Informativo Diocesano Semanal - 08 de setembrode 2024
08/09/2024ASSESSORIA DIOCESANA DE COMUNICAÇÃO
www.diocesedeerexim.org.br E-mail: curia@diocesedeerexim.org.br
Fone/Fax: (54) 3522-3611
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Ano 28 – nº.
1.464 – 08 de setembro de 2024
Programação da semana: - Neste domingo, às 09h, na igreja da sede
paroquial Santa Luzia, Bairro Atlântico, Erechim, Dom Adimir, ordenação
diaconal de Paulo Cezar Panosso; no mesmo horário, na igreja São Tiago,
Aratiba, Monsenhor Agostinho Dors, missa e crismas.
- Segunda-feira, às 14h, no Auditório São
José, encontro com coordenadoras e coordenadores paro-quiais de zeladoras e
zeladores de capelinhas.
- Terça-feira, às 08h30, no Auditório São
Jose, 16º encontro de secretárias e secretários paroquiais e funcionários da
Cúria Diocesana.
- Reuniões de Áreas Pastorais, quarta-feira,
às 19h30, de São Valentim, em São Valentim; quinta-feira, também à 19h30, de Getúlio
Vargas, em Capoerê.
- Sexta-feira, às 14h30, na Catedral São
José, tarde de oração do Apostolado da Oração; às 14h e às 18h, no Santuário
Diocesano, terço e missa na comemoração da 5ª aparição de N. Sra. em Fátima,
Portugal.
- Crismas na igreja Santa Luzia, Bairro
Atlântico, Erechim: sexta-feira, às 19h, catequizandos da sede paroquial e
comunidade São Carlos, Bairro Demoliner; sábado, às 16h, catequizandos das comunida-des
Santa Clara e São Judas Tadeu; às 19h, catequizandos das comunidades N. Sra. do
Pedancino, N. Sra. do Rosário e loteamento Fiebig; domingo, às 09h,
catequizandos da sede paroquial; às 18h, catequizandos das comunidades São
Francisco e Santo Antonio.
- domingo, em Porto Alegre, congresso jubilar
da Renovação Carismática Católica em nosso Estado.
37ª
Romaria ao Santuário de N. Sra. da Santa Cruz: sábado,
dia 14, festa da Exaltação da Santa Cruz, no Santuário de N. Sra. da Santa
Cruz, na estrada de Erechim a Aratiba, RS 420, km 20. Tríduo preparatório, de
quarta-feira a sexta-feira, com procissão e missa às 20h; presidem as celebrações,
primeira noite, Pe. Maicon André Malacarne, Pároco da Paróquia S. Cristóvão,
Erechim; segunda noite, Monsenhor Agostinho Francisco Dors, Vigário Geral da
Diocese e paroquial da Catedral São José; terceira noite, Pe. Clair Favreto,
Pároco da Catedral São José. A animação de cada noite será de comunidades da
Paróquia da Catedral. Programação do dia da romaria, sábado: 07h45, celebração
com os trabalhadores; 08h, início das confissões e bênçãos; 09h15, Via-Sacra; 10h,
terço meditado e consagração das famílias; 10h30, celebração penitencial; 11h30,
bênção dos pães e outros alimentos; 12h, almoço partilhado; 13h, adoração e
bênção com o Santíssimo Sacramento; 14h, procissão e Missa.
Diáconos permanentes da Diocese de Erexim realizam seu retiro
anual: A
comunidade São João Batista da Paróquia São Valentim acolheu a maioria dos 26
diáconos permanentes e esposas da Diocese de Erexim para seu retiro anual ne
último dia e sábado do mês vocacional, 31 de agosto, juntamente com seu
assessor, Monsenhor Agostinho Francisco Dors, Vigário Geral da Diocese. O
retiro foi orientado pelo Pe. Ivanir Rodighero, pároco da Paróquia N. Sra. de
Fátima de Passo Fundo, coordenador e professor do curso de Teologia da Itepa
Faculdades. No ano de preparação para o Jubileu 2025, ele desenvolveu três
aspectos em suas reflexões, peregrinos da esperança, do amor e da fé. O pároco
da Paróquia de S. Valentim, Pe. Alvise Follador, concelebrou a missa de
encerramento do retiro que teve a participação também de membros da comunidade
local, aos quais os diáconos agradeceram pela acolhida e serviços prestados
para o bom andamento do encontro espiritual.
Catequistas da Diocese de Erexim vivem tarde de oração em
preparação ao Jubileu 2025:
Em preparação ao Jubileu 2025, 450 catequistas de 29
das 30 paróquias da Diocese de Erexim participaram de tarde de oração na igreja
São Pedro de Erechim, no último dia e sábado do mês vocacional, 31 de agosto. O
encontro foi conduzido por Tânia Madalosso e Pe. Jean Carlos Demboski, pároco
da paróquia N. Sra. do Monte Claro, Áurea, respectivamente, coordenadora e
assessor do setor de Animação Bíblico-Catequética da Diocese. O Bispo diocesano
Dom Adimir Antonio Mazali, na abertura do evento, saudou os participantes
destacando seu precioso e indispensável serviço às comunidades para o
conhecimento e vivência da fé. Pe.
Maicon André Malacarne, Pároco da Paróquia S. Cristóvão do Bairro do mesmo
nome, Erechim, assessorou a reflexão a partir de 4 passos com texto bíblico,
símbolo e súplica em cada um: acolher o Pai que vive na gente; reconhecer o Pai
nos itinerários e pessoas; discernir os conflitos com mansidão e paciência;
discípulos da Palavra de Deus reunidos em torno do Ressuscitado. O encontro foi
concluído com a celebração da Eucaristia presidida pelo Pe. Maicon e
concelebrada por 7 padres. Em sua homilia, ele mencionou o final do mês das
vocações e início do mês da Bíblia. Referiu-se a aspectos de crise atualmente –
crise de vocações, com seminários vazios, casas de religiosos fechando, poucos
casamentos. Observou que é tempo de reflexão sem lamentações, buscando perceber
o que o Senhor está dizendo nessa situação. À luz da leitura da missa, a
vocação de Samuel, convidou a todos a darem sempre a resposta dele ao chamado
de Deus “fala, Senhor, que teu servo escuta”, tendo a prontidão do refrão do
salmo de meditação: “eis que venho, Senhor, com prazer, faço a vossa vontade”.
Deus não se cansa de falar, esperando que despertemos nosso ouvido para o que
quer dizer-nos. Catequistas têm a missão de facilitar a ouvir a voz de Deus,
que é Pai, como Cristo nos ensinou no Pai nosso, conforme o evangelho
proclamado na celebração.
Pastoral da Criança celebra seus 40 anos nas Arquidioceses e
Dioceses do Rio Grande do Sul:
Mais de mil integrantes da Pastoral da Criança,
coordenadores, líderes e apoiadores, participaram de encontro no Santuário N.
Sra. do Caravaggio em Farroupilha, dia 31 de agosto, final do mês vocacional,
celebrando os 40 anos de atuação nas 4 Arquidioceses e 14 Dioceses do Rio
Grande do Sul, Regional Sul 3 da CNBB. A Diocese de Erexim teve 25
representantes no evento. Após a acolhida e troca de lembranças no salão comunitário
do Santuário, às 10h, os participantes foram até o ponto inicial das
procissões, a uns 500 metros do local. De lá, em procissão, dirigiram-se ao
Santuário com cantos e orações de louvor e de súplica. Portavam sombrinha
verde, cor utilizada nos banners, camisetas, impressos e outros materiais da
Pastoral da Criança e que expressa a esperança nos frutos dos trabalhos
realizados e das crianças acompanhadas. No Santuário houve a celebração da
Eucaristia, presidida pelo Bispo referencial da Pastoral da Criança no Regional
Sul 3 da CNBB, Dom Odair Miguel Gonsalves dos Santos, Bispo Auxiliar de Porto
Alegre, concelebrada pelo Bispo de Caxias do Sul, Dom José Gislon, OFMCap e por
mais de 10 padres. Após a missa, houve almoço no salão do Santuário, seguido de
apresentações diversas, com manifestação de gratidão às coordenadoras
diocesanas e à equipe de coordenação regional. A coordenadora nacional Maria
Ines Monteiro de Freitas agradeceu a dedicação de todos em assumir com amor e
compromisso a missão de promover a vida de gestantes e crianças até 6 anos.
Paróquia São Francisco de Assis, Bairro Progresso, Erechim, com
Administrador Paroquial:
Dom Adimir Antonio Mazali, Bispo Diocesano de
Erechim, oficializou Pe. Antonio Miro Serraglio, do Lar Sacerdotal, como Administrador
Paroquial da Paróquia São Francisco de Assis, Bairro Progresso, em missa na
igreja N. Sra. Aparecida, às 18h do dia 31 de agosto, final do mês vocacional e
véspera do início do mês da Bíblia. A missa foi concelebrada pelo Pe. Miro,
pelo até então Pároco, Pe. Felipe Fioravante Filippini, que continuará atuando
na Paróquia N. Sra. das Dores de Capoerê e pelo chanceler da Cúria Diocesana,
Pe. Antonio Valentini Neto. No início da celebração, Dom Admitir apresentou Pe.
Antonio Miro que foi acolhido com calorosa salva de palmas. Solicitou a leitura
do documento de nomeação do Pe. Miro como Administrador Paroquial. Passou a
palavra ao Pe. Felipe que expressou agradecimento a Deus e aos paroquianos pelo
tempo em que trabalhou na Paróquia e por tudo o que nela aprendeu. Motivou a
todos a verem no Pe. Miro a presença de Cristo com seu povo e a viverem ainda
mais a fé com abundantes frutos. Dom Adimir agradeceu ao Pe. Felipe desejando
frutuoso ministério daqui em diante atuando só na Paróquia N. Sra. das Dores de
Capoerê. No final da celebração, houve alguns pronunciamentos agradecendo ao
Pe. Felipe e dando boas-vindas ao Pe. Miro com entrega de brinde a cada um. Por
fim, falou o Pe. Miro. Citou Papa Francisco em exortação à firmeza na fé.
Agradeceu a Dom Adimir pela confiança em designá-lo para o trabalho na
Paróquia. Disse contar com a graça de Deus e a colaboração de todos.
Missas contemplando a família na Paróquia
Imaculada Conceição de Getúlio Vargas: De 13 a 27 de
agosto, a Paróquia Imaculada Conceição de Getúlio Vargas realizou 18 missas
reunindo as suas 35 comunidades por proximidade com destaque especial à
família, a partir do tema da Semana Nacional da Família, Família e Amizade
Social e seu lema: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt 23,8). As missas foram
presididas pelo pároco, Pe. Valtuir Bolzan, pelo vigário paroquial, Pe.
Severino Orso com a participação do Pe. William Boucal, em estágio na Paróquia.
Equipes de casais da Pastoral Familiar, Movimento de Cursilho de Cristandade e
do Encontro de Casais com Cristo aninaram as celebrações. Foram oportunidade de
profunda espiritualidade e reflexão sobre a importância da família, bem como de
união e partilha entre comunidades próximas.
Nota
sobre Projeto de Lei do Senado que altera a Lei da Ficha Limpa: A Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB) e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) publicaram,
na segunda-feira, dia 2, nota sobre o Projeto de Lei Complementar (PLP) nº
192/2023 em tramitação no Senado que propõe alterações significativas na Lei da
Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135, de 2010), uma das mais importantes
conquistas democráticas da sociedade brasileira, resultado de uma ampla
mobilização popular coordenada pelas duas organizações. O projeto de lei beneficiaria
especialmente aqueles condenados por crimes graves, cuja inelegibilidade poderá
ser reduzida ou mesmo anulada antes do cumprimento total das penas. As duas
organizações esperam que o mencionado projeto seja rejeitado, em respeito à
vontade popular e à integridade das nossas instituições democráticas. Que
prevaleça o compromisso com a ética e a justiça, valores fundamentais para a
construção de um Brasil mais justo, democrático e solidário.
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Informações da semana
Do dia 05/9/2024
Encontro
Nacional, que acontece na Casa do Luciano de 5 a 7 de setembro, reflete o
futuro da evangelização dos jovens no Brasil
Entre
os dias 5 e 7 de setembro, a Casa Dom Luciano, em Brasília, recebe o Encontro
Nacional de Responsáveis de Juventude das Dioceses e Assessores das Expressões
Juvenis. Promovido pela Comissão Episcopal para a Juventude da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o evento conta com a participação de mais
de 250 representantes, vindos de mais de 230 dioceses de todos os regionais do
país.
Na
abertura do encontro, o bispo de Imperatriz (MA) e presidente da comissão, dom
Vilsom Basso, exortou os presentes com uma mensagem de união e entusiasmo,
pedindo que todos, em alta voz, afirmassem juntos: “Nós amamos as juventudes”.
Dom
Vilsom também destacou a alegria de ver o trabalho da Igreja no país ser
referência mundial, reconhecido em muitos países, e a satisfação de o Brasil,
sendo um país continental e diverso, enfrentar desafios com dedicação e alegria
ao caminhar com e pelas juventudes.
O
encontro apresenta uma programação abrangente e diversificada, incluindo
análise de conjuntura, o Documento 85, o projeto “Ao seu Lado”, uma reflexão
sobre o papel da assessoria, gamificação – com o objetivo de aproximar a Igreja
das novas gerações por meio de novas linguagens e métodos inovadores na
evangelização -, preparação para o Jubileu dos Jovens 2025, além de um foco
importante na prevenção ao suicídio de adolescentes e jovens.
Rodas
de conversas em uma Igreja Sinodal
Uma
importante característica do encontro deste ano é o formato de “sínodo das
mesas”, inspirado nos processos sinodais realizados com o Papa Francisco, que
privilegiam o formato de rodas de conversa. Todas as atividades são realizadas
em grupos de reflexão e escuta ativa, com momentos chamados de “conversa no
Espírito”. Os grupos compartilham com os demais os principais temas discutidos,
promovendo uma troca rica de experiências e perspectivas.
Por
Jovens Conectados/Comissão para a Juventude CNBB
Fonte:
CNBB
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Lançado
oficialmente o hino da Campanha Missionária 2024, intitulado “Com a Força do Espírito”
Foi
lançado oficialmente o hino da Campanha Missionária 2024, intitulado “Com a
Força do Espírito”. A canção, que já começa a ecoar nas comunidades, é parte
central das atividades do mês missionário, celebrado em outubro. Neste ano, o
mês missionário tem como lema “Ide, convidai a todos para o banquete” e o tema
“Com a força do Espírito, testemunhas de Cristo”.
A
Campanha Missionária é uma iniciativa que visa fortalecer a missão da Igreja,
incentivando os fiéis a assumirem a essência missionária da Igreja, no apoio
aos mais necessitados ao redor do mundo. Durante todo o mês de outubro, as
comunidades são convidadas a vivenciar intensamente o chamado missionário,
promovendo atividades de oração, formação e solidariedade.
A
canção “Com a Força do Espírito”, composta originalmente para ser o hino do
Congresso Missionário da Diocese de Coari (AM), foi gentilmente cedida para
animar a Campanha Missionária deste ano. A música reflete a essência do tema,
inspirando os fiéis a serem testemunhas autênticas de Cristo, impulsionados
pela força do Espírito Santo. A melodia e a letra foram pensadas para unir as
vozes de toda a Igreja em um só clamor de esperança e colaboração com as
Igrejas mais pobres no mundo.
A
letra do hino “Com a força do Espírito”
Hino
Campanha Missionária 2024
Título:
Com a força do Espírito
Letra
e música: Ana Luiza M.F e Pe. Gordiano - Produção: Tonn Bass e Leila Mell
Refrão:
Com a força do Espírito, testemunhas de Cristo Levamos sua luz, / convidando
todos ao banquete com Jesus. (2X)
1.
Nas ruas das cidades, nas estradas e vicinais / onde se esconde a esperança /
Somos todos mensageiros, de amor e de paz.
2.
Caminhamos lado a lado, guiados pela fé / Anunciando a boa nova, que liberta e
revigora cada homem e mulher.
3.
Ide, convidai a todos para o banquete / Onde a graça e o perdão são presentes
plenamente / Ecoando o chamado / Celebremos a vida, em comunhão eternamente
Ficha
técnica
Canção
“Com a força do Espírito”
Letra
e Música: Ana Luiza Feitosa e Pe. Raimundo Gordiano
Produção,
interpretação e gravação: Leila Mel & Tom Bass
Com
informações das Pontifícias Obras Missionárias
Fonte:
CNBB
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Bogotá sedia o
II Encontro de Responsáveis de Prevenção de Abusos da Igreja na América Latina
e Caribe
Representantes
das 22 Conferências Episcopais da América Latina e do Caribe estão reunidos em
Bogotá, Colômbia, de 3 a 7 de setembro para o II Encontro de Responsáveis de
Prevenção de Abusos. O evento tem como objetivo fortalecer as ações de
prevenção e combate aos abusos na Igreja, promovendo a troca de experiências e
o desenvolvimento de políticas e protocolos eficazes na prevenção e
enfretamento de abusos.
O
encontro conta com a participação de representantes de diversos países,
incluindo o Brasil. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou o
bispo de Itumbiara (GO) e presidente da Comissão Especial para a Proteção da
Criança, Adolescentes e Vulneráveis da CNBB, dom José Aparecido, da integrante
do Comitê de Política de Proteção Infantil e Adultos Vulneráveis da CNBB,
Osnilda Lima. Além disso, o Brasil também está representado por membros do
escritório Brasileiro da Porticus e do Núcleo Lux Mundi.
Estratégias
e experiências
A
realização do encontro em Bogotá destaca a importância da colaboração entre as
conferências episcopais da região para enfrentar esse desafio de forma conjunta
e eficaz. A troca de experiências e o desenvolvimento de estratégias conjuntas
são fundamentais para garantir que a Igreja seja um espaço seguro e acolhedor
para todos, especialmente para crianças, adolescentes e adultos vulneráveis.
De acordo com o presidente da Comissão
Especial para a Proteção da Criança, Adolescentes e Vulneráveis da CNBB, dom
José Aparecido, este encontro que trabalha a cultura do cuidado e proteção de
crianças e adolescentes busca responder a um pedido do Papa. “É um trabalho
muito bonito, feito em rede que permite um maior alcance da cultura do cuidado
na América Latina”, disse.
O
bispo disse que informa que a Comissão no Brasil tem procurado dar assistência
a toda a Igreja n o Brasil. “Nós estamos agora revendo as diretrizes e
orientações pastorais feitas em 2019 de acordo com as normais atuais da Igreja.
Tendo em conta também as normas dos Justiça no Brasil que contribuirá em muito
neste trabalho de proteção e cuidado”, disse. Ele informou também que este
trabalho tem estimulados as Igrejas e dioceses a criarem mecanismos adequados
de prevenção, cuidado e proteção.
Osnilda
Lima ressalta a importância do diálogo e da colaboração entre as conferências
episcopais para combater o grave problema dos abusos na Igreja, sejam eles de
natureza espiritual, sexual, moral ou psicológica. “É essencial progredirmos na
prevenção e na conscientização. Acredito que a direção tomada é irreversível!
Tolerância zero, como nos alerta o papa francisco”. Ela reforça que é
importante lembrar que qualquer forma de abuso é inaceitável e causa graves
danos às vítimas. “A Igreja tem o dever de proteger seus membros e pessoas que
frequentam seus espaços e garantir um ambiente seguro para todos”.
A
Igreja e a prevenção de abusos
A
expectativa é que o encontro impulsione ações concretas na prevenção e combate
aos abusos, consolidando o compromisso da Igreja com a proteção dos mais
vulneráveis. Para isso, serão abordados temas como: formação: de agentes de
pastoral, padres, bispos e religiosos para a prevenção e identificação de
abusos; canais de denúncia e escuta: criação e fortalecimento de mecanismos
seguros e acessíveis para denúncias e acolhimento das vítimas; assistência às
vítimas: oferta de apoio psicológico, espiritual e jurídico às vítimas de
abuso; responsabilização dos agressores: aplicação de medidas disciplinares e
legais aos responsáveis por abusos e o tema da comunicação: estratégias para
abordar o tema de forma transparente e responsável nos meios de comunicação.
O
Secretário da Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores dom Luis Manuel
Alí Herrera apresentou ações e iniciativas, incluindo a criação e implementação
de diretrizes, formação e capacitação, criação de centros de escuta, promoção
da transparência e da responsabilização, diálogo com as vítimas e cooperação
internacional e a proposta de um marco universal para as diretrizes da igreja
para a proteção de menores e adultos vulneráveis.
Trabalho
da Comissão Pontifícia
O
Secretário da Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores, dom Luis Manuel
Alí Herrera, apresentou as ações e iniciativas que a Comissão vem realizando,
incluindo a criação e implementação de diretrizes para a proteção de menores e
adultos vulneráveis; formação e capacitação de agentes da Igreja, criação de
centros de escuta para as vítimas, promoção da transparência e da
responsabilização na Igreja, diálogo constante com as vítimas de abuso,
cooperação internacional para fortalecer a luta contra os abusos. Além disso,
dom Luis falou sobre o marco universal para as diretrizes da Igreja na proteção
de menores e adultos vulneráveis que está em processo de construção.
Por
Osnilda Lima
Fonte:
CNBB
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Programação do
Encontro de Assessores Jurídicos de Dioceses e do Seminário sobre a Laicidade
do Estado
A
organização do 2º Encontro Nacional de Assessores Jurídicos de Dioceses (ENAJD)
divulgou a programação completa do evento, que será realizado de 17 a 19 de
setembro, na Casa Dom Luciano Mendes de Almeida, em Brasília (DF). Também está
disponível a programação do Seminário sobre a Laicidade do Estado, que será
realizado no período noturno, na mesma data do ENAJD.
ENAJD
O
ENAJD é promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e
destinado exclusivamente a advogados que atuam junto às dioceses brasileiras.
As inscrições seguem abertas.
A
programação vai abordar as principais questões jurídicas que desafiam a missão
desses profissionais na atualidade. Em oito painéis, serão tratados temas como
a parceria entre organizações religiosas e o Estado, noções gerais do
procedimento canônico, a Reforma Tributária, a nova realidade do CEBAS diante
da Reforma Tributária, a questão sindical e o relacionamento com a mídia em
episódios de crise. Haverá ainda uma plenária com estudos de casos.
15
anos do acordo Brasil Santa Sé
De
forma concomitante, os participantes poderão participar do Simpósio celebrativo
dos 15 anos do Acordo Brasil Santa Sé, com o tema “Laicidade do Estado e a
liberdade religiosa”, com conferências de autoridades religiosas, o procurador-geral
da República e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
A
programação dos eventos:
Programação
do II Encontro Nacional de Assessores Jurídicos de Dioceses e do Simpósio sobre
a Laicidade do Estado e a Liberdade Religiosa
Dia
17 – Terça-feira
9h
– 1º Painel: Aula Magna – Parceria entre as Organizações Religiosas e o Estado
Palestrante:
Ministro Jorge Messias – Advogado Geral da União
10h
– Coffe-break
10h30
– 2º Painel: Noções Gerais do Procedimento Canônico. Os Delitos Econômicos
Palestrante:
Padre Valdinei Ribeiro
12h00
– Almoço
14h30
– 3º Painel: Noções Gerais do Procedimento Canônico. Os Delitos Econômicos
Palestrante:
Padre Valdinei Ribeiro
16h30
– Coffe-break
18h30
Jantar (para os hospedados na Casa Dom Luciano)
19h30
– Simpósio
Tema:
Memória histórica do Acordo Brasil Santa Sé
Conferencistas:
Cardeal Lorenzo Baldisseri e Ministro José Francisco Rezek
Mediador:
Dom Jaime Spengler
21h30
– Coffe-break
Dia
18 – Quarta-feira
9h
– 1º Painel: Reforma Tributária – Aspectos Gerais
Palestrante:
Dra. Hadassah Santana
Mediador:
Dr. João Paulo Amaral Rodrigues
10h
– Coffe-break
10h30
– 2º Painel: Nova realidade do CEBAS diante da Reforma Tributária
Palestrante:
Dr. José Eduardo Sabo Paes
Mediador:
Dr. Hugo Sarubbi Cysneiros
12h
– Almoço
14h30
– 3º Painel: Plenária com estudo de casos
Mediador:
Hugo Sarubbi Cysneiros
16h30
– Coffe-break
18h30
– Jantar (para os hospedados na Casa Dom Luciano)
19h30
– Simpósio
Tema:
A gênese do Estado Laico e as relações institucionais
Conferencistas:
Dr. Paulo Gonet Branco e Ministro José Antônio Dias Toffoli
Mediador:
Ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha
21h30
– Coffe-break
Dia
19 – Quinta-feira
9h
– 1º Painel: Análise de Soluções de Consulta de interesse das Organizações
Religiosas
Palestrante:
Representante da Secretaria da Receita Federal do Brasil
10h
– Coffe-break
10h30
– 2º Painel: A questão sindical: constituição, medidas práticas e normas
coletivas em negociação
Palestrante:
Ministro Ives Gandra Martins Filho
Mediadora:
Dra. Vera Maria Barbosa Costa
12h00
– Almoço
14h30
– 3º Painel: Relacionamento com a mídia em episódios de crise
Palestrante:
Jornalista Heraldo Pereira
Mediador:
Dr. João Paulo Amaral Rodrigues
16h30
– Coffe-break
18h30
Jantar (para os hospedados na Casa Dom Luciano)
19:30
– Simpósio
Tema:
A laicidade do Estado e a religião
Conferencistas:
Cardeal Paulo Cezar Costa e Ministro Gilmar Ferreira Mendes
Mediador:
Dom João Justino de Medeiros
21:30
Coquetel de encerramento - Fonte: CNBB
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No coração de São Paulo,
Catedral da Sé celebra 70 anos
Em 1954
foi inaugurada a nova Igreja Matriz da capital paulistana, no lugar do templo
que já tem mais de quatro séculos de história
Escrito
por Redação A12
Um dos
principais pontos turísticos de São
Paulo (SP) a Catedral da
Sé, tem 111 metros de comprimento, 46 de largura, torres com 92
metros de altura e capacidade para 8
mil pessoas.
A
Catedral, sonhada pelo então Arcebispo
Dom Duarte Leopoldo e Silva, é hoje o que um dia ele mesmo desejou:
“Uma escola de arte e um estímulo a
pensamentos mais nobres e elevados (…) uma Catedral opulenta que,
testemunhando a fartura dos nossos
recursos materiais, seja também um hino de ação de graças a Deus Nosso Senhor."
A
inauguração parcial da Catedral da Sé como conhecemos hoje, aconteceu no dia 25 de janeiro de 1954 durante
as comemorações dos 400 anos de São
Paulo, após atrasos na construção e das duas guerras mundiais em que o mundo passou naquele período.
No
entanto, o templo foi dedicado
(cerimônia solene na qual a catedral é consagrada e dedicada ao culto divino)
somente em 5 de setembro daquele
ano. O rito solene de dedicação foi presidido por Dom Adeodato Giovanni Piazza, enviado pontifício para o primeiro
Congresso Nacional da Padroeira do Brasil, realizado entre São Paulo e Aparecida, evento que também marcou o
centenário da proclamação do dogma da Imaculada Conceição (1854).
A
padroeira é Nossa Senhora da
Assunção, referência ao outro dogma mariano proclamado pouco antes de
sua inauguração, em 1950, que afirma
que, após terminar o curso terreno de sua vida, a Virgem Maria foi assunta,
isto é, levada de corpo e alma à glória celeste.
"A Catedral Metropolitana está localizada a
poucos passos do Pateo do Collegio, onde São Paulo teve início em 1554,
com a missão jesuítica que contou, entre outros, com o padre Manoel da Nóbrega e São José de Anchieta. Entre as
casinhas dos indígenas e dos poucos portugueses, erguia-se a primeira capela da cidade. Consta que o terreno onde
está situada a atual Catedral da Sé foi
doado aos missionários pelo cacique Tibiriçá. A vida da atual metrópole
teve início mediante o encontro de
povos, raças, culturas e religiões. Esse mesmo encontro e interação
marcaram também o seu desenvolvimento. A
catedral é testemunha desse encontro. Oxalá siga sendo assim também para
o futuro de nossa cidade", disse o Cardeal Odilo Scherer, Arcebispo de São Paulo.
O local já abrigava a fé católica da comunidade
desde 1591, ainda
como Vila de São Paulo Piratininga. O
terreno foi escolhido pelo cacique Tibiriçá, primeiro indígena catequizado pelo
padre José de Anchieta, e o templo foi feito com barro e palhas socados em
formas de madeira, sendo elevada à Catedral em 1745.
Por causa
deste título, em 1764 foi inaugurada a primeira versão da Catedral em estilo barroco,
A igreja
foi o cenário de momentos importantes da história do Brasil, como o movimento pelas Diretas Já em 1984,
o ato inter-religioso em repúdio à
morte do jornalista Vladmir Herzog, entre outros.
No final
dos anos 1990 até o início dos anos 2000, a igreja ficou fechada para restauração, reabrindo em 2002. Em
2016, o templo foi tombado pelo Conselho
de Defesa do Patrimônio Histórico,
Locais para contemplação e oração
Na
lateral esquerda da Catedral da Sé, está
localizada a Capela do Santíssimo Sacramento, onde imensos anjos observam a
entrada dos fiéis.
Lado a
lado estão os Santos Doutores da Eucaristia, acima das bodas de Caná e da cena de Emaús. O carrilhão de sinos,
localizado nas torres da Catedral, é um dos maiores do Brasil, com 61 sinos, 35 são acionados
eletronicamente.
Em meio à
agitação é o corre-corre do centro da
maior cidade do País, a Igreja Mãe da Arquidiocese de São Paulo é, sobretudo, um ponto de referência para a fé
dos paulistanos. Na conta oficial da Catedral da Sé
no Instagram pode-se
conferir horários de missa, confissões e visitas ao templo. Fonte: A112.com
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Cerca de 300
jovens participam da Jornada do Movimento 72 Peregrinos em Ibirapuitã
No
último final de semana, a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Ibirapuitã, foi
palco de um grande encontro de fé e renovação espiritual. Cerca de 300 jovens
se reuniram na localidade para participar da Jornada do Movimento 72
Peregrinos, evento que tem como objetivo principal promover o reencontro entre
os integrantes desse movimento jovem, que é marcado pela devoção e pelo desejo
de evangelização.
A
jornada foi marcada por momentos de reflexão, oração e confraternização. O
ponto alto do evento foi a celebração da Santa Missa, presidida por Dom Nélio
Domingos Zortea, Bispo Diocesano de Cruz Alta, que trouxe em sua homilia uma
mensagem de encorajamento aos jovens, incentivando-os a continuar firmes em sua
caminhada de fé e a manterem o espírito de unidade e serviço que caracteriza o
Movimento dos 72 Peregrinos.
O
Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Pe. Daniel S. Chagas, destacou a
importância desse reencontro para o fortalecimento da fé dos jovens e para a
continuidade das atividades do movimento. “Ver essa juventude reunida, animada
e disposta a viver o evangelho é motivo de grande alegria. Esses momentos de
partilha e oração são essenciais para que eles se sintam apoiados e motivados a
seguir em frente em sua missão”, afirmou o sacerdote.
Além
da celebração eucarística, a programação incluiu palestras, momentos de
adoração, dinâmicas em grupo e música, proporcionando aos participantes uma
experiência de renovação espiritual e de fortalecimento dos laços de amizade e
fraternidade.
O
Movimento 72 Peregrinos tem como característica principal a peregrinação e a
busca por uma vida cristã autêntica, seguindo o exemplo dos 72 discípulos
enviados por Jesus em missão, como relatado nos Evangelhos. A jornada realizada
em Ibirapuitã reforça o compromisso dos jovens em levar adiante a mensagem de
Cristo e em vivenciar a fé de forma ativa e engajada.
O
evento foi encerrado com um momento de envio, no qual os jovens foram motivados
a retornarem às suas comunidades com o coração renovado e com a missão de
testemunhar o amor de Deus em todos os lugares onde estiverem. Fonte: CNBB Sul
3
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Diocese de
Caxias do Sul apresenta série documental e revista especial dos 90 anos
Na
coletiva de imprensa que reuniu comunicadores, padres, religiosos, o bispo
diocesano e entrevistados, aconteceu o pré-lançamento do primeiro episódio: “Da
Itália à Nova Pátria, a fé dos imigrantes”
Com
a memória nas raízes, os pés no presente e o olhar no horizonte, Diocese de
Caxias do Sul lança série documental dos 90 anos e a revista comemorativa das
nove décadas de história. A ação aconteceu durante coletiva de imprensa, na
manhã desta quinta-feira, 05 de setembro, no Espaço Mater Dei, junto à Catedral
Diocesana.
A Diocese de Caxias do Sul foi criada pela
bula Quae Spirituali Christifidelium, do Papa Pio XI, em 08 de setembro de
1934, desmembrada da Arquidiocese de Porto Alegre. Segundo o decreto Christus
Dominus, do Papa São Paulo VI, publicado em 1965, a “Diocese é a porção do Povo
de Deus, que se confia a um Bispo para que a apascente com a colaboração do
presbitério, de tal modo que, unida ao seu pastor e reunida por ele no Espírito
Santo por meio do Evangelho e da Eucaristia, constitui uma Igreja particular,
na qual está e opera a Igreja de Cristo, una, santa, católica e apostólica”.
No
início do encontro, o bispo diocesano de Caxias do Sul, Dom José Gislon, que é
mestre em História da Igreja, fez uma abordagem sobre a caminhada histórica da
Diocese e os seus cinco anos à frente da Igreja na região. “Penso que é muito
importante fazermos essa recordação histórica. E aqui faço memória de tanta
gente que construiu e ainda constrói o dia a dia das nossas 983 comunidades.
Louvemos e agradeçamos a Deus por todo o bem realizado”.
Depois,
o vigário geral e coordenador de Pastoral, padre Leonardo Inácio Pereira, falou
sobre os passos que a Diocese está realizando nas diferentes perspectivas da
vida eclesial. “Essa jovem senhora de 90 anos tem uma rica história. E
caminhando com toda a Igreja estamos nos preparando para lançar, também no dia
dos 90 anos, o projeto do novo Plano Diocesano de Pastoral, para podermos
planejar, pensar, executar, acompanhar e avaliar, juntos as nossas ações”.
Padre
Leonardo convidou para a celebração dos 90 anos, que será no próximo domingo,
08 de setembro. A programação terá início às 16h, com o Terço dos Homens,
seguindo às 18h30min com o lançamento oficial da série documental da história
da Diocese, concluindo com a Missa presidida por Dom José Gislon às 19h. A
Missa das 19h também contará com a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora
de Caravaggio, há 65 anos declarada padroeira da Diocese.
Na
sequência, padre Leonardo apresentou a revista comemorativa aos 90 anos da
Diocese. A obra, de 20 páginas, é uma iniciativa da Coordenação Diocesana de
Pastoral que será lançada oficialmente na Missa dos 90 anos, no domingo, e
reúne artigos, a história que permeou a criação da Diocese e a linha do tempo
da vida pastoral desta Igreja. Foram impressos 3 mil exemplares, que serão
distribuídos aos fiéis, às paróquias e comunidades.
Por
fim, o assessor de comunicação da Diocese, jornalista Felipe Padilha, também
responsável por produzir e dirigir a série documental intitulada “Diocese de
Caxias do Sul: 90 anos de comunhão, participação e missão”, apresentou a
organização e todo o trabalho realizado em equipe. Além disso, ele abordou as
temáticas dos nove episódios, que serão veiculados conforme as datas abaixo.
Feita
a apresentação no evento que reuniu comunicadores, padres, religiosos,
convidados e entrevistados, aconteceu o pré-lançamento do primeiro episódio: “Da
Itália à Nova Pátria, a fé dos imigrantes”. A filmagem foi apresentada na tela
e, ao mesmo tempo, disponibilizada nas redes sociais da Diocese de Caxias do
Sul. O episódio pode ser acessado em:
https://youtu.be/91W1K4WuQYA?si=k5G66nEHnf46Ivsm
•05
de setembro: Ep. 01 – Da Itália à Nova Pátria, a fé dos imigrantes
•08
de setembro: Ep. 02 – 90 anos: como tudo começou...
•25
de setembro: Ep. 03 – Pastores segundo o coração de Deus
•12
de outubro: Ep. 04 – Vocações para formar Igreja e sociedade
•23
de outubro: Ep. 05 – Educar, conectar e comunicar
•06
de novembro: Ep. 06 – Mãos que evangelizam também cuidam
•20
de novembro: Ep. 07 – Mãos que cuidam e promovem a vida
•04
de dezembro: Ep. 08 – Arte e cultura como expressão de fé
•18
de dezembro: Ep. 09 – 90 anos, e agora? Comunhão, participação e missão
A
Pastoral da Comunicação da Diocese de Caxias do Sul, está caminhando em
comunhão com toda a Igreja. E, a partir do pedido do Papa Francisco de não
esquecer quem nos transmitiu a fé, o subgrupo responsável pela produção pensou
em celebrar os 90 anos da Diocese com uma série documental em vídeo, que
recolhesse a história e as memórias de tanta gente que construiu essas nove
décadas.
E
assim se fez: em outubro de 2023, a Pascom reuniu pessoas de diversas áreas do
conhecimento, ex-padres, historiadores, padres e fiéis leigos para que
ajudassem o grupo a pensar na produção audiovisual. E esse grupo pensou,
sugeriu, ponderou e pontuou. Para operacionalizar as gravações e edições, a
Diocese contratou a Finis Comunicação. Foram realizadas mais de 30 entrevistas
ao longo do mês de julho de 2024, em diversos locais e com diversas
perspectivas da importância da Igreja: a visão acadêmica, a abordagem pastoral
e os testemunhos.
Numa
dessas reuniões da equipe foi recordada a existência de filmes antigos, em
rolo, guardados no Museu Diocesano Dom José Barea. Assim, com a colaboração do
Instituto Memória Histórica e Cultural da Universidade de Caxias do Sul
(IMHC-UCS), foram digitalizadas as películas e descobertas preciosidades. Que
preciosidades são essas? Só uma para despertar curiosidade: a gravação do
Congresso Eucarístico Diocesano de 1948, que o IMHC data como o segundo filme
mais antigo da cidade.
Fazem
parte desta comissão que pensou esta série documental dos 90 anos:
•Pe.
Álvaro Pinzetta
•Angélica
Stefanski
•Anthony
Beux Tessari
•Daniel
Schüur
•Felipe
Padilha
•Ivo
Adamatti
•Pe.
Kleiton Pena
•Rosalina
Cassol Schvarstzhaupt
•Rudinei
Zorzo
Ao
final da coletiva de imprensa, o mestre em História da Igreja, cujo campo de
pesquisa é a História da Diocese, padre Álvaro Luiz Pinzetta, fez uma breve
recordação histórica dos fatos que antecederam a criação da Diocese de Caxias,
em 08 de setembro de 1934. Logo depois, todos puderam confraternizar num coffee
break oferecido pela Panificadora Rio Branco.
Fonte:
Diocese de Caxias do Sul
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O
Papa: lançar corajosamente as redes do Evangelho no meio do mar do mundo
Em sua
homilia, na missa celebrada no Estádio Gelora Bung Karno, em Jacarta, Francisco
citou duas atitudes fundamentais que o encontro com Jesus nos convida a viver e
que nos tornam seus discípulos: escutar a Palavra e viver a Palavra.
Mariangela
Jaguraba - Vatican News
O Papa
Francisco celebrou a primeira missa pública de sua 45ª Viagem Apostólica
Internacional, no Estádio Gelora Bung Karno, em Jacarta, na Indonésia, nesta
quinta-feira (05/09).
Francisco
iniciou sua homilia, citando duas atitudes fundamentais que o encontro com
Jesus nos convida a viver e que nos tornam seus discípulos: escutar a
Palavra e viver a Palavra.
Escutar a
Palavra. O
evangelista Lucas conta que muitas pessoas acorriam a Jesus e que a multidão se
comprimia à volta dele «para escutar a palavra de Deus». Procuravam-no, tinham
fome e sede da Palavra do Senhor, que ouviam ressoar nas palavras de Jesus.
Palavra de Deus, única bússola para o nosso caminho
Por isso,
este episódio, que se repete tantas vezes no Evangelho, nos diz que o coração
do homem está sempre à procura de uma verdade que possa aplacar e alimentar o
seu desejo de felicidade; que não podemos contentar-nos apenas com as palavras
humanas, os critérios deste mundo e os juízos terrenos.
“Precisamos
sempre de uma luz do alto para iluminar os nossos passos, de uma água viva que
possa irrigar os desertos da alma, de uma consolação que não desiluda porque
provém do céu e não das coisas passageiras deste mundo.”
"Perante
o entontecimento e a vaidade das palavras humanas, faz falta a Palavra de Deus,
a única que é bússola para o nosso caminho e é capaz de, no meio de tantas
feridas e perplexidades, nos reconduzir ao verdadeiro sentido da vida",
disse ainda o Papa.
Segundo
Francisco, "a primeira tarefa do discípulo não é vestir o hábito de uma
religiosidade exteriormente perfeita, fazer coisas extraordinárias ou
envolver-se em projetos grandiosos. Pelo contrário, o primeiro passo consiste
em saber escutar a única Palavra que salva, que é a de Jesus, como podemos ver
no episódio evangélico, o Mestre sobe para a barca de Pedro a fim de se afastar
um pouco da margem e, assim, pregar melhor ao povo. A nossa vida de fé começa
quando, acolhendo humildemente Jesus na barca da nossa vida, lhe damos espaço,
escutamos a sua Palavra e, por ela, nos deixamos interpelar, estremecer e
transformar".
Ousar uma vida nova
Ao mesmo
tempo, a Palavra do Senhor pede para ser encarnada concretamente em nós: somos
chamados a viver a Palavra. Quando terminou de pregar às
multidões a partir da barca, Jesus dirige-se a Pedro, exortando-o a arriscar e
a apostar nesta Palavra: «Faz-te ao largo; e vós, lançai as redes para a
pesca».
A Palavra
do Senhor não pode permanecer uma linda ideia abstrata ou suscitar apenas a
emoção de um momento; ela exige-nos que mudemos o olhar, que deixemos o coração
transformar-se à imagem do coração de Cristo; ela nos chama a lançar
corajosamente as redes do Evangelho no meio do mar do mundo, “correndo o risco”
de viver o amor que Ele nos ensinou e viveu em primeiro lugar.
“Também a
nós o Senhor, com a força ardente da sua Palavra, nos pede para avançar para
águas mais profundas, para sairmos das margens estagnadas dos maus hábitos, dos
medos e da mediocridade, para ousarmos uma vida nova.”
Ter a mesma humildade e fé de Pedro
De acordo
com Francisco, "existem sempre obstáculos e desculpas no sentido de
dizermos “não”; mas olhemos de novo para a atitude de Pedro: tinha vindo de uma
noite difícil, em que não tinha pescado nada, estava cansado e desiludido, e no
entanto, em vez de ficar paralisado naquele vazio e bloqueado pelo seu próprio
fracasso, diz: «Mestre, trabalhamos durante toda a noite e nada pescamos; mas,
porque Tu o dizes, lançarei as redes». Porque Tu o dizes, lançarei as redes. E
então se realiza o inaudito: o milagre de uma barca que se enche de peixes a
ponto de quase afundar".
Irmãos e
irmãs, perante as muitas tarefas da nossa vida quotidiana; perante o apelo, que
todos sentimos, de construir uma sociedade mais justa, de avançar no caminho da
paz e do diálogo – que aqui na Indonésia já foi traçado há muito tempo –,
podemos por vezes julgar-nos inadequados, sentir o peso de tanto esforço que
nem sempre dá os frutos esperados, ou o peso dos nossos erros que parecem
impedir o caminho.
“Mas, com
a mesma humildade e fé de Pedro, também nos é pedido para não ficarmos
prisioneiros dos nossos fracassos e, em vez de permanecermos com os olhos fixos
nas nossas redes vazias, olharmos para Jesus e confiarmos nele.”
Podemos
sempre arriscar, avançando-nos ao mar e lançando de novo as redes, mesmo depois
de termos atravessado a noite do fracasso, o tempo da desilusão, em que não
pescamos nada.
Percorrer com confiança o caminho do diálogo
O Papa
citou as palavras de Santa Teresa de Calcutá, cuja memória
celebramos hoje, que se dedicou incansavelmente aos mais pobres e se tornou uma
promotora da paz e do diálogo: “Quando nada tivermos para dar, demos esse nada.
E lembra-te: nunca te canses de semear, mesmo se não vieres a colher nada”.
Francisco
exortou os indonésios a ousarem sempre o sonho da fraternidade que é "um
verdadeiro tesouro" entre eles. "Com a Palavra do Senhor encorajo-vos
a semear o amor, a percorrer com confiança o caminho do diálogo, a praticar
continuamente a bondade e amabilidade com o sorriso que vos caracteriza, a
serem construtores de unidade e de paz. Sede construtores de esperança, daquela
esperança do Evangelho que não desilude e abre a uma alegria sem fim",
concluiu.
Fonte:
Vatican News
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Francisco:
que as religiões ajudem a sociedade a superar a violência e a indiferença
Nesta
quinta-feira, 05/09, o Papa visitou a Mesquita Istiqlal em Jacarta, na
Indonésia, para um encontro inter-religioso. O Pontífice destacou em seu
discurso o "grande dom" do povo indonésio de trabalhar pelo diálogo,
respeito mútuo e convivência harmoniosa aos quais todos somos chamados.
O Papa
Francisco iniciou o terceiro dia de sua viagem apostólica à Ásia e Oceania na
manhã desta quinta-feira, 5 de setembro, com uma visita à Mesquita Istiqlal,
localizada em Jacarta, capital da Indonésia, para um encontro inter-religioso
na maior mesquita do sudeste asiático. O Grande Imã, Dr. Nasaruddin Umar,
recebeu o Santo Padre e no evento também foi assinada a Declaração Conjunta de
Istiqlal 2024, que destaca que os valores comuns a todas as tradições
religiosas devem ser efetivamente promovidos para "derrotar a cultura da
violência e da indiferença" e promover a reconciliação e a paz.
O caminho comum rumo à luz
Após a
chegada do Santo Padre, diante do "túnel da amizade" que liga a
Mesquita à Catedral de Nossa Senhora da Assunção, símbolo de fraternidade entre
as religiões, Francisco, em uma saudação, pronunciou as primeiras palavras de
reconhecimento do caminho comum que a sociedade indonésia percorre “rumo à
plena luz”. Um percurso que ocorre também graças a essa passagem subterrânea,
iluminada pela amizade, pela concórdia e pelo apoio mútuo.
"Perante
tantos sinais de ameaça, face aos tempos sombrios, contrapomos o sinal da
fraternidade que, acolhendo o outro e respeitando a sua identidade, o incentiva
a percorrer um caminho comum, feito de amizade e rumo à luz."
Anseio pelo infinito
Em
seguida, sob uma tenda do lado de fora da Mesquita, um trecho do Alcorão
cantado por uma jovem com deficiência visual e a leitura de um texto do
Evangelho introduziram o encontro. Em seu discurso, o Papa agradeceu ao
Grande Imã por sua cordialidade e hospitalidade, e por lembrar a todos como
este local de culto e oração é "uma grande casa para a humanidade",
onde as pessoas podem tirar um tempo para se lembrar do "anseio pelo
infinito" que carregamos em nossos corações e da necessidade de
"buscar um encontro com o divino e experimentar a alegria da amizade com
os outros".
Cultivar a harmonia
O Papa
prestou homenagem ao "grande dom" dos indonésios em seu trabalho de
promover o "diálogo, o respeito mútuo e a convivência harmoniosa entre
religiões e diferentes sensibilidades espirituais". E afirmou que a
história da Mesquita é um testemunho desses esforços, recordando que um
arquiteto cristão local, Friedrich Silaban, venceu o concurso de design para
sua construção. Francisco encorajou-os a cultivar esse dom todos os dias,
"para que as experiências religiosas possam ser pontos de referência para
uma sociedade fraterna e pacífica".
Encontro e diálogo
O
"Túnel da Amizade" que conecta a Mesquita Istiqlal e a Catedral de
Santa Maria da Assunção também representa "um sinal eloquente",
observou o Papa, pois esses dois locais de culto não apenas se enfrentam, mas
estão ligados um ao outro, permitindo "encontro e diálogo, uma verdadeira
experiência de fraternidade". Segundo Francisco, cada um de nós, em nossa
jornada espiritual, deve caminhar em busca de Deus e contribuir para construir
sociedades abertas, fundadas no respeito recíproco e no amor mútuo, capazes de
se proteger contra a rigidez, o fundamentalismo e o extremismo, que são sempre
perigosos e nunca justificáveis".
O "caminho comum da amizade" empreendido
com o incentivo dos líderes religiosos e apoiado pelos líderes civis e
políticos reflete "a bela disposição do povo indonésio", observou o Papa.
E nesse caminho devemos "sempre olhar com profundidade" para
que possamos realmente encontrar "o que nos une, apesar de nossas
diferenças".
"A
raiz comum a todas as sensibilidades religiosas, é uma só: a procura de um
encontro com o divino, a sede de infinito que o Altíssimo colocou no nosso
coração, a busca de uma alegria maior e de uma vida mais forte do que qualquer
morte, que anima o caminho da nossa existência e nos impele a sair de nós
mesmos para ir ao encontro de Deus."
O Papa
enfatizou que, ao olhar mais profundamente para nossas vidas, podemos apreciar
que, à luz da comum "sede do infinito", podemos descobrir como somos
todos irmãos e irmãs, "todos peregrinos, todos a caminho de Deus, além do
que nos diferencia".
Cultivar laços de amizade
Francisco
sublinhou ainda a importância de preservar os laços de amizade, concentrando-se
no que nos une em meio à riqueza de nossa diversidade, enquanto "buscamos
a verdade juntos" e podemos aprender com as tradições religiosas uns dos
outros e nos unir "para atender às nossas necessidades humanas e
espirituais". Também podemos perseguir os mesmos objetivos juntos,
observou o Papa, como defender a dignidade humana, ajudar os pobres, promover a
paz e proteger o meio ambiente.
Chamados a promover os bons valores
Ao
concluir, Francisco disse que "promover a harmonia religiosa em prol
da humanidade" é o nosso chamado comum e o título da declaração conjunta
acabada de ser assinada. Ao fazê-lo, podemos responder juntos às crises,
guerras e conflitos que causam tanto sofrimento, "infelizmente causados,
às vezes, pela manipulação da religião". Ao promover efetivamente os
valores comuns a todas as tradições religiosas, podemos trabalhar para
"derrotar a cultura da violência e da indiferença... e promover a reconciliação
e a paz", disse o Papa, citando a Declaração Conjunta de Istiqlal.
"A
Indonésia é um grande país, um mosaico de culturas, de etnias e tradições
religiosas, uma riquíssima diversidade, que se reflete também na variedade do
ecossistema e do ambiente circundante. E se é verdade que hospedam a maior mina
de ouro do mundo, saibam que o tesouro mais precioso é a vontade de que as
diferenças não se tornem motivo de conflito, mas se harmonizem na concórdia e
no respeito mútuo. Harmonia, é isso que vocês fazem. Não percam esse dom!
'Bhinneka Tunggal Ika', unidos na diversidade."
Fonte:
Vatican News
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Declaração
de Istiqlal: promover a harmonia religiosa para o bem da humanidade
No
encontro inter-religioso na Mesquita Istiqlal, em Jacarta, o Papa e o Grande
Imã assinaram uma declaração conjunta. O documento se centraliza no compromisso
de todos os crentes contra a violência e sobre o papel das religiões na
promoção da paz e da harmonia.
Vatican
News
O nosso
mundo está enfrentando duas graves crises: “a desumanização e a mudança
climática”. Esse é o ponto de partida para a Declaração conjunta de Istiqlal
2024, um documento que o Papa Francisco e o Grande Imã, prof. Nasaruddin Umar,
assinaram no contexto do encontro inter-religioso na Grande Mesquita de
Jacarta. A Declaração observa com amargura que “a religião é frequentemente
instrumentalizada”, causando sofrimento a muitos em um mundo cada vez mais
marcado pelas violências. Em seguida é reiterado que o papel das religiões deve
“incluir a promoção e a salvaguarda da dignidade de toda vida humana” e
certamente não o contrário. Ao mesmo tempo, denuncia o abuso da criação, da
“nossa casa comum” com “consequências destrutivas como os desastres naturais” e
o aquecimento global que fazem da crise ambiental “um obstáculo à coexistência
harmoniosa dos povos”.
A resposta das religiões às crises de nosso tempo
A
Declaração indica, portanto, quais respostas as religiões, por meio de um
compromisso comum, podem dar a essas graves crises de nosso tempo. E revelam
que uma contribuição pode ser oferecida pelo “princípio filosófico indonésio de
Pancasila”. O Papa e o Grande Imã insistem em direcionar os valores religiosos
“para a promoção de uma cultura de respeito, dignidade, compaixão,
reconciliação e solidariedade fraterna para superar tanto a desumanização
quanto a destruição ambiental”. Uma tarefa especial, diz o documento, cabe aos
líderes religiosos, que devem trabalhar juntos para o bem da humanidade.
O diálogo inter-religioso deve ser cada vez mais
valorizado
“Como
existe uma única família humana global”, diz a Declaração conjunta de Istiqlal,
‘o diálogo inter-religioso deveria ser reconhecido como uma ferramenta eficaz
para a resolução de conflitos locais, regionais e internacionais, especialmente
aqueles causados pelo abuso da religião’. Portanto, o documento se conclui com
um apelo a todas as pessoas de boa vontade para que “preservem a integridade do
ecossistema” a fim de transmitir os recursos herdados às gerações futuras.
Fonte:
Vatican News
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Francisco
em Jacarta com os que sofrem: membros mais preciosos desta Igreja
No final
da manhã desta quinta-feira (05/09), na nova sede da Conferência Episcopal da
Indonésia, o Papa se reuniu com uma centena de pessoas doentes, deficientes e
pobres assistidos por várias organizações de caridade, descrevendo-as como
“pequenas estrelas brilhantes no céu deste arquipélago”.
Alessandro
Di Bussolo – Vatican News
“Vocês
são pequenas estrelas brilhantes no céu deste arquipélago, os membros mais
preciosos desta Igreja”. É assim que o Papa Francisco, com delicadeza e
proximidade, saudou uma centena de doentes, pessoas com deficiência e pobres
assistidos pelas realidades caritativas da Igreja indonésia, no final da manhã
desta quinta-feira, em Jacarta, na nova sede da Conferência Episcopal. O
Pontífice parabenizou Mikahil, um jovem com autismo leve que foi selecionado no
contingente de Jacarta Oriental para os Jogos Paraolímpicos de Natação, e pediu
aplausos para todos, porque “somos chamados todos juntos a nos tornarmos
campeões do amor nas grandes Olimpíadas da vida”. Em seguida, desejou
felicidades a uma mãe idosa “que não pôde vir, ela está de cama, mas hoje ela
completa 87 anos!” e para ela também pede aplausos, apontando para a cadeira de
rodas na primeira fila, com a foto da mulher.
As necessidades das periferias
Momentos
de um encontro que durou menos de uma hora, após a longa etapa inter-religiosa
na mesquita de Jacarta. O Papa chegou às 10h45, em Jacarta, e foi recebido pelo
presidente da Conferência Episcopal da Indonésia, dom Antonius Franciskus
Subianto Bunyamin, de Bandung, e pelo cardeal Ignatius Suharyo. Na nova sede,
no centro de Jacarta, inaugurada e abençoada em 15 de maio deste ano, Francisco
foi acompanhado até o oitavo andar, na Henry Soetio Hall. Ali, dom Subianto o
saudou, lembrando-o de que “sua vida e seu trabalho refletem a compaixão de
Jesus por nós, especialmente por meio de seu cuidado para com nossos irmãos e
irmãs que são pobres, fracos, marginalizados e sofredores”. Ele acrescentou
que, para celebrar o 100º aniversário da Conferência dos Bispos Católicos da
Indonésia, a Igreja local está se concentrando nas “necessidades daqueles que
estão nas periferias”.
O testemunho de Mimi
Ao lado
do bispo, Mimi Lusli, que perdeu a visão aos 17 anos, contou ter encontrado o
conforto na Via Sacra, onde conheceu Jesus, que “não me abandonou, mas me
ensinou a navegar pela vida sem minha visão física”. Ela o chama de “nosso
farol de esperança” e diz ter certeza de que “Deus criou os seres humanos com
capacidades únicas para enriquecer a diversidade do nosso mundo, e a
deficiência é apenas um desses aspectos únicos”. Ela enfatizou que o papel da
Igreja “é crucial para garantir a dignidade da pessoa humana” e, portanto, como
católicos, devemos assumir a responsabilidade e “apoiar ativamente os direitos
dos deficientes”. Mas a presença e a compaixão do Papa, concluiu, “nos
asseguram que nunca seremos esquecidos”.
A história de Mikail
Mikail
Andrew Nathaniel, de 18 anos, foi diagnosticado com transtorno do espectro do
autismo e deficiência intelectual leve. Ele tenta falar sem ler o discurso
preparado, mas depois pede ajuda com as anotações preparadas. Diz a Francisco
que “meus pais me amam incondicionalmente” e “me oferecem o melhor terapeuta e
especialista da cidade”. Mikail quer ser uma pessoa independente, portanto,
além de ser selecionado no contingente de Jacarta Oriental para os Jogos
Paraolímpicos de Natação, ele diz que está fazendo um curso de barman e está
tomando aulas de violão e bateria.
A riqueza da diversidade
Em sua
saudação, Francisco enfatizou que “é muito bonito que os bispos indonésios
tenham escolhido celebrar o 100º aniversário de sua Conferência Nacional” com
os doentes, as pessoas com deficiência e os pobres. Ele disse que compartilha
plenamente o que Mimi disse: “Deus criou os seres humanos com capacidades
únicas para enriquecer a diversidade do nosso mundo.
“E ela
mesma nos mostrou isso ao falar maravilhosamente de Jesus, “nosso farol de
esperança”, disse ela. E obrigado por isso. Enfrentar as dificuldades juntos,
todos dando o melhor de si, cada um trazendo sua contribuição única, nos
enriquece e nos ajuda a descobrir, dia após dia, o quanto é valioso estarmos
juntos, no mundo, na Igreja, na família”.
A importância do amor recíproco
Todos nós
precisamos uns dos outros, concluiu o Pontífice, “e isso não é uma coisa ruim:
isso nos ajuda, de fato, a entender cada vez melhor que o amor é a coisa mais
importante em nossa existência, a perceber quantas pessoas boas existem ao
nosso redor”. Em seguida, nos lembra “do quanto o Senhor ama a todos nós, além
de todas as limitações e dificuldades. Cada um de nós é único aos Seus olhos,
aos olhos do Senhor, e Ele nunca se esquece de nós: nunca. Lembremo-nos disso,
para manter viva a nossa esperança e nos comprometermos, sem nunca nos
cansarmos, a fazer de nossas vidas um presente para os outros”.
O
encontro terminou com a oração recitada pelo carmelita Henricus Pidyarto, bispo
responsável pela Comissão Litúrgica. “Ofereças ao teu povo uma compaixão sem
limites”, recitou o prelado, ”para que eles possam reconhecê-lo como um Pai que
nos ama incondicionalmente. Vem misericordiosamente em nosso auxílio, te
pedimos, para que, recebendo de ti a alegria do Evangelho, possamos servir
nossos irmãos e irmãs fracos, marginalizados, sofredores, deficientes, doentes
e abandonados.
O
Pontífice doou à Conferência Episcopal da Indonésia um grande ícone da Virgem
“Portaitissa”, uma representação especial da Virgem Maria “Odighitria” - que em
grego significa “Aquela que mostra o caminho” - e que tradicionalmente mostra
Maria segurando o Menino Jesus com o braço esquerdo, apontando para ele com a
mão direita. E antes de deixar o Henry Soetio Hall, assinou a placa de mármore
da sede da Conferência Episcopal. Em seguida, cumprimentou e abençoou
pessoalmente todos os presentes.
Fonte:
Vatican News
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Simpósio
dez anos após encontro dos Movimentos Populares com o Papa
Representantes
das várias organizações de trabalhadores marginalizados e de pessoas em
dificuldade, que se reuniram em torno de Francisco em outubro de 2014 sob o
grito dos “3Ts” (teto, terra e trabalho), retornam ao Vaticano para discutir o
caminho que percorreram nestes anos. O evento é promovido pelo Dicastério para
o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral
Vatican
News
Um
“marco”, aqueles “3Ts”, “teto, terra e trabalho” que o Papa “que tinha vindo do
outro lado do mundo” apenas um ano e meio antes - e que conhecia bem essa
realidade - declinou no longo discurso que fez na Sala antiga do Sínodo. À sua
frente, naquele 28 de outubro de 2014, estavam os representantes dos Movimentos
Populares dos cinco continentes que participavam de seu Encontro Mundial.
Categorias pertencentes àquela “cultura do descarte” - trabalhadoras e
trabalhadores precários, operários, camponeses sem proteção, migrantes e assim
por diante - que Francisco havia começado a destacar como um dos pilares de seu
magistério.
Solidariedade contra a desumanização
Dez anos
mais tarde, o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral,
juntamente com o EMMP, Encontro Mundial dos Movimentos Populares, pretende
celebrar o aniversário e, sobretudo, avaliar o caminho percorrido desde o
primeiro até o quarto encontro mundial com um simpósio programado para 20 de
setembro, às 10h, no Vaticano. O título do encontro será “Levantar a bandeira
contra a desumanização”, e são esperados vários representantes de Movimentos
Populares e expoentes eclesiais, incluindo o prefeito do Dicastério
organizador, cardeal Michael Czerny, e os líderes do núcleo fundador do EMMP,
Juan Grabois, Xaro Castelló e João Pedro Stedile.
Bandeira da justiça social
Para a
ocasião, explica uma nota, haverá também a apresentação de um volume que reúne
as mensagens que o Papa Francisco - cuja mensagem aos participantes do simpósio
está prevista - dirigiu aos Movimentos Populares “e outros textos que destacam
os “3Ts’”. O aniversário, que também contará com a publicação de um vídeo
comemorativo, representa, para os organizadores, “uma boa ocasião para refletir
sobre o caminho percorrido durante este período com companheiros e companheiras
de todo o mundo, levantando a bandeira da justiça social e da paz na nossa casa
comum”. O simpósio poderá ser acompanhado no canal do YouTube do Dicastério
para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral.
Fonte:
Vatican News
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Santa
Sé na ONU: apelo urgente contra os testes nucleares
Durante a
Reunião Plenária de Alto Nível da Assembleia Geral para comemorar e promover o
Dia Internacional contra Testes Nucleares (IDANT), realizada nesta
quarta-feira, 04/09, o observador permanente da Santa Sé, dom Gabriele Caccia,
reiterou a posição do Vaticano sobre a urgente necessidade de cessar os testes
nucleares, ecoando as palavras de um apelo recente do Papa Francisco: a
eliminação total das armas nucleares é tanto um desafio quanto um imperativo
moral e humanitário.
Thulio
Fonseca - Vatican News
Desde o início da era nuclear, marcado pelo
primeiro teste em 16 de julho de 1945, mais de 2000 testes foram conduzidos,
causando impactos significativos na terra, nos oceanos, no subsolo e no ar.
Deslocamento de pessoas, contaminação de alimentos e água, interrupção da
conexão espiritual das pessoas com a nossa casa comum, a Terra, e problemas de
saúde intergeracionais estão entre os imensos desastres causados por esses
testes. Povos indígenas, mulheres, crianças e os não nascidos são
desproporcionalmente afetados pelos efeitos adversos de tais testes. Foram os
temas abordados pelo arcebispo Gabriele Caccia, observador permanente da Santa
Sé na ONU, durante a Reunião Plenária de Alto Nível da Assembleia Geral para
comemorar e promover o Dia Internacional contra Testes Nucleares (IDANT),
realizada nesta quarta-feira, 04 de setembro.
As terríveis consequências dos
testes nucleares
As terríveis consequências da guerra nuclear,
incluindo os graves riscos de precipitação nuclear e acidentes catastróficos,
tornaram-se ainda mais evidentes com o advento de armas nucleares mais
destrutivas. À luz da crescente ameaça representada pelo uso de armas nucleares
e do aumento concomitante das despesas militares, o 15º aniversário do Dia
Internacional contra Testes Nucleares proporciona uma oportunidade para
enfatizar a necessidade de um compromisso global reforçado para o fim dessa
prática perigosa.
O arcebispo Caccia destacou as palavras do Papa
Francisco, que afirmou que "o objetivo final da eliminação total das armas
nucleares torna-se tanto um desafio quanto um imperativo moral e
humanitário". De fato, os Estados têm a obrigação moral de reconstruir as
vidas daqueles afetados pelos testes nucleares, ao mesmo tempo em que protegem
o meio ambiente para as gerações futuras. Somente por meio de um esforço
colaborativo pode-se forjar um mundo livre de armas nucleares. Isso exige
cooperação internacional e compromisso com os tratados de desarmamento, bem
como a provisão de recursos e apoio às comunidades afetadas.
O papel dos tratados de
desarmamento nuclear
Para alcançar esse objetivo ambicioso, é essencial
que o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT) seja
implementado e que o Sistema Internacional de Monitoramento e todos os
mecanismos de verificação associados sejam totalmente implementados. Além
disso, o fortalecimento da proibição de testes explosivos nucleares, conforme
delineado no Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares (TPNW), é de suma
importância.
Apelo final por um mundo pacífico
Concluindo seu discurso, dom Caccia citou novamente
o Papa Francisco: “A dissuasão nuclear e a ameaça de destruição mútua
assegurada não podem ser a base para uma ética de fraternidade e coexistência
pacífica entre povos e estados. A juventude de hoje e de amanhã merece muito
mais. Eles merecem uma ordem mundial pacífica baseada na unidade da família
humana, fundamentada no respeito, cooperação, solidariedade e compaixão. Agora
é o momento de contrariar a lógica do medo com a ética da responsabilidade, e
assim promover um clima de confiança e diálogo sincero.”
Fonte:
Vatican News
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Igreja
na Indonésia: pequena semente chamada a ser fermento para o mundo
Assim se
expressou à Rádio Vaticano o indonésio Padre Franz Cornelius Liman, missionário
da Congregação do Imaculado Coração de Maria (CICM) sobre a Igreja na
Indonésia, Comunidade muito pequena mas que pode ser sal e fermento para o
mundo.
P.
Bernardo Suate – Jacarta (Indonésia), para o Vatican News
O Padre
Francisco falava no âmbito do encontro que o Papa Francisco realizou, na tarde
desta quarta-feira, 4 de setembro, na Catedral de Nossa Senhora da Assunção em
Jacarta, com a Igreja de Deus na Indonésia representada pelos seus Bispos,
Sacerdotes, Diáconos, Consagrados/as, Seminaristas e Catequistas.
Papa Francisco encontrea a Igreja indonésia
Durante o
encontro, Dom Antonius Subianto Bunjamin, OSC, Bispo de Bandung e Presidente da
Conferência Episcopal da Indonésia, na sua saudação, agradeceu a presença do
Papa Francisco que, disse, traz esperança não só para a comunidade católica
indonésia, composta por 37 dioceses e 1 Ordinariato Militar, mas também para a
diversificada nação indonésia de cerca de 1300 etnias e povos. O prelado
agradeceu igualmente ao Papa pela sua caridade de Pastor que, por vezes,
caminha atrás de nós para nos encorajar, outras vezes ao nosso lado para nos
inspirar e, quando necessário, à nossa frente para ser um exemplo de como
devemos caminhar para a santidade.
Seguiram-se
os testemunhos do Padre Maxi Un Bria, Presidente da Federação Indonésia dos
Sacerdotes Diocesanos, da Irmã Rina Rosalina, das Clarissas Missionárias do
Santíssimo Sacramento, e de dois leigos catequistas, após os quais
Francisco reafirmou a importância destes na vida da Igreja: “a Igreja vai para
frente pelos catequistas, e depois estão as Irmãs, sacerdotes e Bispos – porque
a fé transmite-se em casa, em dialecto”, enfatizou o Papa que também agradeceu
o bom trabalho que fazem.
Sobre
este encontro do Papa Francisco com os Bispos e outros membros da Igreja na
Indonésia, em entrevista à Rádio Vaticano – Vatican News, o Padre Liman,
missionário indonésio da Congregação do Imaculado Coração de Maria (CICM),
manifestou sua felicidade pela visita tanto tempo esperada do Papa Francisco.
“Estamos muito alegres porque estávamos à espera dele desde o tempo do
Covid-19, pois durante o Covid ele não nos visitou, e agora ele pode nos
visitar” – disse, emocionado o sacerdote indonésio, missionário durante 4 anos
no Brasil nos anos da década de 1990.
Muçulmanos podem sentir a sinceridade do Papa, a
paz do coração e a sua compaixão
E Padre
Cornelius Liman quis ler o parecer de muçulmanos por ele conhecidos quanto à
visita do Santo Padre: “Somos muçulmanos, ficamos com orgulho, alegria, porque
o Papa nos visita; ele é muito bom, tem coração, podemos sentir a sua
sinceridade”. Eles, portanto, podem sentir a sinceridade do Papa, a paz do
coração e a sua compaixão, enfatizou o Padre Francisco.
Pequena semente, que pode ser sal e fermento para o
mundo
Ainda
sobre o encontro desta tarde e a mensagem de Francisco à Igreja na Indonésia, o
sacerdote reafirmou que este é um País muito plural, onde convivem muitas
pessoas de diferentes religiões: “os católicos só são 3% e os muçulmanos entre
80 e 90%, ressaltou o Padre Francisco, acrescentando: “somos uma comunidade
muito pequena e a mensagem do Papa é muito importante para nós, porque ele fala
sobre fraternidade, solidariedade e de como nós somos uma pequena semente mas
podemos ser sal e fermento para o mundo – esta é a esperança do nosso povo”.
E o
sacerdote concluiu com uma mensagem de agradecimento ao Papa pela visita ao
País. “Estamos muito contentes e com muita alegria porque podemos ver a ele
pessoalmente – eu senti a sua fé, o seu carinho e o seu amor por nós”, concluiu
dizendo o Padre Francisco.
Fonte:
Vatican News
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Dom
Saburido é agraciado com a medalha Dom Helder Camara de Direitos Humanos
“Muito
cedo, dom Helder compreendeu que a vocação cristã e a missão da Igreja não é
apenas religiosa e sim de vida. Junto com todos os irmãos e irmãs da
humanidade, somos chamados a transformar esse mundo”, afirmou dom Saburido ao
receber a medalha. Ele esteve à frente da Arquidiocese de Olinda e Recife de
2009 a 2023 e durante esse período conduziu iniciativas de promoção aos
direitos humanos. Entre as obras do arcebispo estão a implantação de unidades
da Fazenda da Esperança e a Casa do Pão
Vatican
News
O
arcebispo emérito da Arquidiocese de Olinda e Recife (PE), dom Fernando
Saburido, foi agraciado com a medalha Dom Helder Camara de Direitos Humanos. A
homenagem da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE) foi
realizada na quinta-feira (29/08), durante o encerramento da II Semana de
Direitos Humanos Dom Helder Camara promovida pela Universidade Católica de
Pernambuco (Unicap).
A
solenidade foi prestigiada pelo atual arcebispo da Igreja pernambucana e segundo
vice-presidente da CNBB, dom Paulo Jackson. Em seu discurso de agradecimento,
dom Fernando saudou o sucessor e outras autoridades presentes, e lembrou a
missão de dom Helder.
“Muito cedo, dom Helder compreendeu que a
vocação cristã e a missão da Igreja não é apenas religiosa e sim de vida. Junto
com todos os irmãos e irmãs da humanidade, somos chamados a transformar esse
mundo”, afirmou.
Dom
Fernando esteve à frente a Arquidiocese de Olinda e Recife de 2009 a 2023 e
durante esse período conduziu iniciativas de promoção aos direitos humanos.
Entre as boas obras do arcebispo estão a implantação de unidades da Fazenda da
Esperança e a Casa do Pão, além da promoção de inúmeras campanhas de ajuda aos
mais vulneráveis.
“Recebo
humildemente a honrosa medalha dom Helder Camara. Não se trata de deferência à
minha pessoa, mas ao conjunto de inumeráveis irmãos e irmãs que estiveram
comigo durante os 14 anos em que estive à frente dessa amada Igreja de Olinda e
Recife. Na verdade, isto só me serve de estímulo para continuar firme, enquanto
força tiver, na luta contra toda e qualquer desigualdade, em vista da prática
da justiça e do bem comum”, disse dom Fernando.
(Fonte –
CNBB NE2) - Fonte:
Vatican News
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Dom
Mokrzycki: rezemos em solidariedade a quem sofre na Ucrânia
O
arcebispo de Lviv dos Latinos foi ao local do ataque de terça-feira (03/09) à
noite em Lviv, no qual 7 pessoas morreram, entre elas, algumas crianças. “Vamos
nos unir em oração porque Deus, a qualquer momento, pode mudar a nossa
história”.
Svitlana
Dukhovych e Beata Zajaczkowska - Vatican News
Após o
ataque de terça-feira, 3 de setembro, no qual a Rússia atingiu um instituto de
treinamento militar e um hospital em Poltava (capital de uma região central da
Ucrânia) com mísseis balísticos, quando 53 pessoas morreram e 271 ficaram
feridas, em outro ataque com mísseis, na madrugada de desta quarta-feira, 4 de
setembro, os russos atingiram Lviv, oeste do país. Sete pessoas perderam a
vida, entre elas, 3 crianças.
O
prefeito de Lviv, Andriy Sadovyi, postou uma foto de uma família no Telegram,
escrevendo que o homem, o único sobrevivente, estava gravemente ferido. A
esposa dele, Yevhenia, e as três filhas, Yaryna, de 21 anos; Daria, de 18 anos;
e a caçula Emilia, morreram no ataque à sua casa. A Universidade Católica de
Lviv divulgou uma postagem no Facebook afirmando que Daria era sua aluna, no
segundo ano do programa de Estudos Culturais da Faculdade de Ciências Humanas.
Dom Mieczyslaw Mokrzycki, arcebispo latino de Lviv, também foi imediatamente ao
local do ataque.
O senhor
foi pessoalmente ao local do ataque para dar apoio e conforto à população...
Todos os
dias recebemos alarmes duas ou três vezes. Mesmo esta noite, às 4 horas da
manhã, ouvimos sirenes. Geralmente não há ataques desse tipo aqui em Lviv, mas
esta noite, infelizmente, mísseis caíram na cidade, perto da estação de trem.
Eles destruíram dois ou três prédios onde as pessoas moravam e, infelizmente,
sete pessoas morreram, incluindo três crianças. Outros prédios foram
danificados, janelas, portas e muitos carros foram destruídos. As pessoas
sofreram esse trauma. Eu também fui para lá. Nesta manhã, visitei duas
comunidades religiosas de nossas irmãs, as Irmãs Franciscanas da Família de
Maria e as Irmãs Honoratki (Pequenas Irmãs do Imaculado Coração de Maria). Até
mesmo na casa delas, as janelas e portas foram destruídas. Graças a Deus, elas
se esconderam no banheiro e ninguém se feriu. E as pessoas na Ucrânia passam
por esses traumas todos os dias. Rezemos para que essa paz há muito desejada
chegue.
O que
significa para as pessoas ver e sentir o apoio dos sacerdotes e religiosos em
momentos e lugares de tanta dor?
As
pessoas geralmente se aproximam deles e pedem uma bênção, pedem oração e,
muitas vezes, nossos soldados também pedem confissão. Mas, acima de tudo,
apreciam a presença de padres e religiosos nos momentos difíceis e trágicos de
suas vidas, em momentos como este. Além disso, porque muitas vezes também
podemos dar a extrema-unção a pessoas que estão morrendo. Também fui ao local
do ataque para estar perto de nossas freiras e assegurar-lhes que estaremos lá
inclusive com ajuda material. Também falei com outras pessoas, para dar
conforto e esperança.
Como
estão as freiras? Elas estão muito assustadas?
Sim, até
certo ponto estamos acostumados com esses alarmes, mas, desta vez, as freiras
disseram que ouviram um ruído alto e depois viram uma grande luz como se fosse
uma bomba nuclear. Naquele momento, elas também não tinham palavras para avisar
as outras freiras. Assim, quase todas se viram no corredor e depois se
esconderam no banheiro, pois não havia tempo de descer para o abrigo embaixo da
casa.
Neste
momento trágico, o que o senhor gostaria de dizer aos católicos de outros
países do mundo?
Estamos
vendo que essa guerra não é apenas entre soldados russos e ucranianos.
Infelizmente, a Rússia está atacando civis para criar medo, para criar trauma
em todo o país. Convidamos todos os nossos fiéis, e também as pessoas de boa
vontade, a se unirem em oração para pedir a misericórdia de Deus e em
solidariedade com aqueles que sofreram, com aqueles que perderam seus entes
queridos, com aqueles que perderam suas casas. Pedimos, acima de tudo, que nos
unamos em oração, pois sabemos que Deus pode mudar nossa história a qualquer
momento. Fonte:
Vatican News
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Religiosa
colombiana na Indonésia: vivemos a fé com esperança e tolerância
A Irmã
Ana Emilce Parra, no âmbito da visita do Papa Francisco ao país, destaca a
atmosfera de harmonia e tolerância entre as religiões: “há uma convivência
respeitosa”.
Johan
Pacheco - Jacarta
A Igreja
na Indonésia também conta com a presença de missionários latino-americanos. A
Irmã Ana Emilce Parra, natural da Colômbia e pertencente à Congregação das
Servas de Maria, está realizando um trabalho missionário na Ilha de Flores,
onde dirige a formação cristã de jovens e comunidades. “Aqui com muita alegria,
com muita esperança, é lindo ver os jovens, com que alegria, com que emoção
eles acompanham a visita do Papa”, diz a religiosa descrevendo como os
moradores locais vivenciam a visita do Papa Francisco.
Na
cerimônia de boas vindas, na quarta-feira (04/09), o Papa Francisco deixou uma
mensagem no livro de honra dos visitantes no Palácio Presidencial Istana
Merdeka, transmitindo uma bênção ao povo indonésio: “imerso na beleza desta
terra, um lugar de encontro e diálogo entre diferentes culturas e religiões,
desejo que o povo indonésio cresça na fé, fraternidade e compaixão. Que Deus
abençoe a Indonésia”.
Comentando
as primeiras atividades do Papa Francisco, a missionária também descreve a situação
inter-religiosa na Indonésia com a palavra “tolerância”, referindo-se ao
respeito e à convivência comum dos muçulmanos, e que são a maioria no país, com
as religiões minoritárias, incluindo a católica: “há uma convivência respeitosa
entre as duas religiões e as outras também. Há uma convivência respeitosa entre
as duas religiões e as outras também". “A tolerância, a harmonia e a
fraternidade intercultural e inter-religiosa são vividas no dia a dia e em
todos os campos”, diz a Ir. Ana Emilce Parra. A religiosa, como missionária na
Indonésia, agradece ao Papa por sua visita apostólica:
“Muito
obrigada, de fato, do fundo do meu coração por ter colocado seus olhos neste
país, porque é muito, muito difícil e muito complicado vir a este lugar. Eu o
admiro porque se é tão difícil para alguém que é relativamente jovem chegar
aqui, agora ele está em uma cadeira de rodas, realmente só a graça de Deus.”
Finalmente,
a missionária colombiana espera que os frutos desta visita do Papa Francisco
permitam o crescimento das “testemunhas do Evangelho e que continuem anunciando
o amor de Deus em todos os lugares”. A Irmã Ana Emilce Parra e a Congregação
Servas de Maria estão realizando uma missão pastoral e de evangelização na Ilha
de Flores, na Indonésia. Fonte:
Vatican News
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Transição energética na arquidiocese de Manaus: avanço na conversão
ecológica
A crise
climática que vive a Amazônia, que por segundo ano consecutivo sofre uma seca
de graves consequências, é mais um chamado a tomarmos consciência como
humanidade da necessidade de concretizar a conversão ecológica que Papa
Francisco pede na encíclica Laudato si.
Padre
Modino – Regional Norte 1 da CNBB
A
Arquidiocese de Manaus, através da Comissão Arquidiocesana de Ecologia
Integral, está promovendo uma transição energética, que pretende ser uma
contribuição para a descarbonização. Uma proposta que nasce da Laudato Si´, que
afirma que “tudo está conectado", e que a proteção da natureza está ligada
à proteção do ser humano.
Na
Laudato Si aparece o chamado à humanidade a tomar consciência da necessidade de
mudanças de estilos de vida, de produção e de consumo, para combater este
aquecimento ou, pelo menos, as causas humanas que o produzem ou acentuam. Uma
situação que demanda o desenvolvimento de políticas capazes de fazer com que,
nos próximos anos, a emissão de dióxido de carbono e outros gases altamente
poluentes se reduzam drasticamente.
Na cidade
de Manaus, existem 11 usinas termelétricas distribuídas por toda a cidade,
operando com combustíveis fósseis, como gasolina e diesel. Pensando na urgente
questão climática, a Arquidiocese de Manaus está empenhada em tornar-se
sustentável no que diz respeito ao consumo energético. O projeto visa à mudança
da matriz energética, com foco na descarbonização.
A
proposta consiste na colocação de placas solares, uma fonte de energia limpa e
renovável. O projeto busca aproveitar o alto grau de incidência solar e a luz
natural que a região possui, tirando proveito ambiental dessa situação
naturalmente privilegiada. Junto com isso, a Igreja de Manaus pretende avançar
na conversão ecológica, promovendo uma mudança de mentalidade que leve em
consideração o cuidado com a vida, a criação, o diálogo e a conexão com os
problemas climáticos que afetam a humanidade.
Assumir
as propostas da Laudato Si e da Laudate Deum sobre a questão da transição
energética é um passo fundamental, segundo a Comissão de Ecologia Integral da
arquidiocese de Manaus. O coordenador da comissão, Frei Paulo Xavier Ribeiro,
destaca a parceria com a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e os aportes
dos professores e professoras na comissão.
Igualmente,
o frei capuchinho lembra o trabalho que existe dentro da Família Franciscana,
com o departamento de Justiça, Paz e Integridade da Criação (JPIC). Os
franciscanos e franciscanas são chamados “a serem proféticos ao reduzir suas
emissões de gases de efeito estufa (GEE) em suas fraternidades, escolas,
paróquias, centros de estudos, etc., partilhando suas histórias de transição
energéticas no âmbito local”, como atitude que nasce do legado franciscano, e
que deve lhes levar a “exigir aos governos locais uma política adequada de
transição de energia, porque o que importa é a mudança estrutural”.
Frei
Paulo Xavier relata a existência de diversos projetos em andamento, que estão
em fase de captação de recursos. “O desafio é imenso, a causa é nobre,
precisamos nos converter”, afirma o frei capuchinho. Ele reconhece que “há
muita resistência entre nós”, o que faz com que “não se consegue mudar o modo
de ser e fazer na proposta de evangelização”.
A
professora da UFAM y membro da Comissão de Ecologia Integral da arquidiocese de
Manaus, Rosana Barbosa destaca a preocupação da Igreja de Manaus com a Casa
Comum e a importância do passo dado em relação à mudança na transição
energética. A professora reflete sobre os impactos negativos da ação humana com
relação à natureza, especialmente as emissões de dióxido de carbono, que considera
um elemento crucial para as mudanças climáticas. Em Manaus, 16 % da energia
consumida é proveniente da queima de combustíveis fósseis nas termoelétricas.
“Quando a Igreja se propõe a mudar sua matriz energética, ela não está pensando
na questão económica, mas está pensando que a Igreja vai deixar de emitir gases
de efeito estufa”, ressalta a professora, que destaca a importância dos
primeiros passos dados.
Rosana
Barbosa lembra o pedido do Papa Francisco de um consenso em vista da transição
energética e no combate a outros fatores que contribuem com as mudanças
climáticas, como é o desmatamento, o uso inapropriado dos recursos hídricos. Um
empenho da Comissão de Ecologia Integral da Arquidiocese de Manaus, que mesmo
com o apoio dos bispos e de muita gente, “falta informação para chegar em toda
a comunidade da arquidiocese”, segundo a professora. Isso porque é “um assunto
ainda desconhecido de muitos”, para muitas pessoas a ecologia integral é um
assunto distante da fé, mas ela tem que caminhar junto, insiste. Para isso a
comissão tem realizado atividades, cartilhas, em vista de uma mudança de
comportamento mais sustentável, em que as pessoas tenham cuidado com a Casa
Comum a partir de nossas pequenas ações. Fonte: Vatican News
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"Recebemos
Francisco como um pai", comenta sacerdote que nasceu na Indonésia
O Pe.
Xaverius Joko compartilha a sua experiência como sacerdote católico e como
filho de mãe muçulmana, a exemplo da maioria que vive a visita do Papa
Francisco à Indonésia com a esperança de fortalecer a fraternidade na
diversidade.
Johan
Pacheco - Jacarta
“É uma
alegria poder viver a visita do Papa Francisco”, diz o padre indonésio
Fransiskus Xaverius Joko Schumacher, compartilhando suas impressões sobre a
visita do Papa Francisco à Indonésia, de 3 a 6 de setembro. O religioso, que
pertence à Congregação do Sagrado Coração de Jesus, expressa a alegria que a
nação está experimentando: “nós o recebemos como um pai de todo o povo da
Indonésia e com grande alegria aqui em Jacarta”:
“Vi
muitas pessoas de outras religiões participando da visita do Papa. Elas também
têm uma grande alegria em conhecê-lo porque também o veem como um modelo de
universalidade. Uma pessoa que pode acolher todas as pessoas, todas as
religiões, toda a diversidade.”
O Papa
Francisco chegou a Jacarta nesta terça-feira, 3 de setembro, e os encontros
religiosos e inter-religiosos são um sinal da cultura da diversidade na nação.
Muitas famílias também vivenciam essa realidade, como a do Pe. Xavirius Joko,
que é filho de mãe muçulmana e pai católico - mas depois de 10 anos de
casamento misto, ele se converteu ao catolicismo. "Essa é a minha grande
alegria”, diz o Pe. Yoko, ”porque metade do meu sangue é muçulmano. Como minha
mãe era muçulmana, depois de 10 anos de casamento misto com meu pai católico,
minha mãe se converteu ao catolicismo".
O Padre
Xaverius Joko está atualmente realizando seu trabalho pastoral na Colômbia,
juntamente com sua comunidade religiosa. Ele espera que, como resultado dessa
visita, não apenas a Indonésia, mas muitas comunidades cristãs sejam
“fortalecidas na fé, na compaixão e na fraternidade”.
Fonte:
Vatican News
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Em
Romaria: conversa com o missionário Redentorista José Ulysses
Hóspede
da Rádio Vaticano e do Programa Em Romaria o missionário José Ulysses que fala
entre outras coisas sobre a acolhida dispensada aos fiéis no Santuário de
Aparecida.
Silvonei
José – Vatican News
O jeito
acolhedor do Missionário Redentorista José Ulysses da Silva esconde a
identidade de um homem determinado.
Filho
mais velho de um servente e de uma costureira, Padre Ulysses nasceu no
dia 16 de novembro de 1943, em Cachoeira Paulista, São Paulo.
Com seis
irmãos mais novos em casa, ele precisou começar a trabalhar cedo. Já foi
engraxate, entregou marmita para operários, fazia pequenos serviços e, bom
filho que sempre foi, ajudava a mãe com o dinheiro que ganhava.
Mas a
vida religiosa não demorou para entrar na vida dele. Foi coroinha na igreja que
frequentava e aos 11 anos de idade já sabia que seria seminarista. "Quando
fui para uma romaria em Aparecida do Norte, no estado de São Paulo, com os meus
pais, eu conversei com algumas freiras e elas fizeram a clássica pergunta: 'O
que você quer ser quando crescer?', e eu, sem saber que não iria crescer tanto,
respondi que queria ser seminarista", fala o espirituoso missionário.
Como uma
pessoa que possui todo o bem no coração, padre Ulysses queria ganhar o mundo e
sair em missão, daí a escolha pela Congregação
Redentorista. "A vida de um missionário é feita de
surpresas", revela.
Com a
simplicidade característica de um sacerdote, ele diz "já tive praticamente
todos os cargos na minha congregação missionária, mas é bom que a gente exerce
o cargo, passa, e você volta a ser missionário do povo. O mais gostoso ainda é
sentar ali no confessionário, ficar escutando histórias trágicas, edificantes e
algumas vezes até bem cômicas. É bom demais ter essa proximidade, isso preenche
bem a minha vida e me satisfaz". Fonte: Vatican News
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Onu
denuncia novas violações de direitos humanos na Nicarágua
Em um
relatório, o Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos registra
“restrições indevidas” às liberdades religiosas pelo governo de Ortega, bem
como detenções arbitrárias, intimidações, maus-tratos nas prisões e ataques a
povos indígenas. Preocupações com a reforma do código penal aprovada por
Manágua
L’Osservatore
Romano
“Grave
deterioração”. Essa é a situação dos direitos humanos na Nicarágua, de acordo
com um relatório publicado na terça-feira (03/09) em Genebra, na Suíça, pelo
Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que faz um retrato da
situação atual no país centro-americano em comparação com o ano passado, ao
mesmo tempo em que destaca como as liberdades religiosas continuaram a ser
submetidas a “restrições indevidas”. No documento, a Onu registra “um aumento
nos casos de detenção arbitrária, intimidação de opositores, maus-tratos em
prisões e ataques contra povos indígenas”. Em particular, o documento destaca
como a perseguição “de oponentes do governo” ou daqueles percebidos como “vozes
dissidentes” tem se “expandido e intensificado progressivamente”. “As
autoridades - diz o relatório, que se baseia em 120 entrevistas, testemunhos e
reuniões - continuam a perseguir não apenas aqueles que expressam opiniões
divergentes, mas também qualquer indivíduo ou organização que opere de forma
independente ou que não esteja diretamente sob seu controle”, com repercussões
sobre defensores de direitos humanos, mídia independente, organizações não
governamentais e “qualquer outra entidade que apoie mudanças sociais ou
políticas sem a supervisão do governo”.
Ademais, de acordo com dados da Onu, pelo menos 27
padres e seminaristas foram arbitrariamente presos entre outubro de 2023 e
janeiro de 2024. Um grupo de 31 clérigos foi “expulso” do país depois de ser
detido “por vários períodos”. Manágua, acrescenta-se, “revogou o status legal
de muitas organizações religiosas”, como parte de medidas semelhantes tomadas
contra várias ONGs.
“Novas
preocupações” foram levantadas pelo Escritório de Genebra sobre a reforma do
Código Penal que o Parlamento da Nicarágua aprovou nas últimas horas, conforme
solicitado na semana passada pelo presidente Daniel Ortega. Um dos artigos
afirma que Manágua poderá processar pessoas físicas ou jurídicas, inclusive
estrangeiros, que cometerem crimes fora do território nacional contra a
administração pública, o Estado e as instituições, inclusive crimes de
informática. A Onu, que divulgou o relatório pouco antes da aprovação da
reforma, destacou o risco de que leis “tão amplas” pudessem ser usadas “para
exercer mais pressão e intimidação”.
O Alto Comissário das Nações Unidas para os
Direitos Humanos, Volker Türk, solicitou, portanto, “uma mudança urgente de
rumo por parte do governo”.
Fonte:
Vatican News
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Ásia/Pacífico:
Papua-Nova Guiné vai receber o Papa, em segunda etapa de viagem-maratona
Francisco visita
país ameaçado pelas alterações climáticas e conflitos internos
O
Papa vai iniciar esta sexta-feira a sua primeira visita à Papua-Nova Guiné,
segunda etapa da 45ª visita apostólica e a maior do atual pontificado, que se
iniciou na Indonésia.
Francisco
chega a Port Moresby, capital do país, pelas 18h50 locais (09h50 em Lisboa), na
terceira viagem de um Papa ao país da Oceânia, onde São João Paulo II esteve
em1984 e 1995, tendo beatificado Pierre To Rot (1912-1945), mártir, morto pelos
japoneses durante a II Guerra Mundial.
O
país é particularmente ameaçado pelas alterações climáticas e sofre com
conflitos internos, que em janeiro deste ano provocaram motins, com várias
mortas.
Já
em maio, deslizamentos de terra provocaram centenas de mortos e desalojados.
A
Papua-Nova Guiné tem 8,24 milhões de pessoas, 30,6% dos quais católicas; a
maioria da população é cristã, sobretudo protestantes.
D.
John Ribat, arcebispo de Port Moresby, foi criado cardeal em 2016, o primeiro
na história do país, pelo Papa Francisco.
O
Papa deixa a Indonésia pelas 09h45 de sexta-feira (03h45 em Lisboa), após uma
cerimónia reservada no aeroporto internacional de Jacarta.
Após
um voo de 4693 km e seis horas, Francisco chega a Port Moresby pelas 18h50
(09h50 em Lisboa), sendo recebido pelo vice-primeiro-ministro da Papua-Nova
Guiné.
O
primeiro dia de visita não tem programa oficial, para descanso do Papa e
adaptação ao novo fuso horário.
O
primeiro discurso acontece no encontro com autoridades políticas e
representantes da sociedade civil, pelas 10h25 (01h25 de Lisboa) de sábado; às
17h00 locais, Francisco visita crianças apoiadas pela Cáritas, antes de se
reunir com representantes da comunidade católica.
O
domingo começa com a Missa no Estádio “Sir John Guise”, onde se esperam cerca
de 20 mil pessoas, antes de nova deslocação de quase mil quilómetros até
Vanimo, para um encontro na Catedral da Santa Cruz e uma reunião provada com
missionários.
O
último dia na Papua-Nova Guiné, na segunda-feira, é marcado pelo encontro com
cerca de 20 mil jovens, de novo no Estádio “Sir John Guise”, pelas 09h45 locais
(00h45 em Lisboa), antes da cerimónia de despedida no aeroporto internacional e
a partida para Díli.
A
viagem mais longa do atual pontificado, que começou na Indonésia (3-6 de
setembro), passa pela Papua-Nova Guiné (6-9 de setembro), Timor-Leste (9-11 de
setembro) e Singapura (11-13 de setembro).
Fonte:
Agência Ecclesia
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Simpósio
Teológico Internacional é iniciado em Quito
Este encontro
acadêmico acontece no âmbito dos preparativos do 53º Congresso Eucarístico
Internacional, que será realizado entre os dias 8 e 15 de setembro.
Na
última quarta-feira, 4 de setembro, foi iniciado o Simpósio Teológico
Internacional em Quito, Equador. Intitulado como “Fraternidade para curar o
mundo”, o evento acontece no âmbito dos preparativos do 53º Congresso
Eucarístico Internacional.
Este
encontro acadêmico baseia o seu fundamento na restauração da fraternidade no
contexto de um mundo ferido, de acordo com o documento base da próxima edição
do Congresso Eucarístico Internacional, programada para ser realizada entre os
dias 8 e 15 de setembro próximos.
A
importância da Eucaristia na vida cristã
Dom
Andrés Carrascosa Coso, Núncio Apostólico no Equador, presidiu a cerimônia de
abertura do Congresso, durante a qual destacou a relação existente entre o
sacramento eucarístico e os cristãos como “testemunha na sociedade”.
Durante
sua homilia o prelado tratou sobre a importância da Eucaristia na vida cristã e
destacou que “às vezes as nossas Eucaristias podem ser uma expressão sublime de
algo que não corresponde à realidade que vivemos”, entretanto, a Eucaristia é
também um meio para alcançar a fraternidade entre os homens e que se constitui
como um “verdadeiro sacramento da unidade”.
Se
alimentar do sacramento eucarístico
Segundo
o Núncio Apostólico, a celebração da Eucaristia consiste em “celebrar no rito
uma experiência que podemos e devemos viver na vida quotidiana, somos chamados
a levar à sociedade porque esse amor nos torna irmãos e essa nossa fraternidade
tem o capacidade de curar neste mundo ferido”.
Por
fim, Dom Carrascosa Coso exortou aos cristãos para que se alimentem do
sacramento eucarístico e vivam a Fé de forma coerente para fazerem com que
“Cristo viva e se torne particularmente presente, através de nós, na sociedade.
Devemos ser a Eucaristia da sociedade ”. (EPC)
Fonte:
Gaudium Press
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Lourdes do
Oriente: esperam-se três milhões de peregrinos no Santuário de Vailankanni
Vailankanni é
conhecida como a ‘Lourdes do Oriente’ porque, tal como Lourdes na França,
milhões de peregrinos visitam o Santuário ao longo do ano, rezando a Nossa
Senhora pelas diversas necessidades e agradecendo-lhe os favores recebidos
através da sua intercessão.
Três
milhões de peregrinos são aguardados no Santuário Mariano de Vailankanni, no
sul da Índia, para celebrar a festa da Natividade de Maria, de 29 de agosto a 8
de setembro.
O
Santuário Vailankanni atrai 20 milhões de devotos todos os anos. Há a Basílica
de Nossa Senhora da Boa Saúde. Muitas vezes descrito como a “Lourdes do
Oriente”, o santuário está localizado em Tamil Nadu, no sudeste da Índia.
História
do Santuário
Durante
o século XVI, há relatos de que Nossa Senhora apareceu com seu Divino Filho a
um jovem que estava transportando leite para um cliente. Enquanto ele
descansava sob uma figueira perto de um tanque, Nossa Senhora apareceu e
solicitou leite para seu Filho, ao qual o jovem prontamente atendeu. Ao chegar
à residência do cliente, ele explicou o ocorrido durante o trajeto. Após
examinar o pote de leite, o cliente notou que ele estava cheio, indicando um
acontecimento miraculoso.
Alguns
anos mais tarde, Nossa Senhora apareceu novamente a um jovem aleijado que
vendia leitelho perto de uma praça pública na mesma aldeia de Vailankanni. Ela
solicitou o produto para seu bebê, e o jovem atendeu ao pedido. Ela instruiu o
jovem a informar sobre sua aparição a um homem católico abastado da cidade
vizinha de Nagapattinam. Sem perceber que sua perna aleijada havia sido
miraculosamente curada, o jovem levantou-se e começou sua jornada. Na noite
anterior, o homem tivera uma visão na qual Nossa Senhora pediu-lhe que
construísse uma capela dedicada a Ela. O homem construiu uma capela de palha em
homenagem a Nossa Senhora no local de sua segunda aparição, reverenciada como
Mãe da Boa Saúde.
Alguns
anos mais tarde, alguns mercadores marítimos portugueses, após terem recorrido
à Virgem Maria sob o título de “Estrela do Mar”, foram salvos de um violento
naufrágio, desembarcando em Vailankanni. Era 8 de setembro, dia da Natividade
de Maria.
Fonte:
Gaudium Press
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Do dia 04/9/2024
Comissão para a
Juventude promove Encontro Nacional de Responsáveis Diocesanos de Juventudes
De
05 a 07, a Comissão Episcopal para a Juventude da Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB) e os Jovens Conectados realizam o Encontro Nacional de
Responsáveis Diocesanos de Juventudes e Adultos para o qual estão confirmados
242 pessoas. O encontro acontece na Casa dom Luciano, em Brasília (DF).
No
encontro, os responsáveis pela juventude na Igreja no Brasil vão analisar a
realidade dos jovens brasileiros, refletir sobre o documento nº 85 da CNBB:
“Uma carta de amor da Igreja no Brasil para as Juventudes” e definir ações, por
regionais, para o programa de Revitalização da Pastoral Juvenil no país.
Fonte:
CNBB
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Instalada no
Senado Federal uma Frente Parlamentar Católica Apostólica Romana
Foi
instalada, na manhã desta quarta-feira, 4, a Frente Parlamentar Católica
Apostólica Romana no Senado Federal. A criação do grupo é proposição do senador
Astronauta Marcos Pontes e conta com 12 senadores. O evento contou com a
presença do arcebispo de Brasília (DF), cardeal Paulo Cezar Costa, e de
representantes de outras instituições católicas.
Na
resolução que aprovou a instalação da Frente Parlamentar, são apresentados os
objetivos de defender os princípios éticos, morais e doutrinários da Igreja
Católica; acompanhar projetos e assessorar os parlamentares na elaboração e
votação de propostas.
A
Comissão será presidida pelo senador Astronauta Marcos Pontes e com o senador
Flávio Arns na vice-presidência. Em seu discurso de abertura, Pontes falou do
compromisso de que os valores cristãos sejam considerados nas discussões
legislativas.
“Defender os princípios da Igreja significa
defender os valores de milhões de brasileiros. O Brasil é uma nação cristã,
sendo a sua maioria católica. São milhões de brasileiros que, guiados por sua
fé, contribuem diariamente para a formação cultural e moral da nossa
sociedade”, pontuou.
Política
pelo bem comum
O
arcebispo de Brasília, cardeal Paulo Cezar Costa, recordou que a Igreja possui
“uma visão elevada sobre a política, que deve atuar pelo bem comum”, e que seu
exercício deve conduzir a comunidade humana à sua realização. Ele destacou o
diálogo como um caminho para a paz, recordando algumas falas do Papa Francisco,
e orientou que a Frente Parlamentar deve ter o olhar de Cristo para o outro e
deve estar unida, mesmo nas diferenças.
“Uma
Frente Parlamentar Católica implica ter esse olhar, o olhar de Jesus Cristo.
Ter o olhar de Cristo implica ter a vida, a realidade, as pessoas como Deus as
vê, implica ter um olhar alargado, ver possibilidade onde a Lei apontava
condenação”, disse, lembrando de passagens do Evangelho nas quais Cristo mostra
seu olhar de misericórdia, perdão e esperança.
“Ter o espírito de Cristo tem que ser lei
para nós. Por isso, nessa Frente Parlamentar, o que une tem que ser maior do
que o que divide, onde se encontra a pessoa concreta; onde, por detrás das
discussões, das divergências, dos interesses, das ideologias existem pessoas a
serem encontradas, acolhidas e amadas. Existe um irmão, uma irmã. Essa Frente Parlamentar deve ser local onde as
diferenças se tornam dom; onde o outro, a outra não é olhado pelo partido, se é
de direita ou de esquerda, mas pela possibilidade que traz consigo; onde aquele
que discorda de mim, que pensa diferente de mim, é um irmão, não um inimigo”.
Laicidade
do Estado
Por
meio do diálogo e da amizade social diante das diferenças, o arcebispo destacou
a realização da “verdadeira laicidade do Estado”. Dom Paulo também explicou o a
ideia de laicidade, frente à confusão entre Estado Laico e Estado ateu que se
apresenta na sociedade brasileira.
Um
Estado ateu, segundo dom Paulo, já teria assumido uma postura diante da
religião. Já o Estado Laico “é aquele que protege todas as religiões, que dá
liberdade para que todas as religiões possam exercer sua missão religiosa, sua
missão social, sua missão caritativa e demais”.
Simpósio
sobre a laicidade do Estado e a liberdade religiosa promovido pela CNBB
Além
de dom Paulo Cezar, também participaram da sessão de instalação da Frente Parlamentar
Católica o bispo auxiliar de Brasília dom Denilson Geraldo, e representantes da
arquidiocese de Brasília, da Fundação João Paulo II – mantenedora do Sistema
Canção Nova de Comunicação, do Santuário do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro
(RJ), e da Fazenda da Esperança.
Por
Luiz Lopes Jr. com informações da Agência Senado
Fonte:
CNBB
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Bispos da
Comissão de Ecologia Integral encontram-se em sua III Missão desta vez junto a
quilombolas na Bahia
De
3 a 5 de setembro, um grupo de bispos e assessores da Comissão Especial de
Ecologia Integral e Mineração da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB) encontram-se em reunião presencial e também farão a sua III Missão junto
ao povo dos quilombos da Baía de Aratu e da Ilha da Maré, em Salvador (BA).
Na
missão, os bispos e assessores visitaram os quilombos Boca do rio, Passa Cavalo
e Bananeiras, na Bahia, comunidades fortemente afetadas pelos impactos da
indústria petroquímica e portuária.
Encontram-se
na missão, o presidente da Comissão e bispo da diocese de Livramento de Nossa
Senhora (BA), dom Vicente de Paula Ferreira; o bispo de Sete Lagoas (MG), dom
Francisco Cota de Oliveira, o bispo de São Gabriel da Cachoeira (AM), dom Edson
Tasquetto Damian e o bispo de Floresta (PE), dom Gabriele Marchesi. Os
assessores da Comissão, padre Dário Bossi, Moema Miranda e Roberto Malvesi
também participam da missão.
Processo
de escuta
A
Comissão fez um processo de escuta das denúncias e dores sofridas das comunidades,
que se sentem ameaçadas, violadas em seu estilo de vida e consideradas
invasoras e incômodas, apesar de serem habitantes ancestrais destas regiões.
O presidente da Comissão, dom Vicente
afirmou que a experiência de conviver com a comunidades afetadas pelos grandes
empreendimentos é uma escola de vida. “A gente veio como Comissão e sai mais
fortalecido pelo vínculo afetivo com o exemplo e a resistência dos atingidos.
Eles são irmãos cuidadores da Casa Comum, como nos pede a nossa Igreja”, disse.
Os
bispos reafirmaram que há um modelo de desenvolvimento que está passando por
cima das vidas, dos corpos das pessoas e da Casa Comum e comprometeram-se a
escrever uma carta às autoridades e instituições responsáveis, fazendo ecoar a
voz e os direitos das comunidades encontradas.
A
Comissão planeja ainda convocar um encontro dos atingidos pelos grandes
projetos, na Bahia, em 2025, ano da Campanha da Fraternidade sobre Ecologia
Integral e do caminho da Igreja rumo à COP30, como momento de escuta e
solidariedade com os povos que cuidam dos territórios e representam a principal
solução à crise ambiental e climática.
Fonte:
CNBB
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Encontro para Acompanhantes
Espirituais
Entre os
dias 15 e 17 de novembro de 2024, o Setor Missão da CRB Nacional promoverá um
Encontro para Acompanhantes Espirituais. O encontro, que ocorrerá no Centro
Pastoral Estigmatino, na Paróquia Santa Cruz e Santa Edwigens, terá como tema
“Acompanhamento Espiritual e Abuso Sexual”, com o objetivo de aprofundar
conhecimentos e desenvolver habilidades para um acompanhamento mais eficaz e
seguro.
O evento
contará com a assessoria da Irmã Annete Havenne e da Dra. Eliane De Carli, que
trarão suas experiências e conhecimentos para as discussões e atividades
programadas.
Oportunidade
para profissionais da área
Durante
os três dias de evento, os participantes poderão explorar o tema do abuso
sexual, trocar experiências e fortalecer a rede de apoio entre os acompanhantes
espirituais. Além disso, o encontro visa contribuir para a construção de uma
Igreja mais segura e acolhedora, alinhada com os princípios de proteção e
respeito à dignidade humana.
Informações
O evento
começará às 12h do dia 15 de novembro, com um almoço de recepção, e terminará
no dia 17, também às 12h, após o almoço de encerramento. As inscrições estão
abertas e podem ser realizadas mediante o pagamento de uma taxa de R$ 150,00.
Os interessados devem enviar o comprovante de pagamento para o e-mail: missaocrb@crbnacional.org.br. As vagas são limitadas e serão
preenchidas por ordem de inscrição.
Informações
Faça sua
inscrição e confirme sua participação através do link: https://forms.office.com/r/WiGT2Xd41m ou pelo QR Code na imagem.
Serviço:
- Data: 15 a 17 de novembro de 2024
- Local: Centro Pastoral Estigmatino,
Paróquia Santa Cruz e Santa Edwigens, SGAS 905, Asa Sul – Brasília
- Horário: Início às 12h do dia 15/11 com
almoço; término às 12h do dia 17/11 com almoço
- Inscrições: Enviar comprovante para missaocrb@crbnacional.org.br
- Investimento: R$ 150,00 (pagamento por meio do
número de conta)
Banco do
Brasil
Agencia 452-9
Conta 306.934-6
CNPJ: 33.460.940/0001-12
O
encontro será um espaço para reflexão, aprendizado e fortalecimento das
práticas de acompanhamento espiritual, contribuindo para a criação de ambientes
mais seguros e acolhedores na comunidade eclesial.
Fonte:
CRB
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Equipe Interdisciplinar da
CRB Nacional realiza reunião no Centro Estigmatino em Brasília-DF
Nos dias
30 e 31 de agosto, a Equipe Interdisciplinar da Conferência dos Religiosos do
Brasil se reuniu no Centro Estigmatino de Pastoral, em Brasília-DF, para dois
dias de atividades e reflexões. O encontro começou com uma Celebração
Eucarística, que marcou o início dos trabalhos. A Coordenação acolheu os
presentes, incluindo a secretária executiva Luciene Caesar e a secretária
nacional Ir. Leonice do Nascimento da CRB Nacional, que participaram
presencialmente, e a Irmã Eliane Cordeiro, Presidente Conferência e o Frei
Vanildo, Assessor do Setor de Formação Continuada que participaram remotamente.
Durante o
primeiro dia de reunião, a equipe discutiu as publicações da CRB Nacional,
abordando temas da Revista Convergência para 2025. Foram propostos novos temas
para um próximo número do subsídio do livro Porta Estreita, além de um subsídio
focado nas prioridades missionárias. Com base nas reflexões da primeira reunião
preparatória para a Assembleia Geral Eletiva (AGE) de 2025, a equipe elaborou
contribuições para o processo em andamento.
Outro
ponto abordado foi o estudo do Plano Estratégico da CRB Nacional, com foco em
sua implementação e recepção, além da revisão dos estatutos e regimentos,
considerando as contribuições das regionais. O dia de trabalho terminou com uma
reflexão sobre o Jubileu e uma análise da conjuntura nacional, com ênfase na
realidade amazônica e na situação dos povos indígenas.
No
segundo dia, após a Eucaristia, os temas foram retomados com a participação da
Irmã Eliane. A equipe elaborou o calendário de atividades até a AGE e avaliou a
caminhada da Equipe Interdisciplinar.
Fonte:
CRB
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Fórum Estadual das Pastorais
Sociais, em Porto Alegre
Evento
promovido pela Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sociotransformadora do
Regional Sul 3 contou com a participação dos referenciais diocesanos das
Pastorais Sociais e dos coordenadores das pastorais sociais específicas no
regional
A
Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sociotransformadora do Regional Sul 3
esteve reunida nestes dias 02 e 03 de setembro, na Casa São João da Cruz, em
Porto Alegre, para o Fórum Estadual das Pastorais Sociais. O encontro conta com
a participação dos referenciais diocesanos das Pastorais Sociais e dos
coordenadores das pastorais sociais específicas no regional.
Além de
partilhar e retomar os desafios e projeções de ações, o momento é ocasião
importante para aprofundar a reflexão sobre o recente contexto das emergências
climáticas, com a enchente em nosso Estado. Durante a tarde da segunda-feira,
dia 02, o Secretário Executivo da CNBB, padre Rogério Ferraz de Andrade,
participou do encontro, reforçando a importância da articulação das pastorais
sociais no Regional Sul 3. Na ocasião, também apresentou a prestação de contas
da Campanha promovida pelo Regional em favor das vítimas das chuvas.
Fonte:
Site da Diocese de Caxias do Sul
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Papa à Igreja indonésia: fortes na fé,
abertos na fraternidade e próximos na compaixão
No
encontro com os bispos, sacerdotes, consagrados, seminaristas e catequistas, na
Catedral de Nossa Senhora da Assunção, em Jacarta, esta quarta-feira (04/09), o
Santo Padre os encorajou a continuar sua missão fortes na fé, abertos a todos
na fraternidade e próximos de cada um na compaixão. Tratou-se do segundo
discurso de Francisco em terras indonésias, no âmbito desta sua 45ª Viagem
Apostólica Internacional, que o levará também a Papua-Nova Guiné, Timor-Leste e
Singapura
Raimundo
de Lima – Vatican News
“Anunciar o Evangelho não significa impor ou
contrapor a própria fé à dos outros, mas dar e partilhar a alegria do encontro
com Cristo, sempre com grande respeito e afeto fraterno por todos”. Foi o que
disse Francisco na manhã desta quarta-feira (04/09) no encontro com os bispos,
sacerdotes, consagrados, seminaristas e catequistas, na Catedral de Nossa
Senhora da Assunção, em Jacarta, capital da Indonésia, um momento muito
aguardado da primeira etapa desta sua 45ª Viagem Apostólica Internacional, que
nos próximos dias o levará também a Papua-Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura.
Após
a saudação do presidente dos bispos indonésios que deu as boas-vindas ao Santo
Padre e o testemunho de um sacerdote, uma religiosa, um catequista e uma
catequista, Francisco iniciou seu discurso lembrando o lema escolhido para esta
Visita Apostólica: Fé, Fraternidade, Compaixão.
O
Pontífice destacou tratar-se de três virtudes que exprimem bem, disse ele, “o
vosso caminho como Igreja e a vossa índole de povo, muito variada étnica e
culturalmente, mas ao mesmo tempo caracterizada por uma inclinação inata para a
unidade e convivência pacífica”. Francisco desenvolveu seu discurso refletindo
com os presentes as três palavras do lema.
A
fé
Falando
sobre a fé, o Pontífice ressaltou que a Indonésia é um grande país,
com enormes riquezas naturais, em termos de flora, fauna, recursos energéticos
e matérias-primas, entre outras. “Se fosse entendida com superficialidade, uma
riqueza tão grande poderia facilmente transformar-se num motivo de orgulho e
presunção, mas - observou o Papa -, se for considerada com mente e coração
abertos, pode, pelo contrário, ser um apelo a Deus e à sua presença no cosmos e
na nossa vida, como ensina a Sagrada Escritura. Efetivamente, é o Senhor que
nos dá tudo isto”.
Não
há um único centímetro do maravilhoso território indonésio, nem um único
momento na vida de cada um dos seus milhões de habitantes que não seja dádiva
sua, sinal do seu amor, gratuito e preveniente, de Pai. E olhar para tudo isto
com os olhos humildes de filhos ajuda-nos a acreditar, a reconhecermo-nos
pequenos e amados e a cultivarmos sentimentos de gratidão e responsabilidade.
A
Fraternidade
A
seguir, Francisco se concentrou na segunda palavra, fraternidade,
lembrando que uma poetisa do século XX utilizou uma expressão muito bonita para
descrever esta atitude: escreveu que ser irmãos significa amarmo-nos, sem
deixarmos de nos reconhecer «diversos como duas gotas de água». E é exatamente
assim. Não há duas gotas de água iguais, nem dois irmãos completamente
idênticos, mesmo sendo gêmeos. Viver a fraternidade significa, portanto,
acolher-se mutuamente, reconhecendo-nos iguais na diversidade, destacou o Santo
Padre.
“Este
é também um valor caro à tradição da Igreja indonésia e manifesta-se na
abertura com que ela se relaciona com as várias realidades que a compõem e
rodeiam, a nível cultural, étnico, social e religioso, valorizando o contributo
de todos e dando generosamente o que é seu em cada contexto”, disse.
E,
neste aspecto, Francisco deixou o convite para que eles se mantenham assim:
abertos e amigos de todos – “de mãos dadas” –, profetas de comunhão, num mundo
onde parece crescer cada vez mais a tendência a dividir, impor e provocar os
outros.
Uma
outra bonita imagem da fraternidade é um imenso bordado de “fios de amor” que
atravessam o mar, ultrapassam barreiras e abraçam qualquer diversidade, fazendo
de todos «um só coração e uma só alma».
A
Compaixão
Dedicando-se
à terceira e última palavra, Francisco frisou que a compaixão está
intimamente ligada à fraternidade. “Como sabemos, a compaixão não consiste em
distribuir esmolas aos irmãos e irmãs necessitados, olhando-os de cima para
baixo, desde a ‘torre’ das nossas seguranças e dos nossos privilégios, mas,
pelo contrário, em aproximarmo-nos uns dos outros, despojando-nos de tudo o que
não nos deixa inclinar para entrar verdadeiramente em contato com quem está por
terra, e assim podermos levantá-lo e dar-lhe esperança.
Há
quem tenha medo da compaixão, considerando-a uma fraqueza, e exalte antes –
como se de uma virtude se tratasse – a astúcia de quem serve os próprios
interesses, mantendo-se à distância de todos, não se deixando “tocar” por nada
nem por ninguém, julgando-se assim mais lúcido e livre para atingir os seus objetivos.
Porém, este modo de ver a realidade é enganador. O que faz progredir o mundo
não são os cálculos de interesses particulares – que geralmente acabam por
destruir a criação e dividir as comunidades – mas a caridade que se dá. A
compaixão não ofusca a visão real da vida; muito pelo contrário, à luz do amor,
leva a ver melhor as coisas.
Por
fim, o Santo Padre encorajou-os a continuar a missão fortes na fé, abertos a
todos na fraternidade e próximos de cada um na compaixão.
Fonte:
Vatican News – na imagem, catedral de
Jacarta, encontro com a Vida Consagrada
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O Papa na Indonésia: unidade na
multiplicidade, justiça social e bênção divina
O
Papa Francisco fez nesta manhã de quarta-feira (04/09), o seu primeiro discurso
na Indonésia durante o encontro com as autoridades, os representantes da
sociedade civil e o Corpo Diplomático no Palácio Presidencial Istana Negara, em
Jacarta, no âmbito de sua 45ª Viagem Apostólica Internacional. Francisco
visitará ainda nos próximos dias Papua Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura.
Mariangela Jaguraba
- Vatican News
O Papa Francisco encontrou-se, nesta quarta-feira (04/09),
com as autoridades, os representantes da sociedade civil e o Corpo Diplomático
no Palácio Presidencial Istana Negara, em Jacarta, na Indonésia, no âmbito de
sua 45ª Viagem Apostólica Internacional.
O Pontífice chegou à Indonésia, na terça-feira (03/09), e nos
próximos dias visitará também a Papua Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura.
Francisco iniciou o seu discurso, agradecendo ao presidente
indonésio, Joko Widodo, o convite para visitar o país e suas palavras de
saudação. O Papa fez votos ao presidente "de um trabalho frutuoso a
serviço da Indonésia, deste vasto arquipélago de milhares e milhares de ilhas
banhadas pelo mar que liga a Ásia à Oceania".
Harmonia
no respeito pela diversidade
"Quase se poderia afirmar o seguinte: tal como o oceano
é o elemento natural que congrega todas as ilhas indonésias, assim o respeito
mútuo pelas características culturais, étnicas, linguísticas e religiosas
específicas dos grupos humanos que compõem a Indonésia é o indispensável tecido
conectivo que torna o povo indonésio unido e orgulhoso", disse o
Pontífice. "Tal como a grande biodiversidade presente neste arquipélago é
fonte de riqueza e esplendor, também as diferenças específicas contribuem para
formar um magnífico mosaico, em que cada pedra é um elemento insubstituível na
composição de uma grande obra original e preciosa, sublinhou.
"A harmonia no respeito pela diversidade é alcançada
quando cada visão particular tem em conta as necessidades comuns, e quando cada
grupo étnico e confissão religiosa age com espírito de fraternidade, buscando o
nobre objetivo de servir o bem de todos", disse o Papa, acrescentando:
“Esta sábia e delicada harmonia, entre a multiplicidade de
culturas e de visões ideológicas diferentes com as razões que cimentam a
unidade, deve ser continuamente defendida contra qualquer desequilíbrio.”
É um trabalho artesanal confiado a todos, mas de modo
especial à ação da política, quando esta tem como objetivo a harmonia, a
equidade, o respeito pelos direitos fundamentais do ser humano, o
desenvolvimento sustentável, a solidariedade e a busca da paz, quer no seio da
sociedade quer com outros povos e Nações. Eis a grandeza da política! Um
homem sábio disse que a política é a forma mais elevada de caridade. Isso é
bonito.
A
Igreja Católica está a serviço do bem comum
"Tendo em vista fomentar uma harmonia pacífica e
construtiva que garanta a paz e congregue forças para vencer desequilíbrios e
bolsões de miséria, ainda persistentes em algumas zonas do País, a Igreja
Católica deseja incrementar o diálogo inter-religioso", disse
Francisco em seu discurso. "Desta forma, podem eliminar-se preconceitos e
pode desenvolver-se um clima de respeito e confiança mútuos, indispensável para
enfrentar desafios comuns; entre os quais a contraposição ao extremismo e à
intolerância que, distorcendo a religião, tentam impor-se através do engano e
da violência. Em vez disso, a proximidade, escutar as opiniões dos outros. Isto
cria fraternidade dentro de uma nação. É algo muito bonito, muito bonito",
sublinhou.
"A Igreja Católica está a serviço do bem comum",
reiterou o Papa, "e deseja reforçar a cooperação com as instituições
públicas e outros agentes da sociedade civil, mas sem fazer proselitismo.
Respeita a fé de cada pessoa e nesse sentido favorece a formação de um tecido
social mais equilibrado e assegura uma assistência social mais eficiente e
equitativa".
Fé,
fraternidade e compaixão
Referindo-se ao Preâmbulo da Constituição da Indonésia, de
1945, o Pontífice recordou que "a unidade na multiplicidade, a justiça
social, a bênção divina são, portanto, princípios fundamentais destinados a
inspirar e orientar os programas específicos. São como a estrutura de
apoio, a base sólida sobre a qual se constrói a casa". Segundo o Papa,
estes princípios se harmonizam muito bem com o lema de sua visita à Indonésia:
"Fé, fraternidade e compaixão".
“Infelizmente, no mundo atual existem algumas tendências
que dificultam o desenvolvimento da fraternidade universal. Em várias regiões,
assistimos ao aparecimento de conflitos violentos, que muitas vezes são o
resultado da falta de respeito mútuo, do desejo intolerante de fazer prevalecer
a todo o custo os próprios interesses, a própria posição ou narrativa histórica
parcial, mesmo quando isso implica sofrimentos intermináveis para comunidades
inteiras e resulta em verdadeiras guerras sangrentas.”
Nascimentos,
a maior riqueza que um país possui
"Por vezes, surgem tensões violentas no seio dos
Estados, porque os detentores do poder gostariam de uniformizar tudo, impondo a
sua visão até em questões que deveriam ser deixadas à autonomia dos indivíduos
ou dos grupos associados", ressaltou.
Por outro lado, apesar de declarações programáticas
persuasivas, há muitas situações em que falta empenho efetivo e clarividente na
construção da justiça social. Em consequência, uma parte considerável da
humanidade é deixada à margem, sem meios para viver dignamente e sem defesa
para enfrentar graves e crescentes desequilíbrios sociais, que desencadeiam conflitos
intensos.
"E como se resolve isso"? Perguntou Francisco.
"Com uma lei de morte, isto é, limitando os nascimentos; limitando a
maior riqueza que um país possui, que são os nascimentos. O seu país, por outro
lado, tem famílias de três, quatro, cinco filhos que seguem em frente. Isso
pode ser visto na faixa etária do país. Continuem assim. É um exemplo para
todos, todos os países. Talvez isso seja engraçado, talvez essas
famílias prefiram ter um gato, um cachorro e não um filho. Isso não está
certo", sublinhou.
Ter
em vista o bem de todos, construir pontes
De acordo com o Papa, "em outros contextos, as pessoas
pensam que podem ou devem prescindir de procurar a bênção de Deus, julgando-a
supérflua para o ser humano e para a sociedade civil, que se deveriam promover
a partir das suas próprias forças". "Porém, ao fazer assim",
ressaltou, "deparam-se frequentemente com a frustração e o fracasso. Em
outros casos, a fé em Deus é continuamente colocada em primeiro plano, porém
infelizmente é muitas vezes manipulada, não servindo para construir a paz, a
comunhão, o diálogo, o respeito, a colaboração, a fraternidade, mas para
fomentar divisões e ódio".
"Perante estas sombras, é fonte de alegria constatar
como a filosofia que inspira a organização do Estado indonésio manifesta
sabedoria e equilíbrio", disse ainda o Santo Padre, fazendo suas, a este
propósito, as palavras de São João Paulo II proferidas ao Presidente da
República Indonésia e às Autoridades, durante sua visita ao país, em 1989: «Ao
reconhecerdes a presença da diversidade legítima, ao respeitar os direitos
humanos e políticos de todos os cidadãos e ao encorajardes o crescimento da
unidade nacional, baseada na tolerância e no respeito pelos outros, lançais os
fundamentos para aquela sociedade justa e pacífica, que todos os indonésios
desejam para si e almejam legar aos seus filhos».
"Desejo que todos, no seu agir quotidiano e no exercício
ordinário das respectivas funções, saibam inspirar-se nestes princípios e
torná-los efetivos, porque opus justitiae pax, a paz é fruto da
justiça. Com efeito, a harmonia alcança-se quando cada um se empenha,
não apenas em favor dos seus interesses e da sua visão, mas tendo em vista o
bem de todos, a construção de pontes, o fomento de acordos e sinergias, a
congregação de esforços para derrotar qualquer forma de miséria moral,
econômica e social, e promover a paz e a concórdia", concluiu
Francisco.
Fonte:
Vatican News
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O Papa na Indonésia, Francisco conversa
com o presidente Widodo
O
encontro privado ocorreu na presença do Ministro das Relações Exteriores da
Indonésia e do Secretário do Vaticano para as Relações com os Estados, dom Paul
Richard Gallagher.
Vatican News
O
Papa Francisco, na varanda do Palácio Presidencial de Jacarta, conversou em
privado com o presidente, Joko Widodo, que deixa o poder, e a quem fez uma
visita de cortesia.
O
encontro privado ocorreu na presença do Ministro das Relações Exteriores da
Indonésia e do Secretário do Vaticano para as Relações com os Estados, dom Paul
Richard Gallagher, bem como de seus respectivos intérpretes.
Encontro do Papa com o presidente Widodo
O
presidente Joko Widodo, também conhecido como Jokowi, 63 anos, casado e pai de três
filhos, deixará o cargo em 20 de outubro, no final de seu segundo e último
mandato, não podendo concorrer novamente dará lugar ao seu sucessor, eleito em
14 de fevereiro, Prabowo Subianto, do Partido da Grande Indonésia. Subianto
esteve presente nesta manhã de quarta-feira no encontro do Papa com as
autoridades da Indonésia
Francisco
assinou o livro de honra no Palácio Presidencial da Indonésia, escrevendo a
seguinte frase:
“Imerso
na beleza desta Terra, um lugar de encontro e diálogo entre diferentes culturas
e religiões, desejo que o povo indonésio cresça na fé, na fraternidade e na
compaixão. Deus abençoe a Indonésia!”
Fonte:
Vatican News
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Indonésia: Papa encontra jesuítas e
fica impressionado com tantos jovens
No
final da manhã desta quarta-feira (04/09) em Jacarta, depois de compromissos
com o presidente e autoridades políticas e civis da Indonésia, o Papa recebeu
200 membros da Companhia de Jesus na nunciatura. “Foi um encontro familiar,
descontraído e incisivo”, disse o subsecretário do Dicastério para a Cultura e
a Educação. Foram discutidos vários tópicos, incluindo o diálogo
inter-religioso e a importância da inculturação.
Salvatore Cernuzio - Jacarta
Primeiro
as autoridades políticas e civis do país, depois os membros da Companhia de
Jesus local. Entre os primeiros encontros de Francisco em Jacarta, capital da
Indonésia e primeira parada da sua longa viagem ao Sudeste Asiático e à Oceania
(de 2 a 13 de setembro), não poderia faltar a reunião a portas fechadas com
seus irmãos jesuítas, uma tradição de anos em cada viagem apostólica. O Papa
recebeu 200 deles, dos 320 presentes em todo o arquipélago, nesta quarta-feira
(04/09), por volta das 11h30 do horário local, na sala da Nunciatura
Apostólica, onde nesta terça-feira (03/09) ele havia abraçado os pobres,
órfãos, refugiados e idosos.
Perguntas e
respostas, confidências, piadas
O
encontro durou uma hora e, como sempre, foi marcado por um diálogo espontâneo
com perguntas e respostas, confidências pessoais e algumas piadas. “Uma reunião
descontraída, profunda e incisiva”, resumiu o Pe. Antonio Spadaro,
subsecretário do Dicastério para a Cultura e a Educação e membro da comitiva
papal, que estava presente no encontro. “Foi um momento familiar, como costuma
ser”, explicou o jesuíta, jornalista e teólogo, à mídia do Vaticano. “O Papa
Francisco fica sempre muito relaxado, ele se sente como se estivesse em
família, então é capaz de dar o primeiro feedback da visita”. Com os confrades
da Indonésia em particular, ele expressou surpresa e alegria ao ver tantos
jovens: “talvez seja a coisa que mais me impressionou, o Santo Padre notou como
são jovens os jesuítas em formação na Indonésia”.
Os temas do diálogo,
inculturação, discernimento e oração
Muitos
temas foram discutidos na conversa: “o Papa falou sobre a Companhia, a
importância do discernimento e da oração. Os mais jovens lhe perguntaram quando
encontra tempo para rezar e ele contou algumas anedotas”, explicou Spadaro.
Todos os temas foram entrelaçados com outros que são importantes nesta terra,
“como o diálogo inter-religioso ou a inculturação, nos quais ele insistiu
muito”. Não faltaram referências às suas próprias experiências pessoais e
observações espirituosas, como a proferida pelo Pontífice no final do encontro:
"a polícia chegou para me levar embora".
Agenda apertada
“O
Papa gosta de falar com seus irmãos, com descontração e de maneira livre e
espontânea, mas ele tem ritmos precisos”. Após os compromissos da manhã no Palácio
Presidencial Istana Negara, à tarde Francisco encontra com bispos, sacerdotes,
diáconos, consagrados e consagradas, seminaristas e catequistas na Catedral de
Nossa Senhora da Assunção; e após com os jovens da rede Scholas Occurrentes na
Casa da Juventude “Grha Pemuda”.
A importância dos
jovens e a contribuição dos cristãos
Os
jovens e sua contribuição para o bem comum e para o presente e o futuro do
mundo são um dos temas-chave de toda a 45ª Viagem Apostólica. O primeiro
contato de Jorge Mario Bergoglio com as novas gerações da Indonésia foi,
portanto, através dos jesuítas em formação: “uma Companhia de Jesus jovem que
também representa uma Igreja jovem”, comenta o Padre Spadaro. “Francisco”,
acrescenta ele, ”ama aquelas Igrejas que eu defino como zero vírgula (0,...%).
Aqui estamos em 3%, portanto uma pequena porcentagem da população, mas eles são
8 milhões e há uma presença significativa no país. O objetivo do cristão”,
enfatiza ele, ”ainda é contribuir para o crescimento do país, ser como fermento
misturado à massa, e isso é muito importante para o Papa. A mensagem para os
cristãos é que eles colaborem plenamente para o bem comum, além dos números;
para o Santo Padre, o que conta é a vivacidade, a capacidade geradora”.
Olhando para a
realidade e buscando o futuro
De
toda a reunião - a primeira das três com a Companhia de Jesus planejadas para a
viagem (as outras duas serão realizadas em Dili e Cingapura) - o que mais
impressionou o Pe. Antonio Spadaro foi “o olhar” de Francisco. “Tanto na reunião
desta manhã como nas outras que tivemos até agora. O Papa Francisco vê nesta
terra uma possibilidade, a possibilidade de harmonia em um contexto pluralista.
O presidente hoje também falou de harmonia e pluralismo. Acredito que há
esperança aqui para um futuro tão ameaçado, em um momento em que o mundo está
dividido e fraturado. Portanto, estes são os olhos do Papa, que estão muito
abertos à realidade e à busca de um futuro”.
Fonte:
Vatican News
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O Papa aos jovens de Scholas: não à
guerra, ao invés, discutir entre amigos nos faz crescer
No
último compromisso de seu segundo dia em Jacarta, Francisco visitou e inaugurou
a nova sede do movimento “Scholas Occurrentes” na Casa da Juventude “Grha
Pemuda”, a primeira no Sudeste Asiático. O Pontífice dialogou com três jovens
sobre harmonia e paz e concluiu o trabalho coletivo do “Poliedro do Coração”,
feito por mais de 1.500 jovens indonésios
Alessandro
Di Bussolo – Vatican News
“Fazer
guerra entre nós é sempre uma derrota, mas discutir nos faz crescer”. Esse é o
coração da mensagem do Papa aos jovens no último compromisso de seu segundo dia
em Jacarta, uma visita à Casa da Juventude 'Grha Pemuda', a nova e primeira
sede do movimento 'Scholas Occurrentes' no Sudeste Asiático. Sua visita é uma
celebração da educação inclusiva, que ensina que “as diferenças não são uma
coisa ruim, mas uma beleza única”, como Christine, uma jovem que já sofreu
bullying, conta ao Papa em seu testemunho. Festa de Francisco dialogando com os
jovens sobre harmonia e diálogo. Festa da educação “artesanal” do movimento
lançado em 2013 pelo próprio Papa Francisco, com metodologias inovadoras que
incorporam tecnologia, esporte e artes.
O Poliedro do
Coração completado pelo Papa
Um
mosaico de emoções bem retratado pelo 'Poliedro do Coração', a nova obra de
arte coletiva do movimento, uma estrutura feita de materiais naturais, tecidos
e materiais reciclados, e preenchida com itens pessoais, por mais de 1.500 jovens,
que Francisco completou com sua mensagem antes de partir. O Pontífice chegou à
Casa da Juventude quando o sol já se pôs, um pouco depois das 18h, horário da
Indonésia (8h de Brasília), caminhando em uma cadeira de rodas pelos 600 metros
que a separam da Catedral. Durante o percurso, foi acompanhado pelo presidente
de “Scholas Occurrentes”, José Maria del Corral, e por alguns membros do
movimento, e foi saudado festivamente por uma centena de crianças da
Arquidiocese de Jacarta.
A visita à Casa da
Juventude
No
pátio, o Pontífice foi recebido por duas crianças que lhe oferecem um presente,
enquanto as outras cantam uma canção, acompanhadas pela orquestra de pessoas
muito jovens, onde se destacam os bonangs, instrumentos musicais indonésios
usados no gamelão javanês e compostos por um conjunto de pequenos gongos,
semelhantes a panelas, colocados em cordas em uma estrutura de madeira. O Papa
chegou à Sala São Matias e São Tadeu, no terceiro andar, onde se encontrou com
os participantes do projeto “Scholas Aldeas”, um filme sobre outra grande obra
simbólica da Schola, o longuíssimo mural realizado por Francisco em Cascais,
durante a JMJ 2023, em Lisboa. Em seguida, o Pontífice foi acompanhado ao Salão
São Jacó para um encontro privado com a diretoria de Scholas Occurrentes.
O diálogo com os
jovens de Scholas Occurentes
Por
fim, Francisco, no quarto andar do edifício, foi recebido por 200 jovens de
Scholas Occurrentes da Indonésia, sentados no chão, e convidados de outros
países asiáticos. Todos o cumprimentaram batendo no peito com as mãos, na
altura do coração, e o Pontífice fez o mesmo. Logo em seguida, foi acompanhado
até o “Poliedro do Coração”, um trabalho coletivo que envolveu 1.500 pessoas,
incluindo jovens do programa educacional de Jacarta, participantes de oficinas
em Bali, Lombok e Labuan Bajo, e detentos de três penitenciárias, incluindo
aquelas para jovens prisioneiros, mulheres e homens.
A
escultura incorpora objetos pessoais de seus contribuintes, é um espaço sagrado
que preserva memórias, simboliza uma comunidade compartilhada; conta as
histórias de seus participantes em cada uma de suas faces, combinando educação,
arte e tecnologia, e pretende representar o lema nacional da Indonésia,
“Bhinneka Tunggal Ika” (Unidade na Diversidade). O Papa Francisco completou a
obra com sua mensagem e deu à jovem que o acompanhou a uma reprodução da
personagem de quadrinhos Mafalda, criada pelo argentino Joaquín Lavado,
conhecido como Quino.
O testemunho de Ana,
uma professora muçulmana
No
grande salão, atrás de sua cadeira, a parede repleta de plantas de mangue, um
símbolo da defesa do ecossistema. O Papa ouviu atentamente o primeiro
testemunho de Ana, uma voluntária da Scholas, professora e mãe, com um véu
cobrindo sua cabeça. Professora universitária, mas também locutora de rádio,
ela conta como ela, muçulmana, veio para o Scholas porque ama a educação. Ela
se emocionou porque hoje, da catedral, viu a mesquita, onde aprendeu a
tolerância que mais tarde encontrou no movimento. E hoje, ela concluiu, “o
Scholas é para mim uma casa em constante evolução, um campo onde os jovens
crescem como flores”.
O diálogo com o
jovem Bryan
O
jovem Bryan, vestindo a camiseta branca do Scholas, enfatizou que no movimento
“nos sentimos à vontade uns com os outros, todos temos amigos com outras
religiões ou crenças”. E explicou que muitos relataram suas experiências
negativas, discriminação, cyberbullying e a “satisfação das pessoas” que “nos
faz fingir”, “sem olhar para as diferenças, sem determinar quem está certo e
quem está errado”. Francisco agradeceu e levantou o polegar para expressar seu
“ok”. Em seguida, pegou o microfone para dizer que Bryan falou bem sobre a
concretude da realidade, porque “às vezes falta a concretude do fazer”. Há três
coisas: o que pensamos, o que dizemos e a realidade que vivemos. E há “o risco
de ser esquizofrênico, alguém que pensa uma coisa, mas faz outra, não tem
unidade; em vez disso, a maturidade de uma pessoa é pensar, falar e viver em
harmonia”.
A harmonia é uma
comunidade que caminha, na diversidade
A
harmonia, para mim, explicou o Pontífice, é onde uma comunidade caminha junta,
“vendo também as diversidades, mas caminhando juntos, de maneira justa, sem ver
as diferenças sociais”. A paz é harmonia, esclareceu ele, e para alcançá-la é
preciso seguir esses princípios: “A realidade é superior à ideia, a unidade é
superior ao conflito e o todo é superior à parte”.
Christine: como
ensinar a paz em um mundo em conflito?
Por
fim, Christine, também com uma camiseta branca do Scholas, confidenciou ao Papa
Francisco que sofreu bullying e que, muitas vezes, “as diferenças criam
divisões, causam conflitos e, com frequência, levam à destruição”, até mesmo
nas famílias. Mas no movimento “aprendemos que essas diferenças não são um mal,
mas uma beleza única. Aprendemos a unir nossas diferenças, a construir laços de
unidade e a entender que as diferenças não são um caminho de destruição, mas
sim um passo em direção à unidade”. E ela perguntou ao Papa: “Como ensinamos a
paz em meio aos conflitos que estão ocorrendo hoje?”
A escolha entre
guerra e insulto, e a “mão estendida
“A
vida deve ser vivida nas diferenças, se fôssemos todos iguais, seria um tédio”,
Francisco lhe respondeu, elogiando sua coragem. Nas diferenças, continuou ele,
pode haver conflito ou diálogo. “Se dois países são diferentes, o que eu faço?
Diálogo ou guerra? O desejo de ter tudo em mãos faz a guerra. A palavra certa é
caminhar juntos”. A escolha, lembrou o Pontífice, é entre fazer a guerra e
insultar uns aos outros, ou “a política da mão estendida, do abraço, do amor
fraterno, e sempre avançar no diálogo, discutindo, mas juntos”. Às vezes,
esclareceu Francisco, “temos que discutir entre nós, mas discutir como irmãos,
para avançar no caminho da paz”. Fazer guerra e brigar é uma coisa ruim, “mas
não é ruim discutir como amigos e mudar de opinião. Não se esqueça: a guerra
entre nós é sempre uma derrota e, em vez disso, discutir com os amigos nos faz
crescer”.
Os presentes e Nossa
Senhora da Ternura
No
momento dos presentes, o Papa recebeu algumas estolas costuradas e decoradas
por jovens detentos de três penitenciárias, que participaram do projeto do
poliedro. E deixou como presente para “Scholas Occurrentes” um Ícone de Nossa
Senhora da Ternura, a “Nossa Senhora de Korsun'”, popularmente chamada de Korsunskaya,
que até a Revolução de Outubro era mantida na Igreja da Dormição, no Kremlin.
O mangue e a bênção
“para todos”
No
final, o Pontífice plantou simbolicamente um mangue em memória desse encontro
histórico, juntamente com o Ministro do Meio Ambiente Luhut e como o início de
um projeto para o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. No momento da
Bênção, lembrou que abençoar “significa dizer bem a todos os outros, é desejar
o bem. Aqui vocês são de religiões diferentes, mas Deus é um só”. E convidou
todos a rezarem em silêncio e depois deu “uma bênção para todos”: “Deus abençoe
cada um de vocês, abençoe seus desejos, abençoe suas famílias, abençoe seu
presente e abençoe seu futuro”. O Papa Francisco deixou a Casa da Juventude às
19h45, horário local, 9h45 de Brasília, tendo antes abençoado imagens e objetos
que haviam sido preparados para ele em uma grande mesa.
Fonte:
Vatican News
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O que faz o mundo progredir
O
Papa Francisco explica que a compaixão “faz ver melhor as coisas”
Andrea Tornielli
O que “faz o mundo progredir”? Alguns poderiam responder a
economia, outros a luta de classes, outros ainda a curiosidade ou o desejo de
empreender e experimentar, outros ainda o amor. Há mais de trinta anos, na
Argentina, uma senhora idosa disse ao bispo Bergoglio que a misericórdia divina
é o pilar que sustenta o mundo (“se o Senhor não perdoasse tudo, o mundo não
existiria”); hoje, Francisco indica qual é o “motor” que faz o mundo progredir.
Da catedral de Jacarta, o Papa explicou que o que impulsiona o mundo é “a
caridade que se doa” na compaixão. Ele disse que compaixão não significa
distribuir ajuda ou esmolas aos necessitados “olhando-os de cima para baixo”,
mas significa inclinar-se para realmente se conectar com aqueles que estão no
chão e, assim, erguê-los e dar-lhes esperança. Significa também abraçar sonhos
e desejos de redenção e justiça dos necessitados, tornando-se promotores e
cooperadores.
Há aqueles que têm medo da compaixão, observou ainda o
Sucessor de Pedro, “porque a consideram uma fraqueza e, em vez disso, exaltam,
como se fosse uma virtude, a astúcia daqueles que servem a seus próprios
interesses mantendo distância de todos, não se deixando ‘tocar’ por nada nem
por ninguém, pensando que assim são mais lúcidos e livres para atingir seus
objetivos”. Mas isso”, explicou, ‘é uma maneira falsa de ver a realidade’.
Porque “o que faz o mundo progredir não são os cálculos de interesse próprio -
que geralmente acabam destruindo a criação e dividindo as comunidades - mas a
caridade que se doa. A compaixão não obscurece a visão real da vida; pelo
contrário, ela nos faz ver melhor as coisas, à luz do amor”.
É a compaixão que Jesus nos testemunha em cada página do
Evangelho: ele não permanece indiferente à realidade, ele se comove
visceralmente, se deixa ferir pelo drama e pela necessidade daqueles que
encontra. Em vez disso, a indiferença, que a longo prazo se transforma em
cinismo, nos faz acreditar que somos mais livres, mas na realidade nos torna,
pouco a pouco, cada vez menos humanos.
Fonte:
Vatican News
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Apoio da Igreja italiana à Indonésia,
Papua Nova Guiné e Timor-Leste
Desde
1991, foram financiados 133 projetos num valor superior a 28 milhões de euros
em três dos quatro países visitados pelo Papa na sua 45ª viagem apostólica
Internacional. Também é apoiada a construção da escola secundária "Holy
Trinity Humanistic School" em Baro, Papua Nova Guiné, onde Francisco irá
no dia 8 de setembro.
Vatican
News
O
abraço da Igreja italiana, que nunca deixou de apoiar as populações locais, se
estende até o Sudeste Asiático. Desde 1991, foram financiados 133 projetos, num
total de 28 milhões 119 mil 252 euros, na Indonésia, Papua Nova Guiné e
Timor-Leste, destinos - junto com Singapura - da 45ª Viagem Apostólica
Internacional do Papa Francisco.
Projetos na
Indonésia em mais de 13 milhões de euros
Graças
ao 8xmille, porcentagem do imposto fixo que os cidadãos destinam à Igreja
Católica ou outra denominação religiosa ou para atividades de importância
social e cultural do Estado italiano, o Serviço de Ações Caritativas para o
Desenvolvimento dos Povos pôde realizar 61 projetos na Indonésia (13.123.707 euros),
principalmente no campo da educação e da promoção humana de crianças e jovens,
com atenção especial às pessoas com deficiência. Apoio concreto e imediato, 500
mil euros, foi dado às vítimas do terremoto que atingiu várias áreas da ilha de
Sulawesi em janeiro de 2021.
Os projetos em
Timor-Leste e Papua Nova Guiné
A
aposta foi na alfabetização e na educação de menores também em Timor-Leste onde
os fundos foram principalmente transformados em escolas, centros sociais e de
formação para crianças: no total são 27 projetos no valor de 7 milhões 946 mil
062 euros. Quarenta e cinco, no valor de 7 milhões 49 mil 483 euros, foram os
projetos realizados na Papua Nova Guiné: dentre estes, a escola secundária
“Holy Trinity Humanistic School” de Baro, administrada pelos missionários do
Instituto do Verbo Encarnado, que o Papa visitará no dia 8 de setembro, uma
sala polivalente em Goroka, 30 alojamentos de baixo custo em Kokopo e uma ação
de promoção da saúde na capital Port Moresby.
Fonte:
Vatican News
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Assinado acordo para recuperar material
audiovisual sobre os Papas do Vêneto
O
Ministério da Cultura da Itália e a Região do Vêneto assinaram um acordo com a
Fundação Memórias Audiovisuais do Catolicismo para a valorização das fontes
audiovisuais sobre João Paulo I e Pio X. Um projeto que visa aumentar o
conhecimento sobre essas figuras a partir da pesquisa de materiais em arquivos
e cinematecas na Itália e no mundo.
Eugenio Bonanata - Vatican News
Materiais audiovisuais sobre João Paulo I e Pio X estão no
centro do acordo assinado nesta terça-feira (03/09) em Veneza pelo Ministério
da Cultura da Itália, a Região do Vêneto e a Fundação Memórias
Audiovisuais do Catolicismo (MAC). Essa última definiu um projeto em nome da
recuperação das fontes que - de acordo com uma nota divulgada no final da
cerimônia no Palazzo Barbi - é articulado em uma via dupla entre arquivos e
cinematecas na Itália e em todo o mundo.
Patrimônio
a ser coletado
Por um lado, há o mapeamento de fontes audiovisuais (ficção e
não ficção) sobre os dois pontífices e, por outro, o reconhecimento de escritos
e discursos sobre a relação entre essas duas figuras e o universo da mídia
antes e depois de sua eleição ao trono papal. O patrimônio coletado será
devidamente digitalizado e depois disponibilizado a qualquer pessoa por meio da
Biblioteca Digital MAC, fruto de uma linha de ação continuamente incentivada
pelo Papa Francisco e que conta com a participação de vários atores acadêmicos
e técnicos, a começar pela Universidade Telemática Internacional Uninettuno.
Difundir
para os mais jovens
O objetivo da iniciativa sobre os Papas do Vêneto é aumentar
o conhecimento sobre essas duas importantes figuras, com atenção especial às
gerações mais jovens. Os instrumentos que estão planejados para serem
empregados são diferentes. Eles vão desde a produção de material popular (não
apenas audiovisual) até a promoção dos materiais produzidos por meio de
organizações, instituições educacionais, entidades públicas e privadas. Em meio
a isso, há experiência na pesquisa e no tratamento de materiais audiovisuais,
graças ao uso das mais modernas tecnologias disponíveis na área de restauração.
Tudo isso, precisamente, para garantir a disseminação adequada e tornar esses
produtos acessíveis ao público mais amplo.
O
Papa “invisível"
Falando aos jornalistas, o presidente da MAC, monsenhor Dario
Edoardo Viganò, falou sobre o paradoxo de Pio X. “Ele é o Papa 'invisível'”,
disse. “Porque, assim que sobe ao trono papal, ele proíbe a filmagem da efígie
do Santo Padre e, portanto, só temos muitos documentários dele a partir de
1954, o ano de sua canonização. Embora, para dizer a verdade, tenhamos
conhecimento de três 'visões' que foram feitas entre 1941 e 1915. Entretanto,
até o momento, a pesquisa nos vários arquivos não produziu nenhuma descoberta”.
Luciani
e Roncalli
Também há muito a ser feito sobre Albino Luciani. Como se
sabe, devido à curta duração do seu pontificado, há relativamente poucas fontes
audiovisuais sobre esse período. No entanto, a pesquisa está concentrada em
nível local, reconstituindo sua ação pastoral como bispo. Viganò destacou como
esse projeto da fundação pode ser colocado lado a lado com o importante
trabalho sobre o magistério do Papa Luciani, realizado pela Fundação João Paulo
I, liderada pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin. A iniciativa -
Viganò também anunciou - também planeja dar uma olhada especial em Roncalli,
embora tecnicamente ele não seja um Papa do Vêneto. No entanto”, explicou ele,
"a história audiovisual de seus anos como Patriarca de Veneza é importante
para entender o futuro João XXIII".
Protegendo
a memória
“A região não poderia deixar de participar desse projeto”,
disse o presidente do Vêneto, Luca Zaia, enfatizando o vínculo entre essas duas
figuras e o território. “Nós nos unimos com grande orgulho, sabendo que
proteger e tornar utilizável a memória direta é fundamental para conhecer nossa
história e o valor de duas figuras tão importantes”, continuou ele. A história
do catolicismo no Vêneto”, continuou Zaia, ”contribui fortemente para a nossa
identidade e cultura: é um pivô fundamental da nossa sociedade. Queremos que
ela seja ainda mais conhecida, não apenas em seus aspectos religiosos, mas
também em uma perspectiva histórica e de eventos”.
Fonte:
Vatican News
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Venezuela: nova mensagem dos bispos por
ocasião das eleições presidenciais de 28 de julho
A
presidência do episcopado venezuelano fala de uma campanha de repressão e
perseguição que resultou em milhares de detidos, inclusive muitos menores de
idade, que estão sendo acusados de crimes gravíssimos sem o devido processo
legal.
Vatican
News
Passados
mais de 30 dias da eleição presidencial de 28 de julho, - lê-se no comunicado
da presidência do episcopado venezuelano - o Conselho Nacional Eleitoral não
deu a conhecer os resultados da eleição ao povo venezuelano, no qual reside a
soberania de forma intransferível (art. 5 da Constituição), na forma prevista
na lei e exigida por diversos fatores da opinião pública nacional e
internacional.
Esse
fato é contrário aos valores democráticos garantidos pela Constituição.
Desconsiderar a soberania do povo, expressa por meio do voto - afirmam os
bispos -, é moralmente inaceitável, pois é um grave desvio da verdade e da
justiça. A verdade, mesmo que queira ser ocultada ou reduzida à opinião de
poucos, prevalecerá (cf. Mc 4:22).
Outro
grande motivo de preocupação em relação à efetiva vigência da democracia
venezuelana é a promoção, por parte de diversos órgãos estatais, de uma
campanha de repressão e perseguição que resultou em milhares de detidos,
inclusive muitos menores de idade, que estão sendo acusados de crimes
gravíssimos sem o devido processo legal.
Os
bispos venezuelanos destacam ainda que é particularmente preocupante a
perseguição a que estão sendo submetidas as testemunhas nas seções eleitorais,
os comunicadores sociais, o candidato com o maior número de votos e os líderes
da oposição, em clara contradição com os princípios da pluralidade política e
da independência das autoridades públicas garantidos pela Constituição e pelas
leis da República. Em uma democracia, é essencial respeitar os direitos de
todos, especialmente os dos menores e de suas famílias.
Esses
acontecimentos geraram um clima de inquietação e ansiedade em amplos setores da
população que em nada contribui para a convivência saudável dos cidadãos. Pelo
contrário, dificultam seriamente a superação, com a cooperação de todos, dos
grandes problemas e necessidades que nos afetam como nação”. (3 de setembro de
2024) Fonte: Vatican News
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Condenação internacional pelo
endurecimento do regime de Maduro
Fortes
reações ao mandado de prisão emitido por um tribunal contra González Urrutia,
candidato da oposição na votação de 28 de julho. Enquanto isso, Caracas
estabelece por decreto a celebração do Natal antecipada para 1º de outubro
L’Osservatore Romano
Praticamente unânime na comunidade internacional a condenação
do mandado de detenção na Venezuela contra Edmundo González Urrutia, o
candidato da oposição nas eleições presidenciais do passado dia 28 de Julho.
González Urrutia afirmou ter vencido as eleições, apesar de o Supremo Tribunal
do país sul-americano ter ratificado a vitória de Nicolás Maduro em 22 de
agosto.
Até ao momento, manifestaram-se contra o mandado de detenção
os Estados Unidos, a União Europeia, a maior parte dos países
latino-americanos, incluindo o Brasil, bem como a Organização dos Estados
Americanos (OEA) e a ONU, que "acompanha com preocupação a evolução
"da situação na Venezuela.
Segundo a porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas
para os Direitos Humanos (ACNUR), Ravina Shamdasani, o que está acontecendo na
Venezuela agrava o “clima de terror” alimentado pelas autoridades de Caracas
durante uma campanha repressiva mais ampla após as eleições presidenciais. Um
fato confirmado por um novo relatório da organização Human Rights
Watch, que descreveu sem rodeios a repressão pós-votação à dissidência
política na Venezuela como “a mais sangrenta dos últimos anos”.
A pedido do Ministério Público, um tribunal antiterrorismo
ordenou a detenção de González Urrutia, de 75 anos, no âmbito das investigações
por “desobediência à lei”, “conspiração”, “usurpação de funções” e “sabotagem”.
A vitória de Maduro nas eleições com 52% dos votos não foi
demonstrada através da divulgação pública da ata, como solicitado pela oposição
e pelos países que não a reconheceram; a justificativa do Conselho Nacional
Eleitoral, controlado por Maduro, é que houve ataques cibernéticos.
Numa nota, a Conferência Episcopal Venezuelana escreveu que,
mais de um mês depois da votação, ainda não saber o resultado das eleições
presidenciais é contrário aos valores democráticos garantidos pela
Constituição. Outro motivo de preocupação, continua o texto, é a perseguição a
que são submetidos os comunicadores sociais, o candidato mais votado e os
líderes da oposição, em clara contradição com os princípios da pluralidade
política e da independência dos poderes públicos. Entretanto, Maduro
estabeleceu por decreto que as próximas férias de Natal serão antecipadas para
1 de outubro. Fonte: Vatican News
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Episcopado venezuelano a Maduro:
o Natal não deve ser usado para fins políticos
Nicolás Maduro anunciou que o
Natal será antecipado este ano, com a celebração planejada para o dia 1º de
outubro. Este decreto foi duramente criticado pelos bispos do país, que
reafirmaram as datas tradicionais e o significado da festividade.
Em meio a
uma grave crise política doméstica com alegações de fraude eleitoral, o ditador
socialista da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou um absurdo. “É setembro e já
cheira a Natal. E, por isso, este ano em homenagem a vocês, em agradecimento a
vocês, vou decretar a antecipação do Natal para 1º de outubro, com paz,
felicidade e segurança”, declarou Maduro durante seu programa semanal “Con
Maduro+”, na última segunda-feira. O decreto determina que as decorações de
Natal sejam penduradas em prédios públicos.
Não é a
primeira vez que Maduro toma tais decisões. Já durante a pandemia do
Coronavírus em 2019, os festejos oficiais do Natal começaram em 1º de novembro;
em 2020, 15 de outubro, no ano seguinte, 4 de outubro.
A
Conferência Episcopal Venezuelana criticou a instrumentalização política da
celebração: “O Natal é uma celebração universal que, como tempo litúrgico,
começa no dia 25 de dezembro, e pediu para que esta festividade não seja
utilizada para “fins propagandísticos ou políticos particulares. O modo e o
momento da sua celebração são de responsabilidade da autoridade eclesiástica
que vela por manter o verdadeiro espírito e significado deste acontecimento de
riqueza espiritual e histórica, pois marca o nascimento de Nosso Senhor Jesus
Cristo”.
Recentemente,
Maduro também escandalizou o público ao afirmar que Jesus Cristo era palestino.
Há
protestos massivos contra a vitória eleitoral de Maduro, anunciada oficialmente
no final de julho. A oposição declarou que, de acordo com suas próprias
contagens das atas eleitorais, seu candidato Edmundo González havia claramente
vencido a eleição presidencial. Observadores eleitorais independentes
confirmaram essa avaliação. Os EUA, a UE e vários países latino-americanos não
reconhecem o resultado oficial e pedem uma revisão independente. Até o momento,
o judiciário venezuelano recusa o acesso transparente aos documentos
eleitorais. Nesta segunda-feira, também foi emitido pelo Ministério Público
venezuelano um mandado de prisão contra González por crimes “associados ao
terrorismo”.
A decisão
de Maduro de antecipar o Natal poderá ser acompanhada pela distribuição de
ajuda e refeições para bairros pobres, ação que alguns meios de comunicação
descrevem como uma tentativa de consolidar sua base eleitoral.
Fonte:
Gaudium Press
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Missão Ad Gentes e Sinodalidade
O
Seminário Teológico São Pio X de Maputo promoveu recentemente uma reflexão
sobre a Missão Ad Gentes e Sinodalidade.
Rogério Maduca - Beira, Moçambique
“A
Missão Ad Gentes e a Sinodalidade: Desafios teológicos e Pastorais” foi o tema
de reflexão da XIX Jornada Teológica do Seminário Teológico Interdiocesano São
Pio X de Maputo, durante os dias 21, 22 e 23 de agosto, evento organizado pelos
seminaristas do quarto ano, com a participação de sacerdotes entre eles
formadores, religiosas e religiosos, leigos e formandos.
De
acordo com o Reitor do Seminário, Padre José Pinto, pretendia-se com o evento e
o tema escolhido de forma particular, ter conhecimento exaustivo sobre a Missão
Ad Gentes, por ser um tema fundamental na formação de missionários.
Os
seminaristas Gilberto, Marcos e o Padre António Peretta, participaram do evento
e destacaram a importância da reflexão sobre a Missão Ad Gentes, tendo em conta
que a Igreja Católica é missionária.
Foram
3 dias de reflexão em torno da Missão Ad Gentes, em diferentes perspectivas, a
bíblica, teológica e pastoral. Dentre os oradores desta que foi a XIX Jornada
Teológica, estiveram o Bispo Auxiliar de Maputo, Dom Osório Citora Afonso, o
Padre António Peretta, missionário Ad Gentes e a Irmã Imaculada Tembo.
Fonte:
Vatican News
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Pastoral da Criança celebra 40 anos de
trabalho no sul do Brasil
"O
combate pela imortalidade infantil é um sinal de que essa obra é de Deus, pois
essas ações sobre nutrição, saúde, educação, cidadania e espiritualidade é uma
resposta de um compromisso pela vida, foi um dos aspectos destacados em sua
homilia pelo bispo referencial da Pastoral da Criança no RS, Dom Odair Miguel
Gonsalves dos Santos .
Por
Pe. Gerson Schmidt*
No
dia 31 de agosto, a Pastoral da Criança do Regional Sul 3 da CNBB celebrou os
40 anos de história e de serviço à vida em terras gaúchas. O evento aconteceu
no Santuário Diocesano de Nossa Senhora do Caravaggio, em Farroupilha RS, na
Diocese de Caxias do Sul, reunindo lideranças das 18 dioceses e arquidioceses
do Estado do Rio Grande do Sul. Em torno de 1.300 integrantes da Pastoral
participaram da alegre comemoração na Serra Gaúcha.
O
momento festivo teve início com a acolhida de Dom Carlos Romulo Gonçalves e
Silva, bispo da Diocese de Montenegro/RS, atual secretário dos bispos do
Regional Sul 3 da CNBB. "Hoje é dia de festa, dia de agradecer o dom, o
sim, a missão de cada uma de vocês que se dedicam a ajudar que nossas crianças
tenham vida plena", disse. Participaram desse evento a Coordenadora
Nacional, Maria Inês Monteiro de Freitas, a Coordenadora Estadual Nilva Canuto
Libardi, a Coordenadora da Diocese de Caxias do Sul, Lúcia Maria David Rombaldi
e Doracelia Melo dos Santos; sacerdotes, diáconos, familiares dos líderes e
visitantes do santuário. A coordenadora Estadual, Nilva Libardi, disse a
todos: "não tenho palavras para descrever o sentimento desse grande dia de
celebração. Hoje é dia de celebrar o dom da vida e da vocação de vocês, líderes
e coordenadoras".
A
programação iniciou na avenida Dom José Barea com uma caminhada rumo ao
Santuário, onde Dom Odair Miguel Gonsalves dos Santos, bispo auxiliar da
Arquidiocese de Porto Alegre e referencial para a Pastoral da Criança do Estado
do Rio Grande do Sul, presidiu a celebração eucarística, concelebrada por Dom
José Gislon, bispo da Diocese de Caxias do Sul, como anfitrião, concelebrada
por sacerdotes oriundos das diversas dioceses do Estado. Na procissão de
entrada, cada diocese se fazia representar com o banner de identificação.
O
reitor do santuário de Caravaggio, Pe. Ricardo Fontana, deu boas-vindas a todos
os romeiros e lideres da Pastoral. Após a celebração eucarística,
reuniram-se no salão para confraternização e resgate da história ao longo
destes 40 anos. Deus fez abençoar o rico trabalho realizado pela Pastoral da
Criança do Estado do Rio Grande do Sul.
Na
homilia, Dom Odair falou da importância no combate à mortalidade infantil e
lembrou Zilda Arns Neumann, irmã de Dom Paulo Evaristo Arns, fundadora da
Pastoral da Criança, em 1983. Formada em medicina pela Universidade Federal do
Paraná, em 1959, aprofundou-se em saúde pública, pediatria e sanitarismo,
visando a salvar crianças pobres da mortalidade infantil, da desnutrição e da
violência em seu contexto familiar e comunitário. Dra. Zilda, em 2004, recebeu
da CNBB outra missão semelhante: fundar e coordenar a Pastoral da Pessoa Idosa.
Dra. Zilda Arns Neumann recebeu o título de Cidadã Honorária de 11 estados e 37
municípios brasileiros, 19 prêmios (nacionais e internacionais) e dezenas de
homenagens de governos, empresas, universidades e outras instituições, pelo
trabalho realizado na Pastoral da Criança.
Homilia de Dom Odair
Miguel Gonsalves dos Santos – bispo referencial da Pastoral da Criança no
RS
“Damos
graças pela caminhada importante, realizada pelas lideranças e coordenadores da
Pastoral da Criança do Estado do Rio Grande do Sul; 40 anos de construção de
uma história de amor, tendo o objetivo de promover a saúde, o desenvolvimento
integral e a qualidade de vida das crianças nas comunidades mais carentes; o
bem que a Pastoral da Criança vem realizando é de suma importância.
O
combate pela imortalidade infantil é um sinal de que essa obra é de Deus, pois
essas ações sobre nutrição, saúde, educação, cidadania e espiritualidade é uma
resposta de um compromisso pela vida. Outro ponto importante a ser destacado,
são as visitas domiciliares realizadas pelas Líderes da Pastoral da Criança, as
quais acompanham as gestantes e as crianças, fornecendo orientações sobre os
cuidados básicos à vida, como: uma boa alimentação para gestante, amamentação,
multimisturas, vacinação para as crianças etc.
O
trabalho e dedicação das voluntárias, também chamadas de líderes comunitárias,
é uma expressão de um amor incondicional pelo próximo. Os resultados positivos
na redução da imortalidade infantil é uma resposta do amor e de cuidado para
com a pessoa e para com a vida. Poderíamos dizer que essa ação transformadora
das lideranças comunitárias, são vidas que transformam vidas. O trabalho
silencioso das voluntarias transformam vidas, enquanto muitos discursos
acadêmicos de notável reconhecimento ficam na superficialidade. É preciso
descer para a realidade do mundo real e, reconhecer as ações verdadeiras que
geram vida e transformam vidas, como da Pastoral da Criança.
Celebrar
estes 40 anos de incansável cuidado pela vida é reconhecer a força motivadora e
transformadora que encontramos nestas mulheres e homens, que fizeram, fazem e
continuarão construindo um mundo melhor para muitas famílias. Quando uma
criança cresce tendo os devidos cuidados, não lhe faltará a esperança por um
mundo melhor. As líderes devem continuar sendo sinal de fé e esperança em
muitos lugares e lares onde falta a esperança. A vida está acima de qualquer
outra valoração que possamos dar.
Os
talentos que Deus deu para os (as) líderes são visíveis no atendimento e na
transformação de uma comunidade inteira, na construção de um futuro promissor,
na diminuição de situações de pobreza, desigualdade e de violência; talentos
que serão reconhecidos pelo próprio Deus, no cuidado do bem comum de todos,
para com a vida; essa ação é fruto de uma espiritualidade, de uma vivência e
intimidade com Deus e com Jesus Cristo.
O
que não pode deixar de dizer neste dia para os (as) líderes e para todos que
estão convictos dessa ação transformadora da Pastoral da Criança é: gratidão,
gratidão, gratidão. A gratidão também se estender aos governantes, diáconos,
padres, bispos que apoiam esse trabalho importante de proteção e cuidado da
vida das nossas crianças. Nossa gratidão a todo Regional Sul 3, às Dioceses e
Arquidioceses que apoiam esse trabalho. Não podemos esquecer de agradecer aos
familiares dos (as) líderes que apoiam e solidarizam esse belo trabalho, os
quais também estão envolvidos com essa causa.
A
gratidão a todos os líderes da Pastoral da Criança já falecidos que,
incansavelmente se dedicaram com muito esmero em prol da vida. Lembramos da
Dra. Zilda Arns Neumann e todas as lideranças falecidas, que descansem em paz.
Que Nossa Senhora do Caravaggio derrame todas as bênçãos e graças para com
todos que aqui se encontram e se sensibilizam pela causa da vida” (Dom Odair
Miguel Gonsalves dos Santos – Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Porto
Alegre/RS).
*Pe.
Gerson Schmidt – Jornalista e colaborador da Rádio Vaticano
Fonte:
Vatican News
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COMISE do Regional Leste 3 realiza I
Experiência Vocacional-Missionária de Seminaristas
O
encontro missionário reuniu cerca de 30 seminaristas diocesanos e religiosos na
Paróquia São José, em João Neiva, Diocese de Colatina, sendo promovido pela
Coordenação Regional do Conselho Missionário de Seminaristas (COMISE).
Por Kaylan
Bettim Ton*
Entre
os dias 30 de agosto e 1º de setembro de 2024, aconteceu na Paróquia São José,
em João Neiva, Diocese de Colatina, a I Experiência Vocacional-Missionária
Regional de Seminaristas. Esse encontro missionário reuniu cerca de 30
seminaristas diocesanos e religiosos, sendo promovido pela Coordenação Regional
do Conselho Missionário de Seminaristas (COMISE).
O
bispo diocesano de Colatina, Dom Lauro Sérgio Versiani Barbosa, presidiu a
Celebração Eucarística de abertura do encontro na sexta-feira (30/08). Também
participaram do início do evento o Pe. Antônio Valdeir, assessor eclesiástico
do Conselho Missionário Regional, o Pe. Edgar Rigoni, reitor do Seminário de
Colatina e presidente da OSIB no Regional Leste 3, e o Pe. Antonio Wilson,
pároco local.
Com
o tema “Chamados a Semear a Esperança e a Construir a Paz” e o
lema “Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de
Deus” (Mt 5,9), o encontro foi inspirado na Mensagem do Papa Francisco para
o 61º Dia Mundial de Oração pelas Vocações. A Experiência
Vocacional-Missionária teve como objetivos: dar testemunho da Esperança em
Cristo, promovendo a fraternidade e a paz; intensificar o espírito missionário
no coração dos futuros presbíteros; promover a unidade entre os seminaristas
diocesanos e religiosos do Regional; consolidar a caminhada missionária do
COMISE no Regional Leste 3; e conhecer a realidade da Paróquia São José, em
João Neiva.
Os
seminaristas foram hospedados nas diversas comunidades da paróquia e, no
sábado, realizaram visitas às famílias, encontros com lideranças locais,
conversas com jovens e celebrações. Essa imersão proporcionou uma vivência
profunda do serviço missionário e fortaleceu o espírito comunitário entre os
participantes.
O
seminarista Kaylan Bettim Ton, Assessor de Comunicação do COMISE - Leste 3,
expressou a importância desta experiência: “Em um mundo que clama por paz, nós,
seminaristas que estamos caminhando em direção ao sacerdócio, somos convidados
a ser sinais de esperança na vida de tantas pessoas que precisam. E essa
Experiência Missionária nos provocou e nos possibilitou ser semeadores dessa
Esperança, mesmo onde não parece haver.”
O
cartaz da Experiência Vocacional-Missionária, criado pelo seminarista Pedro
Henrique De Angeli, do segundo ano de Teologia da Diocese de Cachoeiro de
Itapemirim, simboliza o espírito dessa missão. O cartaz inclui elementos como o
mapa do Espírito Santo, colorido com as cores dos continentes, a cruz representando
Jesus como ponto de partida e chegada, e as sementes de esperança e paz
lançadas pelos seminaristas, refletindo a missão de ser uma Igreja em saída,
irradiando a luz do Evangelho.
O
município de João Neiva, onde foi realizada a missão, tem forte herança
italiana e uma economia baseada na agricultura familiar e agroindústria. Com 29
comunidades, sendo 17 urbanas e 12 rurais, a Paróquia São José é um centro de
vivência religiosa e social, abrigando o projeto social “José Homem Justo”,
coordenado pelas Irmãs de São José de Chambéry.
Assim,
o COMISE consolida com esse encontro seu papel na formação missionária dos
futuros presbíteros, preparando-os para servir à Igreja local e globalmente,
sempre atentos ao chamado do Papa Francisco para serem “Peregrinos de Esperança
e Artífices de Paz”.
A
missão foi encerrada no domingo, 1º de setembro, com a Santa Missa em Ação de
Graças, presidida por Dom Décio Sossai Zandonade, bispo emérito da Diocese de
Colatina, na Matriz São José, com a presença do Pe. Edgar Rigoni, reitor do
Seminário de Colatina e presidente da OSIB no Regional Leste 3, e do Pe. André
Luciano Masarim, reitor do seminário da Diocese de São Mateus.
Em
seguida, houve um café da manhã, momento de partilha, avaliação do encontro,
oração final e um almoço de confraternização entre os participantes.
*Kaylan
Bettim Ton - Seminarista e assessor de comunicação do COMISE Leste III
Fonte:
Vatican News
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Igreja incendiada em Saint-Omer: o
bispo de Arras pede para permanecer na esperança
Depois
do incêndio ocorrido na segunda-feira, 2 de setembro, na Igreja da Imaculada
Conceição, em Saint-Omer, no norte da França, dom Olivier Leborgne, bispo de
Arras, foi até o local nesta quarta-feira para presidir um momento de oração.
Diante da emoção suscitada pela destruição desta igreja, ele ofereceu o seu
apoio e consolo.
Na
manhã desta quarta-feira, 4, o bispo de Arras , dom Leborgne, visitou o local
do desastre, observando os danos causados pelo incêndio criminoso de
segunda-feira, 2 de setembro, na Igreja da Imaculada Conceição O telhado e a
torre sineira viraram cinza, deixando uma comunidade inteira em estado de
choque.
“Confio
todos vocês – moradores de Saint-Omer, bombeiros e profissionais que trabalham
pela segurança de pessoas e lugares – à Virgem Maria, a quem esta igreja é
dedicada”, escreveu o prelado em seu comunicado de imprensa divulgado ba na
segunda-feira, convidando para um momento de oração diante das portas da
igreja. Ele também celebrou uma Missa na capela Notre-Dame-des-Miracles da
cidade.
O
padre Sébastien Roussel, pároco, conseguiu levar o Santíssimo Sacramento para
um local seguro assim que o incêndio foi controlado. A sua igreja de estilo
neogótico, construída em 1854, foi restaurada em 2018.
Um
“depois” já planeado pela autarquia
A
emoção tocou todos os habitantes da cidade, muito além da comunidade católica.
O presidente da Câmara da cidade, François Decoster, decidiu lançar esta
quarta-feira uma subscrição no site da Heritage Foundation para
angariar fundos para reparar a igreja incendiado.
Na
França, são os municípios os responsáveis pela manutenção dos locais de culto
construídos antes de 1905. Para o vereador, esta iniciativa é justificada,
porque “fazer mal à nossa igreja é fazer mal a toda a cidade”, afirmou ele à
mídia local. “É uma verdadeira identidade para nós, um marco no nosso dia a
dia, na nossa cidade e nas perifeiras”, disse ele à rádio France Bleu.
O
magistrado-mor da comuna também viu “pequenos milagres” durante este incêndio,
referindo-se aos ligeiros danos observados no mobiliário da igreja. No entanto,
especificou que era necessário aguardar o resultado de uma perícia para saber
se a estrutura do prédio estava fragilizada ou não. Ele também destacou as
numerosas mensagens de apoio e solidariedade da França e do exterior.
Fonte:
Vatican News
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IX Fórum China-África 2024 a decorrer
em Pequim
Cinquenta
e quatro representantes africanos, incluindo numerosos chefes de Estado e de
Governo, assim como largas centenas de ministros estão reunidos em Pequim no IX
Fórum de Cooperação China-África (FOCAC). O encontro tem lugar de 4 a 6 de
setembro de 2024.
Sãozinha
Vaz - Vatican News
"Juntando
as mãos para avançar na modernização e construir uma comunidade de alto nível
China-África com um futuro compartilhado”, é o lema escolhido pela China para
esse Fórum, que visa celebrar a amizade e traçar o caminho a seguir para a
cooperação entre as duas partes.
O
vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Chen Xiaodong, indica que a cimeira
deste ano terá quatro reuniões de alto nível sobre os temas da governação
estatal, industrialização e modernização agrícola, paz e segurança, e
cooperação de alta qualidade. Temas esses, que permitirão a todas as partes
trocar opiniões sobre questões de relevo na cooperação China-África, discutir
de forma mais profunda as preocupações reais e construir consensos sobre o
desenvolvimento - acrescentou.
Segundo
informações da Inforpress, o Governo chinês acredita que o atual Fórum vai
superar as anteriores, nomeadamente as cimeiras de Beijing (em 2006 e 2018),
passando pela de Joanesburgo (2015) e que representa o maior evento diplomático
organizado pela China nos últimos anos, com a maior participação de líderes
estrangeiros.
Muitos
analistas foram contactados pela agência Lusa, para analisar o nono Fórum de
Cooperação China-África e os possíveis ganhos para ambas as partes.
Paul
Nantulya, investigador do Africa Center for Strategic Studies (ACSS),
especialista em relações África-China, sublinha que há mais presidentes
africanos a participar neste Fórum do que na Assembleia Geral da ONU, que é a
maior cimeira do mundo. O FOCAC é o ponto mais importante do calendário
diplomático de África”.
Por
sua vez, Jana de Kluiver, investigadora do Institute for Strategic Studies
(ISS), alerta que apesar das numerosas representações de alto nível e do
“reforço do prestígio” deste FOCAC em relação ao anterior, em Pretória, esta primeira
cimeira pós-covid não será marcada pelo aumento da “dimensão do investimentos”
anunciados. Em primeiro lugar - refere - porque a China “está consciente do
problema da dívida em África e da forma como a situação se apresenta a nível
internacional”, e depois, porque se espera este ano um maior envolvimento do
setor privado, o que “coloca uma maior ênfase na rentabilidade dos projetos,
implicando projetos mais pequenos, com um retorno mais rápido”.
Em
contrapartida, Kluiver acredita que se irá assistir ao anúncio do investimento
em projetos de energias renováveis e no aumento de projetos relacionados com o
"Crescimento Verde".
A
cimeira China-África tem lugar desde o ano 2000 com uma periodicidade trienal.
Fonte:
Vatican News
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Projeto do Novo Santuário Nossa
Senhora de Nazaré é apresentado no Pará
O templo
passará a integrar o Complexo Santuário Nossa Senhora de Nazaré, em Belém e
terá capacidade para acolher 4.370 pessoas.
Belém –
Pará (04/09/2024 12:39, Gaudium Press) A Diretoria da Festa do Círio de Nazaré
e o governo do Pará apresentaram, na última terça-feira, 3, o projeto
arquitetônico do novo templo que passará a integrar o Complexo Santuário Nossa
Senhora de Nazaré, em Belém.
Capacidade
para mais de 4 mil pessoas
O início
das obras será em novembro deste ano, com previsão de conclusão em dois anos. O
projeto é avaliado em R$ 48 milhões. O templo será erguido no terreno onde
atualmente está localizado o estacionamento da Basílica e terá 10 mil metros
quadrados com locais para ações sociais e estrutura para receber devotos e
turistas.
A
estrutura do novo Santuário terá três andares que abrigarão dois museus,
lanchonetes, enfermarias, salão de exposições, salas de imprensa, centro
administrativo e um mirante com cafeteria. O subsolo será usado para
estacionamento. A capacidade do templo será de 4.370 lugares.
Patrimônio
cultural do Estado e do Brasil
“Este é
um projeto que vem há algum tempo sendo pensado e estudado dentro do plano de
investimentos do estado. Vivemos um momento único, de prosperidade, e acho que
a construção do Santuário vem para se somar a esse conjunto”, afirmou a
vice-governadora, Hanna Ghassan.
Ela
também destacou que, além do Círio “ser um patrimônio cultural do Estado e do
Brasil, ele também movimenta e aquece a economia através do comércio e dos
serviços. O grande movimento do Estado é no Círio de Nazaré, e, por isso,
enxergamos isso como uma estratégia também de investimento do Governo do Estado
para fortalecer o turismo religioso e como um todo”. (EPC)
Fonte:
Gaudium Press
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Diocese de Garanhuns abre
processo de beatificação de frei Caetano de Messina
Por
Nathália Queiroz
A diocese
de Garanhuns (PE) abriu o processo de beatificação e canonização do frei
Caetano de Messina (1807-1878), conhecido como “missionário da justiça e da
paz”. Ele era religioso da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e dedicou sua
vida às missões em muitos lugares do Brasil no século XIX.
A
cerimônia de abertura do Inquérito Canônico aconteceu no Baras Eventos, no
município de Bom Conselho (PE), no sábado (31), conduzida pelo bispo de
Garanhuns, dom Agnaldo Temóteo.
Em
seguida, o bispo celebrou a missa na capela do Colégio de Nossa Senhora do Bom
Conselho, instituição fundado pelo frei Caetano em 1853. A missa teve a
participação de muitos padres, religiosas e admiradores do frei Caetano.
Frei
Caetano de Messina nasceu na Itália e chegou ao Brasil em 11 de setembro de
1841, desembarcando no Recife (PE). Ele fez missões em várias cidades, vilas e
povoados nos estados de Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio de Janeiro, São Paulo
e Minas Gerais.
Dedicou-se
inteiramente ao anúncio do Reino de Deus. Como filho de são Francisco, pregou o
Evangelho com a própria vida e obras, preocupando-se com as necessidades
espirituais e materiais da população, especialmente no Nordeste do Brasil.
No
município de Bom Conselho (PE), ele fez um trabalho de desarmamento e
pacificação que culminou na fundação do colégio e da Congregação das Irmãs
Franciscanas de Nossa Senhora do Bom Conselho, em 1853. Ele tinha o objetivo de
educar os jovens daquela terra. A obra se espalhou por diversos estados
brasileiros e se mantém viva até hoje.
O servo
de Deus morreu em 1878, aos 71 anos, em Montevidéu, no Uruguai. Três anos
depois de sua morte, seus restos mortais foram transladados para a Igreja de
São Sebastião, no Rio de Janeiro. Em 1996, conforme o desejo do capuchinho,
seus restos mortais foram levados para o Colégio de Nossa Senhora do Bom
Conselho, onde foi construído um mausoléu. Desde então, o local tem se tornado
um ponto de peregrinação para aqueles que reconhecem no frei um exemplo de fé e
dedicação ao próximo.
A
abertura do Inquérito Canônico marca a abertura da causa de canonização, com
isso ele é reconhecido como Servo de Deus. Agora a causa tem um postulador que
terá a missão de investigar cuidadosamente a vida do candidato para verificar o
seu testemunho de vida, as virtudes e fama de santidade. O inquérito receberá
declarações e testemunhos das pessoas que o conheceram, também analisará cartas
e escritos pessoais.
Comprovando
a vida de fé e a vivência de virtudes heroicas, a Santa Sé concede o título de
venerável. Depois, com o reconhecimento e comprovação de um milagre, ele pode
ser beatificado.
Fonte:
ACIDigital
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Do dia 03/9/2024
Arquidiocese
de Brasília lança projeto inovador de combate à violência contra a mulher
O projeto
Não Temas, Maria visa despertar a promoção da dignidade da mulher.
Izabel
Fidelis - Brasília
Foi
realizado no último sábado (31) o lançamento do programa Não Temas,
Maria, uma iniciativa inovadora da Arquidiocese de Brasília junto com a
Secretaria da Mulher do Distrito Federal.
O
projeto, que tem o nome inspirado no versículo do Evangelho de Jesus Cristo
segundo São Lucas (1, 30), visa oferecer suporte às mulheres vítimas de todos
os tipos de violência, seja física ou psicológica, fortalecendo vínculos
familiares e os valores cristãos.
Participaram
do lançamento do programa o cardeal Dom Paulo César Costa, o padre Thaisson
Santarém, a professora da Universidade de Brasília, doutora Lenise
Garcia, a doutora Tania Manzur e a secretária da mulher do Distrito Federal,
Giselle Ferreira.
O
lançamento ocorreu no teatro Pedro Calmon e contou com a presença dos fiéis da
arquidiocese e membros de pastorais. O idealizador da ideia, o cardeal Dom
Paulo Cesar Costa explica que a ideia nasceu a partir da visão antropológica da
igreja.
"Queríamos,
a partir da antropologia e da doutrina católica, criar uma grande rede de
proteção e dedicação da mulher. O projeto nasce do olhar que a fé católica tem
da mulher, do ser humano criado à imagem e semelhança de Deus", destaca.
Com vasta
experiência em bioética e educação, a doutora Lenise Garcia lembrou sobre
a importância da igreja e da sociedade acolher a mulher vítima de violência.
"A
violência deveria ser algo ausente do ambiente familiar, mas há uma demanda
muito grande de mulheres que buscam ajuda, e é preciso saber encaminhar essa
vítima, tanto do ponto jurídico, espiritual e social. Por tanto, é
preciso estarmos preparados para saber atender."
Os altos
números de violência no Distrito Federal foi um dos fatores que também
levaram a Arquidiocese a se unir em parceria com a Secretaria da Mulher pela
primeira vez. O encontro também lembrou os canais e serviços do governo
que ajudam as mulheres vítimas de violência de todas as regiões do DF. De
acordo com o Padre Thaissom o governo não visa fazer o papel do estado, mas sim
“fazer o papel da igreja, que é de evangelizar, acolher e instruir as
mulheres que vivem em situação de violência e não conhecem seus direitos.”
Fonte:
Vatican News
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Cidade gaúcha
ganha capela e relíquia de são João Scalabrini 120 anos depois de visita do
santo
Por
Natalia Zimbrão
A
capela São João Batista Scalabrini foi inaugurada no domingo (1), no Complexo
Cristo Protetor, em Encantado (RS). Durante a inauguração foi apresentada uma
relíquia do santo que veio da Itália e ficará em exibição permanente no local.
A inauguração aconteceu cerca de 120 anos depois que Scalabrini visitou a
cidade de Encantado, em 1904.
O
Complexo Cristo Protetor é um complexo religioso que conta com diferentes
espaços, construídos em torno da estátua do Cristo Protetor de Encantado, um
monumento de 43,5 metros de altura, sendo 37,5 metros de estátua e 6 metros de
pedestal, e 39 metros de envergadura. O coração da estátua é um mirante, ao
qual as pessoas têm acesso por um elevador.
A
capela São João Batista Scalabrini é um dos espaços desse complexo. Toda
envidraçada e em meio à natureza, tem uma área interna de 49,54 m² e um hall
externo de 22,57 m², conta com 36 lugares em bancos de madeira e dois espaços
para cadeirantes.
A
missa de inauguração da capela foi celebrada pelo Superior Regional da Região
Nossa Senhora Mãe dos Migrantes (RNSMM) dos Scalabrinianos, padre Alexandre
Biolchi, reuniu a comunidade local e visitantes de várias regiões.
O
sacerdote disse que, quando a construção de uma igreja chega ao fim, a
celebração que marca a vida dela e o início de suas atividades se chama
“dedicação”.
“Na
dedicação da igreja, o rito consiste na aspersão da água benta, as unções do
altar e das paredes da edificação, a incensação, a entronização das imagens e
relíquias, e claro, a celebração da Eucaristia a Santa Missa”, disse.
O
padre Biolchi levou para a capela o relicário contendo um pequeno fragmento de
osso de são João Scalabrini. A relíquia ficará em exposição permanente, junto
com um pedaço da mão direita da estátua do Cristo Protetor, que pesa 5 kg e foi
abençoada pelo papa Francisco em agosto de 2023, no Vaticano.
O
presidente da Associação Amigos de Cristo de Encantado (AACE), responsável pela
construção do complexo religioso, Robison Gonzatti, entregou ao padre Biolchi a
chave da capela, que foi repassada ao padre Genoir Pieta. A partir de então, o
padre Pieta passou a ser o capelão da capelania São João Batista Scalabrini.
“Neste
mês, a gente comemora os 120 anos da passagem de são João Batista Scalabrini
pela cidade de Encantado”, disse Gonzatti. Por isso, a inauguração da capela
foi um “dia de muita gratidão”, disse.
Segundo
o padre Biolchi, Scalabrini chegou à cidade de Encantado em 14 de setembro de
1904, para visitar os migrantes e todos os missionários do Vale do Taquari.
“Agora temos aqui uma capela dedicada em sua
honra e também um relicário, onde fragmentos de seus ossos estão aqui
presentes. Temos ao lado, o Cristo Protetor e o santo Scalabrini acolhedor, Pai
apóstolo dos migrantes”, disse.
São
João Batista Scalabrini
João
Batista Scalabrini nasceu em 8 de julho de 1839, em Fino Mornasco, província de
Como, Itália. Aos 18 anos, entrou para o seminário e foi ordenado padre em 30
de maio de 1863.
Desde
jovem, tinha o sonho de ser missionário, mas obediente ao seu bispo, permaneceu
na Itália. Foi professor, vice-reitor e reitor do seminário diocesano Santo
Abôndio. Em 1870, foi nomeado pároco da paróquia São Bartolomeu, em Como.
Em
30 de janeiro de 1876, aos 36 anos, foi consagrado bispo de Placência. Teve
vasta atividade pastoral e social. “Realizou pessoalmente cinco visitas
pastorais às 365 paróquias da diocese, muitas delas localizadas longe e em
situações de difícil acesso; celebrou três Sínodos, um deles dedicado ao culto
eucarístico para incentivar a adoração perpétua; reorganizou os seminários,
cuidando da reforma dos estudos eclesiásticos; foi infatigável na administração
dos sacramentos, na pregação e na educação do povo ao amor ativo à Igreja e ao
papa, no culto da verdade, da unidade e da caridade”, conta sua biografia
publicada no site da Santa Sé.
Foi
chamado pelo papa Pio IX de “apóstolo do catecismo”, pois queria que este fosse
ensinado em todas as paróquias, incentivou a catequese de adultos e fundou a
primeira revista catequética da Itália.
Também
dedicou especial atenção à situação dos emigrantes italianos. Fundou em 28 de
novembro de 1887 a Congregação dos Missionários de São Carlos, os Scalabrinianos,
para assistência religiosa, moral, social e legal aos emigrantes. Também fundou
a Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos, com o mesmo objetivo. Por
essas iniciativas, foi chamado “pai dos migrantes”.
Scalabrini
esteve no Brasil durante o final do século XIX e início do século XX, época em
que muitos migrantes italianos vieram para o país. Ele se dedicou a “apoiar e
orientar os imigrantes, especialmente aqueles que se estabeleceram na região
sul do Brasil”, diz o site do Cristo Protetor de Encantado.
“A
cidade de Encantado, no Vale do Taquari, teve a honra de receber a visita de
João Batista Scalabrini, que, durante sua estadia, deixou uma marca permanente
na comunidade local. Sua presença, junto à sociedade, contribuiu para o
fortalecimento da fé e para a criação de um legado de devoção que perdura até
os dias de hoje”, acrescenta.
João
Batista Scalabrini morreu em 1 de junho de 1905. Foi beatificado pelo papa são
João Paulo II em 9 de novembro de 1997, e canonizado pelo papa Francisco em 9
de outubro de 2022.
Fonte:
ACIDigital - na imagem, Relíquia de são João Batista Scalabrini.
Imprensa Associação Amigos de Cristo Protetor
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Secretário-geral
da CNBB recebe embaixador do Azerbaijão
O
bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB), dom Ricardo Hoepers, recebeu em uma visita de cortesia
na terça-feira, 3 de setembro, o embaixador do Azerbaijão, Rashad Novruz.
O
Azerbaijão, além da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de
2024 (COP 29) que sediará em novembro próximo, também acolherá em seu
território outros grandes eventos inter-religiosos nos próximos anos que
abordarão temáticas relacionadas à tolerância religiosa, à ecologia e à
sustentabilidade do planeta.
Igreja
no Brasil
O
encontro também foi uma oportunidade para conhecer um pouco mais a realidade
sociocultural e religiosa do Azerbaijão e um momento importante para apresentar
ao Embaixador à Igreja no Brasil, especialmente a sua organização, diretrizes e
objetivos da CNBB.
Também
participaram da reunião o subsecretário geral da CNBB, padre Leandro Megeto, o
assessor da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso da
Conferência, padre Marcus Barbosa e a intéprete e secretária do embaixador, Ana
Luiza Honório.
Fonte:
CNBB
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Milhares de
devotos participam da festa em honra à Beata Isabel Cristina em Barbacena
A
Arquidiocese de Mariana comemorou neste domingo, 1º de setembro, a segunda
festa em memória à Beata Isabel Cristina. As festividades foram realizadas em
Barbacena (MG) no dia que se recorda o seu martírio, ocorrido em 1982, e contou
com a presença de milhares de fiéis de diversas cidades desta Igreja Particular
e de outros municípios brasileiros.
Com
a participação de religiosos (as), seminaristas, diáconos, sacerdotes e bispos,
durante dez dias, a Paróquia de Nossa Senhora da Piedade louvou a Virgem Mártir
com a realização da novena e da solenidade.
A
programação do dia festivo foi repleta de devoção e contou com seis celebrações
eucarísticas, com início às 6h, e procissão da imagem da Beata Isabel Cristina.
Ao longo do domingo, os devotos também puderam visitar a capela e o memorial
dedicados à jovem mineira.
À
ocasião, o Arcebispo Metropolitano de Mariana, Dom Airton José dos Santos,
esteve presente e presidiu a missa solene das 10h. Na homilia, ele explicou que
somente as Igrejas Particulares de Mariana e Juiz de Fora podem celebrar a
festa da Beata Isabel Cristina, pois são, respectivamente, onde ela nasceu e
onde “entregou a vida e seu amor a Deus na Arquidiocese de Juiz de Fora”.
“Essas duas Igrejas Particulares têm essa
prerrogativa de celebrar, mesmo antes de ser santa, essa memória. […] Nas
outras Igrejas do Brasil e do mundo não se celebra ainda. O culto a ela não é
público, mas reservado a essas duas arquidioceses. Aqui está o privilégio de
todos nós!”, detalhou Dom Airton.
Para
que um culto se torne público e universal da Igreja é preciso a canonização.
Para isso, o Arcebispo Metropolitano de Mariana solicitou aos fiéis que rezem
para que Isabel Cristina possa, em breve, ser proclamada santa e “colocada para
o nosso exemplo e para nossa edificação”.
Demais
celebrações e encerramento
Recordando
a descendência libanesa da Beata Isabel Cristina, às 12h, aconteceu uma Missa
em Rito Maronita presidida pelo Bispo Maronita do Brasil, Dom Eddgard
Madi. Ainda, após a celebração das 15h,
presidida pelo Arcebispo Emérito de Sorocaba (SP), Dom Eduardo Benes de Sales
Rodrigues, os fiéis saíram em procissão com a imagem da Beata Isabel Cristina
pelas ruas centrais de Barbacena.
As
festividades em honra à Virgem e Mártir foram concluídas às 19h com a
celebração da missa presidida pelo Bispo Diocesano de São João del Rei (MG),
Dom José Eudes Campos do Nascimento, seguida da translação da imagem de Isabel
Cristina do Santuário Arquidiocesano de Nossa Senhora da Piedade para a Capela.
Para
o Pároco e Reitor do Santuário, Padre Adilson Umbelino Couto, as festividades
em honra à Beata foram um tempo de bênçãos. “Tudo é graça! Muitos foram os
relatos de graças alcançadas de Deus por intermédio da Beata Isabel Cristina, e
também alguns depoimentos miraculosos […] Ao mesmo tempo que muitos rezavam
agradecendo, outros também traziam os seus pedidos para apresentar ao Senhor,
pedindo pela intercessão da Beata Isabel Cristina”, contou.
Padre
Adilson ainda solicita aos fiéis que alcançarem graças ou milagres pela
intercessão da Beata Isabel Cristina que comuniquem, por escrito, à Paróquia
Nossa Senhora da Piedade para documentação.
Santidade
para todos
Quem
também esteve presente no dia festivo foi o Bispo Auxiliar de Goiânia (MG), Dom
Danival Milagres Coelho, que presidiu a celebração eucarística às 8h. Na
oportunidade, ele expressou sua alegria em poder participar pela segunda vez
das comemorações em honra à Isabel Cristina.
“Para mim, é uma alegria, uma graça muito
grande, voltar a essa paróquia muito querida, justamente nesse dia tão especial
que nós fazemos memória a nossa Beata Isabel Cristina. Dia do seu martírio, dia
que que nós somos convidados a pedir a Deus a graça de ter a coragem que nossa
Beata teve, para sermos testemunhos fiéis de Jesus”, disse.
Dom
Danival, que foi pároco da Paróquia Nossa Senhora da Piedade, destacou também
sobre o verdadeiro significado da santidade, sendo esse um chamado de Deus a
todos. “Ser santo é viver uma vida de comunhão com Deus como ela soube viver.
Que Deus nos abençoe e que a Beata interceda por todas as nossas famílias e
pela nossa juventude”, rogou.
Celebração
na Arquidiocese de Juiz de Fora
Em
Juiz de Fora (MG), cidade que Isabel Cristina sofreu o martírio após uma
tentativa de estupro, sua memória também foi festejada neste domingo, às 18h,
na Paróquia Universitária Nossa Senhora de Fátima, na Cidade Alta.
Durante
o sétimo dia da novena, o Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil
Antônio Moreira, também esteve presente e presidiu a celebração eucarística.
Fonte:
Arquidiocese de Mariana, MG
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Rumo
à Ásia e Oceania, Papa envia telegrama a 11 países
No voo
direto a Jacarta, na Indonésia, e por mais de 13 horas de viagem, Francisco
dirige mensagem aos chefes de Estado dos países sobrevoados: a começar pela
própria Itália e depois Croácia, Bósnia-Herzegovina, Sérvia, Montenegro,
Bulgária, Turquia, Irã, Paquistão, Índia e Malásia.
Andressa
Collet - Vatican News
A viagem
mais longa do pontificado do Papa Francisco, de 12 dias, atravessando quatro
países entre Ásia e Oceania, começou nesta segunda-feira (02/09) ao completar
um voo até Jacarta, na Indonésia, que durou mais de 13 horas. O Pontífice
partiu da Itália para cumprir agenda de uma missão internacional focada na
proximidade com os fiéis e no diálogo inter-religioso para a construção de uma
realidade mais fraterna e solidária.
Durante o
voo, porém, a mensagem do Papa foi dirigida a chefes de Estado de 11 países
sobrevoados: a começar pela própria Itália e depois Croácia, Bósnia-Herzegovina,
Sérvia, Montenegro, Bulgária, Turquia, Irã, Paquistão, Índia e Malásia. Ao
deixar o Aeroporto Internacional Leonardo da Vinci, em Fiumicino, na grande
Roma, Francisco enviou um telegrama ao presidente da Itália,
Sergio Mattarella, prestes a partir para a viagem onde irá encontrar
os "irmãos na fé e todos aqueles que, naquelas nações ricas em
valores humanos e espirituais, foram testemunhas da comunhão solidária e do
diálogo, mesmo em tempos e situações marcados pela provação". A saudação
ao presidente e ao povo italiano veio acompanhada de cordiais votos de paz e
prosperidade.
Os outros
telegramas foram dirigidos em língua inglesa, primeiro ao presidente da República
da Croácia, Zoran Milanović, em Zagreb. Francisco disse rezar
pelo povo e "invocou bênçãos de sabedoria e unidade" sobre a nação.
Ao
sobrevoar o espaço aéreo da Bósnia-Herzegovina no início da
viagem apostólica à Indonésia, Francisco se dirigiu ao presidente Denis
Bećirović em Sarajevo: assegurou oração e invocou sobre o país as bênçãos de
"paz e saúde".
Já ao
presidente da República da Sérvia em Belgrado, Aleksandar
Vučić, enviou saudações aos cidadãos e disse rezar "para que Deus
Todo-Poderoso abençoe generosamente a nação com os dons da solidariedade e da
paz". Ao presidente de Montenegro, Jakov Milatović, Francisco
recordou com alegria da visita do chefe de Estado no Vaticano no início do ano
e disse que reza para que a nação "possa desfrutar de harmonia e paz
fraternas".
Ao
sobrevoar a Bulgária, Franciscou saudou o presidente em Sófia,
Rumen Radev, e também lembrou com carinho da recente visita do chefe de Estado
no Vaticano, assegurando "orações pela prosperidade da
nação".
Já ao
presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, em Ancara, o Papa
recordou do recente encontro na Itália com o chefe de Estado, durante o summit
do G7. O Pontífice escreveu ainda que reza ao povo do país, invocando
"abundantes bênçãos divinas". Ao sobrevoar o Irã,
Francisco saudou o presidente do país, Masoud Pezeshkian, em Teheran, e toda a
população, rezando para que Deus "abençoe abundantemente o país com o dom
da paz".
Ao
sobrevoar a República Islâmica do Paquistão, o Papa enviou um
telegrama ao presidente em Islamabad, Asif Ali Zardari, dizendo rezar
"para que a nação seja abençoada com fraternidade e paz". Já através
da presidente Droupadi Murmu da República da Índia, em Nova Delhi,
o Papa saudou o povo indiano, rezando "para que o Todo-Poderoso conceda
abundantes bênçãos de paz e saúde".
Por fim,
antes de chegar à Jacarta, na Indonésia, Francisco enviou um telegrama ao
sultão Ibrahim Iskandar, o 17º monarca da Malásia, dizendo:
"assegurando-lhes minhas orações pelo bem-estar da nação, invoco sobre
todos vocês as bênçãos divinas da unidade e da paz".
Fonte:
Vatican News
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O Papa na Indonésia. Jakarta Post: advertência também
sobre democracia e direitos humanos
O
Pontífice já se encontra em terras indonésias. Na manhã de 4 de setembro, o
primeiro compromisso oficial no palácio presidencial. Joko Widodo: “Francisco é
um grande líder global, falaremos também sobre a Ucrânia e Gaza”. A expectativa
para o encontro com o Grão Imame Nazaruddin Umar, com quem o Pontífice assinará
uma declaração conjunta depois de passar pelo túnel que liga a mesquita à
catedral
Vatican News
O Papa Francisco se encontra em terras indonésias desde a
manhã de terça-feira (03/09) nesta sua viagem apostólica que o levará à Ásia e
à Oceania até 13 de setembro, com etapas na Indonésia, Papua-Nova Guiné, Timor-Leste
e Singapura. Depois de um voo de 13 horas, o Santo Padre chegou ao Aeroporto
Internacional Sukarno-Hatta, em Jacarta, às 11h19 (horário local), de onde -
depois de receber as boas-vindas em nome do governo pelo Ministro dos Assuntos
Religiosos – se dirigiu para a Nunciatura Apostólica para descansar pelo resto
do dia. No primeiro compromisso oficial na Indonésia, o encontro com o
presidente Joko Widodo, na manhã de quarta-feira, 4 de setembro, no palácio
presidencial, na Praça Merdeka, a mesma praça onde se encontram a Catedral de
Nossa Senhora da Assunção e a Mesquita Istiqlal, a maior do Sudeste Asiático.
A Indonésia aguardou ansiosamente a chegada de Francisco.
Falando à mídia local enquanto visitava um projeto em Tasikmalaya, na província
de Java Ocidental, dias atrás, o próprio presidente Jokowi confirmou a
relevância do evento para todo o país. “É a visita não apenas do líder máximo
da Igreja católica, mas também de uma figura proeminente reconhecida
internacionalmente. No encontro de uma hora, em 4 de setembro, discutiremos
questões globais”, disse ele, referindo-se expressamente também às guerras na
Ucrânia e na Faixa de Gaza. “Na minha opinião, esses temas candentes são os
mais relevantes e urgentes”, acrescentou ele. ”Entretanto, algumas questões
políticas violentas e menos graves em outros países também se tornaram nossas
preocupações comuns e precisam de nossa atenção". Ainda não está claro se
e qual será o papel do presidente eleito Prabowo Subianto, que assumirá o cargo
em algumas semanas, nessas conversas.
Diálogo inter-religioso
Joko Widodo também expressou pessoalmente seu desejo de
acompanhar o Papa Francisco em 5 de setembro, durante sua tão esperada visita à
Mesquita Istiqlal, onde o Pontífice - depois de percorrer o túnel da amizade
que a conecta à Catedral de Nossa Senhora da Assunção - assinará com o Grão
Imame Nazaruddin Umar uma declaração conjunta inspirada no documento sobre a
Fraternidade Humana de Abu Dhabi. O túnel que liga a Catedral de Jacarta e a
mesquita Istiqlal”, explica o presidente da Conferência episcopal, dom Antonius
Subianto Bunjamin, a AsiaNews, ‘é significativo para a Indonésia como um símbolo
de vida em harmonia e tolerância na aceitação das diferenças’.
Esse espírito de grande hospitalidade também é confirmado por
irmã Wilma, uma missionária carmelita de Kerala que, desde 2016, vive seu
ministério como formadora entre as irmãs em Kupang, na ilha de Flores, a área
onde a presença católica é mais forte. “As pessoas aqui querem muito bem aos
religiosos e demonstram uma hospitalidade especial para com os estrangeiros.
Aprendi muitas coisas bonitas com essas pessoas que vivem a fé, pessoas simples,
muito respeitosas, que vivem harmoniosamente com seus irmãos de outras
religiões”.
O próprio presidente Joko Widodo disse que também queria
participar da Missa que o Papa Francisco presidirá no estádio “Bung Karno” com
60 bispos, dezenas de cardeais indonésios e estrangeiros e 800 sacerdotes.
Espera-se que cerca de 88 mil católicos de todo o país participem do rito,
enquanto muitos outros milhares se juntarão virtualmente por meio de
plataformas de mídia on-line e em celebrações eucarísticas a serem realizadas
em paróquias. Como o Papa Francisco só fará uma etapa em Jacarta, outros
católicos indonésios também viajarão para Dili, no Timor-Leste, onde o Papa
presidirá a Eucaristia na terça-feira, 10 de setembro.
Grande atenção da mídia para a
visita do Pontífice
A visita do Pontífice também está sendo observada com grande
atenção pela mídia do país, e não apenas no que diz respeito à questão das boas
relações entre cristãos e muçulmanos. Em um comentário publicado na
segunda-feira (02/09), o Jakarta Post convida as pessoas a verem a visita do
Papa também como uma oportunidade de refletir sobre a turbulência política que
abalou o país nas últimas semanas. “A visita do Papa Francisco à Indonésia -
escreve o diário de língua inglesa de Jacarta - não poderia vir em melhor hora,
depois de um período tumultuado durante o qual o país mais uma vez se levantou
contra a tentativa dos que estão no poder de enterrar a democracia. É claro que
o Papa não abordará a regressão democrática pela qual a Indonésia e seu povo estão
passando, nem pretende abordar os desastres ambientais e humanitários que
assolam o país devido à exploração excessiva dos recursos naturais e à
corrupção desenfreada. Mas sua visita diz muito sobre sua posição de apoio aos
valores da democracia e dos direitos humanos, que não tem fronteiras nacionais
ou religiosas”.
O editorial menciona expressamente as palavras duras de
Francisco durante as recentes eleições para o Parlamento Europeu sobre o
populismo e o fato de que a democracia não está bem de saúde no mundo de hoje.
“Embora ele não estivesse se referindo a nenhuma região do mundo em
particular”, comenta o Jakarta Post, “a democracia da Indonésia certamente tem
estado doente nos últimos anos, com o establishment político esmagando a
oposição popular a projetos de lei controversos considerados como
fortalecedores do poder das oligarquias”.
(com AsiaNews)
Fonte:
Vatican News
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Papa
a jovens italianos: rezemos mais pela paz para que ela chegue logo
Enquanto
Francisco começa a viagem apostólica pela Indonésia, cerca de 500 jovens estão
reunidos na Costa Amalfitana em comunhão pela paz que, segundo o Papa em
mensagem enviada nesta terça-feira (03/09) ao grupo, deve ser invocada
"com fé e confiança" através da oração: "vamos nos comprometer
diariamente com a oração pessoal pela paz".
Andressa
Collet - Vatican News
Em
comunhão com o Papa Francisco que chegou na Indonésia para a missão
internacional de 12 dias pela Ásia, cerca de 500 jovens da Arquidiocese de
Amalfi-Cava de' Tirreni estão reunidos nesta terça-feira (03/09) em Scala, o
vilarejo mais antigo da Costa Amalfitana, na província de Salerno, na Itália. O
encontro “Instrumentos de Paz”, seguindo os passos e o exemplo do beato Gerardo
Sasso (1040-1120), está sendo realizado na Catedral de São Lourenço. Para a
ocasião, o Pontífice enviou uma mensagem, data de 30 de agosto, que começou
saudando o arcebispo local, dom Orazio Soricelli e parabenizando pela escolha
do argumento de confronto, em torno da paz, da solidariedade, do acolhimento e
da amizade:
“Queridos
jovens, vocês escolheram um belo tema! É a urgência que estamos experimentando
diante das guerras e das muitas pessoas que perdem a vida todos os dias,
crianças, idosos, jovens, homens e mulheres. Jesus vive e quer vocês vivos! Sem
a paz não há vida. Há somente morte e destruição.”
Como nos tornarmos instrumentos de paz
Para
percorrer um caminho de paz, então, o Papa sugeriu três formas
"seguras" para se tornar instrumentos de paz. A primeira é preencher
o dia com gestos de paz, escreveu Francisco, aprofundando a história de
vida do beato Sasso, fundador da Ordem Ordem dos Hospitalários de São João
de Jerusalém que depois de tornou a Ordem Militar Soberana dos Cavaleiros de
Malta. Em um período de guerra, "ele criou o primeiro hospital
inter-religioso em Jerusalém", recordou o Pontífice, ao encorajar os
jovens, dizendo:
"Vocês
também, seguindo o exemplo dele, podem construir pontes de amizade e
solidariedade mútua. Iluminem cada hora do seus dias fazendo um gesto de paz:
um gesto de serviço, de ternura, de perdão."
A
segunda maneira, segundo o Papa, é rezar pela paz com o coração,
sobretudo diante da impotência vivida com o drama dos cenários mundiais:
“Temos
uma arma muito eficaz que é a oração. Vamos usá-la! Rezemos mais pela paz, para
que ela chegue logo. Vamos invocá-la com fé e confiança! Vamos nos comprometer
diariamente com a oração pessoal pela paz. Vamos nos reunir para compartilhar
momentos de adoração eucarística diante do Senhor, Rei da Paz.”
Francisco,
então, sugeriu a terceira maneira para se tornar instrumento de paz: viver como
peregrino de esperança, com coragem e sem se cansar "de sonhar com a
paz justa e a fraternidade":
"Olhem
para além da noite! Não cedam ao pensamento de que a guerra pode resolver os
problemas e levar à paz. A guerra é sempre uma derrota, uma rendição vergonhosa
diante das forças do mal. Lembremo-nos de todas as vítimas, que nunca devemos
esquecer, e que essa lembrança nos abra concretamente para encontrar um caminho
de reconciliação no presente."
Fonte:
Vatican News
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Proximidade
do Papa ao cardeal Parolin pela morte de sua mãe Ada
Em
um telegrama, Francisco expressa sua participação espiritual no luto que
atingiu a família do secretário de Estado, originário de Schiavon, na região do
Vêneto, norte da Itália, assegurando sua proximidade “neste momento particular
de sofrimento humano”. As exéquias foram celebradas na manhã desta terça-feira
(03/09) em Schiavon pelo purpurado
Vatican
News
O
Papa Francisco, em um telegrama ao cardeal secretário de Estado Pietro Parolin,
divulgado esta terça-feira (03/09), “informado da morte de sua querida mãe,
Sra. Ada”, no sábado, 31 de agosto, participa espiritualmente “do luto que
atingiu sua família”, assegurando sua proximidade “neste momento particular de
sofrimento humano”. E ao tempo em que confio “a amada parente à misericórdia do
Pai doador da vida”, escreve o Papa, “elevo a minha oração ao Senhor para que a
receba na alegria eterna, e para todos vós, familiares, que choram a sua morte,
invoco a consolação na fé em Cristo ressuscitado e envio de coração a minha
bênção paterna”.
As
exéquias de Ada Miotti Parolin, que faleceu serenamente aos 96 anos de idade,
celebradas pelo cardeal, foram realizadas na manhã desta terça-feira, 3 de
setembro, às 9h30 locais, na Igreja paroquial de Schiavon, na província e
Diocese de Vicenza, região italiana do Vênto. “Obrigado, mamãe, em seu colo
aprendemos a conhecer o Evangelho”, disse Parolin em sua homilia, com a voz
embargada pela emoção, enfatizando que ”hoje, na mamãe, a fé na ressurreição na
qual acreditamos foi realizada. Ela, que agora nos vê aqui, ficaria feliz e
grata por essa vossa grande participação”. Após as exéquias, os restos mortais
são enterrados no cemitério de Schiavon. Na segunda-feira, 2 de setembro, às
19h30 locais, foi realizada uma vigília de oração na Igreja de Schiavon.
Fonte:
Vatican News
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Cardeal
Parolin: conhecemos o Evangelho no colo da mãe
O
secretário de Estado do Vaticano celebrou na manhã desta terça-feira (03/09) em
Schiavon, na província italiana de Vicenza, o funeral da sua mãe Ada Miotti
Parolin, que faleceu no último sábado (31/08) aos 96 anos de idade. Uma
mensagem do Papa Francisco foi lida no início do funeral. Centenas de pessoas
participaram da cerimônia.
Alvise
Sperandio - Schiavon (Vicenza, Itália)
“Obrigado,
mamãe, em seu colo aprendemos a conhecer o Evangelho. Na senhora, hoje, se
realiza aquela fé na ressurreição na qual acreditamos”. Com essas palavras,
pronunciadas com a voz embargada pela emoção, o cardeal Pietro Parolin celebrou
nesta terça-feira, 3 de setembro, o funeral da sua mãe Ada Miotti, que faleceu
no último sábado (31/08), aos 96 anos, na Casa Gerosa, em Bassano del Grappa.
Toda a cidade de Schiavon, a cidade natal do cardeal na província italiana de
Vicenza, quis se reunir em torno do secretário de Estado, dos irmãos Maria Rosa
e Giovanni, e de todos os membros da família, no momento da despedida na igreja
paroquial: primeiro na noite anterior com a oração do terço, e depois na manhã
desta terça (03/09) com o funeral. "Jesus cumpriu o que foi dito e
prometido no mistério pascal”, disse o cardeal. "Estamos convencidos de
que Aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos ressuscitará com Jesus e
vai nos querer ao lado dele (...) Essa é a fé que a minha mãe me ensinou e que
hoje encontra nela a plena realização e consumação".
A homenagem de toda a cidade
A
igreja estava lotada para a celebração com centenas de pessoas presentes.
Concelebrando no presbitério estavam o cardeal Konrad Krajewski e o bispo de
Vicenza, dom Giuliano Brugnotto. O arcebispo Luigi Russo, secretário das
Representações Pontifícias e vários bispos da conferência episcopal também
estavam presentes: o bispo de Verona, dom Domenico Pompili; o de Pordenone, dom
Giuseppe Pellegrini; os eméritos Beniamino Pizziol, Adriano Tessarollo e Egidio
Bisol, bem como Flaviano Rami Al Kabalan, procurador dos siro-malabares na
Itália. Havia muitos padres, cerca de 50, incluindo o pároco local de Schiavon
e Longa, Pe. Luciano Attorni, e várias religiosas. Havia também muitas
autoridades civis e militares.
As condolências do Papa Francisco
No
início da missa, foi lida uma mensagem de condolências enviada ao cardeal
Parolin pelo Papa Francisco, que havia chegado recentemente à Ásia para o
início da viagem apostólica. “Informado da morte da querida mãe”, dizia o
telegrama, "participo espiritualmente do luto que afetou a sua família,
assegurando-lhes minha proximidade neste momento particular de sofrimento
humano". Uma mensagem privada do cardeal Matteo Zuppi, arcebispo de
Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana, também foi acrescentada
ao telegrama de Francisco, assegurando oração e bênção.
Três figuras fundamentais
Em
sua homilia, o cardeal Parolin afirmou que “a mãe adormeceu serenamente no
Senhor. Eu a imagino sendo recebida na porta do Paraíso, não apenas pelo
Salvador, mas pela Virgem Maria, de quem era muito devota, e por São Pedro, e
por outras três pessoas. A primeira é o pai Luigi: ela me confidenciou que
havia se apaixonado por ele, impressionada com sua maneira de rezar nesta
igreja, algo que não acontece mais hoje em dia. Foi uma linda e infelizmente
curta história de amor conjugal. Hoje eles se reencontram 59 anos depois, em um
abraço que ninguém jamais conseguirá dissolver e que durará por toda a
eternidade”.
O
purpurado então lembrou “Pe. Angelo Fornase, pároco de Schiavon de 1961 a 1981,
que a acompanhou nos momentos ruins, como a morte do meu pai, e nos bons, como
a minha ordenação sacerdotal. E o diretor da escola, Sartor, com quem ela
colaborou por muito tempo como professora do ensino fundamental. Menciono essas
pessoas para nomear as três esferas, família, igreja e escola, nas quais mamãe
se empenhou, dando tudo de si e nos ensinando a dar tudo de si. Ela tinha um
amor imenso por nós, filhos, educou-nos e acompanhou-nos com coragem e
fortaleza.
O amor pela Igreja
E
ela tinha um amor imenso pela Igreja desde a sua juventude, em Villa Raspa, de
onde era originária. Certa vez, quando estávamos conversando sobre a crise de
fé em nossos tempos, ela disse algo assim: 'Não consigo entender aqueles que
abandonam a Igreja, que é nossa mãe. Aprendemos a conhecer o Evangelho no seu
colo'”. O cardeal Parolin enfatizou que, seguindo o exemplo da mãe, “é possível
seguir Jesus e amar o Evangelho, amar a Deus e ao próximo seguindo os
mandamentos. Vivemos em uma época em que as agências educacionais lutam para
encontrar colaboração e sinergia. A mãe nos mostrou a unidade da sua pessoa, e
nós, os três filhos, somos gratos e agradecidos a ela. Vamos nos esforçar para
convergir, para que o futuro dos jovens seja belo e cheio de esperança”.
No
final da missa, o secretário de Estado agradeceu a todos por sua proximidade,
começando pelo Papa Francisco. Outra mensagem veio do arcebispo Peña Parra,
substituto para Assuntos Gerais. O cardeal Parolin dirigiu um pensamento
especial às Irmãs de Caridade da Casa Gerosa e a todos aqueles que cuidaram de
Ada durante o último ano na instituição. Após a celebração, o caixão foi levado
para o cemitério adjacente em Schiavon para ser enterrado na capela da família,
logo acima do seu marido Luigi, que morreu em 1965 com apenas 44 anos de idade.
Recitando a última oração, o rosto do cardeal Parolin se encheu de lágrimas
enquanto os parentes se despediam de Ada, beijando um por um o caixão.
Fonte:
Vatican News
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A
Igreja Católica na Indonésia
A
Indonésia já foi visitada por São Paulo VI, que esteve em Jacarta em 3 de
dezembro de 1970, no âmbito da sua Viagem Apostólica à Ásia Oriental, Oceania e
Austrália (25 de novembro - 5 de dezembro de 1970), e São João Paulo II, que
visitou o país de 9 a 13 de outubro de 1989 no âmbito da sua 44ª Viagem
Apostólica internacional, com etapas em Jacarta, Java, Flores e Timor Leste.
Vatican News
A Igreja Católica tem na Indonésia 39 circunscrições
eclesiásticas (incluindo uma nova diocese criada em 21 de junho de 2024), 1.456
paróquias, além de outros 1.456 centros pastorais. O rebanho é guiado por
50 bispos, 5.903 sacerdotes (2.466 sacerdotes diocesanos e 3.437 sacerdotes
religiosos).
Há 7 diáconos permanentes, 1.801 religiosos não sacerdotes,
9.658 religiosas professas, 22 membros de Institutos Seculares, 14.724
missionários leigos, 21.932 catequistas.
Em relação às vocações sacerdotais, há 3.945 seminaristas
menores e 4.024 seminaristas maiores.
A Igreja administra no país 4.140 escolas maternas e
primárias; 1.407 médias inferiores e secundárias e 137 superiores e
universidades, atendendo um total de 964.486 estudantes.
A Igreja também é proprietária ou administra 131 hospitais,
140 ambulatórios, 10 leprosários, 57 casas para idosos, pessoas com invalidez
ou com deficiência, 126 orfanatrófios ou jardins da infância, 31 consultórios
familiares, 10 centros especiais de educação e reeducação social e 215 outras
instituições.
Arquidiocese de Jacarta
A Arquidiocese de Jacarta (22 de agosto de 1973), antiga
Djakarta (3 de janeiro de 1961), antigo Vicariato Apostólico (7 de fevereiro de
1950), antiga Batávia (3 de abril de 1841) tem 10.775 km², 20.635.210
habitantes, 561.665 católicos, 68 paróquias, 4 igrejas, 75 sacerdotes
diocesanos, 279 sacerdotes regulares residentes na diocese, 49 seminaristas dos
cursos de Filosofia e Teologia, 458 membros de institutos religiosos
masculinos, 640 membros de institutos religiosos femininos, 492 institutos de
educação, 18 institutos de beneficência; 4.922 batismos.
O arcebispo de Jacarta é o cardeal Ignatius Suharyo
Hardjoatmodjo, nascido em Sedayu, Arquidiocese de Semarang, em 9 de julho de
1950; ordenado em 26 de janeiro de 1976; eleito em Semarang em 21 de abril de
1997; consagrado em 22 de agosto de 1997; nomeado coadjutor de Jacarta em 25 de
julho de 2009.
As origens da Igreja na
Indonésia
O cristianismo chegou à Indonésia graças aos nestorianos no
século VII, mas foi apenas no século XVI que, graças à pregação de alguns
missionários católicos que seguiram os portugueses, incluindo São Francisco
Xavier, a evangelização ganhou força. A chegada dos holandeses, que expulsaram
os portugueses em 1605, introduziu na Indonésia o protestantismo calvinista e o
catolicismo foi banido do arquipélago até 1806. Os missionários católicos
puderam regressar à Indonésia em 1807, quando a primeira Prefeitura Apostólica
foi erguida em Batávia (Jacarta). A Igreja Católica consolidará a sua presença
no decorrer dos séculos XIX e XX com a chegada de outros missionários de
diversas congregações religiosas, entre os quais se destaca o sacerdote jesuíta
holandês padre Franciscus Georgius Josephus van Lith SJ (1863–1926), fundador
de inúmeras escolas.
Século XX
Nas duas primeiras décadas do século XX, novas Prefeituras
Apostólicas foram erigidas e as regiões orientais foram confiada aos
Missionários do Sagrado Coração (MSC): Bornéu e Sumatra aos Capuchinhos, e Nusa
Teggara e Flores aos Missionários Verbitas.
Em 1924, os bispos da Indonésia realizaram a sua primeira
encontro quinquenal. As reuniões foram suspensas durante a ocupação japonesa
(1942-45) que marcou um brusco retrocesso para a Igreja com a prisão de quase
todos os missionários presentes no arquipélago.
A consagração do primeiro bispo indígena, o jesuíta Albertus
Soegijapranata, remonta a 1940. Outro jesuíta, o holandês L. Swaans, foi o
responsável pela fundação em Jacarta do primeiro semanário católico indonésio,
o “De Katholieke Week” (hoje “Hidup” – “Vida”), que se tornará o
ponto de referência para a informação católica em o país.
Após o estabelecimento de relações diplomáticas entre a Santa
Sé e a República da Indonésia em 1950, os bispos da Indonésia retomaram as suas
sessões plenárias em 1955, estabelecendo o Conselho Supremo dos Bispos da
Indonésia (MAWI), núcleo do qual nasceu a Conferência Episcopal Indonésia em
1987. (Konferensi Waligereja Indonesia, KWI).
Em 1961, o Papa São João XXIII instituiu a hierarquia
católica dividindo o território em seis províncias eclesiásticas. Em 1967, dom
Justinus Darmowujono (1914-1994) tornou-se o primeiro cardeal indonésio. Depois
do Concílio Vaticano II, no qual também participaram alguns bispos indonésios,
em 1970 o episcopado indonésio emitiu as primeiras diretivas sobre o
comportamento dos católicos na sociedade indonésia com base em Pancasila. A
defesa dos cinco princípios constitucionais sobre os quais se baseia o Estado
indonésio será uma característica constante da Igreja indonésia nas próximas
décadas.
A Indonésia já foi visitada por dois Pontífices. O
primeiro foi São Paulo VI, que visitou Jacarta em 3 de dezembro de 1970, no
âmbito da sua Viagem Apostólica à Ásia Oriental, Oceania e Austrália (25 de
novembro - 5 de dezembro de 1970), onde foi recebido pelo presidente indonésio
Suharto e celebrou a Missa no estádio de a capital. São João Paulo II visitou o
país de 9 a 13 de outubro de 1989 no âmbito da sua 44ª Viagem Apostólica
internacional, com etapas em Jacarta, Java, Flores e Timor Leste.
A Igreja na Indonésia hoje
Entre tolerância e fundamentalismo
Com uma população de cerca de 276 milhões de habitantes, a
Indonésia é o país muçulmano mais populoso do mundo: o Islã é professado por
quase 90% da população. De maioria muçulmana, a Indonésia não é, no entanto, um
Estado confessional islâmico, mas está alicerçado na Pancasila, os cinco
princípios inscritos na Constituição (fé em um único Deus supremo; humanidade
justa e civil; unidade; democracia guiada pela sabedoria; justiça social) que
garantem a liberdade de todos os crentes.
A sociedade indonésia é de fato multirreligiosa e multiétnica,
tanto que o lema do país é “unidade na diversidade”, uma particularidade que
contribuiu para o carácter historicamente tolerante do Islã no país. A
comunidade católica também beneficiou desta tolerância. Isto é confirmado pelas
boas relações entre a Igreja e o Estado indonésio (que mantém relações
diplomáticas com a Santa Sé desde 1950) seladas pelas Viagens Apostólicas de
Paulo VI, em 1970, e de João Paulo II, e 1989, e concretizadas nos últimos
tempos também em projetos de colaboração na área da educação e da cultura. Esta
harmonia foi reafirmada, entre outras coisas, durante a visita oficial ao país
do cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin em 2015.
No entanto, não faltaram dificuldades e conflitos. Várias
disposições do sistema jurídico indonésio penalizam as minorias. É o caso da
abusada lei sobre a blasfêmia, da legislação sobre a construção de locais de
culto (regulamentada por dois decretos de 1969 e 2006) e da lei sobre os
matrimônios, que reconhece valor jurídico apenas às uniões celebradas de acordo
com o ritos e normas de uma única religião, proibindo assim os matrimônios
mistos.
A principal ameaça à paz e à harmonia religiosa é
representada pela propagação do islamismo radical (promovida também por
pregadores estrangeiros), que nas últimas décadas fomentou conflitos sectários
em várias partes do arquipélago, fazendo surgir redes terroristas locais
ligadas a Al-Qaeda e ao Estado Islâmico.
Nos últimos anos, alguns relatórios registaram uma escalada
de violência e discriminação contra minorias religiosas, incluindo os cristãos.
A maior parte das violações foi registada na Província de Java Ocidental, em
Sumatra, na área metropolitana de Jacarta e na Província autônoma de Aceh, onde
vigora a Sharia. Também foram registados episódios de fundamentalismo islâmico
nas Molucas durante o conflito sangrento que entre 1999 e 2001 envolveu as
comunidades cristã (protestante) e muçulmana. Grupos islâmicos foram, entre
outras coisas, protagonistas da violenta campanha contra o governador de
Jacarta Basuki Tjahaja Purnama, cristão e de etnia chinesa, acusado de
blasfêmia e condenado por isso em 2017.
A existência desses grupos extremistas é contrabalanceada por
um número significativo de muçulmanos moderados, líderes e intelectuais abertos
ao diálogo. Um esforço ativamente partilhado pela Igreja Católica que tem como
um dos seus pontos focais a promoção do diálogo inter-religioso e dos
princípios de harmonia da Pancasila.
Uma realidade minoritária, mas
dinâmica e crescente
Presente no arquipélago desde o século XVI, a Igreja Católica
tem crescido de forma constante desde o século XIX graças à sua capacidade de
inculturar o Evangelho. Ela conta hoje com mais de 8 milhões de fiéis, o que
equivale a pouco mais de 3% da população e continua a crescer.
A presença de católicos no território não é homogênea: por um
lado, há as Dioceses de Ende, Ruteni, Atambua e Larantuka que são quase
inteiramente católicas, no outro extremo, há pelo menos oito em que a
comunidade católica não não supera 1% do população residente.
Pequena em número, a comunidade católica indonésia é uma
realidade viva e dinâmica, na qual os fiéis leigos gozam de um espaço
significativo na pastoral, participando também ativamente na vida social,
econômica e política do país. Por outro lado, no entanto, na última década
assistiu-se a um declínio das vocações religiosas: em comparação com a década
de 1980, os noviciados das casas religiosas femininas e masculinas têm um
número muito menor de postulantes e noviços, um declínio considerado
preocupante.
Uma Igreja presente na
sociedade
Reconhecida e apreciada pelas suas atividades sociais,
sanitárias, culturais e educativas que respeitam os diferentes grupos étnicos e
culturas do país, a Igreja na Indonésia também está muito presente nas questões
que estão no centro do debate público nacional.
Dos repetidos apelos contra a pena de morte (em vigor), à
oposição à legalização do aborto, às repetidas denúncias contra a corrupção,
aos apelos pela proteção do ambiente, a defesa ativa dos princípios da Pancasila
contra qualquer fundamentalismo, os bispos nunca deixaram de fazer ouvir a sua
voz sobre os vários problemas da sociedade indonésia. Esta importante
contribuição foi sublinhada durante a Assembleia Plenária da KWI, em novembro
de 2018, dedicada ao tema da vocação da Igreja na Nação.
As prioridades pastorais da Igreja
indonésia
Perante os desafios apresentados pelo complexo e mutável
contexto religioso, cultural e social indonésio, a ação da Igreja nos últimos
anos seguiu algumas orientações básicas, traçadas pelos bispos em 2014: o
relançamento do caminho pastoral e missionário (também por meio de novos meios
de comunicação), seguindo o caminho traçado pelo Papa Francisco na Evangelii
Gaudium e no seu modelo de “Igreja em saída”; a valorização
do multiculturalismo como riqueza para a Igreja; o fortalecimento do diálogo
inter-religioso; a promoção de iniciativas de caridade.
Nesta perspectiva, os bispos centraram a sua atenção em
particular nos jovens, para que se tornem protagonistas do anúncio de Cristo na
sociedade multicultural indonésia e “agentes de mudança” para a justiça e a paz
no seu país.
Com este espírito, os bispos lançaram a Jornada indonésia da
Juventude, um evento que desde 2012 reúne jovens católicos de toda a Indonésia
a cada 4 anos. Um espírito sublinhado pelos temas escolhidos para as duas
primeiras edições, “100% católico, 100% indonésio” (2012) e “A alegria do
Evangelho na sociedade pluralista indonésia” (2016), mas também pelo tema da
Sétima Jornada Asiática da Juventude, organizado pela primeira na Indonésia em
2017: “Juventude Asiática em festa: Viver o Evangelho na Ásia Multicultural”.
Juntamente com os jovens, os bispos querem também promover o
protagonismo das famílias católicas na evangelização na sociedade plural da
Indonésia. Esta foi uma das principais indicações que emergiram da Conferência
Nacional da Igreja Católica Indonésia sobre a Família de 2015 (Sagki 2015)
intitulada “A família católica. Evangelho de esperança. A sua vocação e a sua
missão na Igreja e na sociedade plural indonésia", na linha dos temas
abordados durante os dois Sínodos dos Bispos em Roma em 2014 e 2015. Uma
oportunidade também para reiterar a atenção da Igreja aos problemas e
sofrimentos das famílias indonésias e reiterar o papel fundamental da família
na sociedade.
O diálogo com as outras Igrejas
Cristãs
O diálogo ecumênico está bem consolidado na Indonésia e
torna-se ainda mais importante pelo fato de os cristãos serem uma minoria,
cerca de 10 por cento da população, composta por protestantes de várias
denominações, católicos, ortodoxos e evangélicos (estes últimos chegados no
início do século 20 dos Estados Unidos). Esta multiplicidade de Igrejas Cristãs
funciona em diferentes plataformas, entre as quais se destaca a Comunhão das
Igrejas na Indonésia (PGI), nascida em 1950 com um nome diferente e formada por
Igrejas Protestantes tradicionais, com as quais a Conferência Episcopal
colabora estreitamente há algum tempo.
Desde 1980, a IGP e a KWI enviam também uma mensagem conjunta
de Natal e em 2019 as instituições e grupos eclesiais colaboraram na preparação
do subsídio para a anual Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (17 a 25 de
janeiro). A trabalhar no subsídio de oração estava um grupo ecumênico cooptado
pela Comunhão de Igrejas da Indonésia sob a liderança da Reverenda Henriette T.
Hutabarat Lebang, e pela Conferência Episcopal Indonésia (Konferensi
Waligereja Indonesia, KWI) sob a presidência do cardeal Ignatius Suharyo .
Além disso, a KWI e a PGI trabalham juntas como membros da FUKRI, que também
inclui a Irmandade de Igrejas e Instituições Evangélicas (PGLII), a Irmandade
de Igrejas Pentecostais (PGPI), a Irmandade de Igrejas Batistas, o Exército de
Salvação, a Igreja Adventista do Sétimo Dia e a Igreja Ortodoxa que se
encontram mensalmente para discutir temas de interesse comum.
Fonte:
Vatican News
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Os
programas da Caritas nos países asiáticos visitados pelo Papa
Na
Indonésia, Papua-Nova Guiné e Timor-Leste, a Igreja Católica fornece 25% da
assistência aos pobres. O diretor local afirma: "A visita de Francisco é
um símbolo de esperança e, sem dúvida, uma feliz celebração de tudo o que
alcançamos".
Vatican
News
Indonésia,
Timor-Leste e Papua Nova Guiné, três dos países que estão no itinerário da
visita apostólica do Papa Francisco, são também locais de alguns dos projetos
da Caritas Austrália. Nesses países, a Igreja Católica fornece 25% da
assistência à saúde, com picos de até 40% em algumas áreas rurais, abrangendo
também educação e proteção, independentemente da fé das pessoas.
A
celebração de uma família global
“A
visita do Papa Francisco é um símbolo de esperança e, sem dúvida, uma vibrante
celebração de tudo o que alcançamos como família global e de tudo o que podemos
alcançar através da compaixão e da colaboração”, explicou Dan Skehan, diretor
de programas da Caritas Austrália, em um comunicado. “Temos o privilégio de
visitar muitas comunidades sustentadas pela generosidade dos católicos”,
destacou Skehan. “Somos sempre surpreendidos pelo calor com que somos recebidos,
pois pessoas de todas as origens reconhecem de coração o apoio duradouro da
Igreja no esforço de ajudar as comunidades a sair da pobreza.”
Acesso
à água e proteção às mulheres
Na
Papua Nova Guiné, onde cerca de um quarto da população é católica, a Caritas
Austrália colabora com os Catholic Church Health Services (CCHS) na
modernização de instalações antigas, incluindo a instalação de água corrente
limpa e eletricidade, melhorando assim os resultados de saúde para aqueles que
vivem em áreas rurais. Em Timor-Leste, onde 97% da população é católica, está
em andamento um programa de proteção que inclui abrigos para mulheres que fogem
da violência e apoio prático, como financiamentos e empréstimos para o início
de pequenas empresas, e iniciativas de prevenção.
Na
Indonésia, a Caritas Austrália apoia, entre outros, o projeto de
desenvolvimento econômico e de saúde "Laz Harfa", que visa ajudar as
famílias vulneráveis a aumentar sua renda e a se tornarem economicamente mais
estáveis. Além disso, o projeto auxilia na melhoria do acesso à água potável e
aos serviços sanitários. No comunicado, a Caritas Austrália destaca que apoia
iniciativas locais em 36 países, por meio das quais, no último ano, ajudou 760
mil pessoas necessitadas. A Caritas Austrália faz parte da confederação Caritas
Internationalis, composta por mais de 160 membros que trabalham em campo na
maioria dos países do mundo.
Fonte:
Vatican News
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Serviço
da autoridade nas Comunidades é tema de evento na Canção Nova
Abordados
assuntos como identificação, prevenção de abusos e dinâmica do cuidado pastoral
em resposta ao apelo do Papa Francisco à sinodalidade e cultura da prevenção.
Vatican
News
A
Comunidade Canção Nova realizou no último fim de semana (30/08 a 01/09) a
“Escola de Formadores”. Dirigido para lideranças, o evento contou com cerca de
quinhentos inscritos, representantes de quarenta Novas Comunidades e Movimentos
Eclesiais do Brasil.
Esta é a
24ª edição da Escola de Formadores, que teve como tema “O serviço da autoridade
nas comunidades” e aconteceu na sede da Comunidade Canção Nova, em Cachoeira
Paulista, SP. A iniciativa é uma resposta aos pedidos do Papa Francisco por uma
Igreja sinodal, por uma cultura de prevenção de toda forma de abuso.
A
formadora geral da Comunidade e Canção Nova e organizadora do evento, Vera
Lúcia Reis, enfatizou que a realização do encontro tem o intuito de
proporcionar uma nova perspectiva do exercício da autoridade nas Novas
Comunidades, baseada no serviço e na humildade, à luz dos ensinamentos do
Magistério do Papa Francisco. Esta abordagem visou refletir uma visão cristã de
liderança, em que a verdadeira grandeza é alcançada por meio do serviço ao
próximo.
“Quanto mais reconheço, respeito a dignidade
do outro enquanto pessoa, mais humano me torno”, disse Maria Teresa Rosa,
especialista em temáticas relacionadas à prevenção e combate aos abusos sexuais
e não-sexuais em ambiente eclesial.
Entre os
temas abordados: aspectos teológicos e canônicos do exercício da autoridade, do
conselho evangélico da obediência, adaptado à vida secular, formação da
consciência para o serviço de autoridade, da realidade da identificação e
prevenção de abusos na Igreja e da dinâmica do cuidado pastoral para com
aqueles que exercem autoridade no âmbito eclesial.
O
encontro contou com a participação de palestrantes como o Vigário Episcopal do
Vicariato para a Educação e a Universidade da Arquidiocese de São Paulo,
Diretor Espiritual da Prelazia da Opus Dei no Brasil e doutor em Teologia
Dogmática, Dom Carlos Lema Garcia; do Presidente da Comunidade Canção Nova e
doutor em Teologia Moral, Padre Wagner Ferreira da Silva; do Vice-Presidente da
Comunidade Canção Nova e doutor em Direito Canônico, Padre Donizete Heleno
Ferreira; o psicólogo e Fundador do Instituto Chiara Luce; Alex Valadares; da
teóloga e membro da Associação dos Salesianos Cooperadores, Maria Teresa Rosa;
do membro do Serviço Brasileiro de Comunhão do CHARIS (SBCC), Ítalo Fasanella;
do teólogo e matemático, missionário da Comunidade Canção Nova, Sérgio
Coutinho.
“A vida de um líder cristão é exigente e
muitas vezes solitária. Ele precisa estar à frente das ovelhas para apontar a
direção em um caminho tantas vezes não muito claro nem para ele mesmo”, afirmou
Sérgio Coutinho ao falar de seu livro “O serviço da autoridade”, pela Editora
Canção Nova.
A Escola
de Formadores é organizada pela equipe da Formação Geral da Comunidade Canção
Nova. O evento acontece desde 2003 como apoio para quem exerce o serviço da
autoridade na formação integral das pessoas em suas ações de evangelização.
Fonte:
Equipe de Comunicação Formação Geral Comunidade Canção Nova
Fonte:
Vatican News
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Irmã
Beatrice no Quênia: a deficiência não é incapacidade
As
crianças com deficiência possuem um universo de potencialidades inexploradas e
uma coragem extraordinária. A experiência da Irmã Beatrice Jane Agutu em uma
escola no Quênia confirma que a deficiência não é incapacidade e que cada
criança merece a possibilidade de brilhar: “essas crianças devem ser
celebradas, não compadecidas”.
Ir.
Roselyne Wambani Wafula
“Como
religiosas católicas, e especialmente como irmãs franciscanas de Santa Ana,
somos chamadas a servir os mais vulneráveis. O nosso compromisso em aliviar o
sofrimento e promover mudanças positivas continua a nos obrigar a deixar que a
nossa voz fale pelas numerosas pessoas vulneráveis que nos foram confiadas”,
disse a Irmã Beatrice Jane que administra a escola especial de São Martinho de
Porres em Kisumu, no Quênia, a serviço de mais de 300 crianças com várias
deficiências. O seu testemunho não é apenas a narrativa de uma experiência, mas
um convite à mudança de paradigma na oferta de cuidados, apoio e compaixão
pelas pessoas vulneráveis.
O caminho
da Irmã Beatrice começou como professora em escolas normais. No entanto, uma
vocação profundamente enraizada levou-a a explorar a educação especial, uma
experiência que começou em 2003, quando foi chamada a trabalhar numa escola
para surdos. “Apesar de não ter qualquer experiência prévia com a linguagem
gestual”, disse ao Vatican News, “a minha determinação e compaixão
impeliram-me”. Hoje ela é uma comunicadora fluente com os surdos.
A Ir.
Beatrice é confidente, guia, tutora e figura materna delas. O seu papel vai
muito além da aquisição da linguagem. “Supervisiono uma comunidade de mais de
300 crianças com várias deficiências, de paralisia cerebral a incapacidades
físicas e desabilidades intelectuais”.
O
percurso para entrar na escola não é fácil. Para que as crianças recebam um
diagnóstico correto e um lugar adequado nas escolas, os pais devem navegar num
complexo sistema de avaliações médicas e educacionais, antes que os seus filhos
possam ser admitidos. “A nossa escola é um lar para essas crianças”, explicou.
“Muitas delas estão confinadas em casa, tratadas como pesos, invisíveis para o
mundo; este isolamento agrava as vulnerabilidades das crianças e limita as suas
oportunidades”.
A escola
serve como tábua de salvação para muitos, um lugar onde, dentro das suas
paredes, as crianças encontram aceitação, liberdade, amizade, sentido de
pertença, oportunidades para aprender e crescer e, o mais importante de tudo,
amor. A firme convicção da Ir. Beatrice no potencial dos seus alunos revelou-se
contagiante. Ela não vê deficiências, mas habilidades inexploradas. A sua
atitude positiva é uma prova da sua filosofia: “deficiência não é inabilidade”.
Ela vê além dos seus desafios, reconhecendo o potencial que existe em cada
criança.
“Administrar a escola é uma batalha constante
e árdua”, observou, indicando os imensos desafios que a sua escola deve
enfrentar. O apoio inadequado do governo, a falta de recursos e as necessidades
urgentes dos seus alunos são evidentes. Muitas vezes a sociedade considera
essas crianças como um fardo, o que sobrecarrega a Ir. Beatrice e o seu grupo.
Muitos
pais não conseguem satisfazer as necessidades básicas, para não falar do custo
dos cuidados e da educação especializada. Os pais, sobrecarregados com os
desafios de criar uma criança com deficiência, recorrem frequentemente aos avós
para receber apoio. “O governo”, observou a Ir. Beatrice, “oferece uma ajuda
mínima, deixando que instituições como a nossa carreguem sozinhas o peso desses
desafios”. Até a sua congregação religiosa tem dificuldade em satisfazer as
necessidades urgentes dos seus estudantes. No entanto, a Ir. Beatrice e o seu
grupo perseveram, proporcionando não só educação, mas inclusive cuidados essenciais,
incluindo alimentação, vestuário e tratamentos médicos.
Talvez o
desafio mais angustiante seja a indiferença da comunidade em geral. Em vez de
oferecer apoio, a escola é muitas vezes vista como recurso a explorar. A escola
e os seus alunos são convidados a contribuir para as atividades da Igreja, mas
às vezes recebem pouca ajuda financeira. Numa entrevista ao Vatican News,
Claris Achieng Olare, mãe cujo filho sofre de paralisia cerebral, afirma que o
estigma que sofrem como pais é que as pessoas pensam que os pais devem ter
feito algo de errado e que essa é a consequência. Apela-se à sociedade para que
aceite a existência destes casos, e o importante é aceitar e prestar os
cuidados e o apoio necessários a estas crianças sem preconceitos.
Apesar
desses obstáculos, há momentos de triunfo extraordinário. Uma jovem, outrora
incapaz de ler e escrever, tornou-se pregadora e fonte de inspiração para os
seus coetâneos. “Estas histórias alimentam a minha paixão e impelem-me a
continuar cuidando dessas crianças, a criar um mundo onde cada criança,
independentemente das suas capacidades, seja valorizada e apoiada”, declarou a
Ir. Beatrice, acrescentando: “essas crianças devem ser celebradas, não
compadecidas”.
Concluindo,
a religiosa exortou todos a cultivar os sonhos e o potencial das crianças com
deficiência. “Une-te a nós”, exortou, “na construção de um mundo onde a
deficiência não seja uma incapacidade, mas um catalisador para resultados
extraordinários”.
Fonte:
Vatican News
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A
dívida, uma nova forma de escravidão - Bispos da Nigéria
“O
peso da dívida revelou-se uma nova forma de escravidão para as gerações
presentes e futuras” - afirmam os Bispos da Nigéria, numa declaração publicada
no final da sua II Assembleia Plenária, realizada de 22 a 30 de agosto na
diocese de Auchi, no Estado de Edo.
Vatican
News
No
documento, os Bispos recordam o direito dos nigerianos de protestar
pacificamente contra a política económica do Presidente Bola Ahmed Tinubu. “O
nosso povo enveredou recentemente para um protesto enquanto a economia
nigeriana continua a deteriorar-se e a reduzir milhões de cidadãos a uma vida
de pobreza abominável e de dificuldades indescritíveis. Fazemos notar que os
nigerianos têm o direito constitucional de expressar as suas queixas através de
protestos pacíficos.” Infelizmente, observam os Prelados, os protestos foram
afetados por criminosos enquanto “os agentes de segurança, que normalmente
deveriam proteger os cidadãos durante os protestos, recorreram a ameaças,
intimidações e chantagem para dissuadir os cidadãos de protestar e, em alguns
casos, foi alegado que eles cometeram execuções extrajudiciais.”
Política de austeridade
A
política de austeridade decidida pelo governo é imposta pelo serviço da dívida
pública da Nigéria. “Observamos que o serviço de enormes dívidas às agências
monetárias internacionais e, consequentemente, a captação de fundos
internamente para equilibrar os défices orçamentais deram origem às atuais
reformas económicas do governo, que consistem principalmente na retirada dos
subsídios aos combustíveis e na flutuação da moeda nacional (o Naira).
Estamos conscientes de que estas reformas desencadearam uma inflação galopante
que reduziu a maioria dos nigerianos a uma vida de sofrimento cruel e de
miséria” - afirmam os Bispos.
“Apelamos,
portanto, à atual administração do Presidente Bola Ahmed Tinubu para que
reconsidere as suas políticas de reforma económica, a fim de aliviar o fardo
das dificuldades que pesa sobre os cidadãos e promover o desenvolvimento das
pessoas.”
Medidas para mitigar o impacto da inflação
A
declaração sugere - segundo a agência noticiosa, Fides, a adoção de algumas
políticas para mitigar o impacto da inflação na população. Em primeiro lugar,
apoiar os agricultores com subsídios, empréstimos subsidiados, tecnologias
modernas e sementes melhoradas (mas não geneticamente modificadas) e prestar
ajuda às pequenas e médias empresas do sector alimentar. Há também uma
necessidade urgente de reformar o sistema tributário que atualmente consiste
numa série de impostos federais, estaduais e locais que estrangulam as
empresas.
Finalmente,
a nível eclesial, os Bispos alertam os fiéis contra “aqueles que, declarando-se
católicos, estabelecem “ministérios” que não estão sob a orientação pastoral ou
espiritual de qualquer autoridade eclesiástica competente. Na verdade, nenhum
ministério, associação ou instituição pode ostentar o nome católico sem a
autorização expressa da autoridade competente” - remata a Fides.
Fonte:
Vatican News
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O
catequista educa o coração para Deus - D. Claudio Dalla Zuanna
"O
catequista é alguém que educa o coração ao encontro de Deus" - considerou
Dom Cláudio Dalla Zuanna, Arcebispo da Beira, por ocasião do encerramento da
Semana da Catequese e do Dia do Catequista.
Rogério Maduca – Beira
A
Paróquia Nossa Senhora de Fátima na Beira acolheu no domingo, 1 de setembro, a
celebração Diocesana do Dia do catequista, e encerramento da Semana de
Catequese, evento que juntou catequistas de varias paróquias da Arquidiocese da
Beira.
A missa
por ocasião deste dia foi presidida pelo Arcebispo da Beira, Dom Cláudio Dalla
Zuanna, e concelebrada por vários sacerdotes. Durante a homilia, Dom Cláudio
explicou que, o catequista não é uma pessoa que dá informações religiosas, é
uma pessoa que educa o coração e faz despertar a amizade com Deus.
E para
que o catequista seja um educador de coração, este deve fazer a experiência de
Deus, através da oração, pois segundo Dom Cláudio a oração é um alimento da
espiritualidade do catequista.
No final
da celebração a Irmã Rita, representante da Comissão Arquidiocesana de
Catequese na Beira disse que o tema escolhido para a II Semana Nacional de
Catequese, ajudou a recolocar no centro da espiritualidade do catequista, a
Oração.
Refira-se
que o Dia do Catequista na Beira, foi também marcado por uma palestra onde os
participantes refletiram sobre o tema “A Oração alimento para a
espiritualidade do catequista”, tema este proposto pela Conferência
Episcopal de Moçambique, para a celebração da II Semana Nacional de
Catequese.
Fonte:
Vatican News
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Angola
- Encerramento da peregrinação ao Santuário da Muxima
A
peregrinação ao Santuário da Muxima terminou com apelos à preservação dos
valores da família. O Bispo do Porto, Dom Manuel Linda, esteve entre os
peregrinos e testemunhou, pela primeira vez, o fervor da fé dos angolanos.
Anastácio
Sasembele - Luanda
A
tradicional peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora da Conceição da Muxima,
que encerrou no domingo 1/9, na diocese de Viana, em Luanda, juntou mais de 700
mil fiéis nacionais e estrangeiros e teve como convidado especial o Bispo do
Porto/Portugal, Dom Manuel Linda, convidado a presidir a missa de abertura.
Este ano,
a semelhança do passado, a romaria ao Santuário da “Mamã Muxima”, foi
antecedida pelo percurso da imagem peregrina pelas dioceses próximas à
Arquidiocese de Luanda, passando por Caxito e Viana, antes de seguir à vila da
Muxima.
Dom
Manuel Linda, bispo do Porto, que visitou pela primeira vez o Santuário, falou
numa experiência entusiasmante ao testemunhar a fé fervorosa dos fiéis
católicos.
Fazendo
alusão as guerras que se espalham pelo mundo, Dom Linda realçou que as
sociedades hoje precisam mais de Deus e da Mãe do Redentor.
Este ano,
a peregrinação decorreu sob o lema "Com Maria, Vivamos na Fé o Ano da
Oração”.
Dom
Zeferino Zeca Martins, arcebispo do Huambo, convidado a presidir a missa de
encerramento disse que por intercessão da “Mamã Muxima” os peregrinos a
regressam a casa com muitas graças do Senhor e aconselhou as famílias a
praticarem sempre o amor.
Várias
foram as individualidades políticas que participaram da peregrinação com realce
para os dois maiores partidos políticos, nomeadamente o MPLA que governa o país
e a UNITA maior partido na oposição. O espaço não foi de disputa política mas
de manifestação da fé num Deus que acolhe a todos.
O Padre
Queirós Figueira porta-voz da peregrinação fez balanço positivo do evento que
todos os anos junta de votos a Nossa Senhora, suplicando por graças.
Fonte:
Vatican News
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Indonésia: Papa lança apelos ao diálogo entre religiões, no discurso
inaugural da viagem
4 Setembro, 2024
5:19
Francisco sublinha importância da paz e da
justiça social para promover a democracia e a estabilidade
O Papa lançou hoje um apelo ao diálogo
entre religiões, no primeiro discurso da sua viagem à Indonésia, perante
responsáveis políticos e representantes da sociedade civil, reunidos no Palácio
Presidencial de Jacarta.
“A Igreja Católica deseja incrementar o
diálogo inter-religioso. Desta forma, podem eliminar-se preconceitos e
desenvolver um clima de respeito e confiança mútuos, indispensável para
enfrentar desafios comuns, entre os quais o combate ao extremismo e também à
intolerância”, referiu Francisco, que chegou ao país na terça-feira, dando
início à viagem mais longa do seu pontificado.
O discurso inicial desta visita ao país
com mais muçulmanos no mundo destacou a importância de promover uma “harmonia
pacífica e construtiva” que garanta a paz e ajude a combater “desequilíbrios e
bolsas de miséria”.
O terceiro Papa a visitar a Indonésia,
onde os católicos representam 3% da população (mais de 275 milhões de pessoas),
Francisco sustentou que a Igreja “está ao serviço do bem comum e deseja
reforçar a cooperação com as instituições públicas”
“Mas nunca fazendo proselitismo, nunca. [A
Igreja] Respeita a fé de cada pessoa”, declarou.
A fé em Deus,
infelizmente, é muitas vezes manipulada, não servindo já para construir a paz,
a comunhão, o diálogo, o respeito, a colaboração, a fraternidade, mas para
fomentar divisões e aumentar o ódio”.
A intervenção foi lida em italiano, com
tradução simultânea, tendo o pontífice sublinhou a importância de promover a
“fraternidade” numa nação, que considerou algo “muito bonito”.
“Tal como o oceano é o elemento natural
que congrega todas as ilhas indonésias, assim o respeito mútuo pelas
características culturais, étnicas, linguísticas e religiosas específicas dos
grupos humanos que compõem a Indonésia é o indispensável tecido conetivo que
torna o povo indonésio unido e orgulhoso”, realçou.
Após elogiar a “grande biodiversidade”
presente neste arquipélago, ameaçado pelas alterações climáticas, o Papa deixou
votos de que cada grupo étnico e confissão religiosa possa agir com “espírito
de fraternidade, procurando o nobre objetivo de servir o bem de todos”.
Francisco citou a Constituição da
Indonésia, de 1945, que faz referências a Deus e à necessidade da “justiça social”,
observando que, a nível internacional, “uma parte considerável da humanidade é
deixada à margem, sem meios para viver dignamente e sem defesa para enfrentar
graves e crescentes desequilíbrios”.
“A unidade na multiplicidade, a justiça
social, a bênção divina são, portanto, princípios fundamentais destinados a
inspirar e orientar os programas específicos”, indicou.
A viagem à Indonésia, primeira de um Papa
desde a visita de São João Paulo II em 1989, tem como lema ‘Fé, fraternidade,
compaixão’.
Francisco assinalou que, no mundo
contemporâneo, há “tendências que dificultam o desenvolvimento da fraternidade
universal”, dando origem a conflitos e tensões, dentro dos países e entre eles.
Numa das nações mais populosas do mundo, o
Papa elogiou a quantidade de famílias numerosas, em contraste com leis que
promovem o aborto e a quebra demográfica noutras regiões do mundo.
“Que Deus abençoe a Indonésia com a paz,
para um futuro de esperança”, concluiu.
Joko Widodo, presidente cessante da
Indonésia, sublinhou por sua vez a aposta do país na “paz e na tolerância”,
elogiando a “diversidade” da população da terceira maior democracia do mundo.
Os dois responsáveis tinham-se encontrado
em privado, no Palácio Presidencial, onde Francisco assinou o Livro de Honra:
“Imerso na beleza desta terra, lugar de encontro e de diálogo entre diferentes
culturas e religiões, desejo que o povo indonésio cresça na fé, na fraternidade
e na compaixão”.
No fim da cerimónia oficial de
boas-vindas, o Papa foi saudado por centenas de pessoas, entre elas muitas
crianças com bandeiras do Vaticano e da Indonésia, retribuindo com acenos desde
a janela do carro que o transporta, um utilitário branco.
A
agenda papal prossegue na Nunciatura Apostólica, pelas 11h30 (05h30 em
Lisboa), para um encontro privado com jesuítas, gesto habitual nas viagens
internacionais do primeiro Papa da Companhia de Jesus na história da Igreja. Já de tarde, Francisco vai encontrar-se com os bispos, membros do
clero e de institutos religiosos, seminaristas e catequistas, na Catedral de
Nossa Senhora da Assunção. Pelas 17h35 decorre o encontro final desta quarta-feira, que reúne o
Papa com jovens das ‘Scholas Occurrentes’, na Casa da Juventude “Grha
Pemuda”, onde Francisco vai repetir um gesto feito em Portugal, em agosto de
2023, para concluir uma obra de arte coletiva que celebra a diversidade. Em Jacarta, Francisco vai visitar esta quinta-feira a Mesquita
Istiqlal, a maior do sudeste asiático, com capacidade para mais de 120 mil
pessoas. A viagem mais longa do atual pontificado leva o Papa à Indonésia
(3-6 de setembro), Papua-Nova Guiné (6-9 de setembro), Timor-Leste (9-11 de
setembro) e Singapura (11-13 de setembro). |
Fonte:
Agência Ecclesia
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Do dia 02/9/2024
Nomes confirmados
e principais temas do 2º Encontro Nacional de Assessores Jurídicos de Dioceses
De
17 a 19 de setembro, Brasília (DF) recebe o 2º Encontro Nacional de Assessores
Jurídicos de Dioceses (ENAJD). O evento é organizado pela Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB) e destinado exclusivamente a advogados que atuam
junto às dioceses brasileiras. As inscrições encontram se abertas.
A
programação vai abordar as principais questões jurídicas que desafiam a missão
desses profissionais na atualidade. De forma concomitante, os participantes
poderão participar do Simpósio celebrativo dos 15 anos do Acordo Brasil Santa
Sé, com o tema “Laicidade do Estado e a liberdade religiosa”, com conferências
de autoridades religiosas, o procurador-geral da República e ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF).
Em
oito painéis, serão tratados temas como a parceria entre organizações
religiosas e o Estado, noções gerais do procedimento canônico, a Reforma
Tributária, a nova realidade do CEBAS diante da Reforma Tributária, a questão
sindical e o relacionamento com a mídia em episódios de crise. Haverá ainda uma
plenária com estudos de casos.
Principais
temas
–
Parcerias entre as organizações religiosas e o Estado
–
Noções gerais do procedimento canônico e dos delitos econômicos
–
A questão sindical: constituição, medidas práticas e normas coletivas em
negociação
–
Nova realidade do CEBAS
–
Reforma Tributária: aspectos fundamentais para as organizações da sociedade
civil
–
Relacionamento com a mídia em episódios de crise
Nomes
já confirmados
Ministro
Jorge Messias, advogado geral da União
Doutor
José Eduardo Sabo Paes, procurador de Justiça do Ministério Público do Distrito
Federal e Territórios
Heraldo
Pereira, jornalista da Rede Globo e advogado
Doutor
e padre Valdinei de Jesus Ribeiro, professor e secretário do Instituto Superior
de Direito Canônico Santa Catarina
Simpósio
15 anos do Acordo Brasil-Santa Sé
Nos
mesmos dias e no mesmo local acontece, no período noturno, simpósio sobre os 15
anos do Acordo Brasil-Santa Sé a que os participantes terão acesso. O simpósio
terá três conferências: uma com a memória histórica do acordo, outras sobre a
gênese do Estado Laico e as relações institucionais e mais uma sobre a
laicidade do Estado e a religião. - Fonte: CNBB
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Romaria de
Catequistas destaca centralidade de Jesus na Palavra de Deus vivida em
comunidade
A
primeira Romaria Nacional de Catequistas foi concluída neste domingo, 1º de
setembro, após três dias de celebrações e aprofundamentos sobre a iniciação à
vida cristã com inspiração catecumenal. O arcebispo de Santa Maria (RS) e
presidente da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leomar Antônio Brustolin,
destacou a intenção de que as reflexões favoreçam uma catequese que anuncie
Jesus Cristo e conduza as pessoas no caminho do discipulado.
“A Catequese se interessa por todos os
temas. Ela quer levar as pessoas até o Reino de Deus, mas esse reino implica
também um compromisso com a realidade ao nosso redor. Com esses temas, se
pretende que a catequese seja mais querigmática, mais mistagógica, capaz de
anunciar Jesus Cristo e conduzir pelos caminhos de Jesus todas as crianças,
adultos, jovens e adolescentes. Há muita esperança com um grupo tão grande de
catequistas refletindo junto e buscando o vínculo em comunidade e viver a
Palavra de Deus. O Centro é Jesus: na Palavra de Deus vivida em comunidade”,
afirmou.
O
arcebispo de Teresina (PI) e membro da Comissão para a Animação
Bíblico-Catequética da CNBB, dom Juarez Sousa, destacou o tema escolhido para a
Romaria, inspirado na Profecia de Daniel – “Os que ensinam como estrelas
brilharão” – como uma referência aos catequistas.
“Esse tema fala da importância do
catequista como um vocacionado cuja raiz está no Batismo, no chamado especial
de Deus para anunciar a Boa Nova no contexto de fortalecimento da catequese de
inspiração catecumenal a serviço da iniciação à vida cristã. Porque os tempos e
os desafios que nós enfrentamos requerem que haja uma catequese dessa forma
para que possamos, pelo querigma e pela mistagogia, sempre ter uma fé convicta
para dar resposta aos problemas do nosso tempo e para dar um sentido profundo à
nossa vida e à vida das atuais e futuras gerações”, afirmou.
Iniciado
no dia 30 de agosto e encerrado no domingo, 30 de setembro, o evento contou com
conferências, partilhas de experiências e momentos de interação e de oração,
como adoração ao Santíssimo Sacramento, leitura orante da Palavra de Deus,
celebração penitencial e celebrações eucarísticas.
Conferências
Dom
Leomar proferiu a conferência de abertura da Romaria, com o tema “Olhar a
realidade e os sinais dos tempos”. Ele conduziu uma reflexão sobre os desafios
e as oportunidades de evangelizar em um mundo em constante mudança.
O
assessor da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB padre Wagner
Francisco de Sousa Carvalho, tratou do “ABC da IVC”, um momento para refletir
sobre os principais termos que são utilizados durante o processo de Iniciação à
Vida Cristã. Segundo o padre, o objetivo foi “ajudar, tanto aqueles catequistas
que já são experientes e atuantes há muitos anos, mas também aqueles iniciantes
a se aproximarem desses termos para ajudar na ação catequética e pastoral”.
“Dessa forma, nós conseguimos refletir
desde o que é iniciação – passando por seus tempos, suas etapas, os principais
termos. Mas colocando-nos dentro dos desafios e oportunidades que, conhecendo
bem esses termos, ajuda, qualifica melhor a ação da catequese”, explicou.
Tempos
da Iniciação à Vida Cristã
As
conferências seguintes trataram dos quatro tempos no processo de Iniciação à
Vida Cristã de inspiração catecumenal: Querigma, Catecumenato, Purificação e
Iluminação e Mistagogia.
Mariana
Venâncio, também assessora da Comissão, falou sobre o Querigma, como “anúncio
por excelência da fé cristã”. Ela abordou a importância de que os catequistas
estejam com o anúncio do querigma em toda a ação catequética.
Sobre
o Catecumenato, a irmã Maria Aparecida Barboza ajudou nas reflexões, destacando
essa etapa como um processo vital de iniciação à vida cristã. “No Catecumenato,
se anuncia a fé e se celebra a fé. Esse aprofundamento da fé, além de manter o
catequizando e as famílias encantadas por Jesus, também faz eles perceberem
essa necessidade de ser pertença comunitária, pertença eclesial, para ser um
novo missionário, para ser um novo discípulo de Jesus Cristo, fazendo a
diferença no espaço onde se vive e testemunha essa fé”, disse.
Os
secretários de Pastoral, padre Jânison de Sá, e de Campanhas da CNBB, padre
Jean Poul Hansen, conduziram a conferência sobre a etapa da Purificação e
iluminação, “um tempo de discernimento onde se realizam os escrutínios, onde se
tem a eleição, a escolha do nome e é a preparação imediata aos sacramentos de
iniciação à vida cristã”, como explicou padre Jânison.
Padre
Jean Poul explicou que esse tempo “é a experiência quaresmal da iniciação à
vida cristã”.
“Se o pré-catecumenato é tempo
querigmático, evangelizador; e o catecumenato é o tempo do aprofundamento da
fé; o tempo da purificação e iluminação – que coincide com a Quaresma – é o
tempo do discernimento espiritual, do discernimento de quem quer acolher o
sentido, a orientação, a visão de Jesus, mas – sobretudo – a vida nova que Ele
nos oferece por meio dos sacramentos da iniciação à vida cristã. É um grande
retiro espiritual de todos os iniciandos, orientado pela Palavra de Deus nos
domingos da Quaresma”.
Já
a etapa da mistagogia, foi apresentada pelo bispo auxiliar de Vitória (ES) e
membro da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, dom Andherson
Franklin. Ele definiu a mistagogia “como tempo propício para mergulho no
mistério celebrado nos sacramentos, mas como também um fio condutor que deve
percorrer todas as etapas da iniciação à vida cristã”.
“Somos
convidados a assumir, como ponto principal uma iniciação à vida cristã
querigmática e mistagógica, oferecendo o primeiro anúncio no Evangelho e, ao
mesmo tempo, convidando as pessoas a contemplarem o mistério do amor de Deus,
configurando-nos a partir da comunidade como novos homens e mulheres”.
Dom
Anderson sublinhou a experiência da mistagogia como espaço propício para que,
aqueles que recebem os sacramentos, percebam-se como homens e mulheres novos,
“chamados a uma conversão profunda, a uma configuração a Cristo e uma nova
vivência testemunhando aquilo que receberam como discípulos missionários de
Jesus Cristo”.
Mídias
digitais e inteligência artificial
O
jornalista Moisés Sbardelotto, mestre e doutor em Ciências da Comunicação,
abordou o tema da comunicação na catequese, com a conferência “Catequese,
cultura digital e inteligência artificial”. Sua proposta foi ajudar os
participantes a entenderem “a comunicação da fé nessa cultura digital que nós
vivemos hoje”.
Tendo
o Papa Francisco como referência, Moisés recordou que a fonte da ação
evangelizadora está justamente no encontro com a pessoa de Jesus Cristo. E a
partir desse encontro há o transbordamento para os outros: “É um amor que vem de
Deus, que nos preenche e a gente não consegue, digamos assim, conter essa
comunicação”.
Sobre
inteligência artificial, Moisés destacou que essa nova tecnologia “não deve nos
assustar”, mas é preciso ter discernimento, capacidade crítica de reflexão e de
uso das possibilidades que essa tecnologia oferece.
A
Romaria de Catequistas foi encerrada com a Missa de abertura do Mês da Bíblia,
no altar central da Basílica de Nossa Senhora Aparecida, presidida por dom
Leomar Antônio Brustolin. No início da manhã, porém, houve a celebração de
envio dos catequistas.
Por
Luiz Lopes Jr - Fonte: CNBB
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CNBB e MCCE
lançam nota sobre PLP nº 192 do Senado que altera a Lei da Ficha Limpa
A
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Movimento de Combate à
Corrupção Eleitoral (MCCE) publicaram na segunda-feira, 2 de setembro, uma nota
sobre o Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 192/2023 que está tramitando no
Senado e propõe alterações significativas na Lei da Ficha Limpa (Lei
Complementar nº 135, de 2010), uma das mais importantes conquistas democráticas
da sociedade brasileira, resultado de uma ampla mobilização popular coordenadas
pelas duas organizações.
No
documento, a CNBB e o MCCE apontam que o projeto de lei ameaça desfigurar os
principais mecanismos de proteção da Lei da Ficha Limpa, beneficiando
especialmente aqueles condenados por crimes graves, cuja inelegibilidade poderá
ser reduzida ou mesmo anulada antes do cumprimento total das penas.
A
CNBB e o MCCE afirmam não ser “possível que uma das únicas leis de iniciativa
popular de nosso país seja alterada sem um diálogo com todos os setores da
sociedade brasileira” e exige um amplo debate com participação de todos sobre o
PLP.
As
organizações convidam os senadores a refletirem cuidadosamente sobre as
consequências dessa proposta, que será debatida no plenário do Senado Federal e
vista do “compromisso com a ética e a justiça, valores fundamentais para a
construção de um Brasil mais justo, democrático e solidário.”
Íntegra
da nota
NOTA
SOBRE O PLP nº 192/2023, que desfigura a Lei da Ficha Limpa
“É
necessária a política melhor, a política colocada ao serviço do verdadeiro bem
comum”.
(Papa
Francisco, Fratelli Tutti, 154)
O
Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 192/2023, que propõe alterações
significativas na Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135, de 2010), uma
das mais importantes conquistas democráticas da sociedade brasileira, está na
pauta do plenário do Senado Federal e representa um grave retrocesso para o
país. Esta Lei, fruto da mobilização de milhões de brasileiros e brasileiras,
convidados à participação por dezenas de grandes organizações sociais, foi
aprovada por unanimidade pelas duas Casas do Congresso Nacional em 2010,
representa um marco na luta contra a corrupção e pela transparência e ética na
política.
O
referido Projeto de Lei ameaça desfigurar os principais mecanismos de proteção
da Lei da Ficha Limpa, beneficiando especialmente aqueles condenados por crimes
graves, cuja inelegibilidade poderá ser reduzida ou mesmo anulada antes do
cumprimento total das penas. Além disso, a proposta visa isentar de
responsabilidade aqueles que, mesmo derrotados nas urnas, tenham praticado
graves abusos de poder político e econômico, o que enfraquece o combate às
práticas corruptas que comprometem a democracia brasileira.
As
relações entre os poderes da República merecem todo o respeito.
Contudo,
as decisões políticas, com o objetivo do bem comum, exigem amplo debate e
participação de todos. Não é possível que uma das únicas leis de iniciativa
popular de nosso país seja alterada sem um diálogo com todos os setores da
sociedade brasileira.
A
Conferência Nacional dos Bispos Brasil-CNBB e o Movimento de Combate à
Corrupção Eleitoral-MCCE, duas das instituições que contribuíram com a
mobilização em torno da Lei da Ficha Limpa, convidam os senhores senadores e as
senhoras senadoras a refletir cuidadosamente sobre as consequências dessa
proposta, que será debatida no plenário do Senado Federal. Cabe aqui recordar
as palavras do Papa Francisco, que soam como alerta: “Atualmente muitos possuem
uma má noção da política, e não se pode ignorar que frequentemente, por trás
deste fato, estão os erros, a corrupção e a ineficiência de alguns políticos”
(FT 176).
Assim
como a vontade do povo é soberana nas eleições, deve ser igualmente respeitada
nas leis de iniciativa popular, a sociedade brasileira, que construiu e apoia a
Lei da Ficha Limpa, acompanha atentamente esse debate e espera que o PLP nº
192/2023 seja rejeitado, em respeito à vontade popular e à integridade das
nossas instituições democráticas. Que prevaleça o compromisso com a ética e a
justiça, valores fundamentais para a construção de um Brasil mais justo,
democrático e solidário.
Brasília
– DF, 2 de setembro de 2024
Dom
Jaime Spengler - Arcebispo da Arquidiocese de Porto Alegre – RS, Presidente da
CNBB
Dom
João Justino de Medeiros Silva - Arcebispo da Arquidiocese de Goiânia – GO, 1º
Vice-Presidente da CNBB
Dom
Paulo Jackson Nóbrega de Sousa - Arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife –
PE, 2º Vice-Presidente da CNBB
Dom
Ricardo Hoepers - Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Brasília – DF,
Secretário-Geral da CNBB
Assinaturas
Diretores do MCCE e entidades que eles representam:
Haroldo
Santos Filho CFC – Conselho Federal de Contabilidade
Inácio
Guedes Borges CFA – Conselho Federal de Administração e MCCE-AM (Comitê MCCE
Amazonas)
Luciano
Caparroz P. dos Santos - CSDDH (Centro Santos Dias de Direitos Humanos da
Arquidiocese de São Paulo) e MCCE-SP (Comitê MCCE São Paulo)
Tania
Fernanda P. Pereira ADPF – Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal
Fonte:
CNBB
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3º Sulão das
Santas Missões Populares é realizado em Caxias do Sul
Encontro
reuniu representantes de arqui/dioceses dos estados do Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e Paraná; o objetivo da atividade foi o despertar para a importância
das Missões Populares para animar as comunidades
A
Diocese de Caxias do Sul sediou, nos dias 30 e 31 de agosto e 1º de setembro, a
terceira edição do Sulão das Santas Missões Populares. Representantes de
arqui/dioceses dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná
estiveram reunidos na Paróquia São José, no bairro Desvio Rizzo.
O
encontro contou com a assessoria do italiano padre Luís Mosconi, fundador da
Obra das Santas Missões Populares. Durante os três dias, os participantes foram
provocados a pensar a articulação do trabalho missionário nas paróquias e comunidades.
Padre Mosconi apontou a necessidade de despertar para a importância das Missões
Populares como ânimo para as comunidades.
O
Sulão iniciou na noite da sexta-feira e seguiu até o almoço de domingo, dia 1º.
O coordenador de Pastoral da Diocese de Caxias do Sul, padre Leonardo Inácio
Pereira, esteve no encontro. A equipe local de organização envolveu padres,
religiosos e leigos, bem como a equipe de animação do Sulão das Santas Missões
Populares.
A
atividade foi concluída com a Missa, celebrada na igreja matriz da Paróquia São
José, com o anúncio do próximo Estado que será sede do encontro. Em 2026, o
Paraná irá acolher o 4º Sulão das Santas Missões Populares. Fonte: CNBB Sul 3
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Representantes
do Regional Sul 3 participam de curso preventivo ao suicídio de adolescentes e
jovens
Representantes
do Serviço de Evangelização da Juventude do Regional Sul 3 participaram em São
Paulo, nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, do Mini-Curso ‘Cuidar da Vida:
prevenção ao suicídio de adolescentes e jovens’.
A
formação é organizada e assessorada pela Pastoral Juvenil da CNBB, através da
Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude. O curso tem como objetivo a
formação de multiplicadores que possam atuar na prevenção do suicídio entre
adolescentes e jovens no contexto dos grupos e movimentos juvenis e nas
escolas, sobretudo as públicas.
A
iniciativa conta com a colaboração volutária de psicólogos e educadores
católicos e está sendo realizada por regiões. Este, em São Paulo, reunião a região sul, com os
regionais Sul 1, Sul 2, Sul 3 e Sul 4 – São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e
Santa Catarina, respectivamente.
O
Pe. Eliseu Lucas Alves de Oliveira, assessor do Serviço de Evangelização da
Juventude no Regional, participou da formação em São Paulo e explica que o
mesmo curso será realizado para assessores de grupos de jovens no Rio Grande do
Sul, em São Leopoldo, durante o mês de janeiro de 2025. Além dele, também
participaram a jovem Brenda Amarilho, da Pastoral da Juventude Estudantil, e o
Padre Evandro Carvalho, da Diocese de Uruguaiana. Fonte: CNBB Sul 3
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Francisco
inicia sua 45ª Viagem Apostólica com destino à Ásia e Oceania
O Papa embarcou
para Jacarta, Indonésia, iniciando sua 45ª Viagem Apostólica, a mais longa de
seu pontificado. Antes de partir, Francisco recebeu um grupo de sem-teto no
Vaticano, acompanhado pelo cardeal Konrad Krajewski. Durante a viagem de 32.814
quilômetros, que também inclui visitas a Timor-Leste, Papua-Nova Guiné e
Singapura, o Santo Padre abordará temas como paz, diálogo inter-religioso,
reconciliação social e mudança climática.
Vatican
News
Sorridente,
o Papa Francisco embarcou no voo que o levará a Jacarta, na Indonésia, primeira
etapa de sua 45ª Viagem Apostólica internacional. O avião, que leva o Santo
Padre ao continente asiático, decolou nesta segunda-feira, 2 de setembro, às
17h32, horário de Roma.
Antes de
deixar o Vaticano, conforme informou a Sala de Imprensa da Santa Sé,
"pouco depois das 16 horas locais, cerca de quinze pessoas em situação de
rua, homens e mulheres, acompanhadas pelo cardeal Konrad Krajewski, Esmoleiro
de Sua Santidade, visitaram o Papa Francisco na Casa Santa Marta antes de sua partida
para a próxima Viagem Apostólica pela Ásia e Oceania".
A viagem mais longa do seu Pontificado
Fé,
oração, compaixão, fraternidade, harmonia e esperança são os temas presentes
nos lemas e nos logotipos da Viagem Apostólica. Serão percorridos 32.814 quilômetros,
atravessando quatro fusos horários diferentes, desde a partida do Aeroporto
Fiumicino até o retorno a Roma na sexta-feira, 13 de setembro. Além da
Indonésia, Timor-Leste, Papua-Nova Guiné e Singapura são as outras etapas desta
peregrinação.
Nos 16
discursos e homilias a serem pronunciados em italiano e espanhol, o Papa
abordará temas como o diálogo e a convivência harmoniosa entre as religiões, a
reconciliação social, a mudança climática e seus efeitos devastadores em
regiões de oceanos e vulcões, além do equilíbrio entre o desenvolvimento
econômico e tecnológico e o desenvolvimento humano, social e espiritual das
comunidades.
Adicionalmente,
será abordada a evangelização, tanto antiga quanto moderna, em regiões onde as
comunidades cristãs vivem em condições semelhantes às da Igreja primitiva, o
acolhimento de refugiados e o incentivo aos jovens a se engajarem nos processos
políticos e sociais.
Indonésia: o primeiro destino
Em um
período histórico marcado por guerras, o Papa Francisco reiterará em diversos
encontros seu apelo pela paz e pelos esforços em andamento para alcançá-la.
Dois momentos simbólicos em Jacarta, a capital da Indonésia, evidenciarão esse
compromisso. A cidade, que no passado recente foi atingida pelo terrorismo
religioso e pela tentativa de estabelecer um Islã transnacional no modelo do
ISIS — rejeitado pela "Pancasila" indonésia, com seus cinco pilares
de respeito às crenças, culturas, religiões e línguas, conforme estabelecido na
Constituição —, acolherá o Papa em sua mensagem de paz.
O
primeiro momento será a visita à mesquita Istiq’lal, o maior edifício de culto
islâmico do Sudeste Asiático, projetado na década de 1950 por um arquiteto
cristão e, desde 2019, conectado à Catedral da Assunção pelo chamado
"túnel da fraternidade".
A Rádio
Vaticano/Vatican News acompanhará passo a passo mais esta peregrinação de
Francisco, transmitindo também em português os eventos com o Santo Padre. Fonte: Vatican
News
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A
viagem mais longa do Papa e os “quatro princípios” da Evangelii Gaudium
Francisco
embarca em sua viagem apostólica mais longa, visitando Indonésia, Papua-Nova
Guiné, Timor-Leste e Singapura de 2 a 13 de setembro. O percurso do Pontífice
destaca suas prioridades diplomáticas e espirituais, com foco no diálogo
inter-religioso e nos quatro princípios sociais delineados na "Evangelii
Gaudium": unidade sobre o conflito, o todo sobre a parte, o tempo sobre o
espaço, e a realidade sobre as ideias.
Vatican
News
A
corajosa peregrinação do Papa Francisco a 4 países, de 2 a 13 de setembro, será
marcada por encontros inúmeros e variados: os jovens países receberão o
Pontífice e ele, por sua vez, tentará inspirar as pessoas e os líderes na
Indonésia, Papua-Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura.
As prioridades
diplomáticas do Papa, assim como os efeitos obtidos, estarão em evidência
durante toda a viagem, a partir de seu compromisso com o diálogo
inter-religioso.
Uma forma de entender a missão em sua extensão é considerá-la
através dos quatro princípios para a convivência social que o Papa Francisco
delineou na Evangelii Gaudium (parágrafos 217-237), visto que a realidade de
cada um dos quatro países visitados na viagem remete a um dos quatro
princípios: a unidade prevalece sobre o conflito, o todo é superior à parte, o
tempo é superior ao espaço e a realidade é superior às ideias.
Na mesma
Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (238-258), o Papa Francisco elenca três
áreas de diálogo cruciais para a busca do bem comum: o diálogo com os Estados,
com a sociedade e com os não católicos. Seu itinerário nos próximos dias é um
espelho dessas prioridades.
Indonésia: A unidade e o conflito
Em uma
entrevista à Agência Fides, o cardeal indonésio Ignatius Suharyo Hardjoatmodjo
explicou que a harmonia religiosa é um objetivo associado à própria
independência do país, alcançada em 1945.
“Nossas relações com a comunidade
islâmica são realmente boas. E essa relação harmônica remonta e se mantém desde
a origem da nação”, disse dom Ignatius Suharyo. É uma forma de valorizar a
unidade social em relação à divisão.
Por exemplo, o primeiro líder indonésio,
o Presidente Sukarno, incentivou a construção de uma mesquita em Jacarta no
terreno onde se erguia um castelo holandês, para simbolizar a superação do
colonialismo e, em frente à catedral católica de 1900, para expressar a amizade
entre as duas tradições religiosas. Recentemente, foi adicionado um túnel
subterrâneo que liga as duas estruturas.
O Papa visitará tanto a catedral
quanto a Mesquita Istiqlal, a maior mesquita do sudeste asiático, para um
encontro inter-religioso, manifestando o seu “apreço pelo povo indonésio,
especialmente no que se refere à liberdade de religião, à convivência
inter-religiosa e à harmonia entre as comunidades de fé”, explicou o cardeal
Suharyo.
Segundo o Ministério dos Assuntos Religiosos da Indonésia, a
população inclui cerca de 242 milhões de muçulmanos e 29 milhões de cristãos,
entre os quais 8,5 milhões são católicos, um número em crescimento.
Francisco
continua a construir relações cada vez mais fortes com o islamismo sunita, e
como escreveu na Evangelii Gaudium, “a diversidade é bela quando aceita entrar
constantemente em um processo de reconciliação” (§ 230).
Papua-Nova Guiné: O todo e a parte
Das 10
milhões de pessoas que vivem em Papua-Nova Guiné, mais de 95% são cristãs. A
maioria pertence a várias denominações protestantes, enquanto a Igreja Católica
é considerada a maior comunidade de fé, com cerca de 30% dos fiéis da nação. No
entanto, o cristianismo se combinou de várias formas com as práticas indígenas
locais, dando origem a uma Igreja culturalmente plural. Os Missionários do
Sagrado Coração (MSC) são a Ordem religiosa que iniciou a presença da Igreja em
1881. Dom John Ribat, religioso MSC foi o primeiro cardeal da nação, criado em
2016 pelo Papa Francisco.
Os responsáveis pela Igreja local são extremamente
atentos às questões ambientais e, após a publicação da Laudato Si', deram
prioridade especial à proteção do meio ambiente, opondo-se à exploração do setor
minerador e ao desmatamento promovido por empresas econômicas.
Essa atividade
de proteção é um excelente exemplo de como se reconhece que o todo é superior
às suas partes individuais. Na Evangelii Gaudium, o Papa usa uma analogia com a
natureza para descrever este princípio: “É sempre necessário ampliar o olhar
para reconhecer um bem maior que trará benefícios a todos nós. Mas é preciso
fazê-lo sem evasão, sem desenraizamentos. É necessário fincar raízes na terra
fértil e na história do próprio lugar, que é um dom de Deus” (§ 235).
Timor-Leste: O tempo e o espaço
É notório
que Timor-Leste, após alcançar a independência em 2002, hoje representa a nação
com a maior porcentagem de católicos em todo o mundo. Colônia portuguesa até
1975, foi posteriormente controlada pela Indonésia até 1999. Diversos estudos
mostram que durante a ocupação militar indonésia, mais de 170 mil pessoas
morreram devido a execuções arbitrárias, desaparecimentos e fome.
Quando o
Papa João Paulo II visitou o país em 1989 (enquanto Timor-Leste ainda era
ocupado pela Indonésia), foram plantadas as sementes da identidade nacional,
mas a Igreja sempre se opôs à violência. Protegendo os cidadãos perseguidos e
cuidando da comunidade, a fé cresceu, passo a passo. Em 1975, cerca de 20% da população
era católica, um número que subiu para 95% em 1998. E isso também porque a
Igreja estava próxima das aspirações nacionais.
O processo pelo qual
Timor-Leste alcançou a independência representa uma excelente aplicação do
princípio exposto pelo Papa Francisco de que o tempo é superior ao espaço. O
Espírito Santo pode entrar no espaço criado no tempo; o tempo permite que a
confiança cresça e que as soluções amadureçam no campo.
Como escreve o Papa
Francisco na Evangelii Gaudium, “Esse princípio permite trabalhar a longo
prazo, sem a obsessão pelos resultados imediatos. Ajuda a suportar com
paciência situações difíceis e adversas, ou as mudanças de planos que o
dinamismo da realidade impõe.”.
A visita do Papa ao primeiro novo país do
século XXI, onde o primeiro cardeal da nação, Virgílio do Carmo da Silva, SDB,
criado pelo Papa Francisco em 2022, é Arcebispo de Díli, será certamente uma
grande alegria.
Singapura: A realidade e as ideias
A
prosperidade econômica e a integração global fazem de Singapura a nação mais
desenvolvida que o Papa visitará. Sua mensagem sobre o meio ambiente é mais uma
vez pertinente, assim como seu apelo para regulamentar a inteligência
artificial.
Francisco se juntará a outro Arcebispo que ele criou cardeal (o
primeiro na história de Singapura) em 2022, o dom William Goh Seng Chye, que
faz parte do Conselho Presidencial para a Harmonia Religiosa de Singapura e
trabalha de perto com a comunidade budista, a maior comunidade religiosa do
país.
O Papa Francisco admira o compromisso explícito das autoridades de
Singapura em garantir a liberdade religiosa e colaborar com todas as fés. Como
explicou o cardeal Goh à EWTN Vaticano, “O Estado nos vê como parceiros. Somos
parceiros do governo porque é para o bem comum do povo. Cuidamos das
necessidades espirituais, ajudamos o governo a governar com justiça,
expressamos nossas opiniões e o governo é muito grato."
O Papa também
admira a busca de Singapura por uma política externa que evita a dependência de
qualquer potência mundial, o que corresponde à sua visão de um mundo
multipolar, que respeita a autonomia das culturas. Ele descreve frequentemente
essa visão da globalização recorrendo metaforicamente à imagem do poliedro ou
da bola de futebol: todas as culturas, como as faces de um poliedro, devem
coexistir e prosperar, sem que prevaleça o domínio homogeneizador de qualquer
Estado.
O princípio é que a realidade é maior do que as ideias. Como explica
a Evangelii Gaudium, “É perigoso viver no reino da palavra apenas, da imagem,
do sofisma” (§ 231).
O Papa
Francisco emerge nestas realidades com sua viagem apostólica à Ásia e à Oceania
esta semana. Milhões de cristãos, muçulmanos, budistas e pessoas que não
professam nenhuma fé assistirão com alegria e receberão as bênçãos do Sucessor
de Pedro.
Fonte:
Agência Fides
Autor:
Victor Gaetan é correspondente sênior do National Catholic Register e cobre
questões internacionais. Ele também escreve para a revista Foreign Affairs e contribuiu
para o Catholic News Service. É autor do livro: "God's Diplomats: Pope
Francis, Vatican". Fonte: Vatican News
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Os
compromissos do Papa em outubro, entre Sínodo e canonizações
Em outubro,
o Papa celebrará as missas de abertura e encerramento da Assembleia Geral
Ordinária do Sínodo dos Bispos. No dia 20, será celebrada a missa de
canonização de Manuel Ruiz López e 7 companheiros, e Francisco, Mooti e
Raffaele Massabki; Giuseppe Allamano, Marie-Léonie Paradis e Elena Guerra.
Antonella
Palermo – Vatican News
O Sínodo
dos Bispos e as canonizações são os dois grandes eventos que marcarão
particularmente a agenda papal no próximo mês de outubro.
A segunda sessão da Assembleia do Sínodo dos Bispos
Sob a
proteção dos Anjos da Guarda – no dia da memória litúrgica, 2 de outubro – será
aberta, às 9h30, na Praça São Pedro, a Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos
Bispos, cujos trabalhos decorrerão durante três semanas e meia, até 27 de
outubro, quando serão concluídos com a celebração eucarística na Basílica
Vaticana, às 10h locais.
Durante
os trabalhos, as reflexões geradas pelas orientações contidas no Instrumentum
laboris serão posteriormente partilhadas e avaliadas com discernimento coral para
serem apresentadas ao Pontífice. “E destas reflexões” – como já explicou o
jesuíta Giacomo Costa, um dos secretários especiais da assembleia – “surgirão
novas reflexões para reorientar a vida da Igreja”, no caminho iniciado pelo
Papa Francisco em 2021.
As canonizações
Entre
esses dois eventos de abertura e encerramento do Sínodo, no dia 20 de outubro,
29º Domingo do Tempo Comum, a Praça São Pedro acolherá os numerosos fiéis que
participarão, a partir das 10h30 locais, da Santa Missa de canonização dos Beatos
Manuel Ruiz López e sete companheiros da Ordem dos Frades Menores, e Francisco,
Mooti e Raffaele Massabki, fiéis leigos, mortos por ódio à fé na Síria, em
julho de 1860.
Também
serão canonizadas no dia 20 de outubro, Dia Mundial das Missões, Marie-Léonie
Paradis, fundadora da Congregação das Pequenas Irmãs da Sagrada Família, Elena
Guerra, fundadora da Congregação das Oblatas do Espírito Santo, e o sacerdote
piemontês Giuseppe Allamano, fundador dos missionários e missionárias da
Consolada. - Fonte:
Vatican News
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Vaticano: Fundação Centesimus Annus Pro Pontifice tem novo presidente
Paolo
Garonna, professor de política econômica em universidade italiana e membro do
Conselho de Administração da própria Fundação Centesimus Annus Pro Pontifice
desde 2015, sucede a professora Anna Maria Tarantola.
Andressa
Collet - Vatican News
O Vaticano nomeou nesta segunda-feira (02/09) Paolo
Garonna como novo presidente da Fundação Centesimus Annus Pro Pontifice, sucedendo Anna Maria Tarantola que estava à
frente da instituição desde março de 2019, além de ter sido membro do Conselho
de Administração desde 2015. Segundo um comunicado de imprensa da própria
fundação, a professora, que já foi vice-diretora geral de Banca D'Italia e
presidente da empresa pública de comunicação da RAI na Itália, não tem
intenção de ser renovada ao término do seu mandato por motivos pessoais.
A Fundação Centesimus Annus Pro Pontifice com novo
presidente é uma instituição que visa colaborar com o estudo e a divulgação da
doutrina social cristã, assim como promovê-la entre pessoas qualificadas com
compromisso empresarial. Dessa forma, incentiva iniciativas para desenvolver a
presença e o trabalho da Igreja Católica nas várias esferas da sociedade,
também promovendo a coleta de fundos para apoiar as atividades da Santa Sé.
Paolo Garonna, membro do Comitê Científico da
fundação desde 2008, é professor de política econômica na Universidade LUISS
Guido Carli, em Roma. Formado pela Universidade La Sapienza, também de Roma,
realizou estudos e pesquisas nos na Universidade de Denver, nos Estados Unidos,
e na Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha. Além disso, também foi
vice-secretário executivo da Comissão Econômica das Nações Unidas para a
Europa, diretor-geral do ISTAT, economista-chefe da Confindustria e
secretário-geral da Federação de Bancos, Seguros e Finanças da Itália. Paolo
Garonna é autor de estudos e publicações sobre a Doutrina Social da Igreja,
economia e finanças.
Fonte:
Vatican News
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Cardeal
Lázaro: Papa na Ásia, uma imersão nas Igrejas “fora do centro”
O
prefeito do Dicastério para o Clero, poucas horas antes da partida de Francisco
para o Extremo Oriente: são terras ricas em espiritualidade onde o diálogo com
as religiões é central. Anunciar o Evangelho confirma a alegria da fé típica do
povo asiático.
Vatican
News
Dez anos
atrás, ele deu as boas-vindas a Francisco, o convidado tão esperado daquela que
poderia ser considerada a JMJ asiática. Dez anos depois, o cardeal Lázaro You
Heung-sik dirige o Dicastério para o Clero, mas seu coração coreano se anima
com a ideia de o Papa se embarcar novamente para a Ásia. Um continente tão
imenso quanto suas culturas e crenças religiosas, no qual o enraizamento da fé
é um desafio que prossegue pela inculturação e, disse o cardeal à mídia
vaticana, “se desenvolve por meio de novas linguagens e novos modelos
pastorais”.
Na sua opinião, como podemos resumir o significado
desta viagem apostólica?
Creio que
a viagem do Santo Padre à Ásia confirma a sua paixão pelo Extremo Oriente, que
ele manifestou diversas vezes ao falar dos seus primeiros anos de sacerdócio e
do seu desejo de ser missionário naquelas terras. De modo mais geral, este
caminho atesta mais uma vez a atenção às “periferias”, que o Papa Francisco
recomendou muitas vezes quase como uma bússola para orientar o caminho de toda
a Igreja. É um olhar que não se fecha em si mesmo, que não reduz a beleza e a
imaginação do cristianismo a uma única forma de rezar, de celebrar ou de agir
na pastoral, mas, pelo contrário, se expande para além dos limites, ouvindo o
que acontece também em terras e igrejas aparentemente “fora do centro”,
distantes, mas ricas de vida e de espiritualidade. Ao mesmo tempo, algo
importante desta viagem diz respeito ao tema da fraternidade. Chegando a esses
países, o Papa poderá mergulhar num mundo multicultural, em terras e cidades
onde povos, culturas e tradições religiosas antigas e diferentes se misturam e
convivem em harmonia. Assim, o Papa Francisco poderá confirmar o Povo de Deus
que encontrará e, ao mesmo tempo, mostrar este exemplo de fraternidade e
partilha a um mundo ainda dilacerado por conflitos, guerras e discórdias.
Qual é o papel da Ásia no contexto da fé e do resto
do mundo hoje?
A Ásia é
um continente muito diversificado. O caminho da fé cristã, sempre “contaminado”
por muitas outras espiritualidades e encarnado numa cultura tão particular,
desenvolve-se através de novas linguagens, de novos modelos pastorais e de uma
atenção específica ao diálogo entre as religiões, entendido também como um
caminho unitário da humanidade rumo a Deus e a participação em Seu plano de
salvação. Neste sentido, a Ásia pode também ajudar a fé ocidental a renovar-se,
a redescobrir a vitalidade através de uma nova evangelização e a crescer na
consciência da missão que nós, cristãos, temos em relação ao mundo, a sociedade
e a construção de um futuro de paz.
O que significa anunciar o Evangelho naquela
região, naquelas terras?
Como
sabemos, por um lado, o Evangelho encarna-se na cultura, tornando-a o terreno
adequado para a sua germinação e, portanto, acolhendo-a com benevolência; ao
mesmo tempo, o anúncio do Evangelho é sempre um desafio para a cultura e
pretende purificá-la e acompanhá-la num caminho de crescimento que a torne cada
vez mais conforme ao desígnio de Deus e, portanto, mais humana. Neste sentido,
anunciar o Evangelho na Ásia significa confirmar a alegria da fé que distingue
o povo asiático, enraizada na sementeira de tantos missionários e testemunhas
do Evangelho, mas, ao mesmo tempo, o cristianismo é chamado a enfrentar alguns
desafios culturais: penso especialmente nos jovens, que às vezes se deixam
fascinar por modelos culturais e sociais demasiado secularizados e
caracterizados por uma mentalidade hedonista e consumista; mas também as
questões relacionadas com alguns fenômenos mais locais como a magia, a
bruxaria, o uso da violência como autodefesa, em alguns casos o tribalismo e o
animismo. Sem esquecer os problemas que dizem respeito aos pobres, à família e
à proteção da vida. Em geral, então, o aspecto mais importante é sem dúvida
dado pelo testemunho cristão, como ensinou Santo André Kim, o primeiro mártir
coreano, e muitos outros mártires asiáticos: onde há testemunho de vida há
também anúncio do Evangelho, porque antes das palavras e fórmulas, é antes de
tudo a nossa vida que deve manifestar a alegria do Evangelho, para se tornar a
luz que ilumina as trevas do mundo.
Fonte:
Vatican News
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Do
túnel da guerra àquele da fraternidade
A viagem
mais longa do pontificado do Papa Francisco à Ásia e à Oceania.
Andrea Tornielli
Existem
os túneis da guerra e do terror, aqueles que servem para esconder soldados,
milicianos e reféns. E há túneis criados para unir na amizade pessoas de
diferentes crenças. Em Jacarta, a mesquita Istiqlal, a maior do sudeste
asiático, e a Catedral Católica de Nossa Senhora da Assunção ficam em frente
uma da outra, próximas, mas separadas por uma estrada de três pistas. Uma
antiga passagem subterrânea foi restaurada, decorada com obras de arte e
transformada no “túnel da fraternidade” para conectar o local de oração dos
muçulmanos com aquele onde os cristãos celebram a Eucaristia. Em um mundo em
chamas, onde se travam as guerras que são noticiadas na mídia e aquelas que são
esquecidas, onde violência e ódio parecem prevalecer, precisamos encontrar
caminhos de amizade, apostar no diálogo e na paz porque somos “fratelli tutti”.
É isso que o Sucessor de Pedro, construtor de pontes, nos testemunha. Hoje
Francisco embarca em um voo direto para a Ásia e a Oceania, para a mais longa
viagem de seu pontificado: da Indonésia - o maior país muçulmano do globo - a
Papua Nova Guiné, para depois voltar por Timor Leste e, finalmente, Cingapura.
Uma peregrinação para estar perto dos cristãos onde eles são um “pequeno
rebanho”, como na Indonésia; ou onde representam quase toda a população, como
no Timor Leste. Uma viagem para encontrar todos e reafirmar que não estamos
condenados aos muros, às barreiras, ao ódio e à violência, porque mulheres e
homens de diferentes crenças, etnias e culturas podem viver juntos, respeitar
uns aos outros e colaborar.
Embora
planejada há quatro anos e depois adiada por causa da pandemia, a visita à Ásia
e à Oceania assume um significado profético hoje. O bispo de Roma, com o estilo
do Santo de Assis como leva no nome, apresenta-se desarmado, sem intenções de
conquista ou proselitismo, desejando apenas testemunhar a beleza do Evangelho,
indo até Vanimo, uma cidade de 9 mil almas que dá para o Oceano Pacífico. Foi o
que moveu o seu antecessor Paulo VI, que em 29 de novembro de 1970, a bordo de
uma pequena aeronave, chegou a Apia, na Samoa independente, para celebrar a
missa em um altar pequeno e frágil em Leulumoega para algumas centenas de
habitantes da ilha. Foi isso que levou João Paulo II a visitar essa região do
mundo várias vezes, fazendo com que dissesse, em 20 de novembro de 1986, em
Cingapura, sobre a “verdadeira essência” do ensinamento de Jesus: “O amor
responde generosamente às necessidades dos pobres e é marcado pela piedade para
com aqueles que sofrem. O amor está pronto para oferecer acolhimento e é fiel
em tempos difíceis. Está sempre disposto a perdoar, a esperar e a retribuir uma
blasfêmia com uma bênção. 'O amor nunca acabará' (1 Cor 13:8). O mandamento do
amor é o núcleo do Evangelho”.
Fonte:
Vatican News
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Parolin:
o Papa levará proximidade e paz à Ásia e à Oceania
Indonésia,
Papua Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura preparam-se para acolher o Sucessor
de Pedro. O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, às
vésperas da viagem mais longa do pontificado, sublinha a expectativa e o desejo
de encontro do Papa. O purpurado não embarca hoje no avião papal, pois em 3 de
setembro celebrará o funeral de sua mãe, falecida em 31 de agosto.
Massimiliano
Menichetti
Quatro
países aguardam o Papa, que de 2 a 13 de setembro estará entre a Ásia e a
Oceania, para levar a luz de Cristo. Será testemunha do diálogo para construir
uma realidade fraterna e solidária. O cardeal-secretário de Estado do Vaticano,
Pietro Parolin, às vésperas da 45ª Viagem Apostólica, reiterou à mídia vaticana
a centralidade da proximidade no pontificado do Papa Francisco e sublinhou que
a paz em um mundo ferido pelas guerras e pela violência se constrói com o
encontro, estabelecendo uma relação com sinceridade e superando o
egoísmo. O purpurado não irá junto hoje no avião papal, porque na
terça-feira, 3 de setembro, celebrará o funeral de sua mãe Ada, falecida no dia
31 de agosto, aos 96 anos, em Schiavon, na província de Vicenza. Esta entrevista
foi realizada no dia 27 de agosto.
Eminência,
o Papa está prestes a partir para a viagem mais longa do seu pontificado:
visitará a Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura. Quais são as
esperanças de Francisco?
A
primeira esperança que o Papa Francisco leva no coração é a do encontro:
encontrar pessoalmente as populações dos países que visitará. Trata-se, em
outras palavras, de aprofundar mais uma vez o tema da proximidade, a
proximidade que tanto caracteriza o estilo do seu pontificado e da qual as
Viagens Apostólicas são uma relevante expressão: proximidade para ouvir,
proximidade para assumir as dificuldades, os sofrimento e as expectativas das
pessoas, proximidade para levar a todos a alegria, a consolação e a esperança
do Evangelho. Parafraseando São Paulo VI, eu diria que quanto mais distantes -
geograficamente - estão os países para onde vai, mais o Santo Padre sente esta
urgência no seu coração.
A
Indonésia é o país muçulmano mais populoso do mundo: ali a Igreja está
empenhada em fortalecer a fraternidade no testemunho em uma realidade
pluralista que enfrenta também problemas sociais e políticos. A presença do
Sucessor de Pedro poderá ajudar neste caminho de unidade?
Aqueles
que o Papa visitará são territórios caracterizados por uma multiplicidade de
culturas, de confissões e de tradições religiosas. São realidades realmente
pluralistas! Penso em particular na Indonésia, onde, graças também à Pancasila,
os cinco princípios sobre os quais se apoia a nação, as relações entre os
vários grupos foram caracterizadas até agora, fundamentalmente, pela aceitação
do outro, pelo respeito recíproco, pelo diálogo e pela moderação. Contra
qualquer tendência para alterar esta situação, contra qualquer tentação de
radicalismo, infelizmente presente em todas as partes do mundo, as palavras do
Santo Padre e os seus gestos serão um forte e urgente convite a não abandonar o
caminho e contribuirão para apoiar e encorajar a fraternidade, que é, como ele
gosta de dizer, unidade na diferença. À luz destes princípios, são enfrentados
também os problemas sociais e políticos que desafiam este grande arquipélago.
Em Papua
Nova Guiné, o Pontífice encontrará povos com uma tradição antiga, uma fé forte.
Neste lugar rico em recursos e muito pobre, onde a natureza não está
contaminada, enfrentam-se os desafios das alterações climáticas, mas também da
exploração e da corrupção. Port Moresby é considerada uma das cidades mais
perigosas do mundo. A visita do Papa poderá dar uma nova direção?
Sim,
também não faltam sinais de contradição na Papua Nova Guiné: a extraordinária
riqueza de recursos é muitas vezes contrabalançada por uma grande pobreza,
causada pela injustiça, pela corrupção, pelas desigualdades políticas e
econômicas, assim como a beleza incontaminada da criação tem de se deparar com
as consequências dramáticas das alterações climáticas e da exploração
indiscriminada dos bens da natureza. Papa Francisco pretende
alimentar todos os esforços possíveis - por parte das instituições
políticas, das religiões, mas também apelando à responsabilidade de cada um -
para provocar um choque de mudança, no sentido de um compromisso vital e
constante na direção da justiça, de atenção ao mais pobres e do cuidado da casa
comum.
Timor-Leste
será o terceiro destino da viagem papal. Anos de sofrimento foram ali vividos,
até à independência, há 25 anos. O país irá aderir à ASEAN no próximo ano, mas
subsistem fortes desequilíbrios entre as periferias e o centro. Que mensagem
Francisco levará a este país onde a fé e a história estão inseparavelmente
entrelaçadas?
Tendo
acompanhado pessoalmente Timor-Leste nos anos em que era Oficial da Secretaria
de Estado, fui testemunha direta do sofrimento que marcou a sua história. Havia
a sensação de que se tratava de uma situação completamente fechada, bloqueada.
Por isso, sempre considerei o que aconteceu há 25 anos, com a conquista da
independência, como uma espécie de “milagre”. A fé cristã, que faz de
Timor-Leste o primeiro país católico da Ásia, desempenhou um papel determinante
em acompanhar os esforços em direção a tal objetivo. Penso agora que a mesma
fé, também por meio de uma formação espiritual mais aprofundada, deve animar os
timorenses na transformação da sociedade, superando as divisões, lutando
eficazmente contra as desigualdades e a pobreza e combatendo fenômenos
negativos como a violência entre grupos juvenis e a violação da dignidade das
mulheres. A presença do Santo Padre certamente oferecerá um impulso decisivo
neste sentido.
A última
parada desta viagem será a Cidade-Estado de Singapura, local onde diferentes
religiões coexistem em harmonia. Como poderia o Papa promover ainda mais o
diálogo inter-religioso e fortalecer os laços entre as diferentes comunidades
do país?
Singapura,
última etapa da longa viagem, representa um exemplo de coexistência pacífica na
sociedade multicultural e multirreligiosa de hoje. Encontramo-nos em uma
Cidade-Estado que acolhe pessoas provenientes de todo o mundo, um mosaico de
diferentes culturas e tradições religiosas e espirituais. O Papa Francisco
encontrará em particular os jovens empenhados no diálogo inter-religioso e
entregará a eles o futuro deste caminho, para que se tornem protagonistas de um
mundo mais fraterno e pacífico.
Esta viagem
à Ásia poderia abrir outras pontes e fortalecer ainda mais as relações entre a
Santa Sé e os países asiáticos?
Para
responder a esta questão, parto precisamente de Singapura, cuja população é
majoritariamente de etnia chinesa e que, portanto, constitui um local
privilegiado para dialogar com a cultura e o povo chinês em geral. A Indonésia,
como foi dito, é o país muçulmano mais populoso: a visita a Jacarta poderia
constituir uma oportunidade favorável para um novo encontro com o Islã, na sua
componente asiática, mas não só. Dois – em breve três – dos países envolvidos
na visita papal serão membros da ASEAN, uma comunidade que também inclui outras
nações importantes da região, como, por exemplo, o Vietnã e Mianmar. A
proximidade e a mensagem de paz que o Papa Francisco levará durante esta viagem
são igualmente dirigidas também a todas estas realidades.
Neste
momento de grandes tensões internacionais devido às guerras, especialmente na
Ucrânia e no Oriente Médio, esta visita é de fato uma semente de esperança, de
diálogo e de fraternidade. Como é possível aumentar a consciência da comunidade
internacional e construir concretamente a paz em um mundo que parece caminhar
para um abismo?
Volto ao
conceito de proximidade e proximidade mencionada acima. Para construir a paz, é
necessário esforçar-se em assumir aquelas atitudes que cada Viagem Apostólica
propõe: encontrar-se, olhar-se nos olhos e falar com sinceridade. O encontro
direto, se for inspirado pela busca do bem comum e não por interesses
particulares e, em última análise, egoístas, pode abrir brechas mesmo nos
corações mais insensíveis e endurecidos e tornar possível um diálogo respeitoso
e construtivo.
Fonte:
Vatican News
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Esperando
Francisco, que vem encorajar os fiéis católicos e promover o diálogo
O Papa
Francisco inicia nesta segunda-feira, 1 de setembro, a viagem de 12 dias rumo
ao Sudeste Asiático, a mais longa e a mais distante do pontificado, e que vai
desafiar a saúde dos seus quase 88 anos de idade.
P.
Bernardo Suate – Jakarta - Vatican News
O
Pontífice voará durante a noite para chegar a Jakarta na terça-feira, primeira
etapa antes da Papua Nova Guiné, Timor Leste e Singapura. A distância que
Francisco vai cobrir (quase 32 mil km e as diferenças de fuso horário seriam
mais que suficientes para falarmos numa viagem desafiadora, mas Francisco vai
pronunciar também 16 discursos e presidir a várias grandes celebrações
procurando encorajar a comunidade católica sempre em crescimento da região.
Espera-se que venha promover a justiça e contribuir
na definição da ordem mundial
É verdade
que em Jakarta, capital do País com maior percentagem de muçulmanos no mundo,
não se veem tantos manifestos, cartazes e outros sinais exteriores da visita de
Francisco a partir de terça-feira, mas todos aqui estão convencidos da
importância desta visita e de que, como dizem dois analistas de um quotidiano
de Jakarta, “Francisco, que também é o chefe do Estado do Vaticano e uma figura
mundial com autoridade moral, espera-se que também venha promover a justiça e o
humanismo na definição da ordem mundial”.
Como
líder da maior denominação cristã, Francisco vai encontrar e encorajar os fiéis
católicos (cerca de 8 a 9 milhões), numa população de quase 280 milhões de habitantes,
e vem promover o diálogo inter-religioso.
Três agrupamentos em competição
Segundo
um recente estudo sobre questões internacionais, os analistas falam de três
agrupamentos em competição na redefinição da ordem mundial: o Ocidente Global
(liderado pelos Estados Unidos da América e os países europeus), o Oriente
Global (constituído pela China e a Rússia) e o Sul Global, formado pelos países
em desenvolvimento não-ocidentais, entre os quais a Indonésia, a Índia, o
Brasil e outros. E, de acordo com o estudo, o Ocidente Global e o Oriente
Global estão criativamente redefinindo a ordem mundial promovendo as suas
agendas não raras vezes divergentes.
Papa Francisco tem condenado falta de solidariedade
E o Papa
Francisco, dizem os analistas, partilha no descontentamento pela actual ordem
mundial. O Pontífice tem condenado a exploração dos países menos desenvolvidos,
a falta de solidariedade internacional e um desenvolvimento desequilibrado.
Numa
declaração durante a sua visita à Bolívia em 2015, Francisco havia dito que os
países pobres não deviam ser reduzidos a meros fornecedores de matéria-prima e
mão-de-obra barata para os países desenvolvidos, E havia também exortado aos
líderes mundiais a adoptarem medidas coordenadas para se conseguir paz e
desenvolvimento globais e partilhados por todos os países em todas as partes do
mundo.
Organizações internacionais para assegurar o
direito de todos participarem
O Papa
Francisco havia igualmente enfatizado que conseguir o bem comum é um objectivo
fora do alcance de cada país individualmente: servem, portanto, estruturas
inter-governamentais e organizações internacionais para assegurar o direito
fundamental de todos participarem no processo de desenvolvimento.
Egoísmo e uma sede insaciável de poder e
prosperidade material
O mesmo
acontece na sua encíclica ‘Laudato sì’ em que Francisco não apenas convida a
cada um de cuidar da Mãe Terra, mas tamém declara que as actividades humanas
contribuíram na degradação do meio ambiente. Em síntese, Francisco tem lançado
apelos para se pôr fim à produção de armamentos, reiterando que a “ganância
insaciável” tem alimentado décadas de violência contínua nos países em
desenvolvimento. Para Francisco, é o “egoísmo e uma sede insaciável de poder e
prosperidade material” que está na base da exclusão e marginalização dos mais
fracos.
Mas para
Francisco o ser humano, ou seja, todos os povos independentemente de suas
condições, estado e origem, podem fazer muito para mudar, para construir um
mundo melhor para todos os homens e mulheres de boa vontade.
Papa Francisco é uma figura importante na
redefinição da ordem mundial
Por isso,
concluem os analistas, o Papa Francisco é uma figura importante na redefinição
da ordem mundial. Ele tem criticado o actual estado das coisas que exclui os
marginalizados e piora cada vez mais o fosso que separa as diferentes
periferias. E para o sucessor de Pedro a culpa não é apenas do Ocidente Global
nem tem convidado a adoptar a ordem mundial alternativa promovida pelo Oriente
Global: a justa ordem humana global será construída com a colaboração de todos
os homens e mulheres de boa vontade.
Tudo
isto, e muito mais, na visita que Francisco inicia amanhã 3 de setembro, sob o
lema “Fé, Fraternidade, Compaixão”. Fonte: Vatican News
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Regional
Norte 2 lança E-book ‘COP30 nas escolas: Amigos da Casa Comum’
Dividido
em quatro capítulos o E-book oferece sugestões de trabalhos a serem
desenvolvidos com crianças, adolescentes e jovens, podendo também ter seu contexto
adaptado para exposições familiares e nos vários contextos universitários.
Vívian
Marler / Assessora de Comunicação do regional Norte 2
Foi
lançado no último dia 28 de agosto, no Regional Norte 2 (Pará e Amapá) da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, em Belém, o E-book
‘COP30 Nas Escolas: Amigos da Casa Comum’, que possibilitará a comunidade
escolar de refletir sobre a importância da COP30 na Amazônia e no Mundo.
O E-book,
elaborado pela Pastoral da Educação, apresenta a importância da Amazônia na
vida das pessoas de todo o planeta e para o povo que por aqui vive e ganha o
pão cotidiano, e como missão percebe, como disse o Papa Francisco, que a
Amazônia é um todo plurinacional interligado, um grande bioma partilhado por
diversos países, dentre os quais está o Brasil.
Dividido
em quatro capítulos o E-book oferece sugestões de trabalhos a serem
desenvolvidos com crianças, adolescentes e jovens, podendo também ter seu
contexto adaptado para exposições familiares e nos vários contextos
universitários.
No
primeiro capítulo dedicado a educação infantil, crianças de 3 a 5 anos irão
observar junto com seus familiares a contínua aceleração das mudanças na
humanidade e no planeta, possibilitando-os uma compreensão e, expressando
ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivencias com a natureza de modo que
consigam identificar, reconhecer os seus papéis como cidadãos cristãos no mundo
de hoje, vindo de casa o zelo e cuidado pela casa comum. Proporcionando
reflexões sobre este tema, e estimulando assim os sentimentos de respeito,
empatia cooperação e doação.
O segundo
e o terceiro capítulo irão trabalhar o ensino fundamental dividido em duas
partes. No segundo capítulo voltado para os anos iniciais, as atividades irão
se fixar no ‘Cuidado com a Casa Comum’ e no ‘Novo Estilo de Vida’, despertando
a valorização de todas as espécies do planeta e do homem do campo, da cidade,
dos rios e florestas. O terceiro capítulo, irá sensibilizar os alunos dos anos finais
do ensino fundamental, quanto ao lugar de cada pessoa no mundo, no sentimento
de pertencimento e cuidado com a Casa Comum, fazendo-os enxergar sobre a
necessidade de cuidar do meio ambiente.
O ensino
médio está presente nas atividades do quarto capítulo onde os alunos dentro de
uma faixa etária de 15 a 18 anos, experimentam uma fase complexa da vida, a
adolescência. Pensando assim, o contexto, a análise e a avaliação critica junto
as relações das sociedades com a natureza e seus impactos econômicos e socioambientais,
irão leva-los a propor soluções que respeitem e promovam a consciência e a
ética socioambiental, e o consumo responsável em âmbito local, regional,
nacional e global.
Dom Vital
Corbellini, bispo referencial para a Educação no regional Norte 2 e bispo da
diocese de Marabá, em seu discurso, fala da doação, do amor que todos tem que
ter uma para com os outros, e a Deus “estamos passando por mudanças climáticas
muito fortes, ocorrendo secas, incêndios na natureza, muitas das vezes até
criminosos, muita fumaça, e também enchentes, destruições de casas, de modo que
é preciso assumir outras ações objetivas para que a natureza seja amada,
assumida por todos nós. As pessoas viverão melhor, sobretudo os pobres e os
necessitados por uma mudança de ações em favor do bem comum da natureza. Por
isso o e-book será utilizado nas escolas para que os educandos, educandas e
também aos educadores e educadoras ensinam a todos uma educação diferente, de
respeito, de amor para com a natureza e com o Criador do Universo, Deus Uno e
Trino”
Para o
secretário do escritório de articulação da Repam/COP30, Eduardo Soares através
da didática colocada no material lançado os alunos irão ter fácil acesso aos
ensinamentos “esse e-book irá ensinar brincando as crianças que estão iniciando
na escola e seus colegas das demais séries, irá educá-las no sentido de
incentiva-las a ajudar na busca da mudança climática, ensinando-as e
apresentando a elas a importância na natureza, das pessoas e em especial da
nossa Amazônia”.
Para Dom
Paulo Andreolli, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belém o e-book será de
grande importância para os professores “este e-book será de grande importância
para que os professores possam desenvolver atividades relacionadas ao meio
ambiente, ecologia integral e transmitir as sugestões da Laudato Si, um
instrumento que pode e deve ser utilizado e divulgado em todas as instituições
educacionais ou não”, disse Dom Paulo.
Para Lady
Anne de Souza, coordenadora da Pastoral da Educação, do Regional Norte 2 da
CNBB e uma das organizadoras do E-book o trabalho desenvolvido é muito
importante para a área educacional “O E-book possibilitará a comunidade escolar
refletir sobre a importância da COP 30 no chão da escola e principalmente o
cuidado com a casa comum. O E-book foi elaborado para os segmentos da
educação infantil, anos iniciais, até os anos finais do ensino médio. Assim
como, os planos de aula são a partir da BNCC [Base Nacional Comum Curricular]
em diálogo com Laudato Si [encíclica do Papa Francisco publicada em 2015],
Pacto Educativo Global e Querida Amazônia [Exortação Apostólica pós-sinodal
publicada em 2019]”, explicou a coordenadora, que continuou.
“Objetivo
de promover reflexões no cuidado a Casa Comum, do ambiente, dos povos da
Amazônia nas escolas. O trabalho foi uma realização com autores paraenses que
criaram propostas de plano de aula para estudantes do ensino infantil,
fundamental e médio. Com inspirações significativas a nossa Igreja que está a
frente nesse cuidado com a Casa Comum”, finalizou.
Estiveram
presentes no lançamento padre Renilson Macedo de Sousa – coordenador Pastoral
do Regional N2 e Ruy Martini – gerente comercial regional da Editora SM
Educação, e convidados.
Dicionário
Laudato
Si’ é uma
encíclica do Papa Francisco publicada em maio de 2015. Ela trata do cuidado com
o meio ambiente e com todas as pessoas, bem como de questões mais amplas da
relação entre Deus, os seres humanos e a Terra.
Pacto
Educativo Global O
Pacto Educativo Global é uma iniciativa do Papa Francisco para renovar a
educação em todo o mundo. O objetivo é formar pessoas comprometidas com a
construção de um mundo mais justo, pacífico e sustentável. O Papa
Francisco defende que todas as pessoas, instituições, igrejas e governos devem
priorizar uma educação humanista e solidária como forma de transformar a
sociedade. Propondo uma aliança entre todos os setores da sociedade, em
especial as instituições de ensino, para formar pessoas maduras e livres.
Querida
Amazonia é
uma Exortação Apostólica, um documento feito a partir da realização da
Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica, realizado
em 2019, no Vaticano. O documento possui cinco capítulos que pede uma conversão
em seus diferentes significados: integral, pastoral, cultural, ecológica e
sinodal. Fonte:
Vatican News
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Webinar
sobre a mensagem do Papa para o Dia Mundial das Missões
Organizado
pelo Secretariado Internacional da Pontifícia União Missionária (PUM) em
colaboração com a Missio Nordica, a “diretoria unitária” das Pontifícias Obras
Missionárias (POM) que reúne Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia,
este webinar em inglês é aberto a todos.
Vatican
News
Realiza-se
na tarde desta segunda-feira (02/09), o primeiro webinar dos países do norte da
Europa sobre a mensagem do Papa para o próximo Dia Mundial das Missões sobre o
tema “Ide e convidai a todos para o banquete”.
Organizado
pelo Secretariado Internacional da Pontifícia União Missionária (PUM) em
colaboração com a Missio Nordica, a “diretoria unitária” das Pontifícias Obras
Missionárias (POM) que reúne Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia,
este webinar em inglês é aberto a todos.
O
programa inclui uma mensagem de saudação em vídeo do cardeal Luis Antonio Gokim
Tagle, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização - (Seção para a primeira
evangelização e as novas Igrejas particulares), que introduzirá a mensagem do
Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões 2024, e o secretário-geral da
Pontifícia União Missionária, padre Dinh Anh Nhue Nguyen, OFMConv, fará uma
análise aprofundada do conteúdo, sublinhando em particular a passagem onde o
Santo Padre faz votos do início de “um novo movimento missionário” em toda a
Igreja e em todo o mundo, para a qual “todos podem contribuir: com oração e
ação, com ofertas de dinheiro e sofrimento, com o próprio testemunho”.
Segue-se
a palestra do diretor nacional da Missio Nordica, Ivan Sovic, enquanto o espaço
final é dedicado a eventuais debates e comentários dos participantes.
“Este
webinar - explica o diretor da Missio Nordica - representa um marco para o
nosso escritório, pois nos esforçamos para promover o espírito missionário da
Igreja e compartilhar a nossa mensagem com o povo de Deus na região nórdica. A
Igreja Católica nos países nórdicos é principalmente uma comunidade de
estrangeiros e imigrantes, com membros de quase todos os países do mundo, o que
a torna verdadeiramente católica num sentido universal. Espero que sairemos
deste webinar com energia renovada para convidar a todos, para construir uma
presença mais visível das Pontifícias Obras Missionárias e para cultivar uma
Igreja na região nórdica consciente do seu espírito missionário”.
Agência
Fides
Fonte:
Vatican News
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Irmãs
contemplativas na Indonésia acompanham com a Adoração viagem do Papa
As monjas
responderam ao chamado dos bispos indonésios para acompanhar a visita do
Pontífice ao país (de 2 a 6 de setembro), a primeira etapa de sua viagem
apostólica à Ásia e à Oceania, com oração contínua e Adoração perpétua. Além da
Indonésia, Francisco visitará Papua-Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura. Fé,
esperança, fraternidade, oração: são os temas centrais desta 45ª Viagem
Apostólica Internacional do Papa Francisco (de 2 a 13 de setembro)
Vatican
News
No
Mosteiro da Adoração da Santíssima Trindade, na zona de colinas de Kuwu,
próximo da cidade de Ruteng, na ilha indonésia de Flores, a Adoração
Eucarística é permanente e a oração é incessante, dia e noite. A oração sobe ao
Altíssimo pela viagem do Papa Francisco.
Esse é o
carisma das Irmãs Servas do Espírito Santo da Adoração Perpétua, uma
congregação internacional “contemplativa-missionária” - como as “Irmãs
Adoradoras do Espírito Santo” gostam de se chamar. Comumente, elas são
chamadas de “irmãs rosa”, devido à cor rosa de seu hábito de consagradas. Esse
hábito foi escolhido pelo fundador, Santo Arnaldo Janssen (1837 - 1909),
sacerdote e missionário alemão, fundador da Sociedade do Verbo Divino (os missionários
Verbiti), que iniciou o instituto feminino com Madre Maria Michael (1862 -
1934). A cor rosa simboliza “o amor e a alegria do Espírito Santo” e hoje
as irmãs estão presentes na Europa, América, Ásia e África.
25 anos de presença celebrados este 2024
Na
Indonésia, elas chegaram das Filipinas e o mosteiro de Ruteng celebrou seu 25º
aniversário este 2024, como conta à agência missionária Fides a irmã Mary
Bernardi, filipina de 81 anos, que recorda as origens: em 1997, o bispo local
convidou as monjas cor-de-rosa para Ruteng “para apoiar a ação missionária da
Igreja local”. “Hoje – relata - estamos aqui com três religiosas filipinas e 21
indonésias. Fomos abençoadas com o dom de vocações para a vida monástica”,
observa ela.
As monjas
responderam ao chamado dos bispos indonésios para acompanhar a visita do Papa
Francisco ao país (de 2 a 6 de setembro), a primeira etapa de sua viagem
apostólica à Ásia e à Oceania, com oração contínua e Adoração perpétua.
O Papa Francisco e sua missão
A Irmã
Mary cita as palavras de Arnaldo Janssen, quando ele disse que “na Adoração,
entramos no relacionamento íntimo entre Pai-Filho-Espírito Santo, um verdadeiro
relacionamento de amor que é nossa vocação e missão. Nessa comunhão de amor,
colocamos o Papa Francisco e sua missão”, explica ela, ilustrando o dia de
oração que começa às 4h45 e termina com as Completas às 19h30, enquanto as
consagradas se revezam na Adoração, ajoelhadas na igreja do mosteiro, onde há
exposição perpétua do Santíssimo Sacramento. O Papa e suas intenções, continua
ela, são confiados às mãos amorosas de “Maria, verdadeira discípula de Cristo,
que veneramos em nossa congregação com o título de Esposa Imaculada do Espírito
Santo”. As consagradas vivem “uma vida feliz”, imersas na oração e no trabalho,
enfatizando que “o mundo está em nosso coração: na oração e por meio da oração,
somos missionárias no mundo”.
Orações pelo bom êxito da visita do Papa
Em Lembah
Karmel, o Centro de Oração Carmelita na colina de Cikanyere, na regência de
Cianjur (Java Ocidental), há uma comunidade de frades carmelitas e uma
comunidade de monjas carmelitas que, como todas as outras irmãs de clausura,
não poderão se encontrar pessoalmente com o Papa. Assim, elas se detêm em
contemplação, certas de que “encontrarão o Papa e estarão próximas a ele em
comunhão espiritual, louvando a Deus por sua presença como apóstolo do
Evangelho em solo indonésio e apoiando sua missão no Oriente com a oração”.
As irmãs
do mosteiro beneditino de Nossa Senhora das Graças, na parte ocidental da ilha
de Timor, território da Diocese de Kupang, também responderam com fervor. O
mosteiro, um oásis de espiritualidade, oferece aos fiéis uma experiência
extraordinária de intensa oração e retiro espiritual. As consagradas e os fiéis
estão se reunindo nestes dias para rezar pelo bom êxito da visita do Papa,
“para que a mensagem do Evangelho e o dom da fraternidade que ele traz possam
florescer e dar frutos na Indonésia”.
(com
Fides)
Fonte:
Vatican News
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Acolhimento
do Papa em Vanimo será em ritmo de 'siyahamba e pizzicato'
“O
trabalho evangelizador dos missionários do Verbo Encarnado, as expectativas do
povo para receber o Papa, a consagração à Virgem Maria e a apresentação da
Orquestra Rainha do Paraíso”, são alguns dos temas centrais da entrevista com o
Pe. Miguel de la Calle, missionário argentino do Instituto do Verbo Encarnado,
às vésperas do início da 45ª Viagem Apostólica do pontificado do Papa
Francisco.
Renato
Martinez - Vatican News
“O Papa
Francisco vai entregar uma rosa de ouro à Virgem de Luján quando chegar a Vanimo,
e nesse momento vamos rezar uma oração de consagração para nos consagrarmos a
Jesus Cristo através de sua Mãe, consagrando assim todo o nosso trabalho
apostólico e missionário”. É o que afirma o Pe. Miguel de la Calle, missionário
argentino do Instituto do Verbo Encarnado, que vem realizando seu trabalho de
evangelização em Vanimo, Papua Nova Guiné.
Em
véspera de início da 45ª Viagem Apostólica do pontificado do Papa Francisco, na
qual visitará a Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor Leste e Cingapura, de 2 a 13
de setembro, o Vatican News conversou com o missionário argentino sobre as
expectativas do povo de Papua para receber o Santo Padre, sobre o projeto de
evangelização artística e musical e também do encontro que terão com o
Pontífice no domingo, 8 de setembro, na Escola de Humanidades da Santíssima
Trindade, em Baro.
“As
pessoas estão encantadas, estão muito entusiasmadas, muito felizes, esperando
por esse dia histórico, o dia 8 de setembro, que cai na festa da Natividade da
Virgem Maria. Teremos o Papa conosco por três horas no domingo à tarde. As
pessoas estão trabalhando arduamente em todos os tipos de atividades físicas,
como preparar o terreno, limpar, decorar, plantar flores, etc.; e também em
atividades espirituais à noite, com pregadores que vêm nos preparar
espiritualmente, muitas confissões, Santas Missas, etc. Todos rezando pela
mesma intenção e todos com o mesmo sentimento, muito gratos por essa visita à
periferia de Vanimo.”
A presença do IVE em Papua Nova Guiné
O Pe.
Miguel de la Calle destacou que o Instituto do Verbo Encarnado está em Papua
Nova Guiné há 27 anos, desde 1997. Ele chegou a Vanimo em setembro de 2015.
Atualmente, a comunidade é composta por 6 padres, incluindo o Pe. Martin Prado
e Miguel de la Calle. Outros dois são monges de vida contemplativa e outro
deles, o Pe. Tomás Ravaioli, trabalha para a Conferência Episcopal do país e
foi encarregado de traduzir os quatro Evangelhos para o dialeto local, além de
acompanhar a causa de canonização do primeiro beato nativo da Papua, Peter
ToRot.
“Desde
1997, os primeiros missionários do Instituto chegaram e trabalharam arduamente,
iniciando o Seminário Diocesano com o bispo diocesano da época, dom César
Bonivento, do PIME. Eles também nos confiaram uma paróquia no litoral, chamada
Santíssima Trindade, e desde então estamos cuidando dela espiritualmente.
Também estamos presentes na selva, na parte mais remota.”
Os enormes desafios de uma terra paradisíaca
Localizada
no sudoeste do Pacífico e ao norte da Austrália, Papua Nova Guiné é um dos
países com o menor índice de desenvolvimento humano do mundo, com mais de 7
milhões de habitantes de diferentes grupos étnicos que falam mais de 800
dialetos. Nesse contexto, o missionário argentino destacou que as dificuldades
que eles têm de enfrentar para proclamar o Evangelho são inúmeras.
“Os
desafios têm sido inúmeros para pessoas que vêm de tão longe como nós da
Argentina para essas terras tropicais. Dezenas de desafios, a natureza, as
estradas, quase não há estradas, as pessoas vivem muito mal, não têm
eletricidade, não têm água potável, não têm gás natural, vivem, como diríamos,
em um acampamento. Eles vivem em uma economia de subsistência: pescam, caçam e
cultivam, mas o mais necessário é o acesso à saúde e à educação.”
Papa doará uma rosa de ouro a Nossa Senhora de
Luján
Por outro
lado, o Pe. Miguel de la Calle destacou a disposição do povo de Papua em
acolher o Evangelho e sua grande devoção à Virgem Maria. Por exemplo, disse o
missionário, eles amam muito a Virgem de Luján, que é a padroeira do Instituto
do Verbo Encarnado e que trouxemos há 25 anos, precisamente no dia 8 de
setembro, a quem o Papa Francisco dará uma rosa de ouro quando chegar a Vanimo.
“Quando
vier a Vanimo, o Papa dará uma rosa de ouro à Virgem de Luján, a essa devoção,
já que não há devoções populares locais aqui. Estamos aproveitando o fato de
que faz exatamente 25 anos que essa imagem foi trazida pelos primeiros
missionários do Instituto e o Papa Francisco entregará uma rosa de ouro à
Virgem Maria. Nesse momento o bispo de Vanimo iniciará a oração de consagração
na qual todos nos uniremos, todos os fiéis que estiverem presentes neste evento
rezarão uma oração de consagração à Virgem Maria para nos consagrarmos a Jesus
Cristo através de sua Mãe, consagrando assim todo o trabalho apostólico e
missionário.”
Inculturação do Evangelho por meio da música
Outro
aspecto importante do trabalho de evangelização dos membros do Instituto do
Verbo Encarnado em Vanimo é o programa artístico musical. Seguindo o carisma do
Instituto de inculturar o Evangelho, os missionários tentaram, por meio da
música, “levar o Evangelho à cultura” do povo para seu crescimento espiritual.
“Aqui a
música é muito primitiva, é feita de percussões, tambores e coisas muito
primitivas. Portanto, ao trazer a música clássica de instrumentos, violinos e
flautas e o coral polifônico, as pessoas realmente aproveitam muito e podem
entender melhor a beleza que é Deus. Deus é pura beleza. O Evangelho que
sublima as culturas, as eleva, essa é a perspectiva.”
O padre
portenho também destacou que há uma perspectiva social nesse programa de
evangelização por meio da música que ajuda a reduzir a violência familiar nas
comunidades tribais de Papua.
“Isso
também é importante para tentar reduzir a violência familiar, os maus-tratos de
crianças e mulheres, que são muito comuns nas famílias daqui. Assim, por meio
da música, as crianças tornam-se relevantes na cultura, na família, na mídia,
nos jornais, na televisão, e as próprias famílias aprendem a valorizar o papel
da criança e a respeitar mais as meninas e as mulheres."
A criação da Orquestra Rainha do Paraíso
Um dos
projetos artístico-musicais que os missionários do Instituto do Verbo Encarnado
estão realizando em Papua Nova Guiné é a Orquestra “Rainha do Paraíso”. Inspirado
no modelo do “El Sistema” da Venezuela - que nasceu em 1975 com o objetivo de
sistematizar a instrução e a prática coletiva e individual da música por meio
de orquestras sinfônicas e corais, como instrumentos de organização social e
desenvolvimento humanístico -, o Pe. Miguel de la Calle convidou o maestro
venezuelano Jesús Briceño Barrios em 2018 para a formação da Orquestra “Rainha
do Paraíso”, que apresentará por cinco minutos algumas peças musicais diante do
Papa Francisco quando ele chegar a Vanimo.
“Estamos
trabalhando desde 2018. O maestro Briceño treinou no estilo do 'El Sistema'
essas crianças que hoje estão muito bem preparadas no coral. Ele formou a
primeira orquestra infantil da história do país. Por meio da música, elas se
sentem realizadas, felizes, apreciadas, valorizadas, formam um espírito de
equipe, um espírito de família. Eles sabem como ler as notas, sabem como ler a
pauta, não tocam de ouvido. Portanto, é uma grande alegria, depois de tantos
anos de trabalho e sacrifício, poder ter essa coroação, digamos, tocar para o
Papa, é uma grande alegria para as crianças, para as famílias, para
todos."
Ao ritmo de “siyahamba” e “pizzicato”.
O
missionário argentino também destacou que, quando o Papa Francisco chegar a
Vanimo, as crianças da Orquestra “Rainha do Paraíso” o receberão ao ritmo da
música tradicional africana e de uma peça clássica de Johann Strauss. O
acolhimento será precedido por um “Concerto em homenagem ao Santo Padre” na
sexta-feira, 6 de setembro, às 19 horas, horário da Papua.
“O coral
executará uma canção que será acompanhada por uma dança chamada 'siyahamba',
que é africana e significa 'estamos marchando na luz do Senhor'. É uma música
no estilo de um 'negro spiritual', com os tambores típicos daqui, de Papua,
para dar as boas vindas ao Papa. Depois, há algo mais clássico, de Strauss,
chamado 'pizzicato', que é uma peça muito bonita, muito bem preparada, que as
crianças e a orquestra estão praticando há algum tempo."
O impulso para a visita do Papa Francisco
Finalmente,
o Pe. Miguel de la Calle destacou que a visita do Papa Francisco a Papua Nova
Guiné, e em particular a Vanimo, dará um forte impulso ao trabalho de
evangelização que os missionários de várias congregações vêm realizando em um
lugar que ainda é considerado uma “terra de primeira evangelização”.
“É uma
terra de missão bastante jovem, o Evangelho está aqui em Vanimo há 50 anos,
portanto temos uma Igreja muito jovem e muito entusiasmada. E você pode ver o
entusiasmo no período que antecede a vinda do Papa, as pessoas estão esperando
ansiosamente por ele, ansiosas para encontrá-lo, para receber sua bênção. Elas
querem vê-lo, querem que ele passe na frente delas, mesmo que seja só por um
instante, e isso é o suficiente para deixá-las felizes. Eles vêm de todos os lugares,
da selva, das montanhas, vêm da Indonésia, estamos na fronteira, de outras
províncias, alguns estão caminhando há dias porque os meios de transporte são
muito escassos, quase não há estradas. Quando o Papa chegar, será uma explosão
de alegria para o futuro, para esta jovem Igreja de Vanimo, para dar um novo
impulso, uma nova força a todo o trabalho de evangelização.”
Fonte:
Vatican News
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Dom
Paulus Kleden: 'Francisco ajude a nós, indonésios, a defender a harmonia
social'
Originário
da ilha de Flores, até poucas semanas atrás superior geral dos verbitas, dom
Paulus Budi Kleden iniciou seu mandato como arcebispo em Ende no dia 22 de
agosto. Na véspera da chegada do Papa ao país, ele falou à agência AsiaNews
sobre as expectativas para essa visita. E sobre o rosto missionário da Igreja
indonésia que, em dezenas de países ao redor do mundo, hoje tem seus sacerdotes
e religiosas a serviço da evangelização
Vatican
News
Dom Paulus Kleden iniciou seu ministério como
arcebispo há poucos dias. Ele foi o segundo asiático a liderar os verbitas por
seis anos, a congregação missionária fundada em 1875 na Alemanha pelo padre
Arnold Janssen, uma das mais presentes na Ásia e que hoje tem muitas vocações
na Indonésia. Em maio passado, o Papa Francisco escolheu o padre Paulus Budi
Kleden para conduzir a Arquidiocese de Ende, a metrópole da ilha de Flores, o
coração do catolicismo indonésio. Com 58 anos de idade, originário da zona
rural de Larantuka, na própria ilha de Flores, e sacerdote desde 1993, dom
Paulus Kleden ensinou teologia fundamental durante muito tempo em Ledalero, o
grande seminário dessa ilha, antes de ocupar o cargo de superior geral dos
verbitas de 2018 até julho passado. Ele foi ordenado bispo em 22 de agosto em
Ende, escolhendo como lema episcopal “Perseverai no amor fraterno”, o versículo
que abre o capítulo 13 da carta aos Hebreus. E foi com ele que a AsiaNews - na
véspera da partida do Papa Francisco para a Indonésia, na tarde desta
segunda-feira (02/09) - refletiu sobre o significado dessa viagem para esse
grande país asiático e para o mundo inteiro.
Arcebispo Paulus Kleden, o que o senhor espera da
visita do Papa Francisco a Jacarta?
“Em primeiro
lugar, fortalecer os católicos na Indonésia em sua identidade como crentes e em
sua contribuição para a nação. Embora em pequeno número, os católicos indonésios
têm desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento do país. Esse papel
deve ser fortalecido e continuado.
Em segundo lugar, que promova o diálogo
inter-religioso na Indonésia. Que ela ajude os indonésios de outras religiões a
entender que a Igreja católica se preocupa com os problemas da humanidade como
um todo e está aberta a colaborar com outros para enfrentar os desafios.
Em terceiro lugar, que ela incentive o governo
indonésio em sua tarefa de servir aos indonésios, ajudando-os a viver pacificamente
com as diferenças, inclusive as diferenças religiosas, que existem entre eles,
para que vejam essas diferenças como uma riqueza que nos ajuda a crescer.
Por fim, espero que, após essa visita, o governo
indonésio facilite a vinda e o trabalho de missionários católicos de outros
países na Indonésia”.
Durante essa visita, o senhor acredita que a
experiência da Indonésia pode oferecer ao mundo inteiro um exemplo de diálogo
entre cristãos e muçulmanos?
“Minha grande esperança é exatamente esta: que a
realidade indonésia de enriquecimento mútuo das comunidades religiosas seja um
exemplo e uma inspiração para o mundo. As pessoas deveriam ver isso. Eu mesmo
fiquei muito orgulhoso e, ao mesmo tempo, inspirado pela participação de meus
irmãos e irmãs muçulmanos e de outras religiões em minha ordenação episcopal e
em tantas outras ocasiões na vida de nossas comunidades aqui. É também um apelo
a todos os indonésios para que salvaguardem esse modo de viver e trabalhar
juntos”.
Em sua homilia no início de seu ministério como
arcebispo de Ende, o senhor enfatizou a necessidade de defender a “harmonia
social” na sociedade indonésia: o que a coloca mais em risco hoje?
Sim, eu disse essas palavras. A harmonia social,
por exemplo, é ameaçada hoje por alguns políticos que exploram questões
religiosas ou a identidade religiosa para obter votos. A insensibilidade em
construir prédios religiosos onde há apenas alguns fiéis dessa religião também
é um fator. Assim como o econômico: quando os habitantes de um lugar que são
fiéis de uma religião veem que seus vizinhos de outras religiões recebem mais
privilégios e apoio para iniciar e administrar seus próprios negócios, surgem
tensões”.
Com base em sua experiência anterior como superior
geral dos verbitas, como o senhor vê a contribuição dos missionários indonésios
para a Igreja no mundo hoje?
“Como católicos indonésios, podemos nos orgulhar de
termos nos tornado um país de envio de missionários, depois de décadas sendo
apenas um país receptor. Se considerarmos apenas os verbitas, há mais de 500
missionários indonésios que exercem seu ministério em 50 países ao redor do
mundo. Os missionários indonésios são caracterizados por sua simplicidade e
disposição para trabalhar até mesmo nos lugares mais remotos. A experiência
deles de convivência com outras religiões, especialmente com os muçulmanos, é
uma contribuição muito útil para as outras Igrejas locais”.
(AsiaNews) Fonte: Vatican News
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Mianmar,
7 anos após a fuga e o êxodo dos rohingyas para Bangladesh
Em 2017,
700 mil membros da comunidade Rohingya foram forçados a fugir da ex-Birmânia
para evitar a perseguição do exército, refugiando-se na vizinha Bangladesh.
Cecilia Brighi, Secretária Geral da Associação Itália-Birmânia: “Uma estratégia
de eliminação está em vigor contra eles”.
Emilio
Sortino – Vatican News
Em 25 de agosto de 2017, as Forças Armadas
Nacionais da Birmânia, também conhecidas como Tatmadaw, iniciaram campanhas
militares de cerco contra a comunidade Rohingya com o objetivo de erradicar a
comunidade das áreas do sudoeste de Mianmar, onde residiam há 10 séculos. As
operações começaram como uma resposta a ataques terroristas contra o exército
organizados pelo grupo armado Arakan Rohingya Salvation Army (ARSA) e se
transformaram em uma espiral de violência indescritível, conforme confirmado
pelo relatório da ONU em setembro de 2018. Sete anos após o êxodo dos
rohingyas, a situação continua dramática. Ainda hoje, essas centenas de milhares
de pessoas que foram forçadas a deixar suas casas vivem em condições desumanas
dentro de enormes campos de refugiados em Bangladesh, sem esperança de voltar
para casa. “Enquanto a violência genocida da junta continuar”, explica Cecilia
Brighi, secretária geral da associação ‘Itália-Birmânia’, à mídia do Vaticano,
‘os Rohingya não terão nenhuma chance de retornar às suas casas’.
A guerra em Myanmar
O drama do grupo muçulmano faz parte do contexto
mais amplo de uma guerra civil sangrenta, na qual o exército Tatmadaw está
lutando contra uma infinidade de grupos étnicos armados, liderados por um
governo clandestino de unidade nacional democrática. E agora as forças de
libertação estão conseguindo obter o controle do país, conquistando cada vez
mais território. Até o momento, os grupos étnicos armados conquistaram mais de
60% do país”, diz Brighi, ‘as forças democráticas controlam mais de 73 cidades
e muitas posições militares estratégicas foram capturadas pela oposição’.
Nesse momento de crise em nível político e militar,
o exército está retaliando a população, que foi posta de joelhos com a
obrigação de ajudar a junta no poder. Uma repressão muito severa está em
andamento contra toda a população dos territórios reconquistados pelas forças
democráticas, aldeias, hospitais, escolas, igrejas e mosteiros estão sendo
atingidos”, explica o secretário da Itália-Birmânia. Ao mesmo tempo, o exército
está tentando militarizar as comunidades sob seu controle. Uma lei de coerção
compulsória foi aprovada para toda a população masculina e feminina acima de 18
anos, e todos os dias centenas de jovens são arrancados de suas famílias contra
sua vontade. A violência sem escrúpulos já causou quase 3 milhões de refugiados
internos, enquanto o país inteiro está em uma crise econômica insana devido à
inflação desenfreada.”
Um problema que vai além de
qualquer lado de pertença
Hoje, os Rohingya se encontram em um túnel sem
saída. Sentimentos etnonacionalistas movem a maioria das muitas comunidades em
Mianmar, independentemente do lado em que estejam na atual guerra civil,
explica Brighi: “por um lado, uma estratégia aberta da junta militar para
eliminar os rohingyas do país está em vigor há algum tempo. Por outro lado,
alguns grupos étnicos armados que agora estão lutando contra o exército pela
independência, como o Exército Arakan, também estão atacando os vilarejos
restantes dos rohingyas, que são vistos como estrangeiros”.
A esperança da democracia
Diante dessa realidade, a única possibilidade para
os rohingyas é uma mudança radical na cultura de Mianmar, que só pode começar
com uma renovação das instituições políticas e jurídicas, como explica Brighi.
“A situação só pode ser resolvida por meio de um processo de democratização no
país. O governo de unidade nacional, que é o governo democrático clandestino
implantado após o golpe, declarou sua intenção de cancelar a antiga lei de
cidadania que excluía explicitamente os rohingyas. Há uma vontade de mudar a
essência básica de todo o sistema legislativo de Mianmar, evitando referências
a grupos étnicos”. Infelizmente, no entanto, lamenta Brighi, em nível
internacional “ninguém está assumindo uma posição firme sobre a questão, como
também sabe o Papa Francisco, que vê todos os seus apelos para o povo birmanês
cair no vazio”.
Olhando para o futuro
De acordo com o Acnur, 52% dos refugiados
distribuídos nos 33 campos de refugiados na cidade de Cox's Bazar, em
Bangladesh, têm menos de 18 anos de idade. Isso significa que a grande maioria
nasceu dentro dessas favelas, sem nenhuma lembrança de outra vida além dessa.
No entanto, apesar de todas as cicatrizes acumuladas ao longo dos anos, para os
jovens, uma melhora pode estar próxima. “Infelizmente, sabemos com certeza que
muitas dessas pessoas sofreram e ainda sofrem violência constante. Ao mesmo
tempo, as condições e os ritmos nos campos são mais de sobrevivência do que de
vida”, conclui Cecilia Brighi. Como associação, pedimos o apoio da comunidade
internacional e da Europa, com a certeza de que o novo primeiro-ministro de
Bangladesh, Muhammad Yunus, pode resolver a situação dos campos de refugiados
no país, conforme declarou, e pode influenciar os países do Sudeste Asiático a
pressionar a junta. A luta pela democracia envolve grandes compromissos
políticos, diplomáticos e também econômicos. O apoio é crucial para que toda
Mianmar possa finalmente encontrar paz e equilíbrio em uma estrutura
democrática. Só então os Rohingya poderão voltar para suas casas”.- Fonte: Vatican
News
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Ação,
fruto da benção do Papa arrecada R$ 1,4 milhão para o Rio Grande do Sul
Camisetas
abençoadas pelo Papa foram leiloadas em prol das vítimas das enchentes no Rio
Grande do Sul. Toda a arrecadação foi para a arquidiocese de Porto Alegre.
Vatican
News
Foi
realizado na cidade de São Paulo, no último dia 15 de agosto o leilão
beneficente das camisas de futebol abençoadas pelo Papa Francisco e autografadas
por Neymar, Messi e Mbappé em prol das vítimas das enchentes do Rio Grande do
Sul (Brasil). O evento foi um sucesso e arrecadou R$ 1,4 milhões (US$ 255 mil).
As camisetas abençoadas pelo Papa e leiloadas
O
resultado positivo desta ação solidária é fruto de um verdadeiro trabalho em
equipe que teve início no mês de maio último. Uma delegação brasileira liderada
pelo padre Omar Raposo, Reitor do Santuário Cristo Redentor, e que contou com a
participação dos empresários paranaenses Carla e Rodrigo Ferro, visitou o
Vaticano e se encontrou com o Papa Francisco durante a audiência geral na Praça
São Pedro. Na ocasião do encontro com o Pontífice, padre Omar, Carla e Rodrigo
compartilharam com o Papa notícias sobre a situação do Rio Grande do Sul e
sobre futuros projetos que darão ainda mais voz às ações de solidariedade da
Igreja Católica no Brasil.
Ao final
do encontro, Papa Francisco recebeu de presente velas do Santuário de São
Miguel Arcanjo, localizado da cidade de Bandeirantes, Estado do Paraná (Brasil)
e abençoou as camisas de futebol assinadas pelos craques mundiais Neymar, Messi
e Mbappé.
De volta
ao Brasil, o trabalho em equipe visando essa ação beneficente ganhou novos
parceiros e se concretizou em um jantar para convidados na residência do casal
Anne e Nelson Wilians, em São Paulo. Dentre os convidados ilustres, estiveram
presentes, dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e presidente da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil; dom Mario Spaki, da Pastoral do
Turismo da CNBB e bispo de Paranavaí e Silvonei Protz, da Rádio Vaticano -
Vatican News.
Além das
camisas de futebol autografadas por Neymar, Messi e Mbappé, e abençoadas pelo
Papa Francisco, foram leiloadas bolas assinadas Campeão Olímpico de Voleibol e
Embaixador do Turismo Sustentável da Nações Unidas (ONU Turismo), GIBA. “Fazer
o bem faz bem ao corpo, mente e espírito. Este evento mostrou que o brasileiro
é unido, solidário e ampara o próximo. Nossos irmãos do Rio Grande do Sul não
estão sozinhos e a benção do Papa Francisco coroou o sucesso desta ação”, disse
Giba.
Segundo
padre Omar, este evento mostrou a força de mobilização da Igreja Católica em
seguir amparando os que mais necessitam. “Como é bom ter amigos que respondem
ao chamado da solidariedade. É importante a Igreja somar forças com pessoas de
bem do segmento empresarial e expandir os valores altruístas no mundo”.
Para o
empresário e um dos organizadores do evento, Rodrigo Ferro, o sucesso do leilão
foi uma combinação de trabalho, união e fé. “Responder a um chamado do Papa
Francisco e da nossa Igreja Católica é uma missão de vida e motivo de orgulho.
A responsabilidade de gerar um bom resultado para ajudar as vítimas das
enchentes do Rio Grande do Sul somente foi atingida com o apoio de grandes
pessoas como Nelson e Anne Willians e daqueles que arremataram os itens com o
propósito de fazer a diferença na vida das pessoas que passam por um momento de
necessidade”.
Todo o
valor arrecadado com o leilão foi destinado à Arquidiocese de Porto Alegre
(Brasil). De acordo com o arcebispo dom Jaime Spengler, a tragedia que atingiu
o Rio Grande do Sul é sem precedentes e levará alguns anos até que a situação
da população volte a normalidade. “Não se trata de reconstruir o Rio Grande do
Sul, mas sim de construir de uma forma nova. A generosidade vista neste leilão
renova a crença de bondade do ser humano. Eu só tenho a agradecer todo o
carinho que vi e senti neste evento”, completa dom Jaime. Fonte: Vatican News
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Bispo
de Mindelo preside actividades Jubilares da Diáspora Cabo-verdiana nas Américas
2024
Dom Ildo
Fortes, Bispo de Mindelo, está de 1 a 7 de setembro de 2024 junto da comunidade
cabo-verdiana para presidir as actividades do programa de conclusão do Jubileu
dos 500 anos da criação da Diocese de Santiago (C500).
Rádio
Nova de Maria - Cabo Verde
As atividades têm o seu ponto alto na peregrinação
e celebração da missa no Santuário de Nossa Senhora em Holliston, cidade de
Brockton.
Do programa consta também uma conferência no dia 7
de setembro intitulado “Gratidão e Esperança do povo Cabo-verdiano na Diáspora”
que decorrerá na Igreja de Santa Edith Stein em Brockton, a ser proferida por
Dom Ildo Fortes.
O programa ressalta ainda o encontro com o Cônsul
de Cabo Verde em Boston, as visitas de cortesia ao Cardeal Seán O'Malley e ao
Bispo Auxiliar Dom Cristiano Barbosa da Arquidiocese de Boston.
A delegação ainda terá encontros com as comunidades
nas principais cidades de Nova Inglaterra onde reside grande parte dos
cabo-verdianos nos EUA e ainda um encontro com a Associação Cabo-verdiana de
Brockton.
O Jubileu da Diáspora Cabo-verdiana nas/das
Américas insere-se no conjunto dos jubileus temáticos, particularmente para a
diáspora cabo-verdiana que contempla este ano esse continente. Em 2025 será a
vez da Europa e em 2026 a celebração está marcada para o continente Africano.
Refira-se que no âmbito das comemorações dos 500
anos da Diocese de Cabo Verde, a acontecer em 2033, o Bispo da diocese de
Santiago e Cardeal Dom Arlindo Furtado chefiou a Comissão Executiva
Nacional do Projecto que se deslocou aos Estados Unidos de 8 a 17 do
passado mês de março para apresentar o projecto das celebrações.
Fonte:
Vatican News
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Indonésia: Papa
chegou a Jacarta, primeira etapa de viagem-maratona na Ásia e Pacífico
Francisco foi
recebido por grupo de crianças, idosos, refugiados e sem-abrigo, na Nunciatura
Apostólica
O
Papa chegou hoje a Jacarta, capital da Indonésia, primeira etapa da viagem mais
longa do seu pontificado, após um voo de quase 13 horas, sendo recebido pelo
ministro dos assuntos religiosos do país, Yaqut Cholil Qoumas.
A
chegada do voo da Ita Airways ao Aeroporto Internacional Soekarno-Hatta
aconteceu pelas 11h19 locais (05h19 em Lisboa), com Francisco a deslocar-se em
cadeira de rodas, onde saudou ainda duas crianças vestidas com trajes
tradicionais, que lhe ofereceram flores.
Depois
de breves cumprimentos entre delegações e da Guarda de Honra, o Papa dirigiu-se
à Nunciatura Apostólica, num percurso de 27 quilómetros até ao centro de
Jacarta, onde foi recebido por um grupo de crianças, idosos, refugiados e
sem-abrigo, acompanhados pelas Irmãs Dominicanas, a Comunidade de Santo Egídio
e pelo Serviço Jesuíta aos Refugiados.
O
dia hoje decorre sem quaisquer compromissos oficiais, para que Francisco, de 87
anos de idade, possa recuperar da viagem; a cerimónia de boas-vindas vai
decorrer esta sexta-feira, no Palácio Presidencial, onde o Papa profere o seu
primeiro discurso, perante responsáveis políticos e membros da sociedade civil.
Ao
longo dos 11 354 quilómetros da viagem, o pontífice enviou mensagens aos chefes
de Estado da Croácia, Bósnia-Herzegovina, Sérvia, Montenegro, Bulgária,
Turquia, Irão, Paquistão, Índia e Malásia, com votos de bem-estar,
prosperidade, fraternidade e solidariedade.
Francisco
pediu o “dom da paz” para o Irão, na mensagem enviada ao presidente Masoud
Pezeshkian.
A
45ª viagem apostólica do pontificado passagens por Jacarta (Indonésia), até 6
de setembro; Port Moresby e Vanimo (Papua-Nova Guiné), de 6 a 9 de setembro;
Díli (Timor-Leste), de 9 a 11 de setembro; e Singapura, de 11 a 13 de setembro.
O
Papa leva mensagens em favor do diálogo entre religiões, defesa do ambiente e
promoção da justiça social, em países onde os católicos são minoria, com
exceção de Timor, onde representam mais de 95% da população.
Francisco
é o terceiro pontífice visitar a Indonésia, depois de São Paulo VI em 1970 e de
São João Paulo II em 1989.
A
Indonésia, país com o maior número de muçulmanos do mundo, tem cerca de 8,3
milhões de católicos, que representam 3% da população, segundo dados do
Vaticano.
Outro
tema em destaque são as alterações climáticas, cujo impacto é particularmente
visível na Indonésia, cujo governo está a construir uma nova capital,
Nusantara, devido à vulnerabilidade de Jacarta.
Durante
a sua visita, Francisco vai encontrar-se com responsáveis religiosos na
Mesquita Istiqlal em Jacarta, a maior do sudeste asiático, presidindo também a
uma Missa no Estádio Gelora Bung Karno, em que se esperam cerca de 80 mil
participantes.
Desde
a sua eleição, em 2013, o atual pontífice fez 44 viagens internacionais, tendo
visitado 61 países, incluindo Portugal (2017 e 2023).
Além
das visitas à Terra Santa e Médio Oriente/Península Arábica, o Papa fez várias
viagens à Ásia oriental: Coreia do Sul (2014), Sri Lanka e Filipinas (2015),
Myanmar e Bangladesh (2017), Tailândia e Japão (2019) e Mongólia (2023).
Fonte:
Agência Ecclesia
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Rio de Janeiro:
Monumento ao Santíssimo Sacramento
“Jesus
Cristo Nosso Senhor, o único Salvador dos homens, deve ser amado, louvado e
honrado […]. Que até o fim dos tempos este monumento seja um farol a iluminar o
Rio de Janeiro e todo o país”. (CDB)
Um
monumento eucarístico foi erguido no coração do Rio de Janeiro, com o objetivo
de fortalecer a presença do catolicismo na esfera pública da cidade. Esta
escultura, com 7,4 metros de altura, comemora os 70 anos do 36º Congresso
Eucarístico Internacional, realizado na cidade, em 1955, e “visa lembrar aos
brasileiros a importância da conversão à “verdadeira fé”, guardada e propagada
pela Santa Igreja Católica, fora da qual não há salvação”, segundo o Centro Dom
Bosco (CDB), organização promotora da iniciativa.
O
CDB idealizou e financiou a obra sem recorrer a verbas públicas, demonstrando o
comprometimento da comunidade católica na concretização deste projeto.
A
inauguração do monumento, em 17 de julho passado, em um local estratégico entre
a Avenida Rio Branco e a Avenida Presidente Wilson, ocorreu em clima de fervor
religioso. O evento contou com uma missa solene presidida pelo Padre Lorenzo, a
bênção do monumento, orações e cânticos religiosos.
Participaram
da inauguração diversas autoridades locais e representantes de instituições
católicas, bem como clérigos, famílias e devotos. O desenho do monumento,
dedicado ao Santíssimo Sacramento e a Jesus Cristo, destaca-se pela sua
majestade e pela profunda devoção que inspira.
O
Centro Dom Bosco afirmou que este trabalho não busca apenas glorificar Jesus
Sacramento, mas também oferecer um espaço de oração e reflexão, contribuindo
assim para fortalecer a fé dos católicos na cidade.
Fonte:
Gaudium Press
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Fraternidade
para curar o mundo, pede papa Francisco em carta ao 53º Congresso Eucarístico
Internacional
Por
Diego López Marina
O
papa Francisco exortou os fiéis a “construir juntos a fraternidade para curar o
mundo” em carta em latim enviada ao arcebispo emérito de Caracas, Venezuela,
cardeal Baltazar Porras, legado pontifício para o 53º Congresso Eucarístico
Internacional em Quito, Equador.
O
congresso vai ocorrer em Quito, Equador, de 8 a 15 de setembro, coincidindo com
o 150º aniversário da consagração do Equador ao Sagrado Coração de Jesus.
Em
sua carta, o papa destacou a importância da Eucaristia como ato de amor que une
Deus ao seu povo. “A natureza mística do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo
baseia-se na doação de Deus por nós e, portanto, carrega uma dimensão social,
para que 'um só corpo' (cf 1 Cor 10, 17) possamos ser fundidos numa única
existência”, disse o papa.
“No sacramento eucarístico, o amor a Deus e o
amor ao próximo se unem verdadeiramente: o Deus encarnado atrai todos a si”,
acrescentou Francisco.
Citando
sua própria encíclica Fratelli tutti, Francisco falou da necessidade de todos
os seres humanos se reconhecerem como “uma única humanidade, como caminhantes
da mesma carne humana, como filhos desta mesma terra que nos alberga a todos”.
O
papa sublinhou também que o Congresso Eucarístico Internacional é uma
oportunidade para “reavivar o dom de Deus” e “reconhecer todos os povos como
irmãos, unidos pelo amor eucarístico que emana do Coração de Cristo”.
Francisco
também exortou o cardeal Porras a liderar o Congresso em seu nome e expressar a
“todos os fiéis ali reunidos a nossa constante humanidade”. “Ao abordar o
significado eclesial da Eucaristia, proclamareis também que ela é a fonte de
comunhão da qual surge o mandato de abrir a obra de cura de Cristo”, disse
Francisco.
Fonte:
ACIDigital
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Ônibus com fiéis
da arquidiocese do Rio que voltavam de romaria a Aparecida tomba na estrada
Por
Nathália Queiroz
Um
ônibus com 45 fiéis da paróquia Santos Anjos, do Rio de Janeiro (RJ), tombou na
BR-465, na altura de Seropédica (RJ). Os peregrinos voltavam da romaria da
arquidiocese do Rio de Janeiro ao Santuário Nacional de Aparecida (SP). 20
pessoas tiveram ferimentos leves, foram levadas ao hospital e receberam alta.
“A
Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro lamenta o acidente. As causas
serão apuradas pelas devidas autoridades”, diz a nota oficial publicada pela
arquidiocese.
“Os
peregrinos retornavam da 122ª Romaria Anual da Arquidiocese de São Sebastião do
Rio de Janeiro ao Santuário Nacional de Aparecida, que contou com a presença de
mais de 60 mil pessoas das 292 comunidades paroquiais da cidade do Rio de
Janeiro”, diz a nota oficial publicada pela arquidiocese do Rio de Janeiro
(RJ).
Os
20 feridos foram levados para o Hospital Geral de Nova Iguaçu, onde foram
“examinados, avaliados pelas equipes médicas de especialistas da emergência” e
receberam “alta com orientações”.
“Assim que a Arquidiocese, o Pároco e o
Vigário Paroquial da referida Paróquia tomaram conhecimento do acidente, estes
dirigiram-se imediatamente ao local e ao Hospital Geral de Nova Iguaçu para
prestar toda a assistência aos feridos”, diz a nota.
“O
Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, bem
como o Pároco e o Vigário Paroquial da Paróquia Santos Anjos, Padre Thiago
Azevedo e Padre Kadum Dornelles, continuam acompanhando de perto a situação dos
feridos, prestando toda a assistência necessária”, continua.
“Pedimos
a Deus que abençoe a todos os que prestaram os serviços de atendimento, Polícia
Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros Militar, Hospital Geral de Nova Iguaçu e
demais autoridades”, conclui.
Fonte:
ACIDigital
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Do dia 1º/9/2024
CRB Nacional Celebra 70
Anos com Peregrinação ao Santuário de Aparecida
Neste
domingo, 1º de setembro, 2024, a Conferência dos Religiosos do Brasil
(CRB Nacional) celebrou os 70 anos de sua fundação com uma peregrinação ao
Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo. O evento
reuniu de religiosos e religiosas da Regional São Paulo que conta com 48
núcleos presentes no estado. Um momento de profunda espiritualidade e
ação de graças por toda vida doada nestes 70 anos de história.
A
celebração incluiu uma missa solene, presidida pelo Reitor do Santuário, Padre Carlos
Eduardo Catalfo. A liturgia foi animada pelo missionário redentorista Irmão
Alan Patrick Zuccherato, trazendo ainda mais fervor à celebração. Durante
a missa, os participantes agradeceram a Deus e reafirmaram o compromisso
na missão de evangelizar e servir ao povo.
O
Santuário de Aparecida, símbolo da fé católica no Brasil, foi o cenário
escolhido para esse momento histórico, que marcou o ponto culminante de um ano
repleto de celebrações. Além dos religiosos e religiosas, a celebração contou
com a presença de Irma Silvânia Aparecida, membro da diretoria nacional e dos
assessores dos setores: Comunicação, Missão, Formação/ Religiosos Irmãos e SAV
(Serviço de Animação Vocacional), refletindo a diversidade e a unidade na
missão da CRB Nacional, além da Coordenadora do Regional de São Paulo, Irmã
Helena Gresser.
As
comemorações pelos 70 anos da CRB Nacional começaram em 2023, com o tema
“Memória, Mística, Profecia e Esperança” e o lema “Permanecei no meu Amor”. As
festividades incluíram a Semana da Vida Consagrada e culminaram no Congresso
dos 70 anos da CRB, realizado em Fortaleza, Ceará, de 30 de maio a 2 de junho
de 2024, que contou com a participação de cerca de 800 religiosos e religiosas
de diversas partes do Brasil.
Desde sua
fundação, em 11 de fevereiro de 1954, a CRB Nacional tem sido uma voz ativa na
defesa da justiça social, dos direitos humanos e da preservação do meio
ambiente. A peregrinação ao Santuário de Aparecida foi um testemunho dessa
trajetória, demonstrando a força e vitalidade da vida religiosa consagrada no
país.
Religiosos
e religiosas de diferentes congregações participaram do evento, levando consigo
o compromisso de seguir no dinamismo profético da Vida Religiosa Consagrada o e
de continuar sendo sinais de esperança em meio aos desafios contemporâneos. A
celebração foi marcada por momentos de grande emoção e fraternidade, refletindo
a importância da vida religiosa consagrada na sociedade brasileira.
Fonte: CRB
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Missa no Santuário
celebra a abertura do mês da Bíblia 2024
A
Celebração Eucarística finalizou a 1ª Romaria Nacional dos Catequistas
Escrito
por Rhanna Felicio
Neste domingo (01), o Santuário
Nacional celebrou a abertura do
mês da Bíblia. O tema é “O livro
de Ezequiel” e tem como lema “Porei em voz, meu espírito e vivereis.” (CF. EZ 37,14).
O
lema “Porei em vós o meu espírito e
vivereis” vem do Livro de Ezequiel, capítulo 37, versículo 14. Nesse
trecho, Deus promete dar nova vida ao povo de Israel, que estava em exílio e
sem esperança. A passagem é conhecida pela visão do vale de ossos secos, onde
Deus mostra a Ezequiel que, mesmo quando tudo parece perdido, Ele pode trazer
vida e esperança.
Os
fiéis se reuniram ao entorno do Altar Central, onde a Missa foi presidida pelo Dom Leomar Antônio Brustolin, Arcebispo
da Arquidiocese de Santa Maria - RS e presidente da comissão episcopal para
animação bíblico Catequética da CNBB.
A
Santa Missa marcou o encerramento da 1ª
Romaria Nacional dos Catequistas, que começou no dia 30 e terminou hoje,
domingo, dia (01). Cerca de 3.400
catequistas participaram do evento organizado pela Comissão Episcopal para Animação Bíblico-Catequética
da CNBB.
A
Celebração Eucaristica destacou também a Ação de Graças de 70 anos da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB).
Onde ressaltou a trajetória da CRB na promoção da vida religiosa e no apoio às
comunidades de fé no Brasil.
Dom Leomar Antônio Brustolin no início
de sua homilia, fez uma associação à primeira leitura: que temos que ouvir mais a palavra de Deus.
“A palavra catequese significa ecoar, ou seja,
entrar pelo ouvido, então sair pelo outro, é para levar para o coração. A
Fé nasce da escuta, e muita gente está perdendo a fé porque não escuta mais, só
quer falar, sabe quando passamos por uma provação difícil? Aquela morte
repentina, brigas na família, mal-estar no relacionamento, problemas no
trabalho, logo a gente reza e pede ajuda, mas nessa hora é preciso escutar o
que Deus quer nos dizer, com isto é
preciso querer aprender de Deus o que ele está nos mostrando através da dor.
Como bem diz Padre Zezinho em uma de suas canções, ‘Ninguém nasceu para sofrer, mas a dor nos faz crescer’.”.
Em
seguida, falou do evangelho.
“No
evangelho, nos vemos Jesus condenando uma prática religiosa não coerente, pois não dá para rezar de um jeito e viver
de outro. Não dá para multiplicar orações e esquecer de respeitar o próximo. A
nossa fé cristã e católica depende de nossas ações caridosas e de coração, é
por isso que a segunda leitura diz que devemos cuidar da viúva, do pobre e de
quem precisa."
Dom
Leomar ressaltou a importância do mês da Bíblia para nos animar e incentiva que leiam o livro de Ezequiel e que a palavra de
Deus desça sobre nós.
A
celebração de hoje nos faz refletir sobre nossas ações e comportamento cristão e nos faz pensar se estamos
vivendo conforme os ensinamentos de Cristo.
Que
seguimos o exemplo de Jesus, que soube e sabe amar, que perdoa, que é caridoso
e que nos acolhe com um infinito amor.
Sejamos pastores de Cristo nessa caminhada do viver, espalhemos boas novas e
sejamos caridosos e acolhamos o próximo com amor.
Fonte: A12.com
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Papa:
viver a fé com coerência, fazendo da vida um culto agradável a Deus
No
Angelus Francisco diz que fomos feitos para a verdadeira pureza, "aquela
que Deus nos dá, se lhe permitirmos expulsar de nós toda sombra de egoísmo, de
orgulho e de julgamento, para nos modelar à imagem de seu Filho Jesus, que deu
a vida por nós."
Jackson
Erpen - Cidade do Vaticano
Viver
a fé com coerência, concretizando com sentimentos, palavras e obras o que faço
na igreja e digo na oração.
Em
síntese foi o que disse o Papa Francisco ao comentar - antes de rezar o Angelus -
o Evangelho de Marcos (cf. Mc 7,1-8.14-15.21-23) proposto para este XXII
Domingo do Tempo Comum. E a inspirar sua reflexão, foi um tema que era muito
caro aos seus contemporâneos, ou seja, "o puro e o impuro",
tema que "estava principalmente ligado à observância de ritos e regras de
comportamento" e se devia prestar atenção para evitar qualquer contato com
coisas ou pessoas consideradas impuras:
Alguns
escribas e fariseus, obcecados, rigorosos observadores destas normas, acusam
Jesus de permitir aos seus discípulos comerem sem lavar as mãos. E Jesus
aproveita essa repreensão dos fariseus aos seus discípulos para falar-nos do
significado da "pureza". A pureza – diz Jesus – não está ligada
a ritos externos, mas antes de tudo está ligada a disposições internas,
disposições interiores.
Ou
seja, para ser puros, "não há necessidade de lavar as mãos diversas vezes,
se depois são alimentados dentro do coração sentimentos malvados como ganância,
inveja e orgulho, ou más intenções como engano, roubos, traição e
calúnia":
Jesus
chama a atenção para nos guardarmos do ritualismo, que não faz crescer no bem,
pelo contrário, às vezes esse ritualismo pode levar a negligenciar, ou até
mesmo a justificar, em si e nos outros, escolhas e comportamentos contrários à
caridade, que ferem a alma e fecham o coração.
O
Papa traz essa realidade para nossos dias, destacando alguns aspectos que podem
dizer respeito também a nós:
Não
se pode, por exemplo, sair da Santa Missa e, já no adro da igreja, parar para
fazer comentários malévolos e desprovidos de misericórdia sobre tudo e todos.
Aquele falatório que arruína o coração, que arruína a alma. E não pode isso!
Vais à Missa e depois, na entrada, faz essas coisas, é uma coisa feia. Ou
mostrar-se piedosos na oração, mas depois em casa tratar com frieza e distância
os próprios familiares, ou negligenciar os pais idosos, que precisam de ajuda e
companhia. Esta é uma vida dupla e não pode ser. E isto é o que faziam os
fariseus. A pureza externa, sem as atitudes boas, atitudes misericordiosas com
os outros. Ou não se pode ser aparentemente muito corretos com todos, e quem
sabe mesmo fazendo um pouco de voluntariado e algum gesto filantrópico, mas
depois por dentro cultivando o ódio pelos outros, desprezando os pobres e os
últimos ou comportando-se desonestamente no próprio trabalho.
Ao
fazermos isso - observa Francisco - "a relação com Deus fica reduzida a
gestos externos, e internamente permanecemos impermeáveis à ação purificadora
da sua graça, entregando-nos a pensamentos, mensagens e comportamentos
desprovidos de amor. Nós fomos feitos para outra coisa, fomos feitos para
a pureza de vida, para a ternura, para o amor".
E
sugere que nos perguntemos:
Vivo
a minha fé de forma coerente, isto é, aquilo que faço na Igreja, busco com o
mesmo espírito fazer fora? Com os sentimentos, com as palavras e com as obras,
concretizo na proximidade e no respeito aos meus irmãos o que digo na oração?
Pensemos nisso!
Que
Maria, Mãe puríssima - disse ao concluir - nos ajude a fazer da nossa vida, no
amor sentido e praticado, um culto agradável a Deus (cf. Rm 12,
1).
Fonte: Vatican News
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Paz
na Terra Santa, respeito pelo Status Quo de Jerusalém e libertação dos reféns,
pede o Papa
Francisco,
nas suas saudações depois do Angelus, volta a invocar a paz para o Médio
Oriente. O seu apelo para que as negociações por um cessar-fogo em Gaza não
parem e Jerusalém se torne um ponto de encontro entre as religiões.
Marco
Guerra – Cidade do Vaticano
Faço
apelo para que não parem as negociações, haja um imediato cessar-fogo, sejam
libertados os reféns e socorrida a população em Gaza, onde estão se difundindo
muitas doenças, incluindo a poliomielite.
Após
rezar oração mariana do Angelus, o pensamento do Papa Francisco
volta-se novamente às populações sofredoras da Terra Santa e para o conflito
israelense-palestino, que há quase 11 meses ensangrenta o Médio Oriente.
Apelo pelos Lugares
Santos
O
Pontífice pede também o compromisso de todos para evitar a propagação do
conflito “a outras cidades palestinas” e que seja respeitado o Status
Quo dos Lugares Santos. E lança um novo e premente apelo:
Que
haja paz na Terra Santa, que haja paz em Jerusalém! Que a Cidade Santa seja um
ponto de encontro onde cristãos, judeus e muçulmanos se sintam respeitados e
acolhidos, e ninguém questione o Status Quo nos seus respectivos Lugares
Santos.
Tem início vacinação
em Gaza
Precisamente
neste domingo, 1° de setembro, teve início na Faixa de Gaza a campanha de
vacinação contra a poliomielite promovida pelo Unicef, com o objetivo de
proteger mais de 600 mil crianças palestinas.
Neste
meio tempo, foram relatados novos combates. Segundo as autoridades locais
controladas pelo Hamas, as vítimas palestinas desde o início da ação isralense
chegaram a 40.738.
A
tensão também está aumentando na Cisjordânia, onde na manhã deste domingo três
agentes da polícia israelense foram mortos em Tarqumiyah, uma cidade não muito
distante de Hebron, em um ataque contra um posto de controle.
Fonte: Vatican News
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Papa:
Deus não fica indiferente ao sofrimento dos inocentes
Crianças
e mulheres entre as cerca de 150 vítimas de ataque terrorista em Burkina Faso,
mais de 1 milhão de ucranianos sem luz e água devido à ataques russos contra a
infra-estruturas, entre os apelos do Papa após rezar o Angelus.
Vatican
News
Logo
após rezar o Angelus, o Papa começou recordando a beatificação
no sábado, na Eslováquia, do seminarista Ján Havlík:
Ontem
em Šaštín, na Eslováquia, foi beatificado Ján Havlík, seminarista da
Congregação da Missão, fundada por São Vicente de Paulo. Este jovem foi morto
em 1965, durante a perseguição do regime contra a Igreja na então Tchecoslováquia.
Que a sua perseverança no testemunho da fé em Cristo seja um encorajamento para
aqueles que ainda hoje sofrem provações semelhantes. Uma salva de palmas para o
novo Beato!
"Execráveis
ataques" em Burkina Faso
A
seguir, Francisco voltou seu olhar ao continente africano onde um ataque
terrorista em Burkina Faso matou ao menos 150 pessoas no sábado, 24 de agosto:
Com
dor soube que no sábado, 24 de agosto, no município de Barsalogho, em Burkina
Faso, centenas de pessoas, incluindo mulheres e crianças, foram mortas e muitas
outras ficaram feridas em um ataque terrorista. Ao condenar estes execráveis
ataques contra a vida humana, expresso a minha proximidade a toda a nação e
as minhas sentidas condolências às famílias das vítimas. Possa a Virgem Maria
ajudar o querido povo do Burkina Faso a encontrar a paz e a segurança.
Deus sempre ouve a
voz dos inocentes
Ao
recordar da Ucrânia, cujas cidades tem sido alvos de mísseis, drones e ataques
aéreos russos - foram mais de mil nos últimos sete dias - o Santo Padre
recordou que a voz dos inocentes sempre é ouvida por Deus:
E
estou sempre próximo do martirizado povo ucraniano, duramente atingido pelos
ataques às infra-estruturas energéticas. Além de causarem mortos e feridos,
deixaram mais de um milhão de pessoas sem eletricidade e água. Lembremo-nos que
a voz dos inocentes é sempre ouvida por Deus, que não fica indiferente ao seu
sofrimento!
Fonte: Vatican News
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A
oração de Francisco pelas vítimas de desabamento no Santuário em Recife
O
incidente ocorrido no início da tarde de sexta-feira causou a morte de duas
pessoas e ferimentos em mais de 20.
Vatican
News
Após
rezar pelas vítimas de ataque terrorista em Burkina Faso e da guerra na
Ucrânia, o Papa dirigiu seu pensamento aos mortos e feridos em desabamento em
Santuário de Recife:
Rezo
também pelas vítimas do incidente ocorrido no Santuário de Nossa Senhora da
Conceição, na cidade de Recife, no Brasil. Que o Senhor Ressuscitado conforte
os feridos e as suas famílias.
O
desabamento do teto do Santuário do Morro da Conceição, na Zona Norte do
Recife, ocorreu por volta das 13h30 de sexta-feira, 30, durante a distribuição
de cestas básicas, provocando a morte de duas pessoas e deixando ao menos
outras 20 feridas. Entre as pessoas feridas está uma gestante com 21
semanas de gravidez e uma criança de 4 anos. Havia entre 60 e 70 pessoas
no local quando o acidente aconteceu.
Em
um comunicado assinado por dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, a Arquidiocese
de Olinda e Recife havia expresso "profunda tristeza pelo trágico
acidente", que "enche nossos corações de luto e solidariedade".
"Em oração, nos unimos às famílias enlutadas e a todos os que foram
afetados por esta tragédia. Que o senhor acolha as almas dos falecidos e
conforte os corações dos que sofrem".
*Com
informações do site G1
Fonte: Vatican News
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Papa
pede orações pelos frutos de sua viagem à Ásia e Oceania
A
Rádio Vaticano/Vatican News acompanhará passo a passo mais esta peregrinação de
Francisco, com a transmissão também em português dos eventos com o Santo Padre.
Vatican
News
"Amanhã
iniciarei uma Viagem Apostólica a alguns países asiáticos. Por favor, rezem
pelos frutos desta viagem" foi o pedido do Papa Francisco, antes
de saudar os romanos e peregrinos presentes na Praça São Pedro para o
tradicional encontro dominical.
De
fato, neste 2 de setembro, o Papa dará início à 45ª Viagem Apostólica, a
mais longa do seu Pontificado, que o levará à Indonésia, Timor Leste, Papua
Nova Guiné e Singapura. Fé, oração, compaixão, fraternidade, harmonia,
esperança são os temas presentes nos lemas e nos logotipos da Viagem Apostólica.
Serão
32.814 quilômetros percorridos, com quatro fusos horários diferentes, desde a
partida do Aeroporto Fiumicino, às 17h55 desta segunda-feira, até seu retorno a
Roma na sexta-feira, 13 de setembro, às 18h55min, horário italiano.
Entre
os temas a serem abordados nos 16 discursos e homilias, a serem pronunciados em
italiano e espanhol, está o diálogo e a convivência harmoniosa entre as
religiões, a reconciliação social, a mudança climática e seus efeitos
devastadores nas terras de oceanos e vulcões, o equilíbrio entre a velocidade
econômica e tecnológica e o desenvolvimento humano, social e espiritual dos
povos.
Ademais,
a evangelização, antiga e moderna, em latitudes onde as comunidades cristãs
vivem quase nas mesmas condições da Igreja primitiva, a acolhida de refugiados,
o incentivo aos jovens a participarem dos processos políticos e sociais.
A paz
Em
um período histórico marcado por guerras, o Papa irá reiterar nos diversos
encontros seu apelo em favor da paz e dos esforços em andamento para
alcançá-la. Simbólicos nesse sentido são dois momentos que o Papa viverá em
Jacarta, a capital da Indonésia, atingida no passado recente pelo terrorismo
religioso e pela tentativa de criar um Islã transnacional no modelo do Isis,
que no entanto foi rejeitado pela “Pancasila” indonésia, com seus cinco
pilares de respeito às crenças, culturas, religiões e línguas, também incluídos
na Constituição.
O
primeiro momento será a visita à mesquita Istiq'lal, o maior prédio de culto
islâmico do Sudeste Asiático, projetado na década de 1950 por um arquiteto
cristão e, a partir de 2019, conectado à Catedral da Assunção pelo chamado
“túnel da fraternidade”. Um túnel, de fato, que pretende ser um sinal de
incentivo à fraternidade entre as duas comunidades religiosas. O Papa - este é
o segundo momento simbólico - visitará o local juntamente com o Grão-Imame, com
quem também assinará uma Declaração Conjunta na esteira do Documento
sobre a Fraternidade Humana de Abu Dhabi.
A
Rádio Vaticano/Vatican News acompanhará passo a passo mais esta peregrinação de
Francisco, com a transmissão também em português dos eventos com o Santo Padre.
Fonte: Vatican News
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Francisco
confia viagem à Ásia e Oceania a Maria Salus populi romani
O
Papa chegou à Basílica de Santa Maria Maiore para rezar diante do ícone da
Virgem Salus populi romani, confiando-lhe a viagem apostólica que começa amanhã
à tarde e termina no dia 13 de setembro.
Vatican
News
Esta
manhã, domingo, 1º de setembro, o Papa Francisco chegou à Basílica de Santa
Maria Maior e ficou em oração, como sempre, diante do ícone da Virgem Salus
populi romani, confiando-lhe a sua próxima Viagem
Apostólica à Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor-Leste e
Singapura.
Ao
final, voltou ao Vaticano, como comunicado pela Sala de Imprensa da Santa Sé.
Será a viagem mais longa de seu pontificado, de 2 a 13 de setembro.
Fonte: Vatican News
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Poder
descontrolado sobre a natureza gera monstros, adverte o Papa
Para
o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, Francisco propõe repensar a
questão do poder humano, do seu significado e dos seus limites, "pois um
poder descontrolado gera monstros e volta-se contra nós mesmos".
Vatican
News
"Espera
e age com a criação" é o tema do Dia de Oração pelo Cuidado da Criação,
que se realizará no próximo 1 de setembro.
A mensagem do Papa para a
ocasião foi divulgada esta quinta-feira (27/06), e refere-se à Carta de São
Paulo aos Romanos 8, 19-25. O Apóstolo, ao esclarecer o significado de viver
segundo o Espírito, concentra-se na esperança firme da salvação pela fé, que é
vida nova em Cristo.
Para
Francisco, a esperança é a possibilidade de permanecer firme no meio das
adversidades, de não desanimar nos momentos de tribulação ou diante da barbárie
humana.
A
esperança cristã não desilude, mas também não ilude, ressalva o Papa. A criação
geme e o vemos através de tanta injustiça, tantas guerras fratricidas que
provocam a morte de crianças, destroem cidades, poluem o ambiente em que vive o
homem.
A
luta moral dos cristãos está ligada ao “gemido” da criação, que está sujeita à
dissolução e à morte, agravadas pelos abusos humanos sobre a natureza.
Por
isso, permanece válido o convite à conversão dos estilos de vida, a resistir à
degradação humana do meio ambiente e a manifestar aquela crítica social que é,
em primeiro lugar, testemunho da possibilidade de mudança.
Esta
conversão, explica Francisco, consiste em passar da arrogância de quem quer
dominar os outros e a natureza à humildade de quem cuida dos outros e da
criação. E cita a famosa frase da Exortação Apostólica Laudate Deum: “Um ser
humano que pretenda tomar o lugar de Deus torna-se o pior perigo para si
mesmo”.
O
Papa propõe que se repense a questão do poder humano, do seu significado e dos
seus limites, pois um poder descontrolado gera monstros e volta-se contra nós
mesmos.
O
Pontífice volta a afirmar que é urgente colocar limites éticos ao
desenvolvimento da inteligência artificial, que com a sua capacidade de cálculo
e de simulação poderia ser utilizada para dominar o homem e a natureza, em vez
de estar ao serviço da paz e do desenvolvimento integral.
De
“predador”, portanto, o homem deve ser “cultivador” do jardim. Já a tradição
judaico-cristã recorda que terra está confiada ao homem, mas continua a ser de
Deus. Por isso, pretender possuir e dominar a natureza, manipulando-a a seu
bel-prazer, é uma forma de idolatria.
“É
o homem embriagado com o seu próprio poder tecnocrático, que com arrogância
coloca a terra numa condição de ‘des-graça’, isto é, privada da graça de Deus”,
escreve Francisco.
Por
conseguinte, a salvaguarda da criação não é apenas uma questão ética, mas é
eminentemente teológica: diz respeito ao entrelaçamento entre o mistério do
homem e o mistério de Deus. Nesta história, não está em jogo apenas a vida
terrena do homem, está sobretudo em jogo o seu destino na eternidade.
O
Papa recorda que há uma motivação transcendente (teológico-ética) que
compromete o cristão a promover a justiça e a paz no mundo, também através do
destino universal dos bens.
Esperar
e agir com a criação significa, então, viver uma fé encarnada, que sabe entrar
na carne sofredora e esperançosa das pessoas, partilhando a expectativa da
ressurreição corporal a que os fiéis estão predestinados em Cristo.
É
no interior dos dramas da carne humana que sofre que a esperança deve ser
testemunhada. E se alguém sonha, afirma Francisco, “então que sonhe com os
olhos abertos, animados por visões de amor, fraternidade, amizade e justiça
para todos”.
Fonte: Vatican News
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Condolências
do Papa pela morte da mãe do cardeal Parolin
Ada
Miotti Parolin tinha 96 anos. O funeral será realizado na manhã do dia 3 de
setembro em Schiavon, na província de Vicenza.
Vatican
News
No
sábado, 31 de agosto, Ada Miotti Parolin, mãe do cardeal secretário de Estado
Pietro Parolin, “adormeceu serenamente no Senhor”. Ela tinha 96 anos.
O
anúncio da morte, “com dor, mas na fé de Jesus Cristo crucificado e
ressuscitado" foi dado pelos filhos dom Pietro”, Mariarosa e Giovanni com
seus cônjuges, filhos, netos e todos os familiares que escrevem no obituário:
“Eu sou o ressurreição e vida. A vida não é tirada, mas transformada."
O
Papa Francisco expressou suas condolências e proximidade na oração.
O
funeral realizar-se-á terça-feira, 3 de setembro, às 9h30, na igreja paroquial
de Schiavon, na província e diocese de Vicenza. “Depois do funeral – continua o
comunicado – a querida Ada descansará no cemitério de Schiavon”.
Haverá
uma vigília de oração na segunda-feira, 2 de setembro, às 19h30, também na
Igreja de Schiavon. A família agradece a quem esteve “carinhosamente próximo da
querida Ada” e a quem irá participar no funeral, pedindo “não flores, mas boas
obras”.
Fonte: Vatican News
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Na
Indonésia, nova obra de Scholas Occurrentes será concluída pelo Papa
O
Movimento Internacional de Educação, lançado globalmente em 2013 por Francisco,
promoveu a criação do Poliedro do Coração, uma escultura que envolveu 1.500
pessoas que representaram as suas histórias, combinando educação, arte e
tecnologia para simbolizar como cada indivíduo contribui para uma vida mais
vibrante e comunidade global significativa. No dia 4 de setembro, em Jacarta,
durante a 45ª viagem apostólica, a contribuição do Pontífice com um objeto
pessoal
Tiziana
Campisi - Cidade do Vaticano
Chama-se
Poliedro do Coração o projeto pensado para a Indonésia por Scholas
Occurrentes,. Trata-se de uma obra de arte que será concluída em Jacarta, na
Casa da Juventude Grha Pemuda, pelo Papa Francisco no dia 4 de setembro,
durante a 45ª Viagem Apostólica que terá início nesta segunda-feira, 2.
Criado
por pessoas de diferentes ilhas, estagiários e estudantes de várias escolas,
cada peça deste poliedro reflete a diversidade das comunidades do país. A
escultura pretende simbolizar o coração da Indonésia e a riqueza cultural do
país e foi idealizada pelo Movimento Educativo Internacional, lançado globalmente
em 2013 pelo Pontífice, com o objetivo de transformar a vida dos jovens por
meio de metodologias educativas inovadoras que incorporem tecnologia, desporto
e artes. No ano passado, o Papa concluiu o maior mural coletivo do mundo em
Cascais, Portugal,no dia 3 de agosto durante a JMJ.
A Indonésia em uma
obra de arte comunitária
Enraizado
na visão de “criar a Cultura do Encontro, reunindo os jovens em uma educação
que gere Significado”, Scholas é hoje uma força significativa de inclusão,
unidade e envolvimento social nos cinco continentes, envolvendo mais de meio
milhão de escolas e universidades e com o Poliedro do Coração envolveu um total
de 1.500 pessoas, incluindo crianças do programa educativo em Jacarta,
participantes de workshops em Bali, Lombok e Labuan Bajo, bem como detentosde
três estabelecimentos prisionais, incluindo aqueles para jovens, mulheres e
homens.
A
escultura incorpora objetos pessoais dos seus colaboradores, é um espaço
sagrado que preserva memórias, simboliza uma comunidade partilhada; conta, em
todos os sentidos, as histórias dos seus participantes, combinando educação,
arte e tecnologia e quer representar o lema nacional da Indonésia, “Bhinneka
Tunggal Ika” (Unidade na Diversidade). Aguardada agora a contribuição
de Francisco, que no mural de Cascais havia dado a última pincelada. No
Poliedro do Coração, no entanto, ele acrescentará um objeto pessoal,
fortalecendo a conexão entre arte, tecnologia e comunidade.
Existem
três tipos de materiais que serão utilizados para o Poliedro do Coração:
natural, tecido e reciclado, para se alinhar com as mensagens ambientais das
Encíclicas do Papa Francisco, Laudato si' e Laudate
Deum. Estes são materiais cuidadosamente escolhidos para refletir o
compromisso de cuidar da nossa casa comum e de enfrentar os desafios
climáticos.
Fonte: Vatican News
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As
Irmãs Dayak, o Evangelho na floresta de Bornéu
Poucos
dias antes da viagem do Papa Francisco à Indonésia, Papua-Nova Guiné,
Timor-Leste e Singapura, um breve documentário editado por Marianna Beltrami e
Sebastiano Rossitto mergulha nas árvores, nos cursos d'água, em milhares de
espécies vivas e na população indígena para mostrar uma Igreja alegre, viva e
solidária
Vatican
News
Bornéu,
uma ilha dividida entre Indonésia, Malásia e Brunei, contém uma das três
maiores florestas tropicais da Terra, juntamente com a Amazônia e a Bacia do
Congo. Muitas vezes, quando pensamos em florestas, vêm à nossa mente imagens
destacadas das nossas sociedades, mas são lugares habitados por grandes
comunidades indígenas, ricas em tradição e vida, e onde a Igreja local é ativa,
vibrante e criativa. Tudo isso pode ser visto no breve filme documentário no
qual as Irmãs de etnia Dayak vivem e trabalham junto com um grupo indígena. O
que mais se destaca é a harmonia e a bela mistura dos costumes e tradições dos
Dayak e a vida religiosa nos vilarejos remotos da floresta tropical de Sintang
e Temanang.
Uma Igreja jovem e
solidária
Com
a proximidade da visita do Santo Padre à Indonésia, este breve documentário
mostra apenas uma das muitas realidades presentes no arquipélago, no meio da
floresta de Bornéu. O que perpassa nas imagens é a vida cotidiana das Irmãs de
Caridade de Santa Joana Antida, quase todas do grupo étnico Dayak, dedicadas a
atividades de apoio à comunidade, como a gestão da creche e da instrução, a
vida no convento, entre momentos de oração com as jovens Dayak e alegres
karaokês e shows ao redor da fogueira. O documentário é editado por Marianna
Beltrami e Sebastiano Rossitto, jovens documentaristas que, respectivamente do
Reino Unido e da Itália, juntaram-se às Irmãs Dayak para conhecer uma Igreja
jovem e sinodal, onde a ecologia integral é ligada ao tecido cotidiano,
comunitário e espiritual onde ecoa as palavras do Papa expressas na encíclica
Laudato si'.
As boas-vindas da
comunidade indígena
A
acolhida da equipe foi cheia de emoção. Temanang é um pequeno vilarejo na
floresta, acessível depois de quatro horas de carro em uma estrada de chão a
partir de Sintang, que, por sua vez, fica a oito horas de distância da cidade
principal, Pontianak. A área não é frequentada pelo turismo, portanto, receber
convidados gerou grande entusiasmo e “orgulho” em todos os habitantes.
As
boas-vindas, que podem ser vistas nos primeiros minutos do documentário, foram
emocionantes: uma cerimônia em que os anciãos deram a cada um dos membros da
equipe uma estola e um chapéu com bordados típicos dos Dayak. Também foram
emocionantes as saudações do chefe da aldeia, do sacerdote, do catequista e das
mulheres, seguidas por uma manhã inteira de danças de grupos de todas as
idades, dos cinco aos quarenta anos. De volta a Sintang, a base atual das Irmãs,
a equipe vivenciou e conheceu outras celebrações dos grupos Dayak, felizes por
poderem mostrar suas belas tradições e danças para as câmeras.
Um modelo de
ecologia integral
São
realidades onde tudo permanece autêntico e onde a presença da Igreja, que será
confirmada na fé pela presença do Sucessor de Pedro, apenas enriquece um tecido
social já caracterizado por um forte sentido comunitário, sem impor outros
modos de ser, mas se entrelaçando com harmonia e paz entre si e com a Criação.
As Irmãs são um grande exemplo disso e, nesses lugares remotos, trabalhando
junto com os nativos, elas conseguiram criar um microcosmo de ecologia
integral, onde o homem é solidário com o homem e a natureza, sem práticas
abusivas e exploração.
Recordamos
que a viagem do Papa à Indonésia, Papua-Nova Guiné, Timor Leste e Singapura
ocorrerá de 2 a 13 de setembro, com dezesseis discursos, quatro homilias,
tantos quantos forem os países que Francisco visitará ao longo de doze dias. É
a mais longa peregrinação internacional do pontificado do Papa Francisco. Nunca
ele esteve fora do Vaticano por tanto tempo e tão longe.
Fonte: Vatican News
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Indonésia:
a atenção da mídia para a visita do Papa
Mais
de 730 jornalistas credenciados, na sua maioria indonésios, e os outros de
países vizinhos ou da grande delegação da mídia internacional (incluindo os 88
presentes no voo papal), acompanharão os eventos em Jacarta, como a Missa no
estádio nacional, o encontro na catedral e o encontro inter-religioso na
mesquita Istiqlal. Ali. O Papa assinará, com os outros líderes religiosos, uma
declaração sobre “Tolerância e fraternidade”, inspirada no Documento de Abu
Dhabi.
Por Paolo Affatato
Os meios de comunicação indonésios preparam-se para a visita
do Papa, bem como aumenta a atenção do mundo da cultura e de toda a população
pela presença do Pontífice no país, que, no dia 2 de setembro, inicia na
Indonésia sua Viagem apostólica à Ásia e Oceania. Mais de 730 jornalistas
credenciados, na sua maioria indonésios, e os outros de países vizinhos ou da
grande delegação da mídia internacional (incluindo os 88 presentes no voo
papal), acompanharão os eventos em Jacarta, como a Missa no estádio nacional, o
encontro na Catedral e o encontro inter-religioso na mesquita Istiqlal. Ali,
como confirmou o Cardeal Suharyo, o Papa assinará, com os outros líderes
religiosos, uma declaração sobre “Tolerância e fraternidade”, inspirada
no Documento
de Abu Dhabi.
A grande atenção da sociedade indonésia sobre o Pontífice
também pode ser percebida pela multiplicação de livros e publicações em língua
indonésia (Bahasa): o livro do padre Valentino Robi Lesak, vocacionista
indonésio, intitulado “As palavras de bons auspícios do Papa Francisco”, reúne
uma coletânea de intervenções, mensagens, homilias, discursos do Papa
Francisco, sobre temas como fraternidade, diálogo, tráfico de pessoas,
migrantes, cuidado com o meio ambiente. Outros dois livros sobre o Papa, em
Bahasa, foram apresentados, nos últimos dias, na Universidade Atma Jaya: um
deles é intitulado "Miserando atque eligendo", que reúne escritos
de pesquisadores, teólogos e acadêmicos, retoma o lema do Papa, explicando,
comentando e atualizando vários aspectos do ensinamento do Papa Francisco.
O segundo volume, intitulado “Salve peregrinans spei”,
uma experiência única, compilado inteiramente por estudiosos muçulmanos e
líderes religiosos, expressa apreço pelas palavras do Papa Francisco; destaca,
de modo particular, graças à encíclica “Fratelli tutti” e ao Documento de Abu
Dhabi, que Cristãos e Muçulmanos são promotores de respeito, tolerância, paz e
harmonia na sociedade. Neste texto, estudiosos muçulmanos sustentam que a
presença do Papa na Indonésia porá em evidência o rosto do Islamismo indonésio,
centralizado no conceito de "moderação"; isso, por osmose, poderá ter
um impacto na redução dos conflitos, com base na religião, em todo o mundo.
Entre os meios de comunicação indonésios, o grupo que mais se
destaca, em termos de audiência e empreendedorismo no setor, é o “Kompas
Gramedia”, que tem raízes católicas e ainda mantém valores ligados ao
cristianismo. Há 60 anos da sua fundação, o "Kompas Gramedia"
tornou-se uma empresa plurissetorial, que conseguiu se expandir, não apenas no
setor da comunicação (TV, rádio, imprensa, digital), mas também em outros
âmbitos como o editorial, livrarias, educação (com universidades e institutos
de formação), setor hoteleiro, organização de grandes eventos (como o G20 ou
Moto GP, concertos), produção industrial e imobiliária. A empresa conta cerca
de um total de 19 mil funcionários.
“Kompas é um grupo que comprova que, na Indonésia, podem ser
feitos negócios em altos níveis, com espírito cristão, um espírito que, ainda
hoje perdura”: é o que afirma à Agência Fides, Glory Oyong, diretora da
Comunicação empresarial da “Kompas Gramedia”.
A história do grupo Kompas começou em 1965: “Naquela época,
em um cenário político complexo, o General Ahmad Yani, membro do governo,
sugeriu a Frans Seda, ministro católico no governo de Sukarno, que a comunidade
católica deveria criar uma agência de notícias para equilibrar, comparar e
competir com meios de comunicação, ligados ao Partido Comunista ou a outras
realidades, como as comunidades muçulmanas". Por isso, foram escolhidos,
para dirigir a nova iniciativa, profissionais como Oyong, que tinha experiência
como diretora da "Star Weekly", e Jakob Oetama, um dos líderes da
revista católica “Penabur”.
Com a aprovação do Presidente Indonésio, Sukarno, eles se
mobilizaram para criar um novo jornal, que, inicialmente, deveria se chamar
"Bentara Rakyat" (“Mensageiro do Povo”), mas, depois, "foi o
próprio Presidente Sukarno a sugerir o nome “Kompas" (“Bússola”). Assim,
ao atingir o número mínimo necessário de 5.000 assinantes, nasceu o jornal
“Kompas”, que “recebeu o financiamento inicial e um significativo apoio
cultural e moral dos Bispos e da comunidade católica. No entanto, jamais foi um
jornal partidário ou confessional”, mas sempre manteve um caráter generalista e
inclusivo. Ao recrutar funcionários e jornalistas, o grupo sempre foi uma
'Indonésia em miniatura', por refletir a natureza pluralista da nação".
Neste sentido, Glory Oyong recorda: “O Kompas atua com a missão de servir o bem
comum, iluminado pelo seu lema ‘Amanat Hati Nurani Rakyat’, ou seja, respeitar
a consciência do povo. Colocamos as pessoas em primeiro lugar: as necessidades,
expectativas, necessidades dos pobres. O grupo tem também uma missão educativa,
inerente ao seu nome, ou seja, orientar”. Mas, Glory Oyong observa ainda: “O
grupo Kompas, em todas as suas vertentes, não é uma empresa que visa apenas o
lucro. Queremos cuidar das pessoas, preocupar-nos com a dignidade humana e a
solidariedade, e viver, todos os dias, no nosso trabalho, os nossos valores
cristãos”.
O jornal Kompas começou a ser publicado em 28 de junho de
1965, em um escritório no centro de Jacarta. Sua tiragem passou de 4.800
exemplares, em 1965, para aproximadamente 500.000, em 2014. Desde 1969, o
Kompas se tornou o maior jornal nacional em língua indonésia do país. Por isso,
Glory Oyong acrescenta: “Agora, na Indonésia, somos o primeiro canal de notícias,
por audiência; atuamos na rádio, TV, Internet e também nas redes sociais, como
no YouTube, Instagram, Tik-Tok”. “Todo este sistema midiático, assegura Oyong,
estará a serviço da visita do Papa Francisco. Kompas participa da Comissão
organizadora e atua como ponte entre os demais meios de comunicação indonésios
e internacionais. A TV transmitirá ao vivo os eventos do Pontífice, a fim de
que o vasto público possa receber suas palavras, gestos e significados. O nosso
será também um serviço aos jovens, que vivem nas redes sociais, para que possam
respirar o espírito de unidade, segundo o nosso lema nacional: “A unidade na
diversidade. A nossa comunicação está à disposição desta visão”.
*Agência Fides
Fonte: Vatican News
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Documento
de Abu Dhabi, guia para o Islamismo indonésio
“Poderíamos
dizer que lutávamos por um Estado nacional, que não era baseado em uma
religião, mas tampouco em uma fundação totalmente leiga. Era como um
meio-termo". Assim, chegou-se a um acordo sobre a Pancasila, a "Carta
dos Cinco Princípios", fundamento do novo Estado, que incluía o princípio
da fé em Deus, que teve um ponto comum ou de encontro unificador entre os
diferentes blocos religiosos, políticos e culturais, todos envolvidos na
construção de um novo Estado, explica estudioso muçulmano
Por
Paolo Affatato
"As
tentativas de impor uma teocracia na Indonésia falharam. Isso aconteceu, pelo
menos em duas ocasiões, em meados da década de 1900 e, depois, na década de
1990. Esta tentativa não teve o apoio dos muçulmanos indonésios e nem teria
também hoje" é o que afirma, em uma entrevista à Agência Fides, Ulil
Abshar-Abdalla, conhecido na Indonésia com o apelido de “Gus Ulil”, estudioso e
religioso muçulmano, expoente da Associação islâmica “Nahdlatul Ulama” (NU), na
qual é presidente do Lakpesdam, “Instituto para Estudos e Desenvolvimento de
Recursos Humanos”. Ulil participa da “Conferência Indonésia sobre Religião e
Paz” (ICRP).
O
estudioso fala sobre o Islamismo indonésio às vésperas da chegada do Papa
Francisco, que visitará a Indonésia, de 3 a 6 de setembro, primeira etapa da
sua Viagem ao Oriente: “O nosso é um Islamismo que mantém relações estreitas
com a Igreja Católica. Preparamo-nos para acolher o Papa com respeito, estima e
amizade, compartilhando ideais e visão de fraternidade e paz entre os povos e
religiões”.
Ao
explicar o Islamismo indonésio, hoje, Ulil volta à história islâmica nesta
terra, terra de 'Nusantara' ou 'arquipélago', nome histórico da região que
abrange a Indonésia e parte do Sudeste Asiático, como a Malásia e Cingapura.
“Nesta
região, - explica Ulil -, após os primeiros contatos com o Islamismo, nos
séculos VIII-IX, o processo de islamização começou a partir do século XIII. O
Islamismo, trazido pelos mercadores árabes, foi acolhido por uma grande
população, tornando-se popular e majoritário. Nesta região, assumiu algumas
influências das culturas, costumes e tradições existentes. Daí, houve um
processo de adaptação no contexto cultural local, que, com o seu
desenvolvimento histórico, criou certo tipo de Islamismo. Hoje, chamamos ‘Islão
Nusantara' para descrever e compreender o Islamismo, assim como é visto e
praticado nesta área específica do mundo". Entre as suas características,
Ulil acrescenta: "Eu mencionaria a profunda tolerância para com os
sistemas de pensamento, diferentes sistemas religiosos e culturas; coexistência
pacífica com grupos de pessoas de diferentes religiões; capacidade de adaptação
à situação e ao contexto sócio-político-cultural; moderação, equilíbrio”.
Além
disso, explica ainda Ulil Abshar-Abdalla: “No Islamismo indonésio, o papel das
mulheres é muito importante na vida pública e privada. Durante muitos séculos
as mulheres foram fortemente representadas na participação na vida pública”.
Em
nível histórico, sobretudo, em relação à política, Gus Ulil observa: "É
importante saber que, aqui, não temos nenhuma experiência histórica de
Califado, como é entendido no Oriente Médio ou no Norte de África: não houve,
historicamente, uma dinastia que detinha o poder político e também religioso.
Por isso, na Indonésia a nossa transição do estado tradicional para o estado
moderno foi bastante tranquilo; foi um processo sem conflitos, como o que
aconteceu com as potências colonizadoras (ndr.)". A este respeito, Ulil
Abshar-Abdalla acrescenta: “Os muçulmanos estiveram profundamente envolvidos no
movimento de independência e na resistência contra o poder colonial holandês.
Os líderes e movimentos islâmicos desempenharam um papel fundamental na
resistência, junto com o movimento nacionalista secular. É uma percepção errada
dizer que apenas o movimento nacionalista secular foi decisivo para a
independência: o movimento independentista envolveu diferentes tipos de
pessoas, leigos, muçulmanos comunistas, homens de todas as confissões. Os
muçulmanos e as suas organizações lutaram para construir o Estado
nacional".
Aqui,
Gus Ulil não fala de um “Estado leigo”, mas com uma terminologia mais adequada:
“Poderíamos dizer que lutávamos por um Estado nacional, que não era baseado em
uma religião, mas tampouco em uma fundação totalmente leiga. Era como um
meio-termo". Assim, chegou-se a um acordo sobre a Pancasila, a "Carta
dos Cinco Princípios", fundamento do novo Estado, que incluía o princípio
da fé em Deus, que teve um ponto comum ou de encontro unificador entre os
diferentes blocos religiosos, políticos e culturais, todos envolvidos na
construção de um novo Estado. Sukarno, do bloco nacionalista, foi o responsável
da formulação da Pancasila, mas, gostaria de salientar, que ele também era um
muçulmano devoto, pertencente ao movimento Muhammadhya. Assim, desde o início,
foi reconhecido o papel público da religião, não de apenas de uma religião,
para a comunidade civil”.
Este
líder recorda: “Após a proclamação da nossa independência, surgiu um grupo que
apoiava a criação de um Estado islâmico, o “Darul Islam”.
Soekarmadji
Kartosuwiryo era um colega de escola de Sukarno e desenvolveu a ideia de criar
um Estado islâmico nas décadas de 1940 e 1950, mas não obteve apoio em nível
político e nem popular. Por isso, foi executado na década de 1960".
“Nos últimos tempos – continua o líder – foi
feita outra tentativa na Indonésia pela Jamaah Islamiyah, criada nos anos 90,
por Abu Bakar Bashir, que também foi à falência. Pouco tampo atrás, no final do
mês de junho, altos expoentes da Jamaah Islamiyah declararam a dissolução do
grupo. Os líderes prometeram não recorrer mais à violência e abandonar o
terrorismo. Usando uma linguagem religiosa, eles se arrependeram e declararam
que abraçariam de novo a ideia do Estado nacional da Indonésia.
“A
Indonésia de hoje, - conclui o líder – está enfrentando este tipo de desafios.
A visão política tenta encontrar um equilíbrio entre o fenômeno da
secularização excessiva, em que a sociedade e a cultura poderiam perder toda a
referência a Deus; hoje, encontra apoio e se manifesta com um plano lançado
pelo governo chamado 'Moderasi beragama', ou seja, 'Moderação Religiosa',
administrado pelo Ministério dos Assuntos Religiosos. Trata-se de um projeto
apoiado por organizações, como Muammhaduya e “Nahdlatul Ulama” (NU), que goza
de amplo consenso popular e continua nas escolas”.
“A
nossa visão, imbuída de comunhão espiritual e fraternidade, diz por fim o
líder, é expressa em frequentes encontros religiosos. Esta visão é confirmada
na Indonésia por dois expoentes, que, em Abu Dhabi, assinaram o “Documento
sobre a Fraternidade humana pela Paz mundial e a coexistência comum”:
o Xeque de Al-Azhar, que esteve no país em julho, e o Papa Francisco, que está
para chegar. Ambas as visitas vão na mesma direção: diálogo, boas relações,
tolerância, fraternidade”.
Este documento será um guia para nós. Ele também é
muito apreciado na Indonésia. Por isso, difundimos o seu espírito, através de
conferências e seminários, a um público cada vez mais amplo. Enfim, queremos
agradecer ao Papa, porque este é um texto para ser praticado e não apenas
lido”.
*Agência
Fides
Fonte: Vatican News
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Encontrados
em Gaza corpos de seis reféns, pouco antes da chegada do exército israelense
Cinco
das seis vítimas eram jovens que haviam sido sequestrados pelo Hamas no ataque
aos participantes de um festival de música no deserto, em 7 de outubro. Os seus
corpos estavam num túnel na área de Rafah. O Fórum das famílias dos reféns
lança o apelo à greve geral em Israel.
Marco
Guerra – Cidade do Vaticano
O
exército israelense encontrou os corpos de seis reféns prisioneiros do Hamas em
um túnel na zona de Rafah, a um quilômetro do túnel onde tinha sido mantido em
cativeiro Farhan al Qadi, libertado nos últimos dias. As Forças de Defesa de
Israel (IDF) relatam ter recuperado os corpos no sábado em um túnel de 20
metros abaixo do solo.
A identificação dos
corpos
Os
restos mortais das vítimas foram levados de volta a Israel e foram formalmente
identificados na madrugada de domingo. Trata-se de quatro homens e duas
mulheres, cinco dos quais foram sequestrados pelo Hamas durante o ataque de 7
de outubro, quando se realizava o festival de música no deserto israelense.
“O
exército e o Shin Bet localizaram e recuperaram os corpos dos reféns Carmel
Gat, Eden Yerushalmi, Hersh Goldberg-Polin, Alexander Lobanov, Almog Sarusi e
Ori Danino”, dizia um comunicado das FDI. Um porta-voz do exército israelense
explicou mais tarde que os seis reféns “foram cruelmente mortos por terroristas
do Hamas pouco antes de nossa chegada”.
As primeiras reações
O
presidente israelense, Isaac Herzog, afirmou que “o coração de uma nação
inteira foi despedaçado”. O ministro da Defesa, Yoav Gallant, afirmou estar
próximo das famílias e pediu perdão, enquanto o ex-ministro da Defesa Benny
Gantz exortou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a ligar imediatamente para
as famílias das vítimas. O primeiro-ministro, por sua vez, acusou o Hamas de
rejeitar as negociações, pois “aqueles que matam os reféns não querem um
acordo”.
Familiares convocam
greve
A
dor e a indignação são expressas pelo Fórum das famílias dos reféns e dos
desaparecidos, que convoca uma greve geral em Israel para amanhã,
segunda-feira, 2 de setembro.
“A
liderança nacional abandonou os reféns e este é o momento para a liderança
social, econômica e local defender o bem das famílias dos sequestrados, o bem
do público e o bem do valor da solidariedade e responsabilidade mútua”, lê-se
em uma nota do Fórum, que convida a “fechar a economia amanhã”.
'O
quartel general das famílias dos reféns apela aos responsáveis pela economia,
pelo Histadrut e as administrações locais para que fechem amanhã a economia e o
Estado para pressionarem o executivo e o primeiro-ministro para que parem com o
abandono e salvem os reféns vivos” , afirmam ainda as famílias dos reféns.
Fonte: Vatican News
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Morto
em Gaza Hersh, filho de Rachel
O
corpo do jovem de 23 anos foi encontrado junto com os de outros cinco reféns em
Gaza. A mãe havia enviado uma mensagem em vídeo ao Papa e encontrou-se com ele
no Vaticano.
Roberto
Cetera
Conheci
Rachel alguns dias depois de 7 de outubro. Um amigo israelense nos colocou em
contato. Liguei para ela e sugeri que nos encontrássemos em um bar da Cidade
Velha ou em um hotel. Mas ela insistiu que eu me encontrasse com ela em sua
casa, junto com seu marido Jon e as duas irmãs mais novas de Hersh. Faz uma
grande diferença quando a entrevista acontece na casa do entrevistado. Você
entende muito mais coisas, você entra em sua intimidade.
A primeira
entrevista, depois de 7 de outubro
Naquela
manhã calma de verão, no final de outubro, entrei na sua dor, na sua
sensibilidade religiosa, na sua força delicada e ao mesmo tempo forte, na sua
empatia pelos que sofrem. E eu não saí mais desta sua vivência, porque
continuamos a nos encontrar nestes onze meses de luta e dor. Gosto de dizer que
nos tornamos amigos. Não falamos sobre o sequestro, nem sobre guerra ou
política.
Rachel e a vida e os
sonhos de Hersh
Ela
me contou tudo sobre Hersh. Dos seus 23 anos. De quando ele tinha 8 anos e eles
se mudaram dos EUA para Israel. Da sua curiosidade pelo mundo e pela
humanidade. De suas viagens de carona pela Europa. Do seu amor pela Itália. Das
passagens já adquiridas para viajar pelo mundo durante um ano. Da sua paixão
pela música, que mais tarde lhe foi fatal naquele maldito concerto Supernova.
Dos seus estudos como paramédico (“mas não fale sobre isso porque pode ser
perigoso para ele se os sequestradores souberem”). Da sua marcada
sociabilidade, que lhe rendeu muitos amigos, “mesmo árabes”. Em suma, o retrato
simples e claro de um jovem bom com muita vontade de viver.
Palavras de amor e
esperança, não de raiva
Tocava-me
a serenidade desta mulher, expressão de uma profunda espiritualidade interior.
E fiquei impressionado com sua extraordinária capacidade de conjugar força e
delicadeza. Nem uma palavra de raiva, desespero ou ressentimento saía de sua
boca. Mas apenas palavras de amor: “Em Gaza há mães que sofrem como eu, e
muitas ainda mais do que eu porque já nem sequer têm esperança” e: “Estou
convencida de que Hersh agora também é cuidado por uma mãe em Gaza , e isso me
conforta porque as mães não sabem odiar."
Seu
relato me emocionou. Ela percebeu isso. Trocamos um forte abraço. Um abraço que
era o sinal de um pacto. Parecia-me um pouco paradoxal que fosse ela a me
consolar.
A mensagem de vídeo
ao Papa e o encontro no Vaticano
Antes
de sair ela me disse: “Mas tu poderias fazer chegar uma mensagem ao Papa
Francisco?”. “Não sei, vamos tentar”. Gravamos um pequeno vídeo em que Rachel
não pedia nada, mas agradecia ao Papa pelas palavras e orações pela libertação
dos reféns. Assim que desci as escadas, enviei o vídeo ao meu diretor para que
ele encontrasse uma forma de mostrá-lo ao Papa.
Poucos
dias depois, o Papa decidiu acolher uma delegação de familiares dos reféns no
Vaticano; Rachel foi quem o entreteve por mais tempo. Quando saíram, foram
escoltados por guarda-costas israelenses que impediram a aproximação dos
jornalistas. Mas ela, surpreendida por me ver presente em Roma, escapou do
cordão de isolamento para vir abraçar-me e contar-me de sua emoção diante do
Papa.
Os tantos encontros
destes meses
Depois
nos vimos várias outras vezes nesses onze meses. Apresentei-a ao cardeal Zuppi
quando veio a Jerusalém. A última vez foi há algumas semanas junto com minha
colega Maria Gianniti da Rai, que lhe dedicou uma bela entrevista. Ela me
contou sobre o alívio que a oração contínua dos Salmos lhe proporcionava. E,
sempre esperançosa, me disse: “Assim que o libertarem, estarád entre os
primeiros que chamarei para vir festejar conosco”.
O telefonema durante
a noite: encontrado o corpo de Hersh
Então,
no último sábado à noite, recebi um telefonema de um amigo israelense: “Lamento
informar, mas encontraram seis corpos em Gaza e parece que um deles é de
Hersh”. Hersh não vai voltar. Assim o decretaram os criminosos do Hamas e
aqueles que, pelos seus miseráveis interesses, não quiseram negociar a sua
libertação. Vi e escrevi coisas horríveis nestes onze meses. 40 mil mortos em
Gaza; muitos da mesma idade de Hersh. Mas aquele telefonema me mergulhou no
desespero. Porque assim como entrei na vida de Rachel e Jon, Hersh entrou na
minha.
Podemos perdoar se
compreendermos que não somos os únicos a sofrer
Rachel
uma vez me disse: “Eu sei que vocês, cristãos, trabalham muito sobre o perdão.
Falar de perdão nesta situação é difícil, talvez impossível. Mas há uma coisa
que pode abrir caminho para o futuro perdão recíproco. E é ter consciência do
sofrimento dos outros. Não somos os únicos que sofrem. Para além daquele muro
em Gaza há muitas pessoas inocentes que sofrem. Não podemos ignorar isso."
Rachel não ignora isso.
Fonte: Vatican News
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Do dia 31/8/2024
Com 1.200
pessoas, Jornada Diocesana da Juventude é símbolo de esperança em Faria Lemos,
Bento Gonçalves
Evento proporcionou tarde de oração, formação e
alegria para participantes das diversas Regiões Pastorais da Diocese de Caxias
do Sul
A Paróquia Nossa
Senhora do Rosário em Faria Lemos, que há três meses foi ponto de acolhida dos
desabrigados das chuvas e das equipes de buscas, no sábado, 31 de agosto,
acolheu a esperança. Mais de 1200 pessoas, em sua maioria jovens, vindas de
diversas cidades da Serra Gaúcha, desembarcaram no distrito de Bento Gonçalves
para participar da 8ª Jornada Diocesana da Juventude, a JTchêJ.
O evento iniciou
com a participação da Orquestra de Sopros de Faria Lemos, composta por músicos
da comunidade. Em seguida, os participantes foram acolhidos com a animação
conduzida pela banda de grupos de jovens de Bento Gonçalves.
A tarde seguiu
com momentos de oração e formação com as catequeses. Nesta edição foram
trabalhados quatro temas que envolveram: autocuidado e saúde mental; como ser
cristão nas redes sociais a exemplo do beato Carlo Acutis; evangelização por
meio da dança e como a fé pode auxiliar no caminho profissional.
A adoração ao
Santíssimo Sacramento e a Missa de Envio, momentos centrais da JTchêJ
proporcionaram uma experiência de aprofundamento da fé. A adoração foi
conduzida pelo bispo diocesano de Caxias do Sul, Dom José Gislon. Ele destacou
que o encontro de jovens gera bons frutos: “Nossa Diocese de Caxias do Sul, que
está completando 90 anos de criação, quando faz um evento como esse é de suma
importância porque os jovens também tem necessidade de se encontrar com outros
jovens que fazem uma caminhada de fé. E quando a gente olha com carinho e
prepara as novas gerações, temos que ter presente que serão pais, mães e
profissionais do futuro e vão poder contribuir com a sociedade, com a caminhada
da Igreja e com a vivência do evangelho no mundo.”
Já a Missa foi
presidida pelo bispo auxiliar de Porto Alegre, Dom Darley José Kummer, que é
membro da Comissão Episcopal da Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB). Em sua homilia, ele encorajou os jovens a seguirem a Cristo
buscando orientação na sua Palavra. “Jovens, leiam a Bíblia e transforem em fé
viva o que vocês leem, aprendem e ensinam. Precisamos de uma nova civilização
do amor, de pessoas que cultivem a Ecologia Integral, a fraternidade entre
todos e que não tenham medo. E nós encontramos como realizar todas essas coisas
na Palavra de Cristo”. Ele também manifestou solidariedade com a comunidade de
Faria Lemos: “Vocês, Jovens, são a esperança, e, para essa comunidade que em
maio passado foi fortemente atingida pelas chuvas, devemos mostrar que não
estão sós. Toda a Igreja, está rezando e está junto com vocês neste momento de
retomada, como hoje, sendo esse sinal de recomeço”.
Para finalizar e
celebrar o dia, o encerramento da JTchêJ foi no formato de uma festa católica,
animada e conduzida pelo maranhense DJ Moisés Santos. O DJ fez toda a juventude
tirar o pé do chão ao som de músicas católicas remixadas.
Chaiane
Marcante, do grupo Juventude Scalabriniana (Juves), viveu os diversos momentos
da Jornada com alegria: “Viver a JTchêJ é sempre muito bom porque a gente
consegue encontrar com muitos outros grupos, nós temos um momento de partilha muito
interessante. Eu gostei muito das catequeses, de a gente poder escolher nossos
temas de interesse. O show foi incrível e é muito legal ver tantos jovens se
movimentando para estar juntos em oração”.
O assessor do
Setor Juventude, padre Gustavo Predebon fez uma avaliação positiva da JTchêJ:
“Dentro que foi acontecendo este ano, as chuvas, as dúvidas, a gente conseguiu
fazer um bonito evento, que envolveu os jovens, que foi alegre e divertido.
Também foi importante para a comunidade de Faria Lemos, para eles recuperarem a
esperança em dias melhores”.
Caxias do Sul
volta a receber a JTchêJ
Ao término da
JTchêJ, Caxias do Sul foi anunciada como cidade-sede da 9ª edição que será
realizada em 2025. A Jornada irá acontecer no contexto do ano jubilar, em data e
local a serem definidos.
Fonte:
Site da Caxias do Sul
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Em celebração festiva
com mais de 1,1 mil pessoas, Pastoral da Criança do RS festeja 40 anos no
Santuário de Caravaggio
A
programação iniciou na avenida Dom José Baréa com a procissão reunindo líderes
e coordenadoras da Pastoral da Criança das 18 arqui/dioceses do Rio Grande do
Sul, seguida de Missa festiva, almoço e partilha com a coordenadora nacional
A
Diocese de Caxias do Sul acolheu, neste sábado, 31 de agosto, a celebração dos
40 anos da Pastoral da Criança no Rio Grande do Sul. Os festejos aconteceram no
Santuário Diocesano de Nossa Senhora de Caravaggio, em Farroupilha, e reuniram
mais de 1,1 mil pessoas. A programação iniciou na avenida Dom José Baréa com a
procissão reunindo líderes e coordenadoras da Pastoral da Criança das 18
arqui/dioceses gaúchas.
O
secretário da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) Regional Sul 3 e
bispo de Montenegro, Dom Carlos Rômulo Gonçalves e Silva, esteve na abertura da
procissão e agradeceu a presença. "Hoje é dia de festa, dia de agradecer o
dom, o sim, a missão de cada uma de vocês que se dedicam a ajudar que nossas
crianças tenham vida plena".
A
Missa festiva, no interior do Santuário de Caravaggio, foi presidida pelo bispo
referencial para a Pastoral da Criança e auxiliar de Porto Alegre, Dom Odair
Miguel Gonsalves dos Santos. A Eucaristia foi concelebrada pelo bispo da
Diocese de Caxias do Sul, Dom José Gislon, pelo coordenador de Pastoral da
Diocese de Caxias, padre Leonardo Inácio Pereira, pelo reitor do Santuário,
padre Ricardo Fontana, e pelos assessores da Pastoral da Criança nas dioceses
gaúchas.
Em
sua homilia, Dom Odair recordou a missão da Pastoral da Criança na redução dos
índices de mortalidade infantil. "Quero fazer uma saudação especial às
pérolas preciosas que são as líderes da Pastoral da Criança. Hoje, completando
o Mês Vocacional, nos reunimos para celebrar 40 anos dessa história de amor. O
bem que a Pastoral da Criança realiza é de extrema importância. Os resultados
positivos da redução da mortalidade infantil são resultado do amor e da
dedicação de tanta gente".
A
Missa festiva dos 40 anos Pastoral da Criança no Rio Grande do Sul teve a presença
da coordenadora nacional, Maria Inês Monteiro de Freitas, e da coordenadora
estadual, Nilva Canuto Libardi. Foi Neusa que descreveu, ao final: "não
tenho palavras para descrever o sentimento desse grande dia de celebração. Hoje
é dia de celebrar o dom da vida e da vocação de vocês, líderes e
coordenadoras", salientou.
O
encontro festivo dos 40 anos da Pastoral da Criança no Rio Grande do Sul foi
concluído com o almoço de confraternização no restaurante que fica embaixo do
auditório do Santuário e com um momento de assessoria e partilha da
coordenadora nacional, Maria Inês Monteiro de Freitas.
Fonte:
Site da Diocese de Caxias do Sul
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O
compromisso pela paz se faz com a fé, diz Papa aos capuchinhos
“A fé fez
de São Francisco, em tantas ocasiões, um instrumento de paz nas mãos de Deus e
essa sempre teve e terá um vínculo vital com a proximidade aos últimos, não nos
esqueçamos”. Palavras do Papa Francisco aos participantes do 86º Capítulo Geral
da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos recebidos na manhã deste sábado no
Vaticano
Jane
Nogara - Cidade do Vaticano
Na manhã
deste sábado, 31 de agosto, o Papa recebeu no Vaticano os participantes do 86º
Capítulo Geral da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Após as saudações
iniciais, Francisco fez votos aos presentes para aproveitarem a ocasião
"para se questionarem sobre o que o Senhor está pedindo", para assim
"poderem continuar, hoje, a proclamar com paixão o Reino de Deus, seguindo
os passos do Pobrezinho de Assis”.
Ao
iniciar sua reflexão, destacou aos presentes “três dimensões da espiritualidade
franciscana”, para assim poder ajudá-los “em seu discernimento e apostolado
missionário: fraternidade, disponibilidade e compromisso
pela paz.
Fraternidade
Para
falar sobre a fraternidade o Papa recordou o lema do Capítulo: “O Senhor me
deu irmãos, para ir pelo mundo”. Esse lema, disse o Pontífice, “recorda a
experiência de São Francisco, sublinhando que a missão, segundo seu carisma,
nasce na fraternidade para promover a fraternidade”, explicando em seguida:
“Podemos dizer que na base há uma ‘mística da colaboração’, segundo a qual, no
plano de Deus, ninguém pode se considerar uma ilha, mas cada um se relaciona
com os outros para crescer no amor, saindo de si mesmo e fazendo da sua própria
singularidade um presente para seus irmãos”. Incentivando a “reconhecerem-se,
na fé, como irmãos escolhidos, reunidos e acompanhados pela caridade
providencial do Pai”, acrescentou: “deixem-se interpelar por essa verdade,
especialmente no campo da formação (...) porque sem formação não há futuro”. Ao
falar sobre os temas dos encontros Francisco destacou a importância de
colocarem sempre no centro, as pessoas. “Aquelas a quem o Senhor os
envia e aquelas com as quais lhes dá a viver, o bem delas e a sua salvação”.
Sintetizando disse:
“No
centro, a fraternidade, da qual eu os encorajo a se tornarem
promotores em suas casas de formação, na grande família franciscana, na Igreja
e em todos os âmbitos em que trabalham, mesmo à custa de renunciar, em favor
dela, a projetos e realizações de outro tipo”
Disponibilidade: “Eis-me aqui”
“Vocês,
capuchinhos, têm a fama de estarem prontos para ir aonde ninguém quer ir, e
isso é muito bom”, disse Francisco ao falar sobre a segunda dimensão da
espiritualidade franciscana. “De fato”, continuou, “seu estilo aberto
testemunha a todos que a coisa mais importante na vida é a caridade”. “Assim,
vocês representam um sinal para toda a comunidade cristã, chamada a ser
missionária e ‘em saída’ sempre e em todos os lugares”. Um sinal importante,
especialmente em tempos como os atuais e acrescentou:
“Nesse
contexto, a sua disponibilidade de se deixar envolver pessoalmente pelas
necessidades de seus irmãos e de dizer com humilde coragem: ‘Eis-me aqui,
envia-me!’ é um dom carismático a ser valorizado e aumentado”
Compromisso pela paz
Ao falar
sobre a terceira dimensão da espiritualidade franciscana o compromisso
pela paz, Francisco afirmou que “a capacidade de estar com todos, no
meio do povo, a ponto de serem comumente considerados os ‘irmãos do povo’, ao
longo dos séculos, fez de vocês ‘construtores da paz’, capazes de criar
oportunidades de encontro, mediar a resolução de conflitos, aproximar as
pessoas e promover uma cultura de reconciliação, mesmo nas situações mais
difíceis”. Acrescentando “no entanto, como já dissemos, na base desse carisma
há uma condição fundamental: estar, em Cristo, próximo a todos”.
Concluindo
o Papa recordou mais uma vez o exemplo de São Francisco que foi “um homem de
paz” por seus encontros nos quais encontrou Cristo, seu Salvador.
“Assim,
por ter sido perdoado, se tornou portador de perdão, por ter sido amado,
distribuidor de amor, por ter sido reconciliado, promotor de reconciliação. Foi
a fé que fez dele, em tantas ocasiões, um instrumento de paz nas mãos de Deus,
e a fé, para Ele como para nós, teve e sempre terá um vínculo vital com a
proximidade aos últimos, não nos esqueçamos disso”.
Fonte:
Vatican News
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Papa disse aos Capuchinhos que o seu «estilo
aberto» testemunha que o «mais importante na vida é a caridade»
«Vocês
representam um sinal para toda a comunidade cristã, chamada a ser missionária e
‘em saída’ sempre e em todos os lugares» – Francisco
O
Papa Francisco disse aos Franciscanos Capuchinhos, que participam no 86.º
Capítulo Geral desta ordem religiosa, que essa reunião é uma oportunidade “para
se questionarem sobre o que o Senhor está pedindo”, na audiência, deste sábado,
no Vaticano.
“Espero,
que, ao mesmo tempo que agradeceis a Deus o desenvolvimento da Ordem, sobretudo
nas jovens Igrejas, aproveiteis este debate para perguntar o que vos pede o
Senhor, para poder continuar, hoje, a anunciar com paixão o Reino de Deus
seguindo os passos do Pobrezinho”, disse o Papa, no discurso divulgado pela
sala de imprensa da Santa Sé.
Aos
Frades Menores Capuchinhos (OFMCap), 86º Capítulo Geral da Ordem, Francisco
explicou que essa reunião “é um momento importante para si e para a Igreja”,
destacando que é “uma oportunidade extraordinária para partilhar as ‘coisas
maravilhosas’ (cf. Sl 125,3) que Deus continua a realizar” através destas
“filhos de São Francisco”.
Na
Sala do Consistório, na manhã deste sábado, 31 de agosto, no final da primeira
semana de capítulo geral dos Capuchinhos, o Papa destacou “três dimensões da
espiritualidade franciscana” – “fraternidade, disponibilidade e compromisso
pela paz” – para ajudá-los no “seu discernimento e apostolado missionário”.
‘O
Senhor me deu irmãos, para ir pelo mundo’, é o lema do Capítulo Geral 2024 da
OFMCap, e, para o Papa, recorda a experiência de São Francisco, “sublinhando
que a missão, segundo o seu carisma, nasce na fraternidade para promover a
fraternidade”.
“Podemos
dizer que na base há uma ‘mística da colaboração’, segundo a qual, no plano de
Deus, ninguém pode considerar-se uma ilha, mas cada um relaciona-se com os
outros para crescer no amor, saindo de si mesmo e fazendo da sua própria
singularidade um presente para seus irmãos”, desenvolveu.
Francisco
incentivou os religiosos a “reconhecerem-se, na fé, como irmãos escolhidos,
reunidos e acompanhados pela caridade providencial do Pai”, e pediu que se
deixem “interpelar por essa verdade, especialmente no campo da formação; porque
sem formação não há futuro”.
“No
centro, a fraternidade, da qual os encorajo a tornarem-se promotores em suas
casas de formação, na grande família franciscana, na Igreja e em todos os
âmbitos em que trabalham, mesmo à custa de renunciar, em favor dela, a projetos
e realizações de outro tipo.”
A
disponibilidade dos Capuchinhos, o dizerem “com humilde coragem ‘Eis-me aqui,
envia-me!’, é, segundo Francisco, “um dom carismático a ser valorizado e
aumentado”, como a disponibilidade destes frades deixarem-se “envolver
pessoalmente pelas necessidades de seus irmãos”.
“Vocês,
capuchinhos, têm a fama de estarem prontos para ir aonde ninguém quer ir, e
isso é muito bom. De facto, o seu estilo aberto testemunha a todos que a coisa
mais importante na vida é a caridade”, acrescentou.
“Vocês representam um sinal para toda a comunidade
cristã, chamada a ser missionária e ‘em saída’ sempre e em todos os lugares.”
O
Papa refletiu também sobre o “compromisso”, e realçou a capacidade dos Frades
Menores Capuchinhos em estarem “com todos, no meio do povo, a ponto de serem
comumente considerados os ‘irmãos do povo’, ao longo dos séculos”.
“Fez
de vocês ‘construtores da paz’, capazes de criar oportunidades de encontro,
mediar a resolução de conflitos, aproximar as pessoas e promover uma cultura de
reconciliação, mesmo nas situações mais difíceis; no entanto, como já dissemos,
na base desse carisma há uma condição fundamental: estar, em Cristo, próximo a
todos”, desenvolveu.
“Estou
feliz”, disse o Papa no início do seu discurso, lembrando os Capuchinhos “de
Buenos Aires: bons confessores”, em concreto de Espanha, “bascos que Franco
tinha afugentado” – “ons confessores, ótimos” –, e realçou que um “ainda está
vivo, é argentino”; “eu nomeei-o cardeal agora”, acrescentou Francisco,
referindo-se ao cardeal Luis Pascual Dri, confessor no Santuário de Nossa
Senhora de Pompeia (Buenos Aires), que foi nomeado aos 96 anos de idade, no
consistório de 2023.
O
86.º Capítulo Geral da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos tem 173
capitulares, representantes dos capuchinhos no mundo, presentes em “mais de cem
países”, para além de “aproximadamente 45 frades”, que estão ao serviço da
reunião, em funções como traduções, liturgia, secretarias, serviços fraternos,
técnicos em informática, etc.- Fonte: Agência Ecclesia
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O
Papa: mais justiça e inclusão na produção e consumo de energia
Francisco
recebeu em audiência os dirigentes e funcionários da Terna na Sala Clementina,
oportunidade em que fez votos que a energia seja “limpa” não só de fontes
fósseis, mas sobretudo de injustiças, guerras e desigualdades. O apelo pelos
mortos no trabalho em infraestruturas energéticas: “Não esqueçamos deles e
trabalhemos para que não existam mais mortes.”
Lorena
Leonardi – Cidade do Vaticano
“Vocês
estão comprometidos com um futuro alimentado por energia limpa” e
“de fato há muita energia suja no planeta”, devido às “muitas
fontes fósseis e não renováveis; mas também manchada pela injustiça, pelas
guerras", "suja pelas relações de trabalho injustas, pela
concentração de enormes lucros em poucas mãos, pelos ritmos de trabalho
insustentáveis que poluem as relações empresariais e a alma das
pessoas".
Palavras
do Papa Francisco na manhã deste sábado, 31 de agosto, ao dirigir-se aos cerca
de 200 dirigentes e funcionários da empresa Terna, recebidos em audiência na
Sala Clementina do Palácio Apostólico. “A energia boa não é apenas uma questão
tecnológica - acrescentou - e é preciso que a produção e o consumo tornem-se cada
vez mais justos e inclusivos”.
Nunca mais mortes no trabalho
“Vocês
são operadores do bem comum, do bem de todos e de cada um”, continuou
Francisco, referindo-se ao papel da empresa enquanto gestora da rede elétrica,
sublinhando como “quando acendemos a luz em casa, não pensamos que esse gesto
funciona graças ao trabalho de tantas pessoas, à sua inteligência e
competência, e também aos seus sacrifícios”.
Então,
seu premente apelo: “Não esqueçamos os mortos no trabalho, nas infra-estruturas
energéticas e trabalhemos para que não existam mais mortes assim!”
Um desafio cheio de responsabilidade
O
Pontífice observou como a inclusão energética representa hoje “um desafio
multidimensional”, pois “não se pode ser cidadãos soberanos se
permanecermos súditos energéticos”. Neste sentido, o convite a
apoiar e encorajar “a difusão das comunidades energéticas, aquelas novas
expressões de cidadania integral e de democracia, que, com esforço, também
estão se desenvolvendo em Itália”.
Vocês
atuam em um setor decisivo para a qualidade da vida e para a própria
sobrevivência do planeta, portanto têm uma grande responsabilidade. Ouvir e
tentar responder às perguntas é sempre um ato de responsabilidade, mesmo quando
ainda não existem respostas concretas para dar. E, nos casos que parecem
insolúveis, precisamos aprender a arte de gerir os conflitos (...) para não
deixá-los degenerar e explodir; sabendo que, especialmente no setor de vocês, a
solução não reside na prevalência de uma parte sobre a outra, mas sim na
inovação tecnológica e na criatividade. E gostaria de sublinhar que na
criatividade, para resolver conflitos, está o diálogo: é muito importante o
diálogo, ser capazes de dialogar.
Um maior compromisso ético para todos
Congratulando-se
pela presença de uma comissão de ética na empresa, o Papa destacou como “seria
importante que cada grande empresa, cada grande banco tivesse uma comissão de
ética, possivelmente com membros externos e independentes da propriedade e com
representantes dos trabalhadores”, à luz do fato de que “os efeitos produzidos
pelas grandes realidades econômicas e financeiras vão muito além das suas
fronteiras”.
A rede como metáfora do humano
Referindo-se
depois à expressão “rede elétrica”, como um “sistema complexo, onde tudo está
conectado, onde a energia pode chegar até a última casa sobre uma colina porque
por detrás desse último trecho de cabo há todo um sistema que o sustenta”, o
Papa refletiu: “A rede é também uma bela metáfora da cooperação e da
reciprocidade humana, da relação entre a parte e o todo”.
Uma infraestrutura essencial
O Papa
Francisco concentrou-se então no papel da eletricidade como infraestrutura
essencial para o desenvolvimento das comunidades, especialmente das mais
pobres: “Aquelas estruturas e postes que levavam a eletricidade para o campo
eram recebidos com aplausos, como quando se recebe um grande presente”.
A memória
do Santo Padre foi “às histórias dos nossos avós que eram agricultores, até ao
dia em que ligaram o primeiro interruptor e tudo na casa se iluminou
repentinamente”. Muitos, naquela noite, “fizeram uma oração para agradecer
aquele ‘milagre’ que melhorou as suas vidas, que permitiu aos filhos estudar
melhor e a todos tomar banho em água quente”.
Ainda
hoje, em alguns povoados da África e da Ásia, mesmo na América Latina, podem-se
ver aglomerados de jovens à noite, sob os poucos postes de luz, estudando,
porque não têm eletricidade em casa. Não é por acaso que, durante as guerras,
as primeiras infra-estruturas atingidas nas cidades são as eléctricas, porque
isso afeta directamente a vida das famílias e mina o moral das pessoas”.
Por fim,
o Papa destacou que o trabalho é “amor social, fraternidade civil” e que “na
produção e distribuição de energia” sejam usadas a “inteligência”, a “alma”, o
“coração”: “coloquem ali (...) o seu amor. Deveríamos recordar mais dele e
agradecer mais."
Fonte:
Vatican News
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Beatificado
na Eslováquia o seminarista Ján Havlík, modelo de esperança e fidelidade
Um modelo
para todos os cristãos, mas também para aqueles que “trabalham a favor da
dignidade humana e da liberdade de consciência” é Ján Havlík, segundo as
palavras do prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos na homilia da
Missa com o rito de beatificação celebrada neste sábado, 31 de agosto, em
Šaštín, na Eslováquia. Ján foi perseguido pelo regime comunista de seu país,
mantendo sempre a fé e a esperança em Cristo
Adriana
Masotti - Cidade do Vaticano
Uma “pessoa equilibrada, radiante, alegre na
companhia, aberta e atenta às necessidades dos outros” que, após a sua prisão,
viu o declínio progressivo da sua saúde. Assim o prefeito do Dicastério para as
Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro, descreve a figura do seminarista
eslovaco Ján Havlík, na Missa com o rito de beatificação do Servo de Deus,
celebrada na manhã deste sábado em Šaštín, no espaço em frente à Basílica das
Sete Dores da Virgem Maria.
Ján era "um homem de
esperança"
Nascido em 12 de fevereiro de 1928, Ján Havlík teve
uma morte súbita em 27 de dezembro de 1965, três anos após ter sido libertado
da prisão. Durante 14 anos foi torturado, submetido a maus tratos físicos
e psicológicos, a duros interrogatórios e longo isolamento e condenado a
trabalhos forçados. Encontrou na fé a força para tudo suportar. Antes de
morrer, perdoou seus perseguidores.
“O amor de Cristo é a força que nos faz superar a
fraqueza, a energia que nos faz vencer o medo, a luz que nos faz derrotar as
trevas”, afirma o purpurado, que define Ján como “um homem de esperança”.
“Foi a virtude da esperança que o fez crescer e
sustentou a sua vocação. Um sinal de esperança, de fato, já havia sido a
escolha de ser discípulo de São Vicente de Paulo”, santo que deu esperança aos
pobres e sofredores. E tal como São Vicente, Ján “foi verdadeiramente um raio
de sol para aqueles o encontravam". Dele se dizia: “Manifestava a sua
profundidade espiritual da forma mais intensa possível, partilhando o
sofrimento, motivando os outros à esperança, apesar de passar por muitas
dificuldades”.
Durante a sua prisão, Ján Havlík conheceu o
sacerdote salesiano Titus Zeman, beatificado em 2017. “Foi vítima de um regime
que queria destruir o fenômeno religioso e em particular a Igreja Católica e os
seus ministros”, observa o prefeito, lembrando que, segundo testemunhos
recolhidos, na prisão Ján “copiava à noite, escrevendo a lápis e também fazendo
cópias para outros, o Humanismo integral de Jacques Maritain”,
aproximadamente 350 páginas. Um trabalho cansativo e arriscado.
O cardeal Semeraro observa que naquelas páginas era
descrito o que Ján estava vivendo: “A verdade – lia-se ali – é que se trata de
uma perseguição disfarçada; na realidade é uma luta contra Deus, de extermínio
da religião, obra de destruição espiritual". O desejo de “manter
prisioneira a palavra de Deus”, comenta Semeraro, foi contraposto pelo novo
Beato “com a fidelidade a Deus, a fidelidade à própria vocação, a própria
escolha de caridade para com os outros”.
Modelo de fidelidade para
todos
Um modelo de fidelidade, portanto, Ján Havlík, que
hoje é proposto não só à Igreja eslovaca, mas a todos os cristãos, aliás, “a
todos aqueles que trabalham em favor da dignidade humana e pela liberdade de
consciência. Está nisso a atualidade desta beatificação – continua Semeraro –,
pois em muitos casos e mesmo em diversos contextos é difícil, às vezes heróico,
permanecer fiel a Cristo”.
O purpurado recorda a promessa de Jesus: “quem
perder a sua vida por causa mim, irá salvá-la”, que se concretizou em Ján. A
fama do seu martírio, de fato, espalhou-se muito rapidamente, estendendo-se
para além das fronteiras da nação e hoje, conclui o prefeito das Causas dos
Santos, “a Igreja reconhece-o e confirma-o com as palavras do Papa: Ján Havlík
“foi fiel discípulo do Senhor Jesus, a quem ofereceu generosamente a sua vida,
perdoando os seus perseguidores”.
Fonte:
Vatican News
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1º
de setembro: a celebração da decisão que Deus tomou de criar
"Ao
celebrar o Dia Mundial de Oração pela Criação, perguntamo-nos: cumprimos o
papel que nos foi confiado pelo nosso Criador? A resposta é, clara e
tragicamente, ‘não’. Minha cidade natal, Mumbai, é um bom exemplo das
consequências de não cuidarmos do dom da criação de Deus."
Por
dom Allwyn D’Silva
O
Dia Mundial de Oração pela Criação é celebrado todos os anos em 1º de setembro.
Inspirado pela rica tradição da Igreja Oriental, para a qual neste dia se
comemora a criação do mundo, este é um momento para celebrar a grande decisão
de Deus de criar e refletir sobre como cuidamos do grande dom da criação.
Tudo
isso é uma pedra angular da nossa fé. De fato, as Escrituras começam com o
grande mistério da Criação. O Criador formou a vida a partir de um “vazio sem
forma”, um grande nada sem luz ou vida (Gn 1, 2). A decisão do Criador de
acender uma faísca no meio dessa escuridão é generosa para além da nossa
compreensão. Tudo ao nosso redor, desde a mão de um ente querido até as flores
no campo, flui desse ato amoroso de criação. Como nos diz o Papa Francisco,
“todo o universo material é uma linguagem do amor de Deus” (Laudato Si’ 84).
A
criação não foi deixada entregue a si mesma. Nós, que fomos criados à imagem de
Deus, fomos designados seus zeladores. Somos guardiães, instruídos a “cultivar
e guardar” o jardim (Gn 2, 15). Como nos recordou o Papa Bento XVI: “A terra é
um dom precioso do Criador, que delineou os ordenamentos intrínsecos,
indicando-nos assim os sinais orientativos que devemos respeitar como
administradores da sua criação”.
Ao
celebrar o Dia Mundial de Oração pela Criação, perguntamo-nos: cumprimos o
papel que nos foi confiado pelo nosso Criador? A resposta é, clara e
tragicamente, ‘não’. Minha cidade natal, Mumbai, é um bom exemplo das
consequências de não cuidarmos do dom da criação de Deus.
Mumbai
é uma megacidade com quase 21 milhões de habitantes, espremida entre as
montanhas e o mar. Passa naturalmente por monções, ciclones e calor extremo. No
passado, a população de Mumbai enfrentava esses desafios. Embora fosse difícil,
as pessoas aprenderam a se preparar para chuvas e tempestades e buscar alívio
para o calor.
Mas
o clima da Terra está mudando e os decisores políticos não estão acompanhando
seu ritmo. As lições duramente aprendidas no passado já não servem ao povo de
Mumbai. Pelo contrário, o calor extremo é crescente. No
início deste ano, a área metropolitana de Mumbai registrou vários
dias de calor de 39 a 43 graus. Até mesmo as horas da tarde e da noite agora
dão menos alívio,
o que é especialmente difícil para os pobres, que não têm acesso à
refrigeração.
As
megamonções e o crescimento desenfreado dos assentamentos irregulares nas
encostas de montanhas estão levando a mortes por deslizamentos de terra.
Ao mesmo tempo, as tempestades aproximam-se vindas do mar e, com o
desaparecimento dos manguezais que costumavam abrandar a força das tempestades,
as pessoas ao longo da costa ficam vulneráveis e
sujeitas a perder suas casas.
Trabalhei
em duas favelas de Mumbai, Jerimeri e Dharavi, há 21 anos. Posso testemunhar
que os pobres sentem esses problemas com muito mais intensidade. As famílias
desses bairros já sofrem com falta de acesso à educação, infraestrutura e bons
empregos. Elas simplesmente não conseguem ficar em casa e deixar de ir
trabalhar quando o tempo está perigosamente quente, ou mudar de casa quando há
ameaça de tempestades e deslizamentos de terra.
Forçar
essas famílias a lidar com desastres climáticos, além de todo o resto que
aguentam, é uma falha moral da mais alta ordem. A comunidade científica
continua nos lembrando que as atividades humanas impulsionaram as mudanças no
nosso clima. Não consigo imaginar que era isso o que o nosso Criador queria que
fizéssemos como administradores do jardim.
A
celebração anual do Dia Mundial de Oração pela Criação traz consigo uma grande
oportunidade. É o momento para refletirmos sobre a decisão amorosa que Deus
tomou de criar e reconsiderar a forma como desempenhamos o nosso papel como
zeladores da criação.
Este
dia de oração abre o período de um mês do Tempo
da Criação. No dia 1º de setembro e durante todo o período, louvemos
o Criador e ajamos juntos para cuidar do dom sagrado da criação.
*Dom
Allwyn D’Silva é Presidente do Escritório de Desenvolvimento Humano da
Federação das Conferências Episcopais Asiáticas (FABC). Fonte: Vatican News
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A
Viagem Apostólica do Papa à Ásia e Oceania
O
diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Matteo Bruni, ilustrou à mídia a
viagem apostólica do Papa de 2 a 13 de setembro à Indonésia, Papua-Nova Guiné,
Timor Leste e Singapura, a mais longa do pontificado: “Nenhuma preocupação
adicional com a saúde do Papa”. Dezesseis discursos em italiano e espanhol
sobre vários temas, como paz e Criação. O Pontífice assinará uma declaração
conjunta com o Grão-Imame de Jacarta, com quem visitará o “Túnel da
Fraternidade”.
Salvatore
Cernuzio – Vatican News
O
diálogo e a convivência harmoniosa entre as religiões, a reconciliação social,
a mudança climática e seus efeitos devastadores em terras de oceanos e vulcões,
o equilíbrio entre a velocidade econômica e tecnológica e o desenvolvimento
humano, social e espiritual dos povos. Além disso, a evangelização, antiga e
moderna, em latitudes onde as comunidades cristãs vivem quase nas mesmas
condições da Igreja primitiva, a acolhida de refugiados, o incentivo aos jovens
a participarem dos processos políticos e sociais. Os quase doze anos de
pontificado de Jorge Mario Bergoglio e seus temas-chave parecem estar
condensados e cristalizados nos doze dias da viagem que o Papa fará de 2 a 13
de setembro à Indonésia, Papua-Nova Guiné, Timor Leste e Singapura.
A viagem mais longa
do Pontificado
Uma
viagem que abrange dois continentes, a mais longa de seu papado, com quatro
fusos horários diferentes e 32.814 quilômetros percorridos de avião (mas não a
mais longa da história dos papas, um recorde detido pela viagem de 13 dias de
João Paulo II em 1986 a Bangladesh, Singapura, Fiji, Nova Zelândia e Austrália,
com 48.974 km percorridos). Uma viagem “sonhada” que já havia sido pensada em
2020, antes que a pandemia da Covid-19 acabasse com todos os planos. Uma viagem
que acontece exatamente um ano após as últimas viagens internacionais para a
Mongólia e Marselha e na abertura de um período de grandes eventos como a
segunda parte do Sínodo sobre Sinodalidade e o Jubileu.
Divulgado programa da viagem do Papa a
Luxemburgo e Bélgica
Serão cinco discursos e uma homilia do
Santo Padre na visita de quatro dias que fará a Luxemburgo e Bélgica de 26 a 29
de setembro.
Nas pegadas de Paulo
VI e João Paulo II
Na
sexta-feira, 30 de agosto, o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Matteo
Bruni, apresentou à mídia internacional os detalhes dessa peregrinação de
Francisco aos confins da terra, que segue as pegadas de seus antecessores,
Paulo VI e João Paulo II, que estiveram presentes nesses territórios entre o
início dos anos 70 e o final dos anos 80. “Viagens cheias de encontros nos
quais a Igreja mudou de rosto”, lembrou Bruni, “muitos jovens, muito tempo
dedicado ao clero”, em um período em que Estados e democracias estavam se
desenvolvendo em meio aos escombros de guerras e invasões.
O desafio da
paz
Francisco
chega em um momento da história marcado por outros desafios, a começar pelo
desafio universal da paz; portanto, reiterará o apelo para cultivar essa paz e
apoiar os esforços em andamento para alcançá-la. Simbólicos nesse sentido são
dois momentos que o Papa viverá em Jacarta, a capital da Indonésia que também
foi atingida no passado recente pelo terrorismo religioso e pela tentativa de
criar um Islã transnacional no modelo do Isis, que, no entanto, a “pancasila”
indonésia com os cinco pilares de respeito às crenças, culturas, religiões e
línguas também incluídos na Constituição conseguiu rejeitar.
O
primeiro momento é a visita à mesquita Istiq'lal, o maior edifício de culto
islâmico do Sudeste Asiático, projetado na década de 1950 por um arquiteto
cristão e, a partir de 2019, conectado à Catedral da Assunção pelo chamado
“túnel da fraternidade”. Um túnel, de fato, que pretende ser um sinal de
incentivo à fraternidade entre as duas comunidades religiosas. O Papa - este é
o segundo momento simbólico - visitará o local juntamente com o Grão-Imame, com
quem também assinará uma Declaração Conjunta na esteira do Documento
sobre a Fraternidade Humana de Abu Dhabi.
Encorajamento e
conforto
Além
da Indonésia, caracterizada pelo pluralismo, o Papa argentino também levará
“uma palavra de conforto ou encorajamento” para Papua-Nova Guiné, recentemente
ferida por dramáticos deslizamentos de terra e conflitos tribais igualmente
dramáticos; depois, para a ex-colônia portuguesa de Timor Leste, ainda marcada
pela guerra pela independência da Indonésia que, em 22 anos, levou à morte
cerca de um quarto da população; por fim, para Cingapura, um emblema de
opulência, comércio e desenvolvimento tecnológico, mas também de profundas
desigualdades sociais e pobreza.
A questão
ambiental
Diferentes
países, todos unidos pela questão ambiental: “Dificilmente faltará a referência
ao meio ambiente. São países entre o oceano e o céu, mares e montanhas,
minerais preciosos, florestas. Podemos esperar uma reflexão sobre o cuidado com
a Criação e a vida digna do homem”, disse Matteo Bruni.
O pró-Prefeito do Dicastério para a
Evangelização, em uma conversa com a Agência Fides, destaca também por que a
viagem do Sucessor de Pedro é importante para toda a Igreja ...
Os temas dos 16
discursos do Papa
Nos
16 discursos que o Papa pronunciará durante a viagem, serão recordados os
temas: 4 na Indonésia, em italiano; 5 em Papua Nova Guiné, em italiano; 4 em
Timor Leste, em espanhol; 3 em Singapura, em italiano. Nesse amplo espaço é
possível que sejam incluídas referências a outros tópicos, como a acolhida de
refugiados (o Pontífice encontrará muitos pessoalmente desde o início da
viagem), principalmente os de Mianmar, ou o flagelo dos abusos, à luz do caso
do bispo timorense Carlos Filipe Ximenes Belo, ganhador do Prêmio Nobel da Paz,
acusado de violência até mesmo contra menores. Ambos os pontos foram
solicitados pelos jornalistas presentes na apresentação. “O Papa se dirigirá às
igrejas dos vários países, instando-as a viver o cristianismo que não deixa
espaço para certos crimes”, disse Bruni. Por enquanto, não estão previstos
encontros privados com as vítimas do prelado.
Medidas para a
saúde
Por
fim, o porta-voz do Vaticano respondeu a várias perguntas sobre a saúde do Papa
e os esforços que essa longa viagem implicará, incluindo mudanças de horário e
picos de umidade de até 92%: “Não há preocupações adicionais, os protocolos de
saúde já em vigor em cada Viagem Apostólica são considerados suficientes”,
disse o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, explicando que haverá um
médico e dois enfermeiros para cuidar da saúde do Papa, além do assistente
pessoal de saúde Massimiliano Strappetti. Falando sobre a comitiva, além das
presenças habituais, à medida que for avançando a viagem também farão parte o
cardeal Luis Antonio Tagle e os outros cardeais e arcebispos dos vários lugares
que o Papa visitará. Fonte: Vatican News
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Vinda
do Papa é um carinho para a alma, diz missionário em Papua Nova Guiné
Padre
Díaz, monge do Instituto do Verbo Encarnado, prepara a acolhida de Francisco em
Baro e Vanimo. Argentino, ele recorda os encontros com o então cardeal
Bergoglio em Buenos Aires: ajudou-nos muito a construir a nossa presença aqui.
A expectativa entre os indígenas é grande, a pobreza é enorme; mas “ver pessoas
assim tão sedentas de Deus é uma aventura celestial”. Enquanto isso, no povoado
de Wutung, está sendo construído o primeiro mosteiro masculino do país.
Antonella
Palermo - Cidade do Vaticano
Uma
Igreja ainda jovem, viva, com poucos recursos, mas edificante, “uma aventura
celestial”. Esta é a Igreja que o Papa irá encontrar em Papua Nova Guiné,
segunda etapa da sua Viagem Apostólica à Ásia e à Oceania, que terá início na
segunda-feira, 2 de setembro. Padre Alejandro Díaz, de origem argentina,
religioso do Instituto do Verbo Encarnado e missionário há um ano no povoado de
Wutung, falou aos meios de comunicação do Vaticano sobre os preparativos para a
chegada de Francisco.
Vanimo: o palco tão desejado pelo Papa
Padre
Alejandro tem uma voz pacificadora. Juntamente com um confrade, está lançando
as bases para a construção daquele que será o primeiro mosteiro masculino de
todo o país. Dentro de um ano, acredita que estará concluída a complexa fase
burocrática que verá surgir a estrutura construída em um local a cerca de 40
minutos de carro de Vanimo.
O
entusiasmo pelo lançamento da pedra fundamental é enorme e será partilhado com
o Papa que se deslocará à cidade de Vanimo (150 mil habitantes, dos quais cerca
de 45 mil são católicos) no domingo, 8 de setembro, para uma visita de algumas
horas. A sua presença aqui foi desejada até o último momento por Francisco que,
como se sabe, tem uma predileção pelas periferias.
A ligação com a Argentina
“O povo espera o Papa com tanta alegria e
disponibilidade para trabalhar nos preparativos. Muitos estão rezando – conta
padre Díaz – anteontem atendemos a confissão de muitos professores, são muito
devotos. Está sendo mostrado para a população um vídeo que fala do Papa, com
menções sobre sua vida quando estava na Argentina".
De fato,
o religioso recorda quando, em Buenos Aires, na paróquia onde foi pároco por
oito anos, por várias vezes viu chegar o então cardeal Jorge Mario Bergoglio.
Usava o transporte público para ir ao mesmo bairro onde moravam alguns de seus
parentes: “Nas proximidades há um santuário dedicado a São Caetano e todo dia 7
de agosto ele ia lá celebrar a Missa. Sempre se mostrava, desde então, muito
próximo das pessoas. Após a celebração passava horas e horas conversando com as
pessoas, ouvindo-as, com muita afabilidade", conta o missionário.
Esse
vínculo parece não ter sido rompido e agora atravessa continentes e oceanos: a
chegada do Papa, assinala o sacerdote argentino, coincide também com os 25 anos
desde a chegada à Papua da imagem de Nossa Senhora de Luján, reconhecida como
padroeira da Argentina. “Há tantos outros lugares mais importantes do que
Vanimo em Papua Nova Guiné para visitar, mas ele quer vir para cá.”
Pe.
Alejandro está humildemente agradecido pela oportunidade que terá de conhecer o
Pontífice, “que muito ajudou o nosso vilarejo, e quer muito conhecer a escola
que foi construída em Baro graças à nossa e à sua contribuição. Ali, a nossa
comunidade de seis confrades terá o privilégio de ter uma pequena conversa
face-a-face com ele."
Mil indígenas ouvindo o Papa
Vanimo é
muito pobre, diz padre Alejandro, “mas, graças a Deus, com a ajuda de tantas
pessoas, estamos conseguindo preparar esta visita. Há uma semana parecia tudo
tão difícil. Faltava dinheiro para tantas coisas, para o telão, por exemplo,
para equipamentos tecnológicos difíceis de encontrar. Mas, graças à ajuda do
governo e da Igreja, depois de inúmeras conversas, recebemos o equipamento para
podermos receber o Papa da forma mais digna possível”.
O
sacerdote fala da corrente elétrica intermitente, da escassez de água potável,
da falta de banheiros: “Tivemos que pensar em muitos detalhes. Temos que dar
comida para quem vai vir da selva, mil pessoas. Se está trabalhando tanto com
um espírito muito alegre e com muito sacrifício. As pessoas tomaram consciência
do que significa o Papa vir até aqui”.
Os
indígenas irão se reunir até três dias antes para poderem se acomodar, vêm sem
nada e não há hotéis com capacidade para hospedá-los, só há dois para quem é
rico. Dormirão em uma tenda que montaremos em Vanimo". O grande problema é
o transporte, explica o religioso, que não é adequado para fazer chegar todos
aqueles que gostariam; as estradas são muito acidentadas: "Quem deseja ver
o Papa diz que é Jesus que vem, quer ouvi-lo e receber a bênção”.
“A missão aqui é desafiadora”
“Esperamos
que encoraje a nós, missionários – é a esperança de padre Díaz –, temos tantas
dificuldades, a missão é muito empenhativa. O fato de que ele venha aqui é um
carinho para a nossa alma. Aqui se faz tanto, tanto, o o fato que o Papa veja,
est trabalho, encherá o seu coração, temos certeza disso”.
Padre
Alejandro partiu na sexta-feira para a floresta e até domingo continuará
fazendo um reconhecimento pelos povoados católicos, dedicando-se, com um
confrade, também à caça ao cervo. Será uma maneira de juntar alguns
suprimentos. "Há muitos animais aqui, já fizemos uma boa caçada há duas
semanas. Temos painéis solares e colocamos no freezer. Com 8 a 10 cervos
teremos bastante comida para quem for até lá."
O
religioso sublinha o quão pobre é a área onde atuam, na fronteira com a
Indonésia, e também o quanto é negligenciada pelo governo. “A gasolina é muito
cara (2,50 euros o litro), só há três supermercados em Vanimo e encontrar
alguns alimentos é um milagre. Os navios só chegam ao porto de dois em dois
meses para abastecer as lojas”.
A visita aos povoados da floresta: uma aventura
celestial
Entre os
que darão testemunho ao Papa na esplanada da Catedral da Santa Cruz, estará
também um catequista. Ali, os catequistas cumprem uma função crucial para o
anúncio do Evangelho: “São as pessoas que sustentam a fé nos povoados. São bem
formados na fé, aos domingos distribuem a Comunhão. São a 'mão direita' do
sacerdote".
É o
nascimento de um bom número de vocações locais que mais alegra o monge: “Vê-se
muito a piedade religiosa da Igreja. É uma Igreja que está nascendo, tem
oitenta anos, estamos semeando. e já estamos vendo os frutos: sim, são feitos
muitos batismos, a participação nas liturgias eucarísticas é enorme,
principalmente com jovens e crianças. Tivemos até que dizer aos coroinhas para
não virem todos juntos, porque são muitos, são 25 na Missa da manhã.
Obviamente, ninguém os obriga, eles o fazem porque querem”.
Normalmente
a visita aos povoados acontece nos fimais de semana: vai-se a dois ou três,
percorrendo estradas lamacentas, com todo o tipo de obstáculos. “Às vezes
chegamos tarde da noite, mas as pessoas estão à nossa espera. Confessamos,
celebramos a Missa. As pessoas saem do povoado aos nos verem chegar, isso corta
o teu coração, acabas chorando. Eles têm tanta sede de Deus que nos edifica a
alma. Apesar de todas as dificuldades - conclui padre Díaz - esta é para mim
uma aventura celestial, única, que me fortaleceu no sacerdócio, não por mérito
meu, mas um enorme presente de Deus”.
Fonte:
Vatican News – na imagem, Pe. Alejando com algumas crianças
*-------------------------------------------------------------------------------------------.s
O
Evangelho no Equador, a história de um grão de trigo que deu fruto
"Nesta
terra da América que se estende desde as costas do Pacífico até à floresta
amazônica, das cidades ao campo, dos Andes às planícies, o advento do Evangelho
de Cristo amadureceu, entre alegrias e tristezas, fruto genuíno de uma Igreja
viva. Partilha agora a sua vitalidade com os peregrinos que, vindos de todo o
mundo, chegam a Quito para celebrar o 53º Congresso Eucarístico
Internacional"
por
Vittore Boccardi *
No
Equador, país latino-americano que se estende desde o Pacífico até a floresta
amazônica passando pela Serra, o advento do Evangelho amadureceu, entre
alegrias e tristezas, fruto genuíno de uma Igreja viva que se prepara para
acolher o 53º Congresso Eucarístico Internacional.
O formato
ideal dos Congressos retorna ao continente sul-americano com a escolha do
Equador e, mais precisamente, de sua capital, batizada de São Francisco de
Quito na época de sua fundação, há quatrocentos e noventa anos. As crônicas que
mudaram o rumo da história da humanidade com a “descoberta” da América estão
ligadas à data simbólica de 12 de outubro de 1492. Com o descobrimento e
conquista dos imensos territórios das Índias Ocidentais, iniciou-se adesde logo
a evangelização dos seus povos. Obra em claro-escuro, porque a difusão do
Evangelho se entrelaçou com o processo de colonização que envolveu os povos e
culturas indígenas.
Os
cristãos vindos de Espanha tomaram posse dos novos territórios em nome do seu
rei com um processo que os pontífices da época legitimaram, comprometendo porém
os reis católicos a evangelizar as populações da Hispanoamérica. O Papa
Alexandre VI, na Bula Inter Coetera de 4 de maio de 1493, ao
conceder aos reis de Castela todas as terras descobertas e ainda por descobrir,
impôs-lhes, «em virtude da santa obediência, que enviassem homens bons e
devotos a Deus aos referidos índios, para instruí-los na santa fé católica».
A
evangelização começou com os doze sacerdotes, guiados pelo frei Bernard Boyl,
que chegou ao Novo Mundo com a segunda expedição de Colombo. Mas foi necessário
esperar quase quarenta anos para que os espanhóis chegassem ao território dos
Incas onde reinava Atahualpa, que após a vitória contra seu irmão Huáscar
reunificou o império a partir do atual território de Quito. Francisco Pizarro,
à frente de um grupo de soldados espanhóis, partiu da cidade de San Miguel, no
Peru, depois de ter percorrido os íngremes caminhos dos Andes, chegou a
Cajamarca onde, graças ao engano, prendeu Atahualpa e mandou executá-lo apesar
de ter recebido a montanha de ouro solicitada como resgate. O colapso do
império inca e a fama do imenso resgate levaram Sebastián de Benalcázar a
fundar, em 1534, a nova cidade indo-hispânica de São Francisco de Quito sobre
as ruínas do assentamento inca queimado antes de sua chegada. Quito tornou-se
assim o centro de novas explorações e a capital de uma província com um
território habitado por populações de antigas origens e com a grande mistura de
costumes que o domínio do império Inca havia imposto.
A primeira colheita
Dois anos
depois da fundação de Quito, no centro daquela cidade que pouco a pouco
ressurgia, teve início - em um local já caro à memória dos indígenas -, a
construção da igreja e convento de São Francisco, um conjunto arquitetônico
definido, pelo seu tamanho , o Escorial de los Andes. A iniciativa
deve-se ao frade franciscano Jodoco Rique, nascido nos Flandres e que chegou à
América graças aos bons ofícios do imperador Carlos V, que fora seu colega em
Malines. Foi ele quem lançou diante do convento, naquela que é hoje a Praça de
São Francisco, a primeira semente de trigo nas terras férteis do
Equador. Os habitantes da cidade participaram daquela primeira colheita
cultivada no Equador, que por sua vez puderam semear o cereal e espalhá-lo.
Parábola esta, da boa semente do Evangelho confiada às pessoas do novo mundo.
Em 1545 a comunidade quiteña foi elevada à diocese, sufragânea de Lima. Suas
fronteiras alcançavam o território de Popayan (Colômbia) ao norte, Piura (Peru)
ao sul, alcançavam o Pacífico a oeste e mergulhavam na selva amazônica a leste.
Somente a
partir de 1547, com o início da pacificação do Peru, novos grupos de
missionários franciscanos, mercedários, dominicanos e agostinianos conseguiram
chegar às cidades das atuais terras equatorianas como capelães das tropas
espanholas. Tinham experiência missionária amadurecida em outras partes do
continente; por isso procuraram conhecer os habitantes das regiões de Quito,
suas línguas, estruturas sociais, crenças, hábitos e costumes, conscientes de
que a melhor forma de evangelizar era fazê-lo na língua indígena, a começar
pelos filhos dos caciques, os líderes das comunidades tribais.
O tom
repressivo dos primeiros contatos deu lugar gradualmente à persuasão: a
conversão imediata não era imposta, mas se esperava a livre adesão dos indígenas,
porque a aceitação da fé era incompatível com a coerção. Com o trabalho das
congregações religiosas, multiplicam-se as doctrinas, núcleo das
futuras paróquias, permitindo o nascimento político da Real Audiência de Quito
(29 de agosto de 1563). Depois também que os jesuítas se uniram ao trabalho
evangelizador, a Igreja colonial deu vida a uma rede de escolas que levou à
fundação das universidades de San Fulgenzio e de San Gregorio. Nesse ínterim, o
Evangelho penetrava na faixa amazônica do país.
A evangelização
desenvolveu-se rapidamente a partir de ambientes urbanos apoiada por bispos que
convocaram conselhos metropolitanos e sínodos provinciais para orientar a
atividade missionária, ratificar os direitos e liberdades dos indígenas,
incentivar a catequese e a pregação nas línguas indígenas com o uso de imagens,
música e canto. Desenvolveu-se assim o grande mosaico da piedade popular que é
o precioso tesouro da Igreja Católica na América Latina. O encontro fecundo com
o Evangelho de populações de diferentes culturas, línguas e tradições encontra
clara expressão na santidade de numerosos homens e mulheres entre os quais
brilha Santa Mariana de Jesus (1618-1645), “lírio de Quito”; a “rosa de Baba e
Guayaquil”, beata Mercedes de Jesús (1828-1883); Santa Narcisa de Jesús
Martillo y Morán (1832-1869), “Niña Narcisa” para muitos devotos; o beato
Emílio Moscoso (1846-1897), mártir da Eucaristia.
A
mestiçagem religiosa deste país criou também uma cultura artística indígena,
portadora de grandes valores humanos, enobrecida pelo Evangelho. As artes e
ofícios encontraram a sua máxima expressão nas obras-primas da escola quiteña.
Basta pensar nas magníficas igrejas coloniais que lotam o antigo centro de
Quito. Entre elas destaca-se o templo da Compañia, iniciado em 1605, estupenda
realização do barroco local e da cultura de todo um povo.
Sentimento nacional “moldado pela fé”
Nos
últimos anos, a Igreja do Equador tem valorizado cada vez mais as populações
indígenas do país e as culturas desses grupos de nativos americanos pouco
conhecidos, como os Cayapas, os Colorados, os Otavalos, os Panzaleos, os
Carahuelas, os Yugulalamas, os Shuaras, os Coyanes, os Canaris, os Saraghuros,
os Tibuleos, os Aucas e outros que habitam as imensas florestas orientais, os
grandes rios e as alturas da Sierra. A sua história passada foi marcada por
muitas dificuldades e marginalizações que, no entanto, não conseguiram apagar
as suas diferentes identidades.
As
“Opções Pastorais” dos bispos do Equador, desde a década de 1980, sublinharam
como é perfeitamente legítimo procurar a preservação do espírito de cada grupo
juntamente com as suas expressões culturais, sem com isso se opor a uma
integração e convivência justa a um nível mais amplo que permite não só o
desenvolvimento da própria cultura, mas também a assimilação daquelas
realidades científicas, técnicas e comunicacionais que podem ajudar a
existência.
Não
obstante os erros, no período colonial a Igreja foi considerada “modeladora do
sentimento nacional” graças à sua atenção às necessidades do povo e à promoção
da dignidade dos povos indígenas. Marcos neste trabalho de serviço pastoral e
consolidação social são o Itinerário para os párocos dos índios do bispo de
Quito, Alonso de la Pena (+1687), a primeira Carta fundamental do Equador republicano,
redigida pela Assembleia Eclesiástica quiteña em 1812, a orientação social e
científica das cátedras dos jesuítas da Universidade Nacional e da primeira
Escola Politécnica.
No
Equador republicano, bispos, sacerdotes diocesanos, religiosos, religiosas e
leigos construíram e reafirmaram, até hoje, a fisionomia cristã e cultural do
país. Tudo isso é visível nas instituições de ensino, no tecido urbano da
cidade de Quito, declarada “Patrimônio cultural da humanidade” pela UNESCO. Mas
o patrimônio mais importante é constituído pelos valores que impregnam as
famílias e a sociedade, a vida privada e pública: a sabedoria que vem da
memória histórica das derrotas e dos triunfos, da vitalidade dos grandes temas
religiosos que inspiram a cultura, a arte, artesanato, celebração e descanso,
nascimento e morte. Um espírito de sincera fraternidade, mais forte que
qualquer inimizade violenta, manifesta-se na alegria e no entusiasmo das mingas (trabalho
comunitário solidário), nas celebrações, na cordialidade para com os estranhos,
na proximidade da hora difícil da provação.
Nesta
terra da América que se estende desde as costas do Pacífico até à floresta
amazônica, das cidades ao campo, dos Andes às planícies, o advento do Evangelho
de Cristo amadureceu, entre alegrias e tristezas, fruto genuíno de uma Igreja
viva. Partilha agora a sua vitalidade com os peregrinos que, vindos de todo o
mundo, chegam a Quito para celebrar o 53º Congresso Eucarístico Internacional.
*Oficial
da Pontifícia Comissão para os Congressos Eucarísticos Internacionais
Fonte:
Vatican News
*-------------------------------------------------------------------------------------------.x
Genebra
sediará 1° Congresso Mundial de Vítimas de desaparecimentos forçados
O Dia
Internacional das Vítimas de Desaparecimentos Forçados é celebrado em 30 de
agosto desde 2011, tendo sido instituído em 2010 pela Assembleia Geral das
Nações Unidas.
No Dia
das Vítimas dos Desaparecimentos Forçados, celebrado em 30 de agosto em todo o
mundo, foi anunciado por uma série de instituições, entre as quais o Conselho
da Europa e organizações parceiras noutros continentes, que estão em curso
trabalhos para preparar a realização do primeiro Congresso Mundial sobre
Desaparecimentos Forçados, a ter lugar em Genebra, de 15 a 16 de janeiro de
2025.
“Renovamos
a nossa solidariedade para com as vítimas, bem como para com as organizações,
defensores dos direitos humanos e advogados que os apoiam”, lê-se na declaração
conjunta divulgada na sexta-feira.
Forçadas
a trabalhar “em ambientes hostis e perigosos”, as organizações e pessoas que
tentam levar para casa os desaparecidos são frequentemente confrontadas “com o
silêncio ou a negação das suas acusações”. Em muitos casos “a impunidade
prevalece”. É por isso que precisamos “unir forças imediatamente” e é este o
sentido do primeiro Congresso Mundial sobre desaparecimentos forçados, uma
iniciativa multi-atores que visa reunir Estados, vítimas e organizações que os
representam, especialistas.
O
encontro será ocasião para debater sobre como trabalhar em conjunto em busca de
soluções viáveis para eliminar e prevenir os desaparecimentos forçados, para
promover a ratificação e implementação da Convenção internacional e para
reforçar a cooperação.
Em
preparação ao Congresso Mundial, realizou-se um processo de consulta que reuniu
experiências e recomendações concretas. Um plano de ação emergirá de Genebra,
parametrizado de acordo com competências e mandatos.
Segundo a
nota, “os desaparecimentos forçados continuam a ser uma realidade diária em muitas
partes do mundo”, o compromisso e as ações coletivas são os caminhos para
“acabar com esta praga, de uma vez por todas”.
Fonte:
Vatican News
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Timor-Leste:
Papa vai presidir a Missa com orações em oito línguas
Viagem mais
longa do pontificado, com passagens por quatro países, inclui 44 horas de voo,
percorrendo mais de 32 mil quilómetros
A Eucaristia a que o Papa vai presidir em
Timor-Leste, no dia 10 de setembro, conta com orações em português, tétum e
outras seis línguas locais, adianta o Missal da viagem, publicado pelo
Vaticano.
A
celebração central da viagem vai decorrer em Tasi Tolu, o mesmo local que
acolheu o Papa João Paulo II a 12 de outubro de 1989, na primeira visita de um
pontífice ao território, antes da independência timorense.
A
Missa tem início às 16h30 locais (08h30 em Lisboa), com a participação de
milhares de pessoas, que vão rezar em macassai, mambai, búnaque, galóli,
baiqueno e fataluco, algumas das línguas faladas pela população timorense.
“Pelo
nosso país: para que, vivendo com alegria a fé na nossa cultura, possamos
construir uma sociedade baseada na justiça e na fraternidade”, pede uma das
orações, divulgadas no Missal da visita apostólica.
Francisco
vai estar em Jacarta (Indonésia) de 3 a 6 de setembro; em Port Moresby e Vanimo
(Papua-Nova Guiné) de 6 a 9 de setembro; em Díli (Timor-Leste), de 9 a 11 de
setembro; e Singapura, de 11 a 13 de setembro.
A
viagem mais longa do pontificado inclui 44 horas e mais de 32 mil quilómetros
de voo.
O
lema da visita a Timor, ‘Que a vossa fé seja a vossa cultura’, é apresentado
como “exortação e encorajamento para se viver a fé de harmonia com a cultura,
segundo as tradições do povo timorense”.
Timor-Leste,
com mais de 95% de católicos na sua população, é um dos únicos países asiáticos
onde a Igreja Católica é maioritária, juntamente com as Filipinas.
Além
das visitas à Terra Santa e Médio Oriente/Península Arábica, o Papa fez várias
viagens à Ásia oriental desde o início do pontificado: Coreia do Sul (2014),
Sri Lanka e Filipinas (2015), Myanmar e Bangladesh (2017), Tailândia e Japão
(2019) e Mongólia (2023).
Programa
oficial da viagem
Fuso
horário
Roma
(menos uma em Lisboa)
Jacarta
(menos seis em Lisboa)
Port
Moresby (menos nove em Lisboa)
Vanimo
(menos nove em Lisboa)
Díli
(menos oito em Lisboa)
Singapura
(menos sete em Lisboa)
2
de setembro
17h15
– Partida do aeroporto internacional de Roma/Fiumicino para Jacarta
(11354
km, 13h15 de voo)
3
de setembro
Jacarta,
Indonésia
11h30
– Chegada ao Aeroporto Internacional de Jacarta “Soekarno-Hatta”
Acolhimento
Oficial
4
de setembro
Jacarta,
Indonésia
09h30
– Cerimónia de boas-vindas na área externa do palácio presidencial “Istana
Merdeka”
10h00
– Visita de cortesia ao presidente da República no palácio presidencial
10h35
– Encontro com autoridades, representantes da sociedade civil e membros do
corpo diplomático na sala do palácio presidencial “Istana Negara”
11h30
– Encontro privado com membros da Companhia de Jesus na Nunciatura Apostólica
16h30
– Encontro com bispos, sacerdotes, diáconos, consagrados/as, seminaristas e
catequistas na Catedral de Nossa Senhora da Assunção.
17h35
– Encontro com jovens da ‘Scholas Occurrentes’, na Casa da Juventude “Grha
Pemuda”
5
de setembro
Jacarta,
Indonésia
09h00
– Encontro inter-religioso na Mesquita “Istiqlal”
10h15
– Encontro com pessoas assistidas pelas obras de caridade, na sede da Conferência
Episcopal da Indonésia
17h00
– Missa no Estádio “Gelora Bung Karno”
6
de setembro
Indonésia
– Papua-Nova Guiné
09h15
– Cerimónia De Despedida no Aeroporto Internacional de Jacarta
09h45
– Partida para Port Moresby, Papua-Nova Guiné
(4693km,
06h05 de voo)
18h50
– Chegada ao aeroporto internacional de Port Moresby. Cerimónia de boas-vindas
7
de setembro
Port
Moresby, Papua-Nova Guiné
09h45
– Visita de cortesia ao governador geral na “Government House”,
10h25
– Encontro com autoridades, representantes da sociedade civil e membros do
corpo diplomático na “APEC Haus”
17h00
– Visita às crianças de “Street Ministry” e “Callan Services”, Cáritas.
17h40
– Encontro com bispos de Papua-Nova Guiné e das Ilhas Salomão, sacerdotes,
diáconos, consagrados/as, seminaristas e catequistas no Santuário de Nossa
Senhora Auxiliadora
8
de setembro
Port
Moresby e Vanimo, Papua-Nova Guiné
07h30
– Visita do primeiro-ministro na Nunciatura Apostólica
08h45
– Missa no Estádio “Sir John Guise”
13h00
– Partida do aeroporto internacional de Port Moresby “Jacksons” para Vanimo
(991km,
02h15 de voo)
15h15
– Chegada ao aeroporto de Vanimo
15h30
– Encontro com fiéis da Diocese de Vanimo, Catedral da Santa Cruz
16h50
– Encontro privado com um grupo de missionários na “Holy Trinity Humanities School”
de Baro
17h40
– Partida do aeroporto de Vanimo para Port Moresby
(991km,
02h15 de voo)
19h55
– Chegada ao aeroporto internacional de Port Moresby
9
de setembro
Papua-Nova
Guiné – Timor-Leste
09h45
– Encontro com jovens no Estádio “Sir John Guise”
11h10
– Cerimónia de despedida no aeroporto internacional de Port Moresby “Jacksons”
11h40
– Partida para Díli
(2578km,
03h30 de voo)
14h10
– Chegada ao aeroporto internacional de Díli “Presidente Nicolau Lobato”.
Acolhimento oficial
18h00
– Cerimónia de boas-vindas na área externa do Palácio Presidencial
18h30
– Visita de cortesia ao presidente da República
19h00
– Encontro autoridades, representantes da sociedade civil e membros do corpo
diplomático na sala do Palácio Presidencial
10
de setembro
Díli,
Timor-Leste
08h45
– Visita a crianças com deficiência na Escola “Irmãs Alma”
09h30
– Encontro com bispos, sacerdotes, diáconos, consagrados/as, seminaristas e
catequistas na Catedral da Imaculada Conceição
10h45
– Encontro privado com os membros da Companhia de Jesus na Nunciatura
Apostólica
16h30
– Missa na esplanada de Taci Tolu
10
de setembro
Timor-Leste
– Singapura
09h30
– Encontro com jovens no “Centro de Convenções”
10h45
– Cerimónia de despedida no aeroporto internacional de Díli “Presidente Nicolau
Lobato”
11h15
– Partida para Singapura
((2640km,
04h00 de voo)
14h15
– Chegada ao Aeroporto Internacional de Singapura “Changi”. Acolhimento oficial
18h15
– Encontro privado com membros da Companhia de Jesus na casa de retiros “São
Francisco Xavier”
12
de setembro
Singapura
09h00
– Cerimónia de boas-vindas na “Parliament House”
09h30
– Visita de cortesia ao presidente da República
09h55
– Encontro com o primeiro-ministro
10h30
– Encontro com autoridades, representantes da sociedade civil e membros do
corpo diplomático no Teatro do Centro Cultural Universitário da “National
University of Singapore”
17h15
– Missa no Estádio Nacional de Singapura
13
de setembro
Singapura
09h15
– Visita a um grupo de idosos e doentes na Casa “Santa Teresa”
10h00
– Encontro inter-religioso com jovens no “Catholic Junior College”
11h20
– Cerimónia de despedida no Aeroporto Internacional de Singapura “Changi”
11h50
– Partida para Roma
(9567km,
12h35 de voo)
18h25
– Chegada ao aeroporto internacional de Roma/Fiumicino
Fonte:
Agência Ecclesia
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Nove razões para
tirar a pornografia de sua vida
Por
Redação central
A
pornografia é considerada por especialistas como uma nova droga que gera uma
dependência semelhante à gerada por drogas pesadas em pessoas de qualquer
idade, destrói o amor de Deus na alma e distorce a verdadeira sexualidade
humana.
Sam
Guzman, fundador e editor do blog ‘The Catholic Gentleman’ (O cavalheiro
católico), publicou um artigo com nove razões para tirar a pornografia da vida
do homem.
1.
Fere as mulheres reais
Sam
Guzman disse que, muitas vezes, tem-se a impressão de que a pornografia é
inofensiva e que as mulheres que saem nesses vídeos “estão se divertindo e
fazendo-o por escolha”.
“É
mentira. Muitas estrelas da pornografia que deixaram a indústria contaram
histórias de abuso físico, emocional, coerção, automutilação, depressão,
violência e tentativa de suicídio. Dizem com veemência que ser uma estrela
pornô era miserável, não divertido. Isso sem mencionar milhões de mulheres que
são traficadas e vendidas como escravas para alimentar a indústria”, disse o
autor.
Finalmente,
disse que quando se “vê um vídeo ou olha uma imagem, está causando uma dor
incalculável a milhões de mulheres e crianças que merecem ser amados e
apreciados, não abusados e vistos como objetos”.
2.
Mata o amor
Os
casamentos foram destroçados pela pornografia porque esta destrói a intimidade,
disse Guzman.
“Ver
pornografia crava uma faca no coração de seu cônjuge. Faz-lhe perder toda
confiança. Diz-lhe que nunca será o suficientemente bom. Zomba de seus votos
matrimoniais. Planta as sementes da amargura e do ressentimento. Causa-lhe dor
profunda, emocional e espiritual”, acrescentou.
3.
Faz com que se desfrute menos do sexo
Segundo
uma pesquisa recente, há um número crescente de homens que preferem a
pornografia ao sexo real.
“Por
quê? Porque é mais fácil. Com um botão, você tem acesso infinito a mulheres
preparadas que fazem coisas que nenhuma mulher em sua mente faria. Nem tem que
se preocupar por dar prazer a outra pessoa. Em comparação, o sexo real se sente
como uma tarefa. Muitos homens relatam até mesmo que já não conseguem
estimular-se o suficiente para ter relações sexuais com mulheres reais.
Basicamente, arruína a sua vida sexual”, disse Guzman.
4.
Destorce a visão do homem em relação à mulher
O
blogueiro disse que a forma mais rápida e absoluta de distorcer a visão sobre
as mulheres é ver pornografia, porque ali “as mulheres são só objetos”.
“Não
têm emoção, nem necessidades, nem alma. São instrumentos de gratificação.
Simplesmente você não pode ver a mulher ser abusada das formas mais horríveis
na tela várias vezes e esperar ter uma visão saudável delas na vida real.
Simplesmente não é possível”, acrescentou.
Ele
disse que as mulheres merecem “respeito e proteção, não luxúria”, porque vendo
pornografia não se verá uma mulher como “feita à imagem de Deus”, mas “começará
a fantasiar sobre ela como se fosse seu brinquedo”.
5.
Extingue a graça de Deus na alma
Um
pecado mortal é um pecado que destrói o amor de Deus em sua alma. É um pecado
tão grave, tão horrível que nos separa de Deus, deixando uma alma fria, sem
vida e doente”, disse Guzman.
Ele
disse que se pode “criar muitas desculpas”, mas “ver pornografia é um pecado
mortal e traça um caminho para o inferno”.
“São
Paulo deixa claro: aqueles que toleram o pecado sexual em suas vidas ‘não
herdarão o Reino de Deus’ (Gálatas 5,19-21). Pode ter o céu ou a pornografia,
mas não ambos. Escolha sua opção”, disse.
6.
Agrava-se com o tempo
Guzman
disse ainda que a pornografia se torna “muito rapidamente um vício como o crack
ou a metanfetamina”.
“Os
meses passam e as mesmas coisas ficam chatas. Necessita-se de mais e mais
coisas extremas para que se emocione. Logo está vendo coisas que pouco tempo
antes deixariam você horrorizado. E não importa o quanto veja, nunca é o
suficiente”, acrescentou.
7.
Torna-se egoísta
Segundo
Guzman, quando se passa horas gerando satisfação com imagens obscenas, as
pessoas começam a “ficar obcecadas consigo mesmas”.
“Em
vez de abraçar o sacrifício requerido pelo amor verdadeiro, começa a ver os
demais como objetos desenhados para servir às suas necessidades e desejos, como
as mulheres de fantasia das telas. Em vez que dar e servir como Cristo, fica
obcecado em tomar e consumir. Torna-se egoísta, irritado, abusivo, sem nem
perceber. Torna-se um narcisista que usa os outros em vez de amá-los”,
acrescentou.
8.
Rouba a alegria
Para
Guzman, a pornografia deixa a pessoa com sentimento de culpa e miséria.
“Não
importa o quanto mintamos a nós mesmos, sabemos no fundo que a pornografia é
errada. E cada vez que a vemos, nossa consciência naturalmente nos incomoda”,
disse.
9.
Torna-o escravo
Segundo
Guzman, o problema da pornografia é que torna as pessoas viciadas no pecado e
as devolve voluntariamente à escravidão do demônio.
Entretanto,
o blogueiro disse que “Cristo nos redimiu e, quando fomos batizados, nos
libertou dessa cruel escravidão e nos traçou a liberdade de filhos de Deus. Se
é batizado, está morto ao pecado e vivo a Deus. Vocês compartilham a liberdade
de Jesus Cristo e já não são ‘escravos mas filhos’ (Gálatas 4,7)”.
Fonte:
ACIDigital
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Do dia 30/8/2024
PUCRS
e Dalhousie University (Canadá), em parceria com a CNBB Sul 3, lançam programa
de promoção da saúde mental
Já está disponível uma iniciativa que
oferece apoio psicológico às pessoas atingidas pelas fortes enchentes de maio
no Rio Grande do Sul. O programa chamado Text4Hope-RS, é uma parceria do Núcleo
de Estudos e Pesquisa em Trauma e Estresse (NEPTE) da Escola de Ciências da
Saúde e da Vida da PUCRS, da CNBB Sul 3 e da Dalhousie University do Canadá que
envia mensagens de texto baseadas na terapia cognitivo-comportamental (TCC).
O professor do Programa de Pós-Graduação
em Psicologia da PUCRS Christian Kristensen, explica que além de gratuito, o
serviço foi desenvolvido especialmente para ajudar a população gaúcha a cuidar
da saúde mental e do bem-estar emocional após as fortes chuvas que causaram
diversos prejuízos ao estado.
“As recentes enchentes no Rio Grande do
Sul causaram impactos devastadores em nossas comunidades. Sabemos que eventos
como esse podem afetar profundamente nossa saúde mental. Estudos em diversos
países mostram que a exposição a catástrofes desta natureza pode aumentar
problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e estresse pós-traumático,
e que estes problemas podem persistir por meses ou mesmo anos”, sintetiza.
Para participar, basta seguir o
passo-a-passo
Depois disso, a pessoa já estará
inscrita e começará a receber mensagens baseadas na TCC, com conteúdos sobre
autocuidado, apoio emocional e resiliência. O SMS é enviado diariamente, às 9h,
durante três meses. O cancelamento do serviço gratuito pode ser feito a
qualquer momento.
“Ler e refletir diariamente sobre o
conteúdo das mensagens e sobre como os pensamentos e emoções influenciam nos
nossos comportamentos, pode fazer uma grande diferença no bem-estar emocional
de cada pessoa”, conclui o professor.
Fonte: Regional Sul 3 da CNBB
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Missa no
Santuário Nacional, em Aparecida (SP), abre oficialmente o Mês da Bíblia 2024
na Igreja no Brasil
O
mês da Bíblia, celebrado em setembro na Igreja no Brasil, terá início com uma
celebração presidida no dia 1º de setembro, às 12h, por dom Leomar Antônio
Brustolin, presidente da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética
da CNBB, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo. A
missa, que será transmitida na TV Aparecida, no canal do Youtube da CNBB
(@cnbbnacional) e portal A12 (PortalA12), encerrará também a programação da
Romaria Nacional de Catequistas, que acontece desde o dia 30 de agosto.
A
Igreja no Brasil instituiu o Mês da Bíblia a partir da urgência de anunciar a
Palavra de Deus e a beleza de fazer ecoar no coração dos ouvintes a Palavra que
renova e impulsiona à missão. À luz do Concílio Vaticano II, o Mês da Bíblia
foi criado para mobilizar o aprofundamento e a vivência da palavra, através de
um itinerário com a Palavra com um tema específico para cada ano.
O
presidente da Comissão, dom Leomar Antônio Brustolin, salienta que a celebração
do Mês da Bíblia, em todo o Brasil, é expressão de sinodalidade. “Cada
comunidade, a seu modo, unida às outras no propósito comum de tornar a Palavra
de Deus conhecida, rezada, meditada e, principalmente, anunciada pelo
testemunho autêntico de tantos fiéis comprometidos e encantados pela
Escritura”, diz.
Livro
de Ezequiel
Em
2024, a Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB convida as
comunidades a refletirem sobre o Livro de Ezequiel iluminadas pelo lema “Porei
em vós meu espírito e vivereis” (cf. Ez 37,14). Para isso, são oferecidos como
materiais de apoio o texto-base e um livreto com encontros bíblicos.
Dom
Leomar afirma que, ao refletir sobre o testemunho do profeta Ezequiel, pode-se
responder ao convite feito pelo Papa Francisco à preparação para o Jubileu
2025. “O convite para que sejamos peregrinos de esperança nos faz ser como
Ezequiel: arautos da esperança em meio àqueles que, proventura, possam ter se
esquecido de Deus ou perdido o seu caminho”.
“Espero que este Mês da Bíblia possa ser
mais um marco na caminhada evangelizadora e missionária de nossa comunidade,
fazendo brilhar a luz da Palavra de Deus, que convida à esperança e ensina a
direção para voltar a Deus, experimentando suas maravilhas já sinalizadas por
nós”, finalizou dom Leomar.
Para
além do texto-base, que traz reflexões e um contexto histórico e panorâmico do
Livro de Ezequiel, a Comissão também elaborou encontros bíblicos, com cinco
encontros, que permitem um contato profundo e orante com a Palavra de Deus
contida no livro, sempre a partir do método da lectio divina.
“A estrutura dos encontros busca oferecer
ao grupo não um espaço de discussão ou de aprendizado intelectual, mas de
escuta profunda do Senhor e contemplação de sua Palavra, que nos permite
discernir novas direções e nos convida à conversão”, explica dom Leomar.
Os
materiais estão disponíveis no site da Edições CNBB.
Programação
para 2024
Para
além da celebração de abertura do Mês da Bíblia, a Comissão para a Animação
Bíblico-Catequética da CNBB realiza o Seminário Bíblico para Animadores do Mês
da Bíblia. A formação acontece de modo on-line, de 9 a 11 de setembro, às
19h30, e será transmitida pelas redes sociais da CNBB (@cnbbnacional);
Catequese do Brasil (@catequesedobrasil) e Edições CNBB.
No
dia 9 a temática a ser abordada será “A esperança a partir do livro de
Ezequiel”, com o professor e doutor Fábio Siqueira. Na terça-feira, 10 de
setembro, a temática a ser estudada será “A glória do Senhor a partir de
Ezequiel”, com a professora e doutora Maria de Lourdes Lima. No último dia, 11,
a temática será sobre “A conversão ecológica a partir de Ezequiel”, com o
professor e doutor Matthias Grenzer.
Por
Larissa Carvalho
Fonte:
CNBB
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Em vídeo com
intenções de oração para setembro, Santo Padre convida a ouvir “a dor das
vítimas de catástrofes ambientais”
A
intenção de oração do Papa Francisco para setembro é pelo grito da Terra, que
“tem febre e está doente, como qualquer doente”. É um forte apelo para “fazer
frente às crises ambientais provocadas pelo homem” e enquadra-se no chamado
Tempo da Criação, época do ano em que a Igreja tradicionalmente se mobiliza
para refletir sobre o cuidado da casa comum.
Na
sua vídeo-mensagem, que a Rede Mundial de Oração do Papa realizou este mês com
o apoio do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral,
Francisco pregunta-se se “ouvimos” o grito da Terra, a dor de “milhões de
vítimas de catástrofes ambientais”, e pede à humanidade “respostas não só
ecológicas, mas também sociais, económicas e políticas”.
O
homem e a criação
Furacões,
incêndios, maremotos, secas, degelo dos glaciares: o grito da Terra, narrado em
O Vídeo do Papa de setembro, ouve-se cada vez mais. As imagens que acompanham
as palavras do Papa Francisco mostram os efeitos da crise climática nos seres
humanos: pessoas que fogem das catástrofes ambientais, aumento da emigração
devido aos efeitos do clima e crianças obrigadas a viajar dezenas de
quilómetros à procura de um pouco de água. “Os que mais sofrem com as
consequências destes desastres – denuncia Francisco – são os pobres, os que são
obrigados a abandonar as suas casas devido a inundações, vagas de calor ou
secas”.
As
preocupações do Papa são confirmadas por estudos fidedignos: segundo o Fórum
Económico Mundial, os países com rendimentos menores produzem um décimo das
emissões, mas são os mais afetados pelas alterações climáticas. Estima-se que,
até 2050, as alterações climáticas descontroladas obrigarão mais de 200 milhões
de pessoas a migrar dentro dos seus próprios países, empurrando ao mesmo tempo
130 milhões de pessoas para a pobreza.
“A
luta contra a pobreza” e “a proteção da natureza” são, para Francisco, dois
caminhos paralelos, que devem ser seguidos da mesma forma: “alterando os nossos
hábitos pessoais e os da nossa comunidade”. O homem, vítima da crise ambiental,
pode, por isso, ser também o arquiteto da mudança, e as imagens de O Vídeo do
Papa demonstram-no: da gestão dos resíduos à mobilidade, passando pela
agricultura e pela própria política, há muito que fazer e tudo depende de nós.
Porque o destino do homem e o destino da criação – como reiterou o Papa
Francisco no seu Pontificado, primeiro com a encíclica Laudato si’ (2015) e
depois com a exortação apostólica Laudate Deum (2023) – não podem ser
separados.
Espera
e age com a Criação
Estas
reflexões estão também em sintonia com a mensagem do Papa para o Dia Mundial de
Oração pelo Cuidado da Criação 2024, cujo tema deste ano é uma reflexão
teológica inspirada na Carta aos Romanos: “Espera e age com a criação”. “A
salvaguarda da criação não é apenas uma questão ética, mas é eminentemente
teológica: na realidade, diz respeito ao entrelaçamento entre o mistério do
homem e o mistério de Deus”, reflete o Papa na sua mensagem e acrescenta:
“Nesta história, não está em jogo apenas a vida terrena do homem, está
sobretudo em jogo o seu destino na eternidade”.
O
Tempo da Criação – uma iniciativa do Dicastério para o Serviço do
Desenvolvimento Humano Integral que promove a celebração da vida e a proteção
da criação de Deus – terá início no próximo dia 1 de setembro e terminará no
dia 4 de outubro, festa de São Francisco de Assis, padroeiro da ecologia.
Foi
precisamente o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral que
colaborou no Vídeo do Papa deste mês. O seu Prefeito, o Cardeal Michael Czerny,
diz: “A criação geme. O seu sofrimento é causado pelo homem, originalmente
guardião e agora dominador, que ‘arrogantemente coloca a Terra numa condição
desonrosa, isto é, privada da graça de Deus’. Contudo, na sua Mensagem para o
Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, o Santo Padre convida-nos, como
cristãos, a esperar e a agir com a Criação, o que poderíamos traduzir como
viver na Fé. Trata-se de escutar o Espírito Santo, que é amor, não só para com
o próximo, mas também para com a Criação, que é obra de Deus e, por isso, está
interligada com o homem. Só libertando a Terra da condição de escravidão a que
a submetemos, seremos também livres, antecipando a alegria da salvação em
Cristo.”
Escutar
o grito da criação
O
Padre Frédéric Fornos S.J., Diretor Internacional da Rede Mundial de Oracção do
Papa, reflete: “A Terra grita. Juntamente com o grito da terra, ouvimos também
o grito das vítimas das calamidades ambientais e das alterações climáticas,
cujo impacto afeta de forma mais aguda e direta os países com menos recursos.
Não viremos a cabeça, não sejamos indiferentes. Não viremos a cabeça, não
sejamos indiferentes. Dêmos nomes e rostos às calamidades e aos dramas vividos
em muitos países, recordando estes dois últimos anos: os imensos incêndios
florestais no Canadá, que devastaram milhões de hectares e obrigaram milhares
de pessoas a deixar as suas casas; os incêndios devastadores na Austrália, que
mataram milhões de animais e destruíram habitats naturais; as inundações
catastróficas no Paquistão, que submergiram um terço do país, provocando
centenas de mortos e milhões de pessoas deslocadas; as inundações repentinas na
Alemanha e na Bélgica, que ceifaram vidas e destruíram infraestruturas; a seca
severa na Amazónia, ameaçando a biodiversidade única desta região; as ondas de
calor extremo na Índia, que causaram centenas de mortes e condições de vida
insustentáveis para milhões de pessoas; os furacões devastadores nos Estados
Unidos e nas Caraíbas, causando destruição maciça e perdas humanas. A Terra
grita.
A
pandemia, como um comboio de alta velocidade obrigado a parar por um momento no
meio do campo, poderia ter sido um momento para ouvir, para verificar se
sabemos para onde vamos, para reorientar a nossa sociedade, a nossa vida, antes
que seja tarde demais, para proteger a nossa casa comum… mas tantos interesses
nos cegam. O Papa Francisco convida-nos a rezar, porque só a oração pode
despertar os nossos corações anestesiados.”
Fonte:
CNBB
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Dom Paulo
Jackson publica Nota de Pesar por vítimas de desabamento no Santuário de Nossa
Senhora da Conceição
O
teto do Santuário de Nossa Senhora da Conceição, em Recife (PE), desabou na
tarde da sexta-feira (30). Havia fiéis no momento do desabamento provocando
mortes e deixando feridos. Estão no local o Corpo de Bombeiros, o Samu, a
Defesa Civil, o Instituto de Criminalística e o Instituto Médico Legal (IML).
O
segundo vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e
arcebispo de Olinda e Recife, dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, publicou uma
nota de pesar pelas vítimas. Veja, abaixo, a íntegra da nota.
Nota de Pesar
É com imenso pesar que Dom Paulo Jackson
Nóbrega de Sousa, Arcebispo de Olinda e Recife, expressa sua profunda tristeza
pelo trágico acidente ocorrido hoje, no início da tarde do dia 30 de agosto, no
Santuário de Nossa Senhora da Conceição, no Morro da Conceição.
O acidente, que resultou em vítimas e
causou grande dor à nossa comunidade, enche nossos corações de luto e
solidariedade. Em oração, nos unimos às famílias enlutadas e a todos os que
foram afetados por esta tragédia. Que o Senhor acolha as almas dos falecidos e
conforte os corações dos que sofrem.
A Arquidiocese de Olinda e Recife oferece
todo o suporte necessário às vítimas e seus familiares, buscando trazer alívio
e esperança em meio a esta dor.
Que Nossa Senhora da Conceição, nossa
padroeira, interceda por todos, concedendo consolo e força neste momento de imensa
tristeza.
Recife-PE, 30 de agosto de 2024.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa
Arcebispo de Olinda e Recife
Fonte:
CNBB
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Renovação das
promessas batismais marca o início da Romaria de Catequistas
Iniciou
na manhã desta sexta-feira, 30, a primeira edição da Romaria de Catequistas,
promovida pela Comissão Episcopal para Animação Bíblico-Catequética da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O evento acontece no Centro
de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, nas dependências do Santuário
Nacional de Aparecida, com a participação de aproximadamente 3.400 catequistas
de todo o país.
A
mesa de abertura foi composta pelo arcebispo de Aparecida (SP), dom Orlando
Brandes; pelo bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral da CNBB, dom
Ricardo Hoepers; pelo subsecretário adjunto de pastoral, padre Jânison de Sá
Santos; e pelos membros da Comissão para Animação Bíblico-Catequética, dom
Leomar Antônio Brustolin (presidente), dom Andherson Franklin Lustosa de Souza
e dom Juarez Marques Sousa da Silva (membros), padre Wagner Francisco e Mariana
Aparecida Venâncio (assessores).
Brilhar
como estrelas
Durante
a saudação, o anfitrião dom Orlando Brandes reconheceu a importância da
presença dos catequistas como a razão de ser da romaria. “Aqui deste Centro de
Eventos possa ecoar para todo o Brasil o que vocês vão experimentar durante
estes dias. Deus abençoe este congresso!”, concluiu sua saudação.
Dom
Ricardo Hoepers recordou os trabalhos desenvolvidos pela comissão e que a
Romaria é a culminância de todas as atividades que estão sendo realizadas. “É
um sentimento que brota do coração e emociona a gente. É uma vocação que não
tem como não se entusiasmar. Daqui muitas estrelas brilharão para todo o Brasil
para testemunhar que vale a pena ser catequista”.
O
presidente da Comissão para Animação Bíblico-Catequética, ressaltou a multidão
que veio de longe e de perto para a primeira romaria e o sentido de peregrinar
até a Casa da Mãe Aparecida.
“Viemos, em primeiro lugar, para rezar,
pois sem Deus nada podemos fazer. Viemos encontrar com Jesus pelas mãos de
Maria. Ninguém vai voltar para casa só com a bagagem que trouxe, vai voltar
mais pesada, porque voltará com o conhecimento da fé”, afirmou dom Leomar.
Mariana
Venâncio saudou os catequistas a partir da inspiração bíblica escolhida para a
Romaria, extraída do livro de Daniel “os que ensinam como estrelas brilharão”.
“Vocês brilham nas suas comunidades, onde
testemunham a Palavra. Brilham no sorriso de todo o dia, brilham no testemunho
do encontro autêntico com Jesus Cristo, brilham no olhar dos irmãos que se
encontram com Jesus e tem a vida transformada”, afirmou.
Encontro
com Jesus no caminho
Na
celebração de abertura da Romaria, os catequistas renovaram as promessas
batismais. O bispo auxiliar de Vitória e membro da Comissão, dom Andherson
Franklin, presidiu o momento e refletiu o evangelho dos discípulos de Emaús
ressaltando três atitudes de Jesus que inspiram os catequistas no desempenho da
sua missão.
Jesus se aproxima dos que caminhavam com o
coração triste;
Jesus simula que vai um pouco mais adiante,
ele olha o horizonte e indica que há o horizonte a ser trilhado
Jesus diante de seus olhos compartilha o
pão e desaparece
Momento
central da celebração, os catequistas renovaram as promessas do Batismo,
respondendo com convicção renuncio e creio após as perguntas feitas pelo
presidente da celebração.
Ao
final, catequistas entronizaram a imagem de Nossa Senhora Aparecida,
acompanhada das bandeiras de todos os estados brasileiros, representando o chão
onde o Evangelho é anunciado.
A
Romaria de Catequistas segue até o próximo domingo, 1, com momentos
celebrativos, conferências e partilhas para aprofundar uma Catequese a serviço
da Iniciação a Vida Cristã, com inspiração catecumenal.
Marcus
Tullius | Equipe de comunicação da Romaria
Fonte:
CNBB
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Dom Mariano Danecki, bispo auxiliar de Campo Grande
(MS), falece aos 73 anos
A arquidiocese de Campo Grande (MS) comunicou na noite da sexta-feira,
30 de agosto, o falecimento de seu bispo auxiliar dom Mariano Danecki, aos 73
anos. Para mais informações sobre o velório e as exéquias, buscar nos perfis da
arquidiocese de Campo Grande nas redes sociais. Dom Mario é de origem polonesa
e pertence à Ordem dos Frades Menores Conventuais (OFM Conv). Chegou ao
Brasil, já como padre, em 14 de abril de 1985, para a missão de São Maximiliano
Maria Kolbe. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil enviou uma nota de
condolências.
Nota de condolências pelo falecimento de Dom
Mariano Danecki
Estimado
irmão, Dom Dimas Lara Barbosa,
A
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) manifesta pesar pelo
falecimento de Dom Mariano Danecki, OFM Conv, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de
Campo Grande (MS). Na confiança e esperança que vêm do Ressuscitado, rogamos
que o Senhor dê a este irmão o descanso eterno.
Solidarizamo-nos
com Dom Dimas Lara Barbosa, com os amigos e familiares de Dom Mariano, com os
irmãos da Ordem dos Frades Menores Conventuais e com todo o povo de Deus da
Arquidiocese de Campo Grande. Louvamos a Deus pela vida de Dom Mariano e,
especialmente, pelos 39 anos que dedicou, como missionário, à Igreja no Brasil
e à arquidiocese.
Na
certeza de sua ressurreição, rogamos a Deus nosso pai que o acolha em sua
infinita misericórdia.
Em
Cristo,
Dom Jaime Spengler - Arcebispo de Porto Alegre (RS), Presidente
da CNBB
Dom João Justino de Medeiros Silva - Arcebispo de Goiânia (GO), Primeiro
Vice-presidente da CNBB
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa - Arcebispo de Olinda e Recife (PE),
Segundo Vice-presidente da CNBB
Dom Ricardo Hoepers - Bispo auxiliar de Brasília (DF), Secretário-geral
da CNBB
Biografia e trajetória eclesial
Dom Frei
Janusz Marian Danecki, OFM Conv – denominado dom Mariano Danecki – nasceu
Sochaczew, na Polônia, em 08 de setembro de 1951. Ingressou no seminário menor
de Niepokalanów em 1965, com catorze anos, onde permaneceu até 1970. Depois do
noviciado, estudou no seminário maior dos Franciscanos na Cracóvia, nos anos de
1971 a 1977. Professou os primeiros votos, no dia 5 de setembro de 1971, tendo
feito a profissão perpétua quatro anos depois, em 8 de dezembro de 1975.
Recebeu a ordenação presbiteral em 19 de junho de 1977, em Sochaczew.
Exerceu
seu ministério sacerdotal na Polônia por oito anos, passando por diversas
paróquias e, também, pela arquidiocese de Varsóvia, até o ano de 1984.
Desempenhou atividade na Pastoral Vocacional e no Centro Vocacional de
Niepokalanów.
No dia 14
de abril de 1985, foi enviado à missão de São Maximiliano Maria Kolbe, no
Brasil. No período de 1987 a 1994, exerceu atividade de formador no Seminário
Propedêutico da Ordem dos Frades Menores Conventuais, supervisor da comunidade
Jardim da Imaculada, na diocese de Luziânia (GO), e Reitor do Seminário São
Francisco de Assis, em Brasília (DF). Foi diretor nacional do Movimento Milícia
da Imaculada e vigário da província São Maximiliano Maria Kolbe, no Brasil, de
2003 a 2007.
Seu
último trabalho antes da nomeação episcopal, foi como pároco da paróquia Nossa
Senhora de Fátima, em Juruá, na prelazia de Tefé, no Amazonas.
No dia 25
de fevereiro de 2015, foi eleito pelo Papa Francisco como bispo titular de
Regie e auxiliar da arquidiocese de Campo Grande (MS).
No dia 1º
de maio de 2015, em Campo Grande, no Estado do Mato Grosso do Sul recebeu a
ordenação episcopal.
Fonte: CNBB
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GT dos Religiosos Irmãos da CRB Nacional Realiza Encontro em
São Paulo
O
Grupo de Trabalho dos Religiosos Irmãos da Conferência dos Religiosos do Brasil
está reunido em São Paulo para seu encontro anual, que ocorre de 30 de agosto a
1º de setembro, na sede da Regional de São Paulo. O grupo é composto pelos
Irmãos Cícero Junior, CMF), Francisco Júnior, SJ, Luiz Carlos, FMS, Olex Max,
SDB, Celso Flach, SJ, Josenildo Ferreira, PODP, Marcos Divino, SPAV e Jorge de
Paula, SJ, Assessor do Setor de Formação Continuada da CRB Nacional.
Além
de promover a convivência e a experiência da intercongregacionalidade e
fraternidade, o encontro tem como objetivo a preparação do Seminário Nacional
dos Religiosos Irmãos, que acontecerá no próximo ano, bem como a organização do
calendário formativo e vivencial para 2025.
O
GT dos Religiosos Irmãos reforça a importância da unidade e da fraternidade
entre os membros da vida religiosa consagrada e convida todos a se unirem em
sintonia para construir uma verdadeira família de irmãos e irmãs.- Fonte: CRB
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Francisco: o anúncio do Evangelho se
faz com criatividade, sem desperdício
O
discurso do Papa Francisco aos participantes da Plenária do Dicastério para a
Evangelização foi inteiramente dedicado à Universidade Urbaniana, que está
vivendo uma fase de reestruturação de sua história pluricentenária. Participa
do encontro o arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal Orani João Tempesta.
Vatican
News
O
Papa recebeu em audiência os participantes da Assembleia Plenária
Extraordinária do Dicastério para a Evangelização. Extraordinária porque foi
convocada com uma única intenção: discutir o futuro da Pontifícia Universidade
Urbaniana, criada em 1627 pelo Papa Urbano VIII inicialmente como Colégio para
formar missionários e, assim, apoiar as Igrejas de todo o mundo em
seu trabalho apostólico de proclamação do Evangelho.
A
Assembleia Plenária faz parte da perspectiva de relançamento das instituições
universitárias ligadas à Santa Sé, solicitada pelo Papa Francisco também
através da Constituição Apostólica “Veritatis gaudium” sobre as Universidades e
Faculdades Eclesiásticas. Participa do encontro o cardeal Orani João Tempesta,
arcebispo do Rio de Janeiro.
Em
seu discurso, o Pontífice se congratulou pelo estilo sinodal adotado e
aprofundou a identidade e a missão da Universidade que, neste caso, coincidem,
já que se trata de anunciar a Boa Nova. Todavia, observou o Papa, é
necessário que este patrimônio se traduza em respostas adequadas que a
realidade hodierna põe à Igreja e ao mundo: “Não vivemos numa sociedade cristã,
mas somos chamados a viver como cristãos na sociedade plural de hoje”, afirmou
Francisco. “Como cristãos e aberto.” Portanto, não se trata somente de transmitir
conhecimento, mas elaborar instrumentos intelectuais capazes de proporem-se
como paradigmas de ação e pensamento.
Outro
aspecto aprofundado pelo Papa foi quanto às expectativas, em que devem
convergir a exigência de elevar a qualidade da formação com a necessária
racionalização dos recursos humanos e econômicos. Francisco sugeriu uma
“sã criatividade” para encontrar os percursos adequados e evitar que o estudo
se reduza a um mero cumprimento de lições e créditos para os exames. “Não
tenham medo da criatividade”, encorajou.
É
preciso investir em docência e pesquisa, eliminar desperdícios e criar rede com
outras Instituições.
No
caso específico da Urbaniana, é importante que na docência fique ainda mais
evidente a sua especificidade missionária e intercultural, para que o corpo
discente seja capaz de mediar com originalidade a mensagem cristã com outras
culturas e religiões. “Quanto precisamos de pastores, consagrados e leigos que
saibam encarnar o ímpeto missionário para evangelizar as culturas e, assim,
inculturar o Evangelho! Essas duas coisas caminham sempre juntas: evangelização
da cultura e inculturação do Evangelho.”
Francisco
concluiu agradecendo aos participantes da Plenária pelo intenso trabalho, de
modo especial ao Cardeal Luis Antonio Tagle, comprometido em primeira pessoa na
reformulação da Urbaniana.
Nós
conversamos com o cardeal Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro.
Alegria
muito grande poder partilhar o nosso encontro com Santo Padre quase na
conclusão dessa nossa plenária extraordinária do Dicastério para a
Evangelização (Seção para a Primeira Evangelização e as Novas Igrejas
Particulares), que tratou e está tratando principalmente sobre a questão da
academia, ou seja a questão da Universidade Urbaniana. O Santo Padre na
audiência falou sobre esse assunto, sobre a importância da Universidade
Urbaniana.
Na
presença do Santo Padre pedi uma benção especial, já que amanhã cedo estarei
também junto com a nossa arquidiocese na peregrinação a Aparecida, é a 122ª peregrinação.
O
Papa nos deu uma benção especial para todos que trabalham na evangelização,
animou a todos nesta caminhada convidando a descobrir os melhores caminhos
parque o trabalho da Urbaniana, seja cada vez mais efetivo e também para todos
nós que fazemos parte da Plenária do Dicastério para a Evangelização para que
cada vez mais nos empenhemos nesta importante missão.
Fonte: Vatican News
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Nossa Senhora da Misericórdia de Pellevoisin:
uma devoção que faz bem
O
Dicastério para a Doutrina da Fé deu seu consentimento ao arcebispo de Bourges
para emitir o decreto de 'nihil obstat' referente à devoção ligada ao santuário
mariano desse pequeno município francês, onde em 1876 uma pobre empregada
doméstica, Estelle Faguette, teria tido várias aparições da Virgem Maria.
Vatican
News
“Embora
não seja a prática atual” do Dicastério para a Doutrina da Fé ‘manifestar-se
sobre o caráter sobrenatural ou sobre a origem divina dos fenômenos sobrenaturais
e das supostas mensagens, as expressões que Estelle apresentou como
provenientes da Virgem Maria têm um valor particular que nos permite vislumbrar
uma ação do Espírito Santo em meio a toda essa experiência espiritual’.
Foi
o que escreveu o cardeal Victor Manuel Fernández em uma carta dirigida ao
arcebispo de Bourges, na França, Jérôme Daniel Beau, e aprovada pelo Papa
Francisco na quinta-feira, 22 de agosto, na qual ele deu o seu consentimento
para proceder com o decreto proposto de “nihil obstat” em relação a “Nossa
Senhora da Misericórdia”, venerada no Santuário de Pellevoisin, um pequeno
município no centro da França, onde em 1876 uma pobre empregada doméstica,
Estelle Faguette, teria tido várias aparições da Virgem Maria.
Uma devoção recomendada
O
prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé afirma que não só “não há objeções
doutrinais, morais ou de outra natureza a esse evento espiritual”, ao qual os
fiéis “podem dar seu consentimento de maneira prudente” (Normas, art. 22, 1),
“mas que, nesse caso, a devoção, já florescente, é particularmente recomendada
para aqueles que desejam livremente aderir a ela”, pois há “um caminho de
simplicidade espiritual, de confiança, de amor” que provavelmente fará muito
bem e que “certamente será um bem para toda a Igreja”.
A carta de Estelle à
Virgem
Estelle
nasceu em 12 de setembro de 1843 em uma família muito pobre. Para sustentar a
si mesma e a seus pais, ela trabalhou primeiro como lavadeira e depois como
empregada doméstica. Ela ficou gravemente doente e sua vida estava em perigo.
Nesse momento, ela decidiu escrever uma carta sincera a Nossa Senhora pedindo
sua recuperação para que pudesse continuar a sustentar seus pais pobres. Suas
palavras”, escreve o cardeal, ‘são impressionantes por sua simplicidade,
clareza e humildade’. Estelle narra o sofrimento causado por sua doença. Ela
não se vangloria de um espírito cristão de resignação. Pelo contrário, ela
explica sua resistência interior a uma doença que interrompeu seu plano de
vida”. Mas, no final, ela sempre confia na vontade de Deus. Ela só quer ajudar
seu pai e sua mãe com toda a força que lhe resta: “essa dedicação generosa aos
outros, essa vida que é usada para cuidar dos outros, é o que mais tocou o
coração da Mãe”, que “sabe reconhecer todo o bem que se esconde por trás de
nossas palavras”.
A cura milagrosa
A
jovem conta que em fevereiro de 1876, aos 32 anos de idade, começaram as
primeiras aparições: na quinta, conforme prometido por Maria, ela foi
completamente curada. Estelle é muito clara sobre o que aconteceu: a Virgem
obteve sua cura de seu Filho. Tudo é atribuído a Cristo, foi Cristo quem ouviu
a intercessão de sua mãe. Uma cura”, enfatiza o cardeal Fernández, ‘confirmada
como milagrosa pelo arcebispo de Bourges, em 8 de setembro de 1893, com o
consentimento do Santo Ofício’.
Algumas mensagens de
Maria
Em
suas mensagens, Maria mostra a Estelle toda a sua proximidade e ternura com
palavras de encorajamento: “Não tenha medo, você é minha filha”, “Se quiser me
servir, seja simples”, “Coragem”, “Estarei invisivelmente perto de você [...]
Você não tem nada a temer”, “Escolho os pequeninos e os fracos para minha
glória”. E depois as exortações para ter paz: “Acalme-se, minha filha, seja
paciente, você terá dificuldades, mas eu estou com você”, “Eu gostaria que você
ficasse ainda mais calma [...] Você precisa descansar”. Um convite também
dirigido à Igreja: “Na Igreja não há essa calma que eu desejo”.
Uma presença
silenciosa
Muitas
vezes”, diz o cardeal prefeito, ‘mais do que as poucas palavras de Maria, o que
impressiona é sua presença silenciosa, aqueles longos silêncios em que o olhar
da Mãe cura a alma’. Estelle escreve: “Meu Deus, como ela era linda! Ela ficou
imóvel por um longo tempo sem dizer nada [...] Depois desse silêncio, ela olhou
para mim; não sei o que senti; como era feliz!”, ”Ela não disse nada para mim.
Depois ela me olhou com um olhar muito gentil e foi embora”, ‘Ela me olhou
ainda sorrindo’, ‘Que beleza e que doçura!’, ‘Que bondade em seu olhar e que
misericórdia!’.
O escapulário com a imagem
do Coração de Cristo
“A
experiência de Pellevoisin”, prossegue o prefeito do Dicastério para a Doutrina
da Fé, ‘é mariana, mas ao mesmo tempo é fortemente cristológica’. Assim, “o
grande pedido que a Virgem dirige a Estelle é que ela espalhe o escapulário com
a imagem do Coração de Cristo, e a grande mensagem de Maria é o convite a se
voltar para esse Coração amoroso do Senhor”. Mostrando a Estelle o escapulário
do Sagrado Coração de Cristo, Maria diz: “Há muito tempo os tesouros de meu
Filho estão abertos [...] amo essa devoção”.
Estelle
aceita esse pedido para difundir a devoção ao Coração do Senhor. “O Coração de
Cristo”, diz o cardeal, ‘nunca é indiferente, ele se deixa tocar por nossa
súplica sincera e amorosa, especialmente quando é a Mãe que toca Seu Coração’.
A vida de Estelle transcorreu com humildade em meio a muitas provações,
acusações e calúnias. Em 1925, ela entrou para a Ordem Terceira Dominicana.
Morreu em Pellevoisin em 23 de agosto de 1929, com quase 86 anos de idade.
As autorizações dos
Papas
O
cardeal lembra que vários papas autorizaram gestos de devoção ligados a “Nossa
Senhora da Misericórdia”, também conhecida pelo título de “Mãe toda
misericordiosa”: em 1892, Leão XIII concedeu indulgências aos peregrinos que
chegavam a Pellevoisin e, em 1900, reconheceu o escapulário do Sagrado Coração.
Em 1915, Bento XV, ao receber o escapulário, afirmou que “Pellevoisin foi
escolhida pela Santíssima Virgem como um lugar especial para espalhar suas
graças”. Em 1922, uma missa votiva à Virgem foi autorizada para a paróquia de
Pellevoisin em 9 de setembro. Ao longo de todos esses anos”, diz o cardeal
Fernández, ‘muitos belos frutos de fé e caridade’ floresceram naqueles que
viveram essa devoção. - Fonte:
Vatican News
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A Santa Sé: proibir 'armas autônomas
letais', imediatamente uma moratória
O
arcebispo Ettore Balestrero, observador permanente da Santa Sé junto às Nações
Unidas e Organizações Internacionais em Genebra, falou sobre o assunto durante
uma discussão do Grupo de Especialistas Governamentais, reiterando que as armas
conduzidas por Inteligência Artificial “nunca devem escolher tirar a vida de um
ser humano”.
Alessandro
Di Bussolo – Vatican News
Para
a Santa Sé é “de extrema urgência” fornecer um “sólido instrumento
juridicamente vinculativo” que proíba o uso das chamadas “armas autônomas
letais” e, enquanto isso, “estabelecer uma moratória imediata sobre seu
desenvolvimento e uso”. Isso foi enfatizado pelo arcebispo Ettore Balestrero,
observador permanente da Santa Sé junto às Nações Unidas e às Organizações
Internacionais em Genebra, em seu discurso na segunda sessão do Grupo de
Especialistas Governamentais (GGE) 2024 sobre Tecnologias Emergentes na Área de
Sistemas de Armas Autônomas Letais (Leis), que está sendo realizada na cidade
suíça de 26 a 30 de agosto.
O discurso do Papa
ao G7 sobre Inteligência Artificial
Citando
o discurso do Papa Francisco sobre Inteligência artificial aos líderes do G7 reunidos em Borgo
Egnazia, Itália, em 14 de junho, Balestrero lembrou que o Papa os exortou a
“reconsiderar o desenvolvimento e o uso de dispositivos como as chamadas ‘armas
autônomas letais’ e, eventualmente, proibir seu uso. Isso começa com um
compromisso eficaz e concreto de introduzir um controle humano cada vez mais
adequado. Nenhuma máquina jamais deveria escolher tirar a vida de um ser
humano”. Para o prelado, no entanto, os campos de batalha de hoje “também estão
se tornando campos de provas para armas cada vez mais sofisticadas”.
Armas autônomas não
são entidades moralmente responsáveis
A
Santa Sé, continuou o arcebispo, aprova e apoia a abordagem do Grupo de
Especialistas “para a análise das funções potenciais e dos aspectos
tecnológicos dos sistemas de armas autônomas”, porque a identificação de
sistemas que são “incompatíveis com o direito internacional humanitário e
outras obrigações internacionais existentes” poderia ser de grande utilidade no
estabelecimento de proibições e restrições, “levando em conta considerações
éticas mais amplas”. Para a Santa Sé, esclareceu o observador permanente, “os
sistemas de armas autônomas não podem ser considerados entidades moralmente
responsáveis”. De fato, a pessoa humana, dotada de razão, “possui uma
capacidade única de julgamento moral e tomada de decisões éticas que não pode
ser reproduzida por nenhum conjunto de algoritmos, por mais complexos que
sejam”. Assim, a delegação da Santa Sé aprecia as referências tanto ao
“controle apropriado” quanto ao “julgamento humano” no “texto fluido” elaborado
como base para a discussão da sessão, embora peça “maior clareza e um
entendimento comum desses termos”.
Uma máquina escolhe,
o homem decide com o coração
É
por isso que dom Balestrero lembrou a diferença entre “escolha” e “decisão”. Em
seu discurso no G7 em Borgo Egnazia, o Pontífice, enfatizando que as máquinas
apenas produzem escolhas técnicas algorítmicas, lembrou que “o ser humano, no
entanto, não apenas escolhe, mas em seu coração é capaz de decidir”. E esse é
um elemento mais estratégico do que uma escolha, porque exige uma avaliação
prática. Além disso, continuou o Papa Francisco, “uma decisão ética é aquela
que leva em conta não apenas os resultados de uma ação, mas também os valores
em jogo e os deveres que ela implica”. Por esse motivo, ainda citando o
discurso do Papa, o arcebispo reiterou que para a Santa Sé é necessário
“garantir e salvaguardar um espaço para o controle humano adequado sobre as
escolhas feitas pelos programas de inteligência artificial: a própria dignidade
humana depende disso”.
Os avanços da
tecnologia estão a serviço do bem comum
O
representante do Vaticano enfatizou ainda que há uma crescente “conscientização
mundial sobre as preocupações éticas levantadas pelo uso da inteligência
artificial como arma”. Isso também se refletiu no papel de destaque atribuído
às considerações éticas na recente conferência “Humanidade na encruzilhada:
sistemas de armas autônomas e o desafio da regulamentação”, realizada em Viena
nos dias 29 e 30 de abril de 2024. E concluiu lembrando que “o desenvolvimento
de armas cada vez mais sofisticadas certamente não é a solução”. Os benefícios
que a humanidade colherá do atual progresso tecnológico dependerão, como
escreve Francisco na Encíclica Laudato si', “da medida em que tal
progresso for acompanhado por um desenvolvimento adequado de responsabilidades
e valores que coloquem os avanços tecnológicos a serviço do desenvolvimento
humano integral e do bem comum”.
Fonte: Vatican News – na imagem, Arcebispo Ettore Balestrero
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Governo da Nicarágua dissolve outras
169 ONGs
Subiu
para mais de 5.600 o número de instituições da sociedade civil cuja personalidade
jurídica foi cancelada pelo executivo do presidente Daniel Ortega, que também
enviou à Assembleia Nacional um projeto de reforma do Código Penal que visa
punir severamente os crimes contra o Estado e a administração pública.
Vatican
News
Um
novo fechamento em massa de organizações não governamentais foi decretado nas
últimas horas na Nicarágua, depois de o governo do presidente Daniel Ortega ter
revogado o estatuto jurídico de 169 instituições sem fins lucrativos que operam
no país. Há onze dias, o mesmo procedimento foi realizado contra outras 1.500
ONGs. Com a nova medida, o número total de organizações da sociedade civil
proibidas desde o início dos protestos antigovernamentais em 2018 subiu para
mais de 5.600.
Se
até agora estas medidas repressivas haviam sido tomadas contra instituições
pertencentes à Igreja Católica, desta vez - segundo informações de sites
independentes - as atingidas são sobretudo entidades pertencentes a
evangélicos, pentecostais e batistas, bem como organizações como Save the
Children Canada.
De
forma geral, as organizações são acusadas de não tornarem os seus orçamentos
transparentes e de desviarem dinheiro para enfraquecer o regime sandinista. A
partir de agora, portanto, se quiserem continuar a operar, terão de fazê-lo em
estreita colaboração com órgãos estatais e governamentais.
Reforma do Código
Penal
Ortega,
em seu quarto mandato consecutivo no país centro-americano, também enviou à
Assembleia Nacional um projeto de lei que visa reformar o Código Penal,
acrescentando, entre outros, os crimes de financiamento do terrorismo, crimes
contra a administração pública, crimes contra o Estado ou suas instituições e
crimes informáticos.
Até
ao momento, estas têm sido as acusações mais recorrentes utilizadas pelo
governo contra os seus opositores e para confiscar bens de diversas
instituições, ainda que não estejam claramente definidas no Código Penal.
A
iniciativa de Ortega visa também alterar o Artigo 410, que pune pessoas ou
instituições que atentem contra a integridade nacional, aumentando de 15 para
30 anos de prisão para quem organizar, financiar ou patrocinar tais crimes, na
forma que for.
A
reforma do Código Penal visa ampliar o princípio da universalidade da prática
de crimes para que estes possam ser imputáveis a nicaraguenses ou
estrangeiros, diretamente ou por meio de uma ONG, ainda que perpetrados fora do
território nacional. Além disso, as penas para os crimes mais graves poderiam
ser estendidas à prisão perpétua.
Fonte: Vatican News
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Aparecida acolhe a 122° Romaria da
Arquidiocese do Rio de Janeiro
São
esperados cerca de 60mil devotos do Rio de Janeiro à Aparecida (SP).
Lucas
Torres, Ludimilia Barbosa - Santuário Nacional
O Santuário Nacional de Aparecida acolhe
neste fim de semana (31) a
tradicional Romaria
Arquidiocesana do Rio de Janeiro, que há mais de cem anos reúne fiéis
para momentos de oração e comunhão. Com o tema “Em oração na casa da Mãe
Aparecida”, a programação inclui missa, terço e Via Sacra no Morro do Cruzeiro.
São esperados cerca de 60 mil
devotos do Rio de Janeiro.
Nossa Senhora
Aparecida e a Arquidiocese do Rio de Janeiro
Aparecida
sempre foi um destino de peregrinação. As romarias para a Casa da Mãe datam dos
tempos em que apenas a Basílica Histórica existia. Reconhecendo a importância
de Aparecida como centro de fé no Brasil, a Arquidiocese do Rio de Janeiro
organizou, em 16 de dezembro de 1900, uma grande romaria para marcar o ano
jubilar celebrado pela Igreja.
A
peregrinação se intensificou e o número de devotos aumentou a partir de 1931, após a visita da Imagem Original de Nossa Senhora
Aparecida à Arquidiocese do Rio de Janeiro para a cerimônia de
proclamação oficial como padroeira
do Brasil . Mais tarde, o Cardeal Dom Eugênio de Araújo Sales
estabeleceu que a Romaria Arquidiocesana ocorresse anualmente no último sábado
de agosto, tradição que perdura até os dias atuais.
Cardeal do Rio de
Janeiro motiva visita ao Santuário Nacional em qualquer época do ano
O Arcebispo do Rio de Janeiro,
Cardeal Dom Orani João
Tempesta, O.Cist., participa ativamente desta romaria, presidindo a
Missa Solene e se fazendo presente dos momentos oracionais. Todos os anos, ele
reforça o convite para que os fiéis se juntem à romaria.
"Seria muito bom se cada paróquia
conseguisse ao menos encher um ônibus para essa Romaria, quem sabe até mais.
Mas, só o fato de ir um já demonstra a comunhão e a unidade com a Arquidiocese”,
convida o cardeal.
Dom
Orani tem uma relação profunda e significativa com o Santuário Nacional e Nossa
Senhora Aparecida. Em entrevista exclusiva para a Revista de Aparecida, o
cardeal contou que, dentre as influências para seguir sua vocação, a Rádio
Aparecida e o exemplo do Venerável Padre Vítor Coelho de Almeida foram
importantes. O pai do cardeal, Achille Tempesta, também era devoto e
acompanhava a consagração de Nossa Senhora pelas ondas da Rádio, compartilhando
assim essa devoção com toda a família.
O cardeal reconhece o trabalho pastoral
realizado a partir do Santuário Nacional e incentiva os fiéis leigos a
visitarem Aparecida em outras ocasiões.
“Assim como visitamos periodicamente nossa
mãe terrena, aquela que nos gerou e deu vida, devemos visitar a casa da nossa
Mãe celestial. Não apenas na romaria arquidiocesana, mas também em outras datas
ao longo do ano com a família ”, afirma Dom Orani.
Símbolos de fé: Santuário Nacional e Cristo
Redentor
O
Santuário Nacional, representado pela Arquidiocese de Aparecida e o Cristo
Redentor, pertencente a Arquidiocese do Rio de Janeiro, embora geograficamente
distantes, estão unidos pela espiritualidade e pela devoção dos fiéis que os
visitam. Esses dois locais sagrados, têm uma conexão especial através da
devoção católica e da promoção da fé.
No
Cristo Redentor, há uma capela dedicada a Nossa Senhora Aparecida. Esta capela
é um espaço de oração e devoção, onde os fiéis podem se conectar com a
Padroeira do Brasil enquanto visitam o monumento.
O
Santuário Nacional de Aparecida, embora seja um templo dedicado a Maria, está
sempre a levar os devotos a seu filho, Cristo Jesus. A cruz no Altar Centra da
basílica, conhecida como a “Cruz do Nada”, representa a presença de Cristo e
lembra que o centro é Jesus.
Programação
As
atividades começam no sábado, dia 31,
às 7h da manhã,
com a oração do terço na Tribuna
Bento XVI, localizada na Fachada Sul da Basílica. Logo após, às 9h, no Altar Central, será celebrada a Santa Missa presidida pelo
Cardeal Dom Orani. A partir das 10h ,
os romeiros são convidados a participar da espiritualidade no Morro do Cruzeiro, contemplando a
Via-Sacra. Por fim, às 12h,
ocorrerá a bênção de
encerramento.
Nesta
edição do encontro, são esperados cerca de 60 mil fiéis, vindos de diversas
paróquias de todo o território da Igreja Particular do Rio de Janeiro. Cônego
Cláudio dos Santos ressalta a importância da visita ao Santuário Nacional:
“São inúmeros os benefícios que a
Arquidiocese recebe com essa peregrinação. Poder estar junto com a Mãe
Aparecida nos enche de alegria e nos compromete cada vez mais no testemunho da
fé, sob o exemplo de Nossa Senhora”, afirma o Vigário Episcopal de
Pastoral da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Cônego Cláudio dos Santos.
O Santuário Nacional reconhece a importância
dessa romaria e oferece infraestrutura de acolhimento para os devotos do Rio de
Janeiro.
“É uma romaria grande, muito expressiva e
muito bem organizada. Todos os anos o Santuário Nacional acolhe a Arquidiocese
do Rio de Janeiro com todo o amor, são muitos anos, já é uma longa história” afirma
o Prefeito de Igreja do Santuário Nacional de Aparecida, Padre Ferdinando
Mancilio.
Fonte: Vatican News
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A missão na Ásia, uma inculturação nas
pegadas das grandes testemunhas da fé
É
num pontificado marcado pela paixão pela evangelização e pelo desejo de
reformar a Igreja num sentido missionário que a viagem asiática e oceânica
empreendida pelo Papa se enquadra com total coerência. Hoje autónomas e
florescentes, as jovens Igrejas dos quatro países visitados enriquecem a Igreja
universal com o seu testemunho. Regresso às transformações da missão na Ásia
com o diretor do Instituto de História Missionária do ICP, p. Gilles
Berceville.
Entrevista conduzida por Delphine Allaire - Cidade do Vaticano
Com 11 países da Ásia Oriental, meridional e Central,
visitados em 11 anos de pontificado, o Papa Jesuíta, de 87 anos, leva o seu
cajado de peregrino para uma longa viagem à Indonésia e às jovens Igrejas
timorenses, papuas e cingapurianas no mês de setembro. “Um ato de humildade e
obediência à missão”, afirmou o Cardeal Luis António Tagle, pró-prefeito do
Dicastério para a Evangelização, numa entrevista publicada esta terça-feira
pela Fides, agência de informação do Dicastério presidida diretamente pelo
Papa. O cardeal filipino fará naturalmente parte da delegação papal durante
esta 45ª viagem apostólica ao Sudeste Asiático e à Oceânia.
Os sinais de uma verdadeira paixão levada por Francisco pela
missão são numerosos, desde os sonhos de partir para o Japão noutra vida na
Argentina até ao seu magistério como Sucessor de Pedro desde 2013. Tema
pastoral fundamental para o Bispo de Roma, a paixão pela evangelização e o zelo
apostólico do crente foram também temas de catecismos durante as audiências
gerais às quartas-feiras ao longo de 2023. Três deles foram dedicados a grandes
figuras espirituais da Ásia, para onde Francisco se prepara para ir como
peregrino missionário seguindo os passos de grandes testemunhas da fé.
O padre Gilles Berceville, diretor do Instituto de História
Missionária do Instituto Católico de Paris, teólogo dominicano e especialista
em espiritualidades missionárias, recorda as particularidades e a história da
missão no continente mais populoso do mundo, concentrado nos desafios da
modernidade.
Quais
são as primeiras ocorrências do Cristianismo na Ásia?
A tradição traz à Índia um apóstolo como Tomé desde as
origens do cristianismo. Na verdade, é possível que as comunidades cristãs
tenham estado presentes desde muito cedo na Índia. A história estabelece a
difusão do Cristianismo através da Igreja Nestoriana para a China a partir dos
séculos VI e VII. Após a conversão do Império Mongol ao Islão, no século XIV, a
presença cristã foi reduzida na Ásia. Na época das grandes descobertas do
século XV, um dos sonhos dos cristãos era contornar o obstáculo muçulmano e
juntar-se a antigas comunidades cristãs que teríamos perdido de vista na Ásia.
Esta é a origem da descoberta da América por Cristóvão Colombo, no final do
século XV. Depois de contornarmos o Cabo Magalhães, encontramo-nos na Ásia e
aí, os espanhóis e os portugueses investem territórios e, ao mesmo tempo, têm a
responsabilidade confiada pelo Papa de difundir a fé cristã. O cristianismo
está, por isso, presente na Ásia de forma muito menor a partir do século XVI.
Como
é que a epopeia missionária dos séculos XV e XVI está ligada aos poderes
políticos?
Nas últimas fases da Idade Média, o espiritual e o temporal
permaneceram indissociáveis. As primeiras missões, levadas a cabo pelos Reis de
Espanha e de Portugal, foram assim concebidas a partir da Reconquista no
contexto do conflito com o Islão e do cisma na Europa com a propagação do
Protestantismo.
Quão
especificamente na Ásia está implantada entre os missionários uma ação
científica de exploração, estudos e descobertas?
A partir do século XVI, com a grande figura de São Francisco
Xavier, os Jesuítas, na Índia, mas sobretudo na China com Matteo Ricci,
esforçar-se-ão por dar a conhecer o cristianismo através dos livros e por
converter as elites apresentando-se, não como monges ascetas, mas como
estudiosos confucionistas. Como tal, os jesuítas foram de facto aceites pelos
imperadores da China, enquanto, além disso, o cristianismo foi aí proscrito,
uma vez que o Papa proibiu o culto dos antepassados.
São
Francisco Xavier, considerado o maior missionário dos tempos modernos, viajou
pela Ásia, desde a Indonésia até ao Japão. Qual é o valor do seu testemunho
para a missão no Extremo Oriente?
Marcou a história missionária com as suas cartas, com os seus
apelos para se juntar a ele na missão e gerações de jesuítas sonharam com a
missão graças a ele. Francisco Xavier foi legado do Papa a pedido do Rei de
Portugal, em todas as terras que explorou, desde as Molucas ao Japão. Morreu
antes de poder entrar na China, a sua atividade missionária abrangeu um
território considerável. Não teve grandes efeitos em termos de conversão
populacional; só depois dele, sobretudo no Japão, é que as comunidades se
desenvolveram antes de serem perseguidas e erradicadas pelos poderes
existentes. Francisco Xavier é um grande modelo de missionário que inspirou as
gerações de jesuítas que depois dele se dedicaram às missões e que
desenvolveram atividades missionárias no Extremo Oriente.
Os
espanhóis e os portugueses foram sucedidos pelos franceses e pelos ingleses.
Que impulso traça a renovação missionária do século XIX na Ásia?
Entre as missões jesuítas desenvolvidas a partir do século
XVI e do século XIX, a Santa Sé recuperou o controlo das atividades
missionárias com a criação da Congregação da Propaganda em 1622. O desejo era o
seguinte: acabar com o sistema de mecenatos e dissociar a atividade de
conquista com a atividade de evangelização. Para o século XIX e os missionários
católicos franceses, devemos mencionar as Missões Estrangeiras de Paris
fundadas no século XVII para implementar este programa da Congregação de
Propaganda da Santa Sé, para dissociar claramente a atividade política da
evangelização.
Os missionários protestantes ingleses desenvolveram as suas
atividades, sobretudo, a partir do século XIX. Insistirão na distribuição da
Bíblia com grande atividade na impressão e tradução da Bíblia.
Ligarão a atividade de evangelização à de civilização,
trazendo prosperidade, tentando promover o desenvolvimento económico e cultural
dos países onde estão estabelecidos, e também desejando muito rapidamente, mais
rapidamente que os católicos, garantir a autonomia das Igrejas das comunidades
cristãs que fundaram. Do lado católico, há uma maior ênfase nos sacramentos e
na liturgia, uma conceção de Igreja universal centrada em Roma e que, de facto,
garante uma certa independência do poder político. Foi também o século das
grandes atividades de caridade levadas a cabo, em particular, pelas
congregações religiosas femininas. A Igreja Católica insistirá mais tarde, no
início do século XX, seguindo o ensinamento dos Papas, na autonomia das Igrejas
locais e do clero local.
Deste ponto de vista, há uma espécie de retrocesso, porque no
século XVII estávamos muito convencidos, após o virtual desaparecimento do
cristianismo no Japão, de que era necessário fazer nascer e desenvolver um
clero local indígena, enquanto no século XIX os missionários vieram da Europa e
estabeleceu-se uma certa desigualdade de facto entre o clero missionário
europeu e o clero indígena
Como
é que o catolicismo se foi aculturando gradualmente na Ásia, surgindo cada vez
menos como uma religião europeia?
Já não estamos na situação do colonialismo europeu do século
XIX, início do século XX, e as Igrejas Católicas locais têm hoje uma autonomia
muito grande. Já não dependem dos países que enviaram os missionários, a
começar pela França, embora continuem a existir relações de amizade entre as
Igrejas, com a profunda expressão de gratidão ao respeito daqueles que enviaram
missionários e que fundaram a Igreja em países de missão.
Entre os países que serão em breve visitados pelo Santo
Padre, por exemplo, as Igrejas de Timor e da Papua Nova Guiné estão muito
aculturadas. Também se desenvolveram recentemente e são chefiados por bispos do
país e clérigos do país. As próprias Igrejas asiáticas enviam agora os seus
missionários para a Europa, tal como a Igreja no Vietname.
Como
são as inculturações nos ritos locais?
Quando entramos nas igrejas católicas, em Singapura, no
Vietname, em Timor, encontramos igrejas que são, do ponto de vista da
arquitetura, da arte, das esculturas, da pintura, muito influenciadas pela arte
ocidental. Só neste aspeto exterior e arquitetónico é sinal de uma fé que ainda
deve realizar uma grande obra de inculturação. Não é porque as Igrejas têm
independência jurídica e o seu clero que trouxeram para a Igreja universal os
recursos da sua própria cultura no domínio da compreensão da fé, das suas
expressões, nomeadamente as expressões da arquitetura religiosa ou da arte religiosa.
Cabe às populações locais e às Igrejas locais inculturar a sua fé e estar
presentes nas suas sociedades de uma forma verdadeiramente evangélica, com os
desafios da grande pobreza que são esses, especialmente para os países que
visitarão o Papa em breve, desde Timor Leste ou Papua Nova Guiné; países onde a
Igreja testemunha uma presença muito generosa entre os pobres. Isto foi
decisivo na adoção do cristianismo pelas populações locais em países como Timor
ou Papua Nova Guiné.
Quais
os desafios e as dificuldades da missão em algumas Igrejas locais?
Devemos realmente considerar ultrapassada a ideia de
territórios onde missionários de outros lugares, mesmo que haja sempre alguns,
nomeadamente as Missões Estrangeiras de Paris, lidam com áreas remotas onde o
Cristianismo não está presente. Temos agora comunidades locais que estão
inseridas na sociedade, na cultura que lhes é própria, e que devem viver o
Evangelho primeiro no testemunho dado, na esperança dada aos mais pobres. E daí
surge a fé vivida, que se desenvolve e encontra expressões capazes de
enriquecer toda a Igreja.
Existem diferentes desafios missionários. Por exemplo, na
Indonésia, o Papa destacará a questão do diálogo inter-religioso,
particularmente entre cristãos e muçulmanos; o encontro de religiões percebido
na modalidade da estima recíproca e do diálogo.
Depois, a missão é a presença entre os mais pobres e temos
territórios, populações que são marcadas pelas dificuldades de acesso à
educação, por todos os desastres provocados pela degradação climática. O
Sudeste Asiático perdeu 15% das suas florestas naturais desde 2000, a imposição
de monoculturas enquanto as populações locais viviam mais da agricultura de
subsistência, etc. A presença aos pobres é, depois do diálogo inter-religioso,
a segunda forma de presença evangélica proporcionada pelas Igrejas locais.
No
início da viagem à Ásia-Oceania, qual pensa ser a conceção de missão do Papa
Francisco?
Ao visitar estes territórios, o Papa presta homenagem às
periferias das grandes potências. Elevou também os bispos das quatro capitais à
categoria de cardeais. Ele torna assim estes territórios presentes à nossa
atenção, como cristãos, à nossa fraternidade e à nossa oração. O Papa insiste
que toda a vida cristã é missionária, que todo o cristão é missionário e que
toda a vida cristã é missão. Poderíamos, por isso, dizer a nós próprios que a
missão hoje consiste em ficar em casa e dar testemunho de Cristo que nos
rodeia, como diz o Papa Francisco.
Mas isto não nos deve fazer perder de vista a missão
universal da Igreja: a especificidade desta vocação missionária que consiste em
ir longe no serviço da fé, no serviço de Cristo. Para cada um de nós, mesmo que
não nos afastemos como missionários, isto significa manter o coração aberto a
estes países geograficamente distantes, mas que, num mundo globalizado, exigem
a nossa atenção e a nossa solidariedade. Alguns destes países são de grande
pobreza, mas têm enormes recursos espirituais e pastorais para nos oferecer
devido à vitalidade da sua fé cristã.
Fonte: Vatican News
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Conferência termina seminário sobre
migração, tráfico de seres humanos e contrabando
Mais
de 40 agentes pastorais de 21 dioceses participaram, em Joanesburgo (África do
Sul), no seminário da Conferência dos Bispos Católicos da África Austral
(SACBC) sobre migração, tráfico de seres humanos e contrabando.
Sheila
Pires – África do Sul, para o Vatican News
Organizado
pelo gabinete de Migrantes, Refugiados e Tráfico Humano da SACBC, o seminário
de formação de quatro dias teve como objetivo fornecer competências de
liderança para acolhimento e assistência aos migrantes, refugiados e
requerentes de asilo na África Austral.
Durante
o seminário, os agentes pastorais aprenderam sobre a “resposta da Igreja em
respeito à migração” desde os pontificados do Papa Leão XIII ao Papa Francisco,
assim como à migração na tradição bíblica, e o tráfico de seres humanos e o
contrabando na África Austral.
Na
sua apresentação virtual, o Bispo responsável do gabinete para os migrantes,
refugiados e tráfico humano da SACBC apelou aos agentes pastorais para deixarem
de trabalhar em silos e colaborar com outros grupos e organizações religiosas
no acolhimento, proteção, promoção e integração dos migrantes e refugiados nas
comunidades de acolhimento.
O
Dom Joseph Mary Kizito falou também sobre a “resposta da Igreja às migrações”
desde o Pontificado do Papa Leão XIII ao Papa Francisco. Recordou como o Papa
Leão XIII estabeleceu paróquias nacionais nos países de acolhimento," e o
seu apelo aos padres e religiosos para ‘atenderem os migrantes’. O Bispo Kizito
encorajou os agentes pastorais a aprender com os vários Papas e como eles
usaram e continuam a usar a Rádio Vaticano para comunicar com todo o povo de
Deus, incluindo os migrantes e os refugiados.
Com
a fusão do gabinete dos migrantes e refugiados da SACBC com o gabinete do
tráfico humano, os agentes pastorais foram encorajados a trabalhar com outras
organizações religiosas assim como não religiosas, tais como os Serviços
Jesuítas aos Refugiados (JRS), Advogados de Direitos Humanos (LHR), incluindo
sodalidades e comunidades cristãs na sensibilização para o tráfico de seres
humanos, bem como na promoção dos quatro verbos migratórios do Papa Francisco:
acolher, proteger, promover e integrar. Oiça o balanço da Ir. Marizete Garbin,
mscs e Ir. Neide Lamperti, mscs, sobre o seminário.
Com
um nível elevado de desemprego e pobreza na região da SACBC, os migrantes,
refugiados e requerentes de asilo não são muitas vezes bem-vindos nos países de
acolhimento e são, em nalguns casos acusados de atividades criminosas. Em
conversas com o Vatican News, agentes pastorais do eSwatini, Botswana e África
do Sul disseram estar gratos pela experiência de aprendizagem e que estavam
ansiosos por partilhar com outros agentes pastorais nas suas respetivas
dioceses.
O
seminário de formação de 19 a 22 de agosto foi a primeira de duas sessões. De
acordo com a coordenadora do gabinete para os migrantes, refugiados e tráfico
humano da SACBC Irmã Neide Lamperti mscs, os agentes pastorais irão participar
na segunda sessão de formação, de 11 a 15 de novembro do ano corrente.
Entretanto,
durante a Audiência Geral semanal de 28 de agosto, o Papa Francisco centrou-se
na situação difícil dos migrantes e denunciou a indiferença perante os
migrantes que morrem a atravessar desertos e mares em busca de uma vida melhor
e apelou a um sistema global de governação global baseado na justiça e na
solidariedade.
Fonte: Vatican News
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A volta às aulas na Ucrânia em meio às
bombas
No
país devastado por dois anos e meio de guerra, há quem trabalhe para ajudar as
crianças a recuperarem a normalidade. O ano letivo começa no dia 2 de setembro
e em Zaporizhzhia, a 30 km do front, a sala de aula de um instituto católico é
em um abrigo. O idealizador é o padre Roman Vovk: depois de anos de estudo
apenas on-line, agora 25 pequenos estarão com um professor ao vivo. E é apenas o
primeiro passo.
Svitlana
Dukhovych - Cidade do Vaticano
Crianças
nas carteiras escolares em uma sala de aula. Esta imagem, aparentemente
familiar, evoca hoje na Ucrânia emoções particulares, especialmente quando se
trata de menores próximos das áreas do front. Muitas crianças, adolescentes e
jovens ucranianos foram privados desta oportunidade, primeiro pela pandemia e
depois pela guerra em grande escala. Portanto, quando a possibilidade de voltar
a estudar se materializa para eles – não onli-ne, mas presencialmente –
significa que a vida, ou pelo menos uma parte importante dela, está sendo
retomada.
Talvez
poucos esperassem ver neste período uma fotografia de crianças sentadas nas
carteiras escolares em Zaporizhzhia, que fica a cerca de 30 km da linha da frente.
Ela foi tirada no dia 17 de agosto de 2024, quando dom Maksym Ryabukha, bispo
auxiliar do Exarcado Greco-Católico de Donetsk, inaugurou a primeira turma da
Escola Católica Dom Bosco, que funcionará na Paróquia de Nossa Senhora do
Perpétuo Socorro. Foi o pároco, padre Roman Vovk, a lançar a ideia que está
implementando junto com a sua comunidade. Ele falou ao Vatican News sobre esta
iniciativa e os planos para o desenvolvimento futuro da escola.
Crie a oportunidade
para as crianças se comunicarem
Para
explicar o que motivou a abertura da turma, padre Roman recordou o exemplo de
dois jovens que frequentam o programa extracurricular para crianças da
paróquia: só aí descobriram que estudavam na mesma turma há dois anos, mas como
o ensino ocorre inteiramente on-line, eles nunca haviam se encontrado antes.
Isto, sublinhou o sacerdote, demonstra que as crianças não têm a possibilidade
de se comunicar entre si.
"No
nosso centro para crianças há muitas atividades - explica o sacerdote -
incluindo música, dança, fitness, arte etc. No total, mais de quatrocentas
crianças frequentam atualmente diversos cursos. Aqui também temos um jardim de
infância e este ano as crianças do grupo dos mais velhos já abandonaram o
jardim de infância e deveriam começar a escola, porém em Zaporizhzhia o ensino
é quase inteiramente on-line, porque primeiro houve a pandemia e agora a
guerra, e as crianças já não vão ao escola."
O
sacerdote observa que foram os próprios pais que lhe pediram que encontrasse
uma forma de organizar uma escola “de verdade” para os seus filhos. No ano
passado, para garantir maior segurança às crianças no acolhimento extraescolar,
a paróquia começou a construir um abrigo e como se viu que o mesmo poderia
estar concluído até setembro deste ano, decidiu-se montar também uma verdadeira
sala de aula, abrindo matrículas para a primeira série. “Assim, a partir de
setembro – explica – as 25 crianças que se inscreveram poderão ter um ensino
normal na vida real, com um professor real, tendo a oportunidade de se comunicar
ao vivo e, sobretudo, em um espaço seguro”.
Uma ideia insólita
em tempos de guerra
O
sacerdote greco-católico afirma que o primeiro ano, que terá início em
setembro, será o primeiro passo para a construção da escola católica com que o
padre sempre sonhou e que já começou a construir. "Percebi que havia uma
grande necessidade de uma escola católica no leste da Ucrânia – diz ele – e no
ano passado compramos um terreno perto da nossa paróquia. Deverá ser uma escola
que proporcionará uma educação integral, desde a pré-escola. Este ano começamos
o trabalho lentamente. Na verdade, isto é algo muito difícil de fazer, porque a
construção é sempre um empreendimento caro. Há necessidade de apoio e agora,
quando dizemos a alguém que vamos começar a construir uma escola em
Zaporizhzhia, dizem-nos: “Vocês são estranhos”. Mas estou ciente de que quando
a guerra acabar teremos necessidade de uma educação de qualidade que por muito
tempo foi destruída, primeiro pela Covid e agora pela guerra. O agressor lança
continuamente foguetes contra instituições de ensino: muitas delas foram
danificadas e outras completamente destruídas. É por isso que um dia
precisaremos definitivamente de escolas e uma escola não pode ser construída de
um dia para o outro. Portanto, estamos construindo pensando no futuro."
Padre
Roman espera que os atuais alunos do primeiro ano possam continuar a sua
educação na nova escola e completar todo o ciclo dos estudos: "Acho que
vamos conseguir. Não sei como, mas acredito muito nisso. Acho que Deus definitivamente
nos ajudará."
Crianças de
Zaporizhzhia
O
sacerdote ucraniano afirma que em Zaporizhzhia vivem ainda muitas famílias com
crianças. "Se no início da invasão em grande escala alguns residentes
locais partiram, por outro lado - relata - muitas pessoas dos territórios
ocupados (Melitopol, Berdiansk, Prymorsk, Enerhodar e outros) chegaram à
cidade. Vieram para Zaporizhzhia na esperança de poder regressar em breve,
porque todos pensavam que não duraria muito."
Mesmo
que os últimos meses em Zaporizhzhia tenham sido mais tranquilos do que antes,
existe um perigo constante de bombardeamentos, porque a linha de frente está
muito próxima e são as crianças que mais sofrem. Padre Roman diz que alguns
deles reagem de forma menos dolorosa, outros de forma dura. Às vezes, eles têm
medo de se afastar alguns passos dos adultos ou têm fortes reações a sons
agudos na rua, como o barulho de uma motocicleta. "É isso que vemos agora
- diz o sacerdote - e é difícil dizer o quanto isso influenciará o psiquismo
das crianças, quais as consequências que terá. Mas posso dizer com certeza que
não é fácil para eles."
Viver
nesta situação não é fácil nem para os adultos. O próprio padre Roman diz que
não tira férias desde o início da guerra em grande escala e viajou para fora de
seu exarcado apenas algumas vezes a trabalho. "Devo admitir que, por um
lado, a minha mente me diz: “Precisas descansar”, mas por outro lado, por
vários motivos, ainda não consegui fazê-lo, porque sinto que tenho que estar
presente aqui e agora. De alguma forma consigo seguir em frente." O que o
ajuda é a liturgia, as orações, a comunicação com as pessoas, com as próprias
crianças que “lhes dão sorrisos neste tempo sombrio de guerra”. "Você
percebe - continua ele - que a infância deles não pode ser adiada de forma
alguma e por isso nos esforçamos para oferecer-lhes a oportunidade de vivenciar
pelo menos um pouco a sua infância. Tudo isso ajuda na adaptação psicológica e
entende-se que se vai descansar depois de enfrentar o desafio desta fase.”
A vocação de servir
as pessoas que têm sede do amor de Deus
Padre
Roman Vovk iniciou seu ministério em Donetsk em 2001, quando esses territórios
faziam parte do Exarcado de Kiev-Vyshhorod, que mais tarde formou outras
estruturas, incluindo o Exarcado de Donetsk-Kharkiv, que por sua vez foi
dividido nos Exarcados de Kharkiv e Donetsk. O sacerdote greco-católico serviu
em Donetsk até meados de 2014, quando a guerra o forçou a deixar a cidade. Não
regressou à Ucrânia Ocidental, de onde vem, mas durante um ano e meio serviu em
Kryvyi Rih e desde 2016 é pároco em Zaporizhzhia, onde vive com a família, a
mulher e os quatro filhos.
Explicando
a decisão de permanecer nestas áreas tão difíceis, o sacerdote observa:
"Sou da região de Lviv, a minha mulher é de Ivano-Frankivsk (oeste da
Ucrânia) e quatro dos nossos filhos nasceram em Donetsk. Não sabemos o que
acontecerá com a sua cidade natal, mas quando cheguei em Donetsk, vindo do
oeste da Ucrânia, em 2000, vi muitas pessoas ali sedentas do amor de Deus e
decidi que ficaria lá. Ainda não sinto que fiz o que deveria e queria."
Como
o perigo de bombardeio continua elevado em Zaporizhzhia, perguntamos a Don
Roman se ele havia conversado com os moradores sobre a possibilidade de deixar
a cidade.
Como
o perigo de bombardeio continua elevado em Zaporizhzhia, perguntamos ao padre
Roman se ele havia conversado com os moradores sobre a possibilidade de deixar
a cidade. Ele respondeu que cada família toma essa decisão por si mesma. Ele
contou o seu exemplo pessoal: quando a guerra em grande escala eclodiu, a sua
esposa e filhos partiram para a região de Lviv, ficaram lá durante três meses e
depois regressaram a Zaporizhzhia porque não queriam ficar longe do marido e do
pai. "Somos uma família - disseram-lhe - e devemos estar juntos. Se você
ficar, nós ficamos com você."
Fonte: Vatican News
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O caso do padre da diocese de Coari acusado
de pedofilia e a prevenção de abusos sexuais na Igreja
Por
Nathália Queiroz
O
padre Paulo Araújo da Silva, de 31 anos, foi preso no domingo (18) em Coari
(AM) acusado de cometer crimes sexuais contra adolescentes, aborto e
participação no enterro do feto no quintal de um amigo. Segundo a Polícia
Civil, ao menos quatro adolescentes foram abusadas sexualmente pelo padre que
foi preso na casa paroquial da paróquia São Pedro, da diocese de Coari (AM).
Com ele foram apreendidos mais de R$ 30 mil e 260 vídeos de cenas de sexo com
adolescentes e outras pessoas.
Francisco
Rayner, amigo do padre que participou do aborto e enterrou o feto no quintal de
sua casa, foi preso na quinta-feira (22).
“O
fato ocorrido nos encheu a todos de muito sofrimento e de surpresa”, disse à
ACI Digital o bispo de Coari, dom Marcos Piatek. “O padre Paulo foi afastado das
funções ministeriais, como prevê a legislação da Igreja Católica e o
ensinamento do nosso papa Francisco”.
“Não é fácil detectar um agressor sexual”,
disse à ACI Digital Dante Aragón, especialista em prevenção de abusos sexuais
em contextos religiosos. Mestre em psicologia, Aragón diz que há
características psicológicas que podem ser fatores de risco “como compulsões
graves, transtornos de personalidade, abuso de autoridade, imaturidade
emocional e sexual”.
Os
abusos sexuais não têm relação com o celibato. “As estatísticas apontam que 90%
dos casos de abuso sexual são cometidos por familiares e pessoas próximas à
vítima que não viviam o celibato e não tinham pretensão de vivê-lo”, diz
Aragón. Mas se “uma pessoa vive seu celibato como uma autocensura do desejo
sexual, desenvolverá problemas psicológicos relacionados com a imaturidade, em
alguns casos poderia ser um fator de risco que poderiam derivar em tendências
perversas”.
“No
caso dos abusadores dentro da Igreja a maioria dos casos são de pessoas narcisistas
com traços psicopatas”, disse. “Os sacerdotes ou religiosos desenvolvem
caraterísticas narcisistas, no qual se sentem superiores, especiais, admirados
e poderosos”.
Na
formação dada nos seminários “não há nada que possa nos garantir 100% de resultados,
pois existe o mistério da liberdade humana e da providência divina”, disse
Aragón. Mas é importante que se faça uma apresentação “orgânica da sexualidade
visando a integração de seu mundo afetivo-sexual, que não envolve somente a
realização ou não de atos sexuais, mas uma complexa visão integral da pessoa e
de sua relação com os outros”.
O
documento O dom da vocação presbiteral, da Congregação, hoje Dicastério, para o
Clero, que rege a formação sacerdotal nos seminários diz que “deverá ser dada
máxima atenção ao tema da proteção dos menores e dos adultos vulneráveis”,
sendo obrigatório no programa de formação inicial e permanente do sacerdote
incluir “lições específicas, seminários ou cursos sobre a proteção dos
menores”.
“Deve ministrar-se uma informação adequada de
um modo apropriado, dando também relevo às possíveis áreas de exploração ou de
violência, como, por exemplo, o tráfico de menores, o trabalho”, continua o
documento de 2016.
Para
Aragón, os abusos diminuiriam muito se essa formação fosse feita nas dioceses e
se “os processos de formação trabalhassem melhor os temas da identidade
vocacional, da vida espiritual e o referente à maturidade humana, com mais
coerência na vivência e sem mediocridade”.
Os
abusos sexuais geram feridas na vítima que “englobam aspectos físicos,
psicológicos e sociais”, disse Aragón. “No caso de um abuso perpetrado por um
sacerdote, este também exerce um papel espiritual, então esta quebra de
confiança se dá na dimensão espiritual da pessoa gerando feridas muito profundas
na visão que as vítimas têm do próprio Deus”.
A
diocese de Coari tem uma comissão diocesana para a proteção dos menores e
pessoas em situação de vulnerabilidade, segundo dom Marcos. Ela faz parte da
Comissão Arquidiocesana para Proteção de Menores e de Pessoas em Situação de
Vulnerabilidade.
Mas,
no Brasil, segundo Aragón, “em muitas dioceses ainda não existem estas
comissões”. Em outras as comissões “foram criadas, mas sem ter funcionamento,
acabam sendo comissões cosméticas”.
“São
raras as situações em que, no ambiente eclesial, existe liberdade para se falar
do tema e raríssimos os casos onde os leigos sabem a quem recorrer para fazerem
as denúncias ou que encontrem as estruturas ‘estáveis e facilmente acessíveis’
que façam os processos acontecerem sem demora”, conclui Aragón.
“Rezemos
uns pelos outros para que a justiça e a verdade prevaleçam e para que o mal
seja vencido pelo bem”, disse dom Marcos em mensagem enviada à ACI Digital. “O
mundo precisa dos bons, maduros e santos sacerdotes servindo a Deus e ao povo
de Deus.
Fonte:
ACIDigital
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32 mil km sobre o mar: roteiro do papa
Francisco no Sudeste Asiático e na Oceania
Por
Jonah McKeown
O
papa Francisco vai embarcar numa viagem de 11 dias na segunda-feira (2) que o
levará à Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura.
Durante
a viagem mais longa de seu pontificado até agora — que inclui vários eventos no
maior país muçulmano do mundo, a Indonésia — espera-se que o papa enfatize
temas de diálogo inter-religioso, solidariedade e paz.
Segue
abaixo uma visão mais detalhada de todos os destinos que o papa vai visitar
durante sua viagem apostólica, mas primeiro, uma visão mais ampla dos sete voos
em que ele embarcará, que o levarão a mais de 32 mil km no total:
Voo
1: Roma para Jacarta (11,3 mil km, 13 horas e 15 minutos)
Saindo
do Aeroporto Internacional Fiumicino de Roma no início da noite, o avião do
papa cruzará o Oriente Médio e a Índia a caminho do Aeroporto Internacional
Soekarno-Hatta de Jacarta. Jacarta é uma metrópole em expansão e a capital da
Indonésia, o maior país muçulmano do mundo em termos de população.
A
Indonésia, um arquipélago com quase mil ilhas habitadas, é cerca de 7,5%
protestante e 3% católica. Muitos católicos do país vivem em Flores, ilha
recentemente designada como destino de peregrinação internacional pelo governo.
O
papa será oficialmente recebido em Jacarta ao chegar em 3 de setembro e vai
descansar pelo resto do dia. No dia seguinte, 4 de setembro, haverá uma cerimônia
de boas-vindas do lado de fora do palácio presidencial Istana Merdeka antes da
visita do papa ao presidente Joko Widodo.
Francisco
será o terceiro papa a visitar a Indonésia. São Paulo VI e são João Paulo II
estiveram no país.
O
segundo dia completo do papa em Jacarta começa com um encontro inter-religioso
na mesquita Istiqlal, a nona maior mesquita do mundo.
A
segurança na Indonésia para a visita do papa deve ser alta; a Indonésia tem
testemunhado inúmeros ataques terroristas nos últimos anos que tiveram como
alvo a minoria cristã do país.
O
papa Francisco vai concluir sua estadia na Indonésia com uma missa na noite de
5 de setembro no Estádio Gelora Bung Karno, em Jacarta, com capacidade para 77
mil pessoas, depois de se reunir com beneficiários de organizações de caridade
locais.
Voo
2: Jacarta para Port Moresby (4,6 mil km, 6 horas e 5 minutos)
Em
6 de setembro, o papa Francisco voará para Port Moresby, capital da Papua Nova
Guiné, tornando-se o segundo papa a visitar o país, depois de são João Paulo
II, que o visitou duas vezes.
Apesar
de serem extremamente diversos, mais de 98% dos cidadãos de Papua-Nova Guiné se
identificam como cristãos e a Igreja desempenha um papel crucial na educação,
na assistência médica e nos serviços sociais.
O
catolicismo representa a maior denominação cristã do país, com uma estimativa
de 4 milhões de pessoas — cerca de 25% da população total. O país sofreu
violência com tumultos no início deste ano em uma onda de agitação em 10 de
janeiro, agora chamada de “Quarta-feira Negra”.
O
papa Francisco visitará ministérios locais que cuidam de crianças de rua e
pessoas com deficiência em seu primeiro dia completo em Papua Nova Guiné, em 7
de setembro, que também inclui um discurso às autoridades políticas locais e um
discurso ao clero local no santuário de Maria Auxiliadora.
Papa
Francisco com o patriarca latino de Jerusalém, cardeal Pierbattista Pizzaballa,
em audiência hoje (28) no Vaticano.
Papa
pede que conferência episcopal do Oriente Médio mantenha a “esperança acesa”
No
dia seguinte, o papa se encontrará com o primeiro-ministro de Papua Nova Guiné,
James Marape, antes de celebrar a missa dominical no Estádio Sir John Guise, em
Port Moresby. Ele então seguirá para Vanimo pelo restante do dia.
Voo
3: Port Moresby para Vanimo (991 km, 2 horas e 15 minutos)
Vanimo
é uma cidade na província mais ao noroeste de Papua Nova Guiné, onde o papa
Francisco vai receber missionários locais e discursar para católicos locais em
frente à catedral da Santa Cruz antes de partir.
Voo
4: Vanimo para Port Moresby (991 km, 2 horas e 15 minutos)
O
papa Francisco retorna à capital na noite de domingo (8). Na segunda-feira (9),
haverá uma cerimônia de despedida para o papa antes dele partir para Timor
Leste.
Voo
5: Port Moresby para Díli (2,5 mil km, 3 horas e 30 minutos)
O
papa Francisco viajará em 9 de setembro para o pequeno país de Timor Leste, que
tem uma população que é mais de 97% católica e cujo arcebispo mais proeminente,
dom Virgílio do Carmo da Silva, foi nomeado cardeal por Francisco em 2022.
Em
Díli, capital do país, o papa Francisco vai visitar crianças com deficiência,
se encontrar com clérigos e religiosos locais na catedral da Imaculada
Conceição, fazer um discurso no Palácio Presidencial e rezar a missa na
Esplanada de Tasitolu ao longo de dois dias.
Voo
6: Díli para Singapura (2,6 mil km, 4 horas)
A
parada final do papa antes de retornar a Roma será a ilha de Singapura, o país
com o maior PIB per capita da Ásia e a segunda maior densidade populacional do
mundo. Apesar da relativa estabilidade de Singapura em si, observadores dizem
que grupos militantes da vizinha Malásia podem organizar protestos contra a
visita do papa.
O
papa Francisco será recebido no Aeroporto Internacional Changi, em Singapura,
em 11 de setembro. Ele se encontrará com o presidente Tharman Shanmugaratnam e
o primeiro-ministro Lawrence Wong em 12 de setembro antes de celebrar a missa
no Estádio Nacional Sports Hub de Singapura, a terceira missa da viagem a ser
celebrada num estádio.
Em
seu último dia na Ásia, o papa fará um encontro inter-religioso com jovens no
Catholic Junior College de Singapura e visitará um grupo de idosos.
Voo
7: Singapura para Roma (9,5 mil km, 12 horas e 35 minutos)
O
papa Francisco fará a viagem de 9,6 mil km de volta à Itália num voo fretado da
Singapore Airlines, previsto para pousar em Roma às 18h25 de 13 de setembro.
Fonte:
ACIDigital – na imagem, Capela em
Tasitolu, Timor-Leste. Alex Castro CC BY 2.0
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ASSESSORIA DIOCESANA DE COMUNICAÇÃO
www.diocesedeerexim.org.br E-mail: curia@diocesedeerexim.org.br
Fone/Fax: (54) 3522-3611
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Ano 28 – nº.
1.464 – 08 de setembro de 2024
Programação da semana: - Neste domingo, às 09h, na igreja da sede
paroquial Santa Luzia, Bairro Atlântico, Erechim, Dom Adimir, ordenação
diaconal de Paulo Cezar Panosso; no mesmo horário, na igreja São Tiago,
Aratiba, Monsenhor Agostinho Dors, missa e crismas.
- Segunda-feira, às 14h, no Auditório São
José, encontro com coordenadoras e coordenadores paro-quiais de zeladoras e
zeladores de capelinhas.
- Terça-feira, às 08h30, no Auditório São
Jose, 16º encontro de secretárias e secretários paroquiais e funcionários da
Cúria Diocesana.
- Reuniões de Áreas Pastorais, quarta-feira,
às 19h30, de São Valentim, em São Valentim; quinta-feira, também à 19h30, de Getúlio
Vargas, em Capoerê.
- Sexta-feira, às 14h30, na Catedral São
José, tarde de oração do Apostolado da Oração; às 14h e às 18h, no Santuário
Diocesano, terço e missa na comemoração da 5ª aparição de N. Sra. em Fátima,
Portugal.
- Crismas na igreja Santa Luzia, Bairro
Atlântico, Erechim: sexta-feira, às 19h, catequizandos da sede paroquial e
comunidade São Carlos, Bairro Demoliner; sábado, às 16h, catequizandos das comunida-des
Santa Clara e São Judas Tadeu; às 19h, catequizandos das comunidades N. Sra. do
Pedancino, N. Sra. do Rosário e loteamento Fiebig; domingo, às 09h,
catequizandos da sede paroquial; às 18h, catequizandos das comunidades São
Francisco e Santo Antonio.
- domingo, em Porto Alegre, congresso jubilar
da Renovação Carismática Católica em nosso Estado.
37ª
Romaria ao Santuário de N. Sra. da Santa Cruz: sábado,
dia 14, festa da Exaltação da Santa Cruz, no Santuário de N. Sra. da Santa
Cruz, na estrada de Erechim a Aratiba, RS 420, km 20. Tríduo preparatório, de
quarta-feira a sexta-feira, com procissão e missa às 20h; presidem as celebrações,
primeira noite, Pe. Maicon André Malacarne, Pároco da Paróquia S. Cristóvão,
Erechim; segunda noite, Monsenhor Agostinho Francisco Dors, Vigário Geral da
Diocese e paroquial da Catedral São José; terceira noite, Pe. Clair Favreto,
Pároco da Catedral São José. A animação de cada noite será de comunidades da
Paróquia da Catedral. Programação do dia da romaria, sábado: 07h45, celebração
com os trabalhadores; 08h, início das confissões e bênçãos; 09h15, Via-Sacra; 10h,
terço meditado e consagração das famílias; 10h30, celebração penitencial; 11h30,
bênção dos pães e outros alimentos; 12h, almoço partilhado; 13h, adoração e
bênção com o Santíssimo Sacramento; 14h, procissão e Missa.
Diáconos permanentes da Diocese de Erexim realizam seu retiro
anual: A
comunidade São João Batista da Paróquia São Valentim acolheu a maioria dos 26
diáconos permanentes e esposas da Diocese de Erexim para seu retiro anual ne
último dia e sábado do mês vocacional, 31 de agosto, juntamente com seu
assessor, Monsenhor Agostinho Francisco Dors, Vigário Geral da Diocese. O
retiro foi orientado pelo Pe. Ivanir Rodighero, pároco da Paróquia N. Sra. de
Fátima de Passo Fundo, coordenador e professor do curso de Teologia da Itepa
Faculdades. No ano de preparação para o Jubileu 2025, ele desenvolveu três
aspectos em suas reflexões, peregrinos da esperança, do amor e da fé. O pároco
da Paróquia de S. Valentim, Pe. Alvise Follador, concelebrou a missa de
encerramento do retiro que teve a participação também de membros da comunidade
local, aos quais os diáconos agradeceram pela acolhida e serviços prestados
para o bom andamento do encontro espiritual.
Catequistas da Diocese de Erexim vivem tarde de oração em
preparação ao Jubileu 2025:
Em preparação ao Jubileu 2025, 450 catequistas de 29
das 30 paróquias da Diocese de Erexim participaram de tarde de oração na igreja
São Pedro de Erechim, no último dia e sábado do mês vocacional, 31 de agosto. O
encontro foi conduzido por Tânia Madalosso e Pe. Jean Carlos Demboski, pároco
da paróquia N. Sra. do Monte Claro, Áurea, respectivamente, coordenadora e
assessor do setor de Animação Bíblico-Catequética da Diocese. O Bispo diocesano
Dom Adimir Antonio Mazali, na abertura do evento, saudou os participantes
destacando seu precioso e indispensável serviço às comunidades para o
conhecimento e vivência da fé. Pe.
Maicon André Malacarne, Pároco da Paróquia S. Cristóvão do Bairro do mesmo
nome, Erechim, assessorou a reflexão a partir de 4 passos com texto bíblico,
símbolo e súplica em cada um: acolher o Pai que vive na gente; reconhecer o Pai
nos itinerários e pessoas; discernir os conflitos com mansidão e paciência;
discípulos da Palavra de Deus reunidos em torno do Ressuscitado. O encontro foi
concluído com a celebração da Eucaristia presidida pelo Pe. Maicon e
concelebrada por 7 padres. Em sua homilia, ele mencionou o final do mês das
vocações e início do mês da Bíblia. Referiu-se a aspectos de crise atualmente –
crise de vocações, com seminários vazios, casas de religiosos fechando, poucos
casamentos. Observou que é tempo de reflexão sem lamentações, buscando perceber
o que o Senhor está dizendo nessa situação. À luz da leitura da missa, a
vocação de Samuel, convidou a todos a darem sempre a resposta dele ao chamado
de Deus “fala, Senhor, que teu servo escuta”, tendo a prontidão do refrão do
salmo de meditação: “eis que venho, Senhor, com prazer, faço a vossa vontade”.
Deus não se cansa de falar, esperando que despertemos nosso ouvido para o que
quer dizer-nos. Catequistas têm a missão de facilitar a ouvir a voz de Deus,
que é Pai, como Cristo nos ensinou no Pai nosso, conforme o evangelho
proclamado na celebração.
Pastoral da Criança celebra seus 40 anos nas Arquidioceses e
Dioceses do Rio Grande do Sul:
Mais de mil integrantes da Pastoral da Criança,
coordenadores, líderes e apoiadores, participaram de encontro no Santuário N.
Sra. do Caravaggio em Farroupilha, dia 31 de agosto, final do mês vocacional,
celebrando os 40 anos de atuação nas 4 Arquidioceses e 14 Dioceses do Rio
Grande do Sul, Regional Sul 3 da CNBB. A Diocese de Erexim teve 25
representantes no evento. Após a acolhida e troca de lembranças no salão comunitário
do Santuário, às 10h, os participantes foram até o ponto inicial das
procissões, a uns 500 metros do local. De lá, em procissão, dirigiram-se ao
Santuário com cantos e orações de louvor e de súplica. Portavam sombrinha
verde, cor utilizada nos banners, camisetas, impressos e outros materiais da
Pastoral da Criança e que expressa a esperança nos frutos dos trabalhos
realizados e das crianças acompanhadas. No Santuário houve a celebração da
Eucaristia, presidida pelo Bispo referencial da Pastoral da Criança no Regional
Sul 3 da CNBB, Dom Odair Miguel Gonsalves dos Santos, Bispo Auxiliar de Porto
Alegre, concelebrada pelo Bispo de Caxias do Sul, Dom José Gislon, OFMCap e por
mais de 10 padres. Após a missa, houve almoço no salão do Santuário, seguido de
apresentações diversas, com manifestação de gratidão às coordenadoras
diocesanas e à equipe de coordenação regional. A coordenadora nacional Maria
Ines Monteiro de Freitas agradeceu a dedicação de todos em assumir com amor e
compromisso a missão de promover a vida de gestantes e crianças até 6 anos.
Paróquia São Francisco de Assis, Bairro Progresso, Erechim, com
Administrador Paroquial:
Dom Adimir Antonio Mazali, Bispo Diocesano de
Erechim, oficializou Pe. Antonio Miro Serraglio, do Lar Sacerdotal, como Administrador
Paroquial da Paróquia São Francisco de Assis, Bairro Progresso, em missa na
igreja N. Sra. Aparecida, às 18h do dia 31 de agosto, final do mês vocacional e
véspera do início do mês da Bíblia. A missa foi concelebrada pelo Pe. Miro,
pelo até então Pároco, Pe. Felipe Fioravante Filippini, que continuará atuando
na Paróquia N. Sra. das Dores de Capoerê e pelo chanceler da Cúria Diocesana,
Pe. Antonio Valentini Neto. No início da celebração, Dom Admitir apresentou Pe.
Antonio Miro que foi acolhido com calorosa salva de palmas. Solicitou a leitura
do documento de nomeação do Pe. Miro como Administrador Paroquial. Passou a
palavra ao Pe. Felipe que expressou agradecimento a Deus e aos paroquianos pelo
tempo em que trabalhou na Paróquia e por tudo o que nela aprendeu. Motivou a
todos a verem no Pe. Miro a presença de Cristo com seu povo e a viverem ainda
mais a fé com abundantes frutos. Dom Adimir agradeceu ao Pe. Felipe desejando
frutuoso ministério daqui em diante atuando só na Paróquia N. Sra. das Dores de
Capoerê. No final da celebração, houve alguns pronunciamentos agradecendo ao
Pe. Felipe e dando boas-vindas ao Pe. Miro com entrega de brinde a cada um. Por
fim, falou o Pe. Miro. Citou Papa Francisco em exortação à firmeza na fé.
Agradeceu a Dom Adimir pela confiança em designá-lo para o trabalho na
Paróquia. Disse contar com a graça de Deus e a colaboração de todos.
Missas contemplando a família na Paróquia
Imaculada Conceição de Getúlio Vargas: De 13 a 27 de
agosto, a Paróquia Imaculada Conceição de Getúlio Vargas realizou 18 missas
reunindo as suas 35 comunidades por proximidade com destaque especial à
família, a partir do tema da Semana Nacional da Família, Família e Amizade
Social e seu lema: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt 23,8). As missas foram
presididas pelo pároco, Pe. Valtuir Bolzan, pelo vigário paroquial, Pe.
Severino Orso com a participação do Pe. William Boucal, em estágio na Paróquia.
Equipes de casais da Pastoral Familiar, Movimento de Cursilho de Cristandade e
do Encontro de Casais com Cristo aninaram as celebrações. Foram oportunidade de
profunda espiritualidade e reflexão sobre a importância da família, bem como de
união e partilha entre comunidades próximas.
Nota
sobre Projeto de Lei do Senado que altera a Lei da Ficha Limpa: A Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB) e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) publicaram,
na segunda-feira, dia 2, nota sobre o Projeto de Lei Complementar (PLP) nº
192/2023 em tramitação no Senado que propõe alterações significativas na Lei da
Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135, de 2010), uma das mais importantes
conquistas democráticas da sociedade brasileira, resultado de uma ampla
mobilização popular coordenada pelas duas organizações. O projeto de lei beneficiaria
especialmente aqueles condenados por crimes graves, cuja inelegibilidade poderá
ser reduzida ou mesmo anulada antes do cumprimento total das penas. As duas
organizações esperam que o mencionado projeto seja rejeitado, em respeito à
vontade popular e à integridade das nossas instituições democráticas. Que
prevaleça o compromisso com a ética e a justiça, valores fundamentais para a
construção de um Brasil mais justo, democrático e solidário.
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Informações da semana
Do dia 05/9/2024
Encontro
Nacional, que acontece na Casa do Luciano de 5 a 7 de setembro, reflete o
futuro da evangelização dos jovens no Brasil
Entre
os dias 5 e 7 de setembro, a Casa Dom Luciano, em Brasília, recebe o Encontro
Nacional de Responsáveis de Juventude das Dioceses e Assessores das Expressões
Juvenis. Promovido pela Comissão Episcopal para a Juventude da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o evento conta com a participação de mais
de 250 representantes, vindos de mais de 230 dioceses de todos os regionais do
país.
Na
abertura do encontro, o bispo de Imperatriz (MA) e presidente da comissão, dom
Vilsom Basso, exortou os presentes com uma mensagem de união e entusiasmo,
pedindo que todos, em alta voz, afirmassem juntos: “Nós amamos as juventudes”.
Dom
Vilsom também destacou a alegria de ver o trabalho da Igreja no país ser
referência mundial, reconhecido em muitos países, e a satisfação de o Brasil,
sendo um país continental e diverso, enfrentar desafios com dedicação e alegria
ao caminhar com e pelas juventudes.
O
encontro apresenta uma programação abrangente e diversificada, incluindo
análise de conjuntura, o Documento 85, o projeto “Ao seu Lado”, uma reflexão
sobre o papel da assessoria, gamificação – com o objetivo de aproximar a Igreja
das novas gerações por meio de novas linguagens e métodos inovadores na
evangelização -, preparação para o Jubileu dos Jovens 2025, além de um foco
importante na prevenção ao suicídio de adolescentes e jovens.
Rodas
de conversas em uma Igreja Sinodal
Uma
importante característica do encontro deste ano é o formato de “sínodo das
mesas”, inspirado nos processos sinodais realizados com o Papa Francisco, que
privilegiam o formato de rodas de conversa. Todas as atividades são realizadas
em grupos de reflexão e escuta ativa, com momentos chamados de “conversa no
Espírito”. Os grupos compartilham com os demais os principais temas discutidos,
promovendo uma troca rica de experiências e perspectivas.
Por
Jovens Conectados/Comissão para a Juventude CNBB
Fonte:
CNBB
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Lançado
oficialmente o hino da Campanha Missionária 2024, intitulado “Com a Força do Espírito”
Foi
lançado oficialmente o hino da Campanha Missionária 2024, intitulado “Com a
Força do Espírito”. A canção, que já começa a ecoar nas comunidades, é parte
central das atividades do mês missionário, celebrado em outubro. Neste ano, o
mês missionário tem como lema “Ide, convidai a todos para o banquete” e o tema
“Com a força do Espírito, testemunhas de Cristo”.
A
Campanha Missionária é uma iniciativa que visa fortalecer a missão da Igreja,
incentivando os fiéis a assumirem a essência missionária da Igreja, no apoio
aos mais necessitados ao redor do mundo. Durante todo o mês de outubro, as
comunidades são convidadas a vivenciar intensamente o chamado missionário,
promovendo atividades de oração, formação e solidariedade.
A
canção “Com a Força do Espírito”, composta originalmente para ser o hino do
Congresso Missionário da Diocese de Coari (AM), foi gentilmente cedida para
animar a Campanha Missionária deste ano. A música reflete a essência do tema,
inspirando os fiéis a serem testemunhas autênticas de Cristo, impulsionados
pela força do Espírito Santo. A melodia e a letra foram pensadas para unir as
vozes de toda a Igreja em um só clamor de esperança e colaboração com as
Igrejas mais pobres no mundo.
A
letra do hino “Com a força do Espírito”
Hino
Campanha Missionária 2024
Título:
Com a força do Espírito
Letra
e música: Ana Luiza M.F e Pe. Gordiano - Produção: Tonn Bass e Leila Mell
Refrão:
Com a força do Espírito, testemunhas de Cristo Levamos sua luz, / convidando
todos ao banquete com Jesus. (2X)
1.
Nas ruas das cidades, nas estradas e vicinais / onde se esconde a esperança /
Somos todos mensageiros, de amor e de paz.
2.
Caminhamos lado a lado, guiados pela fé / Anunciando a boa nova, que liberta e
revigora cada homem e mulher.
3.
Ide, convidai a todos para o banquete / Onde a graça e o perdão são presentes
plenamente / Ecoando o chamado / Celebremos a vida, em comunhão eternamente
Ficha
técnica
Canção
“Com a força do Espírito”
Letra
e Música: Ana Luiza Feitosa e Pe. Raimundo Gordiano
Produção,
interpretação e gravação: Leila Mel & Tom Bass
Com
informações das Pontifícias Obras Missionárias
Fonte:
CNBB
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Bogotá sedia o
II Encontro de Responsáveis de Prevenção de Abusos da Igreja na América Latina
e Caribe
Representantes
das 22 Conferências Episcopais da América Latina e do Caribe estão reunidos em
Bogotá, Colômbia, de 3 a 7 de setembro para o II Encontro de Responsáveis de
Prevenção de Abusos. O evento tem como objetivo fortalecer as ações de
prevenção e combate aos abusos na Igreja, promovendo a troca de experiências e
o desenvolvimento de políticas e protocolos eficazes na prevenção e
enfretamento de abusos.
O
encontro conta com a participação de representantes de diversos países,
incluindo o Brasil. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou o
bispo de Itumbiara (GO) e presidente da Comissão Especial para a Proteção da
Criança, Adolescentes e Vulneráveis da CNBB, dom José Aparecido, da integrante
do Comitê de Política de Proteção Infantil e Adultos Vulneráveis da CNBB,
Osnilda Lima. Além disso, o Brasil também está representado por membros do
escritório Brasileiro da Porticus e do Núcleo Lux Mundi.
Estratégias
e experiências
A
realização do encontro em Bogotá destaca a importância da colaboração entre as
conferências episcopais da região para enfrentar esse desafio de forma conjunta
e eficaz. A troca de experiências e o desenvolvimento de estratégias conjuntas
são fundamentais para garantir que a Igreja seja um espaço seguro e acolhedor
para todos, especialmente para crianças, adolescentes e adultos vulneráveis.
De acordo com o presidente da Comissão
Especial para a Proteção da Criança, Adolescentes e Vulneráveis da CNBB, dom
José Aparecido, este encontro que trabalha a cultura do cuidado e proteção de
crianças e adolescentes busca responder a um pedido do Papa. “É um trabalho
muito bonito, feito em rede que permite um maior alcance da cultura do cuidado
na América Latina”, disse.
O
bispo disse que informa que a Comissão no Brasil tem procurado dar assistência
a toda a Igreja n o Brasil. “Nós estamos agora revendo as diretrizes e
orientações pastorais feitas em 2019 de acordo com as normais atuais da Igreja.
Tendo em conta também as normas dos Justiça no Brasil que contribuirá em muito
neste trabalho de proteção e cuidado”, disse. Ele informou também que este
trabalho tem estimulados as Igrejas e dioceses a criarem mecanismos adequados
de prevenção, cuidado e proteção.
Osnilda
Lima ressalta a importância do diálogo e da colaboração entre as conferências
episcopais para combater o grave problema dos abusos na Igreja, sejam eles de
natureza espiritual, sexual, moral ou psicológica. “É essencial progredirmos na
prevenção e na conscientização. Acredito que a direção tomada é irreversível!
Tolerância zero, como nos alerta o papa francisco”. Ela reforça que é
importante lembrar que qualquer forma de abuso é inaceitável e causa graves
danos às vítimas. “A Igreja tem o dever de proteger seus membros e pessoas que
frequentam seus espaços e garantir um ambiente seguro para todos”.
A
Igreja e a prevenção de abusos
A
expectativa é que o encontro impulsione ações concretas na prevenção e combate
aos abusos, consolidando o compromisso da Igreja com a proteção dos mais
vulneráveis. Para isso, serão abordados temas como: formação: de agentes de
pastoral, padres, bispos e religiosos para a prevenção e identificação de
abusos; canais de denúncia e escuta: criação e fortalecimento de mecanismos
seguros e acessíveis para denúncias e acolhimento das vítimas; assistência às
vítimas: oferta de apoio psicológico, espiritual e jurídico às vítimas de
abuso; responsabilização dos agressores: aplicação de medidas disciplinares e
legais aos responsáveis por abusos e o tema da comunicação: estratégias para
abordar o tema de forma transparente e responsável nos meios de comunicação.
O
Secretário da Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores dom Luis Manuel
Alí Herrera apresentou ações e iniciativas, incluindo a criação e implementação
de diretrizes, formação e capacitação, criação de centros de escuta, promoção
da transparência e da responsabilização, diálogo com as vítimas e cooperação
internacional e a proposta de um marco universal para as diretrizes da igreja
para a proteção de menores e adultos vulneráveis.
Trabalho
da Comissão Pontifícia
O
Secretário da Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores, dom Luis Manuel
Alí Herrera, apresentou as ações e iniciativas que a Comissão vem realizando,
incluindo a criação e implementação de diretrizes para a proteção de menores e
adultos vulneráveis; formação e capacitação de agentes da Igreja, criação de
centros de escuta para as vítimas, promoção da transparência e da
responsabilização na Igreja, diálogo constante com as vítimas de abuso,
cooperação internacional para fortalecer a luta contra os abusos. Além disso,
dom Luis falou sobre o marco universal para as diretrizes da Igreja na proteção
de menores e adultos vulneráveis que está em processo de construção.
Por
Osnilda Lima
Fonte:
CNBB
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Programação do
Encontro de Assessores Jurídicos de Dioceses e do Seminário sobre a Laicidade
do Estado
A
organização do 2º Encontro Nacional de Assessores Jurídicos de Dioceses (ENAJD)
divulgou a programação completa do evento, que será realizado de 17 a 19 de
setembro, na Casa Dom Luciano Mendes de Almeida, em Brasília (DF). Também está
disponível a programação do Seminário sobre a Laicidade do Estado, que será
realizado no período noturno, na mesma data do ENAJD.
ENAJD
O
ENAJD é promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e
destinado exclusivamente a advogados que atuam junto às dioceses brasileiras.
As inscrições seguem abertas.
A
programação vai abordar as principais questões jurídicas que desafiam a missão
desses profissionais na atualidade. Em oito painéis, serão tratados temas como
a parceria entre organizações religiosas e o Estado, noções gerais do
procedimento canônico, a Reforma Tributária, a nova realidade do CEBAS diante
da Reforma Tributária, a questão sindical e o relacionamento com a mídia em
episódios de crise. Haverá ainda uma plenária com estudos de casos.
15
anos do acordo Brasil Santa Sé
De
forma concomitante, os participantes poderão participar do Simpósio celebrativo
dos 15 anos do Acordo Brasil Santa Sé, com o tema “Laicidade do Estado e a
liberdade religiosa”, com conferências de autoridades religiosas, o procurador-geral
da República e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
A
programação dos eventos:
Programação
do II Encontro Nacional de Assessores Jurídicos de Dioceses e do Simpósio sobre
a Laicidade do Estado e a Liberdade Religiosa
Dia
17 – Terça-feira
9h
– 1º Painel: Aula Magna – Parceria entre as Organizações Religiosas e o Estado
Palestrante:
Ministro Jorge Messias – Advogado Geral da União
10h
– Coffe-break
10h30
– 2º Painel: Noções Gerais do Procedimento Canônico. Os Delitos Econômicos
Palestrante:
Padre Valdinei Ribeiro
12h00
– Almoço
14h30
– 3º Painel: Noções Gerais do Procedimento Canônico. Os Delitos Econômicos
Palestrante:
Padre Valdinei Ribeiro
16h30
– Coffe-break
18h30
Jantar (para os hospedados na Casa Dom Luciano)
19h30
– Simpósio
Tema:
Memória histórica do Acordo Brasil Santa Sé
Conferencistas:
Cardeal Lorenzo Baldisseri e Ministro José Francisco Rezek
Mediador:
Dom Jaime Spengler
21h30
– Coffe-break
Dia
18 – Quarta-feira
9h
– 1º Painel: Reforma Tributária – Aspectos Gerais
Palestrante:
Dra. Hadassah Santana
Mediador:
Dr. João Paulo Amaral Rodrigues
10h
– Coffe-break
10h30
– 2º Painel: Nova realidade do CEBAS diante da Reforma Tributária
Palestrante:
Dr. José Eduardo Sabo Paes
Mediador:
Dr. Hugo Sarubbi Cysneiros
12h
– Almoço
14h30
– 3º Painel: Plenária com estudo de casos
Mediador:
Hugo Sarubbi Cysneiros
16h30
– Coffe-break
18h30
– Jantar (para os hospedados na Casa Dom Luciano)
19h30
– Simpósio
Tema:
A gênese do Estado Laico e as relações institucionais
Conferencistas:
Dr. Paulo Gonet Branco e Ministro José Antônio Dias Toffoli
Mediador:
Ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha
21h30
– Coffe-break
Dia
19 – Quinta-feira
9h
– 1º Painel: Análise de Soluções de Consulta de interesse das Organizações
Religiosas
Palestrante:
Representante da Secretaria da Receita Federal do Brasil
10h
– Coffe-break
10h30
– 2º Painel: A questão sindical: constituição, medidas práticas e normas
coletivas em negociação
Palestrante:
Ministro Ives Gandra Martins Filho
Mediadora:
Dra. Vera Maria Barbosa Costa
12h00
– Almoço
14h30
– 3º Painel: Relacionamento com a mídia em episódios de crise
Palestrante:
Jornalista Heraldo Pereira
Mediador:
Dr. João Paulo Amaral Rodrigues
16h30
– Coffe-break
18h30
Jantar (para os hospedados na Casa Dom Luciano)
19:30
– Simpósio
Tema:
A laicidade do Estado e a religião
Conferencistas:
Cardeal Paulo Cezar Costa e Ministro Gilmar Ferreira Mendes
Mediador:
Dom João Justino de Medeiros
21:30
Coquetel de encerramento - Fonte: CNBB
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No coração de São Paulo,
Catedral da Sé celebra 70 anos
Em 1954
foi inaugurada a nova Igreja Matriz da capital paulistana, no lugar do templo
que já tem mais de quatro séculos de história
Escrito
por Redação A12
Um dos
principais pontos turísticos de São
Paulo (SP) a Catedral da
Sé, tem 111 metros de comprimento, 46 de largura, torres com 92
metros de altura e capacidade para 8
mil pessoas.
A
Catedral, sonhada pelo então Arcebispo
Dom Duarte Leopoldo e Silva, é hoje o que um dia ele mesmo desejou:
“Uma escola de arte e um estímulo a
pensamentos mais nobres e elevados (…) uma Catedral opulenta que,
testemunhando a fartura dos nossos
recursos materiais, seja também um hino de ação de graças a Deus Nosso Senhor."
A
inauguração parcial da Catedral da Sé como conhecemos hoje, aconteceu no dia 25 de janeiro de 1954 durante
as comemorações dos 400 anos de São
Paulo, após atrasos na construção e das duas guerras mundiais em que o mundo passou naquele período.
No
entanto, o templo foi dedicado
(cerimônia solene na qual a catedral é consagrada e dedicada ao culto divino)
somente em 5 de setembro daquele
ano. O rito solene de dedicação foi presidido por Dom Adeodato Giovanni Piazza, enviado pontifício para o primeiro
Congresso Nacional da Padroeira do Brasil, realizado entre São Paulo e Aparecida, evento que também marcou o
centenário da proclamação do dogma da Imaculada Conceição (1854).
A
padroeira é Nossa Senhora da
Assunção, referência ao outro dogma mariano proclamado pouco antes de
sua inauguração, em 1950, que afirma
que, após terminar o curso terreno de sua vida, a Virgem Maria foi assunta,
isto é, levada de corpo e alma à glória celeste.
"A Catedral Metropolitana está localizada a
poucos passos do Pateo do Collegio, onde São Paulo teve início em 1554,
com a missão jesuítica que contou, entre outros, com o padre Manoel da Nóbrega e São José de Anchieta. Entre as
casinhas dos indígenas e dos poucos portugueses, erguia-se a primeira capela da cidade. Consta que o terreno onde
está situada a atual Catedral da Sé foi
doado aos missionários pelo cacique Tibiriçá. A vida da atual metrópole
teve início mediante o encontro de
povos, raças, culturas e religiões. Esse mesmo encontro e interação
marcaram também o seu desenvolvimento. A
catedral é testemunha desse encontro. Oxalá siga sendo assim também para
o futuro de nossa cidade", disse o Cardeal Odilo Scherer, Arcebispo de São Paulo.
O local já abrigava a fé católica da comunidade
desde 1591, ainda
como Vila de São Paulo Piratininga. O
terreno foi escolhido pelo cacique Tibiriçá, primeiro indígena catequizado pelo
padre José de Anchieta, e o templo foi feito com barro e palhas socados em
formas de madeira, sendo elevada à Catedral em 1745.
Por causa
deste título, em 1764 foi inaugurada a primeira versão da Catedral em estilo barroco,
A igreja
foi o cenário de momentos importantes da história do Brasil, como o movimento pelas Diretas Já em 1984,
o ato inter-religioso em repúdio à
morte do jornalista Vladmir Herzog, entre outros.
No final
dos anos 1990 até o início dos anos 2000, a igreja ficou fechada para restauração, reabrindo em 2002. Em
2016, o templo foi tombado pelo Conselho
de Defesa do Patrimônio Histórico,
Locais para contemplação e oração
Na
lateral esquerda da Catedral da Sé, está
localizada a Capela do Santíssimo Sacramento, onde imensos anjos observam a
entrada dos fiéis.
Lado a
lado estão os Santos Doutores da Eucaristia, acima das bodas de Caná e da cena de Emaús. O carrilhão de sinos,
localizado nas torres da Catedral, é um dos maiores do Brasil, com 61 sinos, 35 são acionados
eletronicamente.
Em meio à
agitação é o corre-corre do centro da
maior cidade do País, a Igreja Mãe da Arquidiocese de São Paulo é, sobretudo, um ponto de referência para a fé
dos paulistanos. Na conta oficial da Catedral da Sé
no Instagram pode-se
conferir horários de missa, confissões e visitas ao templo. Fonte: A112.com
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Cerca de 300
jovens participam da Jornada do Movimento 72 Peregrinos em Ibirapuitã
No
último final de semana, a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Ibirapuitã, foi
palco de um grande encontro de fé e renovação espiritual. Cerca de 300 jovens
se reuniram na localidade para participar da Jornada do Movimento 72
Peregrinos, evento que tem como objetivo principal promover o reencontro entre
os integrantes desse movimento jovem, que é marcado pela devoção e pelo desejo
de evangelização.
A
jornada foi marcada por momentos de reflexão, oração e confraternização. O
ponto alto do evento foi a celebração da Santa Missa, presidida por Dom Nélio
Domingos Zortea, Bispo Diocesano de Cruz Alta, que trouxe em sua homilia uma
mensagem de encorajamento aos jovens, incentivando-os a continuar firmes em sua
caminhada de fé e a manterem o espírito de unidade e serviço que caracteriza o
Movimento dos 72 Peregrinos.
O
Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Pe. Daniel S. Chagas, destacou a
importância desse reencontro para o fortalecimento da fé dos jovens e para a
continuidade das atividades do movimento. “Ver essa juventude reunida, animada
e disposta a viver o evangelho é motivo de grande alegria. Esses momentos de
partilha e oração são essenciais para que eles se sintam apoiados e motivados a
seguir em frente em sua missão”, afirmou o sacerdote.
Além
da celebração eucarística, a programação incluiu palestras, momentos de
adoração, dinâmicas em grupo e música, proporcionando aos participantes uma
experiência de renovação espiritual e de fortalecimento dos laços de amizade e
fraternidade.
O
Movimento 72 Peregrinos tem como característica principal a peregrinação e a
busca por uma vida cristã autêntica, seguindo o exemplo dos 72 discípulos
enviados por Jesus em missão, como relatado nos Evangelhos. A jornada realizada
em Ibirapuitã reforça o compromisso dos jovens em levar adiante a mensagem de
Cristo e em vivenciar a fé de forma ativa e engajada.
O
evento foi encerrado com um momento de envio, no qual os jovens foram motivados
a retornarem às suas comunidades com o coração renovado e com a missão de
testemunhar o amor de Deus em todos os lugares onde estiverem. Fonte: CNBB Sul
3
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Diocese de
Caxias do Sul apresenta série documental e revista especial dos 90 anos
Na
coletiva de imprensa que reuniu comunicadores, padres, religiosos, o bispo
diocesano e entrevistados, aconteceu o pré-lançamento do primeiro episódio: “Da
Itália à Nova Pátria, a fé dos imigrantes”
Com
a memória nas raízes, os pés no presente e o olhar no horizonte, Diocese de
Caxias do Sul lança série documental dos 90 anos e a revista comemorativa das
nove décadas de história. A ação aconteceu durante coletiva de imprensa, na
manhã desta quinta-feira, 05 de setembro, no Espaço Mater Dei, junto à Catedral
Diocesana.
A Diocese de Caxias do Sul foi criada pela
bula Quae Spirituali Christifidelium, do Papa Pio XI, em 08 de setembro de
1934, desmembrada da Arquidiocese de Porto Alegre. Segundo o decreto Christus
Dominus, do Papa São Paulo VI, publicado em 1965, a “Diocese é a porção do Povo
de Deus, que se confia a um Bispo para que a apascente com a colaboração do
presbitério, de tal modo que, unida ao seu pastor e reunida por ele no Espírito
Santo por meio do Evangelho e da Eucaristia, constitui uma Igreja particular,
na qual está e opera a Igreja de Cristo, una, santa, católica e apostólica”.
No
início do encontro, o bispo diocesano de Caxias do Sul, Dom José Gislon, que é
mestre em História da Igreja, fez uma abordagem sobre a caminhada histórica da
Diocese e os seus cinco anos à frente da Igreja na região. “Penso que é muito
importante fazermos essa recordação histórica. E aqui faço memória de tanta
gente que construiu e ainda constrói o dia a dia das nossas 983 comunidades.
Louvemos e agradeçamos a Deus por todo o bem realizado”.
Depois,
o vigário geral e coordenador de Pastoral, padre Leonardo Inácio Pereira, falou
sobre os passos que a Diocese está realizando nas diferentes perspectivas da
vida eclesial. “Essa jovem senhora de 90 anos tem uma rica história. E
caminhando com toda a Igreja estamos nos preparando para lançar, também no dia
dos 90 anos, o projeto do novo Plano Diocesano de Pastoral, para podermos
planejar, pensar, executar, acompanhar e avaliar, juntos as nossas ações”.
Padre
Leonardo convidou para a celebração dos 90 anos, que será no próximo domingo,
08 de setembro. A programação terá início às 16h, com o Terço dos Homens,
seguindo às 18h30min com o lançamento oficial da série documental da história
da Diocese, concluindo com a Missa presidida por Dom José Gislon às 19h. A
Missa das 19h também contará com a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora
de Caravaggio, há 65 anos declarada padroeira da Diocese.
Na
sequência, padre Leonardo apresentou a revista comemorativa aos 90 anos da
Diocese. A obra, de 20 páginas, é uma iniciativa da Coordenação Diocesana de
Pastoral que será lançada oficialmente na Missa dos 90 anos, no domingo, e
reúne artigos, a história que permeou a criação da Diocese e a linha do tempo
da vida pastoral desta Igreja. Foram impressos 3 mil exemplares, que serão
distribuídos aos fiéis, às paróquias e comunidades.
Por
fim, o assessor de comunicação da Diocese, jornalista Felipe Padilha, também
responsável por produzir e dirigir a série documental intitulada “Diocese de
Caxias do Sul: 90 anos de comunhão, participação e missão”, apresentou a
organização e todo o trabalho realizado em equipe. Além disso, ele abordou as
temáticas dos nove episódios, que serão veiculados conforme as datas abaixo.
Feita
a apresentação no evento que reuniu comunicadores, padres, religiosos,
convidados e entrevistados, aconteceu o pré-lançamento do primeiro episódio: “Da
Itália à Nova Pátria, a fé dos imigrantes”. A filmagem foi apresentada na tela
e, ao mesmo tempo, disponibilizada nas redes sociais da Diocese de Caxias do
Sul. O episódio pode ser acessado em:
https://youtu.be/91W1K4WuQYA?si=k5G66nEHnf46Ivsm
•05
de setembro: Ep. 01 – Da Itália à Nova Pátria, a fé dos imigrantes
•08
de setembro: Ep. 02 – 90 anos: como tudo começou...
•25
de setembro: Ep. 03 – Pastores segundo o coração de Deus
•12
de outubro: Ep. 04 – Vocações para formar Igreja e sociedade
•23
de outubro: Ep. 05 – Educar, conectar e comunicar
•06
de novembro: Ep. 06 – Mãos que evangelizam também cuidam
•20
de novembro: Ep. 07 – Mãos que cuidam e promovem a vida
•04
de dezembro: Ep. 08 – Arte e cultura como expressão de fé
•18
de dezembro: Ep. 09 – 90 anos, e agora? Comunhão, participação e missão
A
Pastoral da Comunicação da Diocese de Caxias do Sul, está caminhando em
comunhão com toda a Igreja. E, a partir do pedido do Papa Francisco de não
esquecer quem nos transmitiu a fé, o subgrupo responsável pela produção pensou
em celebrar os 90 anos da Diocese com uma série documental em vídeo, que
recolhesse a história e as memórias de tanta gente que construiu essas nove
décadas.
E
assim se fez: em outubro de 2023, a Pascom reuniu pessoas de diversas áreas do
conhecimento, ex-padres, historiadores, padres e fiéis leigos para que
ajudassem o grupo a pensar na produção audiovisual. E esse grupo pensou,
sugeriu, ponderou e pontuou. Para operacionalizar as gravações e edições, a
Diocese contratou a Finis Comunicação. Foram realizadas mais de 30 entrevistas
ao longo do mês de julho de 2024, em diversos locais e com diversas
perspectivas da importância da Igreja: a visão acadêmica, a abordagem pastoral
e os testemunhos.
Numa
dessas reuniões da equipe foi recordada a existência de filmes antigos, em
rolo, guardados no Museu Diocesano Dom José Barea. Assim, com a colaboração do
Instituto Memória Histórica e Cultural da Universidade de Caxias do Sul
(IMHC-UCS), foram digitalizadas as películas e descobertas preciosidades. Que
preciosidades são essas? Só uma para despertar curiosidade: a gravação do
Congresso Eucarístico Diocesano de 1948, que o IMHC data como o segundo filme
mais antigo da cidade.
Fazem
parte desta comissão que pensou esta série documental dos 90 anos:
•Pe.
Álvaro Pinzetta
•Angélica
Stefanski
•Anthony
Beux Tessari
•Daniel
Schüur
•Felipe
Padilha
•Ivo
Adamatti
•Pe.
Kleiton Pena
•Rosalina
Cassol Schvarstzhaupt
•Rudinei
Zorzo
Ao
final da coletiva de imprensa, o mestre em História da Igreja, cujo campo de
pesquisa é a História da Diocese, padre Álvaro Luiz Pinzetta, fez uma breve
recordação histórica dos fatos que antecederam a criação da Diocese de Caxias,
em 08 de setembro de 1934. Logo depois, todos puderam confraternizar num coffee
break oferecido pela Panificadora Rio Branco.
Fonte:
Diocese de Caxias do Sul
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O
Papa: lançar corajosamente as redes do Evangelho no meio do mar do mundo
Em sua
homilia, na missa celebrada no Estádio Gelora Bung Karno, em Jacarta, Francisco
citou duas atitudes fundamentais que o encontro com Jesus nos convida a viver e
que nos tornam seus discípulos: escutar a Palavra e viver a Palavra.
Mariangela
Jaguraba - Vatican News
O Papa
Francisco celebrou a primeira missa pública de sua 45ª Viagem Apostólica
Internacional, no Estádio Gelora Bung Karno, em Jacarta, na Indonésia, nesta
quinta-feira (05/09).
Francisco
iniciou sua homilia, citando duas atitudes fundamentais que o encontro com
Jesus nos convida a viver e que nos tornam seus discípulos: escutar a
Palavra e viver a Palavra.
Escutar a
Palavra. O
evangelista Lucas conta que muitas pessoas acorriam a Jesus e que a multidão se
comprimia à volta dele «para escutar a palavra de Deus». Procuravam-no, tinham
fome e sede da Palavra do Senhor, que ouviam ressoar nas palavras de Jesus.
Palavra de Deus, única bússola para o nosso caminho
Por isso,
este episódio, que se repete tantas vezes no Evangelho, nos diz que o coração
do homem está sempre à procura de uma verdade que possa aplacar e alimentar o
seu desejo de felicidade; que não podemos contentar-nos apenas com as palavras
humanas, os critérios deste mundo e os juízos terrenos.
“Precisamos
sempre de uma luz do alto para iluminar os nossos passos, de uma água viva que
possa irrigar os desertos da alma, de uma consolação que não desiluda porque
provém do céu e não das coisas passageiras deste mundo.”
"Perante
o entontecimento e a vaidade das palavras humanas, faz falta a Palavra de Deus,
a única que é bússola para o nosso caminho e é capaz de, no meio de tantas
feridas e perplexidades, nos reconduzir ao verdadeiro sentido da vida",
disse ainda o Papa.
Segundo
Francisco, "a primeira tarefa do discípulo não é vestir o hábito de uma
religiosidade exteriormente perfeita, fazer coisas extraordinárias ou
envolver-se em projetos grandiosos. Pelo contrário, o primeiro passo consiste
em saber escutar a única Palavra que salva, que é a de Jesus, como podemos ver
no episódio evangélico, o Mestre sobe para a barca de Pedro a fim de se afastar
um pouco da margem e, assim, pregar melhor ao povo. A nossa vida de fé começa
quando, acolhendo humildemente Jesus na barca da nossa vida, lhe damos espaço,
escutamos a sua Palavra e, por ela, nos deixamos interpelar, estremecer e
transformar".
Ousar uma vida nova
Ao mesmo
tempo, a Palavra do Senhor pede para ser encarnada concretamente em nós: somos
chamados a viver a Palavra. Quando terminou de pregar às
multidões a partir da barca, Jesus dirige-se a Pedro, exortando-o a arriscar e
a apostar nesta Palavra: «Faz-te ao largo; e vós, lançai as redes para a
pesca».
A Palavra
do Senhor não pode permanecer uma linda ideia abstrata ou suscitar apenas a
emoção de um momento; ela exige-nos que mudemos o olhar, que deixemos o coração
transformar-se à imagem do coração de Cristo; ela nos chama a lançar
corajosamente as redes do Evangelho no meio do mar do mundo, “correndo o risco”
de viver o amor que Ele nos ensinou e viveu em primeiro lugar.
“Também a
nós o Senhor, com a força ardente da sua Palavra, nos pede para avançar para
águas mais profundas, para sairmos das margens estagnadas dos maus hábitos, dos
medos e da mediocridade, para ousarmos uma vida nova.”
Ter a mesma humildade e fé de Pedro
De acordo
com Francisco, "existem sempre obstáculos e desculpas no sentido de
dizermos “não”; mas olhemos de novo para a atitude de Pedro: tinha vindo de uma
noite difícil, em que não tinha pescado nada, estava cansado e desiludido, e no
entanto, em vez de ficar paralisado naquele vazio e bloqueado pelo seu próprio
fracasso, diz: «Mestre, trabalhamos durante toda a noite e nada pescamos; mas,
porque Tu o dizes, lançarei as redes». Porque Tu o dizes, lançarei as redes. E
então se realiza o inaudito: o milagre de uma barca que se enche de peixes a
ponto de quase afundar".
Irmãos e
irmãs, perante as muitas tarefas da nossa vida quotidiana; perante o apelo, que
todos sentimos, de construir uma sociedade mais justa, de avançar no caminho da
paz e do diálogo – que aqui na Indonésia já foi traçado há muito tempo –,
podemos por vezes julgar-nos inadequados, sentir o peso de tanto esforço que
nem sempre dá os frutos esperados, ou o peso dos nossos erros que parecem
impedir o caminho.
“Mas, com
a mesma humildade e fé de Pedro, também nos é pedido para não ficarmos
prisioneiros dos nossos fracassos e, em vez de permanecermos com os olhos fixos
nas nossas redes vazias, olharmos para Jesus e confiarmos nele.”
Podemos
sempre arriscar, avançando-nos ao mar e lançando de novo as redes, mesmo depois
de termos atravessado a noite do fracasso, o tempo da desilusão, em que não
pescamos nada.
Percorrer com confiança o caminho do diálogo
O Papa
citou as palavras de Santa Teresa de Calcutá, cuja memória
celebramos hoje, que se dedicou incansavelmente aos mais pobres e se tornou uma
promotora da paz e do diálogo: “Quando nada tivermos para dar, demos esse nada.
E lembra-te: nunca te canses de semear, mesmo se não vieres a colher nada”.
Francisco
exortou os indonésios a ousarem sempre o sonho da fraternidade que é "um
verdadeiro tesouro" entre eles. "Com a Palavra do Senhor encorajo-vos
a semear o amor, a percorrer com confiança o caminho do diálogo, a praticar
continuamente a bondade e amabilidade com o sorriso que vos caracteriza, a
serem construtores de unidade e de paz. Sede construtores de esperança, daquela
esperança do Evangelho que não desilude e abre a uma alegria sem fim",
concluiu.
Fonte:
Vatican News
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Francisco:
que as religiões ajudem a sociedade a superar a violência e a indiferença
Nesta
quinta-feira, 05/09, o Papa visitou a Mesquita Istiqlal em Jacarta, na
Indonésia, para um encontro inter-religioso. O Pontífice destacou em seu
discurso o "grande dom" do povo indonésio de trabalhar pelo diálogo,
respeito mútuo e convivência harmoniosa aos quais todos somos chamados.
O Papa
Francisco iniciou o terceiro dia de sua viagem apostólica à Ásia e Oceania na
manhã desta quinta-feira, 5 de setembro, com uma visita à Mesquita Istiqlal,
localizada em Jacarta, capital da Indonésia, para um encontro inter-religioso
na maior mesquita do sudeste asiático. O Grande Imã, Dr. Nasaruddin Umar,
recebeu o Santo Padre e no evento também foi assinada a Declaração Conjunta de
Istiqlal 2024, que destaca que os valores comuns a todas as tradições
religiosas devem ser efetivamente promovidos para "derrotar a cultura da
violência e da indiferença" e promover a reconciliação e a paz.
O caminho comum rumo à luz
Após a
chegada do Santo Padre, diante do "túnel da amizade" que liga a
Mesquita à Catedral de Nossa Senhora da Assunção, símbolo de fraternidade entre
as religiões, Francisco, em uma saudação, pronunciou as primeiras palavras de
reconhecimento do caminho comum que a sociedade indonésia percorre “rumo à
plena luz”. Um percurso que ocorre também graças a essa passagem subterrânea,
iluminada pela amizade, pela concórdia e pelo apoio mútuo.
"Perante
tantos sinais de ameaça, face aos tempos sombrios, contrapomos o sinal da
fraternidade que, acolhendo o outro e respeitando a sua identidade, o incentiva
a percorrer um caminho comum, feito de amizade e rumo à luz."
Anseio pelo infinito
Em
seguida, sob uma tenda do lado de fora da Mesquita, um trecho do Alcorão
cantado por uma jovem com deficiência visual e a leitura de um texto do
Evangelho introduziram o encontro. Em seu discurso, o Papa agradeceu ao
Grande Imã por sua cordialidade e hospitalidade, e por lembrar a todos como
este local de culto e oração é "uma grande casa para a humanidade",
onde as pessoas podem tirar um tempo para se lembrar do "anseio pelo
infinito" que carregamos em nossos corações e da necessidade de
"buscar um encontro com o divino e experimentar a alegria da amizade com
os outros".
Cultivar a harmonia
O Papa
prestou homenagem ao "grande dom" dos indonésios em seu trabalho de
promover o "diálogo, o respeito mútuo e a convivência harmoniosa entre
religiões e diferentes sensibilidades espirituais". E afirmou que a
história da Mesquita é um testemunho desses esforços, recordando que um
arquiteto cristão local, Friedrich Silaban, venceu o concurso de design para
sua construção. Francisco encorajou-os a cultivar esse dom todos os dias,
"para que as experiências religiosas possam ser pontos de referência para
uma sociedade fraterna e pacífica".
Encontro e diálogo
O "Túnel da Amizade" que conecta a Mesquita Istiqlal e a Catedral de Santa Maria da Assunção também representa "um sinal eloquente", observou o Papa, pois esses dois locais de culto não apenas se enfrentam, mas estão ligados um ao outro, permitindo "encontro e diálogo, uma verdadeira experiência de fraternidade". Segund