arcebispo de São Paulo. 

O local já abrigava a fé católica da comunidade desde 1591, ainda como Vila de São Paulo Piratininga. O terreno foi escolhido pelo cacique Tibiriçá, primeiro indígena catequizado pelo padre José de Anchieta, e o templo foi feito com barro e palhas socados em formas de madeira, sendo elevada à Catedral em 1745.

Por causa deste título, em 1764 foi inaugurada a primeira versão da Catedral em estilo barroco,

A igreja foi o cenário de momentos importantes da história do Brasil, como o movimento pelas Diretas Já em 1984, o ato inter-religioso em repúdio à morte do jornalista Vladmir Herzog, entre outros.

No final dos anos 1990 até o início dos anos 2000, a igreja ficou fechada para restauração, reabrindo em 2002. Em 2016, o templo foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico,

Locais para contemplação e oração

Na lateral esquerda da Catedral da Sé, está localizada a Capela do Santíssimo Sacramento, onde imensos anjos observam a entrada dos fiéis.

Lado a lado estão os Santos Doutores da Eucaristia, acima das bodas de Caná e da cena de Emaús. O carrilhão de sinos, localizado nas torres da Catedral, é um dos maiores do Brasil, com 61 sinos, 35 são acionados eletronicamente.

Em meio à agitação é o corre-corre do centro da maior cidade do País, a Igreja Mãe da Arquidiocese de São Paulo é, sobretudo, um ponto de referência para a fé dos paulistanos. Na conta oficial da Catedral da Sé no Instagram pode-se conferir horários de missa, confissões e visitas ao templo.  Fonte: A112.com

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Cerca de 300 jovens participam da Jornada do Movimento 72 Peregrinos em Ibirapuitã

No último final de semana, a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Ibirapuitã, foi palco de um grande encontro de fé e renovação espiritual. Cerca de 300 jovens se reuniram na localidade para participar da Jornada do Movimento 72 Peregrinos, evento que tem como objetivo principal promover o reencontro entre os integrantes desse movimento jovem, que é marcado pela devoção e pelo desejo de evangelização.

A jornada foi marcada por momentos de reflexão, oração e confraternização. O ponto alto do evento foi a celebração da Santa Missa, presidida por Dom Nélio Domingos Zortea, Bispo Diocesano de Cruz Alta, que trouxe em sua homilia uma mensagem de encorajamento aos jovens, incentivando-os a continuar firmes em sua caminhada de fé e a manterem o espírito de unidade e serviço que caracteriza o Movimento dos 72 Peregrinos.

O Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Pe. Daniel S. Chagas, destacou a importância desse reencontro para o fortalecimento da fé dos jovens e para a continuidade das atividades do movimento. “Ver essa juventude reunida, animada e disposta a viver o evangelho é motivo de grande alegria. Esses momentos de partilha e oração são essenciais para que eles se sintam apoiados e motivados a seguir em frente em sua missão”, afirmou o sacerdote.

Além da celebração eucarística, a programação incluiu palestras, momentos de adoração, dinâmicas em grupo e música, proporcionando aos participantes uma experiência de renovação espiritual e de fortalecimento dos laços de amizade e fraternidade.

O Movimento 72 Peregrinos tem como característica principal a peregrinação e a busca por uma vida cristã autêntica, seguindo o exemplo dos 72 discípulos enviados por Jesus em missão, como relatado nos Evangelhos. A jornada realizada em Ibirapuitã reforça o compromisso dos jovens em levar adiante a mensagem de Cristo e em vivenciar a fé de forma ativa e engajada.

O evento foi encerrado com um momento de envio, no qual os jovens foram motivados a retornarem às suas comunidades com o coração renovado e com a missão de testemunhar o amor de Deus em todos os lugares onde estiverem. Fonte: CNBB Sul 3

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Diocese de Caxias do Sul apresenta série documental e revista especial dos 90 anos

Na coletiva de imprensa que reuniu comunicadores, padres, religiosos, o bispo diocesano e entrevistados, aconteceu o pré-lançamento do primeiro episódio: “Da Itália à Nova Pátria, a fé dos imigrantes”

Com a memória nas raízes, os pés no presente e o olhar no horizonte, Diocese de Caxias do Sul lança série documental dos 90 anos e a revista comemorativa das nove décadas de história. A ação aconteceu durante coletiva de imprensa, na manhã desta quinta-feira, 05 de setembro, no Espaço Mater Dei, junto à Catedral Diocesana.

 A Diocese de Caxias do Sul foi criada pela bula Quae Spirituali Christifidelium, do Papa Pio XI, em 08 de setembro de 1934, desmembrada da Arquidiocese de Porto Alegre. Segundo o decreto Christus Dominus, do Papa São Paulo VI, publicado em 1965, a “Diocese é a porção do Povo de Deus, que se confia a um Bispo para que a apascente com a colaboração do presbitério, de tal modo que, unida ao seu pastor e reunida por ele no Espírito Santo por meio do Evangelho e da Eucaristia, constitui uma Igreja particular, na qual está e opera a Igreja de Cristo, una, santa, católica e apostólica”.

No início do encontro, o bispo diocesano de Caxias do Sul, Dom José Gislon, que é mestre em História da Igreja, fez uma abordagem sobre a caminhada histórica da Diocese e os seus cinco anos à frente da Igreja na região. “Penso que é muito importante fazermos essa recordação histórica. E aqui faço memória de tanta gente que construiu e ainda constrói o dia a dia das nossas 983 comunidades. Louvemos e agradeçamos a Deus por todo o bem realizado”.

Depois, o vigário geral e coordenador de Pastoral, padre Leonardo Inácio Pereira, falou sobre os passos que a Diocese está realizando nas diferentes perspectivas da vida eclesial. “Essa jovem senhora de 90 anos tem uma rica história. E caminhando com toda a Igreja estamos nos preparando para lançar, também no dia dos 90 anos, o projeto do novo Plano Diocesano de Pastoral, para podermos planejar, pensar, executar, acompanhar e avaliar, juntos as nossas ações”.

Padre Leonardo convidou para a celebração dos 90 anos, que será no próximo domingo, 08 de setembro. A programação terá início às 16h, com o Terço dos Homens, seguindo às 18h30min com o lançamento oficial da série documental da história da Diocese, concluindo com a Missa presidida por Dom José Gislon às 19h. A Missa das 19h também contará com a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora de Caravaggio, há 65 anos declarada padroeira da Diocese.

Na sequência, padre Leonardo apresentou a revista comemorativa aos 90 anos da Diocese. A obra, de 20 páginas, é uma iniciativa da Coordenação Diocesana de Pastoral que será lançada oficialmente na Missa dos 90 anos, no domingo, e reúne artigos, a história que permeou a criação da Diocese e a linha do tempo da vida pastoral desta Igreja. Foram impressos 3 mil exemplares, que serão distribuídos aos fiéis, às paróquias e comunidades.

Por fim, o assessor de comunicação da Diocese, jornalista Felipe Padilha, também responsável por produzir e dirigir a série documental intitulada “Diocese de Caxias do Sul: 90 anos de comunhão, participação e missão”, apresentou a organização e todo o trabalho realizado em equipe. Além disso, ele abordou as temáticas dos nove episódios, que serão veiculados conforme as datas abaixo.

Feita a apresentação no evento que reuniu comunicadores, padres, religiosos, convidados e entrevistados, aconteceu o pré-lançamento do primeiro episódio: “Da Itália à Nova Pátria, a fé dos imigrantes”. A filmagem foi apresentada na tela e, ao mesmo tempo, disponibilizada nas redes sociais da Diocese de Caxias do Sul. O episódio pode ser acessado em: https://youtu.be/91W1K4WuQYA?si=k5G66nEHnf46Ivsm 

•05 de setembro: Ep. 01 – Da Itália à Nova Pátria, a fé dos imigrantes

•08 de setembro: Ep. 02 – 90 anos: como tudo começou...

•25 de setembro: Ep. 03 – Pastores segundo o coração de Deus

•12 de outubro: Ep. 04 – Vocações para formar Igreja e sociedade

•23 de outubro: Ep. 05 – Educar, conectar e comunicar

•06 de novembro: Ep. 06 – Mãos que evangelizam também cuidam

•20 de novembro: Ep. 07 – Mãos que cuidam e promovem a vida

•04 de dezembro: Ep. 08 – Arte e cultura como expressão de fé

•18 de dezembro: Ep. 09 – 90 anos, e agora? Comunhão, participação e missão

A Pastoral da Comunicação da Diocese de Caxias do Sul, está caminhando em comunhão com toda a Igreja. E, a partir do pedido do Papa Francisco de não esquecer quem nos transmitiu a fé, o subgrupo responsável pela produção pensou em celebrar os 90 anos da Diocese com uma série documental em vídeo, que recolhesse a história e as memórias de tanta gente que construiu essas nove décadas.

E assim se fez: em outubro de 2023, a Pascom reuniu pessoas de diversas áreas do conhecimento, ex-padres, historiadores, padres e fiéis leigos para que ajudassem o grupo a pensar na produção audiovisual. E esse grupo pensou, sugeriu, ponderou e pontuou. Para operacionalizar as gravações e edições, a Diocese contratou a Finis Comunicação. Foram realizadas mais de 30 entrevistas ao longo do mês de julho de 2024, em diversos locais e com diversas perspectivas da importância da Igreja: a visão acadêmica, a abordagem pastoral e os testemunhos.

Numa dessas reuniões da equipe foi recordada a existência de filmes antigos, em rolo, guardados no Museu Diocesano Dom José Barea. Assim, com a colaboração do Instituto Memória Histórica e Cultural da Universidade de Caxias do Sul (IMHC-UCS), foram digitalizadas as películas e descobertas preciosidades. Que preciosidades são essas? Só uma para despertar curiosidade: a gravação do Congresso Eucarístico Diocesano de 1948, que o IMHC data como o segundo filme mais antigo da cidade.

Fazem parte desta comissão que pensou esta série documental dos 90 anos:

•Pe. Álvaro Pinzetta

•Angélica Stefanski

•Anthony Beux Tessari

•Daniel Schüur

•Felipe Padilha

•Ivo Adamatti

•Pe. Kleiton Pena

•Rosalina Cassol Schvarstzhaupt

•Rudinei Zorzo

Ao final da coletiva de imprensa, o mestre em História da Igreja, cujo campo de pesquisa é a História da Diocese, padre Álvaro Luiz Pinzetta, fez uma breve recordação histórica dos fatos que antecederam a criação da Diocese de Caxias, em 08 de setembro de 1934. Logo depois, todos puderam confraternizar num coffee break oferecido pela Panificadora Rio Branco.

Fonte: Diocese de Caxias do Sul

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O Papa: lançar corajosamente as redes do Evangelho no meio do mar do mundo

Em sua homilia, na missa celebrada no Estádio Gelora Bung Karno, em Jacarta, Francisco citou duas atitudes fundamentais que o encontro com Jesus nos convida a viver e que nos tornam seus discípulos: escutar a Palavra e viver a Palavra.

Mariangela Jaguraba - Vatican News

O Papa Francisco celebrou a primeira missa pública de sua 45ª Viagem Apostólica Internacional, no Estádio Gelora Bung Karno, em Jacarta, na Indonésia, nesta quinta-feira (05/09).

Francisco iniciou sua homilia, citando duas atitudes fundamentais que o encontro com Jesus nos convida a viver e que nos tornam seus discípulos: escutar a Palavra e viver a Palavra.

Escutar a Palavra. O evangelista Lucas conta que muitas pessoas acorriam a Jesus e que a multidão se comprimia à volta dele «para escutar a palavra de Deus». Procuravam-no, tinham fome e sede da Palavra do Senhor, que ouviam ressoar nas palavras de Jesus.

Palavra de Deus, única bússola para o nosso caminho

Por isso, este episódio, que se repete tantas vezes no Evangelho, nos diz que o coração do homem está sempre à procura de uma verdade que possa aplacar e alimentar o seu desejo de felicidade; que não podemos contentar-nos apenas com as palavras humanas, os critérios deste mundo e os juízos terrenos.

“Precisamos sempre de uma luz do alto para iluminar os nossos passos, de uma água viva que possa irrigar os desertos da alma, de uma consolação que não desiluda porque provém do céu e não das coisas passageiras deste mundo.”

"Perante o entontecimento e a vaidade das palavras humanas, faz falta a Palavra de Deus, a única que é bússola para o nosso caminho e é capaz de, no meio de tantas feridas e perplexidades, nos reconduzir ao verdadeiro sentido da vida", disse ainda o Papa.

Segundo Francisco, "a primeira tarefa do discípulo não é vestir o hábito de uma religiosidade exteriormente perfeita, fazer coisas extraordinárias ou envolver-se em projetos grandiosos. Pelo contrário, o primeiro passo consiste em saber escutar a única Palavra que salva, que é a de Jesus, como podemos ver no episódio evangélico, o Mestre sobe para a barca de Pedro a fim de se afastar um pouco da margem e, assim, pregar melhor ao povo. A nossa vida de fé começa quando, acolhendo humildemente Jesus na barca da nossa vida, lhe damos espaço, escutamos a sua Palavra e, por ela, nos deixamos interpelar, estremecer e transformar".

Ousar uma vida nova

Ao mesmo tempo, a Palavra do Senhor pede para ser encarnada concretamente em nós: somos chamados a viver a Palavra. Quando terminou de pregar às multidões a partir da barca, Jesus dirige-se a Pedro, exortando-o a arriscar e a apostar nesta Palavra: «Faz-te ao largo; e vós, lançai as redes para a pesca».

A Palavra do Senhor não pode permanecer uma linda ideia abstrata ou suscitar apenas a emoção de um momento; ela exige-nos que mudemos o olhar, que deixemos o coração transformar-se à imagem do coração de Cristo; ela nos chama a lançar corajosamente as redes do Evangelho no meio do mar do mundo, “correndo o risco” de viver o amor que Ele nos ensinou e viveu em primeiro lugar.

“Também a nós o Senhor, com a força ardente da sua Palavra, nos pede para avançar para águas mais profundas, para sairmos das margens estagnadas dos maus hábitos, dos medos e da mediocridade, para ousarmos uma vida nova.”

Ter a mesma humildade e fé de Pedro

De acordo com Francisco, "existem sempre obstáculos e desculpas no sentido de dizermos “não”; mas olhemos de novo para a atitude de Pedro: tinha vindo de uma noite difícil, em que não tinha pescado nada, estava cansado e desiludido, e no entanto, em vez de ficar paralisado naquele vazio e bloqueado pelo seu próprio fracasso, diz: «Mestre, trabalhamos durante toda a noite e nada pescamos; mas, porque Tu o dizes, lançarei as redes». Porque Tu o dizes, lançarei as redes. E então se realiza o inaudito: o milagre de uma barca que se enche de peixes a ponto de quase afundar".

Irmãos e irmãs, perante as muitas tarefas da nossa vida quotidiana; perante o apelo, que todos sentimos, de construir uma sociedade mais justa, de avançar no caminho da paz e do diálogo – que aqui na Indonésia já foi traçado há muito tempo –, podemos por vezes julgar-nos inadequados, sentir o peso de tanto esforço que nem sempre dá os frutos esperados, ou o peso dos nossos erros que parecem impedir o caminho.

“Mas, com a mesma humildade e fé de Pedro, também nos é pedido para não ficarmos prisioneiros dos nossos fracassos e, em vez de permanecermos com os olhos fixos nas nossas redes vazias, olharmos para Jesus e confiarmos nele.”

Podemos sempre arriscar, avançando-nos ao mar e lançando de novo as redes, mesmo depois de termos atravessado a noite do fracasso, o tempo da desilusão, em que não pescamos nada.

Percorrer com confiança o caminho do diálogo

O Papa citou as palavras de Santa Teresa de Calcutá, cuja memória celebramos hoje, que se dedicou incansavelmente aos mais pobres e se tornou uma promotora da paz e do diálogo: “Quando nada tivermos para dar, demos esse nada. E lembra-te: nunca te canses de semear, mesmo se não vieres a colher nada”.

Francisco exortou os indonésios a ousarem sempre o sonho da fraternidade que é "um verdadeiro tesouro" entre eles. "Com a Palavra do Senhor encorajo-vos a semear o amor, a percorrer com confiança o caminho do diálogo, a praticar continuamente a bondade e amabilidade com o sorriso que vos caracteriza, a serem construtores de unidade e de paz. Sede construtores de esperança, daquela esperança do Evangelho que não desilude e abre a uma alegria sem fim", concluiu.

Fonte: Vatican News

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Francisco: que as religiões ajudem a sociedade a superar a violência e a indiferença

Nesta quinta-feira, 05/09, o Papa visitou a Mesquita Istiqlal em Jacarta, na Indonésia, para um encontro inter-religioso. O Pontífice destacou em seu discurso o "grande dom" do povo indonésio de trabalhar pelo diálogo, respeito mútuo e convivência harmoniosa aos quais todos somos chamados.

O Papa Francisco iniciou o terceiro dia de sua viagem apostólica à Ásia e Oceania na manhã desta quinta-feira, 5 de setembro, com uma visita à Mesquita Istiqlal, localizada em Jacarta, capital da Indonésia, para um encontro inter-religioso na maior mesquita do sudeste asiático. O Grande Imã, Dr. Nasaruddin Umar, recebeu o Santo Padre e no evento também foi assinada a Declaração Conjunta de Istiqlal 2024, que destaca que os valores comuns a todas as tradições religiosas devem ser efetivamente promovidos para "derrotar a cultura da violência e da indiferença" e promover a reconciliação e a paz.

O caminho comum rumo à luz

Após a chegada do Santo Padre, diante do "túnel da amizade" que liga a Mesquita à Catedral de Nossa Senhora da Assunção, símbolo de fraternidade entre as religiões, Francisco, em uma saudação, pronunciou as primeiras palavras de reconhecimento do caminho comum que a sociedade indonésia percorre “rumo à plena luz”. Um percurso que ocorre também graças a essa passagem subterrânea, iluminada pela amizade, pela concórdia e pelo apoio mútuo.

"Perante tantos sinais de ameaça, face aos tempos sombrios, contrapomos o sinal da fraternidade que, acolhendo o outro e respeitando a sua identidade, o incentiva a percorrer um caminho comum, feito de amizade e rumo à luz."

Anseio pelo infinito 

Em seguida, sob uma tenda do lado de fora da Mesquita, um trecho do Alcorão cantado por uma jovem com deficiência visual e a leitura de um texto do Evangelho introduziram o encontro. Em seu discurso, o Papa agradeceu ao Grande Imã por sua cordialidade e hospitalidade, e por lembrar a todos como este local de culto e oração é "uma grande casa para a humanidade", onde as pessoas podem tirar um tempo para se lembrar do "anseio pelo infinito" que carregamos em nossos corações e da necessidade de "buscar um encontro com o divino e experimentar a alegria da amizade com os outros".

Cultivar a harmonia

O Papa prestou homenagem ao "grande dom" dos indonésios em seu trabalho de promover o "diálogo, o respeito mútuo e a convivência harmoniosa entre religiões e diferentes sensibilidades espirituais". E afirmou que a história da Mesquita é um testemunho desses esforços, recordando que um arquiteto cristão local, Friedrich Silaban, venceu o concurso de design para sua construção. Francisco encorajou-os a cultivar esse dom todos os dias, "para que as experiências religiosas possam ser pontos de referência para uma sociedade fraterna e pacífica".

Encontro e diálogo

O "Túnel da Amizade" que conecta a Mesquita Istiqlal e a Catedral de Santa Maria da Assunção também representa "um sinal eloquente", observou o Papa, pois esses dois locais de culto não apenas se enfrentam, mas estão ligados um ao outro, permitindo "encontro e diálogo, uma verdadeira experiência de fraternidade". Segund