Informativo Diocesano Semanal - 22 de setembro de 2024
22/09/2024ASSESSORIA DIOCESANA DE COMUNICAÇÃO
www.diocesedeerexim.org.br E-mail: curia@diocesedeerexim.org.br
Fone/Fax: (54) 3522-3611
Ano 28 – nº.
1.466 – 22 de setembro de 2024
Visita Pastoral: Sábado próximo, dia 28, às 14h e às 18h, Dom Adimir iniciará a visita
pastoral na Paróquia Santa Luzia, Bairro Atlântico, Erechim.
Programação da 89ª Romaria
Interestadual da Salette: Quinta-feira, dia 19, data da aparição de
N. Sra. em La Salette, França, foi iniciada a 89ª Romaria Interestadual da
Salette em Marcelino Ramos, cujo tema é um pedido à Mãe de Cristo: “Mãe da Salette, ajudai-nos a
caminhar na esperança”. Está em sintonia com o Jubileu 2025 – “Peregrinos de
Esperança”. A Romaria prosseguirá no próximo sábado e domingo, dias 28 e 29,
com a seguinte programação: dia 28, sábado: missas no Santuário às 08h, 10h,
14h, 16h; na igreja São João Batista, no centro da cidade, às 19h, seguida de
procissão luminosa, encenação da aparição e bênção com o Santíssimo Sacramento;
dia 29, domingo: no Santuário, oração da manhã às 05h30; missas às 06h, 07h15,
10h, 12h; no altar monumento, missa na chegada da procissão após a missa às 08h
na igreja São Batista no centro da cidade; às 14h, terço meditado e encenação
da aparição de N. Sra.; às 15h, adoração ao Santíssimo Sacramento e bênção;
15h30, envio dos romeiros.
Formação e fortalecimento de conselhos missionários diocesanos e
paroquiais:
O Conselho Missionário Regional realizou encontro de
formação com missionários e missionárias do Rio Grande do Sul de 06 a 08 deste
mês em Esteio, aprofundando o fortalecimento dos conselhos missionários em
nível regional, diocesano e paroquial. A
assessoria foi da ir. Eliane Santana, da Comissão Episcopal para a Ação
Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB, em Brasília. O assunto foi
abordado na perspectiva sinodal com destaque para 4 aspectos: estruturas
verdadeiramente sinodais que priorizem a comunhão, estimulem o diálogo, promovam
a inclusão e facilitem o consenso; a comunhão: dinâmica e plural, enfatizando a
corresponsabilidade de todos os membros; a participação efetiva do laicato:
Essencial para uma missão viva da Igreja, é uma relação de corresponsabilidade
entre leigos e clero; comunidades inclusivas: Em um mundo dilacerado por
divisões e conflitos, o Evangelho de Cristo é a voz mansa e forte que chama os
homens e as mulheres a encontrarem-se, a reconhecerem-se como irmãos e a
alegrarem-se pela harmonia entre as diversidades. A assessora do encontro
também apresentou a organização missionária da Igreja no Brasil que inclui a
Comissão Episcopal para a ação missionária e cooperação intereclesial, as
Pontifícias Obras Missionárias, os Conselhos Missionários em nível nacional,
regional, diocesano e paroquial e diversos organismos missionários. O encontro
celebrou os 30 anos da missão do Regional Sul e da CNBB e Moçambique, África, pelo
qual foram enviados cerca de 70 missionários e missionárias.
Santuário Diocesano com espaço de convivência: Sexta-feira,
20, feriado estadual, foi inaugurado o “Café Santuário” no Centro de Eventos do
Seminário e Santuário N. Sra. de Fátima. Visa ser espaço de convivência para os
que se dirigem ao Santuário para rezar e/ou aos que frequentam sua esplanada,
com possibilidade de fazerem lanche, tomar café ou refrigerante. O “Café
Santuário” oferece doces, salgados, bebidas, gelato de fabricação própria e,
claro, café. Atenderá de quarta-feira a domingo, das 15h às 19h. Conforme a
demanda ou a época do ano, o atendimento poderá ser ajustado. A organização e
decoração do espaço foram projetadas de forma adequada ao ambiente em que está
inserido.
Letra
e música do hino da Campanha da Fraternidade do próximo ano: Terça-feira, dia 17, durante a 7ª reunião ordinária do atual Conselho
Episcopal Pastoral da CNBB, em sua sede em Brasília, foi apresentado o Hino
Oficial da Campanha da Fraternidade do próximo ano, que tem como
tema: “Fraternidade e Ecologia Integral” e o lema “Deus viu que tudo era muito
bom” (Gn 1,31). O processo de escolha da música e da letra foi feito a partir
de um concurso nacional, lançado em abril deste ano. A letra escolhida é de
composição de Ismael Oliveira do Nascimento, natural de Iguatu (CE), atualmente
residindo na arquidiocese de Belo Horizonte (MG). O autor da música é Miguel
Philippi, regente de corais na arquidiocese de Florianópolis (SC). O arcebispo de Porto Alegre (RS)
e presidente da CNBB, dom Jaime Spengler, ressaltou a simplicidade e a força da
canção alicerçada na figura e na mensagem de São Francisco de Assis.
Amazônia
em situação de emergência ambiental: Segundo o
Cardeal Arcebispo de Manaus, Amazonas, Dom Leonardo Stein, a Amazônia passa por
um momento dramático em consequência das queimadas e da seca. Ele enfatiza: "O Brasil inteiro respira fumaça porque
não cuidamos da obra que Deus nos confiou". Para ele, é necessário sempre
pensar o que se está fazendo pela nossa casa comum. Ressalta que a Igreja tem
procurado muito conscientizar a respeito do cuidado com a obra da Criação.
Encontro
de assessores jurídicos de dioceses do Brasil: Promovido pela
CNBB, de terça-feira a quinta-feira, na Casa Dom Luciano Mendes de Almeida, em
Brasília (DF), foi realizado o Segundo Encontro Nacional de Assessores
Jurídicos que atuam junto a Arquidioceses e dioceses do Brasil. Participaram do
evento mais de 300 advogados. Foram abordadas as principais questões jurídicas
que desafiam a missão desses profissionais atualmente. No período noturno dos
dias do encontro, ocorreu o seminário sobre a laicidade do Estado.
Bispos
do Brasil no curso anual de formação para novos bispos em Roma: Do
dia 15 a 21 deste mês, em Roma, foi realizado o curso anual de formação para
novos Bispos com mais de 200 participantes. Do Brasil, participaram 22 bispos
nomeados pelo Papa no último ano ou que não puderam participar da edição
anterior. O curso teve como tema “Pastores
enraizados em Cristo – A serviço de uma Igreja chamada a habitar o presente e
custodiar a semente do futuro”. Cada dia de formação teve conferências com
membros da Cúria Romana nas quais foram abordadas diferentes perspectivas da
atuação dos pastores em suas dioceses e na comunhão com a Igreja Universal. A dinâmica
do encontro também contou com momentos de diálogo fraterno e círculos menores
por grupo linguístico, além de encontros e visitas institucionais.
Datas de abertura, conclusão e de
grandes eventos do Jubileu 2025: No documento de
proclamação do Jubileu Ordinário 2025, Papa Francisco estabeleceu
a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro, no Vaticano, no dia 24 de
dezembro deste ano de 2024, iniciando-se assim o Jubileu Ordinário. No domingo
seguinte, 29 de dezembro de 2024, abertura da Porta Santa da catedral de São
João de Latrão. Posteriormente, no dia 1º de janeiro de 2025, Solenidade de
Santa Maria Mãe de Deus, abertura da Porta Santa da Basílica Papal de Santa
Maria Maior. Por fim, no domingo 5 de janeiro de 2025, abertura da Porta Santa
da Basílica Papal de São Paulo Fora dos Muros. Estas últimas três Portas Santas
serão fechadas no domingo 28 de dezembro do mesmo ano. O Jubileu Ordinário
terminará com o encerramento da Porta Santa da Basílica Papal de São Pedro, no
Vaticano, na solenidade da Epifania do Senhor, dia 6 de janeiro de 2026. No
referido documento, o Papa estabeleceu também que no domingo 29 de dezembro deste
ano, em todas as catedrais e concatedrais, os Bispos diocesanos celebrem a
Santa Missa como abertura solene do Ano Jubilar, segundo o Ritual que será
preparado para a ocasião. A organização do Jubileu 2025 programou a celebração
de muitos eventos jubilares específicos: do Mundo das Comunicações; das Forças
Armadas, Polícia e Segurança; dos Artistas; dos Diáconos; do Mundo do
Voluntariado; dos Missionários da Misericórdia; dos Enfermos e o Mundo da Saúde;
dos Adolescentes; das Pessoas com Deficiência; dos Trabalhadores; dos
Empresários; das Bandas Musicais; das Irmandades; das Crianças; das Famílias,
dos Avós e dos Idosos; dos Movimentos, Associações e Novas Comunidades; do
Desporto; dos Governantes; dos Seminaristas; dos Bispos; dos Sacerdotes; das
Igrejas Orientais; dos Jovens; da Consolação; dos Operadores de Justiça; dos
Catequistas; dos Migrantes; da Vida Consagrada; da Espiritualidade Mariana; do
Mundo Missionário; do Mundo Educativo; dos Pobres; dos Coros e dos Reclusos.
Papa
manifesta desejo de visitar a China: No retorno de
sua maior viagem apostólica a 4 países da Ásia e Pacífico, dia 13 passado, Papa
Francisco revelou desejo de visitar a China, ressaltando ser um grande país, de
cultura milenar, capacidade de diálogo, de compreensão mútua que vai além dos
sistemas de governo que teve.
Anunciada a sede do
próximo Congresso Eucarístico Internacional: No final da missa de encerramento
do 53º Congresso Eucarístico Internacional dia 15 último em Quito, Equador, o
seu legado pontifício, arcebispo emérito de Caracas, Venezuela, cardeal
Baltazar Porras, comunicou: “Em nome e por mandato do papa Francisco,
anuncio-vos que o 54º Congresso Eucarístico Internacional terá lugar na cidade
de Sydney, Austrália”, em 2028. Sydney foi sede do 29º Congresso Eucarístico
Internacional em 1928. Assim, 100 anos depois, acolherá novamente o grande
evento eucarístico.
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Notícias da semana
Do dia 19/9/2024
Membros do Grupo
de Assessores (GA) partilham experiências e falam sobre projetos futuros das
Comissões Episcopais
Nesta
quinta-feira, 19 de setembro, o auditório dom Helder Camara, na sede da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília (DF), recebeu o
encontro do Grupo de Assessores das Comissões Episcopais da CNBB, o GA. Segundo
o Subsecretário de Pastoral da CNBB, padre Jânison de Sá, os participantes
partilham experiências e falam sobre projetos futuros de cada Comissão.
“Teremos muitas temáticas importantes para
nos enriquecer mutuamente e que, o que é fundamental, caminharmos juntos”,
disse o padre Jânison de Sá.
Foram
destaques da reunião os esforços que a Comissão para os Ministérios Ordenados e
a Vida Consagrada da CNBB tem empenhado para promover a animação vocacional na
Igreja no Brasil, além de seu reforço na caminhada das comunidades.
Na
reunião, foi salientado também alguns eventos que foram determinantes para a
construção da identidade que hoje caracteriza o serviço de animação vocacional
na Igreja do Brasil, como é o caso do Ano Vocacional e do Congresso Vocacional
do Brasil, que já teve quatro edições.
Neste
sentido, a Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada organiza
e planeja o 5º Congresso Vocacional do Brasil, cuja proposta é que seja
realizado no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em 2026, em São
Paulo.
“E hoje a gente teve uma rica oportunidade
de acessar o coração, aquilo que toca toda a Conferência, os ambientes da ação
evangelizadora para saber quais são as reais necessidades, os pensamentos, para
que a gente faça um belo Congresso Vocacional. Pedimos a todos a oração, a
comunhão e estamos abertos às contribuições das comunidades”, disse o padre
Guilherme Maia Júnior, assessor da Comissão para os Ministérios Ordenados e a
Vida Consagrada da CNBB.
A
parte da manhã também foi reservada a uma partilha da diretora nacional das
Pontifícias Obras Missionárias, POM, sobre o momento de escuta, da qual foi
convidada a participar, pelo Conselho de Cardeais, o C9, no Vaticano, e que
contou com a presença do Papa Francisco. A reunião contou também com momentos
de reflexão, estudos e planejamento para o orçamento das Comissões para 2025.
Fonte:
CNBB
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Setor Espaço Litúrgico
prepara II Encontro da Pastoral do Artista Sacro, de 11 a 13 de outubro, em
Belo Horizonte (MG)
O
Setor Espaço Litúrgico da Comissão Episcopal para a Liturgia da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realiza de 11 a 13 de outubro, em Belo
Horizonte (MG), o II Encontro da Pastoral do Artista Sacro. As inscrições estão
abertas neste link.
Inicialmente
voltado para integrantes do Grupo da Pastoral do Artista Sacro, o encontro
agora recebe inscrições de artistas cristãos e outros profissionais envolvidos
na construção e adequação de espaços de celebração, liturgistas, teólogos e
demais interessados. O tema escolhido para aprofundamento é “Arte e Liturgia:
criação e originalidade”.
Assessores
Vão
assessorar o encontro os monges beneditinos dom Marcelo Molinero e dom Ruberval
Monteiro, ligados à arte sacra; a arquiteta e religiosa das Irmãs Pias
Discípulas do Divino Mestre, irmã Laíde Sonda; o diretor do Ateliê de Mosaico
da Amazônia e Comunhão (Amacom), Erasmo de Abreu; e o frei Sidney Machado,
frade capuchinho doutor em Teologia com especializações em espiritualidade, e
em Bens Culturais da Igreja.
“Será um importante momento de encontro,
reflexão e partilha entre aqueles que estão diretamente envolvidos na criação
dos programas iconográficos para uma arte autenticamente litúrgica destinados
aos espaços de celebração. Arte esta que nasce da oração da Igreja e em diálogo
com a arquitetura do edifício eclesial, constituindo assim um trabalho interdisciplinar
que envolve liturgistas, profissionais e comunidade, onde o artista cristão é
convidado a traduzir o mistério celebrado em traços, formas e cores”, destacou
a assessora do Setor Espaço Litúrgico da Comissão Episcopal para a Liturgia,
Raquel Tonini Schneider.
A
Pastoral do Artista Sacro
Iniciada
em 21 de setembro de 2017, durante o XI Encontro Nacional de Arquitetura e Arte
Sacra (ENAAS), em Curitiba (PR), a Pastoral do Artística Sacro é fruto do
desejo antigo dos assessores e colaboradores do Setor Espaço Litúrgico e dos
profissionais envolvidos nessa área a fim de se encontrarem, receberem formação
e partilharem suas experiências. Tal desejo foi gestado e refletido durante
anos, acompanhado e aprovado pelos bispos referenciais das comissões de
liturgia dos regionais. O primeiro grupo foi composto por cerca de 40 artistas
e profissionais envolvidos com a arte cristã, participantes do ENAAS.
As
atividades propostas para a pastoral previam a promoção de um encontro anual
que privilegiasse estudo, oração e partilha dos artistas que desenvolvem
programas iconográficos em espaços celebrativos. Eles também intencionaram o
envio mensal de textos e sugestões de livros para estudo, publicação de revista
ou cadernos sobre a arte litúrgica, além de uma página no site do Setor Espaço
Litúrgico.
Nesse
processo de articulação, iniciaram a preparação do I Encontro da Pastoral do
Artista Sacro, em setembro de 2019, no Centro de Formação Sagrada Família, em
São Paulo. O evento reuniu cerca de 30 artistas sacros de diversas regiões do
Brasil para refletir sobre o tema “Arte como Liturgia e Liturgia como Arte”. O
objetivo, naquela oportunidade, era refletir sobre a importância e necessidade
de uma arte autenticamente litúrgica. Dali em diante, foram realizados outros
breves encontros durante os ENAAS e também em modo remoto.
Fonte:
CNBB
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Imagem de Nossa
Senhora Aparecida é entronizada na basílica da Imaculada Conceição, em
Washington, nos EUA
Mais
de 6 mil brasileiros participaram da missa de entronização de Nossa Senhora
Aparecida na basílica da Imaculada Conceição, em Washington, DC, o maior templo
católico dos EUA, no sábado, 14 de setembro.
A
missa da entronização da imagem de Nossa Senhora Aparecida foi celebrada em
português pelo arcebispo emérito de Boston, cardeal Seán O’Malley. O núncio
apostólico nos EUA, dom Christophe Pierre, nove bispos, sendo 4 brasileiros, e
mais de 50 padres concelebraram a missa.
O
bispo de Cachoeiro de Itapemirim (ES) e referencial da Pastoral de Brasileiros
no Exterior, da Comissão Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Luiz Fernando Lisboa, concelebrou. A
missa faz parte de uma agenda dele de visitas a missionários e comunidades de
brasileiras em Orlando, Miami, Boston e Washingtonde, de 7 a 17 de setembro,
nos Estados Unidos (EUA).
Dom
Luiz disse que a celebração de entronização de Nossa Senhora Aparecida em
Washington foi especial porque tem uma quantidade grande de brasileiros nos
EUA, cerca de 2 milhões.
“A
entronização foi um pedido dos brasileiros que residem em território americano.
Houve uma grande peregrinação de brasileiros até o santuário onde a imagem foi
entronizada. Foi uma celebração muito bonita”, disse.
Ele
viajou aos EUA com o objetivo de visitar e reunir missionários brasileiros e
celebrando com as comunidades de brasileiros em Orlando, Miami, Boston e
Washington, numa ação da Pastoral dos Brasileiros no Exterior (PBE).
“Os brasileiros no exterior gostam muito da
visita de um representante da Igreja no Brasil. Essa presença é nesse sentido
para apoiar e incentivar os padres que estão trabalhando com os brasileiros e
os próprios brasileiros”, disse.
Comunidade
de brasileiros nos EUA
“Que
alegria estarmos aqui hoje! Que bom estarmos aqui!”, disse na homilia o bispo
de Fall River, Massachusetts, dom Edgar da Cunha, brasileiro natural de Jacuíbe
(BA). “Graças a Deus, conseguimos, pela primeira vez na história reunir o povo
fiel da comunidade brasileira aqui nos EUA, vindos de tantas partes distantes
deste país, da Florida a Califórnia, para juntos celebrarmos esse encontro e
esse evento que permanecerá na história e perdurará na nossa memória”.
A
basílica estava lotada, havia muitas pessoas em pé e outras sentadas no chão. A
maioria dos participantes vestia uma camiseta azul com a imagem de Nossa
Senhora Aparecida, que foi vendida antes do evento como forma para arrecadar
dinheiro para os custos da entronização.
“Estamos aqui para comemorar, celebrar, honrar, a Bem-Aventurada Virgem
Maria, sob o título de Nossa Senhora Aparecida. Pedir sua intercessão e suas
bênçãos, como também prometer imitá-la em suas virtudes”, continuou dom Edgar
que mora há mais de 45 anos nos EUA.
Para
ele, “esse não é um encontro social, cultural, político ou de entretenimento,
mas sim, uma peregrinação, um momento para nos encontrarmos com Deus, com nossa
Mãe Maria, com nossos irmãos na fé e um momento de verdadeira demonstração de
fé”.
Créditos
das fotos: Basílica do Santuário Nacional da Imaculada Conceição e Comissão
Missionária
Por
Willian Bonfim, com informações da Comissão Missionária da CNBB. Fonte: CNBB
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Simpósio sobre a
laicidade do Estado destaca religião como valor constitucional e princípios do
Estado laico
Na
noite de quarta-feira, 18 de setembro, foi realizado o segundo momento do
Simpósio sobre a Laicidade do Estado e Liberdade Religiosa, na Casa Dom Luciano
Mendes de Almeida. O evento celebrativo dos 15 anos do Acordo Brasil-Santa Sé
abordou em seu segundo dia o tema da “Gênese do Estado Laico e as relações
institucionais”. Os conferencistas foram o procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, e o ministro Ives Gandra
Martins Filho, do Tribunal Superior do Trabalho (TST). O assessor
jurídico-civil da CNBB, advogado Hugo Sarubbi Cysneiros, mediou a conferência.
Os
conferencistas buscaram aprofundar a reflexão apresentando as diversas
interpretações sobre o conceito de Laicidade. Esse conceito não consiste tão
somente na separação do Estado e da Igreja ou, por vezes, como uma
justificativa para restringir a presença de religiosos e pessoas que professam
alguma crença no âmbito da participação política. Nas apresentações, a intenção
foi definir e distinguir as consequências práticas do conceito de laicidade
atrelado à liberdade religiosa.
Religião
é um valor de ordem constitucional
O
procurador Paulo Gonet apontou para a tendência do que se observa numa espécie
de fundamentalismo ateu, que consiste no uso do termo “Estado laico” para
invalidar argumentos e posições sobre valores que estão associados ao
sentimento religioso das pessoas na participação de debates públicos. Para ele,
é um equívoco pensar a Laicidade como aversão religiosa.
A
liberdade religiosa como direito fundamental, por sua vez, garante a
participação e o espaço para que os cidadãos possam dar razão pública ao que
acreditam. A temática do aborto foi citada com exemplo, cujas razões contrárias
podem ser traduzidas em argumentos jurídicos. Gonet também citou o direito de
objeção de consciência assegurado pela constituição, de modo que o Estado deve
garantir a autonomia da expressão dos valores religiosos.
“A
religião é um valor de ordem constitucional”, ressaltou o procurador. E o
Estado laico significa assegurar o direito de ter uma religião, segui-la e de
ser coerente com seus preceitos. Nesse sentido, “o Estado não pode impor uma
religião, mas pode haver colaboração das igrejas com o poder público em vista
do bem comum”, pontuou. Ao mesmo tempo, o Estado não pode proibir, prejudicar e
intervir nas religiões.
Esse
direito à Liberdade Religiosa deve ser entendido em duas dimensões: o direito
de defesa e a exigência de promoção. Isso significa que, além de defender a
liberdade religiosa, o Estado Laico é aquele que cria condições para que haja
um ambiente favorável para os que querem aderir a uma religião.
Estado
Laico significa também que o Estado não pode interferir na organização interna
das igrejas, ou seja, não pode impor regras no âmbito particular do espaço de
culto e nem mesmo pode arbitrar conflitos intrinsecamente relacionados à
hierarquia de determinada religião.
Laicidade
e laicismo
Paulo
Gonet também explicou sobre a necessária distinção entre “laicidade” e
“laicismo”. A primeira indica que se deve reconhecer que o povo é religioso e
tem direito a isso, e que o Estado deve respeitar todas as religiões. A
segunda, segundo ele, é a antirreligiosidade, e supõe, implicitamente, a
inimizade entre religiões e o Estado.
Há
o perigo de, pensando o conceito, fazer importações anacrônicas de outros
Estados, salientou o conferencista, recordando a formação da nação brasileira.
“A origem do Brasil carrega uma tradição imbuída do espírito missionário. Não
se pode prescindir da identidade religiosa do Brasil desde a origem. A
identidade brasileira é baseada em méritos religiosos, como exemplo a cidade de
São Paulo”, comentou.
Gonet
falou ainda sobre os símbolos religiosos, os quais não podem, segundo ele, ser
ofensivos aos ateus, e que a oposição religiosa não gera o direito subjetivo de
suspender a prática religiosa de outro. Ele recordou a ideia de identidade
nacional enraizada nos valores religiosos e que “quando um país deixa de
cultuar as suas imagens/identidades religiosas, ele perde a própria
identidade”.
Princípios
presentes na ideia de Estado Laico
Em
sua fala, o ministro Ives Gandra Filho abordou os fundamentos filosóficos que
sustentam uma correta assimilação do conceito de Laicidade, a partir da imagem
do homem como “o único animal que reza”. Isso o distingue dos outros animais,
sendo a característica que mais identifica o ser humano: sua transcendência e
sua vida religiosa.
Voltando
a reflexão sobre o Acordo Diplomático entre o Estado brasileiro e a Santa Sé, o
ministro conduziu o discurso ressaltando o que o acordo representou e seus
méritos. Ele recordou a vontade dos dois chefes de Estado – o Papa Bento XVI e
o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, – e a atuação do então
núncio apostólico, dom Lorenzo Baldisseri, que deram “concretude ao acordo,
apesar das resistências para que fosse ratificado”. Lembrou ainda o desafio à
ratificação do acordo diante da oposição ao artigo que trata do Ensino Religioso
confessional, tema que foi objeto de votação apertada no Supremo Tribunal
Federal.
Esse
debate, segundo o ministro, chama atenção para a necessidade da participação da
Igreja no debate público, sobretudo quando se trata de fé e moral. “A igreja Católica
se posiciona à altura dos debates e usa de argumentos satisfatórios à linguagem
dos não crentes”, destacou, pontuando ainda que os debates atuais são
caracterizados “por uma notável falta de embasamento filosófico nas questões
cruciais que deliberam sobre a lei” e argumentação deficitária de princípios da
dignidade humana.
“O problema do Estado laicista é que ele
quer se passar por Estado laico, quando apenas tolera as religiões, com
inimizade velada”, alertou.
Gandra
partilhou três princípios presentes na ideia de Estado Laico: separação entre
igreja e Estado, liberdade religiosa e cooperação entre Igreja e Estado. Para
ele, o Acordo Brasil Santa Sé permite uma regulamentação que salvaguarde ambas
as partes nos seus papéis e na proteção dos direitos das pessoas nos espaços
comuns em que interagem a Igreja e o Estado, inclusive outras religiões que
igualmente se beneficiam dos termos do Acordo.
Por
Luiz Lopes Jr. com Willian Andrade Ximenes - Fotos: Paulo Augusto Cruz/CNBB
Fonte:
CNBB
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Encontro
Regional reúne Pastoral Vocacional e Serviço de Animação Vocacional em Gravataí
Nos
dias 17 e 18 de setembro, no seminário São José, em Gravataí, foi realizada a
segunda reunião anual da Pastoral Vocacional e Serviço de Animação Vocacional
do Regional Sul 3. O encontro contou com a presença de dez arqui/dioceses,
representadas por alguns membros das equipes vocacionais arqui/diocesanas e
coordenadoras das comissões da Vida Religiosa Consagrada e dos Institutos
Seculares.
Para
estes dois dias, a equipe de coordenação propôs a metodologia da “Conversação
no Espírito”, criada por Santo Inacio de Loyola e utilizada pelo Papa
Francisco, especialmente neste processo sinodal. A conversa no Espírito tem por
base o tripé da oração, silêncio e escuta do outro, em mesas redondas que
propiciam o diálogo e a escuta.
Durante
o encontro, o grupo elencou ações para serem realizadas em 2025 nas
arqui/dioceses e províncias eclesiásticas que compõem o regional, tendo
presente o Ano Jubilar da Igreja em 2025 , “Peregrinos da Esperança”. Na
ocasião, o coordenador do SAV Regional, padre Marcio Lavratti, da Diocese de
Novo Hamburgo, apresentou as indicações da Pastoral Vocacional e Serviço de
Animação Vocacional Nacional. Para concluir o encontro, foi celebrada a Missa,
presidida por dom João Fransciso Salm, bispo de Novo Hamburgo e Referencial no
Regional da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida
Consagrada. - Fonte: CNBB Sul 3
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Medjugorje,
o "Nulla osta" do Papa
O
documento do Dicastério para a Doutrina da Fé aprovado por Francisco não se
pronuncia sobre a sobrenaturalidade, mas reconhece os abundantes frutos
espirituais ligados à paróquia-santuário da Rainha da Paz e formula um juízo
geral positivo sobre as mensagens, embora com alguns esclarecimentos.
Vatican
News
“É chegado o momento de concluir uma longa e complexa
história em torno aos fenômenos espirituais de Medjugorje. Trata-se de uma
história em que se sucederam opiniões divergentes de Bispos, teólogos,
comissões e analistas”. Estas são as palavras iniciais de “A Rainha da Paz”,
uma nota sobre a experiência espiritual ligada a Medjugorje, assinada pelo
cardeal Víctor Manuel Fernández e por monsenhor Armando Matteo, respectivamente
prefeito e secretário da seção doutrinal do Dicastério para a Doutrina da Fé.
Um texto aprovado pelo Papa Francisco em 28 de agosto, que reconhece a bondade
dos frutos espirituais ligados à experiência de Medjugorje, autorizando os
fiéis a aderir a ela - de acordo com as novas Normas para o discernimento
desses fenômenos - uma vez que “foram verificados muitos frutos positivos e não
se difundiram no Povo de Deus efeitos negativos ou arriscados”. Em geral, o
juízo das mensagens também é positivo, embora com alguns esclarecimentos sobre
algumas expressões. Também é enfatizado que “as conclusões desta Nota não
implicam um juízo acerca da vida moral dos presumidos videntes” e que, em todo
caso, os dons espirituais “não exigem necessariamente a perfeição moral das
pessoas envolvidas para poder agir”.
Frutos positivos
Os
lugares ligados ao fenômeno de Medjugorje são visitados por peregrinos do mundo
inteiro. “Os frutos positivos revelam-se sobretudo na promoção de uma sadia
prática da vida de fé”, de acordo com a tradição da Igreja. Há “abundantes
conversões” de pessoas que descobriram ou redescobriram a fé; o retorno à
confissão e à comunhão sacramental, numerosas vocações, “muitas reconciliações
entre cônjuges e a renovação da vida matrimonial e familiar”. “É preciso
mencionar - afirma a Nota - que tais experiências acontecem
sobretudo no contexto das peregrinações aos lugares dos eventos originários,
mais do que durante os encontros com os ’videntes' para presenciar as
presumidas aparições”. Relatam-se também “numerosíssimas curas”. A paróquia da
pequena localidade da Herzegovina é um lugar de adoração, oração, seminários,
retiros espirituais, encontros de jovens e “parece que as pessoas vão a
Medjugorje sobretudo para renovar a própria fé e não por causa de pedidos
específicos”. Surgiram também obras de caridade que se ocupam de órfãos,
dependentes químicos, deficientes e também há grupos de cristãos ortodoxos e de
muçulmanos.
A mensagem da paz
A Nota do
Dicastério prossegue examinando os aspectos centrais das mensagens, começando
pelo da paz entendida não só como ausência de guerra, mas também em um sentido
espiritual, familiar e social: o título mais original que Nossa Senhora atribui
a si mesma é de fato “Rainha da Paz”. “Eu me apresentei aqui como Rainha da Paz
para dizer a todos que a paz é necessária para a salvação do mundo. Somente em
Deus se encontra a verdadeira alegria da qual deriva a verdadeira paz. Por
isso, peço a conversão” (16.06.1983). É uma paz que é fruto da caridade vivida,
que “implica também o amor por aqueles que não são católicos”. Um aspecto que
se entende melhor “no contexto ecumênico e inter-religioso da Bósnia-Herzegovina,
marcado por uma terrível guerra com fortes componentes religiosos”.
Deus no centro
O convite
ao abandono confiante em Deus, que é amor, surge com frequência: “Podemos
reconhecer um núcleo de mensagens nas quais Nossa Senhora não se põe a si mesma
no centro, mas se mostra plenamente orientada para a nossa união com Deus”.
Além disso, “a intercessão e a obra de Maria aparecem claramente submissas a
Jesus Cristo, como autor da graça e da salvação em cada pessoa”. Maria
intercede, mas é Cristo quem “nos dá a força, portanto, toda a sua obra materna
consiste em motivar-nos a ir para Cristo”: “Ele vos dará força e a alegria
neste tempo. Eu estou próxima de vós com a minha intercessão” (25.11.1993).
Mais ainda, muitas mensagens convidam a reconhecer a importância de pedir a
ajuda do Espírito Santo: “As pessoas erram quando se dirigem unicamente aos
santos para pedir alguma coisa. O importante é rezar ao Espírito Santo para que
desça sobre vós. Tendo-o, tem-se tudo” (21.10.1983).
Chamado à conversão
Nas
mensagens aparece “um constante convite a abandonar um estilo de vida mundano e
um excessivo apego aos bens terrenos, com frequentes convites à conversão, que
torna possível a verdadeira paz no mundo”. A conversão parece ser o centro da
mensagem de Medjugorje. Há também uma “insistente exortação a não subestimar a
gravidade do mal e do pecado e a tomar muito a sério o chamado de Deus para
lutar contra o mal e contra a influência de Satanás”, indicado como origem do
ódio, da violência e da divisão. Também são fundamentais o papel da oração e do
jejum, bem como a centralidade da Missa, a importância da comunhão fraterna e a
busca do significado último da existência na vida eterna.
Esclarecimentos necessários
A segunda
parte do documento destaca como “algumas poucas” mensagens se afastam do
conteúdo listado até agora. E, portanto, “para evitar que este tesouro de
Medjugorje seja comprometido, é necessário esclarecer algumas possíveis
confusões que podem conduzir grupos minoritários a distorcer a preciosa
proposta desta experiência espiritual”. Se algumas mensagens forem lidas
parcialmente, elas podem parecer “conexas a experiências humanas confusas, a
expressões imprecisas do ponto de vista teológico ou a interesses não
totalmente legítimos”, embora algum erro possa não ser “devido à má intenção,
mas à percepção subjetiva do fenômeno”. Em alguns casos, “Nossa Senhora parece
mostrar certa irritação porque não foram seguidas algumas de suas indicações;
adverte assim sobre sinais ameaçadores e sobre a possibilidade de não aparecer
mais”. Mas, na realidade, outras mensagens oferecem uma interpretação correta:
“Aqueles que fazem predições catastróficas são falsos profetas. Eles dizem: 'Em
tal ano, em tal dia, acontecerá uma catástrofe'. Eu sempre disse que o castigo
virá se o mundo não se converter. Por isso, convido todos à conversão”
(15.12.1983).
Insistência nas mensagens
Depois,
há mensagens para a paróquia nas quais Nossa Senhora parece desejar ter um
controle sobre detalhes do caminho espiritual e pastoral, “dando assim a
impressão de querer substituir-se aos organismos ordinários de participação”.
Em outros momentos, insiste sobre a escuta e aceitação das mensagens, uma
insistência provavelmente provinda “do amor e do generoso fervor dos presumidos
videntes, que com boa vontade temiam que os chamados da Mãe à conversão e à paz
fossem ignorados”. Esta insistência se torna ainda mais problemática quando as
mensagens “se referem a pedidos de improvável origem sobrenatural, como quando
Nossa Senhora dá ordens sobre datas, lugares, aspectos práticos e toma decisões
sobre questões ordinárias”. Na verdade, é a própria Nossa Senhora que convida a
relativizar as próprias mensagens, submetendo-as ao valor inigualável da
Palavra revelada nas Sagradas Escrituras: “Não busqueis coisas extraordinárias,
mas antes tomai o Evangelho, lede-o e tudo vos será claro” (12.11.1982); “Por
que fazeis tantas perguntas? Toda resposta está no Evangelho” (19.09.1981).
“Não acrediteis nas vozes mentirosas que vos falam de coisas falsas, de uma
falsa luz. Vós, filhos meus, tornai à Escritura!” (02.02.2018).
Resumo do Evangelho
A Nota
indica como problemáticas aquelas mensagens que atribuem a Nossa Senhora as
expressões “o meu plano”, “o meu projeto”, expressões que “poderiam confundir.
Na verdade, tudo quanto Maria realiza é sempre a serviço do projeto do Senhor e
do seu plano divino de salvação”. Assim como não se deve erroneamente “atribuir
a Maria um lugar que é único e exclusivo do Filho de Deus feito homem”. Por sua
vez, o Dicastério para a Doutrina da Fé sublinha uma mensagem que pode ser
considerada como uma síntese da proposta do Evangelho através de Medjugorje:
“Desejo aproximar-vos sempre mais a Jesus e ao seu Coração ferido”
(25.11.1991).
Culto público autorizado
“Ainda
que isto não implique uma declaração do caráter sobrenatural” e recordando que
os fiéis não são obrigados a crer nele, o nihil obstat -
emitido pelo bispo de Mostar-Duvno em acordo com a Santa Sé - indica que eles
“podem receber um estímulo positivo para sua vida cristã através desta proposta
espiritual e autoriza o culto público”. A Nota também especifica que “a
avaliação positiva da maior parte das mensagens de Medjugorje como textos
edificantes não implica declarar que tenham uma direta origem sobrenatural”. E mesmo
se possam subsistir - como é sabido - pareceres diversos “sobre a autenticidade
de alguns fatos ou sobre alguns aspectos desta experiência espiritual, as
autoridades eclesiásticas dos lugares onde ela esteja presente são convidadas a
apreciar o valor pastoral e a promover a difusão desta proposta espiritual”.
Permanece inalterado o poder de cada Bispo diocesano de tomar decisões
prudenciais no caso de haver pessoas ou grupos que “utilizando inadequadamente
este fenômeno espiritual, atuem de modo errado”. Por fim, o Dicastério convida
aqueles que vão a Medjugorje “a aceitar que as peregrinações não são feitas
para encontrar-se com os presumidos videntes, mas para ter um encontro com
Maria, Rainha da Paz”. Fonte:
Vatican News
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Papa
pede "renovada primavera" a capitulares recebidos em audiência
Religiosos
e religiosas da Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria e das Irmãs
do Divino Salvador foram recebidos em audiência conjunta por Francisco no
Vaticano na manhã deste 19 de setembro.
Vatican
News
Uma
renovada primavera! Estes são os votos do Papa aos religiosos e religiosas que
participam dos Capítulos Gerais da Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e
Maria e das Irmãs do Divino Salvador, recebidos esta manhã em audiência no
Vaticano.
Antes de
seu discurso, Francisco perguntou aos superiores acerca das vocações, ouvindo
como resposta uma variedade de países. Em sua saudação, recordou que a
realização de um Capítulo não responde a uma lógica humana ou a uma necessidade
institucional, mas a uma exigência do seguimento de Cristo. “Sempre implica
este seguimento, escutar atentamente aquilo que o Espírito Santo vai sugerindo
para viver com fidelidade a identidade e a missão próprias da Congregação.”
Assim
como os discípulos, os capitulares são chamados a dar escuta à voz de Jesus, a
aprofundar a contemplação e a ser capazes de viver e anunciar o amor de Deus
encarnado Nele, de modo especial através do serviço a favor dos mais
necessitados e também através da oração eucarística e reparadora.
Somente
seguindo Cristo com fidelidade e docilidade, a Congregação poderá gozar de uma
“renovada primavera”, que fará resplandecer o carisma no momento atual da
história da humanidade. “Que os sagrados Corações de Jesus e Maria os
impulsione a encontrar formas sempre novas de testemunho diante dos irmãos e de
colaboração com a obra de Deus que se realiza na Igreja”, foram os votos do
Pontífice.
Já às
Irmãs do Divino Salvador, o Papa fez votos de que saibam caminhar juntas, como
o próprio tema do Capítulo sugere. O Pontífice alerta para o perigo das fofocas
e a importância da escuta, indicando como modelo Maria, que por sua vez sempre
apontou para Jesus.
A
exortação final de Francisco é para que os capitulares coloquem em prática uma
atenta escuta da vontade de Deus, para dar passos decisivos na sequela de
Cristo, que não consiste somente em incorporar uma doutrina, mas em fazer
próprio um estilo de vida. O Papa concluiu manifestando sua proximidade e
oração neste momento de discernimento.
Fonte:
Vatican News
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O
Papa: trabalhar para que todos os cristãos celebrem a Páscoa no mesmo dia
Em 2025,
o aniversário da Ressurreição coincidirá para católicos e ortodoxos, que seguem
os calendários gregoriano e juliano, respectivamente. Recordaremos também os
1700 anos do Concílio Ecumênico de Nicéia, durante o qual foi promulgado o
Símbolo da Fé e abordado o tema da data da Páscoa. "Que a celebração comum
do Dia da Ressurreição não seja mais uma exceção, mas se torne uma normalidade",
é o convite de Francisco ao Grupo "Páscoa Together 2025", recebido em
audiência.
Mariangela
Jaguraba – Vatican News
O Papa
Francisco recebeu em audiência, no Vaticano, nesta quinta-feira (19/09), uma
delegação do Grupo "Páscoa Together 2025" (Páscoa Juntos 2025) que
reúne realidades e comunidades de diferentes confissões cristãs com o objetivo
de convidar as Igrejas a celebrar a Páscoa numa data comum.
Em 2025, celebração da Páscoa será comum a
todos os cristãos
No ano de
2025, "que para a Igreja Católica será um jubileu ordinário, a
celebração da Páscoa, devido à coincidência dos calendários, será comum a todos
os cristãos. É um sinal importante, ao qual se acrescenta o
aniversário dos 1700 anos da celebração do primeiro Concílio Ecumênico, o de
Nicéia, que, além de promulgar o Símbolo da Fé, também tratou da questão da
data da Páscoa, devido às diferentes tradições existentes na época",
escreve o Papa no texto entregue aos membros do Grupo "Páscoa Together
2025". Portanto, em 2025, o aniversário da Ressurreição coincidirá para
católicos e ortodoxos que seguem os calendários gregoriano e juliano,
respectivamente.
Perseverar na busca de uma comunhão possível
O Grupo
"Páscoa Together 2025" está envolvido em diferentes campos, como por
exemplo, o da política e da preparação do próximo Segundo Milênio da Redenção -
em 2033 - e em outras iniciativas semelhantes". Em todos esses campos, os
membros do grupo buscam projetos comuns. "Eu os parabenizo e os incentivo
a continuar, especialmente porque isso expressa o desejo de não deixar passar
em vão a importante oportunidade que 2025 nos oferece", escreve Francisco
no texto.
O Papa
recorda que em mais de uma ocasião lhe foi pedido para buscar uma solução
"de modo que a celebração comum do Dia da Ressurreição não seja mais uma
exceção, mas se torne uma normalidade".
"Encorajo,
portanto, aqueles que estão comprometidos neste caminho a perseverar e a fazer
todos os esforços na busca de uma comunhão possível, evitando tudo o que possa
levar a mais divisões entre os irmãos", ressalta Francisco.
A Páscoa é de Cristo
O Papa
lembra ainda que "a Páscoa não acontece por nossa iniciativa ou devido a
um ou outro calendário: o acontecimento pascal ocorreu porque «Deus amou de tal
forma o mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo o que nele crê não
morra, mas tenha a vida eterna»".
Francisco
convida a não nos esquecer da primazia de Deus e a não nos fechar "em
nossos esquemas, em nossos projetos, em nossos calendários, em “nossa”
Páscoa". "A Páscoa é de Cristo! Nos faz bem pedir a graça de sermos
cada vez mais seus discípulos, deixando que seja Ele a nos indicar o caminho a
seguir e aceitando humildemente o convite, feito um dia a Pedro, de seguir os
seus passos, e não pensar segundo os homens, mas segundo Deus", escreve o
Pontífice.
Partir novamente como os Apóstolos de Jerusalém
O Papa
convida "a refletir, compartilhar e planejar juntos, mantendo Cristo
diante de nós, gratos pelo chamado que Ele nos dirigiu e desejosos de nos
tornarmos, na unidade, suas testemunhas, para que o mundo creia".
"Precisamos caminhar juntos e, para isso, precisamos partir novamente,
como os Apóstolos, de Jerusalém, lugar de onde o próprio anúncio da
Ressurreição se espalhou pelo mundo", sublinha. Francisco exorta a voltar
lá "para pedir ao Príncipe da Paz para que nos dê hoje a sua paz".
Fonte:
Vatican News
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Papa
Francisco: do plantio da uva pode iniciar um caminho à conversão ecológica
A
agricultura é um dos elementos essenciais do projeto "Borgo Laudato
si'", em Castel Gandolfo, a cerca de 25km de Roma. A iniciativa, que conta
com especialistas do Centro de Alta Formação Laudato si' instituído por
Francisco, já traz resultados práticos de formação à ecologia integral: a plantação
de uva para produção de vinho com marca registrada e as relações da família
humana e criação, "por meio de um trabalho que cuida e valoriza o que nos
foi confiado pelo Criador", afirma o Papa.
Andressa
Collet - Vatican News
O Papa
Francisco demonstrou satisfação e agradeceu os colaboradores do Centro de Alta
Formação Laudato si' (CeAF-LS)
pelos primeiros frutos que estão sendo gerados com o desenvolvimento do projeto
de formação à ecologia integral intitulado "Borgo
Laudato si'". Uma
plantação de uva para a produção de vinho deve consolidar o primeiro produto do
Borgo com "marca registrada". A iniciativa está sendo realizada no sugestivo
cenário dos jardins de Villa Barberini e das Vilas Pontifícias de Castel
Gandolfo, uma área extraterritorial do Vaticano de 55 hectares, a cerca de 25
km de Roma.
A
manifestação do Pontífice veio durante uma audiência nesta quinta-feira (19/09)
ao receber no Vaticano os membros do CeAF-LS, um organismo científico,
educativo e social instituído pelo próprio Papa em fevereiro de 2023,
encarregado de oferecer uma formação integral no âmbito da economia sustentável
e de acordo com os princípios da Encíclica Laudato si', com particular atenção
aos jovens e àqueles que vivem em condições de vulnerabilidade (cf. Estatuto,
art. 1). E o Borgo foi o primeiro projeto, desenvolvido com a
ajuda de especialistas nacionais e internacionais de alto nível:
“Para tornar
visível e concreta a vontade de promover a conversão ecológica, pensei em criar
um modelo tangível de pensamento, de estrutura e de ação, que chamei de Borgo
Laudato si'. E senti que os arredores e as dependências das Villas de
Castel Gandolfo fossem o espaço certo para abrigar esse tipo de 'laboratório',
onde experimentar conteúdos formativos.“
O projeto agrícola do Borgo
O Centro
delineou as três principais direções do projeto: educação inclusiva à ecologia
integral, economia circular e generativa, e sustentabilidade ambiental. O
resultado foi então apresentado ao Papa através do Conselho Executivo:
“Trata-se
de um projeto complexo e multifacetado, que envolve vários aspectos da ecologia
integral. Um dos elementos essenciais é, sem dúvida, a agricultura, que no
Borgo Laudato si' quer se destacar por sustentabilidade e diversificação,
investindo em infraestrutura, sistemas de irrigação e desenvolvimento de
técnicas agrícolas que respeitem o ecossistema e a biodiversidade. O projeto
agrícola do Borgo inclui o desenvolvimento de um novo vinhedo para a produção
de vinho.”
A
intenção, explicou o Papa, é criar uma “marca registrada” do Borgo, unindo
"tradição e inovação". E inclusive nesse aspecto da plantação de uva
para produção de vinho, o Centro de Alta Formação contou com a consultoria
de especialistas em busca de excelência, afinal, como recordou Francisco,
"é muito importante não permanecermos 'na média', porque da média passamos
à mediocridade. Sempre buscar a excelência". E o Pontífice finalizou:
"Fiquei
particularmente satisfeito ao notar que, tanto para o cultivo quanto para a
produção agrícola - e para o vinhedo em particular -, há uma grande quantidade
de mão de obra envolvida. Isso corresponde à intenção acordada desde o início
de se comprometer pela restauração das relações boas e frutíferas entre a
família humana e a criação, por meio de um trabalho que cuida e valoriza o que
nos foi confiado pelo Criador. "
Fonte:
Vatican News
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Papa:
que os países colaborem para combater as máfias e reutilizar seus bens
Na
mensagem aos participantes na convenção sobre o tema organizada pela Pontifícia
Academia das Ciências Sociais, o Papa sublinha que o crime organizado “atenta
contra o bem comum”: “O modelo italiano é um bom exemplo de como os bens
confiscados da criminalidade podem ser utilizados para reparar os danos
causados às vítimas e à sociedade".
Tiziana
Campisi - Cidade do Vaticano
Para a
comunidade internacional, um dos desafios mais importantes é a luta contra o
crime organizado, que ameaça a segurança de todos os países e a estabilidade
econômica global, razão pela qual “os Estados, por meio de suas instituições,
devem não somente investigar” e julgar, mas “ também colaborar entre si para
identificar seus bens e recuperá-los", e isso para "impossibilitar a
continuidade" dos crimes.
É o que
escreve o Papa Francisco na mensagem aos participantes da convenção sobre a
utilização social dos bens confiscados à máfia -, que se realiza nestes dias 19
e 20 de setembro, organizada pela Pontifícia Academia das Ciências Sociais -,
sublinhando que “ face à ferida que implica para a sociedade a criminalidade
transnacional", deve haver "vontade política para enfrentar um
problema mundial com uma reação mundial", como indicou o então
secretário-geral Kofi Annan na Convenção de Palermo da ONU de 2000.
Não esquecer das vítimas
“O crime
organizado, que se apresenta como um grupo estruturado que se estabiliza ao
longo do tempo e age conjuntamente para cometer crimes” para obter benefícios
materiais ou econômicos, e que, tendo um “caráter transacional, abrange todos
os grandes tráficos”, na prática “atenta contra o bem comum", em
detrimento de "milhões de homens e mulheres que têm o direito de viver a própria
vida e criar os seus filhos com dignidade e livres da fome e do medo da
violência, da opressão ou da injustiça".
Além
disso se aproveita das pessoas socialmente marginalizadas que são
particularmente vulneráveis às suas atividades. E por isso, para o Pontífice,
“não é possível nem tolerável esquecer estas vítimas” e é somente tendo-as
presente que “se pode compreender os danos causados pelo crime organizado”,
avaliando em que modo agir em relação aos aspectos essenciais na resolução de
conflitos e encontrar soluções pacíficas.
O modelo italiano sobre a utilização dos bens
confiscados do crime
“O modelo
italiano é um bom exemplo de como os bens confiscados da criminalidade podem
ser utilizados para reparar os danos causados às vítimas e à sociedade; de
como podem servir à reconstrução do bem comum”, escreve Francisco, que também
recomenda que os bens apreendidos ao crime organizado sejam destinados “à
reparação e reconstrução do bem comum”, definido pela Constituição
conciliar Gaudium et spes como “o conjunto de condições da
vida social que permitem aos grupos e aos membros individuais alcançar a sua
própria perfeição”.
Recuperar o bem de todos
Insistindo
na imprescindibilidade de “uma abordagem integrada na luta contra a
criminalidade” e no fortalecimento da cooperação internacional, o Papa convidam
além disso, “a centrar as conversações destes dias na urgência de recuperar o
bem de todas as pessoas”, porque “todos contam” e ninguém deve ser descartado,
e para que prevaleça “o projeto comum, ao serviço da dignidade humana”.
Por fim,
Francisco encoraja os participantes do encontro a partilharem as suas
experiências e a refletirem, “sem perder de vista as vítimas e a comunidade” e
a orientarem-se para a ação “compreendendo o direito e a justiça como uma
prática que tem como objetivo a construção de um mundo melhor."
Fonte:
Vatican News
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Papa
sobre Justiça de Transição: a lei deve inspirar a defesa da dignidade
O termo
técnico da área jurídica através da experiência na América Latina foi
aprofundado em um livro apresentado nesta quinta-feira (19/09) em Tenerife.
Francisco enviou uma mensagem e, através de um fato antigo, da época do
descobrimento do continente americano, abordou a importância do "nosso
compromisso com a justiça e o direito, apesar das dificuldades".
Andressa
Collet - Vatican News
O Papa
Francisco enviou uma mensagem nesta quinta-feira (19/09) aos participantes da
apresentação do livro "Passado, presente e futuro da Justiça Transicional:
A experiência latino-americana na construção da paz mundial", reunidos em
Tenerife, a maior ilha do arquipélado das Canárias. O texto, escrito em
espanhol, foi uma resposta ao pedido de Enrique Gil Botero,
secretário-geral da Conferência de Ministros da Justiça dos Países
Ibero-Americanos, e de José Ángel Martínez Sánchez, presidente do Conselho
Geral do Notariado Espanhol.
A Justiça
de Transição, como o Pontífice fez referência na mensagem de acordo com
o Dicionário Pan-Hispânico de Espanhol Jurídico, é “conjunto de medidas
judiciais e políticas que são adotadas após uma situação de conflito ou
repressão em que ocorreram violações maciças dos direitos humanos, com o
objetivo de promover a reconciliação e a democracia; inclui ações penais,
comissões da verdade, programas de reparação e reformas institucionais”. E
Francisco complementou, ao citar Isabel de Castela, recordada pelo apoio
ao navegador Cristóvão Colombo na busca pelas Índias Ocidentais, uma missão que
o levaria a descobrir a América:
"Aprender
com o passado, revisar as experiências, muitas vezes dolorosas, nos convidam a
dar respostas coerentes e significativas aos desafios atuais e a buscar
mecanismos que consolidem o progresso no caminho da paz, da liberdade e da
justiça. Nesse sentido, e sem fazer alusão a casos atuais, gostaria de
mencionar um fato ocorrido durante as primeiras viagens de Colombo à América.
Eu me refiro à notícia que chegou a Isabel de Castela sobre a venda de
indígenas como escravos."
Uma
"situação de conflito e repressão em que houve uma violação maciça dos
direitos humanos", comentou o Papa, segundo o conceito de Justiça de
Transição, e em seguida, "o conjunto de medidas adotadas pela Coroa, que
será a semente de nossas declarações modernas de direitos humanos".
As três lições
Esse
exemplo direciona a reflexão do Papa a extrair três diferentes lições. A
primeira, que a história não volta atrás, mesmo em se tratanto de
histórias dolorosas de muitos países. "A América e a Europa foram chamadas
a se encontrar. Portanto, esses eventos, mesmo que sejam concebidos como crises
severas, devem dar frutos, e é nossa responsabilidade como seres humanos
garantir que isso aconteça", enalteceu Francisco, pois trata-se de uma
grande mudança, e os desafios devem ser enfrentados com firmeza,
"porque a unidade é superior ao conflito" (cf. Exortação
Apostólica Evangelii Gaudium, 227).
A segunda
lição é a resposta imediata. "A força da lei, representada na
Rainha Isabel", explicou o Pontífice, "impõe soluções corajosas, inovadoras
e firmes, que vão ao cerne da verdade do homem, de sua dignidade, sem
concessões; reparativas - libertando os escravos mesmo à custa de seus próprios
bolsos; e de reforma institucional - proibindo a escravidão e exigindo os
direitos fundamentais das vítimas de forma proativa e integral".
A
terceira lição, "talvez seja a mais difícil, mas não sem esperança: a
implementação efetiva e concreta de tais disposições nem sempre será fácil ou
motivada por um espírito tão elevado". Independentemente do papel de
Isabel nas relações entre os dois povos que estavam destinados a se encontrar,
"as tensões sempre existiram. Mas essa realidade também nos ensina que um
tratado, uma assinatura, uma lei, podem ser letra morta se não forem criados os
meios para garantir que, com seriedade, bom senso e paciência, não só a letra,
mas também o espírito que a anima, sejam aceitos por aqueles a quem se
dirige".
“Espero
que essa evocação do passado possa ser útil a vocês. Sejam corajosos e
determinados e confiem em Deus, como Isabel certamente os aconselharia, para
aplicar a justiça, para abrir caminhos de compreensão e fraternidade, para
criar espaços novos e integradores, para construir essa bela terra que não é
uma utopia, mas uma responsabilidade.”
Fonte:
Vatican News
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Fernández:
Medjugorje, um rio de bondade mesmo em meio a imperfeições humanas
O
prefeito da Doutrina da Fé apresenta na Sala de Imprensa Vaticana o documento
"A Rainha da Paz" sobre a experiência espiritual no vilarejo bósnio:
devoção respeitada por três Papas. O importante é o aspecto pastoral, não as
avaliações sobre a sobrenaturalidade. Para o Papa, o nihil obstat é suficiente,
não é necessário ir além. Sobre as mensagens: "As acolhemos como textos
edificantes". Não se vai em peregrinação para encontrar os videntes.
Salvatore
Cernuzio - Cidade do Vaticano
Das
mensagens a serem acolhidas "como textos edificantes" que podem
estimular uma "bela experiência espiritual", ainda que não haja "certeza
de que sejam da Virgem Maria", ao "grande respeito" mostrado
pelos últimos três Papas em relação à "devoção difundida" de
Medjugorje. Das inúmeras obras de caridade surgidas em torno dessa experiência
espiritual, das muitas conversões, confissões, frutos de bondade, aos
"problemas" causados por "imperfeições humanas" e até às
controvérsias internas (há até quem tenha chegado a definir o fenômeno como
"demoníaco").
Foi uma
intervenção longa e de amplo alcance, tocando em história, atualidade e até algumas
experiências pessoais, aquela que o cardeal Victor Manuel Fernández, prefeito
do Dicastério para a Doutrina da Fé, expôs em uma Sala de Imprensa Vaticana
lotada para a conferência de apresentação da Nota "A Rainha da Paz".
Nota cuja trajetória o cardeal argentino relembrou, enumerando luzes e sombras
de uma história que envolve a espiritualidade de milhões de fiéis e através da
qual, como disse, "Deus, em seus desígnios misteriosos, mesmo em meio às
imperfeições humanas, encontrou uma maneira de fazer fluir um rio de bondade e
beleza".
Medjugorje, o
"Nulla osta" do Papa
O documento do Dicastério para a Doutrina da Fé
aprovado por Francisco não se pronuncia sobre a sobrenaturalidade, mas
reconhece os abundantes frutos espirituais ligados à ...
Problemas e obstáculos
O
purpurado não deixou de mencionar os "problemas" importantes que
"em uma pequena porcentagem (5 ou 6 dioceses)" no mundo ocorreram e
que impedem de "falar de efeitos apenas positivos" em Medjugorje. Ele
apontou como "o ponto mais obscuro e triste" o longo
"conflito" entre os franciscanos rebeldes e os bispos e, com grande
clareza, também mencionou o caso controverso do padre Tomislav Vlasic, famoso
por ser considerado "pai espiritual" dos seis videntes e depois, em
2009, reduzido ao estado laical por vários crimes.
O olhar de três Papas
O cardeal
abordou o fenômeno de Medjugorje sob a perspectiva dos últimos três Papas: João
Paulo II que, como revelam cartas privadas, manifestou o "intenso
desejo" de visitar aquele local, Bento XVI que, como prefeito da então
Congregação para a Doutrina da Fé, em 1985, expressou um "pensamento claro"
sobre a separação da possível "sobrenaturalidade" do fenômeno de seus
frutos espirituais. Por fim, Francisco, que no voo de retorno de Fátima em
2017, ao falar sobre o "relatório muito bom" da Comissão Ruini,
afirmou que "o núcleo" é "o fato espiritual, o fato pastoral,
pessoas que vão lá e se convertem, pessoas que encontram Deus, que mudam de
vida… Não há uma varinha mágica, esse fato espiritual-pastoral não pode ser
negado".
"O
que sobressai nos Pontífices – destacou Fernández – é uma atitude de grande
respeito diante de uma devoção tão difundida no povo de Deus", que se
traduz em "uma análise do fenômeno espiritual positivo" e não
"em uma conclusão sobre a origem sobrenatural ou não do fenômeno". De
fato, o Papa Francisco, revelou o cardeal, em um recente encontro entre eles,
reiterou que é "absolutamente suficiente" o nihil obstat e que
"não há necessidade de ir além com uma declaração de
sobrenaturalidade". Ou seja, é suficiente "dizer aos fiéis: bem,
vocês podem rezar, o culto é público, podem ser feitas peregrinações e essas
mensagens podem ser lidas sem perigo".
Medjugorje e a atitude da Igreja
Comissões de Estudo e pronunciamentos dos bispos:
publicamos um amplo trecho da apresentação de monsenhor Armando Matteo,
secretário do Dicastério para a Doutrina da Fé, que ...
As mensagens da "Gospa"
Sobre as
mensagens da "Gospa", o cardeal prefeito explicou que a maioria delas
tem um "belo conteúdo" que pode "estimular" a conversão;
muitas retomam palavras mais próximas à linguagem popular; algumas, porém,
contêm "frases que não são exatamente de Santo Tomás de Aquino". No
entanto, Fernández esclareceu que, "quando há experiências espirituais de
diferentes tipos, não há um ditado", "a pessoa percebe um conteúdo e
faz o esforço de lembrá-lo e expressá-lo da melhor forma possível".
Portanto, essas mensagens não devem ser lidas como "um texto magisterial",
mas deve-se captar "o pensamento profundo" por trás de algumas
"imperfeições nas palavras".
A proposta da paz
"Nós
– acrescentou o prefeito da Doutrina da Fé – agora acolhemos essas mensagens
não como revelações privadas, porque não temos certeza de que sejam mensagens
da Virgem Maria, mas as acolhemos apenas como textos edificantes que podem
estimular uma verdadeira e bela experiência espiritual". As mensagens,
recomendou Fernández, "devem ser avaliadas em seu conjunto". Porque é
apenas na visão geral que surgem "as grandes exortações". Por
exemplo, a da paz, "a grande proposta de Medjugorje". "A
mensagem de paz implica amar até mesmo aqueles que não são católicos. E isso é
compreendido no contexto ecumênico e inter-religioso da Bósnia-Herzegovina",
dilacerada por uma guerra alimentada também por motivações religiosas.
"Olhem para a história que se repete hoje com a Ucrânia", observou o
cardeal.
Os riscos
É claro
que há "pontos fracos" nessas mensagens, começando pela
"frequência" ou insistência na necessidade de ouvi-las: "'Ouçam
minhas mensagens', 'acolham minhas mensagens'. Às vezes cansa um pouco... A
Virgem Maria fala de seus planos de salvação – 'meus planos' – que devem ser
acolhidos, como se fossem diferentes dos de Deus. Isso confunde, cria o perigo
de uma dependência excessiva das aparições e das mensagens".
Mensagens futuras
Tanto em
sua intervenção quanto nas perguntas dos jornalistas, o cardeal Fernández
também abordou a questão das futuras mensagens, "se houver": "Se
houver, deverão ser avaliadas e aprovadas para eventual publicação, e enquanto
não forem analisadas, recomenda-se que os fiéis não as considerem como textos
edificantes". É sempre necessário "prudência", com a consciência
de que Nossa Senhora "não ordena que algo seja comunicado necessariamente
ou imediatamente; não nos usa como marionetes ou instrumentos mortos, sempre
deixa espaço para nosso discernimento". Não é, portanto, uma "Virgem
carteiro", enfatizou o prefeito do ex-Santo Ofício, recordando as palavras
do Papa Francisco.
O coração de Pastor e a fé do povo
O nada obsta para Medjugorje foi possível graças ao
reconhecimento dos frutos positivos da experiência espiritual vivida naquele
lugar e à abordagem pastoral do Papa.
A devoção no povo
O chefe
do Dicastério também quis destacar a difusão mundial da devoção à Rainha da
Paz, com "tantos grupos de oração e devoção mariana", e as obras de
caridade para órfãos, dependentes químicos, alcoólatras e deficientes. "Um
fenômeno popular" que não se baseia em mensagens ou discussões sobre a
origem sobrenatural: "O que atrai é a Rainha da Paz e a presença de sua
imagem nos lugares mais diversos".
A imagem da Virgem em cada país
O próprio
Fernández confidenciou ter encontrado a imagem de Nossa Senhora até nos menores
vilarejos rurais. Até na Argentina, contou, quando, como pároco, propôs aos
fiéis de diferentes bairros construir capelinhas com uma imagem mariana,
"a primeira que me propuseram foi a da Rainha da Paz. Apenas uma freira
disse: 'Mas é autorizada?'. E o bispo respondeu: 'Mas que mal pode fazer essa
imagem?'".
Relação com os videntes "não aconselhável"
Quanto à
relação com os videntes, o cardeal explicou que "não é proibida, mas
também não aconselhável", até mesmo para eles. "O espírito de
Medjugorje não é seguir os videntes, mas rezar à Rainha da Paz". Fernández
relatou que não teve contato com eles nesse período, mas enviou uma pequena
carta "com alguns conselhos ou palavras", destinada a permanecer
confidencial.
As intervenções dos outros palestrantes
À mesa
dos palestrantes, juntamente com Fernández, estavam também monsenhor Armando
Matteo, secretário do Dicastério para a Doutrina da Fé, e o diretor editorial
dos meios de comunicação vaticanos, Andrea Tornielli. Monsenhor Matteo destacou
que a Nota de hoje é o "fruto" de um "amplo trabalho de
discernimento" iniciado em maio com a publicação das Normas sobre os
fenômenos sobrenaturais. Trabalho que envolveu decisões sobre casos na Itália,
Espanha, Índia, Holanda e em outros lugares.
Por sua
vez, Tornielli, recorrendo também a uma experiência pessoal de peregrinação,
destacou alguns "dados estatísticos interessantes", como o número de
Comunhões distribuídas na paróquia e nos locais ligados à aparição: mais de 47
milhões (47.413.740, para ser exato), de 1985 a 2024; ou o número de sacerdotes
que concelebraram em Medjugorje de dezembro de 1986 a junho de 2024: 1.060.799.
Números altos, como os dos fiéis que, todos os anos, lotam o vilarejo bósnio,
atraídos pela Adoração Eucarística, meditação e confissão, o sacramento mais
praticado em Medjugorje.
Fonte:
Vatican News
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O
coração de Pastor e a fé do povo
O nada
obsta para Medjugorje foi possível graças ao reconhecimento dos frutos
positivos da experiência espiritual vivida naquele lugar e à abordagem pastoral
do Papa.
Andrea Tornielli
A
autorização oficial para a devoção e a experiência espiritual que começou em
Medjugorje em junho de 1981, quando seis jovens contaram ter visto Nossa
Senhora, foi possível graças aos abundantes frutos positivos constatados nesta
paróquia visitada por mais de um milhão de pessoas a cada ano e no mundo
inteiro: peregrinações, conversões, retorno aos sacramentos, casamentos em
crise que são reconstruídos. São esses elementos que o Papa Francisco sempre
observou, desde que era bispo na Argentina: a piedade popular que move tantas
pessoas em direção aos santuários deve ser acompanhada, corrigida quando
necessário, mas não sufocada. Ao julgar os presumidos fenômenos sobrenaturais,
é preciso sempre prestar atenção precisamente aos frutos espirituais. Corresponde
a essa visão do Sucessor de Pedro o fato de ter dissociado, graças às novas
normas publicadas em maio passado, o juízo da Igreja da declaração mais
exigente de sobrenaturalidade. Esta última ainda pode estar presente, mas não é
mais necessário esperar por ela para autorizar culto, devoções e peregrinações,
se não houver engano ou interesses ocultos, se as mensagens forem ortodoxas e,
sobretudo, se houver muitas experiências positivas.
Graças ao
coração de pastor de Francisco, dá-se, portanto, o pronunciamento sobre uma das
aparições marianas mais conhecidas e mais contrastadas do último século. Uma
decisão que não é uma surpresa. Já em maio passado, o cardeal Fernández,
respondendo a uma pergunta sobre Medjugorje, havia dito: “Com essas normas, pensamos
que será mais fácil ir em frente e chegar a uma conclusão”. E essa não é uma
abordagem sem precedentes, como atestam as palavras usadas pelo então cardeal
Ratzinger no livro entrevista “Relatório sobre a fé”: “Um dos nossos critérios
é separar o aspecto da verdadeira ou presumida ‘sobrenaturalidade’ da aparição
daquele dos seus frutos espirituais. As peregrinações do cristianismo antigo
foram a lugares sobre os quais nosso espírito crítico como modernos às vezes
ficaria perplexo quanto à ‘verdade científica’ da tradição ligada a eles. Isso
não diminui o fato de que essas peregrinações foram frutíferas, benéficas e
importantes para a vida do povo cristão. O problema não é tanto o do
hipercriticismo moderno (que acaba, entre outras coisas, em uma forma de nova
credulidade), mas o de avaliar a vitalidade e a ortodoxia da vida religiosa que
se desenvolve em torno desses lugares”. O próprio Bento XVI, em 2010, havia
confiado a uma comissão liderada pelo cardeal Ruini o estudo do fenômeno, e o
resultado foi favorável.
A Nota
intitulada “A Rainha da Paz”, portanto, reconhece a bondade dos frutos,
apresenta um juízo geral positivo das muitas mensagens ligadas a Medjugorje que
foram difundidas ao longo dos anos, corrigindo alguns textos problemáticos e
algumas interpretações que podem ter sido afetadas pela influência subjetiva
dos videntes. No que diz respeito aos ex-jovens protagonistas do fenômeno, que
foram objeto de controvérsia e até mesmo de acusações ao longo dos anos, o
documento esclarece desde as primeiras linhas que o nada obsta não implica um
juízo sobre a vida moral deles e que, em todo caso, os dons espirituais “não
exigem necessariamente a perfeição moral das pessoas envolvidas para poder
agir”. Ao mesmo tempo, o próprio fato de o nada obsta ter sido concedido
significa que não foram detectados aspectos particularmente críticos ou
arriscados, nem mentiras, falsificações ou mitomanias.
A Nota do
Dicastério valoriza os dois núcleos centrais da mensagem de Medjugorje: o da
conversão e do retorno a Deus, e o da paz. Quando o fenômeno teve início e
Maria se apresentou como a “Rainha da Paz”, ninguém poderia imaginar que
aquelas terras seriam o cenário de confrontos sangrentos. Aquele que escreve
ficou profundamente impressionado, participando de uma peregrinação, com os
testemunhos de amigos e concidadãos dos videntes: pessoas que não estavam de
forma alguma envolvidas nas aparições ou nas mensagens, que, diante da
crueldade da guerra travada naquelas terras mesmo entre vizinhos de casa,
souberam perdoar. E graças à sua experiência de fé ligada às aparições de
Medjugorje, também se reconciliaram com aqueles que haviam sido culpados de
violência grave contra seus parentes. Isso é muito mais “milagroso” do que
muitos outros fenômenos mencionados nos locais das aparições.
No fundo,
a mensagem autêntica de Medjugorje está naquelas mensagens em que Nossa Senhora
se relativiza e nos convida a não ir atrás de falsos profetas, a não buscar com
curiosidade notícias sobre “segredos” e previsões apocalípticas, como pode ser
visto em uma mensagem de novembro de 1982: “Não busqueis coisas
extraordinárias, mas antes tomai o Evangelho, lede-o e tudo vos será claro”.
Fonte:
Vatican News
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Medjugorje
e a atitude da Igreja
Comissões
de Estudo e pronunciamentos dos bispos: publicamos um amplo trecho da
apresentação de monsenhor Armando Matteo, secretário do Dicastério para a
Doutrina da Fé, que reconstrói a cronologia dos eventos.
Armando
Matteo*
O
fenômeno das presumidas aparições de Nossa Senhora em Medjugorje diz respeito
aos eventos que começaram em 24 de junho de 1981 na paróquia de São Tiago em
Medjugorje, administrada pelos Padres Franciscanos O.F.M., da Província da
Herzegovina, na Diocese de Mostar-Duvno, na antiga Iugoslávia (hoje
Bósnia-Herzegovina).
No final
da tarde daquele dia, duas meninas, Ivanka Ivanković e Mirjana Dragičević,
foram a Podbrdo, no sopé da colina Crnica. De repente, Ivanka vê Nossa Senhora
(que não apareceu para Mirjana). As duas meninas continuam seu caminho para a
aldeia. No mesmo dia, por volta das 18 horas, seis jovens veem no mesmo lugar a
figura de Maria com uma criança em seus braços: além de Ivanka e Mirjana, estão
presentes Vicka Ivanković, Ivan Dragičević, Ivan Ivanković e Milka Pavlović.
Marija Pavlović e Jakov Čolo, que ainda estão entre os seis videntes,
juntaram-se aos outros no dia seguinte, 25 de junho.
Em 21 de
julho do mesmo ano, Sua Excelência dom Pavao Zanić, Bispo de
Mostar-Duvno, reuniu-se com os seis “videntes”, que lhe contaram sua
experiência recente. O Ordinário continua convencido de que “os jovens não
mentem”. Ele também manifestará essa convicção alguns dias depois, por ocasião
da administração da Crisma na paróquia de Medjugorje. Posteriormente, em 19 de
novembro de 1983, Sua Excelência dom Pavao Zanić enviou à então
Congregação para a Doutrina da Fé um relatório confidencial sobre a presumida
aparição de Maria, expressando suas “dúvidas muito fortes” a respeito.
Em 12 de
outubro do ano seguinte, a Conferência Episcopal Iugoslava emitiu uma
declaração sobre os presumidos eventos em Medjugorje, lembrando a competência
da autoridade eclesiástica para avaliar as aparições e proibindo peregrinações
oficiais a Medjugorje.
Em 19 de
maio de 1986, a Comissão diocesana encarregada de avaliar as presumidas
aparições em Medjugorje emitiu seu juízo: para 11 membros contra 4 Non
constat de supernaturalitate.
No mesmo
ano, o Pró-Núncio em Belgrado expressou uma opinião negativa sobre o trabalho
da Comissão diocesana. A então Congregação para a Doutrina da Fé decidiu
confiar à Conferência Episcopal Iugoslava um novo exame do caso.
No ano
seguinte, em 9 de abril, a Comissão da Conferência Episcopal Iugoslava iniciou
seu trabalho, que durou até abril de 1991. No dia 10 daquele mês, foi publicado
o relatório final da Comissão da Conferência Episcopal Iugoslava sobre o
fenômeno de Medjugorje, conhecido como a Declaração de Zadar (Zara). A qual
cito:
“Os
bispos têm acompanhado as aparições em Medjugorje desde o início através do
bispo da diocese, da comissão episcopal e da comissão da Conferência Episcopal
Iugoslava para Medjugorje. Com base na investigação realizada até agora, não é
possível afirmar que se trata de aparições e fenômenos sobrenaturais. No
entanto, os numerosos fiéis que vêm a Medjugorje de vários lugares e que são
movidos por motivos religiosos e de outra natureza precisam da atenção e do
cuidado pastoral, em primeiro lugar, do bispo da diocese e, em seguida, também
de outros bispos, de modo que uma devoção saudável à Santíssima Virgem Maria
possa ser promovida em Medjugorje e com Medjugorje em harmonia com o
ensinamento da Igreja. Para esse fim, os bispos fornecerão indicações
litúrgico-pastorais adequadas e, por meio da comissão, continuarão a acompanhar
e a lançar luz sobre os acontecimentos de Medjugorje”.
Passemos
para 1994. É em 28 de outubro daquele ano que dom Ratko Perić, o novo
Ordinário de Medjugorje, pede a João Paulo II que constitua uma Comissão para
um veredicto definitivo sobre as “aparições”. Em julho de 1995, é preanunciada
uma visita de João Paulo II a Medjugorje durante a viagem apostólica a
Sarajevo. O Papa, em algumas cartas privadas, havia de fato se expressado
positivamente sobre Medjugorje e sobre seu desejo de visitar o local. Informado
sobre isso, dom Perić pediu à então Congregação para a Doutrina da Fé
que evitasse tal visita, que de fato não ocorreu.
Em 2
de março de 1998, solicitada pelo Bispo de Saint-Denis-de-La Reunion, a
então Congregação para a Doutrina da Fé respondeu que as peregrinações privadas
a Medjugorje eram permitidas, desde que Medjugorje não fosse declarado um local
de aparições autênticas. Também foi declarado que a posição
de dom Perić sobre o juízo constat de non supernaturalitate não
é a da Congregação para a Doutrina da Fé.
Nos anos
que se seguiram, houve várias consultas entre a então Congregação para a
Doutrina da Fé e a nova Conferência Episcopal da Bósnia-Herzegovina com relação
a um novo exame de toda a documentação. A Conferência Episcopal da
Bósnia-Herzegovina, no entanto, afirma que não está em condições de realizar um
novo exame, nem o considera oportuno.
O ponto
de virada foi em 14 de janeiro de 2008, quando Bento XVI decidiu instituir uma
Comissão internacional para avaliar os presumidos fenômenos sobrenaturais de
Medjugorje. O Presidente dessa Comissão é o Cardeal Camillo Ruini. Em janeiro
de 2014, após cerca de seis anos de trabalho, a Comissão internacional emitiu
seu juízo. As conclusões da Comissão Ruini não foram tornadas públicas, e isso
ocorreu a pedido explícito da então Congregação para a Doutrina da Fé.
Esta
última, nos anos seguintes, preparou uma série de aprofundamentos de todo o
caso relacionado a Medjugorje. Foi solicitado o parecer de dois especialistas,
que chegaram a resultados muito diferentes daqueles da Comissão Ruini.
Em
dezembro de 2015, tendo recebido toda a documentação, o Papa Francisco tomou em
suas mãos toda decisão sobre Medjugorje.
Posteriormente,
em 11 de fevereiro de 2017, o Papa Francisco nomeou dom Henryk Hoser
como Enviado Especial da Santa Sé para examinar a situação
pastoral em Medjugorje, enquanto em 14 de janeiro de 2019, uma provisão do
Pontífice foi tornada pública, segundo a qual “é possível organizar
peregrinações a Medjugorje, desde que se tome cuidado para evitar que sejam
interpretadas como uma autentificação dos eventos”.
Por fim,
em 27 de dezembro de 2021, o Papa Francisco nomeou Sua
Excelência dom Aldo Cavalli como novo Visitador apostólico em
caráter especial para a Paróquia de Medjugorje, por tempo indeterminado
e ad nutum Sanctae Sedis. Dom Cavalli sucedeu o Arcebispo
polonês Henryk Hoser, que faleceu em 13 de agosto do mesmo ano.
*(secretário
do Dicastério para a Doutrina da Fé) - Fonte: Vatican News
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Jubileu
2025, Fisichella: ações concretas sobre paz e dívida
Uma
pesquisa da Deloitte apresentou os principais desafios do Ano Santo. O
pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização: "Já estamos recebendo
milhares de inscrições de peregrinações nacionais. A máquina que já estava em
movimento agora está se tornando mais dinâmica. Estamos prontos".
Alessandro
Guarasci – Vatican News
O Jubileu
também deve ser acompanhado de gestos concretos, especialmente em relação aos
mais pobres. O arcebispo Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a
Evangelização, durante o evento “Globalizar a solidariedade”, promovido pela
empresa italiana de serviços de consultoria e auditoria, Deloitte, cem dias
antes da abertura da Porta Santa, disse que nossas sociedades apresentam
“aspectos paradoxais. Por um lado, o de uma riqueza que aumenta para poucos; e
por outro, o de uma pobreza que aumenta para muitos mais”.
Muitos países abaixo da linha da pobreza
Dom
Fisichella destacou que "há países inteiros que vivem abaixo da linha da
pobreza e, portanto, não é por acaso que no documento que anuncia o Jubileu, o
Papa também faz um apelo urgente aos grandes da Terra para que pensem nas
grandes questões, em primeiro lugar a dívida". Outra questão importante é "combater
a pena de morte onde ela existe”.
Milhares de inscrições para o Jubileu de 2025
Faltando
cem dias para a abertura da Porta Santa do Jubileu de 2025, o pró-prefeito do
Dicastério vaticano garantiu que tudo está ocorrendo como planejado. "Já
estamos recebendo milhares de registros de peregrinações nacionais. A máquina
que já estava em movimento agora se torna mais dinâmica. Estamos prontos”,
disse dom Fisichella. Com relação às estimativas de chegadas, que poderiam ser
de 32 milhões, o prelado informou que se trata de “projeções”, no entanto,
acrescentou: "O que posso dizer é que nas dioceses de todo o mundo vejo
muito interesse e um grande sentimento de querer participar do Jubileu".
Canteiros de obras dentro do prazo
Sobre o
estado dos canteiros de obras para o Jubileu de 2025, o prefeito de Roma,
Roberto Gualtieri, fez um balanço durante o evento da Deloitte: "Estamos
dentro do prazo. Algumas obras devem ser concluídas até dezembro e outras até
março, outras até o verão no caso de Tor Vergata. Elas têm cronogramas
diferentes e também há obras “com” o Jubileu e não “para” o Jubileu, planejadas
após o Ano Santo. Há obras para o Jubileu que não podem ser adiadas, enquanto
outras não devem ser concluídas para a abertura da Porta Santa". Sobre o
canteiro de obras da Piazza Pia, o primeiro cidadão de Roma disse que
concluí-lo "em menos de dois anos é um recorde, algo que nunca aconteceu
na Itália".
O Jubileu é uma ocasião para resolver disparidades
Durante a
conferência da Deloitte foi apresentado o estudo “Globalizar a solidariedade”.
O estudo revelou que o custo anual da inação em relação às principais questões
socioeconômicas da atualidade chega a cerca de 66 trilhões de dólares, ou seja,
63% do PIB global. As mudanças climáticas, o envelhecimento da população e a
polarização da riqueza correm o risco de produzir enormes desequilíbrios que
têm repercussões em milhões de pessoas. As sondagens de opinião realizadas na
Itália, França, Alemanha, Espanha, Grã-Bretanha e EUA mostram que hoje cerca de
8 a cada 10 pessoas (91% no caso da Itália) pensam que a nossa época seja
marcada por uma maior complexidade do que no passado. Em comparação com os
desafios do nosso tempo, menos de uma a cada duas pessoas acredita que está
sendo feito todo o possível no âmbito internacional para os resolver. - Fonte: Vatican
News
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Livro
"Amizade", do cardeal Tolentino, é o vencedor do Prêmio Giordano
O livro
“Amizade”, do cardeal Tolentino, prefeito do Dicastério para a Cultura e a
Educação, é o vencedor da 12ª edição do prêmio que leva o nome do arcebispo de
Nápoles. O segundo lugar ficou com o livro “Mataram também as crianças”, de Pe.
Paweł Rytel-Andrianik, responsável pela seção polonesa da Rádio Vaticano, e
Manuela Tulli, correspondente vaticana da ANSA. Terceiro lugar para “João XXIII
e Paulo VI” de Marco Roncalli.
Vatican
News
Será o arcebispo de Nápoles, dom Domenico
Battaglia, presidente do Prêmio cardeal Michele Giordano, quem premiará os
vencedores da 12ª edição do reconhecimento intitulado ao purpurado lucaniano,
por dezenove anos à frente da arquidiocese napolitana. A cerimônia terá lugar
no sábado, 21 de setembro de 2024, às 16h00, em Nápoles, na Basílica da Incoronata
Madre del Buon Consiglio (via Capodimonte, 13).
Também estarão presentes no evento o cardeal
Crescenzio Sepe, arcebispo emérito de Nápoles, e o arcebispo Piero Marini,
presidente emérito do Pontifício Comitê para os Congressos Eucarísticos
Internacionais. O reconhecimento conta com o patrocínio da Arquidiocese de
Nápoles e da Ordem dos Jornalistas da Campânia.
Os vencedores
Amicizia (Piemme), do cardeal José Tolentino de
Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação da Santa Sé, é o
livro vencedor da 12ª edição do Prêmio cardeal Michele Giordano. O segundo
lugar ficou com o volume Uccisero anche i bambini (Ares)
de Pe. Paweł Rytel-Andrianik, responsável pela redação polonesa da Rádio
Vaticano – Vaticano News, e Manuela Tulli, correspondente vaticana da ANSA.
Terceiro lugar para o texto João XXIII e
Paulo VI (Morcelliana) do historiador Marco Roncalli. Prêmio especial
ao volume Teologia na relação (Città Nuova) de padre
Alessandro Gargiulo, professor de teologia trinitária na Pontifícia Faculdade
Teológica do Sul da Itália, Seção San Tommaso, pároco de Maria SS. do
Buon Rimedio do distrito de Scampia e decano do VIII decanato da
Arquidiocese de Nápoles.
Menções especiais
Menções especiais os livros Comunicare l'invisibile (New
Media, de Ciro Biondi, responsável pelo departamento de comunicação da Caritas diocesana
de Pozzuoli, e O Papa da coragem e da fé (Ancora), de Mimmo
Muolo, correspondente do Vaticano e vice-chefe da Equipe editorial romana
de Avvenire, o jornal dos bispos italianos. - Fonte: Vatican
News
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Setembro,
mês sagrado dos mártires coreanos
"«Quem
nos separará do amor de Cristo?» (Rm 8, 35). Com estas palavras, São Paulo
fala-nos da glória da nossa fé em Jesus: Cristo não só ressuscitou dentre os
mortos e subiu ao céu, mas uniu-nos a Si mesmo, tornando-nos participantes da
sua vida eterna. Cristo é vitorioso e a sua vitória é nossa! Hoje celebramos
esta vitória em Paulo Yun Ji-chung e nos seus 123 companheiros", disse o
Papa em Seul em agosto de 2014, ao beatificar 124 mártires coreanos
“Deus
escolheu o seu povo nesta terra para que acolha o Evangelho e floresça na fé.
Abandonemo-nos à intercessão dos beatos mártires, para que possamos viver
sempre segundo o Evangelho”.
Foi o que
expressou o cardeal Andrew Yeom Soo-jung na Missa em comemoração ao 10º
aniversário da beatificação de “Paul Yun Ji-chung e seus 123 companheiros
mártires”, celebrada na Coreia do Sul em 2014, durante a Eucaristia presidida
pelo Papa Francisco, no âmbito de sua Viagem Apostólica ao país asiático.
Dez anos
depois daquele histórico acontecimento histórico - e 40 anos depois da primeira
beatificação dos mártires coreanos em 1984 - a comunidade católica coreana
promove a "Oração pelos 124 Beatos mártires coreanos", na qual seus
nomes são enumerados um a um.
O cardeal
Yeom quis recordar a homilia do Papa Francisco na Missa de beatificação
celebrada há dez anos, na qual o Pontífice afirmou, com as palavras de São
Paulo: “O que pode nos separar do amor de Cristo?”, recordando “a vitória do
mártires, isto é, a força do amor de Deus”.
“No
décimo aniversário da sua beatificação – disse o cardeal – rezamos mais uma vez
pela fé dos nossos antepassados. Pensemos em quão poderosa e bela é a verdade
do Evangelho que vivemos, e reflitamos sobre o significado da fé na
Ressurreição de Cristo que nossos mártires demonstraram, superando a
perseguição e vencendo a morte”.
A
oportunidade é vivida, de modo especial, durante o “Mês Sagrado dos Mártires”,
setembro, “momento de olhar para a dedicação dos mártires, que são as raízes da
Igreja coreana”, e para atualizá-las no presente.
O “Mês
Santo dos Mártires” é celebrado em todas as comunidades católicas coreanas,
oportunidade em que a Igreja recorda aqueles que deram a vida pela fé, honra os
mártires e incentiva a devoção dos fiéis, promovendo peregrinações, vigílias de
oração, encontros de catequese e aprofundamento, iniciativas culturais.
A
abertura do mês foi marcada pela Celebração Eucarística na Catedral de
Myeongdong, em Seul, no dia 1º de setembro, presidida pelo cardeal Yeom,
enquanto o encerramento está previsto para 29 de setembro, no Santuário do
Martírio de Seosomun, e será presidido pelo bispo Koo Yobi, presidente do
Comitê de Honra dos Mártires. No meio do mês celebra-se a festa de Santo André
Kim Taegon (1821-1846), primeiro sacerdote e mártir da Coreia, cuja memória é celebrada
no dia 20 de setembro.
Entre as
diversas iniciativas organizadas em âmbito pastoral, no dia 28 de setembro a
Arquidiocese de Daegu realizará uma peregrinação a pé ao Santuário localizado
em Sannae-myeon. No dia seguinte, 29 de setembro, a Comissão Juvenil organiza
uma peregrinação especial dedicada às crianças e jovens, intitulada “Seguir os
passos de padre Kim Dae-geon”, na qual os jovens poderão conhecer a figura de
Santo André e "se tornarem seus amigos".
Celebrações
e Missas em memória dos mártires são organizadas nas diferentes dioceses, cada
uma das quais tem um lugar especial, um santuário ou uma igreja erguida ou
dedicada aos mártires. No Santuário de Hwahyeon foi organizada a Eucaristia
durante a qual foi realizada uma obra sagrada descrevendo a vida e a fé da
Beata Mary Lee Seong-rye, mãe de Thomas Choi Yang-eop (1821–1861) um sacerdote
católico coreano martirizado, hoje venerável, que também tem pais mártires: seu
pai foi canonizado em 1984 e sua mãe foi beatificada em 2014.
No dia 21
de setembro, em uma peregrinação a pé, os fiéis partirão do vilarejo de Seoji
às 6 horas e caminharão cerca de 26 km até Gamyeong, meditando na fé dos santos
mártires. No mesmo dia, na província de Gangwon, os fiéis reúnem-se para rezar
o Terço pela beatificação do Venerável Padre Thomas Choi Yang-eop.
Na
Diocese de Incheon uma cerimônia comemorativa começa com uma peregrinação ao
túmulo do Servo de Deus Peter Lee Seung-Hoon (1756-1801), príncipe da dinastia
Joseon, batizado e martirizado, enquanto na Diocese de Uijeongbu uma
"Missa de ação de graças" é celebrada no Santuário dos Mártires de
Angju, acompanhada por um evento musical, o "Concurso de hinos e cânticos
em honra dos mártires".
No dia 22
de setembro, a Diocese de Andong celebrará uma Missa de mártires para comemorar
a festa de Santo André Kim Dae-geon, São Paulo Jeong Ha-sang e seus
companheiros mártires, enquanto na Diocese insular de Jeju, um "Concurso
Comemorativ" recorda o primeiro mártir da ilha de Jeju, Peter Felix Kim
Gi-ryang.
Do número
total de mártires coreanos, calculado em cerca de dez mil, está documentado o
martírio de 103 fiéis, o primeiro dos quais é Andrea Kim Taegon. Nascido em
1821 em uma família de cristãos convertidos, Andrea Kim foi batizado aos 15
anos. Estudou num seminário em Macau e foi ordenado em 1845, tornando-se o
primeiro sacerdote católico coreano.
Ele foi
preso e perseguido por seus esforços de evangelização durante o governo da
Dinastia Joseon e executado por decapitação em 16 de setembro de 1846, aos 25
anos de idade.
O Papa
João Paulo II canonizou 103 mártires coreanos, incluindo Andrew Kim Taegon,
durante a sua visita à Coreia do Sul em 1984. Trinta anos depois, durante a sua
visita à Coreia em 2014, o Papa Francisco beatificou outros 124 mártires
coreanos. *Agência Fides - Fonte: Vatican News
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Incêndios: «Esta
é a hora de todos vermos melhor o que estamos a fazer para deixar este interior
do país abandonado » – D. António Couto
Bispo
de Lamego deixa mensagem de agradecimentos aos «soldados da paz»
O bispo de Lamego publicou uma mensagem sobre
os incêndios que afetam a região e o país, com o título ‘Não podemos ficar
quietos, tranquilos e calados’, alertando para o abandono do interior do país.
“Esta
pode ser a hora, esta é a hora de todos vermos melhor o que estamos a fazer
para deixar este interior do país abandonado. Esta é a hora, esta pode ser a
hora de todos prestarmos a devida atenção a este belo chão que Deus nos deu.
Esta tem de ser a hora de usar a razão e o coração”, escreve D. António Couto,
num texto enviado hoje à Agência ECCLESIA.
“Assim
Deus nos ajude. Ele faz sempre bem a sua parte. Nós é que não”, acrescenta.
O
bispo de Lamego dirige-se aos “irmãos de todo o centro-norte” do país, também
da Diocese, sobretudo da linha do Paiva, Castro Daire, Alvarenga, Oliveira do
Douro, Freigil, que “continuam a sofrer desamparados”.
“A
minha comunhão de irmão, a minha oração, a minha solidariedade e entreajuda. E
assim também de todas as comunidades”, escreve.
D.
António Couto deixa um “grito de esperança”, perante o cenário que se vive.
“Eu
também já estive no meio de fumos e fogos cruzados sem saber bem o que fazer.
Fez Deus por mim e comigo. Sei-o bem”, indica.
“Neste
momento triste e adolorado, não posso deixar de deixar no ar um grito que se
oiça em todo o lado, mas sobretudo pelos meus irmãos investidos em autoridade
no meu país, no seu todo, e em cada uma das suas parcelas. E pergunto: 1) não
somos nós a humanidade por Deus criada? 2) O que é feito da liberdade e
responsabilidade que nos deu? 3) Não partilhou Deus connosco o seu poder
omnipotente, a sua ciência omnisciente, a sua presença omnipresente, a sua vida
vivente? 4) Então, o que temos feito da parte que nos toca? 5) E o que vamos
fazer?
“Quando
vemos arder pessoas, casas, animais, campos, árvores, montes, tudo varrido num
infindável instante pelo fogo, pelo fumo, pelo vento, claro que não podemos
ficar quietos, tranquilos e calados”, escreve D. António Couto.
“Quando
ouvimos os gritos angustiados de tantos de nós que veem os seus bens
arrebatados pelas chamas e o futuro ali à sua frente trucidado, não podemos
apagar a dor que nos sufoca e continuar a dormir um sono sossegado”, acrescenta
o responsável católico.
“Quando
vemos exaustos os bombeiros cujos braços são iguais aos meus, e que continuam a
travar uma luta desigual com mil fogos desregrados, louvemo-los, mas sobretudo
ajudemo-los e imitemo-los. Obrigado, soldados da paz”.
Nove
incêndios rurais mantinham-se ativos às 06h40 de hoje, disse à Lusa fonte da
Proteção Civil.
O
comandante Pedro Araújo, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil
(ANEPC), adiantou que as operações de combate na generalidade das ocorrências
que estavam em curso evoluíram durante a noite favoravelmente, sem registo de
vítimas ou casas ardidas.
O
Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos
incêndios nos últimos dias e decretou um dia de luto nacional para sexta-feira
pelas vítimas dos incêndios.
Segundo
a ANEPC, foram registadas cinco mortes, 10 feridos graves, 49 feridos ligeiros
e 59 vítimas assistidas no teatro de operações; duas pessoas morreram de doença
súbita.
Fonte:
Agência Ecclesia
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Livro reúne
conversas do Papa Francisco com os jesuítas de todo o mundo
A
obra intitulada ‘Sejam ternos, sejam corajosos’ foi editada pelo Padre Antonio
Spadaro SJ, subsecretário do Dicastério para a Cultura e a Educação, que
acompanhou o pontífice em suas viagens.
Na
última terça-feira, 17 de setembro, foi realizado o lançamento de um livro
intitulado ‘Sejam ternos, sejam corajosos’. A obra reúne 18 conversas do Papa
Francisco com os jesuítas em encontros realizados durante suas Viagens
Apostólicas.
Padre
Spadaro acompanhou o Santo Padre em suas viagens
A
publicação foi editada pelo Padre Antonio Spadaro SJ, subsecretário do
Dicastério para a Cultura e a Educação, e publicada em uma parceria entre a
Garzanti e a Livraria Editora Vaticana (LEV). O sacerdote acompanhou Francisco
em suas viagens, testemunhando diversos momentos de partilha e familiaridade.
O
título do livro recorda as palavras que o Papa Francisco dirigiu a um grupo de
irmãos de vocação que encontrou na República Democrática do Congo em fevereiro
de 2022. Na ocasião, o Pontífice deixou uma mensagem de amor, sendo ainda uma
declaração de comprometimento.
Dezoito
conversas entre Francisco e os jesuítas de diversos países
Muitas
vezes, durante este diálogo privado com os membros da Companhia de Jesus ao
longo de Viagens Apostólicas pelo mundo, o Santo Padre conseguiu expressar o
significado mais profundo da sua missão. Até o momento, já foram realizadas
dezoito conversas entre Francisco e os jesuítas de diversos países.
Estes
diálogos comunicam e reavivam os valores fundadores do pontificado de
Francisco: da graça à consolação, da liberdade à esperança, até à
disponibilidade de abrir-se sem medo à renovação – na Fé, bem como no direito e
na moral – e acima de tudo demonstrar a proximidade e a compaixão em relação
aos outros, que são a marca do “estilo de Deus”. (EPC)
Fonte:
Gaudium Press
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As razões pelas
quais o papa Francisco decidiu não reconhecer a “sobrenaturalidade” de
Medjugorje
Por
Almudena Martínez-Bordiú
O
prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé da Santa Sé (DDF), cardeal Víctor
Fernández, autor do documento que aprova a experiência espiritual de
Medjugorje, disse que o papa Francisco não deseja confirmar a sobrenaturalidade
dos acontecimentos porque teria “consequências muito fortes sobre
espiritualidade de muitos fiéis” e as mensagens poderiam ser confundidas com o
Evangelho ou com os escritos dos santos.
A
Santa Sé aprovou hoje (19) a experiência espiritual ligada a Medjugorje sem
confirmar o seu caráter “sobrenatural”, prática que se tornou comum desde a
publicação das novas normas para o estudo de supostas aparições na Igreja.
Baseado
nesse novo regulamento, publicado em 17 de maio, a Santa Sé deu seu veredito
sobre nove supostas aparições marianas em lugares como Índia, Espanha, Itália,
Amsterdã e Porto Rico.
Embora
a Santa Sé tenha aprovado a maioria delas, em todas as ocasiões evitou
ratificar que as mensagens vinham de Nossa Senhora.
O
regulamento diz que das decisões tomadas pelas autoridades eclesiásticas
relativas a esse tipo de fenômenos, “de forma habitual, não se pode esperar um
reconhecimento positivo” sobre sua origem divina.
Devido
à grande devoção à “Rainha da Paz” e ao crescente número de peregrinos que chegam
ao santuário na Bósnia-Herzegovina, a Santa Sé deu hoje (19) uma conferência de
imprensa que contou com a presença do cardeal Fernández, do secretário da seção
doutrinária do Dicastério, monsenhor Armando Matteo; e do diretor editorial do
Dicastério para a Comunicação, Andrea Tornielli.
No
final do briefing, respondendo a uma dos jornalistas presentes, o cardeal
Fernández falou sobre as razões pelas quais o papa Francisco preferiu, nesta
ocasião, “não ir mais longe” e considerar a “nulla osta” (Nada impede, em
italiano) como “absolutamente suficiente”.
Teria
“consequências muito fortes na espiritualidade de muitos fiéis”
A
jornalista da rede de televisão italiana Mediaset Italia, Valentina Renzopaoli,
perguntou à autoridade da Santa Sé “por que não foi possível dar indicações
mais precisas sobre os videntes”, cujas experiências continuam a ser
consideradas “supostas”, razão pela qual disse que “nada muda em relação ao que
nós sabíamos até agora.”
Em
primeiro lugar, o cardeal argentino disse que a Santa Sé permitiu a leitura dos
textos publicados e que “são edificantes”.
No
entanto, o prefeito do DDF disse que caso for confirmado “que têm uma origem
sobrenatural, e que foram verdadeiramente transmitidos pela Virgem”, tornam-se
ainda “mais importantes” do que os escritos de alguns santos.
O
cardeal Fernández deu como exemplo os textos de santa Teresa d’Ávila, “que não
recebeu este tipo de mensagens, e escreveu sob sua capacidade, na vida normal
da Graça”. Por isso, disse o cardeal, “é tão difícil chegar a uma decisão desse
tipo”.
“De 1980 até hoje, quantas declarações de
sobrenaturalidade houve? A gente nem sabe bem, são umas três ou quatro. E
dessas três ou quatro, não temos certeza de algumas, porque foram feitas sem
esperar a conclusão do dicastério”, disse o prefeito do DDF.
No
entanto, o cardeal disse que no mesmo período aconteceram 3.159 beatificações e
canonizações na Igreja.
“E
a questão é: por que é tão difícil chegar a essas conclusões e fazer
[reconhecer] algum beato e santo parece muito mais fácil?”
“Exatamente
porque, especialmente quando há textos e mensagens, há sempre o risco, se for
feita uma declaração de sobrenaturalidade, de não haver muita distinção entre o
Evangelho e esses textos, que são considerados mais importantes do que os
textos que são tão belos e ricos dos grandes autores espirituais”.
O
prefeito do DDF disse que “é uma decisão que tem consequências muito fortes na
espiritualidade de muitos fiéis”.
Papa
Francisco considera ser “absolutamente suficiente”
O
cardeal disse que sempre há a possibilidade de um papa decidir avançar e ver se
pode ser feita uma declaração de sobrenaturalidade.
“O
papa me disse explicitamente: 'Não, de forma alguma, considero a nulla osta
absolutamente suficiente. E não há necessidade de ir mais longe em direção a
uma declaração de sobrenaturalidade’ ”.
Papa
Francisco reafirma desejo de que todos os cristãos celebrem a Páscoa no mesmo
dia
Ler
o artigo
Fernández
disse que o papa considera “muito, muito difícil” chegar a esse tipo de
conclusão porque não existe uma “varinha mágica”.
Segundo
o cardeal, a decisão de aprovar a experiência espiritual de Medjugorje é
suficiente para dizer aos fiéis: “podem rezar à Rainha da Paz, o culto público
é permitido, podem ser feitas peregrinações organizadas pelas dioceses, e as
mensagens recolhidas podem ser lidas sem perigo.”
“Há
alguns esclarecimentos, que se alguém tiver dúvidas pode ler. Esse é o nulla
osta, que para o papa Francisco é suficiente. Não há necessidade de ir mais
longe”, disse o cardeal.
Fonte:
ACIDigital
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Santa Sé aprova
experiência espiritual de Medjugorje sem confirmar sobrenaturalidade
Por
Almudena Martínez-Bordiú
A
Santa Sé aprovou a experiência espiritual ligada a Medjugorje e emitiu um
julgamento positivo sobre as mensagens, embora indique alguns esclarecimentos e
não pronuncie sobre a sobrenaturalidade dos acontecimentos.
O
prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé, cardeal Víctor Manuel Fernández,
apresentou hoje (19) em Roma o documento “A Rainha da Paz”, — aprovado pelo
papa Francisco em 28 de agosto —, com o qual confirma o nihil obstat (nada
impede) e autoriza aos fiéis aderir a essa devoção.
“É chegado o momento de concluir uma longa
história”
Depois
de mais de quatro décadas de investigação às supostas aparições de Nossa
Senhora no santuário-paróquia da Rainha da Paz de Medjugorje, na
Bósnia-Herzegovina, a Santa Sé diz que “é chegado o momento” de concluir essa
“longa e complexa história".
Segundo
as novas normas para o estudo das supostas aparições da Igreja, o Dicastério da
Santa Sé diz que “foram verificados muitos frutos positivos e não se difundiram
no Povo de Deus efeitos negativos ou arriscados”, embora evite emitir um
julgamento sobre sua natureza sobrenatural.
O
dicastério diz que, embora nas mensagens como um todo existam muitos elementos
positivos “que ajudam a colher o chamado do Evangelho”, alguns deles apresentam
erros teológicos, contradições, ou “seriam ligadas a desejos ou interesses dos
presumidos videntes ou de outras pessoas”.
Os
frutos espirituais
A
autoridade da Santa Sé usa a expressão “o fenômeno Medjugorje” para se referir
aos seus abundantes frutos espirituais, que são produzidos principalmente “no
contexto das peregrinações aos lugares dos eventos originários”.
O
dicastério menciona o crescente número de devotos em todo o mundo e o grande
número de peregrinos que vão renovar a fé, e “as abundantes conversões, o
frequente retorno à prática sacramental (Eucaristia e reconciliação), as
numerosas vocações à vida presbiteral, religiosa e matrimonial”.
O
dicastério fala sobre o “aprofundamento da vida de fé, a prática mais intensa
da oração, muitas reconciliações entre cônjuges, e a renovação da vida
matrimonial e familiar”.
Diz
que houve curas e surgiram obras de caridade para cuidar de órfãos, dependentes
químicos e deficientes, que também há grupos de cristãos ortodoxos e muçulmanos
e destacada a presença de muitos jovens.
Aspectos
centrais das mensagens
O
documento diz que a “paz” é elemento central das mensagens supostamente
transmitidas por Nossa Senhora e diz que a paz deve brotar da caridade e
implica também “amor por aqueles que não são católicos”.
Segundo
o cardeal, isso não significa “propor um sincretismo, nem de dizer que todas as
religiões são iguais diante de Deus”, embora diga que “todas as pessoas são por
Ele amadas”.
O
cardeal também diz que nas mensagens “Nossa Senhora não se põe a si mesma ao
centro”, e que “a intercessão e a obra de Maria aparecem claramente submissas a
Jesus Cristo, como autor da graça e da salvação para cada pessoa”.
Fernández
diz que muitas mensagens convidam à conversão, a reconhecer a importância de
pedir a ajuda do Espírito Santo e a abandonar “um estilo de vida mundano”.
O
prefeito do dicastério para a Doutrina para a Fé diz que as mensagens
atribuídas a Nossa Senhora em Medjugorje exortam a não subestimar “a gravidade
do mal e do pecado” e a tomar “muito a sério o chamado de Deus para lutar
contra o mal e contra a influência de Satanás”.
Fernández
fala também sobre o papel fundamental da oração e do jejum, a centralidade da
missa, a importância da comunhão fraterna, a busca do sentido último da
existência na vida eterna e convida a viver a alegria de seguir a Cristo em
comunhão com toda a Igreja.
Esclarecimento
sobre algumas mensagens para evitar confusão
O
secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, participa de sessão
plenária na Cúpula sobre a Paz na Ucrânia no resort Burgenstock, perto de
Lucerna, Suíça, em 16 de junho de 2024.
A
segunda parte do documento diz que existem algumas supostas mensagens
“desviantes” do que foi dito até agora e que por isso é necessário “esclarecer
algumas possíveis confusões que podem conduzir grupos minoritários a distorcer
a preciosa proposta desta experiência espiritual”.
Em
primeiro lugar, o documento diz que alguns deles podem parecer “conexos a
experiências humanas confusas, a expressões imprecisas do ponto de vista
teológico ou a interesses não totalmente legítimos”, embora diga que esses
erros não se devem à má intenção, “mas à percepção subjetiva do fenômeno”.
O
documento diz que, em alguns casos, “Nossa Senhora parece mostrar certa
irritação porque não foram seguidas algumas de suas indicações; adverte assim
sobre sinais ameaçadores e sobre a possibilidade de não aparecer mais”.
Mas
na realidade, diz o cardeal Fernández, outras mensagens, como aquelas em que
Nossa Senhora dizia que “o castigo virá se o mundo não se converter” e que
“tudo depende da vossa conversão”, dão uma interpretação correta.
Outro
exemplo são as mensagens para a paróquia, “nelas Nossa Senhora parece desejar
ter um controle sobre detalhes do caminho espiritual e pastoral – pedidos de
dias de jejum ou indicações de específicos empenhos para os diversos tempos
litúrgicos – dando assim a impressão de querer substituir-se aos organismos
ordinários de participação”.
O
documento diz que “esta insistência se torna ainda mais problemática” quando as
mensagens “se referem a pedidos de improvável origem sobrenatural, como quando
Nossa Senhora dá ordens sobre datas, lugares, aspectos práticos e toma decisões
sobre questões ordinárias”.
A
Santa Sé também define como problemáticas as mensagens que atribuem a Nossa
Senhora as expressões “o meu plano”, “o meu projeto” e outras expressões que
“poderiam confundir”.
“Na
verdade, tudo quanto Maria realiza é sempre a serviço do projeto do Senhor e do
seu plano divino de salvação”, diz o cardeal.
O
cardeal Fernández diz que “quando se reconhece a ação do Espírito Santo em meio
a uma experiência espiritual, isto não significa que tudo aquilo que pertence
àquela experiência seja isento de qualquer imprecisão, imperfeição ou possível
confusão”.
Um
encontro com Maria e não “com os presumidos videntes”
No
final do documento, o cardeal Víctor Fernández diz que, embora “isto não
implique uma declaração do caráter sobrenatural do fenômeno em questão” e que
“os fiéis não são obrigados a crer nele”, a Santa Sé diz que os fiéis “podem
receber um estímulo positivo para sua vida cristã através desta proposta
espiritual e autoriza o culto público”.
O
cardeal fala sobre a “avaliação positiva da maior parte das mensagens de
Medjugorje como textos edificantes”, mas isso “não implica declarar que tenham
uma direta origem sobrenatural”.
O
documento convida as autoridades eclesiásticas dos lugares onde a experiência
está presente “a apreciar o valor pastoral e a promover a difusão desta
proposta espiritual”.
Tudo
isso sem alterar o poder de cada bispo diocesano de tomar decisões prudenciais
no caso de existirem pessoas ou grupos que “utilizando-o inadequadamente, atuem
de modo errado”.
Por
fim, o dicastério para a Doutrina da Fé exorta os que vão a Medjugorje “a
aceitar que as peregrinações não são feitas para encontrar-se com os presumidos
videntes, mas para ter um encontro com Maria, Rainha da Paz”.
O
que acontece em Medjugorje?
As
supostas aparições marianas em Medjugorje, Bósnia-Herzegovina, começaram em 24
de junho de 1981. Seis crianças teriam sido as destinatárias das mensagens de
Nossa Senhora, das quais três dizem continuar a receber mensagens diariamente.
Em
janeiro de 2014, a então congregação – hoje dicastério – para a Doutrina da Fé
concluiu um relatório solicitado pelo papa Francisco que, em novembro de 2013,
disse que Nossa Senhora “não é chefe dos correios, para enviar mensagens todos
os dias”, sem mencionar especificamente Medjugorje.
Em
2017, ao resumir o conteúdo do relatório, o papa Francisco disse que as
aparições iniciais são algo que “deve continuar a ser investigado”, enquanto
sobre as atuais “o relatório tem as suas dúvidas”.
Francisco
também reconheceu que existe um “fato espiritual” e “pastoral” no lugar que
“não pode ser negado” e que muitos experimentam conversões, mas disse que “não
há varinha mágica para isso”.
Alguns
meses antes, o papa nomeou o então bispo de Warszawa-Praga, Polônia, dom Henryk
Hoser, “enviado especial” para Medjugorje. Quando ele morreu em 2021, foi
substituído pelo monsenhor Aldo Cavalli.
Desde
maio de 2019, o papa Francisco autorizou oficialmente a organização de peregrinações,
ao dizer que tais peregrinações devem ser “evitadas de criar confusão ou
ambiguidade quanto ao aspecto doutrinário”.
Em
2020, 2021 e 2023, o papa Francisco enviou mensagens por ocasião do Festival da
Juventude realizado em Medjugorje.
Fonte:
ACIDigital
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Do dia 18/9/2024
22 bispos do
Brasil participam do Curso anual de formação para novos bispos, em Roma
De
15 a 21 de setembro, ocorre o “Curso anual de formação para os novos bispos”,
promovido pelo Dicastério para os Bispos, em Roma. Do Brasil, participam 22
bispos, entre nomeados pelo Papa Francisco no último ano e outros nomeados
anteriormente que não puderam participar da última edição. Do mundo todo, são
mais de 200 participantes.
O
curso tem como tema “Pastores enraizados em Cristo – A serviço de uma Igreja
chamada a habitar o presente e custodiar a semente do futuro”. A cada dia de
formação, são oferecidas conferências com membros da Cúria Romana nas quais são
abordadas diferentes perspectivas da atuação dos pastores em suas dioceses e na
comunhão com a Igreja Universal.
A
dinâmica do encontro também conta com momentos de diálogo fraterno e círculos
menores por grupo linguístico, além de encontros e visitas institucionais.
Custódia
e transmissão da fé
No
primeiro dia, as formações seguiram a temática do serviço do bispo para a
custódia e a transmissão da fé. Eles puderam aprofundar a visão teológica do
Papa Francisco sobre a transmissão da Fé, a colegialidade e a sinodalidade. A
exposição foi conduzida pelo cardeal Víctor Manual Fernández, prefeito do
Dicastério para a Doutrina da Fé.
Outra
conferência tratou do Motu Proprio “Tradicionis Custodes”, sobre Liturgia,
conduzida pelo secretário do Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos
Sacramentos, dom Francesco Viola.
A
Igreja no mundo em diálogo
Na
terça-feira, 17 de setembro, o tema central das reflexões foi “A Igreja no
mundo em diálogo”. Na abertura das atividades, missa presidida pelo cardeal
brasileiro dom João Braz de Aviz, prefeito do Dicastério para os Institutos de
Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.
As
conferências trataram do relacionamento da Santa Sé com os governos locais, com
exposição do cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano; do
diálogo inter-religioso e intercultural, com o cardeal José Tolentino de
Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação; e dos dois
eventos que tocam a Igreja: a conclusão do Sínodo dos Bispos e o Jubileu 2025.
As exposições sobre o Sínodo e o Jubileu foram feitas, respectivamente, pelo
cardeal Mário Grech, secretário geral do Sínodo, e por dom Rino Fisichella,
pro-prefeito do Dicastério para a Evangelização.
Desenvolvimento
humano integral
Nesta
quarta-feira, as reflexões abordam o serviço do bispo para um desenvolvimento
humano integral. A primeira exposição tratou da gestão pastoral das divisões e
dos conflitos por motivos étnicos e/ou políticos, refletindo sobre “como propor
itinerários de reconciliação e de paz”. Essa conferência ficou sob a
responsabilidade do prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento
Humano Integral, cardeal Michael Czerny.
Outro
tema desta quarta-feira foi o apostolado dos leigos, com o cardeal Kevin
Farrel, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, e as
subsecretárias do mesmo dicastério, Linda Ghisoni e Gabriella Gambino.
Encontro
com o Papa
Na
quinta-feira, 19 de setembro, está marcada a audiência com o Papa Francisco. Os
bispos dedicarão a missa do início dos trabalhos na intenção pelo Pontífice e
vão abordar a unidade do ministério episcopal, com auxílio do cardeal
Gianfranco Ghirlanda. As reflexões também tratam do acompanhamento do clero e
da condução pastoral da diocese.
Partilhas
Alguns
dos bispos brasileiros presentes no curso partilharam suas impressões:
“É uma alegria estar aqui no curso de novos
bispos, poder participar é enriquecedor. Além do conteúdo, da convivência, se
aproximar das pessoas que a gente conhece por ler textos, por olhar no site do
Vaticano, os presidentes dos Dicastérios, as pessoas que, a serviço da Cúria
Romana, estão a serviço da Igreja nas diversas áreas”
– Dom Paulo Renato de Campos, bispo de
Barra do Garças (MT)
“Estamos com bispos do mundo inteiro e isso
nos enriquece, ouvir tantas línguas, realidades, preocupações. Issos nos ajuda
a levar mais ânimo nas bases na nossa pastoral”.
– Dom Juarez Destro, bispo auxiliar de
Porto Alegre (RS)
“Além da possibilidade da universalidade,
da catolicidade da Igreja, chamo atenção para as temáticas trabalhadas nesse
encontro. Para nós que viemos de uma região bastante marcada pela
conflitividade da região amazônica, estar aqui e ver a reflexão da Igreja
acerca da sinodalidade e dos compromissos de promoção humana, nos ajuda a perceber
que, em outros lugares do mundo, existem enfrentamentos tanto quanto os nossos.
A possiblidade da troca de experiência e a consolidação de um referencial
teórico seguro ajudam no início do nosso ministério”.
– Dom Zenildo Lima, bispo auxiliar de
Manaus (AM)
“Com grande alegria estamos participando
nesses dias, em Roma, do Curso para os novos bispos. Tem sido uma experiência
muito rica e enriquecedora, porque pudemos não só nos encontrar e partilhar
experiências e receber as orientações para a missão que nos aguarda”.
– Dom Agnaldo Temóteo, bispo de Garanhuns
(PE)
Fonte:
CNBB
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Presidência da
CNBB é recebida em audiência com Ministra da Saúde
A
presidência da CNBB foi recebida no Ministério da Saúde pela ministra Nísia
Trindade Lima na quarta-feira, 18 de setembro, em uma audiência na qual foram
discutidas questões relacionadas à atuação da Igreja Católica no área da saúde
no Brasil.
Também
discutiu-se a possibilidade de parcerias em torno do fortalecimento do Sistema
Único de Saúde (SUS) e do aumento dos índices de vacinação no país.
Participaram
da reunião, o arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB, dom Jaime
Spengler, o arcebispo de Goiânia e primeiro vice-presidente, dom João Justino
de Medeiros Silva, o arcebispo de Olinda e Recife e segundo vice-presidente,
dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, e o bispo auxiliar de Brasília e
secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers.
Representando
o Ministério da Saúde, participaram da reunião o secretário adjunto de Atenção
Especializada à Saúde, Nilton Pereira Junior, e a assessora especial do
gabinete do Ministra da Saúde, Maria Inês Rodrigues Fernandes. O representante
da assessoria jurídica da CNBB, Lucas Maia também participou da audiência.
Fonte:
CNBB
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Membros da
presidência da CNBB recebem o Procurador de Justiça do Ministério Público do DF
O
arcebispo de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB), dom Jaime Spengler, e o bispo auxiliar de Brasília e
secretário-geral da Conferência, dom Ricardo Hoepers, receberam, na
quarta-feira, 18 de setembro, em uma visita de cortesia o procurador de Justiça
do Ministério Público do Distrito Federal e responsável pela Procuradoria dos
Direitos do Cidadão, José Eduardo Sabo Paes. Foram discutidos assuntos de
interesse do Ministério Público do DF e da CNBB. O assessor jurídico da CNBB, o
advogado Hugo José Cisneiros Sarubbi de Oliveira, também participou da reunião.
Fonte:
CNBB
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Simpósio sobre a
Laicidade do Estado e a Liberdade Religiosa faz memória histórica do Acordo
Brasil-Santa Sé no primeiro dia
A
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da Comissão
Episcopal para o Acordo Brasil Santa-Sé, realiza de 17 a 19 de setembro, na
Casa Dom Luciano, em Brasília (DF), um Simpósio sobre a Laicidade do Estado e a
Liberdade Religiosa. A iniciativa celebra os 15 anos do Acordo Brasil Santa-Sé,
documento que dá amparo aos direitos essenciais ao desenvolvimento da missão da
Igreja Católica no Brasil.
A
mesa de abertura do evento contou com as presenças do arcebispo do Rio de
Janeiro, cardeal Orani João Tempesta; cardeal Lorenzo Baldisseri, do Vaticano;
o arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB, dom Jaime Spengler; o Núncio
Apostólico no Brasil, dom Giambattista Diquattro, o arcebispo de Brasília,
cardeal Paulo Cezar, o Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira e o
Ministro do STF, José Francisco Rezek.
A
temática deste primeiro dia de encontro se concentrou em fazer uma memória
histórica do Acordo Brasil-Santa Sé. Na ocasião, o presidente da CNBB, dom
Jaime Spengler, citou a liberdade religiosa como um direito fundamental. Em
consonância, o Núncio Apostólico no Brasil, dom Giambattista falou do Acordo
como um sinal tangível do amor de Deus com o povo brasileiro e ressaltou a
importância de garantir as aplicações práticas do que foi acordado.
Mauro
Vieira, Ministro das Relações Exteriores, apontou para as tendências
contemporâneas ao radicalismo e ao extremismo de algumas religiões e
ideologias. Disse, ainda, que a Igreja
Católica, entretanto, permanece com um trabalho consistente. Citou o papel das
pastorais no sentido de dar acesso a serviços e oportunidades às parcelas mais
vulneráveis da população, permitindo que os direitos sejam reforçados também
nestas realidades mais distantes. Mencionou a Laudato Si‘ e Laudate Deum, do Papa Francisco, sobre a situação climática
e a sintonia do Brasil com os valores cristãos de conservação do meio ambiente.
Na
perspectiva histórica, o ministro recordou o papel de dom Hélder Câmara e dom
Paulo Evaristo Arns na promoção dos Direitos Humanos e o protagonismo no
ativismo político durante o regime militar.
Já
o cardeal Baldisseri, membro das
Congregações das Causas dos Santos; para os Bispos, para a Evangelização dos
Povos; além de Conselheiro da Pontifícia Comissão para a América Latina, falou
sobre sua trajetória e atuação como bispo em mais de 10 países, tendo sido
Núncio apostólico do Brasil por 10 anos e que foi protagonista na articulação
das negociações para o Acordo Brasil – Santa Sé.
O
cardeal Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, sinalizou a
relevância do Simpósio e apontou uma certa falta de familiaridade dos
assessores jurídicos das dioceses com o Acordo Brasil – Santa Sé. Citou a
Encíclica de Bento XVI Caritas in Veritate e chamou atenção para a necessidade
do diálogo da igreja com o mundo em que vive. Ressaltou, ainda, o reconhecimento
da importância histórica, cultural e social da igreja católica no Brasil e os
diversos princípios que a igreja promove, como a defesa da Lei natural.
Dom
Paulo Cezar, arcebispo de Brasília, recordou que a laicidade é um valor que
surge no Ocidente, e que é um valor
prezado por aqui.
“No entanto, existem países, sobretudo no
Oriente, que não estão familiarizados com a laicidade, já que ou são Estados
teocráticos, de uma única confissão, ou reprimem a liberdade religiosa sob a
prevalência dos ideais nacionais, ou seja, um Estado ateu. “Laicidade é um bem
da cultura ocidental”, disse.
Também
afirmou que a liberdade religiosa é a consequência do Estado/sociedade que
preza pela liberdade como valor. Também citou o “Estado laico não é Estado
ateu”, ou seja, o Estado deve proteger as religiões.
As
palestras
As
palestras do primeiro dia ficaram sob a responsabilidade do cardeal Lorenzo
Baldisseri, que foi um dos protagonistas no Acordo Brasil-Santa Sé. Ele fez uma
introdução sobre a Santa-Sé e seus meios de atuação internacional.
Baseada
no princípio da Libertas Eclesiae, que consiste na independência do poder
eclesiástico em relação ao poder do Estado, a Diplomacia Papal tem como
objetivo garantir o espaço para a atuação da igreja nos países. Os tratados são
um modo de garantir esse espaço. A Santa-Sé mantém relações diplomáticas com
183 países.
Nessa
linha, o cardeal descreveu a dinâmica Igreja e Estado: entidades que interagem
no mesmo espaço e desfrutam de recíproca autonomia. Uma oportunidade vantajosa para
o bem-comum. Destacou o caráter das partes: autônomas, independentes e
soberanas.
Acordo
Brasil – Santa Sé e sua história
Desde
o início da República, no governo de Deodoro da Fonseca, postulou-se o Decreto
119 de 1890 que proibiu a intervenção do governo federal na religião,
estabeleceu a liberdade de cultos e extinguiu o padroado.
Desde
2001 já havia a intenção de se formular um acordo. Foi postergado e voltou para
as negociações em 2006. Finalmente em 13
de novembro de 2008 foi assinado o Acordo no Vaticano. Estavam presentes o
Presidente Lula, o Ministro Celso Amorim, o Cardeal Hummes e o então Núncio
apostólico no Brasil, cardeal Lorenzo Baldisseri. Em fevereiro de 2010, por
meio do Decreto 7107 foi internalizado o Acordo, sob a descrição “Estatuto
jurídico da Igreja Católica no Brasil”.
Foi
o primeiro acordo-quadro com um país latino-americano, até então o único, já
que em outros países da América Latina, existem somente acordos de assistência
religiosa militar. Nesse sentido, o
cardeal Baldisseri salientou que o Acordo é uma referência internacional,
ressaltando o Artigo 11 como um passo ecumênico importante.
Direito
internacional público
O
Ministro do STF, José Francisco Rezek
fez um discurso com amplas referências ao direito internacional público.
Rezek aponta que a assinatura do acordo foi tardia, visto que o Brasil nunca
tinha celebrado uma concordata com a Santa-Sé, apesar de ser o maior país
católico.
“Foi imprescindível que o governo Lula
assumisse a consumação desse processo. Houve agitação de vários setores, havia
resistência à ideia de laicidade por parte dos críticos, interpretações
diversas especulavam a quem prejudicaria o Acordo. Ao tomar conhecimento dos
termos do Acordo, nota-se, no entanto, que este prestigia todas as confissões
religiosas, de um “modo admiravelmente ecumênico”, disse.
Rezek
explicou que houve objeção ao Artigo 11 pelo procurador-geral da república
Rodrigo Janot, por declaração de inconstitucionalidade devido à imprecisão e
ambiguidade do termo “ensino religioso” e sua aplicação prática. O ministro
defendeu que “o Acordo guarda profunda harmonia com tudo que é principiológico
na constituição” e que a necessidade da existência do Acordo se deve a
importância de que exista entre o Brasil e a Santa Sé um vínculo capaz de
resistir a momentos instáveis ou a qualquer legislador que pretenda criar
barreiras com alguma denominação religiosa específica. Por fim, também indicou
que o Acordo está em sintonia com as tradições brasileiras.
Fonte:
CNBB
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Organização do Jubileu 2025 divulga os programas
dos primeiros 26 grandes eventos jubilares disponíveis on-line
Os
programas dos primeiros 26 grandes eventos jubilares foram publicados no site
do Jubileu 2025, na seção “Calendário Jubileu”, e em breve estarão disponíveis em todas as línguas. Consultando
os vários programas é possível conhecer os momentos e principais atividades
relativas a cada evento. Eles serão ainda mais enriquecidos com detalhes nos
próximos meses.
Além
disso, na página web de cada evento será também disponibilizado para download
um manual com as principais indicações de apoio aos peregrinos, e o cartaz que
poderá ser divulgado. No site também é possível inscrever-se para participar
nos diversos eventos jubilares.
Eventos de jubileu
Os 26
grandes eventos jubilares são o Jubileu do Mundo da Comunicação (24-26 de
janeiro de 2025), dirigido a todas as figuras profissionais do mundo da
comunicação. Segue-se o Jubileu das Forças Armadas, Polícia e Segurança (8 a 9
de fevereiro de 2025), dirigido a todos os membros das forças militares e
policiais, polícias de trânsito, operadores de segurança, veteranos,
associações militares diversas, academias militares, capelanias e ordinariados
militares.
O Jubileu
dos Diáconos (21-23 de fevereiro de 2025) para todos os diáconos permanentes, e
o Jubileu do Voluntariado (8-9 de março de 2025) para os voluntários de cada
associação, membros de organizações sem fins lucrativos, operadores de ONGs e
assistentes sociais.
Além
disso, o Jubileu dos Missionários da Misericórdia (28-30 de março de 2025), os
sacerdotes selecionados de todo o mundo que receberam do Papa as suas próprias
faculdades de absolver os pecados, que são da estrita competência da Sé
Apostólica e de um mandato especial como pregadores durante o Jubileu Extraordinário
da Misericórdia de 2016.
No
programa, também o Jubileu dos Doentes e do Mundo da Saúde (5-6 de abril de
2025) dirigido a todos os doentes e profissionais ligados ao mundo da saúde; o
Jubileu das Pessoas com Deficiência (28-29 de abril de 2025) dirigido a todas
as pessoas com deficiência, juntamente com os seus acompanhantes; o Jubileu dos
Trabalhadores (1 a 4 de maio de 2025) dirigido a todos os trabalhadores de
todas as categorias; o Jubileu dos Empresários (4 a 5 de maio de 2025) e o
Jubileu das Bandas Musicais (10 a 11 de maio de 2025) para todos os membros de
bandas militares, institucionais, amadoras, folclóricas, de cidades,
desportivas, escolares e universitárias.
Realizar-se-á
então o Jubileu das Irmandades (16-18 de maio de 2025) com os membros
pertencentes às irmandades religiosas; o Jubileu das Famílias, das Crianças,
dos Avós e dos Idosos (30 de maio de 2025 – 1 de junho de 2025), o Jubileu dos
Movimentos, Associações e novas Comunidades (7 a 8 de junho de 2025) que
envolverá todos os membros dos movimentos eclesiais, associações, novas
comunidades e grupos de oração.
Entre os
eventos, por fim, o Jubileu da Santa Sé (9 de junho de 2025); o Jubileu do
Esporte (14-15 de junho de 2025); o Jubileu dos Seminaristas (23-24 de junho de
2025); o Jubileu dos Bispos (25 de junho de 2025); o Jubileu dos Sacerdotes
(25-27 de junho de 2025); o Jubileu da Consolação (15 de setembro de 2025),
dirigido a todos aqueles que vivem um momento de dor e aflição, devido a
doenças, lutos, violências e abusos sofridos.
Serão
realizados ainda o Jubileu dos Agentes da Justiça (20 de setembro de 2025),
destinado às pessoas envolvidas no mundo da justiça secular, canônica e
eclesiástica; o Jubileu dos Catequistas (26-28 de setembro de 2025); o Jubileu
dos Migrantes (4-5 de outubro de 2025); o Jubileu da Vida Consagrada (8-9 de
outubro de 2025) que terá como protagonistas todos os religiosos e religiosas,
monges e monjas, noviços e noviças. Além disso, o Jubileu da Espiritualidade
Mariana (11-12 de outubro de 2025) para todos os membros dos movimentos
marianos, irmandades e diversos grupos de oração. Finalmente, o Jubileu dos
Coros e Corais (21-23 de novembro de 2025) e o Jubileu dos Detentos (14 de
dezembro de 2025).
Fonte:
CNBB
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Cefep abre inscrições à 10ª Turma do Curso Nacional
de Formação Política de Cristãos e Cristãs
O Centro
Nacional de Fé e Política “Dom Helder Câmara”, o Cefep, abriu as inscrições
para a 10ª turma do Curso Nacional de Formação Política para Cristãs e
Cristãos, promovido em parceria com a PUC Rio. O prazo de inscrição
encerra-se em 15 de outubro.
O
objetivo, segundo o secretário executivo do Centro Nacional de Fé e Política
dom Hélder Câmara, Jardel Neves Lopes, é “formar cristãos para a missão
política, favorecendo-lhes a aquisição de competência e habilitação para agir
no complexo campo da política, participando da construção de uma sociedade
justa e solidária, à luz do Ensino Social da Igreja e das Diretrizes da Ação
Evangelizadora da Igreja no Brasil”.
O curso
de Formação Política é um dos eixos centrais do Cefep pelo qual já formaram
mais de 350 pessoas. Essas lideranças se encontram engajadas em partidos
políticos, mandatos legislativos e executivos, conselhos de direitos,
movimentos populares, sindicais, pastorais sociais, organismos eclesiais, entre
outros espaços, contribuindo ativamente para a promoção da justiça social.
Início da turma
A 10ª
turma inicia-se em janeiro de 2025, com a primeira etapa presencial (24/01 a
01/02/2025) e a segunda etapa será em janeiro de 2026, em Brasília-DF. A etapa
EAD é organizada em 6 módulos, sendo 2 em cada semestre.
O Curso
tem um investimento de R$ 2.000,00 por cada etapa presencial para hospedagem,
alimentação e estudos. Estudantes que apresentarem dificuldade financeira, como
a Instituição que indica não ter condições de ajudar, o Cefep dispõe de algumas
bolsas. Para isso, é preciso seguir as instruções no Edital.
O curso
se destaca pela sua metodologia interativa, participativa e que toca em pautas
estruturantes da realidade social e política do País. Aulas com professores/as
comprometidos/as com a construção de saberes e o conhecimento que transforma.
Conheça o edital
As
inscrições ficarão abertas até o dia 15/10. Acesse aqui o Edital 01_2024 para
conferir as informações necessárias e o link de inscrição. É necessário que o
candidato envie uma carta de indicação de sua participação.
Para mais
informações além do edital, siga o Cefep no instagram e facebook @cefepcnbb e o
no site www.cefep.org.br e fique por dentro de todas as atividades.
Cefep abre inscrições
para 10ª turma do Curso Nacional de Formação Política para Cristã/ãos 2025/2026
É
com alegria e esperança que anunciamos a abertura das inscrições para a 10ª
turma do Curso Nacional de Formação Política para Cristãs/ãos, promovido pelo
Cefep em parceria com a PUCRJ.
Este
curso tem o objetivo de “formar cristãos/ãs para a missão política,
favorecendo-lhes a aquisição de competência e habilitação para agir no complexo
campo da política, participando da construção de uma sociedade justa e
solidária, à luz do Ensino Social da Igreja e das Diretrizes da Ação
Evangelizadora da Igreja no Brasil”.
O
curso de Formação Política para Cristãs/ãos é um dos eixos centrais do Cefep
pelo qual já formaram mais de 350 pessoas. Essas lideranças se encontram
engajadas em partidos políticos, mandatos legislativo e executivo, conselhos de
direitos, movimentos populares, sindicais, pastorais sociais, organismos
eclesiais, entre outros espaços, contribuindo ativamente para a promoção da
justiça social.
A
10ª turma inicia-se em janeiro de 2025, com a primeira etapa presencial (24/01
a 01/02/2025) e a segunda etapa será em janeiro de 2026, em Brasília-DF. A
etapa EAD é organizada em 6 módulos, sendo 2 em cada semestre.
O
Curso tem um investimento de R$ 2.000,00 por cada etapa presencial para hospedagem,
alimentação e estudos. Estudantes que apresentarem dificuldade financeira, como
a Instituição que indica não ter condições de ajudar, o Cefep dispõe de algumas
bolsas. Para isso, é preciso seguir as instruções no Edital.
O
curso se destaca pela sua metodologia interativa, participativa e que toca em
pautas estruturantes da realidade social e política do País. Aulas com
professores/as comprometidos/as com a construção de saberes e o conhecimento
que transforma.
As
inscrições ficarão abertas até o dia 15/10. Acesse aqui o Edital 01_2024 para conferir as informações
necessárias e o link de inscrição.
Venha
fazer parte dessa jornada de conhecimento para uma ação transformadora a partir
da atuação política e social.
Para
mais informações além do edital, siga o Cefep no instagram e facebook
@cefepcnbb e o no site www.cefep.org.br e fique por dentro de todas as
atividades.
EDITAL
01/2024
CURSO
NACIONAL DE FORMAÇÃO POLÍTICA PARA CRISTÃOS/ÃS |10ª TURMA
O
Centro Nacional de Fé e Política Dom Helder Câmara-Cefep é um serviço da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil para a Formação Política de Cristãos
e Cristãs, integrado à Comissão Episcopal para o Laicato. O Curso Nacional
Formação Política para Cristãs e Cristãos acontece em parceria com a Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro, na modalidade presencial e à
distância, com certificação de Especialização para quem possui graduação e
Extensão para quem possui apenas o Ensino Médio. Por meio deste edital, abre-se
a chamada para a inscrições da 10ª turma, 2025/2026.
Objetivo
Geral:
Formar
cristãos/ãs para a missão política, favorecendo-lhes a aquisição de competência
e habilitação para agir no complexo campo da política,
participando
da construção de uma sociedade justa e solidária, à luz do Ensino Social da
Igreja e das Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.
Objetivos
Específicos:
Contribuir com a formação de lideranças cristãs para as funções públicas,
eletivas ou não, no campo da política e das organizações comunitárias;
Aprimorar a prática política dos cristãos no exercício da cidadania e do bem
comum;
Investir na formação do sujeito evangelizador para torná-lo apto a influenciar
a construção de uma nova cultura política
Destinatários:
Lideranças das comunidades eclesiais, pastorais sociais, movimentos e organismos
de Igreja;
Pessoas com responsabilidades em organizações e movimentos sociais;
Pessoas que já assumem ou pretendem assumir cargos em instâncias partidárias.
Critérios
de participação:
As
inscrições passarão por um processo de seleção que observará os seguintes critérios
de participação.
Identidade cristã de vivência e participação;
Disponibilidade de tempo: compromisso em participar das etapas previstas e
realizar todos os trabalhos solicitados;
Conclusão do Ensino Médio (exceções serão analisadas) para título de Extensão;
Conclusão da Graduação para título de Especialização;
Militância política: sindical, popular, partidária, conselhos municipais paritários
e outras áreas;
Compromisso de ser um agente multiplicador por meio da entidade que o
apresentou para o curso.
Carta de indicação, assinada pela pessoa responsável da Instituição que
representa, em papel timbrado, enviada pelo e-mail
cefep@cefep.org.br
.
Metodologia:
O
processo metodológico contempla:
A
formação política dos cristãos nas múltiplas dimensões – ética, espiritual e
intelectual – relacionadas entre si, respeitando o pluralismo político, a
partir da opção pelos pobres, em comunhão com o Ensino Social da Igreja e as
Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.
Cada
participante como sujeito no processo de formação e na construção do saber em
todos os níveis. Nesse sentido, o CEFEP prioriza a construção coletiva,
articulando as diferentes ciências e saberes com a prática dos participantes.
A
leitura da realidade sócio-histórica dos cursistas, contribuindo para a construção
de uma espiritualidade na ação.
A
busca de uma pedagogia libertadora: mediante técnicas e instrumentos
vivenciados na educação popular e nos grupos da Igreja. Conteúdos trabalhados:
Primeira
etapa presencial: de 24/01 a 01/02/2025 – 9 dias – 72h/aulas
Apresentação institucional e metodologia do curso.
O mundo em transformação: Os ciclos sociais, políticas, econômicas e culturais
no ocidente.
Cultura e formação do povo brasileiro.
Democracias no mundo: fundamentos, desafios e perspectivas.
Fé e Política na Igreja: Patrística, Encíclicas Sociais, Vaticano II, Conferências
da América Latina e Documentos da CNBB.
Oficinas: Comunicação; Pastorais sociais; Leitura conjuntural; As mudanças no
mundo do trabalho; As desigualdades sociais; Legislação eleitoral.
Módulo
EAD: 216h/aulas.
Igreja e Direitos humanos: do Concílio Vaticano II aos dias atuais.
Constituição Cidadã de 1988 aos dias atuais.
A Ecologia Integral e a Questão Socioambiental.
Ética, moral e bioética.
Ensino Social da Igreja.
Opção pelos pobres na Sagrada Escritura e na Tradição da Igreja. Seminários
regionais (presencial ou remoto) sobre metodologia do trabalho científico:
junho/julho.
Segunda
etapa presencial: 23 a 31/01/2026 - 72h/aulas
Métodos de Análise da Realidade: ver, julgar e agir.
Espiritualidade libertadora.
Projetos para o Brasil: Movimentos Populares e grupos políticos / econômicos.
Educação popular: fundamentos, princípios e métodos.
Oficinas: Alternativas ao capitalismo; Democracia participativa e participação
popular; Movimentos Sociais: história e resistências; Partidos Políticos:
história, perfil e desafios; Incidência Política; Ecumenismo; Escolas de Fé e
Política.
Investimentos
e Estrutura:
Duração:
360 horas, sendo 144 horas de curso presencial e 216 horas a distância, em 18
meses.
Etapas
presenciais: 9 dias janeiro/2025 e 9 dias janeiro/2026.
Local:
Brasília-DF.
Custos:
R$ 2.000,00 (cada etapa presencial). Nos custos inclui-se: taxa de matrícula,
hospedagem, alimentação e estudos.
Vagas:
50 participantes
Certificados:
Especialização ou extensão universitária pela CCEAD/PUC- Rio.
Prazos:
Inscrição:
até 15/10/2024.
Resultado
da inscrição: de 20 a 25/10/2024 (relação será postada no site
www.cefep.org.br
).
Confirmação
e matrícula: 26/10 a 01/11.
Pagamento:
até 10/01/2025.
Inscrições:
As
inscrições devem ser encaminhadas via formulário no link:
https://forms.office.com/r/tHsK6qXqsu
Ofertas
de Bolsas de Estudo:
Possível
bolsa de estudo deve ser solicitada pela instituição que está indicando, por
meio de carta assinada pela pessoa responsável da Instituição, em papel
timbrado, enviada pelo e-mail
cefep@cefep.org.br
.
___Jardel
Neves Lopes
Secretário
executivo - Centro Nacional de Fé e Política Dom Helder Câmara – Cefep
Fonte:
CNBB
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Formação e
fortalecimento de conselhos missionários diocesanos e paroquiais
A
Paróquia Imaculado Coração de Maria, em Esteio, acolheu nos dias 06 a 08 de
setembro missionários e missionárias de todo o Rio Grande do Sul na Formação
Estadual. Promovido pelo Conselho Missionário Regional (COMIRE), o encontro
trabalhou especialmente a formação e o fortalecimento dos Conselhos
Missionários nas diversas instâncias: regional, arqui/diocesano e paroquial.
Para
auxiliar na reflexão e apontar pistas para a criação e para a ação destes
conselhos, a formação contou com a assessoria da ir. Eliane Santana, assessora
da Comissão Episcopal para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da
CNBB, em Brasília. Durante os três dias, os participantes discutiram os
conselhos na perspectiva sinodal, de forma a reunir todas as forças
missionárias presentes na Igreja Local e ser espaço de participação igual para
todos.
“A
sinodalidade proposta por Francisco nos indica o rumo e a tarefa e ao percorrer
devemos construir o caminho conjuntamente”, apontou ir. Eliane. Durante sua
exposição, a assessora apresentou quatro elementos chaves para a efetivação de
comunidades sinodais:
Estruturas
verdadeiramente sinodais: implica em uma transformação, requer uma mudança das
atitudes arraigadas, superando o medo e a complacência com a uniformidade, em
favor de uma abordagem que priorize a comunhão, estimule o diálogo, promova a
inclusão e facilite o consenso, para que reflitam a ação do Espírito Santo e
facilitando um discernimento coletivo e integrado.
A
comunhão: Uma Igreja de comunhão dinâmica e plural, enfatizando a
corresponsabilidade de todos os membros. Essa visão coloca o povo de Deus no
centro – todos os batizados devem participar ativamente nas decisões da Igreja,
refletindo a diversidade de vocações, ministérios e responsabilidades.
A
participação efetiva do laicato: Essencial para uma missão viva da Igreja é uma
relação de corresponsabilidade entre leigos e clero. O Papa Francisco tem feito
movimentos significativos ao nomear leigos para cargos de liderança, destacando
a necessidade de uma colaboração genuína que vá além das funções litúrgicas
para envolver os leigos na evangelização direta e na gestão eclesial.
Comunidades
Inclusivas: Em um mundo dilacerado por divisões e conflitos, o Evangelho de
Cristo é a voz mansa e forte que chama os homens a encontrarem-se, a
reconhecerem-se como irmãos e a alegrarem-se pela harmonia entre as
diversidades. Deus «quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao
conhecimento da verdade» (1 Tim2, 4). Por isso, nas nossas atividades
missionárias, nunca nos esqueçamos que somos enviados a anunciar o Evangelho a
todos, e «não como quem impõe uma nova obrigação, mas como quem partilha uma
alegria, indica um horizonte estupendo, oferece um banquete apetecível»
(EG,14).
Conselhos
Missionários
A
assessora do encontro também apresentou a organização missionária da Igreja no
Brasil, que acontece através da Comissão Episcopal, das Pontifícias Obras, dos
Conselhos Missionários e de diversos organismos missionários.
Seguindo
sobre os conselhos missionários, ir. Eliane explicou que “são organismos que
impulsionam, de forma permanente, o ser e agir missionário na paróquia
(COMIPA), na diocese (COMIDI), no regional (COMIRE) e nacional (COMINA)”.
Segundo ela, os conselhos são formados “por um grupo de pessoas que animam a
consciência missionária, visto que a missão é natureza da Igreja e não são uma
nova pastoral ou movimento, são instrumento de reorganização da mentalidade
missionária”.
Durante
a exposição foi também abordado o objetivo dos conselhos missionários numa
perspectiva intraeclesial: Despertar, motivar e levar todos os grupos,
movimentos e pastorais à sua responsabilidade missionária, entendendo a missão
como eixo e paradigma de toda atividade pastoral; e também além da Igreja:
Fazer sair do recinto paroquial ou da diocese e chegar a todas as pessoas
afastadas e àquelas que a pastoral ordinária não consegue atingir, tendo como
horizonte a missão ad/inter gentes.
30
anos de Missão Ad Gentes
A
formação regional também foi oportunidade para marcar a celebração dos 30 anos
de Missão do Regional Sul 3 em Moçambique, na Arquidiocese de Nampula. Desde
1994, foram cerca de 70 enviados pelo Regional Sul 3 a Moçambique. Normalmente,
os missionários e missionárias são enviados por um período de três anos e
integram juntos a equipe missionária. Atualmente, em Moma, são missionários do
Projeto Igrejas Solidárias: Benedito Salvador Ataguile, da Diocese de Osório;
Pe. Henrique Neis, da Diocese de Novo Hamburgo; Pe. Luiz José Weber, da Diocese
de Santo Ângelo; Maria Bernardete Acadroli, da Diocese de Caxias do Sul; e Pe.
Josemar Silva, da Arquidiocese de Florianópolis.
Mais
informações sobre a missão
MISSÃO
AD GENTES
A
pequena Vila de Moma, no litoral da Província de Nampula, acolhe a casa dos
missionários do Regional Sul 3 em Moçambique. A Igreja do RS, através do
projeto Igrejas Solidárias entre a Arquidiocese de Nampula e o Regional Sul 3,
envia missionários e missionárias para compor uma única equipe missionária, que
é, inicialmente, presença junto ao povo macua.
Acolhida
dos missionários na Vila de Moma
Com
respeito pela cultura, buscando aprender a língua e inserir-se na realidade da
população, a equipe missionária assume o acompanhamento pastoral de duas
paróquias: São Paulo Apóstolo de Larde e São Miguel Arcanjo de Micane. Com as
lideranças paroquiais, os missionários auxiliam na organização dos ministérios
e serviços, na promoção vocacional e na formação de animadores e animadoras
leigos.
Atenta
a realidade e as necessidades da comunidade local, a equipe também desenvolve
projetos sociais nas áreas de educação (Veja mais) , através de uma Biblioteca
Comunitária e de um projeto de reforço escolar e alfabetização de crianças e
mulheres, chamado Murima Wa Mwana (Coração de Criança).
Desde
2009, a missão em Moçambique mantém um Lar Vocacional , que acolhe jovens
rapazes para o discernimento vocacional. Neste tempo, seguem estudando na
escola regular e são acompanhados pela equipe missionária em seu processo de
amadurecimento e discernimento. Quando concluem a 12ª classe, escolhem seguir o
caminho vocacional nas congregações ou no seminário arquidiocesano.
Equipe
Missionária
O
testemunho dos missionários e missionárias enviados a Moçambique, a partilha e
a oração de todo o Rio Grande do Sul e a disposição de padres, leigas e leigos,
religiosos e religiosas para partir é o que garante a continuidade da missão ad
gentes.
Desde
1994, foram cerca de 70 enviados pelo Regional Sul 3 a Moçambique. Normalmente,
os missionários e missionárias são enviados por um período de três anos e
integram juntos a equipe missionária. Atualmente, em Moma, são missionários do
Projeto Igrejas Solidárias:
Benedito
Salvador Ataguile, da Diocese de Osório
Pe.
Henrique Neis, da Diocese de Novo Hamburgo.
Pe.
Luiz José Weber, da Diocese de Santo Ângelo.
Maria
Bernardete Acadroli, da Diocese de Caxias do Sul.
Pe.
Josemar Silva, da Arquidiocese de Florianópolis.
Fonte;
CNBB Regional Sul 3
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Papa: "Que o Senhor dê a todos um
coração que busca a paz"
Ao
final da Audiência Geral desta quarta-feira (18/09), realizada na Praça São
Pedro, o Santo Padre renovou seu pedido pela paz no mundo: "A guerra é
sempre uma derrota". O Papa também expressou solidariedade aos países da
Europa que sofrem com chuvas torrenciais e inundações.
Thulio Fonseca - Vatican News
Ao final da Audiência Geral desta quarta-feira, 18 de
setembro, o Papa expressou solidariedade às vítimas das fortes chuvas que
atingiram a Europa centro-oriental, resultando em mortes e grandes destruições.
Francisco mencionou em especial países como Áustria, Romênia, República Tcheca
e Polônia, gravemente afetados pelas inundações.
"Asseguro a todos a minha proximidade, e rezo
especialmente por aqueles que perderam a vida e por seus familiares. Agradeço e
incentivo as comunidades católicas locais e outras organizações de voluntariado
pelos esforços de ajuda e socorro."
A
guerra é uma derrota
Francisco renovou o convite aos fiéis para rezarem pela paz e
fez mais um urgente apelo para que cessem os conflitos que continuam a devastar
o mundo: "Rezemos pela paz: não esqueçamos que a guerra é uma derrota. Não
esqueçamos da Palestina, de Israel, não esqueçamos da martirizada Ucrânia, de
Mianmar e de tantos outros lugares onde há guerras, guerras terríveis."
“Que o Senhor dê a todos um coração que busca a paz para
derrotar a guerra, que sempre é uma derrota!”
Dia
Mundial do Alzheimer
Ainda em seus apelos finais, o Santo Padre lembrou que no
próximo sábado, 21 de setembro, será celebrado o Dia Mundial do Alzheimer.
Francisco pediu orações e apoio aos doentes e seus familiares:
"Rezemos para que a ciência médica possa, em breve,
oferecer perspectivas de cura para esta doença e para que intervenções
adequadas sejam cada vez mais implementadas em apoio aos doentes e suas
famílias."
Incentivo
aos beneditinos e carmelitas
Por fim, o Papa dirigiu uma saudação aos participantes do
Congresso dos Abades da Congregação Beneditina e felicitou o novo Abade
Presidente eleito, incentivando todos a renovarem o compromisso com a caridade
e a missão beneditina. "Encorajo todos a se empenharem com zelo caritativo
e missionário para tornar o espírito beneditino sempre mais atual no
mundo."
Francisco também fez um apelo aos Leigos Carmelitas, pedindo
que continuem sendo "fermento do Evangelho, alcançando especialmente os
mais vulneráveis, para se tornarem sempre um sinal de uma Igreja em
saída".
Fonte:
Vatican News
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Francisco: a fraternidade é a resposta
às tramas diabólicas do ódio e da guerra
Na
Audiência Geral, o Papa repercorreu as etapas da sua recente viagem apostólica
à Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura: Encontrei uma Igreja
grande e viva, que não faz proselitismo, mas cresce através da “atração”. A
compaixão é o caminho para dar testemunho de Cristo.
Mariangela Jaguraba - Vatican News
A viagem apostólica à Indonésia, Papua Nova Guiné,
Timor-Leste e Singapura foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência
Geral, desta quarta-feira (18/09), realizada na Praça São Pedro.
O Pontífice iniciou recordando que "em 1970, Paulo VI
foi o primeiro Papa a voar em direção ao sol nascente, visitando por muito
tempo as Filipinas e a Austrália, mas também parando em vários países asiáticos
e nas Ilhas Samoa". "Uma viagem memorável", disse Francisco,
afirmando que também nisso tentou seguir o seu exemplo. "Agradeço ao
Senhor, que me permitiu fazer como velho Papa o que gostaria de ter feito como
jovem jesuíta", acrescentou.
“Uma primeira reflexão que surge espontaneamente depois
desta viagem é que ao pensarmos na Igreja somos ainda demasiado eurocêntricos,
ou, como se costuma dizer, “ocidentais”. Na realidade, a Igreja é muito maior,
muito maior que Roma e a Europa, muito maior! Também, ouso dizer, muito mais
viva, nesses países!”
Experimentei isso de forma emocionante, encontrando
aquelas comunidades, ouvindo os testemunhos de padres, freiras, leigos,
sobretudo catequistas. Igrejas que não fazem proselitismo, mas que crescem
através da “atração”, como disse sabiamente Bento XVI.
A
fraternidade é o futuro
"Na Indonésia, os cristãos representam cerca de 10% e os
católicos 3%, uma minoria", lembrou o Papa, dizendo que encontrou
"uma Igreja viva, dinâmica, capaz de viver e transmitir o Evangelho
naquele país que tem uma cultura muito nobre, inclinada a harmonizar a
diversidade, e ao mesmo tempo tem a maior presença de muçulmanos no mundo.
Naquele contexto, tive a confirmação de como a compaixão é o
caminho que os cristãos podem e devem percorrer para dar testemunho de Cristo
Salvador e, ao mesmo tempo, encontrar as grandes tradições religiosas e
culturais".
“Fé, fraternidade, compaixão” foi o lema da visita à
Indonésia: com estas palavras o Evangelho entra todos os dias, concretamente,
na vida daquele povo, acolhendo-a e dando-lhe a graça de Jesus morto e
ressuscitado.
“Estas palavras são como uma ponte, como a passagem
subterrânea que liga a Catedral de Jacarta à maior mesquita da Ásia. Lá, vi que
a fraternidade é o futuro, é a resposta à anti-civilização, às tramas
diabólicas do ódio e da guerra, e também do sectarismo. Existe fraternidade,
fraternidade", sublinhou.”
O
Espírito Santo é o chefe da harmonia
Na Papua Nova Guiné, um arquipélago que se estende até à
imensidão do Oceano Pacífico, o Papa disse que encontrou "a beleza de uma
Igreja missionária em saída".
Lá as diferentes etnias falam mais de oitocentas línguas:
um ambiente ideal para o Espírito Santo, que gosta de fazer ressoar a mensagem
do Amor na sinfonia das linguagens.
“O que o Espírito Santo faz não é uniformidade, é
sinfonia, é harmonia, é o patrono, é o chefe da harmonia. Lá, de modo
particular, os protagonistas foram e são ainda os missionários e os
catequistas.”
Alegrou-me o coração poder conviver um pouco com os
missionários e os catequistas de hoje; e fiquei comovido ao ouvir os cânticos e
as músicas dos jovens: neles vi um futuro novo, sem violências tribais, sem
dependências, sem colonialismos económicos ou ideológicos; um futuro de
fraternidade e de cuidado com o maravilhoso ambiente natural.
Segundo Francisco, "a Papua-Nova Guiné pode ser um
“laboratório” deste modelo de desenvolvimento integral, animado pelo “fermento”
do Evangelho. Porque não há nova humanidade sem novos homens e novas mulheres,
e só o Senhor os faz". O Pontífice recordou sua "visita a Vanimo,
onde os missionários estão entre a floresta e o mar. Eles entram na floresta em
busca das tribos mais escondidas, ali... uma lembrança linda, essa".
Fé
que se torna cultura e ao mesmo tempo a ilumina
"O poder da promoção humana e social da mensagem cristã
destaca-se particularmente na história de Timor-Leste", disse o Papa,
recordando que "lá a Igreja partilhou o processo de independência com todo
o povo, orientando-o sempre para a paz e a reconciliação".
Isto não é uma ideologização da fé, não, é a fé que se
torna cultura e ao mesmo tempo a ilumina, purifica, eleva. Por isso, relancei a
fecunda relação entre fé e cultura, que São João Paulo II já havia sublinhado
na sua visita. Mas sobretudo impressionou-me a beleza daquele povo: um povo
experimentado, mas alegre, um povo sábio no sofrimento. Um povo que não só gera
muitos filhos, como os ensina a sorrir. Esta é uma garantia do futuro.
“Em suma, em Timor-Leste vi a juventude da Igreja:
famílias, crianças, jovens, muitos seminaristas e aspirantes à vida consagrada.
Respirei “ar de primavera”!”
Harmonia
e fraternidade entre as diferentes etnias
A última etapa da Viagem Apostólica Internacional do Papa foi
Singapura. "Um país muito diferente dos outros três: uma cidade-estado
muito moderna, centro econômico e financeiro da Ásia e de outros lugares",
disse Francisco, acrescentando:
Lá, os cristãos são uma minoria, mas ainda formam uma
Igreja viva, empenhada em gerar harmonia e fraternidade entre as diferentes
etnias, culturas e religiões.
“Também na rica Singapura existem os “pequenos”, que
seguem o Evangelho e se tornam sal e luz, testemunhas de uma esperança maior do
que aquela que os ganhos econômicos podem garantir.”
Francisco agradeceu a esses povos que o "acolheram com
tanto carinho, com tanto amor". Agradeceu também aos "seus
governantes que tanto ajudaram nesta visita, para que fosse realizada com
ordem, sem problemas", e "a todos aqueles que também
colaboraram para isso". Por fim, agradeceu "a Deus o dom desta
viagem! Deus abençoe os povos que conheci e os guie no caminho da paz e da
fraternidade", concluiu. - Fonte: Vatican News
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Audiência Geral: Papa conhece projeto
de coroinhas para ajudar crianças em Gaza
O
pe. Tancredi Muccioli, pároco na cidade italiana de Grotte di Castro, na região
de Viterbo, apresentou a Francisco uma iniciativa dos coroinhas em favor das
crianças de Gaza. Na Praça de São Pedro na manhã desta quarta-feira (18/09),
também estava Margareth Menezes, ministra da Cultura do Brasil, promotora e
principal interlocutora dos projetos relativos à celebração, em 2026, do
bicentenário das relações diplomáticas com a Santa Sé.
Fabrizio
Peloni - Vatican News
“As
crianças de Grotte di Castro... para as crianças de Gaza: vamos ajudá-las a
encontrar seu futuro” é o slogan da iniciativa apresentada ao Papa Francisco
por Pe. Tancredi Muccioli, pároco da cidade italiana de Viterbo, na Audiência
Geral da manhã desta quarta-feira (18/09), na Praça de São Pedro. “No início do
verão, alguns jovens coroinhas me propuseram fazer uma coleta para a Terra Santa:
juntos pensamos em vender as conhecidas geleias das freiras trapistas de
Vitorchiano, enviando a renda para o Patriarcado de Jerusalém”.
“Através
das Irmãs do Verbo Encarnado de Bagnoregio, entramos em contato com uma de suas
irmãs que está em Gaza, e assim começou a aventura”, explicou o pároco de São
Pedro Apóstolo, que inclusive entregou alguns potes da preciosa geleia ao Papa.
“Em julho e agosto, os coroinhas se empenharam na venda de mais de 400 potes de
geleia, que foram todos vendidos”. Os lucros foram enviados à paróquia da
Sagrada Família em Gaza, da qual, conclui Pe. Muccioli, “recebemos um vídeo com
os agradecimentos do pároco Gabriel Romanelli, que convida os nossos jovens a
rezar pela paz, para que esta guerra que já ceifou tantas vidas possa
terminar”.
Martina, batizada
pelo Papa há 10 anos na Santa Marta
Dez
anos depois do seu batismo, Martina sentiu novamente a carícia do Papa em seu
rosto. Em 2014, quando estava internada no hospital pediátrico Bambino Gesù de
Roma junto com os pais, foi recebida por Francisco na Casa Santa Marta. E na
véspera de uma delicada operação nos olhos, ela foi batizada pelo próprio
Pontífice. Um vínculo que nasceu graças às Irmãs da Caridade da Assunção.
Ainda
na manhã desta quarta-feira (18/09), algumas delas, entre as quais a Ir.
Mariangela Marognoli, acompanharam outras famílias assistidas, além da de
Martina: como os pais de Fabio - de origem filipina, falecido em 2020 aos 6
anos de idade e que o Papa conheceu em 2014 - e Matteo, de 12 anos, junto com a
mãe e o pai adotivos.
Particularmente
significativo foi o encontro de Francisco com cerca de 40 casais da Província
dos Viajantes da Comunidade de Emanuel, que vieram da França em peregrinação a
Roma nos últimos dias “para fortalecer o conhecimento e apego à Igreja, e para
se tornar um apoio sólido para o povo nômade”.
A saudação aos
recém-casados
Assim
que saiu do papamóvel, como de costume, o Pontífice cumprimentou os leitores um
a um. Entre eles estavam Arturo López Ramírez e Monika Nowak, que trabalham
respectivamente nas edições espanhola e polonesa do jornal vaticano L'Osservatore
Romano, e que se casarão no sábado, 28 de setembro.
E
uma longa história de amor foi testemunhada na Praça de São Pedro por Antonio
Corsello e Luigia Cimino. Em 13 de setembro, eles comemoraram 55 anos de
casamento. E na manhã desta quarta-feira (18/09), acompanhados dos dois filhos,
chegaram de Pescara, onde moram, para encontrar o Papa, “embora sejamos
originários da Sicília” - fazem questão de esclarecer. Durante a Audiência Geral,
os protagonistas e autores do primeiro musical dedicado ao Beato Carlo Acutis -
“O influencer de Deus” é o título - apresentaram seu trabalho a Francisco. Eles
são do Oratório de Santa Paola Frassinetti em San Calogero, uma cidade italiana
da província de Vibo Valentia, na Calábria. Elas encenarão o trabalho em toda a
Itália e, nesta manhã, acompanhadas pelo pároco Pe. Andrea Campennì, pediram ao
Pontífice “uma bênção especial o musical”.
As monjas beneditinas com o Papa Francisco
No
final da catequese, o Pontífice, saudando os fiéis de língua italiana, também
se dirigiu aos participantes do Congresso da Confederação Beneditina, cerca de
300 abades, priores, freiras e monjas de todo o mundo.
Do Brasil, estava
presente Margareth Menezes, ministra da Cultura
Entre
os presentes na Audiência Geral, também estava Margareth Menezes, ministra da
Cultura do Brasil, promotora e principal interlocutora dos projetos relativos à
celebração, em 2026, do bicentenário das relações diplomáticas com a Santa
Sé. Após a bênção final, a ministra saudou o Pontífice, entregando a ele
uma obra artesanal produzida com escamas de peixe. Também do Brasil e da
Bolívia, um grupo de leigos e religiosas pertencentes à Associação dos Amigos
de Madre Chiara Ricci - que este ano celebra o aniversário de 190 anos do seu
nascimento - encontrou o Papa para receber encorajamento na missão. Com eles
estavam algumas freiras franciscanas angelinas, do Instituto fundado por Madre
Ricci.
Além
disso, o cardeal Mauro Piacenza acompanhou uma delegação de cerca de 25
pessoas, dos assistentes eclesiásticos das diferentes seções nacionais da
Fundação Pontifícia “Ajuda à Igreja que Sofre”, que se reuniram em Roma nestes
dias. - Fonte: Vatican News
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Ucrânia, Parolin: respeito pelos
direitos humanos e troca de prisioneiros
O
Secretário de Estado, numa videoconferência com a Comissária para os Direitos
Humanos da Federação Russa, agradeceu à Defensoria Pública russa pelo seu papel
na libertação de dois sacerdotes ucranianos e lembrou a necessidade de
salvaguardar os direitos humanos fundamentais consagrados nas Convenções
Internacionais. Foco na assistência aos militares ucranianos prisioneiros na
Federação Russa e na troca recíproca dos soldados detidos.
Vatican
News
O
secretário de Estado Vaticano, cardeal Pietro Parolin, agradeceu às autoridades
russas pela libertação de dois sacerdotes ucranianos, Ivan Levytskyi e Bohdan
Heleta, padres da congregação do Santíssimo Redentor libertados em junho
passado, e apelou mais uma vez ao respeito pelos direitos humanos e a troca de
prisioneiros de guerra capturados durante o conflito entre a Rússia e a
Ucrânia. O purpurado se pronunciou numa videoconferência com Tatiana
Moskalkova, comissária para os direitos humanos da Federação Russa, realizada
em 16 de setembro. A notícia foi dada, nesta quarta-feira (18/09), num
comunicado da Santa Sé.
"Durante
a conversa", afirma a nota, "o cardeal secretário de Estado, além de
agradecer à Defensoria Pública russa por seu papel na libertação dos dois
sacerdotes ucranianos, lembrou a necessidade de salvaguardar, no contexto do
conflito atual, os direitos humanos fundamentais consagrados nas Convenções
Internacionais e tratou algumas questões humanitárias. Em particular, ele se
referiu à assistência aos militares ucranianos prisioneiros na Federação Russa
e à troca recíproca de soldados detidos na Rússia e na Ucrânia".
Fonte:
Vatican News
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Santa Sé na Agência de Energia Atômica:
não às armas atômicas, sim ao nuclear pelo bem comum
O
secretário para as Relações com os Estados e as Organizações Internacionais,
dom Paul Richard Gallagher, fez uma intervenção no primeiro dia da 68ª sessão
da Conferência Geral da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), que
está sendo realizada em Viena até a próxima sexta-feira (20/09). O arcebispo
argumentou sobre o compromisso pela não proliferação nuclear e a segurança das
usinas de energia, como aquelas ameaçadas pelo conflito na Ucrânia.
Alessandro
Di Bussolo - Vatican News
A
Santa Sé “reconhece o papel fundamental da Agência Internacional de Energia
Atômica (Aiea) na busca de um mundo livre de armas nucleares”, o que “é
possível e necessário”, como afirma o Papa Francisco, e reitera o “firme apoio
às muitas contribuições da Aiea ao regime de não proliferação nuclear, bem como
ao uso seguro, protegido e pacífico das tecnologias nucleares. É essencial que
essas tecnologias sejam sempre abordadas a partir de uma perspectiva que sirva
ao bem comum da humanidade e ao desenvolvimento integral de cada pessoa”. Foi o
que disse o arcebispo Paul Richard Gallagher, secretário para Relações com
Estados e as Organizações Internacionais, em discurso no primeiro dia da 68ª
Sessão da Conferência Geral da Aiea, que está sendo realizada de 16 a 20 de
setembro em Viena, na Áustria.
Não atacar perto das
usinas de Zaporizhzhya e Kursk
Entre
as contribuições da Agência para o avanço da segurança nuclear, a Santa Sé,
enfatiza o prelado, apoia particularmente os esforços “para garantir a
segurança e a proteção na usina nuclear de Zaporizhzhya” e para evitar o que o
Papa descreveu como um “desastre nuclear”. As atividades militares, ligadas à
guerra na Ucrânia, “relatadas nas proximidades de Zaporizhzhya e nas usinas
nucleares de Kursk” para a Santa Sé “são profundamente preocupantes”. O
arcebispo britânico elogia o diretor geral da Aiea, Rafael Mariano Grossi, e
seus inspetores “pela coragem e profissionalismo em manter uma presença
contínua no local em Zaporizhzhya e fornecer relatórios imparciais e objetivos
sobre a situação”. E a Santa Sé “exorta as partes em conflito a se absterem de
atacar esses lugares, cujas consequências poderiam ser devastadoras para toda a
humanidade”.
Aiea e o diálogo
nuclear entre Irã e Coreia do Norte
A
Santa Sé também acolhe positivamente os esforços contínuos da Aiea para lidar
com o Irã em relação ao seu programa nuclear, lamentando que Teerã “tenha
parado de implementar seus compromissos nucleares sob o Plano de Ação Global
Conjunto (JCPOA) há vários anos”. Em discurso ao Corpo Diplomático em janeiro
deste ano, lembra Gallagher, Francisco expressou esperança na retomada das
negociações para restabelecer o JCPOA “para garantir um futuro mais seguro para
todos”.
Negociações
que a Santa Sé também espera que sejam revitalizadas sobre o programa nuclear
da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), “que, com sua produção
contínua de armas nucleares e testes de mísseis, representa uma séria ameaça à
integridade do regime de não proliferação”. Também por esse motivo, destaca o
secretário de Relações com os Estados, as garantias da Aiea representam “uma
contribuição essencial para promover a paz e a segurança e ajudar a construir
um clima de confiança e não de repreensão recíproca”.
Tecnologia nuclear
pacífica para países em desenvolvimento
O
representante vaticano enfatiza o papel da Aiea na implementação do Tratado de
Não Proliferação de Armas Nucleares, assinado e ratificado pela Santa Sé, “com
o objetivo de evitar a proliferação de armas nucleares e facilitar a
disseminação dos benefícios da ciência e tecnologia nuclear pacífica disponível
para os países em desenvolvimento”. Com essas tecnologias, lembra, é possível
“aumentar a produção de alimentos, gerar mais eletricidade, gerenciar recursos
hídricos, monitorar o meio ambiente e controlar a poluição, além de se preparar
para pandemias”.
A
Santa Sé também reconhece os esforços da Aiea “para facilitar o fornecimento de
radioterapia e medicina nuclear disponíveis para pacientes com câncer” nos
mesmos países que estão “se tornando cada vez mais cruciais” para a
disseminação dramática dessa doença. A iniciativa Raios de Esperança representa
apenas uma das muitas maneiras “pelas quais a Agência contribui para a saúde e
o bem-estar das populações globais”.
O Papa e o objetivo
de eliminar as armas nucleares
Em
declaração, dom Gallagher baseia o apoio da Santa Sé aos esforços da Aiea no
magistério do Papa Francisco, para quem, escreve ele na encíclica Fratelli
tutti, “o objetivo final da eliminação total das armas nucleares torna-se
tanto um desafio quanto um imperativo moral e humanitário”. De acordo com o
apelo da Santa Sé para “um compromisso coletivo e conjunto com a promoção de
uma cultura de cuidado que priorize a dignidade humana e o bem comum”.
O
secretário para Relações com Estados e as Organizações Internacionais também
cita a mensagem do Papa ao Conselho de Segurança da ONU em junho de 2023, na
qual ele pede um “não” decisivo à guerra e afirma “que a guerra não pode ser
justificada, mas somente a paz é justa: uma paz estável e duradoura, construída
não em um equilíbrio precário de dissuasão, mas na fraternidade que nos une”.
Em um mundo no qual “uma corrida armamentista acelerada, alimentada por guerras
crescentes, está substituindo os esforços de desarmamento”, Francisco
denunciou, em discurso ao Corpo Diplomático em janeiro de 2022, que “o uso da
energia atômica para fins de guerra é imoral, assim como a posse de armas
nucleares é imoral”.
Missa dominical em
Viena e a cultura do cuidado
Sobre
a possibilidade de construir um mundo melhor, fundado em uma “cultura do
cuidado” que supere e substitua “a lógica da cultura do descarte”, como o
Pontífice costuma dizer, dom Gallagher também focou sua homilia na missa que
presidiu no domingo, 15 de setembro, na véspera da Conferência Geral da Aiea,
na Igreja de Maria am Gestade. Um mundo, disse ele, “no qual a
lógica do poder, da dominação e da exploração seja superada por uma abordagem
verdadeiramente humana, enraizada no respeito mútuo, na solidariedade e nos
valores universais, como a verdade, o perdão, a compaixão e a boa fé entre as
nações”. Dirigindo-se a todos os membros da delegação e a dom Ricard Gyhra, que
está iniciando nova função como Representante Permanente da Santa Sé junto às
Organizações Internacionais em Viena nestes dias, o arcebispo britânico
expressou esperança de que “como membros da única família humana, trabalharemos
incansavelmente para alcançar este nobre objetivo, especialmente ao iniciarmos
o importante trabalho desta 68ª Conferência Geral”.
A diplomacia do
Vaticano e o objetivo de um mundo melhor
Como
cristãos, continuou ele, baseamos nossa esperança de um mundo melhor em Jesus
Cristo, que “não é um líder mundano triunfante”, mas “um servo sofredor”, como
Isaías o retrata na primeira leitura da liturgia de domingo. Jesus, esclareceu
ele, “aquele que venceu a morte e restaurou a vida, traz justiça e paz ao tomar
sobre si os pecados e as disfunções do mundo inteiro”.
Em
conexão com a atividade diplomática, Gallagher lembrou que “não somos os
salvadores do mundo. No entanto, somos chamados a suportar o trabalho árduo de
negociações longas e muitas vezes frustrantes e a encontrar compromissos em
questões políticas e diplomáticas desafiadoras”. Em um esforço muito
oculto, com poucos frutos visíveis, especialmente em uma época em que as armas
e o poderio militar são preferidos à diplomacia, foi seu convite: “devemos nos
comprometer a usar as ferramentas do diálogo, da paciência, da convicção e da
perseverança para alcançar o objetivo que todos desejamos: a coexistência
pacífica da família humana e o desenvolvimento integral de cada pessoa”. Que
Cristo, o Príncipe da Paz, concluiu o arcebispo no início da Conferência da Aiea,
“nos ajude a trabalhar juntos, além de nossos limites naturais, para o bem
mútuo e comum e para toda a humanidade”.
Fonte:
Vatican News
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Vaticano e Procuradoria de Perugia:
colaboração na investigação do caso de Londres
Encontro
desta terça-feira (17/09) entre o procurador Cantone, o promotor vaticano de
Justiça Diddi e o comandante da Gendarmaria Gauzzi: um início acordado de
colaboração entre os dois organismos judiciais após a abertura, também pelo
promotor de Justiça, de um fascículo sobre supostos acessos não autorizados
realizados durante a investigação sobre o edifício da Sloane Avenue.
Vatican
News
Foi
iniciada uma “colaboração” entre a Procuradoria-Geral de Perugia, na Itália, e
a Promotoria de Justiça do Estado da Cidade do Vaticano após a abertura, também
pelo promotor Alessandro Diddi, “de um fascículo sobre os supostos acessos não
autorizados realizados durante o curso da investigação do conhecido inquérito sobre
a compra do edifício em Londres”.
O
anúncio foi feito pela Sala de Imprensa do Vaticano nesta terça-feira (17/09),
referindo-se a um encontro que ocorreu em mesma data na sede da Procuradoria de
Perugia, entre o procurador Raffaele Cantone, a vice-procuradora Laura Reale, o
promotor de Justiça do Vaticano Diddi e o comandante do Corpo de Gendarmaria do
Vaticano Gianluca Gauzzi. A reunião, sublinha a Sala de Imprensa da Santa Sé,
“tornou-se necessária” precisamente para chegar a um acordo sobre o início da
colaboração entre os dois órgãos judiciais.
Nos
últimos dias, soube-se que havia sido feita uma tentativa de coletar dados
sobre várias pessoas que, mais tarde, acabariam no banco dos réus no caso da
negociação do edifício da Sloane Avenue. O caso foi o centro do processo no
Tribunal do Vaticano, que durou dois anos e terminou com a condenação em
primeira instância de dez réus.
Fonte:
Vatican News
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Bolívia: bispos promovem o diálogo e a
unidade no país
Diante
da tensão política e social na Bolívia, a Conferência Episcopal divulgou um
comunicado convidando ao diálogo franco e sincero.
Ariana
Pernía Paolini - Vatican News
A
Conferência Episcopal da Bolívia (CEB) emitiu um comunicado nesta terça-feira
(17/09) em resposta ao que chamou de “preocupante situação política, econômica
e social” na nação sul-americana. O objetivo é promover um “diálogo franco e
sincero” entre as partes que estão em tensão. Nesse sentido, a fim de evitar
episódios de angústia, escassez e incerteza, a CEB destacou que considera que
os bloqueios de estradas não são “a melhor solução”, uma vez que considera que
tais medidas “prejudicam o desenvolvimento econômico do país e afetam
diretamente a população, impedindo-a de se locomover livremente e realizar seu
trabalho diário”.
Promover a unidade
de todos
Da
mesma forma, os bispos anunciaram que este é o momento em que “devemos promover
a unidade de todos os setores e instituições sociais”, ao mesmo tempo em que
convidam ao diálogo “oferecendo soluções viáveis que garantam um futuro mais
promissor”. A CEB, portanto, conclamou “as autoridades públicas e todos aqueles
que estão exercendo pressão a se engajarem em um diálogo franco e sincero a fim
de resolver a complexa situação social que nosso país está vivendo nos níveis
econômico, político e judicial”.
Evitar a escalada de
violência
De
acordo com a CEB, a Defensoria Pública, no âmbito de suas atribuições,
pronunciou-se no sentido de “promover a ação sensível ao conflito e a gestão
pacífica do conflito nas instituições do Estado e nos atores da sociedade, sob
a perspectiva dos direitos humanos e da cultura do diálogo e da paz”. Da mesma
forma, ela fez “um apelo às autoridades nacionais, dos departamentos e municipais,
bem como aos diferentes setores que tomam medidas de pressão para atender às
suas demandas, e à população boliviana, para que mantenham a calma e evitem
ações que possam levar a atos de violência e a um maior conflito no país”, a
fim de preservar o sistema democrático e resolver conflitos por meio do diálogo
e do respeito
Fonte:
Vatican News
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Polônia: a Caritas em ação entre as
vítimas das enchentes
Desde
os primeiros dias da crise ambiental, as Caritas diocesanas estão intervindo
para ajudar as pessoas afetadas nas áreas inundadas. As regiões mais devastadas
incluem as dioceses de Legnica e Świdnica, onde a ajuda está chegando de outras
dioceses. No domingo, 22 de setembro, será realizada uma coleta nacional em
favor das vítimas.
Tomasz
Zielenkiewicz
A
Caritas Polônia já forneceu a primeira parte da ajuda de emergência: 200
mil złoty (cerca de 50 mil euros), destinados aos centros da
Caritas nas áreas afetadas pelas enchentes. A própria Caritas da Polônia lançou
uma campanha de arrecadação de fundos em seu site www.caritas.pl.
O organismo informou que também é necessária assistência material urgente,
especialmente de empresas, devido a grandes quantidades. Entre os itens
necessários estão desumidificadores, água potável, geradores, pás, carrinhos de
mão, botas à prova d'água, produtos de higiene e alimentos de longa duração.
A
Caritas nas dioceses de Opole, Świdnica, Bielsko-Żywiec e Legnica está em
contato com as autoridades que coordenam a assistência nacional. Os primeiros
transportes sairão dos escritórios da Caritas nas dioceses de Świdnica e
Legnica na próxima terça-feira (24/09).
Dia de coleta de
ajuda
Em
resposta a um apelo do presidente da Conferência Episcopal Polonesa, arcebispo
Tadeusz Wojda, uma coleta será realizada nas igrejas polonesas no domingo, 22
de setembro, para ajudar as pessoas afetadas pelas enchentes. “Quero expressar
nossa solidariedade com aqueles que passaram por esse drama, mas também
assegurar-lhes que não estão sozinhos. Rezamos por eles, os apoiamos
espiritualmente, mas também queremos ajudá-los materialmente. A Caritas da
Polônia, que está coordenando a assistência em nome da Igreja polonesa, já
começou a fornecê-la”, disse o arcebispo Wojda em mensagem publicada on-line.
Ele fez um apelo à generosidade: “a água, após fortes chuvas, inundou muitas
casas, escolas, jardins de infância e hospitais. Muitas casas e prédios
públicos foram destruídos e toda a infraestrutura rodoviária também foi
severamente danificada”.
A contagem dos danos
Até
o momento, não se sabe quantas igrejas, conventos, capelas e cemitérios
católicos foram atingidos pela força das águas, mas sabe-se que o convento dos
frades franciscanos em Kłodzko e a igreja local de Nossa Senhora do Rosário
estão entre os mais afetados. “Nosso convento e nossa igreja foram inundados. A
água”, escreveram os frades no site do convento, ”atingiu o teto do andar
térreo do convento, na igreja a água atingiu a altura do ambão, e do prédio
paroquial só se vê o telhado. A parede do convento foi destruída pela
correnteza do rio. A água quase atingiu o nível da enchente do século de 1997”.
Refeitórios para
moradores em situação de rua
A
Caritas da diocese de Świdnica também está ajudando os desabrigados,
administrando refeitórios que ficam abertos 24 horas por dia. A Caritas da
diocese de Opole também iniciou uma assistência semelhante. As refeições
preparadas nos refeitórios de Racibórz e Nysa são distribuídas às vítimas das
enchentes. Os voluntários e funcionários da Caritas fornecerão água potável,
pão, alimentos, produtos de limpeza e de higiene pessoal em locais como
Głuchołazy e as áreas vizinhas de Nysa, Prudnik, Moszczanka, Łąka Prudnicka e
outras.
Fonte:
Vatican News
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Card. Steiner: "Brasil respira
fumaça porque não cuida da casa comum"
"O
Brasil inteiro respira fumaça, respira fumaça porque não cuidamos da obra que
Deus nos confiou", denuncia o arcebispo de Manaus, card. Leonardo Steiner,
que ressalta que "a Igreja nesses anos todos tem sempre de novo procurado
conscientizar e se responsabilizar nas comunidades pelo cuidado da obra da
Criação".
Vatican
News
A
Amazônia passa por um momento dramático, uma situação que tem como causa a
emergência ambiental derivada do aumento das queimadas e da seca. Só no Estado
do Amazonas, os dados da Defesa Civil falam de 330 mil pessoas atingidas pelos
impactos da seca, e todos os 62 municípios do Estado estão em emergência
ambiental.
Cada
dia aumenta o número de comunidades isoladas ou com grande dificuldade de
acesso. Uma situação que piora com o aumento das queimadas, o maior número
desde 2010, que tem coberto de fumaça Manaus e muitas outras cidades da
Amazônia e do Brasil.
Uma
situação que é constatada pelo arcebispo de Manaus e presidente do Regional
Norte1 da CNBB e do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), cardeal Leonardo
Steiner. Ele não duvida em afirmar que “estamos vivendo mais um ano de seca,
com o ano de seca aumentam mais uma vez as queimadas”. Lembrando a situação de
2023, o cardeal ressalta que “tivemos o ano passado muitas queimadas, muita
seca, e este ano se repete”, sublinhando que “o ar se torna muitas vezes
irrespirável”.
Diante
dessa situação calamitosa, o arcebispo de Manaus afirma que “é um momento em
que nós precisamos sempre de novo pensar o que nós estamos fazendo pela nossa
casa comum”. Falando sobre os passos dados pela Igreja do Brasil, o cardeal
Steiner lembrou que “nós como Igreja queremos conscientizar, fazer com que as
pessoas despertem para a responsabilidade da casa comum”.
O
presidente do CIMI denuncia que “muitos desses incêndios são criminosos, seja
na Amazônia, seja no Pantanal. O Brasil inteiro respira fumaça, respira fumaça
porque não cuidamos da obra que Deus nos confiou”. Nessa perspectiva, o
arcebispo de Manaus ressalta que “a Igreja nesses anos todos tem sempre de novo
procurado conscientizar e se responsabilizar nas comunidades pelo cuidado da
obra da Criação”.
Finalmente,
o cardeal Steiner disse que “nós queremos através da nossa ação ajudar a
diminuir as queimadas e eliminar este ar tão pesado que nós respiramos. Mas
especialmente, nós queremos que a natureza viva, viva no seu veador, e nós
desejamos que os animais possam viver também tranquilamente e não serem
queimados na natureza”. Ele faz um chamado para que “cuidemos da Criação,
cuidemos da obra que Deus nos confiou, vamos cuidar e cultivar, como nos ensina
Papa Francisco”.
Fonte:
Vatican News
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Sínodo: à procura de uma “Igreja
sinodal missionária”
Foi
apresentada a organização da segunda sessão da XVI Assembleia Geral do Sínodo
dos bispos que revelou mais uma presença portuguesa, o cardeal Américo Aguiar,
bispo de Setúbal. Recordamos aqui o essencial do Instrumentum Laboris do
Sínodo, que propõe o título “Como ser Igreja sinodal missionária”.
Rui
Saraiva – Portugal
Aproxima-se
a segunda sessão do Sínodo dos bispos que trata o tema “Por uma Igreja sinodal:
participação, comunhão, missão”, num longo processo de escuta iniciado em 2021.
A sua organização foi apresentada no dia 16 de setembro.
A
XVI Assembleia Sinodal decorrerá de 2 a 27 de outubro, mas os dias anteriores
vão ser lugar de retiro. Grande atenção para a celebração penitencial de dia 1º
de outubro na qual vão ser escutados testemunhos de pessoas que sofreram o
pecado dos abusos, da guerra e da indiferença.
Destaque no programa
para algumas atividades especiais:
-
a 11 de outubro, na data dos 62 anos da abertura do Concílio Vaticano II, será
organizada pela Comunidade de Taizé, uma vigília ecuménica;
-
nos dias 9 e 16 de outubro haverá fóruns teológico-pastorais sobre temas como o
papel da autoridade do bispo numa Igreja sinodal e a relação entre igreja-local
e igreja-universal;
-
a 21 de outubro será de novo tempo para retiro espiritual implorando ao Senhor
os seus dons para a elaboração do documento final do Sínodo.
Cardeal Américo
Aguiar também estará no Sínodo
No
dia da apresentação do evento ficamos a saber que o cardeal Américo Aguiar,
bispo de Setúbal, também vai participar no Sínodo, aumentando o número de
portugueses participantes. Assim, na XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo
dos bispos, para além do jovem purpurado, vão tomar parte os bispos D. José
Ornelas e D. Virgílio Antunes, delegados da Conferência Episcopal Portuguesa, o
cardeal Tolentino Mendonça, pela Cúria Romana e como colaboradores o padre
Paulo Terroso da arquidiocese de Braga e a assessora de imprensa Leopoldina
Simões.
O
cardeal Américo Aguiar, em declarações publicadas no site da diocese de Setúbal
afirma que com esta segunda sessão do Sínodo “vai chegar a hora certa” para que
todas as reflexões e partilhas que foram feitas se possam “materializar nas
propostas finais” do Sínodo.
Recordemos
aqui o essencial do Instrumentum Laboris (instrumento de
trabalho) para a segunda sessão desta Assembleia Sinodal. O coração deste
documento apresenta três partes com elementos essenciais da dinâmica sinodal:
Relações, Percursos e Lugares.
Escuta e diálogo
O Instrumentum
Laboris (IL) tem como título “Como ser Igreja sinodal missionária”. O
documento é a base consolidada de três anos de um caminho de reflexão, de
escuta e de discernimento nas comunidades eclesiais de todo o mundo.
O
texto sinodal recorda as “etapas diocesanas, nacionais e continentais, num
diálogo contínuo impulsionado pela Secretaria Geral do Sínodo através de
documentos de síntese e de trabalho”.
A
primeira sessão da assembleia sinodal em 2023, com o seu Relatório de Síntese
abriu caminho a uma consulta posterior às Igrejas locais, a partir de uma
questão orientadora: “Como ser Igreja sinodal em missão?”.
Este
documento agora publicado será a base para a segunda sessão do Sínodo. Um ponto
de chegada, mas também de partida, que prepara a aplicação da dinâmica sinodal
na Igreja.
Processo não termina
em 2024
“As
duas Sessões não podem ser separadas e muito menos opostas: decorrem em
continuidade e sobretudo fazem parte de um processo mais amplo que, de acordo
com as indicações da Constituição Apostólica Episcopalis communio,
não terminará no final de outubro de 2024”, recorda a introdução do IL
assinalando o “caminho de conversão e de reforma que a Segunda Sessão convidará
toda a Igreja a realizar”.
“Estamos
ainda a aprender como ser Igreja sinodal missionária, mas é uma missão que
experienciámos poder empreender com alegria”, diz o texto.
O
documento destaca especialmente a importância da metodologia sinodal da
Conversação no Espírito, no caminho percorrido até ao momento.
Continuar a reflexão
sobre o diaconado feminino
De
destacar neste documento da Secretaria Geral do Sínodo “os aspetos da vida da
Igreja abertos à participação das mulheres”, sendo referido que “frequentemente
não são utilizadas” todas essas possibilidades de participação.
É
afirmado que em algumas culturas há ainda uma clara “presença do machismo,
sendo necessária uma participação mais ativa das mulheres em todos os setores
eclesiais”. Recorda o Papa Francisco quando afirma que a perspetiva das
mulheres “é indispensável nos processos decisórios e na assunção de funções nas
diversas formas de pastoral e de missão”.
A
este propósito, o IL informa que o tema do diaconado feminino “não será objeto
dos trabalhos da Segunda Sessão”, sendo apontado que se “prossiga a reflexão
teológica, com tempos e modalidades adequados”. Confia esse trabalho de amadurecimento
a um dos grupos de estudo já em funcionamento no âmbito sinodal e que
continuarão ativos em 2025.
Por uma conversão
das “relações”
A
Parte I do IL dedica-se às “Relações” e afirma que “ao longo de todo o processo
sinodal e em todas as latitudes emergiu a exigência de uma Igreja não
burocrática, mas capaz de nutrir as relações”.
O
texto salienta que “a sinodalidade, enquanto exigência da missão, não é
entendida como um expediente organizativo, mas sim vivida e cultivada como o
conjunto das formas segundo as quais os discípulos de Jesus tecem relações
solidárias, capazes de corresponder ao amor divino que continuamente os reúne e
que são chamados a testemunhar nos contextos concretos em que se encontram”.
“Compreender
como ser Igreja sinodal em missão passa, portanto, por uma conversão
relacional, que reoriente as prioridades e as ações de cada um, nomeadamente
daqueles que têm a missão de animar as relações ao serviço da unidade, no
concreto de uma partilha de dons que liberta e enriquece todos”, refere o
texto.
Especial
destaque nesta parte do documento para o encontro “Párocos pelo Sínodo” que
decorreu este ano no Vaticano e no qual foi sugerida “uma compreensão renovada
do Ministério ordenado no horizonte da Igreja sinodal missionária”.
Propõe
uma reflexão sobre “as relações, estruturas e processos que podem favorecer uma
visão renovada do Ministério ordenado, passando de um modo piramidal de
exercitar a autoridade para um modo sinodal”, revela o texto.
“No
âmbito da promoção dos carismas e ministérios batismais, é possível implementar
uma reativação das funções cuja execução não exige o sacramento da Ordem. Uma
distribuição mais articulada das responsabilidades poderá indubitavelmente
favorecer também processos decisórios caracterizados por um estilo mais
claramente sinodal”, refere o documento.
“Percursos” de
formação, discernimento e decisão
A
Parte II – Percursos, “põe em evidência os processos que asseguram o cuidado e
desenvolvimento das relações, em particular a união a Cristo com vista à missão
e à harmonia da vida comunitária, graças à capacidade de enfrentar em conjunto
conflitos e dificuldades”.
Destaque
especial para a importância da formação. “Para muitos, a participação nos
encontros sinodais constituiu uma ocasião de formação sobre o conhecimento e a
prática da sinodalidade”. Ou seja, conhecer o “modo como o Espírito atua na
Igreja e a guia ao longo da história”, diz o texto.
“Não
pode ser uma formação exclusivamente teórica”, alerta o IL, assinalando “a
necessidade de uma formação comum e partilhada, na qual tomem parte homens e
mulheres, Leigos, Consagrados, Ministros ordenados e Candidatos ao Ministério
ordenado, permitindo assim aumentar o conhecimento e a estima recíprocos, bem
como a capacidade de colaboração”.
“Solicita-se
igualmente que seja prestada especial atenção à promoção da participação das
mulheres nos programas de formação, ao lado de Seminaristas, Sacerdotes,
Religiosos e Leigos”, refere o texto.
O
IL refere que “o ponto de partida e o critério de referência de todo o
discernimento eclesial é a escuta da Palavra de Deus”. Sustenta que “o
discernimento envolve todos, tanto os que participam a nível pessoal como
comunitário, exigindo cultivar disposições de liberdade interior, abertura à
novidade e abandono confiante à vontade de Deus, e permanecer à escuta uns dos
outros, a fim de escutar «o que o Espírito diz às Igrejas»”, diz o documento.
“Um
processo de discernimento articula concretamente comunhão, missão e
participação. Por outras palavras, é um modo de caminhar juntos.”, salienta o
IL.
Especial
destaque também neste documento de trabalho para os processos de decisão, sendo
sublinhado que na “Igreja sinodal toda a comunidade, na livre e rica
diversidade dos seus membros, é convocada para rezar, escutar, analisar, dialogar,
discernir e aconselhar na tomada de decisões pastorais”.
Nos “lugares”
superar o modelo piramidal
Finalmente,
a Parte III do IL dirige a sua atenção aos “Lugares”, no seu registo de
contexto e de cultura. “A vida sinodal missionária da Igreja, as relações que a
integram e os percursos que asseguram o seu desenvolvimento, nunca podem
prescindir do concreto de um ‘lugar’, ou seja, de um contexto e de uma
cultura”, diz o documento sinodal.
“Esta
Parte III convida-nos a superar uma visão estática dos lugares, que os ordena
por níveis ou graus sucessivos (Paróquia, zona, Diocese ou Eparquia, Província
Eclesiástica, Conferência Episcopal ou Estrutura Hierárquica Oriental, Igreja
universal) segundo um modelo piramidal”, refere.
Segundo
o IL, “o anúncio do Evangelho, suscitando a fé no
coração dos homens e das mulheres, permite que num lugar se constitua uma
Igreja. A Igreja não pode ser compreendida sem implementação num lugar e numa
cultura e sem as relações que se estabelecem entre lugares e culturas. Destacar
a importância do lugar não significa ceder ao particularismo ou ao relativismo,
mas sim valorizar a realidade concreta em que, no espaço e no tempo, se
constrói uma experiência partilhada de adesão à manifestação de Deus salvador”.
Especial
nota neste documento sinodal para o facto de que “a pertença à Igreja,
manifesta-se, atualmente, com um número crescente de formas que não remetem
para uma base geograficamente definida, mas para ligações de tipo associativo.
Esta variedade de formas é promovida, tendo sempre presente a perspetiva
missionária e o discernimento eclesial daquilo que o Senhor pede em cada
contexto particular”.
É
sublinhada a necessidade de serem valorizados os conselhos paroquiais e
diocesanos como “instrumentos essenciais para o planeamento, a organização, a
execução e a avaliação das atividades pastorais”.
Estes
conselhos podem incluir alguns aspetos de “estilo sinodal”: “podem ser alvo de
processos de discernimento eclesial e de processos decisórios sinodais e
lugares da prática da prestação de contas e da avaliação de quem exerce cargos
de autoridade, sem esquecer que, por sua vez, estas pessoas devem dar conta do
modo como desempenham as suas funções”, refere o documento da Secretaria Geral
do Sínodo.
No
seu penúltimo ponto (111) o IL revela que este documento “interroga-se e
interroga-nos sobre como ser uma Igreja sinodal missionária; como nos
empenharmos numa escuta e num diálogo profundos; como sermos corresponsáveis à
luz do dinamismo da nossa vocação batismal pessoal e comunitária; como
transformarmos estruturas e processos de modo a que todos possam participar e
partilhar os carismas que o Espírito infunde em cada um para benefício comum;
como exercer poder e autoridade como serviço. Cada uma destas perguntas é um
serviço à Igreja e, através da sua ação, a possibilidade de curar as feridas
mais profundas do nosso tempo”, diz o IL.
Laudetur
Iesus Christus Fonte: Vatican News
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Egito. Celebrado o 50º aniversário do
Conselho de Igrejas do Oriente Médio
O
Papa Tawadros, em seu discurso, evocando o primeiro salmo, comparou o Conselho
de Igrejas do Oriente Médio a uma árvore plantada que produz seus frutos no
momento certo. O patriarca também citou orações coptas pedindo ao Senhor para
acabar com as divisões entre os irmãos e restaurar a unidade. Cerca de trinta
Igrejas e comunidades eclesiais, pertencentes a quatro “famílias” diversas: a
católica, a ortodoxa, a ortodoxa oriental e a evangélica, são membros do
Conselho de Igrejas do Oriente Médio
Vatican
News
“Que cessem os cismas na Igreja”. Essa é a
oração extraída da liturgia copta que o patriarca copta ortodoxo Tawadros quis
citar por ocasião da celebração do 50º aniversário da fundação do Conselho de Igrejas
do Oriente Médio (MECC), o órgão ecumênico fundado em 1974 em Nicósia.
A
celebração, realizada na nova sede patriarcal no Cairo no sábado, 14 de
setembro, contou com a presença, entre outros, do patriarca copta católico
Ibrahim Isaac Sidrak e do pastor Andrea Zaki, presidente das comunidades
protestantes no Egito. Também estava presente o professor Michel Abs,
secretário-geral do MECC, recentemente confirmado em seu cargo para outro
mandato de quatro anos.
Acabar com as
divisões entre os irmãos e restaurar a unidade
O
Papa Tawadros, em seu discurso, evocando o primeiro salmo, comparou o Conselho
de Igrejas do Oriente Médio a uma árvore plantada que produz seus frutos no
momento certo. O patriarca também citou orações coptas pedindo ao Senhor para
acabar com as divisões entre os irmãos e restaurar a unidade.
Em
um tempo em que guerras e pressões de vários tipos também estão aumentando a
migração de cristãos do Oriente Médio, acrescentou o patriarca copta ortodoxo,
o MECC favorece o radicamento dos cristãos nativos em suas terras também por
meio da cooperação com instituições acadêmicas das diferentes Igrejas.
Trabalho pela
unidade dos cristãos realizado pelo MECC
“Aprecio
muito o papel do Conselho de Igrejas do Oriente Médio, não apenas no nível
ecumênico, mas também no nível do diálogo entre outras religiões, e esse
diálogo é essencial em nossa sociedade”, acrescentou o Papa Tawadros.
Em
seu discurso, o professor Abs lembrou o trabalho pela unidade entre os
cristãos, realizado mesmo “em fases delicadas e difíceis”, sempre contribuindo
para manter contatos de proximidade e comunhão entre as diferentes Igrejas e
comunidades eclesiais.
O
programa das celebrações foi enriquecido com a projeção de dois
filmes/documentários sobre o Conselho de Igrejas do Oriente Médio e uma
apresentação do Coral “São Marcos” da Igreja copta ortodoxa.
Histórico
O
Conselho de Igrejas do Oriente Médio, fundado em 1974 em Nicósia, em Chipre, e
atualmente sediado em Beirute, no Líbano, tem como objetivo facilitar a
convergência das comunidades cristãs do Oriente Médio em temas de interesse
comum e ajudar a superar as diferenças confessionais.
Cerca
de trinta Igrejas e comunidades eclesiais, pertencentes a quatro “famílias”
diferentes: a católica, a ortodoxa, a ortodoxa oriental e a evangélica, são
membros do Conselho de Igrejas do Oriente Médio.
Fonte:
Vatican News
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Assembleia Regional Norte1: “Igreja
Sinodal que caminha na Esperança”
A
Assembleia Regional Norte1 da CNBB, em Manaus, reúne bispos, leigos e
representantes de diversas pastorais para refletir sobre a sinodalidade na
Igreja. O evento destaca a importância da Palavra de Deus e da ministerialidade
no contexto amazônico, ressaltando os desafios e esperanças da missão.
Padre
Modino – Regional Norte 1 da CNBB
Leigos
e leigas representando as diversas pastorais, a Vida Religiosa, presbíteros,
diáconos e também os bispos estão reunidos na Maromba de Manaus para a
Assembleia do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB), que reúne 80 participantes de 16 a 19 de setembro.
O
encontro sinodal foi marcado pela Eucaristia de abertura, presidida pelo
arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte 1, cardeal Leonardo Steiner.
Ele recordou a participação de bispos ausentes, como Dom Zenildo, Dom Hudson e
Dom Vanthuy, que contribuíram significativamente em discussões e sínteses
anteriores, ajudando a direcionar a vida eclesial. Steiner enfatizou o desejo
de uma "Igreja sinodal que esteja sempre a caminho na esperança",
ressaltando que a busca por Jesus é acompanhada pela esperança de salvação.
Reflexões sobre a
Palavra de Deus
Na
homilia, o cardeal trouxe à tona a importância da Palavra e do Pão na vida
comunitária, lembrando que a celebração eucarística existe porque as
comunidades buscam viver de Jesus e de sua Palavra. Ele destacou as fraquezas e
desafios do Regional, mas reiterou que a Igreja não se reúne em torno de si
mesma, mas em torno de Jesus, que alimenta a todos. Ao refletir sobre o
Evangelho, Steiner mencionou a esperança demonstrada por um pagão em busca de
salvação, conectando-a ao tema da assembleia: “Igreja Sinodal que caminha na
Esperança”.
Comunidades: o
coração da Igreja
O
cardeal destacou a força das comunidades, que vivem da Palavra de Deus e cuja
presença é transformadora. Ele questionou o papel fundamental da Palavra em
moldar essas comunidades, ressaltando que a assembleia expressa a alegria de
estar juntos em Cristo. A diversidade de vocações e ministérios presentes na
assembleia reafirma o caráter missionário da Igreja, que, desde o Encontro de
Santarém em 1972, busca seguir o caminho do discipulado e da missão.
A importância da
ministerialidade
O
cardeal Steiner sublinhou que a assembleia tem como objetivo aprofundar a
ministerialidade nas igrejas do Regional Norte 1. Ele pediu uma reflexão
cuidadosa sobre esse tema, para que as comunidades em torno de Jesus se tornem
verdadeiros sinais de esperança. A ministerialidade, destacou ele, deve
refletir a diversidade e os dons que o Espírito Santo semeia em todos.
O
cardeal também fez menção à sua recente viagem ao Mato Grosso do Sul, onde os
indígenas enfrentam um conflito grave na tentativa de retomar suas terras.
Embora o agronegócio responda com violência, os povos indígenas mantêm viva a
esperança. Steiner pediu que a Igreja continue sendo sinal de esperança em meio
aos conflitos e à destruição ambiental na Amazônia.
A assembleia: um
marco de comunhão e reflexão
Os
trabalhos da assembleia começaram com a apresentação dos participantes,
representando as nove igrejas locais e as pastorais do Regional Norte 1. A
secretária executiva, Ir. Rose Bertoldo, apresentou a programação, reforçando a
profunda comunhão existente no Regional. A metáfora do corpo e seus membros, mencionada
por São Paulo, foi usada para ilustrar a importância da unidade na diversidade,
e a necessidade de descobrir novos ministérios para responder às necessidades
das comunidades.
Dom
Edson Damian, bispo emérito de São Gabriel da Cachoeira, destacou o
discernimento histórico da Igreja na criação de novos ministérios, mencionando
a relevância da sinodalidade na Amazônia. Ele ressaltou que a proximidade, a
misericórdia e a ternura são características do agir de Deus e pediu que o
Espírito Santo ajude a Igreja a ser semelhante a Cristo nesses aspectos.
Caminho sinodal da
Igreja na Amazônia
No
contexto do processo sinodal, o cardeal Steiner sublinhou que a sinodalidade
tem sido uma característica da Igreja na Amazônia há décadas. O Encontro de
Santarém, em 1972, foi um marco importante nesse processo, e Steiner afirmou
que quanto mais sinodal a Igreja for, mais sua autoridade cresce. A
sinodalidade está enraizada na própria natureza da Igreja, sendo um chamado
para todos os batizados participarem na vida e missão da Igreja.
O
cardeal refletiu sobre o conceito de evangelização, afirmando que a Igreja
existe para visibilizar o Reino de Deus e sua justiça. Ele também abordou a
missionariedade, lembrando que a missão é um chamado recebido e que o
discipulado e a missão são dois lados da mesma moeda. Steiner incentivou a
todos a manterem o ardor missionário e a se apaixonarem pela missão de
comunicar a vida aos demais, como enfatizado pelo Papa Francisco na Evangelii
Gaudium.
Ministerialidade e
os desafios do regional
A
reflexão sobre a ministerialidade foi aprofundada com o auxílio de Ir. Sônia
Matos e dos padres Elcivan Alencar e Raimundo Gordiano, que destacaram a
importância dos leigos na vida da Igreja. Citando a Querida Amazônia, eles
defenderam uma Igreja de rostos amazônicos, onde leigos e leigas são
protagonistas. Steiner destacou a necessidade de a Igreja refletir sobre sua
ministerialidade e sobre o papel das mulheres, fundamentais na sustentação das
comunidades amazônicas.
A
Igreja do Regional Norte 1 enfrenta desafios para concretizar sua
ministerialidade, mas continua caminhando com foco no essencial. A questão
central é como viver a ministerialidade: se é uma escolha ou uma consequência
da falta de ministros ordenados. A reflexão sobre a necessidade de novos
ministérios, como o de cuidadores da casa comum, ganha relevância diante dos
desafios ambientais e sociais da Amazônia. - Fonte: Vatican News
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Sudão, um sacerdote: as pessoas
continuam morrendo na indiferença do mundo
No
país africano devastado por uma guerra sem fim, milhares de pessoas morreram e
dez milhões estão desabrigadas. O relato dramático de um religioso:
"Leigos, sacerdotes e religiosas também estão fugindo daqui. Quem pode
tenta ir para o Sudão do Sul, Chade e Egito." A Igreja continua ajudando.
Federico
Piana – Vatican News
Todos
estão fugindo do Sudão. Os homens fogem, horrorizados com uma guerra entre o
Exército e as milícias que só traz devastação e morte. As mulheres fogem,
exaltadas pela urgência de colocar seus filhos em segurança. Os muçulmanos
fogem, maioria religiosa cansada de ver suas casas e lojas atacadas, de ver
seus entes queridos degolados ou fuzilados a sangue frio. Também fogem os
católicos, que antes do início do conflito eram uma pequena minoria de um
milhão de pessoas, mas hoje são apenas metade desse número. Eles tentam fugir
para onde podem, para o Sudão do Sul, Chade, Egito. Querem esquecer os
horrores, conforme relatado à mídia vaticana por um religioso que prefere
permanecer anônimo para não colocar em risco sua própria segurança e a de seus
irmãos na fé: "Na cidade de Sennar, há alguns dias, um mercado foi
arrasado por bombas. As vítimas foram cerca de quarenta pessoas pobres, cujo
único crime foi procurar comida para tentar sobreviver."
O esquecimento da
informação
Uma
notícia que ficou atolada nas profundezas da informação internacional que
também ignorou dezenas de outras tragédias diárias como a ocorrida em meados de
agosto passado em El Obeid, capital do Estado de Kordofan, no norte do país
africano. O religioso emociona-se ao tentar recordá-la, a sua voz quase
embarga: "Dezenas de crianças morreram sob os escombros de uma escola que
foi destruída por mísseis. Um ataque absurdo e deliberado do qual ninguém teve
pena." Ninguém se importa com uma guerra, travada há mais de um ano apenas
pela conquista do poder, que opõe o Exército e os milicianos, e que vive uma
situação de impasse dramático: Cartum, a capital, devastada por bombardeios
contínuos; as aldeias de Darfur, província ocidental da nação, completamente
incendiadas e saqueadas, uma vez pelo Exército e outra pelas milícias; as
cidades de El Obeid, Sennar e Kaduqli tornaram-se cidades fantasmas por causa
dos ataques de metralhadoras e canhões. Não se ganha e não se perde, apenas
continua-se morrendo.
Feridas profundas
Quando
ele começa a descrever a situação da Igreja local nesse inferno de cadáveres e
desespero, nossa fonte suspira: “Religiosos estrangeiros, sacerdotes
diocesanos, leigos: quase todos fugiram. Não sobrou quase ninguém. Na
Arquidiocese de Cartum, por exemplo, restam apenas três sacerdotes que mantêm a
vida sacramental viva da melhor forma possível. Somente na cidade de Port
Sudan, no nordeste da arquidiocese, há uma grande presença de religiosos
combonianos, de irmãs de Madre Teresa e de outra congregação de religiosas
indianas”. A situação não é melhor na Diocese de El Obeid, onde o bispo só pode
contar com três sacerdotes. Muitos deles, talvez a maioria, fugiram para as
montanhas Nuba, onde a guerra ainda não chegou, e para o Sudão do Sul”, disse o
sacerdote. Com a mesma proporção de sacerdotes e religiosas, os leigos também
fugiram do país ou estão pensando em fazer isso. Para aqueles que permanecem, a
Igreja local tenta garantir a celebração dos sacramentos, mesmo ao custo de ter
que alcançá-los nas áreas mais remotas e inacessíveis. O religioso se orgulha
de dizer que, apesar de tudo, “as pequenas comunidades católicas que
encontraram abrigo em vilarejos distantes podem contar com a presença de
catequistas, aos quais é confiada a liturgia da Palavra, e, às vezes, dos
poucos sacerdotes restantes que vão até elas com dificuldade e abnegação”.
A caridade da Igreja
O
compromisso prioritário da Igreja local passou a ser também o de assistir e
apoiar a população. Alimentos, água, remédios, cobertores custam cada vez mais
e levá-los ao destino é uma tarefa complicada. No entanto, o sacerdote confirma
que já há algum tempo "são recolhidos donativos e ofertas com as quais
estamos ajudando as pessoas diretamente. Quando possível, também conseguimos
levar de uma área para outra aqueles que precisam ir ao hospital. Ajudamos as
pessoas caso por caso: não apenas os cristãos, mas qualquer pessoa que esteja
necessitada e bata à nossa porta". Quando questionado se a Igreja poderia
tornar-se parte ativa nos processos de pacificação das facções em conflito, o
sacerdote não hesita em responder partindo de um fato: "Não temos forças.
Não temos canais diplomáticos diretos, como a Nunciatura, com os quais possamos
interagir política e institucionalmente. O que a Igreja pode fazer é chamar a
atenção da mídia para o que estamos vivendo." A atenção, no entanto,
parece não existir, o esquecimento desceu sobre o Sudão. "É verdade. Mas a
Igreja continua falando, mesmo que nos sintamos totalmente abandonados pela
Comunidade internacional. É claro que existe a guerra na Ucrânia e na Terra
Santa, mas aqui há dez milhões de pessoas deslocadas, milhares de mortos,
enquanto um milhão de pessoas corre o risco de morrer de fome. O que mais
deverá acontecer a este país infeliz para que o seu grito desesperado seja
ouvido?"
Fonte:
Vatican News – na imagem, igreja atingida pela fúria dos combates.
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Cáritas de
Manaus faz campanha para enfrentar a seca no Amazonas
Por
Nathália Queiroz
A
Cáritas de Manaus faz a campanha humanitária de enfrentamento à seca “Doe Vida,
Doe Água” para ajudar as famílias que sofrem os efeitos da estiagem que afeta o
estado do Amazonas.
Segundo
o boletim de estiagem publicado pelo governo do Amazonas ontem (17), todos os
62 municípios amazonenses estão em estado de emergência e 461.477 pessoas
afetadas pela estiagem. De 3 de junho a 16 de setembro os bombeiros já
combateram mais de 15,3 mil focos de incêndio.
Diante
da seca, diz o cartaz da campanha, “crianças, idosos, gestantes, doentes e
pessoas em vulnerabilidade social precisam de vocês, da sua compaixão”.
A
campanha pede doação de água, alimentos não perecíveis ou dinheiro. Os recursos
arrecadados serão destinados às áreas missionárias e paróquias nos municípios de
Manaquiri, Careiro da Várzea, Iranduba e Careiro Castanho, Curuçá e Araçá.
Os
pontos de coleta são a Cáritas Arquidiocesana, Rádio Rio Mar, Santuário de
Aparecida, Santuário São José Operário e as paróquias e áreas missionárias da
arquidiocese.
As
doações podem ser feitas através do Banco do Brasil: Agência: 1862-7 / Conta:
7.570-1 ou pela chave pix: (92) 99259 – 9296. - Fonte: ACIDigital
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Cristianismo é
reconhecido como manifestação cultural do Brasil
Por
Monasa Narjara
As
influências do cristianismo, seus aspectos religiosos, suas expressões
artísticas cristãs e seus reflexos foram reconhecidos oficialmente
segunda-feira, dia 16, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como
manifestação cultural nacional, através da Lei nº 14.969/2024.
ve
o cristianismo desde os primórdios de nossa colonização”.
“Na verdade, nascemos sob a égide da
civilização cristã ocidental, representada, de início, pela influência
portuguesa. Não nos esqueçamos, também, que um dos primeiros atos do
colonizador foi a celebração da primeira missa, no dia 26 de abril de 1500,
marcando a presença religiosa cristã no território conquistado”, pontuou o
parlamentar que lembrou que o último dado do Censo do IBGE de 2010 sobre religiões
no Brasil pode “afirmar que somos um ‘País Cristão’, pois cerca de 86,6% da
população brasileira se declara seguidora do Cristianismo”, e “desse montante,
64,6% pertencem à Igreja Católica e 22,2% se dizem evangélicos”.
Em
março, a Comissão de Educação (CE) do Senado realizou uma audiência pública
sobre este projeto com vários representantes de entidades religiosas, como a
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Associação Nacional dos
Juristas Evangélicos (Anajure), o Conselho de Educação e Cultura da Convenção
Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) e o Instituto Brasileiro de
Direito e Religião (IBDR) que defenderam a aprovação do PL.
Para
o relator da proposta no Senado, senador Esperidião Amin (PP-SC), “desde o
início da colonização, passando pelos séculos seguintes de nossa história, a fé
católica esteve presente, com suas igrejas e capelas, seus santos e
festividades, sua arte sacra e sua música, em um amálgama singular e único,
próprio da vivência brasileira e da alma de nossa gente”.
Amin
que votou favorável ao PL, ressaltou no dia votação que, para evitar possíveis
interpretações que limitem a liberdade de culto garantidas pela Constituição
Federal, acatou uma emenda proposta pelo senador Magno Malta (PL-ES)
esclarecendo que, esta proposta visa considerar como manifestações culturais
apenas os reflexos públicos e as influências culturais do cristianismo, não
interferindo na prática das demais religiões.
Fonte:
ACIDigital
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Divulgados os nomes
dos vencedores do Prêmio Ratzinger 2024
A cerimônia de
premiação será presidida pelo Cardeal Pietro Parolin e está programada para
ocorrer no dia 22 de novembro, na Sala Régia do Palácio Apostólico.
Foram
divulgados os nomes dos vencedores do Prêmio Ratzinger 2024, concedido sempre a
dois estudiosos. Os agraciados desta edição são: o teólogo e professor Cyril
O’Regan e o escultor Etsurō Sotoo.
Entrega
do prêmio será feita pelo Cardeal Pietro Parolin
A
cerimônia de premiação, que ocorre anualmente desde 2011, está programada para
ocorrer no dia 22 de novembro, na Sala Régia do Palácio Apostólico. A cerimônia
será iniciada às 17h (horário local), sendo presidida pelo secretário de
Estado, Cardeal Pietro Parolin.
Na
parte da manhã, às 7h15, será celebrada uma Santa Missa, em memória do Papa
Bento XVI, junto ao túmulo do Pontífice, localizado nas Grutas do Vaticano. Em
seguida, os dois vencedores do Prêmio serão recebidos pelo Santo Padre
Francisco.
Quem
são os vencedores do Prêmio Ratzinger 2024?
Professor
Cyril O’Regan (Irlanda, 1952), é docente de Teologia Sistemática no
Departamento de Teologia da Universidade de Notre Dame (Indiana, Estados
Unidos). Realizou seus estudos de Filosofia na Irlanda. Posteriormente, fez o
Doutorado em Filosofia (1985) e o Doutorado em Teologia (1989) na Universidade
de Yale (Estados Unidos). Desde 1990 é professor na Universidade de Yale, no
Departamento de Estudos Religiosos, e desde 1999, na Universidade de Notre
Dame, no Departamento de Teologia. Dedicou vários artigos importantes à figura
e aos ensinamentos por Joseph Ratzinger-Bento XVI.
Etsurō
Sotoo (Fukuoka, Japão, 1953) é formado em Belas Artes pela Universidade de
Kyoto (Japão). Em 1978, durante uma visita a Barcelona, ficou muito
impressionado com a construção da Basílica da “Sagrada Família” e pediu para
ali trabalhar como escultor. Ele se converteu ao cristianismo e foi batizado.
As suas principais obras encontram-se em vários pontos do templo da “Sagrada
Família”, mas também em outros locais da Espanha, do Japão e da Itália. Ele é o
primeiro asiático oriental e o primeiro escultor a receber o Prêmio Ratzinger.
Prêmio
Ratzinger
O
Prêmio Ratzinger é promovido pela Fundação vaticana Joseph Ratzinger-Bento XVI,
sendo atribuído a acadêmicos que tenham se distinguido por méritos particulares
em publicação e/ou pesquisa científica. Nos últimos anos, a área dos vencedores
também se expandiu para a arte de inspiração cristã.
A
Comissão Científica da Fundação, composta por cinco membros nomeados pelo Papa,
apresenta ao Santo Padre os candidatos ao Prêmio para aprovação. Essa comissão
atualmente é composta pelo Cardeal Kurt Koch (prefeito do Dicastério para a
Promoção da Unidade dos Cristãos), Cardeal Luis Ladaria (prefeito emérito do
Dicastério para a Doutrina da Fé), Cardeal Gianfranco Ravasi (presidente
emérito do Pontifício Conselho para a Cultura), o Arcebispo Dom Rino Fisichella
(pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização) e Dom Rudolf Voderholzer
(Bispo de Regensburg e presidente do ‘Institut Papst Benedikt XVI’).
Somando
os vencedores desta edição de 2024, o Prêmio contabilizará um total de 30
vencedores provenientes de 18 países diferentes dos cinco continentes: Alemanha
(7), França (4), Espanha (3), Itália (2), Austrália, Brasil, Burkina Faso,
Canadá, Estônia, Japão, Grã-Bretanha, Grécia, Irlanda, Líbano, Polônia, Estados
Unidos, África do Sul e Suíça.
São
sobretudo personalidades eminentes que se distinguiram pelos estudos de
Teologia dogmática ou fundamental, da Sagrada Escritura, Patrologia, Filosofia,
Direito e Sociologia, ou na atividade artística, na música, na arquitetura e
agora também na escultura. (EPC)
Fonte:
Gaudium Press
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A grande
surpresa do Sínodo: Rolando Álvarez, nomeado ‘padre sinodal’ pelo Papa
Francisco
Uma
decisão que representa um apoio explícito a Álvarez e uma rejeição das teses
mais duras do Governo da Nicarágua, que propôs à Santa Sé um ‘acordo’ para
acabar com a perseguição contra as instituições católicas em troca de Roma
nomear bispos ‘dóceis’. para assentos vagos. Incluindo, dependendo do regime,
os pastoreados por Rolando Álvarez, Isidro Mora ou Silvio Báez;
Em
2023, meses depois de ser detido às portas da catedral de Matagalpa, Rolando
Álvarez foi condenado a 26 anos de prisão por “traição ao país”. Em janeiro
deste ano foi deportado para Roma.
A
conferência de imprensa de apresentação da segunda fase do Sínodo encerrou
ontem sem muitas surpresas, exceto o anúncio de uma celebração penitencial
pelos pecados da Igreja, e a presença de 26 novos participantes, em
substituição de outros que renunciaram, principalmente por motivos de saúde.
razões.
No
entanto, como RD pôde confirmar, há uma grande (e agradável) surpresa na lista
dos padres sinodais. Entre os novos rostos está o de Rolando Álvarez, o bispo
martirizado de Matagalpa, exilado em Roma depois de passar vários meses na
prisão pelo regime de Ortega e Murillo na Nicarágua.
Uma
decisão que representa um apoio explícito a Álvarez e uma rejeição das teses
mais duras do Governo da Nicarágua, que propôs à Santa Sé um 'acordo' para
cessar a perseguição contra as instituições católicas em troca de Roma nomear
bispos 'dóceis' para assentos vagos. Incluindo, dependendo do regime, os
pastoreados por Rolando Álvarez, Isidro Mora ou Silvio Báez.
Em
2023, meses depois de ter sido detido às portas da catedral de Matagalpa,
Rolando Álvarez foi condenado a 26 anos de prisão por “traição”. Poderia ter
evitado ir para a prisão, mas recusou-se a ir para o exílio, para onde foram
enviadas 222 pessoas. Durante semanas, nada se ouviu do prelado, que vivia em
condições insalubres na prisão onde estava preso.
Finalmente,
e após algumas duras negociações, Álvarez foi forçado a aceitar a expulsão do
seu país, sendo deportado para Roma em 15 de janeiro deste ano. O prelado
reside na Cidade Eterna e não concedeu entrevistas, embora tenha viajado para
Espanha (foi visto, entre outras cidades, em Sevilha e Oviedo, juntamente com
os seus arcebispos). Agora, certamente ouviremos a sua voz profética e livre,
no Sínodo da Sinodalidade.
Fonte:
IHU-Unisinos
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Do dia 17/9/2024
Encontro na Casa
Dom Luciano reúne mais de 300 assessores jurídicos de dioceses do Brasil
Teve
início nessa terça-feira, 17 de setembro, o 2º Encontro Nacional de Assessores
Jurídicos de Dioceses (ENAJD), na Casa Dom Luciano Mendes de Almeida, em
Brasília (DF). A iniciativa segue até o dia 19 de setembro e acontece de forma
concomitante com o Seminário sobre a Laicidade do Estado, que será realizado no
período noturno.
O
ENAJD é promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e nessa
edição participam mais de 300 advogados que atuam junto às dioceses
brasileiras. A programação aborda as principais questões jurídicas que desafiam
a missão desses profissionais na atualidade.
Compuseram
a mesa de abertura do evento o Núncio Apostólico no Brasil, dom Giambattista
Diquattro; o segundo vice-presidente da CNBB, dom Paulo Jackson, e o assessor
jurídico-civil da CNBB, Hugo Cysneiros. A aula magna, cuja temática tratou
sobre a parceria entre as Organizações Religiosas e o Estado, foi ministrada
pelo ministro-substituto da Advocacia Geral da União (AGU), Flavio Jose Roman.
Em
entrevista ao portal da CNBB, o ministro-substituto da AGU destacou que no
encontro teve a oportunidade de apresentar a Advocacia Geral da União como
propagadora da ideia da laicidade do Estado.
E
que a sua exposição na aula magna buscou “evitar determinados mal entendidos de
que o estado por meio da ideia de laicidade não se aproxima das entidades
religiosas”. Para ele, há mecanismos institucionais e legais para se fazer uma
irmandade em prol não só da religiosidade, mas principalmente em prol da
promoção de benefícios sociais.
“Não é uma ideia de enfretamento ou de
contraposição à religiosidade, não! A religiosidade é acolhida pela nossa ordem
constitucional desde o preâmbulo e, desde 2014, se reconheceu a força do
voluntariado ligado às entidades religiosas, então a partir do marco regulador
das organizações da sociedade civil a gente teve a possibilidade de utilizar
essa estrutura das entidades religiosas como uma parceira do próprio estado,
então por meio dessas parcerias esses serviços de assistência social, muitas
vezes até voltadas à promoção da educação também podem ser utilizados pelo
próprio estado, por meio dessas parcerias, para alcançar maior número de
pessoas”, explicou.
Além
da aula magna, o dia também foi reservado a um painel sobre “Noções Gerais do
Procedimento Canônico e os Delitos Econômicos”, com o padre Valdinei Ribeiro.
O
assessor jurídico-civil da CNBB, Hugo Cysneiros, esclareceu que os temas
trazidos pela manhã são relacionados ao dia a dia dos advogados e das
assessorias jurídicas das dioceses. E que ao longo do encontro serão tratadas
questões referentes à parceria com o poder público, assuntos tributários,
trabalhistas e também “toda uma formação que diz respeito aos procedimentos
canônicos que se comunicam com determinados processos de natureza civil ou
mesmo criminal”.
“Reunimos aqui cerca de 310 pessoas com uma
representatividade que é muito própria da Igreja, com toda sua pluralidade,
pessoas de várias partes do país, trazendo também consigo os testemunhos de uma
igreja que é variada e que vive realidades mais distantes”, finalizou.
Claudia
Maurício Silva, advogada e Defensora do Vínculo nos Tribunais Eclesiásticos de
Niterói e Rio de Janeiro, é uma das participantes do encontro. Ela destacou que
se sentiu muito motivada, em especial porque acha sensacional discutir a
integração, a união e o diálogo entre o estado e a Igreja.
“O tema Brasil-Santa Sé está na minha veia
porque esse é o tema também do meu doutorado, então vir à Brasília aprender com
essa experiência, com profissionais estudiosos do Acordo Brasil Santa Sé é
sempre uma oportunidade, contou.
Programação
Dia
18 – Quarta-feira
9h
– 1º Painel: Reforma Tributária – Aspectos Gerais
Palestrante:
Dra. Hadassah Santana
Mediador:
Dr. João Paulo Amaral Rodrigues
10h
– Coffee break
10h30
– 2º Painel: Nova realidade do CEBAS diante da Reforma Tributária
Palestrante:
Dr. José Eduardo Sabo Paes
Mediador:
Dr. Hugo Sarubbi Cysneiros
12h
– Almoço
14h30
– 3º Painel: Plenária com estudo de casos
Mediador:
Hugo Sarubbi Cysneiros
16h30
– Coffee break
18h30
– Jantar (para os hospedados na Casa Dom Luciano)
19h30
– Simpósio
Tema:
A gênese do Estado Laico e as relações institucionais
Conferencistas:
Dr. Paulo Gonet Branco e Ministro José Antônio Dias Toffoli
Mediador:
Ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha
21h30
– Coffee break
Dia
19 – Quinta-feira
9h
– 1º Painel: Análise de Soluções de Consulta de interesse das Organizações
Religiosas
Palestrante:
Representante da Secretaria da Receita Federal do Brasil
10h
– Coffee break
10h30
– 2º Painel: A questão sindical: constituição, medidas práticas e normas
coletivas em negociação
Palestrante:
Ministro Ives Gandra Martins Filho
Mediadora:
Dra. Vera Maria Barbosa Costa
12h00
– Almoço
14h30
– 3º Painel: Relacionamento com a mídia em episódios de crise
Palestrante:
Jornalista Heraldo Pereira
Mediador:
Dr. João Paulo Amaral Rodrigues
16h30
– Coffee break
18h30
Jantar (para os hospedados na Casa Dom Luciano)
19:30
– Simpósio
Tema:
A laicidade do Estado e a religião
Conferencistas:
Cardeal Paulo Cezar Costa e Ministro Gilmar Ferreira Mendes
Mediador:
Dom João Justino de Medeiros
21:30
Coquetel de encerramento
Fonte:
CNBB
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Hino oficial da Campanha da Fraternidade 2025 é
lançado em reunião do Consep
7ª reunião ordinária do Conselho Episcopal
Pastoral (Consep), na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),
começou com a apresentação do Hino Oficial da Campanha da Fraternidade 2025 ,
com o tema “Fraternidade e Ecologia Integral”.
A escolha
do hino se deu depois de um processo de escolha coordenado pelo Setor de Música
Litúrgica da Conferência e aprovado e acompanhado pelos bispos. O arcebispo de
Porto Alegre (RS) e presidente da CNBB, dom Jaime Spengler, ressaltou a
simplicidade e a força da canção alicerçada na figura e na mensagem de São
Francisco de Assis.
Análises de conjuntura social e eclesial
A reunião
seguiu com as análises de conjuntura social que buscou compreender o cenário
das Eleições Municipais deste ano e a análise de conjuntura eclesial.
O bispo
de Carolina (MA) e coordenador do grupo de Análise de Conjuntura da CNBB, dom
Francisco Lima Soares, buscou apresentar uma análise da realidade tendo o
pressuposto de que as Eleições Municipais são mais um momento de fortalecer a
Democracia e discutir o futuro do Brasil.
Como
ponto de partida, dom Francisco apresentou o contexto no qual as eleições
ocorrem no Brasil. “A Terra está com febre, doente e o Brasil pegando
fogo, com a criação a enviar sinais de fumaça. O fogo não é natural. Os biomas
e as pessoas sofrem em decorrência de um modelo desenvolvimento equivocado”,
reforçou.
A análise
apresentou um quadro detalhado do processo eleitoral deste ano. Um dos dados
apresentados foi o perfil dos eleitores brasileiros. O país conta com
155.912.680 eleitores em 2024, um aumento de 5,4% em relação às ultimas
eleições de 2020. O Sudeste e Nordeste são os maiores colégios eleitorais. As
mulheres somam 52,% do eleitorado nacional. Quanto à idade dos eleitores, 12,9%
do eleitorado têm entre 16 a 24 anos; 40,% entre 25 a 44 e 31,7% de 45 a
69.
As redes
sociais, pontuou o coordenador do grupo de Análise de Conjuntura, se tornaram o
novo espaço de consumo de conteúdo, de encontro e de debate. “O fenômeno
implica um novo modo de fazer política que aponta para maior deteriorização da
Democracia”, apontou.
Por outro
lado, dom Francisco Lima reforçou que as eleições podem contribuir para
redefinir a agenda pública, o processo de renovação de lideranças e para
estimular a cidadania ativa. “As eleições são parte do esteio da democracia. Há
a necessária presença da Igreja e da sociedade civil em defesa da Democracia. O
Papa Francisco relembrou que a política é nova forma de caridade e que os
gestores públicos devem estar a serviço do bem comum”, concluiu.
Caminhar pastoral da Igreja no Brasil
Já na
análise de conjuntura eclesial, o responsável pelo Instituto Nacional de
Pastoral Padre Alberto Antoniazzi (INAPAZ), dom Joel Portella Amado, apontou
que foi a pergunta “Para onde vai o caminhar pastoral da Igreja no
Brasil?” que conduziu o olhar para a realidade.
Dom Joel
falou da existência de uma crise da esperança e a existência no país de
projetos de ser humano, sociedade e Igreja que apontam para a divisão. Neste
contexto, segundo ele, o que se pede da Igreja é que cada batizado seja um
profeta de comunhão. “Temos um pluralismo sim, não sabemos muitas vezes o que
fazer, mas é necessário integrar os diferentes e promover o diálogo”, disse.
Ainda de
acordo com a reflexão sobre a realidade eclesial, o Jubileu é uma boa
perspectiva para a saída para a crise de esperança. Dom Joel reforçou que é
necessário promover a “convivialidade” em pequenas comunidades, na
promoção da iniciação à vida Cristã, no trabalho pelo respeito às diferenças,
na criação de estruturas de comunhão pastoral, no aprofundamento da teologia do
Povo de Deus e da antropologia da alteridade e da fraternidade.
Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora
O
arcebispo de Santa Maria (RS) e presidente da Comissão das Diretrizes Gerais da
Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), dom Leomar Antônio Brustolin,
apresentou o os passos dados na elaboração do texto das novas diretrizes:
escuta dos bispos, escuta de diversas expressões do Povo de Deus, primeira
redação do Instrumento de Trabalho, reflexão a partir Conversação Espiritual na
Assembleia Geral de 2024, escuta continuada, escuta dos assessores das
Comissões da CNBB, apresentação no Consep para definir pontos referenciais das
Diretrizes (setembro 2024) e encaminhamento da nova redação par os bispos em
janeiro de 2025.
E
apresentou, para ser avaliada e discutida pelo Consep, a estrutura em cinco
pontos a partir da qual buscarão organizar as novas diretrizes: 1 – Iniciação à
vida cristã (Missão e Querigma); 2 – Palavra de Deus na pastoral (formação); 3
– Comunidade de comunidades; 4 – Ação Litúrgica e piedade popular (mistagogia
como critério básico); e 5 – Opção pela vida.
Participantes da reunião
Participam
da reunião do Consep, a Presidência da CNBB e os presidentes das doze Comissões
Episcopais permanentes. Também participam assessores e representantes de
pastorais e organismos da Igreja no Brasil. A parte da tarde foi dedicada aos
informações das Comissões para a Animação Bíblico Catequética, Comunicação,
Cultura e Educação e também o informe do Conselho Econômico da CNBB.
Fonte:
CNBB
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CNBB lança letra
e música do hino da Campanha da Fraternidade 2025; conheça os autores
A
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresenta nesta terça-feira,
17 de setembro, a letra e a música do hino da Campanha da Fraternidade 2025,
que tem como tema: “Fraternidade e Ecologia Integral” e o lema “Deus viu que
tudo era muito bom” (Gn 1,31).
O
processo de escolha da música e da letra da CF 2025 foi feito a partir de um
concurso nacional, lançado em abril desse ano. Todos os inscritos participaram
de uma formação on-line promovida pelo Setor de Música Litúrgica da CNBB em
três etapas. A primeira etapa foi sobre o sentido da Campanha da Fraternidade
em geral e especificamente sobre a próxima Campanha de 2025, com o padre Jean
Poul, assessor do Setor de Campanhas da CNBB.
A
segunda etapa foi sobre composição de letra, com Eurivaldo Ferreira, e a
terceira etapa sobre composição de música, com Adenor Terra e frei Wanderson de
Freitas, ambos pertencentes à Equipe de Reflexão de Música da Comissão
Episcopal para a Liturgia da CNBB.
Formação
em música
Padre
Jair Costa, assessor do Setor Música Litúrgica, salientou que “a formação foi
uma experiência ímpar: na mesma sala de formação on-line estavam presentes
compositores experientes, autores de hinos de outras CFs, intérpretes
consagrados da música católica e compositores iniciantes, tendo acesso às
mesmas ferramentas de composição. Foi uma riqueza encontrar tantas pessoas e
partilhar das experiências e expectativas”. disse.
O assessor do Setor Música Litúrgica explicou
as etapas do concurso. “Aqueles que compõem em conjunto letra e música,
enviaram na primeira etapa suas letras. Depois, puderam enviar suas melodias
para a letra escolhida “, disse.
Padre
Jair revelou que, entre os 246 inscritos, foram apresentadas 68 propostas de
letra e 42 propostas de melodia. O processo de seleção da letra considerou a
quantidade de sílabas em cada verso, a construção regular dos versos, e a
possibilidade de se colocar uma música fácil para o povo cantar. Do ponto de
vista teológico e pastoral, foi avaliada a sintonia com o tema da CF 2025, a
capacidade de levantar esperança e provocar a conversão comunitária. E o
processo de seleção da música buscou uma melodia que possa ser cantada por
todos os grupos que vão refletir a CF: crianças, jovens e adultos; considerou
também uma harmonia que possa ser executada com facilidade pelos
instrumentistas das comunidades.
O
autor da letra
A
letra escolhida é de composição de Ismael Oliveira do Nascimento, natural de
Iguatú (CE), pertencente à arquidiocese de Belo Horizonte (MG).
Por
meio de um vídeo, Ismael relata que recebeu com muito entusiasmo e alegria a
notícia de que sua letra foi escolhida para animar o hino da Campanha da
Fraternidade de 2025. “Podemos dizer que o pano de fundo em toda a letra
proposta é o magistério do Papa Francisco, que tem insistido bastante nesse
diálogo com as mudanças climáticas”, disse.
Ismael
Oliveira do Nascimento, autor da letra da CF 2025
“Nós que estamos percebendo hoje essas
mudanças na pele, no ar, na respiração. O Brasil está praticamente tomado por
incêndios florestais, muitas vezes incêndios propositais, porque como o Papa
mesmo diz, há uma inclinação do ser humano, parece ser até uma sina de
destruir, de impedir que a criação floresça, que a criação desabroche, mas aí
vem Deus com a sua misericórdia e não cansa de criar, a gente diz que Deus não
cansa de perdoar, mas também não cansa de criar, talvez isso esteja em todas as
entrelinhas do hino, que está muito baseado no magistério da Igreja, naquilo
que propõe o Papa Francisco, as discussões atuais sobre a Casa Comum, com a
nossa morada, então fica a animação para que na Quaresma do ano que vem a gente
celebre com alegria, com entusiasmo e penitência esse tempo tão importante para
nós”.
Saiba mais:
O
autor da música
Miguel
Philippi, autor da música da CF 2025
Já
o autor da música é o Miguel Philippi, regente de corais na arquidiocese de
Florianópolis (SC). No vídeo ele aponta que é sempre um desafio compor uma nova
melodia, mas que buscou atender os critérios que foram estabelecidos pela CNBB:
uma música que fosse acessível para todos, bela, envolvente, e ao mesmo tempo que
fosse original, buscando dar sentido à letra, com uma estrutura que valorize
essa mensagem.
“As estrofes estão em tom menor. São um
convite à reflexão, à oração, características tão próprias do tempo da
Quaresma. O refrão está em tom maior, celebra a beleza da criação divina,
inspirado também no cântico das criaturas de São Francisco, ao qual o próprio
texto faz referência. Espero que esse hino possa nos ajudar a viver bem o tempo
da Quaresma, e que seja instrumento de evangelização para a Igreja no Brasil”,
finalizou.
Fonte:
CNBB
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Centro de Eventos de Aparecida acolhe Seminário de Educação
Infantil
Evento
anual da FLUPP, realizado em Aparecida, reúne profissionais para refletir sobre
a importância da Educação Infantil e seu impacto no desenvolvimento
Escrito
por Redação A12
No
próximo dia 20 de setembro, o Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de
Almeida será palco do Seminário
de Educação Infantil do Vale do Paraíba, promovido pela Fundação Lucia e Pelerson Penido
— FLUPP. O evento, que é anual, reunirá educadores, pesquisadores e profissionais da área para refletir
sobre a importância da Educação
Infantil e compartilhar experiências que conectam a teoria com a prática
cotidiana.
O
seminário tem em vista trazer discussões
essenciais para o desenvolvimento da primeira infância, promovendo uma
educação de qualidade na região.
Desde
2011, o Seminário de Educação Infantil
busca motivar os profissionais a se dedicarem, todos os dias, ao aprendizado e à melhoria de suas práticas.
O evento destaca a importância dessa fase no desenvolvimento das crianças,
refletida no nome: “O Infantil é
Fundamental”.
Em
2023, o Seminário voltou ao formato
presencial, após quatro anos, permitindo o reencontro com profissionais
dedicados à educação. Na ocasião, o evento também foi realizado em Aparecida e
teve a participação da Prof.ª Rita
Coelho, Coordenadora Geral de Educação Infantil do MEC, que apresentou “As políticas do MEC para a Educação Infantil”,
além da palestra de Adriana Friedmann,
com o tema “A vez e a voz das
crianças: escutas antropológicas e poéticas das infâncias”.
Com
uma programação voltada para o aprendizado
e a troca de experiências entre todos os presentes, sejam palestrantes
ou participantes, o evento conta com uma mesa de boas práticas, conduzida por educadores do Vale do
Paraíba, além de palestras de
especialistas, oficinas práticas e apresentações artísticas.
Fonte:
A12.com
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O Papa aos jovens: prefiro o cansaço
dos que estão a caminho do que o tédio dos que estão parados
Na
mensagem para a 39ª Jornada Mundial da Juventude, o Papa fala das novas
gerações, que muitas vezes pagam o preço mais alto pelas guerras, pelas injustiças
sociais, pela pobreza, pela exploração dos seres humanos e da criação. O
convite, em vista do Jubileu, é vencer a apatia e o refúgio nas transgressões.
Partir, porém, não como meros turistas, mas como peregrinos.
Vatican
News
Foi
divulgada, nesta terça-feira (17/09), a mensagem do Papa
Francisco para a XXXIX Jornada Mundial da Juventude diocesana que
será celebrada, em 24 de novembro próximo, sobre o tema “Os que esperam no
Senhor, caminham sem se cansar”, extraído do Livro do Profeta Isaías.
O
Santo Padre ressalta no texto que "esta expressão é retirada do chamado
Livro da Consolação, que anuncia o fim do exílio de Israel na Babilônia e o
início de uma nova fase de esperança e de renascimento para o povo de Deus, que
pode regressar à sua pátria graças a um novo “caminho” que, na história, o
Senhor abre aos seus filhos".
"Também
nós vivemos hoje tempos marcados por situações dramáticas que geram desespero e
nos impedem de olhar para o futuro com espírito sereno: a tragédia da guerra,
as injustiças sociais, as desigualdades, a fome, a exploração do ser humano e
da criação", escreve ainda Francisco. "Muitas vezes, quem paga o
preço mais alto sois vós, jovens, que sentis a incerteza do futuro e não
vislumbrais perspectivas seguras para os vossos sonhos, correndo assim o risco
de viver sem esperança, prisioneiros do tédio e da melancolia, por vezes arrastados
para a ilusão da transgressão e das realidades destrutivas. Por isso, queridos
amigos, gostaria que, como aconteceu ao povo de Israel na Babilônia, chegasse
também a vós o anúncio da esperança: hoje o Senhor abre diante de vós um
caminho e convida-vos a percorrê-lo com alegria e esperança", ressalta o
Papa, dividindo a mensagem em quatro pontos.
1. A peregrinação da
vida e os seus desafios
Isaías
profetiza um “caminhar sem cansaço”. Francisco então reflete sobre estes dois
aspectos: caminhar e cansaço.
"A
nossa vida é uma peregrinação, uma jornada que nos empurra para além de nós
mesmos, um caminho em busca da felicidade; e a vida cristã, em particular, é
uma peregrinação em direção a Deus, à nossa salvação e à plenitude de todo o
bem", escreve ele.
Segundo
o Papa, as pressões sociais para atingir determinados padrões de sucesso nos
estudos, no trabalho e na vida pessoal provocam ansiedade e cansaço interior.
"Isto produz tristeza, pois vivemos no afã de um ativismo vazio que nos
leva a preencher os nossos dias com mil coisas e, apesar disso, a sentir que
nunca conseguimos fazer o suficiente e que nunca estamos à altura. Este cansaço
é muitas vezes acompanhado pelo tédio. É o estado de apatia e de
insatisfação de quem não se põe a caminho, não decide, não escolhe, nunca
arrisca e prefere ficar na sua zona de conforto, fechado em si
mesmo, vendo e julgando o mundo por detrás de uma tela, sem nunca
“sujar as mãos” com os problemas, com os outros, com a vida. Este tipo de
cansaço é como um cimento no qual mergulhamos os pés, e que acaba por
endurecer, pesar, paralisar e impedir-nos de avançar. Prefiro o cansaço dos
que estão a caminho do que o tédio dos que estão parados e não
têm vontade de andar", escreve Francisco.
De
acordo com o Papa, "a solução para o cansaço, paradoxalmente, não é ficar
parado para descansar. É, pelo contrário, pôr-se a caminho e
tornar-se peregrino da esperança. Este é o convite que vos faço: caminhai na
esperança! A esperança vence todo o cansaço, toda a crise e toda a ansiedade,
dando-nos uma forte motivação para avançar, porque é um dom que recebemos do
próprio Deus: Ele enche o nosso tempo de sentido, ilumina-nos o caminho,
indica-nos a direção e a meta da vida. A esperança é precisamente uma força
nova, que Deus infunde em nós, que nos permite perseverar na
corrida, que nos dá uma “visão de longo alcance”, que ultrapassa as
dificuldades do presente e nos orienta para uma meta concreta: a comunhão com
Deus e a plenitude da vida eterna".
2. Peregrinos no
deserto
"Na
peregrinação da vida, haverá inevitavelmente desafios a enfrentar. Mesmo para
aqueles que receberam o dom da fé, houve momentos felizes em que Deus esteve
presente e o sentistes próximo, e outros momentos em que experimentastes o
deserto. Pode acontecer que o entusiasmo inicial nos estudos ou no trabalho, ou
o impulso para seguir Cristo – tanto no matrimônio, quanto no sacerdócio ou na
vida consagrada – sejam seguidos por momentos de crise, que fazem com que a
vida pareça uma difícil caminhada no deserto. Estes momentos de crise, porém,
não são tempos perdidos ou inúteis, mas podem revelar-se importantes
oportunidades de crescimento. São tempos de purificação da esperança",
escreve o Papa na mensagem.
De
acordo com o Pontífice, "nestes momentos, o Senhor não nos abandona; aproxima-se
com a sua paternidade e dá-nos sempre o pão que revigora as nossas forças e nos
põe de novo a caminho. Como de vós ofereça “ao menos um sorriso, um gesto de
amizade, um olhar fraterno, uma escuta sincera, um serviço gratuito, sabendo
que, no Espírito de Jesus, isso pode tornar-se uma semente fecunda de esperança
para quem o recebe”, e assim vos tornareis incansáveis missionários
da alegria", conclui a mensagem do Papa.
Fonte:
Vatican News
dizia
o Beato Carlo Acutis, a Eucaristia é a autoestrada para o céu. Um
jovem que fez da Eucaristia o seu compromisso quotidiano mais importante!
Assim, intimamente unidos ao Senhor, caminhamos sem nos cansarmos, porque Ele
caminha junto a nós. Convido-vos a redescobrir o grande dom da Eucaristia! Nos
inevitáveis momentos de cansaço da nossa peregrinação neste mundo, aprendamos
então a descansar como Jesus e em Jesus".
3. De turistas a
peregrinos
O
Papa convida os jovens a se colocarem a caminho "para descobrir a vida,
nas pegadas do amor, em busca do rosto de Deus". "Mas o que vos
recomendo é o seguinte: não partam como meros turistas, mas como
peregrinos", ressalta Francisco. "Isto é, que a vossa caminhada não
seja apenas uma passagem pelos lugares da vida de forma superficial, sem captar
a beleza do que encontrais, sem descobrir o sentido dos caminhos percorridos,
captando só breves momentos, experiências fugazes registradas numa selfie.
O turista faz isso. O peregrino, pelo contrário, mergulha de alma e coração nos
lugares que encontra, faz eles falar, os torna parte da sua busca de
felicidade. A peregrinação jubilar quer, portanto, tornar-se o sinal do caminho
interior que todos somos chamados a fazer para chegar ao destino
final".
Francisco
espera que os jovens possam vir "a Roma em peregrinação para atravessar as
Portas Santas", mas para os que não puderem vir "haverá a
possibilidade de fazer esta peregrinação também nas Igrejas particulares, para
redescobrir os numerosos santuários locais que guardam a fé e a piedade do povo
santo e fiel de Deus". O Papa exorta os jovens a viverem esta
peregrinação jubilar com três atitudes fundamentais: "A ação de graças,
para que o vosso coração se abra ao louvor pelos dons recebidos, principalmente
o dom da vida; a procura, para que o caminho exprima o desejo
constante de procurar o Senhor e de não deixar apagar a sede do coração; e, por
fim, o arrependimento, que nos ajuda a olhar para dentro de nós
mesmos, a reconhecer os caminhos e as opções erradas que por vezes tomamos e,
assim, a poder converter-nos ao Senhor e à luz do seu Evangelho".
4. Peregrinos de
esperança para a missão
"Deixo-vos
mais uma imagem sugestiva para a vossa viagem. Ao chegar à Basílica de São
Pedro, em Roma, atravessa-se a praça que está rodeada pela colunata criada pelo
grande arquiteto e escultor Gian Lorenzo Bernini. A colunata, no
seu conjunto, parece um grande abraço: são os dois braços abertos da Igreja,
nossa mãe, que acolhe todos os seus filhos! Neste próximo Ano Santo da
Esperança, convido-vos a todos a experimentar o abraço do Deus misericordioso,
a experimentar o seu perdão, a remissão de todas as nossas “dívidas
interiores”, como era tradição nos jubileus bíblicos. E assim, acolhidos por
Deus e renascidos n'Ele, também vós vos tornais braços abertos para tantos dos
vossos amigos e colegas que precisam sentir, através do vosso acolhimento, o
amor de Deus Pai. Cada um,
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A fraternidade é a resposta, diz Papa
aos jovens reunidos em Tirana no Med24
Em
uma mensagem em vídeo aos participantes do encontro que em andamento na capital
albanesa, de 15 a 21 de setembro, Francisco os convida a serem “peregrinos da
esperança e a seguir os sinais de Deus” para que o Mediterrâneo seja um mar de
fraternidade e paz "e não mais um cemitério". Sobre os migrantes:
cada pessoa é sagrada, “renunciemos à cultura do medo para abrir a porta da
acolhida e da amizade”
Alessandro
Di Bussolo – Cidade do Vaticano
Aprendam
de Maria a ser "incansáveis peregrinos da esperança e a seguir os sinais
de Deus, para que o Mediterrâneo reencontre o seu rosto mais belo: o da
fraternidade e da paz. E que não seja mais um cemitério."
Com
estas palavras o Papa Francisco concluiu sua mensagem em vídeo aos cinquenta
jovens provenientes de vinte e cinco nações do “Mare Nostrum” e do Mar Negro
que participam do encontro “Med24 – Peregrinos da Esperança. Construtores de
paz” em Tirana, na Albânia, de 15 a 21 de setembro, promovido pelas Igrejas do
Mediterrâneo. Uma mensagem na qual os convida a construir a fraternidade, “a
melhor resposta que podemos oferecer aos conflitos e às indiferenças que
matam”.
Jovens, o futuro da
região mediterrânea
O Papa fala de sua viagem à Albânia dez anos atrás, no dia 21 de
setembro de 2014, recordando do
povo do País das Águias “pelos múltiplos rostos, mas unidos pela coragem”.
Como
dizia então aos jovens, “vocês são a nova geração da Albânia”. Acrescento hoje,
queridos jovens das cinco margens do Mediterrâneo: vocês, a nova geração, são o
futuro da região mediterrânea.
A paz se constrói, a
indiferença mata
Somos
todos peregrinos de esperança, continua Francisco, “caminhando na busca da
verdade, vivendo a nossa fé e construindo a Paz”. Deus, recorda o Papa, “ama
todos os homens e não faz distinção entre nós”.
A
fraternidade entre as cinco margens do Mediterrâneo que vocês estão construindo
é a resposta – a resposta! – a melhor resposta que podemos oferecer aos conflitos
e às indiferenças que matam. Porque a indiferença mata.
Cada pessoa é
sagrada, abram a porta da acolhida
Contemplem
“a diversidade das vossas tradições como uma riqueza desejada por Deus” é o seu
convite. “A unidade não é uniformidade – salienta o Pontífice – e a diversidade
das nossas identidades culturais e religiosas é um dom de Deus”. Unidade na
diversidade, reitera, e “estima recíproca”.
“Coloquem
no centro a voz daqueles que não são ouvidos”, pede ainda o Papa Francisco aos
jovens, como os mais pobres “que sofrem por serem considerados um fardo ou um
incômodo” ou aqueles que “muitas vezes, muito jovens, têm que deixar seus país
para ter um futuro melhor. Cuidem de cada um."
Não
se trata de números, mas de pessoas, e cada pessoa é sagrada; trata-se de
rostos cuja dignidade deve ser promovida e protegida. Renunciemos à cultura do
medo para abrir a porta da acolhida e da amizade.
O Mediterrâneo como
um belo jardim para cultivar
O
Mediterrâneo une vocês, recorda o Papa, vivam nele “como um grande lago de
Tiberíades confiado aos vossos cuidados”, como “um belo jardim a ser
cultivado”. Preservem, é o seu convite, “o espírito de serviço em todas as
circunstâncias, cuidem de cada criatura confiada às mãos de vocês”. Recordem o
testemunho dos mártires destas terras à beira do Mare Nostrum, cuja coragem
“pode inspirar o compromisso de vocês de resistir a todas as violências que
desfiguram a nossa humanidade, como fez a Beata Maria Tuci com apenas vinte e
dois anos”.
Mar de fraternidade
e paz, não é mais cemitério
Francisco
conclui a sua mensagem confiando os jovens a Maria, Mãe do Bom Conselho,
padroeira da Albânia. “Aprendei com o Seu Imaculado Coração – é o seu último
apelo – a ser incansáveis peregrinos da esperança e a seguir os sinais de
Deus”
Fonte:
Vatican News
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Francisco: a falta de fraternidade no
mundo é que causa sofrimento
Já
está nas bancas o livro "Fraternità", de Enzo Bianchi, que ganhou
prefácio do Papa Francisco. Infelizmente, escreve o Pontífice, "a
fraternidade é o que mais falta em nossa convivência, e é precisamente a sua
ausência que causa sofrimento. Sem a fraternidade, a igualdade e a liberdade
permanecerão sempre valores ameaçados, fracos e facilmente contraditórios".
O
Papa Francisco assina prefácio do livro "Fraternità"
(na tradução livre "Fraternidade"), do fundador da Comunidade de
Bose, Enzo Bianchi,
publicado pela editora Enaudi e disponível nas bancas em língua italiana a
partir desta terça-feira (17/09). No texto, o Pontífice começa logo definindo a
fraternidade como "a resistência à crueldade do mundo", "à
rivalidade que leva à violência e à guerra".
“Infelizmente,
a fraternidade é o que mais falta em nossa convivência, e é precisamente a sua
ausência que causa sofrimento. Sem a fraternidade, a igualdade e a liberdade
permanecerão sempre valores ameaçados, fracos e facilmente contraditórios.
Certamente, a fraternidade deve ser decidida por uma escolha: a rejeição da
exclusão, o desejo da reconciliação, o desejo de uma profunda comunhão humana.”
O
autor Enzo Bianchi, que para fundar a comunidade monástica viveu três anos em
solidão para um caminho de reflexão e trabalho, mostra no livro recém lançado
"que a fraternidade é a vocação da humanidade". Francisco reconhece
ainda a "sua habitual profundidade humana e inteligência
espiritual" para desenvolver a obra que trata da importância de nos
relacionarmos uns com os outros:
"O
grande dom que podemos receber é o outro: próximo ou distante, conhecido ou
desconhecido, amigo ou inimigo. Se estivermos um ao lado do outro, sempre
teremos à nossa frente um irmão, uma irmã e sentiremos que temos uma vocação:
deixar de dizer 'eu' para dizer 'nós', para viver juntos."
Fonte:
Vatican News
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Papa ao 'Vitae Colloquium 2024': façam
muito mais barulho
Francisco
incentivou empresários e líderes globais que participaram de um encontro
internacional da 'Vitae Global Foundation', uma organização que promove a fé
através das artes, dos meios de comunicação e do entretenimento.
Felipe
Herrera-Espaliat - Vatican News
Não
um pouco, mas “muito mais barulho”, pediu o Papa Francisco aos participantes
do Vitae Colloquium 2024, num encontro privado com o Pontífice no
final de agosto. Empresários e líderes de diferentes áreas foram convidados
pela Vitae Global Foundation, com sede na
Argentina, para discutir como promover novas formas de evangelização por
meio das artes, dos meios de comunicação e da indústria do entretenimento. Há
dois anos, eles já haviam se reunido com o Papa, apresentando artistas
renomados de todo o mundo. Agora, com muitos projetos em andamento, eles
receberam do Pontífice um novo ímpeto para a missão.
“O
Papa nos disse: 'façam muito mais barulho, mais, mais, mais'”, disse Luis
Quinelli, presidente da Vitae, que ficou impressionado com a enorme
energia que Francisco emana (veja a entrevista). Esse desafio assumirá a forma
de uma série de eventos chamados Vitae Fest, festivais de
evangelização marcados por música e teatro. Nos próximos meses, haverá o Vitae
Fest México e o Vitae Fest Los Angeles, enquanto para o
Jubileu de 2025 o festival chegará a Roma e será realizado na grande esplanada
do Circo Massimo. Quinelli também revelou que o Papa concordou em participar de
um documentário que contará sobre as lutas e os desafios da juventude de hoje.
O Vitae
Colloquium 2024 reuniu representantes de países como EUA, México,
Espanha, França, Argentina e Inglaterra para refletir sobre os desafios
enfrentados pelas novas gerações. Os participantes expressaram compromisso com
a Visão 2033 da Vitae Global Foundation, que busca
alcançar um bilhão de jovens com a mensagem de Jesus. Esse objetivo segue a
Agenda 2033 promovida pelo Papa Francisco, o aniversário de dois mil anos da
Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.
Fonte:
Vatican News
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Saiba quem são os dois bispos da China
que participarão do Sínodo em outubro
Na
coletiva de imprensa de apresentação da segunda sessão da Assembleia sinodal a
ser realizada agora em outubro, o cardeal Mario Grech, secretário-geral do
Sínodo, confirmou a presença de dois bispos da China, como já havia ocorrido no
ano passado.
por
Marta Zhao
Na
lista dos bispos que tomarão parte na próxima Assembleia do Sínodo dos
Bispos, por nomeação pontifícia, figuram os nomes de Vincenzo Zhan Silu e
Giuseppe Yang Yongquiang.
Juntamente
com os dois bispos da China Continental, também participarão o cardeal Stephen
Chow Sauyan, sj, bispo de Hong Kong, e Norbert Pu, bispo de Kiayi (Taiwan).
Já
em outubro de 2018 e depois em outubro de 2023, dois bispos da República
Popular da China participaram nas Assembleias do Sínodo dos Bispos em Roma. Nas
décadas anteriores, antes do Acordo provisório entre o governo chinês e a
Santa Sé sobre as nomeações dos bispos chineses (assinado em 22 de setembro de
2018), nenhum prelado proveniente da China continental pode participar no
Concílio Vaticano II e nas Assembleias Gerais do Sínodo dos Bispos.
Traçar
os perfis pessoais dos dois bispos da China continental que estarão presentes
no Sínodo do próximo mês de outubro significa mergulhar na história sem
paralelo da comunidade católica chinesa nas últimas décadas.
Dom Vincenzo Zhan Silu
Vincenzo
Zhan Silu é bispo da Diocese de Funing (Mindong para o governo chinês), na
Província costeira de Fujian.
Vincenzo
Zhan Silu nasceu em 13 de março de 1961 na cidade de Ningde (Província de
Fujian) e cresceu em uma família católica numerosa e pobre, junto com 10 irmãos
e irmãs. Em 1978, na época da nova abertura desejada por Deng Xiaoping e
marcada pela reabertura de igrejas e seminários, Vincenzo, de 17 anos,
encorajado e movido também pelo testemunho de fé de sua família, ingressou no
Seminário de Sheshan, da Diocese de Xangai.
Recebeu
a ordenação sacerdotal em 24 de junho de 1989, na Basílica de Nossa Senhora
Auxiliadora de Sheshan, das mãos do bispo Aloysius Jin Luxian, que havia sido
consagrado dispo sem mandato pontifício (teria solicitado e obtido a
legitimação canônica do seu ministério episcopal após o ano dois mil).
Imediatamente após a ordenação sacerdotal, Vincenzo Khan regressou à sua
diocese, onde começou a exercer o seu serviço pastoral como pároco.
Por
três anos, de 1995 a 1997, frequentou os cursos de formação organizados no
Centro de Estudos do Espírito Santo em Hong Kong. Foram anos em que a ex
colônia britânica volta a fazer parte da República Popular da China. O bispo de
Hong Kong é Wu. Os bispos auxiliares são Joseph Zen Zekiun e John Tong Hon,
este último há muito responsável pela gestão das atividades do Holy
Spirit Study Centre.
Vincenzo
Zhan Silu foi ordenado bispo de Mingdong em 6 de janeiro de 2000, Solenidade da
Epifania do Senhor, na Igreja da Imaculada Conceição (Nantang), em Pequim, que
naquela época era uma catedral. Nessa celebração solene, ele e outros quatro
sacerdotes chineses foram ordenados bispos sem mandato pontifício. Um
acontecimento que tem então efeitos negativos nas perspectivas de diálogo entre
a Santa Sé e o governo de Pequim sobre a condição e os problemas da Igreja
Católica na China.
A
legitimação canônica do exercício do ofício episcopal por parte de Vincenzo
Khan Silu ocorreu apenas 18 anos depois, em 8 de setembro de 2018, no âmbito
das tratativas e disposições ligadas à assinatura do Acordo provisório sobre as
nomeações dos bispos chineses (22 setembro de 2018): «Com o objetivo apoiar o
anúncio do Evangelho na China» sublinha a «Nota informativa sobre a Igreja
Católica na China» divulgada pela Santa Sé no mesmo dia da assinatura do Acordo
«o Santo Padre Francisco decidiu readmitir na plena comunhão eclesial os
restantes bispos "oficiais" ordenados sem Mandato Pontifício». Na
lista dos bispos acolhidos de volta à plena comunhão eclesial figura o nome de
Vincenzo Zhan Silu.
Como
parte da assinatura do Acordo, o Papa Francisco atribuiu a Zhan Silu a tarefa
de guiar como bispo a Diocese de Funing/Mindong, enquanto dom Vincent Guo
Xijin, até então bispo da mesma diocese não reconhecida pelo governo chinês,
aceitou assumir o ofício de bispo auxiliar da mesma diocese.
A
comunicação dos encargos pastorais atribuídos pelo Papa aos vários bispos
originalmente ordenados sem Mandato Pontifício e cuja posição canônica havia
sido regularizada antes do Acordo teve lugar no dia 12 de dezembro de 2018 em
Pequim, durante um encontro em que também estiveram presentes Zhan Silu e o
bispo Guo Xijin.
«Tratou-se
– explicou uma nota publicada no Osservatore Romano em fevereiro de 2019 – de
uma cerimônia sóbria marcada por intensa comunhão eclesial e concluída com a
oração do Pai Nosso e o canto da Ave Maria segundo uma melodia tradicional
chinesa».
No
dia 18 de abril do mesmo ano (2019), os bispos Vincenzo Zhan Silu e Vincenzo
Guo Xijin celebraram juntos a Missa Crismal, rito da Quinta-feira Santa. E no
dia 28 de outubro, festa dos Apóstolos Simão e Judas, dom Zhan Silu ordenou
dois sacerdotes (um de Mindong e outro de Minbei) na nova catedral da diocese
dedicada aos Santos Pedro e Paulo. Foi a primeira ordenação sacerdotal pública
em 70 anos.
O
perfil pessoal de Vincenzo Zhan Silu é marcado por uma forte propensão para o
trabalho intelectual que se expressa também na publicação de obras poéticas,
ensaios teológicos e ensinamentos espirituais. Entre os livros que publicou
destacam-se títulos como “A Festa da Santíssima Trindade”, um ensaio sobre o
celibato sacerdotal e uma “Comparação entre o culto ancestral e o Sacrifício da
Missa católica”.
O
ano de 2024 foi particularmente intenso para a atividade pastoral de Dom Zhan
Silu que, em fevereiro, durante as celebrações do Ano Novo Chinês, presidiu à
consagração de várias novas igrejas e à reabertura de outras que estavam
fechadas há algum tempo para reformas.
Em
31 de janeiro de 2024, na Paróquia de Chengguan, dedicada à Natividade de
Maria, dom Zhan Silu participou como concelebrante na liturgia de ordenação
episcopal de Peter Wu Yishun, ordenado bispo da Prefeitura Apostólica de Shaowu
(Minbei), na província costeira de Fujian, presidida por Joseph Li Shan, bispo
de Pequim. No dia 16 de fevereiro acompanhou dom Pietro Wu na celebração da
primeira Missa em Ningde, sua cidade de origem.
Atualmente
a Diocese de Mindong, cujo início está ligado à missão dos dominicanos
espanhóis, conta com 70.000 fiéis, 15 igrejas, mais de cem locais de oração, 4
casas para idosos, um orfanato. Cerca de sessenta padres, além de centenas de
religiosas envolvidas na pastoral.
Dom Giuseppe Yang
Yongquiang
Dom
Giuseppe Yang Yongqiang, que participará por nomeação papal na Assembleia do
Sínodo dos Bispos no próximo mês de outubro, já havia participado na anterior
Assembleia Sinodal de outubro de 2023, juntamente com outro bispo da China
continental, dom Antonio Yao Shen.
Dom
Yang tomou posse na quinta-feira, 27 de junho de 2024, na sede episcopal de
Hangzhou, capital da Província chinesa de Zhejiang. Ele havia sido transferido
da sede de Zhoucun para Hanghzhou com a nomeação do Papa Francisco. O boletim
da Sala de Imprensa do Vaticano divulgado cinco dias antes informava que «no
âmbito do diálogo relativo à aplicação do Acordo Provisório entre a Santa Sé e
a República Popular da China, em 12 de junho de 2024, o Santo Padre nomeou S.E.
Mons. Giuseppe Yang Yongqiang Bispo de Hangzhou (Província de Zhejiang, China), transferindo-o
da sede em Zhoucun (Província de Shandong, China)".
No
dia da sua posse em Hangzhou, Jdom oseph Yang afirmou que será seu compromisso
orientar sacerdotes e leigos a promover uma transmissão integral da fé católica
e anunciar o Evangelho em Hangzhou.
Dom
Yang Yongqiang nasceu em 11 de abril de 1970 em Boxing (Shandong). Realizou
estudos filosóficos e teológicos no Seminário do Espírito Santo de Shandong e
em Sheshan, em Xangai. Em 15 de junho de 1995 recebeu a ordenação sacerdotal e,
depois de realizar o trabalho pastoral como pároco, prosseguiu a sua formação
no Seminário Nacional de Pequim.
Posteriormente,
desempenhou o cargo de professor no Seminário do Espírito Santo, onde ele
próprio se formou. Nomeado bispo coadjutor de Zhoucun, foi consagrado em 15 de
novembro de 2010 e em 8 de fevereiro de 2013 sucedeu a dom Ma Xuesheng na
liderança daquela sé episcopal. Em 12 de junho de 2024, o Papa Francisco
nomeou-o bispo de Hangzhou.
Em
uma entrevista concedida con exclusividade à Agência Fides, dom Yang
declarou-se “honrado” por ter sido convidado a participar da Assembleia do
Sínodo dos Bispos realizada em Roma, e por ter assim tido “a oportunidade
compartilhar o meu caminho de fé ouvindo o dos outros."
Nessa
mesma entrevista, o bispo destacou o florescimento da sua vocação sacerdotal:
“Venho de uma família de tradição católica e a fé dos idosos da família teve
uma grande influência sobre mim, especialmente a da minha avó. Lembro-me que
ela nos pedia para ler as orações todas as noites e também nos pedia para nos
inclinar-nos diante de estátuas ou imagens de Jesus, da Virgem Maria, de São
José ou de outros santos antes de dormir. Depois ela mesma continuava a recitar
as orações até tarde da noite."
Certa
vez – acrescentou Dom Yang, continuando a sua história – “minha mãe fez uma
peregrinação ao Monte de Nossa Senhora em Huzhuang. Quando voltou, contou-nos
que tinha visto alguns jovens seminaristas sentados e lendo na igreja da área
oeste de Jinan, tranquilos e disciplinados. Enquanto ela nos falava sobre isso,
seus olhos brilhavam. Suas palavras permaneceram impressas em meu coração, e
assim a semente do sacerdócio foi plantada em mim”.
Na
entrevista, o novo bispo de Huangzhou citou também um trecho do “De
Imitatione Christi” que o havia inspirado no caminho: “Abster-se dos
discursos inúteis. Tanto quanto possível, estar distante da agitação que as
pessoas fazem. De fato, mesmo que se atenda a isso com pureza de intenção, a
ocupação com os assuntos do mundo é um grande obstáculo, porque logo se fica poluído
pelas vaidades, e feitos escravos. Mais de uma vez eu queria ter ficado quieto
e não ter ido para o meio das pessoas."
Na
Diocese de Hanghzou vivem 30 mil católicos. A sé episcopal, antes da posse do
bispo Yang, estava vacante.
*Agência
Fides Fonte: Vatican News
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Vaticano, 19 de setembro, coletiva de
imprensa ao vivo sobre Medjugorje
A
coletiva de imprensa será realizada às 11h30 da próxima quinta-feira, na Sala
de Imprensa da Santa Sé, com a presença do cardeal Fernández, prefeito do
Dicastério para a Doutrina da Fé, do secretário pe. Armando Matteo, e do
diretor editorial do Dicastério para a Comunicação da Santa Sé, Andrea
Tornielli. Transmissão ao vivo no canal do Youtube.
Vatican
News
A
experiência espiritual vivida pelos peregrinos no santuário de Medjugorje será
o centro do encontro de quinta-feira, 19 de setembro, às 11h30, na Sala de
Imprensa da Santa Sé, quando o cardeal prefeito do Dicastério para a Doutrina
da Fé, dom Víctor Manuel Fernández, o secretário da Seção Doutrinária do mesmo
Dicastério, monsenhor Armando Matteo, e o diretor editorial do Dicastério para
a Comunicação da Santa Sé, Andrea Tornielli, falarão sobre o assunto com os
jornalistas.
Será
possível acompanhar a coletiva de imprensa, que será transmitida ao vivo no
canal YouTube do Vatican News https://www.youtube.com/c/VaticanNews.
Fonte:
Vatican News
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Em Zurique, a nova etapa da oração
esportiva pela paz na Europa
Com
a Athletica Vaticana, do Campeonato Europeu na Bélgica no domingo (15/09) até o
Mundial de Ciclismo na Suíça, em 29 de setembro.
Giampaolo
Mattei
Rien
Schuurhuis terminou de pedalar, na noite de domingo (15/09), no percurso do
Campeonato Europeu, nas históricas estradas de Flandres, e já está mirando o
novo objetivo: o Campeonato Mundial que será realizado em Zurique em 29 de
setembro. Com a Athletica Vaticana também se envolveu, no sábado 28, em uma
“corrida de solidariedade e inclusão” com aqueles que vivem nas ruas - pobres,
viciados em drogas, prostitutas - e se referem à comunidade “Encontro”, fundada
pela Irmã Arianne.
Zurique
será uma nova etapa na oração esportiva pela paz na Europa que a Athletica
Vaticana vem propondo, particularmente em eventos internacionais, desde o
início da guerra na Ucrânia. Sabendo que, como sugere o Papa Francisco, o
esporte pode ser uma experiência de fraternidade, justamente por causa de sua
linguagem popular, e também um canal diplomático original.
Para o Campeonato Europeu na Bélgica, a
oração pela paz foi reavivada durante a celebração da missa em Hasselt, na
noite de sábado, 14 de setembro, com o bispo Patrick Hoogmartens. O encontro da
Athletica Vaticana com a comunidade católica da cidade flamenga foi
significativo: especialmente com as pessoas mais frágeis que vivem na pobreza
ou com deficiências. E no Campeonato Europeu, uma corrida foi precisamente
reservada para atletas com deficiências intelectuais e relacionais, como parte
das Olimpíadas Especiais.
Falando
da corrida em si, a vitória ficou com o belga Tim Merlier (31), que
praticamente correu “em casa”. Assim que cruzou a linha de chegada, ele foi em
direção ao “troféu mais precioso”: seu filho Jules e sua esposa Cameron
(ex-ciclista e filha de Frank Vandenbroucke, um forte piloto que morreu em 2009
com apenas 35 anos).
Merlier
- que correu à frente do holandês Olav Kooij e, surpreendentemente, do
estoniano Madis Mihkels - percorreu os mais de 222 quilômetros da corrida (com
algumas seções de paralelepípedos) em 4h37'09” a uma velocidade média muito
rápida de mais de 48 km/h. Schuurhuis começou na liderança e segurou as rodas
dos melhores até que, faltando cerca de 60 quilômetros para o final, os dois
ciclistas mais fortes entraram em cena: o holandês Mathieu Van der Poel,
campeão mundial, e o dinamarquês Mads Pedersen. “A corrida começou muito rápida
logo de cara e, mesmo que minhas pernas estivessem girando bem, percebi que,
dado o tipo de percurso, seria difícil entrar em uma fuga".
Já
na largada, na verdade, “França, Holanda, Bélgica, Itália e Dinamarca alinharam
imediatamente toda a equipe, compacta, nas primeiras posições do grupo”, diz
ele. “Especialmente nas seções de paralelepípedos, era muito difícil abrir
caminho para aqueles que, como eu, não tinham o apoio dos companheiros de
equipe". Mas, na verdade, Schuurhuis teve esse apoio da equipe: “o estilo
da Athletica Vaticana é o de uma comunidade esportiva fraterna. Nunca faltam
conselhos de Valerio e Emiliano antes e depois da corrida. E, ao longo do
percurso, Simone e Rino - dois companheiros de equipe, melhor: dois amigos! -
estavam sempre prontos para me passar mantimentos e frascos de água fresca e
para me dar um aplauso sincero. Depois, ver minha esposa e meus dois filhos me
deu um tremendo impulso”.
Como
nos dois Campeonatos Mundiais dos quais participou - na Austrália em 2022 e na
Escócia em 2023 - Schuurhuis foi um dos ciclistas com mais fãs: no último
Campeonato Mundial, ele foi o segundo ciclista mais popular depois do vencedor
Van der Poel e à frente de Tadej Pogačar. “Sim, as pessoas certamente reconhecem
a camisa branca e amarela”, ele confidencia, "e sempre têm uma palavra
extra de simpatia e aplausos, e então todos apreciam o estilo da Athletica
Vaticana, que abraça imediatamente aqueles que nos recebem e vai ao encontro
dos mais pobres: acredito que essa fraternidade esportiva é a alma que o mundo
do ciclismo espera da equipe do Papa". Foi exatamente esse “estilo de
amizade e simplicidade” que foi incentivado por David Lappartient, presidente
da União Internacional de Ciclismo, e Enrico Della Casa, presidente da União
Europeia de Ciclismo. A Athletica Vaticana é membro dessas duas instituições
desde setembro de 2021.
Schuurhuis
relança: “na Bélgica, o ciclismo é o esporte número um, ainda mais popular que
o futebol, e em todas as estradas a torcida é sempre transversal: se os mais
fortes recebem muito apoio, aqueles que correm na parte de trás do grupo,
trabalhando duro, recebem ainda mais. Se isso também fosse verdade na vida
social e cotidiana...”. Esse é o verdadeiro significado do ciclismo, um esporte
do povo.
Fonte:
Vatican News
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'Espiritualidade de Comunhão' será tema
da Assembleia que comemora 60 anos da CNBB NE 2
O
evento reunirá cerca de 150 pessoas em torno do tema “Por uma espiritualidade
de comunhão na práxis evangelizadora”, de 1º a 3 de outubro, no Convento
Ipuarana, em Lagoa Seca (PB). De acordo com o bispo de Cajazeiras (PB) e
presidente da CNBB Nordeste 2, dom Francisco de Sales, a assembleia pretende
avançar na reflexão sobre diocesaneidade iniciada no encontro do ano passado,
ao mesmo tempo que responde ao convite do Papa Francisco para o Jubileu 2025
Vatican
News
Animada
pelo aniversário de 60 anos de criação, a CNBB Nordeste 2 se prepara para
vivenciar uma nova edição da Assembleia Pastoral Regional. O evento reunirá
cerca de 150 pessoas em torno do tema “Por uma espiritualidade de
comunhão na práxis evangelizadora”, de 1º a 3 de outubro, no Convento
Ipuarana, em Lagoa Seca (PB).
A
Assembleia Pastoral Regional é o principal evento da CNBB Nordeste 2, pois, é
durante sua realização que são debatidos os desafios, avaliados os avanços e
definidas as novas diretrizes para as ações pastorais e evangelizadoras. Essa
construção é feita com a colaboração direta de leigos e leigas, clérigos,
religiosos e religiosas das quatro arquidioceses e 17 dioceses distribuídas
pelos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grandes do Norte.
Nesta
59º edição, os trabalhos serão conduzidos a partir do lema “Como tu, Pai estás
em mim e eu em ti, que também eles estejam em nós”, extraído do capítulo 17,
versículo 21 do Evangelho de João. De acordo com o bispo de Cajazeiras (PB) e
presidente da CNBB Nordeste 2, dom Francisco de Sales, a assembleia pretende
avançar na reflexão sobre diocesaneidade iniciada
no encontro do ano passado, ao mesmo tempo que responde ao convite do Papa
Francisco para o Jubileu 2025.
A
Assembleia Pastoral Regional será assessorada pelo bispo de Petrolina (PE) e
vice-presidente da CNBB Nordeste 2, dom Antônio Carlos Cruz Santos, que ficará
responsável pela Lectio Divina na abertura. O perito da Comissão Episcopal para
a Doutrina da Fé da CNBB, padre Marcial Maçaneiro, será o assessor convidado e
conduzirá as quatro conferências do evento.
Diálogo no Espírito
Com
o objetivo de garantir uma participação ainda mais efetiva de todos na
construção da Síntese, a 59ª Assembleia Pastoral Regional irá utilizar a
metodologia jesuíta do “diálogo no Espírito” ou “conversação espiritual”. Essa
dinâmica de trabalho em grupo marcou as assembleias continentais do Sínodo
sobre a Sinodalidade e também foi utilizada durante a Assembleia Geral da CNBB,
no mês de abril.
De
modo geral, o método busca animar o discernimento comunitário para discernir a
vontade de Deus na certeza de que é o próprio Espírito Santo que fala a todos.
“Essa metodologia antiga na Igreja e que foi resgatada pelo Papa Francisco é
vivência da sinodalidade na prática, ou seja, uma riqueza para quem participa”,
afirma o bispo de Pesqueira (PE) e secretário da CNBB Nordeste 2, dom José Luiz
Ferreria Salles.
Dom
Francisco destaca que o diálogo no Espírito não é simplesmente uma discussão
entre pessoas. “É, na verdade, uma experiência de oração, onde a cada rodada
tem um silêncio para ouvir o Espírito. Será uma experiência muito bonita para a
nossa assembleia e irá enriquecer muito cada um dos participantes no trabalho
de continuidade quando retornarem às suas bases”, diz o presidente do Regional.
60 anos
No
próximo dia 30, os regionais Nordeste 1, 2 e 3 da CNBB irão comemorar os 60
anos de criação. Nessa mesma data, em 1964, durante o Concílio Ecumênico
Vaticano II foram votados os desdobramentos de alguns Secretariados Regionais
da Conferência, entre eles o do Nordeste.
Naquela
ocasião, ficou aprovada a criação do Nordeste 1 (Maranhão, Piauí e Ceará);
Nordeste 2 (Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas); e Nordeste 3
(Bahia e Sergipe). O Regional Nordeste 2 apresentou, como Secretário Regional,
dom Helder Pessoa Camara, e a capital Recife (PE) como sede da entidade.
Para
marcar o aniversário, na segunda-feira (30) à noite os bispos participarão de
um jantar festivo, no Convento Ipuarana.
Na
quarta-feira (2), durante às Vésperas Solene dentro da programação da
Assembleia Regional Pastoral, será realizada a Celebração dos 60 anos da CNBB
Nordeste 2, às 18h. A cerimônia está sendo prepara pela Comissão Regional para
a Liturgia.
(Fonte
– CNBB NE2)
Fonte:
Vatican News
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A reconstrução da Catedral de
Notre-Dame de Paris
O
gigantesco canteiro de obras da catedral será concluído nos próximos meses. A
Notre-Dame de Paris reabrirá suas portas na noite de 7 de dezembro para receber
o retorno dos fiéis. Três meses antes desse prazo, o arcebispo de Paris, dom
Laurent Ulrich, concordou em ser nosso guia entre os andaimes e os operários
que ainda estão trabalhando no local.
Jean
Charles Putzolu - enviato especial a Paris
Em
15 de abril de 2019, foi provavelmente um curto-circuito na estrutura de
madeira que causou o gigantesco incêndio na Catedral de Notre-Dame em Paris, na
França. Os bombeiros lutaram contra as chamas por 15 horas. Quando o incêndio
foi contido, o quadro parecia grave. O colapso da torre perfurou a abóbada. A
estrutura de madeira foi parcialmente carbonizada, a cobertura de chumbo
derreteu. A estabilidade da catedral estava ameaçada.
Já
no dia seguinte, a mobilização foi global. Em apenas alguns dias, foram
coletados 846 milhões de euros em doações. 340 mil doadores de 150 países
enviaram uma mensagem clara: a Notre-Dame de Paris precisa ser reconstruída.
Desde então, teve início uma aventura humana e tecnológica. O Estado francês,
proprietário do edifício, comprometeu-se em reconstruir a catedral em cinco
anos. A aposta foi ganha. A Notre-Dame será reaberta para os fiéis em 7 de
dezembro.
O “formigueiro"
Para
realizar essa reportagem, filmar e se deslocar dentro de uma catedral ainda em
construção, foram necessárias autorizações específicas do órgão público
“Rebâtir Notre-Dame” - criado especificamente para a reconstrução do edifício -
a fim de respeitar as normas de segurança e saúde, mas, acima de tudo, o
trabalho de companheiros nesse “formigueiro” de operários, onde cada fase foi
meticulosamente pensada e organizada para atingir o objetivo de reabertura em
dezembro de 2024.
Um guia excepcional
Ao
nosso lado, um guia excepcional era ninguém menos que dom Laurent Ulrich.
Vestindo uma roupa de trabalho e um capacete de segurança, o arcebispo de Paris
gentilmente se ofereceu para a visita. Junto com ele, não queríamos discutir os
aspectos puramente técnicos da reconstrução, que certamente têm sido um desafio
a cada minuto, mas sim nos concentrar na aventura humana, no compromisso e
também nos aspectos espirituais da reconstrução. “É uma aventura de imensa
cooperação, de imensa colaboração”, diz dom Ulrich, impressionado com "o
imenso sorriso geral em todos os rostos das pessoas que trabalham" nesse
canteiro de obras. Um pensamento vai para as excelentes empresas selecionadas e
a valiosa experiência dos colegas de equipe.
Um desafio
brilhantemente enfrentado
No
topo do andaime que envolve o edifício, o “chefe” do local mostra seus
companheiros trabalhando no telhado e fala sobre o desafio estabelecido pelo
presidente francês, que se comprometeu com um prazo de cinco anos para
reconstruir a Notre-Dame. “É um desafio organizacional, para implementar tudo,
todos e todas as categorias profissionais. E também é um desafio humano. É uma
incrível aventura humana que está em jogo. Uma aventura coletiva, uma equipe,
um conjunto de habilidades”, diz Philippe Jost.
A expectativa e a
impaciência dos parisienses
Dom
Ulrich foi nomeado arcebispo de Paris em 2022 pelo Papa Francisco. O canteiro
de obras estava em seu terceiro ano. Com exceção de algumas missas celebradas
ou concelebradas na Notre-Dame antes de sua nomeação, ele ainda não tomou posse
oficialmente do local e, desde o incêndio, a maioria das celebrações foi
realizada na Igreja de Saint Sulpice.
Portanto,
dentro de si mesmo, o bispo dos parisienses é animado por uma sábia
impaciência, amplamente compartilhada com seus paroquianos: “eu os convidei,
antes de tudo, a esperar, na esperança do que estava prestes a acontecer, a fim
de colocar todo o povo de Deus na expectativa de algo magnífico”. Nesse
sentido, a catedral de 7 de dezembro de 2024 será bem diferente da catedral de
14 de abril de 2019, um dia antes do incêndio.
“Eu
sempre disse às pessoas que me pediram: 'tragam-nos de volta a catedral como a
conhecemos', que eu não farei isso. Não poderei fazer isso porque ela adquiriu
cores que não tinha até agora”. O contraste será, de fato, gritante entre as
lembranças de muitas pessoas de uma catedral escurecida pelo tempo - pela
fumaça das velas, pelas muitas visitas ao longo de seus 8 séculos de existência
- e as cores vivas e brilhantes da pedra, das pinturas, dos afrescos limpos.
“Não olhem apenas para as pedras magníficas”, disse o arcebispo a seus fiéis,
”não se esqueçam de que isso é um presente de Deus e um presente para Deus. Não
se esqueçam de que os homens fizeram humildemente o que Deus lhes pediu para mostrar
a fé católica. Portanto, não estamos orgulhosos do que foi feito. Somos
simplesmente gratos”.
O respeito pela
habilidade das empresas
Todas
essas mãos precisas e habilidosas merecem respeito e admiração. Aos mais de 2
mil operários que trabalharam nesse canteiro de obras, dom Ulrich dedicará um
momento de atenção na reabertura: “percebemos que, para eles, esse canteiro de
obras não era algo trivial. [...] O que eles fazem é sempre um pouco
extraordinário. Trabalhar com tanta precisão, com tantas técnicas diferentes
para encontrar o espírito do lugar. Aqui, acho que é algo muito maravilhoso
tê-los visto trabalhar”. Um ato de fé essa reconstrução, é “um verdadeiro ato
de graça”, diz Laurent Ulrich.
Um ato de fé
Essa
reconstrução “é um verdadeiro ato de graça”, continua o prelado. “Um ato de fé”
porque ”foi preciso muita fé para dizer que ela seria feita em 5 anos. Foi
preciso muita fé, no dia seguinte ao desabamento da torre, para dizer que a
torre voltaria ao lugar. Foi preciso muita fé para pensar que em tão pouco
tempo ela estaria de volta aqui, tanto para celebrar o mistério de Cristo
quanto para receber milhares de peregrinos ou visitantes todos os dias, como
antes, e até mais do que antes, já que se espera que o número aumente".
Permanecerá em
nossos corações
O
fato de o canteiro de obras ter um caráter inesquecível para todos os que
trabalharam nele é óbvio para Philippe Jost: “para mim e para todos os artesãos
e operários que trabalharam neste canteiro de obras, é algo único que nos
marcará para sempre. E veremos esta catedral pensando em todos esses momentos
que vivemos no canteiro de obras, esses momentos magníficos [...] que teremos
vivido e que realmente permanecerão presentes em nossa memória e em nossos
corações”.
Para
dom Ulrich, também, a emoção é grande: “os dias da reabertura serão dias de
grande alegria, mas também de grande simplicidade e grande interioridade. Essa
alegria não deve ser uma alegria de festa pagã, de celebração excessiva. Deve
ser simplesmente a alegria de uma cidade inteira que encontra seu coração aqui
e que sabe que Notre-Dame é o lugar onde todos podem vir para se encontrar.
Todos podem vir para se reunir, todos podem encontrar a força para sua vida”.
Fonte:
Vatican News
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Irmãs Hospitaleiras ampliam missão
pelas pessoas com deficiência mental em Timor-Leste
As
Irmãs Hospitaleiras chegaram ao Timor-Leste em 2019 e, quatro anos depois,
abriram um Centro de Saúde Mental. A proximidade ao povo, à cultura e às
exigências foram fundamentais para identificar a necessidade de abrir a
iniciativa. Hoje são gratas pela oportunidade de servir e fazer a diferença na
vida de pessoas que precisam de cuidados de saúde mental.
Ir.
Isabel Santamaría Benito
Desde
a adolescência, a Irmã Isabel Martins, da congregação das Irmãs Hospitaleiras
do Sagrado Coração de Jesus, sonhava em ser missionária. Para ela, «ser
missionária significava partir para longe, afastar-me dos que eu mais amava,
para poder dar mais de mim aos outros». Com o passar do tempo, ela compreendeu
que ser missionária no coração não exigia necessariamente grandes distâncias
físicas, mas estar próxima dos mais necessitados. «Sempre tive o desejo de
estar perto de outras culturas, de outras pessoas, a quem oferecer um pouco
mais de mim através da minha pobreza e, ao mesmo tempo, receber mais dos
outros, não para acumular riquezas exteriores, mas para enriquecer o espírito e
para me libertar interiormente», recordou falando da sua vocação.
Um chamado a criar
algo novo
O
seu sonho tornou-se realidade naquele mesmo ano, quando recebeu a notícia da
superiora: «Sim, a Irmã pode partir para Timor-Leste, pensamos que pode ser uma
das primeiras...». Isabel deu graças a Deus pela sua presença, pela
congregação, pelas numerosas pessoas que conhecia de perto e de longe. E
começou a preparar-se.
Encontrar-se “em saída”
Desde
a sua chegada ao Timor, a Ir. Isabel lançou mãos à obra com duas outras
religiosas enviadas. O primeiro passo foi criar uma comunidade hospitalar, sair
às ruas para encontrar os vizinhos e criar um tecido relacional entre todas as
pessoas envolvidas.
«E,
acredite, aqui saímos, saímos, saímos!», conta a nossa religiosa. Todos os
dias, saem para visitar as pessoas que vivem próximas delas, para identificar
os familiares dos enfermos e para visitar outros que vivem longe. Passaram por
momentos difíceis, mas sem desanimar; podem ser um sinal de esperança na vida
de muitas pessoas marginalizadas.
Quatro
anos após a chegada ao Timor-Leste, em agosto de 2023, abriram o Centro
de Saúde Mental S. Benito Menni, um espaço de apoio ao diagnóstico precoce,
onde fazem consultas de screening e tratamento, monitoram os
doentes diagnosticados, reduzem o estigma familiar associado à doença mental e
formam novos profissionais.
O milagre da ação de
Deus
Com
a humildade de um Deus próximo, a Ir. Isabel reconhece a riqueza da sua
presença em Timor-Leste. «Vemos no rosto de muitos doentes. Quando estamos ao
lado deles e os abraçamos, confirmamos aos seus familiares e vizinhos que a sua
vida, apesar da enfermidade que os atingiu, continuam a ter o mesmo valor e
dignidade», comentou falando sobre a sua experiência no país asiático.
Felizmente,
embora alguns doentes ainda estejam instáveis, a maioria está bem integrada na
família. Na medida em que os tratamentos fazem efeito, ocorrem “pequenos
milagres”. As famílias participam em maior medida, o que é crucial para a
recuperação dos doentes.
Sucessos e novos
desafios
Desde
a abertura do centro, as religiosas trataram 72 pessoas na área psiquiátrica e
levaram a Sagrada Comunhão a mais 26 pessoas idosas ou doentes em Timor-Leste.
Um dos grandes desafios é como ajudar mais pessoas a chegar ao serviço de
terapia ocupacional, uma vez que o acesso ao centro é difícil e a maioria das
famílias não tem dinheiro para o transporte.
«Queremos
acreditar que os desafios são típicos da missão e que a maior parte deles não
são impossíveis. Sem dúvida, Deus não nos deixa sozinhos. Está presente quando
saímos, está presente quando paramos para refletir... Está sempre presente!»,
refletiu a religiosa sobre os desafios dessa missão. - Fonte: Vatican News
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Rumo à COP 29 no espírito da Laudato
si'
Tendo
em vista a conferência sobre o clima, em novembro próximo, no Azerbaijão, a
Embaixada da Soberana Ordem Militar de Malta junto da Santa Sé organiza um
evento para apresentar os resultados de um estudo da Fundação MAIRE, segundo o
qual a conversão energética não é apenas "crítica " para combater os
danos ambientais, mas também oferece uma oportunidade importante para a criação
de emprego e investimento na educação.
Deborah
Lubov – Vatican News
Para
combater o aumento das temperaturas globais e as mudanças climáticas, a
transição dos combustíveis fósseis para fontes de energia renováveis e
circulares é essencial. Uma consciência que esteve no centro de uma
apresentação e debate de alto nível que teve lugar no Palazzo Orsini, em Roma,
organizados pela Embaixada da Soberana Ordem Militar de Malta junto da Santa
Sé, segunda-feira, 16 de setembro.
No espírito da
Laudato si'. Rumo à COP 29
O
evento, intitulado “No espírito da Laudato si'. Rumo à COP 29: A Transição
Energética como uma Oportunidade para a Inclusão Social e de Emprego”, apresentou
um estudo da Fundação MAIRE e os últimos desenvolvimentos rumo à COP 29, que
terá lugar em Baku, no Azerbaijão. A pesquisa, realizada durante a COP 28, em
Dubai, envolveu 1.700 entrevistados de dez países, incluindo Itália, Reino
Unido, Turquia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, China, Índia, Argélia,
Chile e Estados Unidos.
O
estudo da Fundação MAIRE foi realizado em colaboração com a empresa
multinacional de pesquisa de mercado e consultoria IPSOS. Os resultados
completos podem ser encontrados aqui no site da Fundação, que reafirma o
compromisso da organização em “promover a formação dos ‘engenheiros humanistas’
de amanhã, que poderão aplicar sua visão ampla e conhecimento multidisciplinar
para contribuir com a transição energética e digital”.
A necessidade
urgente de conversão de energia
De
acordo com seus dados, a organização pede uma “mudança profunda” no cenário
industrial e econômico e na conversão de energia, pois, caso contrário, o meio
ambiente sofrerá danos irreparáveis. Para que isso aconteça, são essenciais
novas competências e a requalificação da força de trabalho atual. Conforme
confirmado pelo estudo, os engenheiros que orientarão essa transformação
precisarão ter uma abordagem mais “humanística” sobre como lidar com a
transição.
Objetivo zero
emissões e neutralidade de carbono
Da
mesma forma, a Fundação pede “uma mudança radical na forma como formamos as
pessoas necessárias para atingir emissões zero”. Como Fundação MAIRE”,
enfatiza, ‘continuamos comprometidos em contribuir para a evolução da sociedade
em direção às metas de neutralidade de carbono por meio da educação e do
incentivo cultural’.
Criar locais de
trabalho inclusivos
O
estudo revela uma consciência crescente da importância do desenvolvimento de
competências para enfrentar a transição energética, particularmente nos países
emergentes da Ásia, Oriente Médio, Norte de África e América do Sul. Além
disso, indica uma nova consciência e um novo papel de liderança que emerge
destas regiões na transição ecológica, o que não é apenas uma resposta urgente
à crise climática, mas também representa uma oportunidade sem precedentes para
a criação de emprego e inclusão de mulheres e minorias na força de trabalho.
Investimento na
educação e formação
Neste
contexto, as organizações insistem na importância de investir na educação e na
formação para enfrentar estes novos desafios, com particular atenção à ecologia
integral, que “é vital” para garantir um futuro sustentável para as gerações
futuras. Desta forma, acrescentam, a proposta também se alinha com o espírito
da encíclica do Papa Francisco de 2015 Laudato si' sobre o ambiente. Durante o
evento, a Fundação MAIRE promoveu também uma bolsa de estudos para pesquisa
sobre a integração dos fluxos de migrantes na força de trabalho no setor de
transição energética.
O painel de
especialistas
Antonio
Zanardi Landi, embaixador da Soberana Ordem Militar de Malta junto à Santa Sé e
Fabrizio Di Amato, presidente da Fundação MAIRE, deram as boas-vindas aos
convidados. Entre os palestrantes da mesa redonda estavam o ministro do
Interior italiano, Matteo Piantedosi, o padre Enzo Fortunato, diretor de
Comunicação da Basílica de São Pedro, e Cristina Finocchi Mahne, economista e
professora da Universidade Católica do Sagrado Coração de Milão.
Fonte:
Vatican News
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Mianmar: inundações atingem milhares de
deslocados pela guerra civil em Loikow
“Só
a força que vem do alto nos faz continuar”, diz dom Celso Ba Shwe, bispo de
Loikaw, cidade no leste de Mianmar, diante do flagelo da guerra civil e agora
das cheias que atingem os milhares de deslocados.
Nos
dez campos de refugiados onde estão acampados os deslocados católicos de
Loikaw, “as inundações chegaram repentinamente, devastando a vida de famílias,
crianças e idosos. São ao menos 18 as vítimas confirmadas e há pessoas
desaparecidas. É um novo golpe contra pobre gente que já há dois anos
sofre com o conflito civil", afirma em entrevista à Agência Fides dom
Celso Ba Shwe, bispo de Loikaw - cidade no leste de Mianmar, no Estado birmanês
de Kayah -, ao descrever os efeitos do tufão Yagi que atingiu Mianmar.
Esses
10 campos são apenas uma pequena parte dos cerca de 200 campos de refugiados
que acolheram cerca de 150 mil refugiados no total no território diocesano,
porque a população civil havia fugido da cidade, para buscar refúgio dos
confrontos entre o exército regular e as milícias que se opõem à junta militar,
no poder com um golpe de Estado desde fevereiro de 2021.
A
comunidade diocesana fragmentou-se porque “todos fugiram das paróquias e o
rebanho se dispersou. Alguns encontraram abrigo no território da vizinha
Diocese de Pekhon, a maior parte dos batizados está distribuída em cerca de 200
assentamentos de deslocados que se espalham pelo território”, afirma o bispo,
delineando a situação local. Também sacerdotes, religiosos, religiosas,
catequistas deixaram a cidade, atingida por bombardeios do exército regular por
ser considerada um dos redutos das Forças de Defesa Popular, aliadas aos exércitos
das minorias étnicas.
Símbolo
do sofrimento da Igreja local foi a ocupação da Catedral e do centro pastoral
adjacente de Loikaw, transformado pelos militares birmaneses numa base
logística em novembro de 2023, expulsando o bispo, que se tornou assim um
“refugiado entre os refugiados”.
“Os
militares ainda estão lá há quase um ano”, confirma dom Ba Shwe. “Tentamos
falar com as autoridades civis e militares - diz ele - mas por enquanto não há
sinais concretos para a liberação da nossa estrutura. Conseguimos salvar os
registros dos batismos e dos sacramentos, nada mais. Sentimo-nos quase
exilados, distantes de Jerusalém. Só a fé e a força que vem do alto nos
permitem seguir em frente”, afirma.
Dom
Celso transferiu-se temporariamente para a igreja de uma área remota, a
Paróquia de Soudu, na zona oeste da diocese. De lá, ele viaja continuamente
para os campos de refugiados para visitar e confortar os deslocados.
A
comunidade católica está fazendo o possível para dar continuidade – em
uma situação de dificuldade – ao cuidado material e espiritual dos fiéis. “Há
uma urgência pelo apoio diário. Com a Caritas Loikaw
trabalhamos incansavelmente pela assistência humanitária. Mantemos a discrição,
graças à Providência de Deus, todos os dias tentamos alimentar e atender a
todos”, relata.
Além
disso, “em cada um dos 200 acampamentos existe uma capela, muitas vezes feita
de bambu, construída pelos fiéis. Nossos sacerdotes não perderam a coragem e
foram ao encontro dos fiéis de suas paróquias, em busca das ovelhas perdidas.
Esta proximidade com o povo é um grande consolo”.
A
Igreja, observa ele, “está empenhada em organizar melhor o serviço do alimento
material e espiritual. Às vezes compreendemos claramente que isto faz com que
os fiéis não se desesperem. Celebramos a Eucaristia, os batismos, as Primeiras
Comunhões e as Confirmações nos campos de refugiados. Ali há pessoas simples,
que sabem que podem confiar em Deus, que Deus não as abandona. Sabem que,
juntos, estamos vivendo um Calvário, estamos percorrendo um liongo caminho no
deserto, à espera da Terra Prometida, que para nós é a paz, é poder voltar para
nossas casas e nossas igrejas".
Outro
tema que está muito próximo do coração do prelado é o da educação: “Estamos
muito preocupados com a educação das crianças e dos jovens. Estamos fazendo
tudo o que podemos e devemos construir pequenas escolas temporárias onde muitas
vezes religiosos, freiras e catequistas prestam-se ao ensino. Faltam livros e
materiais escolares para os alunos. É uma geração que será afetada por esta
interrupção da educação escolar”, observa.
Também
para os Seminários a situação é precária. O Seminário interdiocesado de Loikaw
foi transferido há dois anos para Taunggyy e lá estão os 13 seminaristas
maiores de Loikaw. O Seminário Menor intermediário, com outros 13 jovens, foi
transferido para uma área remota e a formação está muito difícil.
Sobre
a situação geral do conflito civil em curso, o bispo de Loikaw observa que
“está em uma fase de impasse, em que as forças de resistência controlam algumas
áreas, mas o exército regular ainda é muito forte e possui armamentos grandes e
poderosos”. O resultado do conflito permanece incerto, a situação está
bloqueada e a vitória da resistência não parece próxima .
“Continuamos
a falar de paz e a promover a reconciliação, que é o horizonte ao qual o
Evangelho nos leva”, afirma. “Mas infelizmente hojes palavra 'reconciliação'
não encontra acolhida em nenhuma das partes em conflito. A junta militar
combate e define os jovens das forças populares como “terroristas”. Os jovens,
por sua vez, falam da violência cometida pelo exército e não querem recuar. E o
conflito continua. Esta é a situação no terreno. Estamos no meio de um túnel e
só o Senhor pode nos fazer ver a luz novamente”. - *Agência Fides - Fonte:
Vatican News
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Inundações na Nigéria: apelo da Diocese
de Maiduguri por oração e ajuda material
Maiduguri,
capital do Estado de Borno, no nordeste da Nigéria, foi invadida pelas águas no
dia 10 de setembro, após o rompimento da represa Alau, que fica a cerca de 20
km ao sul da cidade, devido às chuvas que caem incessantemente na região desde
o final de agosto. Os afetados passam de 1 milhão.
“A
gravidade da enchente superou em muito as estimativas do governo e de todos
nós, tornando-a a mais catastrófica em Maiduguri em mais de três décadas”
afirma um relatório enviado à Agência Fides pela diocese de Maiduguri, capital
do Estado de Borno, em nordeste da Nigéria, atingido pelas inundações causadas
pelo rompimento da barragem de Alau.
“A
dimensão sem precedentes das inundações apresentou desafios que vão além das
nossas experiências anteriores, uma vez que mais de metade da cidade está
submersa. Houve várias mortes e propriedades avaliadas em milhares de milhões
de nairas foram destruídas”, afirma o relatório, segundo o qual mais de um
milhão de pessoas foram atingidas pelas cheias, das quais 410 mil foram
deslocadas.
“A enchente, que começou no final de semana e
se agravou nos dias seguintes, foi causada pelo excesso de água que chegou à
barragem de Alau. O colapso dos vertedouros desencadeou um aumento
significativo de água a jusante, causando inundações generalizadas nas
comunidades vizinhas. Estão em curso esforços por parte do governo e das agências
competentes para evacuar e reassentar os residentes nas áreas atingidas e para
garantir o fornecimento de alimentos, abrigo e cuidados médicos, mas a situação
continua angustiante. Os campos para deslocados que tinham sido oficialmente
fechados pelo governo foram reabertos para acomodar as pessoas que perderam as
suas casas nas cheias."
“No
que tange à Igreja Católica, o Secretariado diocesano e a Catedral de São
Patrício estão todos inundados. Também foram gravemente atingidas as Paróquias
St. John Custom, St. Michael Railway e St. Augustine Gwange. Embora ainda
estejamos avaliando a dimensão da catástrofe, estimamos que mais de 20.000
fiéis católicos foram afetados naquelas paróquias, o equivalente a cerca de
3.000 famílias."
“Mais
de 40% da cidade ainda está submersa. A extensão da perda de vidas e
propriedades é difícil de determinar. Medidas estão sendo tomadas e dados estão
sendo coletados para uma categorização precisa e detalhada das perdas”.
O
relatório conclui com um apelo à solidariedade: “Que Deus Todo-Poderoso nos
ajude a superar esta catástrofe e a aliviar todo o nosso sofrimento. Pedimos
orações especiais pelas famílias e por todos os atingidos pela enchente, para
que Deus lhes dê força e consolo. Pedimos também apoio financeiro para permitir
que a Diocese apoie as vítimas das enchentes. As necessidades mais urgentes são
alimentação, assistência médica/higiene e abrigo temporário”. - *Agência Fides - Fonte: Vatican News
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Portugal:
Conferência Episcopal expressa solidariedade para com as vítimas da «trágica
situação dos incêndios» e apela ao «firme compromisso na prevenção»
CEP manifesta
«particular proximidade para com as dioceses mais atingidas» e «uma palavra de
coragem e profunda gratidão aos bombeiros»
A
Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) escreveu hoje uma mensagem de
solidariedade a propósito dos incêndios que atingem o país, unindo-se em oração
e apelando a que “que haja um firme compromisso na prevenção”.
“A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP)
acompanha, dolorosa e solidariamente, a trágica situação dos incêndios que
assolam o nosso país e une-se em oração, pedindo a Deus pelo sofrimento de
todas as pessoas e famílias atingidas nesta devastação, especialmente as que
sofreram a inestimável perda dos seus entes queridos”, pode ler-se no documento
enviado à Agência ECCLESIA.
Os
incêndios que atingem a região norte e centro de Portugal já provocaram desde
domingo sete mortos e cerca de 40 feridos (dois com gravidade), destruíram
dezenas de casas e obrigaram ao corte estradas e autoestradas, informa a Lusa.
Quatro
das vítimas mortais são bombeiros – um da corporação de São Mamede de Infesta,
que morreu no domingo de “doença súbita” quando combatia as chamas em Oliveira
de Azeméis, e três da corporação de Vila Nova de Oliveirinha, Tábua, que
perderam a vida hoje quando seguiam para o combate a um incêndio.
A CEP deixa ainda “uma palavra de coragem e
profunda gratidão aos bombeiros que, pondo em risco as suas próprias vidas,
combatem as chamas incansavelmente, bem como às demais forças de segurança,
entidades civis e voluntários que desenvolvem todos os esforços para salvar
vidas e evitar mais perdas de bens”.
Na
mensagem, a Conferência Episcopal Portuguesa, “com um olhar de esperança no
futuro e na certeza da responsabilidade que a todos compete para superar as
adversidades”, apela a um “firme compromisso na prevenção”, lembrando a nota
pastoral «Cuidar da casa comum – prevenir e evitar os incêndios» de abril de
2017.
“Para
a mudança de mentalidade e hábitos sociais, tão necessária para a prevenção e o
combate aos incêndios, há que mobilizar toda a sociedade, nas suas diversas
instâncias: o Estado com os seus responsáveis mais diretos; a Igreja e todas as
outras confissões religiosas; as autarquias locais de maior e menor amplitude;
as escolas nos seus sucessivos graus de ensino; a comunicação social nas suas
diversas expressões; as mais variadas associações e muitas outras instituições,
seja qual for a sua dimensão. Mas todos de forma concertada”, recorda.
A
CEP manifesta “particular proximidade para com as dioceses mais atingidas por
este drama dos incêndios, apela às comunidades cristãs a que tudo façam para
comprometer os seus membros nesta causa que é tão cristã quanto humana e pede
que todos sigam as orientações dadas pelas autoridades”.
O
patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, também manifestou hoje “pesar pelas
vítimas dos incêndios que assolam Portugal” e “profunda solidariedade a todas
as famílias afetadas pela morte, pela destruição ou pelo medo”.
“A
perda de vidas, de lares e de recursos naturais fere de forma terrível todas as
pessoas e convida a que este momento seja vivido em união de oração e de ação.
De forma muito particular, [D. rui Valério] eleva a Deus uma súplica pelas
vítimas mortais”, pode ler-se na mensagem do departamento da comunicação do
Patriarcado de Lisboa.
D.
Rui Valério presta homenagem “a todos os homens e mulheres que combatem as
chamas, bombeiros, proteção civil, forças de segurança e civis”, invocando o
“Divino Espírito Santo, pedindo que a todos fortaleça, encoraje e guie nestes
momentos de maior tensão e desgaste físico e emocional”.
O
patriarca de Lisboa deixa ainda um apelo à população para que “assuma todos os
gestos e atitudes da maior responsabilidade na prevenção de fogos” e convida a
“que sejam seguidas todas as indicações dadas pelas autoridades competentes”.
O
distrito de Aveiro é um dos mais fustigados pelo fogos, tendo esta
segunda-feira o bispo diocesano, D. António Moiteiro, manifestado solidariedade
“com todas as vítimas” e disponibilizado os meios das “paróquias e
instituições, a fim de mitigar os prejuízos imediatos com o alojamento dos
deslocados da sua residência”.
Além
disso, comprometeu a diocese, através das duas instituições, com uma campanha
em favor dos danificados”.
Ainda
esta segunda-feira, o capelão nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses,
cardeal D. Américo Aguiar, pronunciou-se sobre a situação, pedindo a união de
todos para vencer “o inimigo”, que são “os fogos que estão a deflagrar” e a
“destruir o património, o ambiente e também, infelizmente, vidas humanas”. - Fonte:
Agência Ecclesia
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Cristianismo é reconhecido como manifestação cultural do
Brasil
Por
Monasa Narjara
As
influências do cristianismo, seus aspectos religiosos, suas expressões
artísticas cristãs e seus reflexos foram reconhecidos oficialmente ontem (16),
pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como manifestação cultural nacional,
através da Lei nº 14.969/2024.
A
lei é resultante do Projeto de Lei 4168/21, do deputado Vinicius Carvalho
(Republicanos-SP) que foi aprovado na Câmara dos Deputados em novembro de 2022
e no Senado em agosto deste ano.
Em
seu texto, o deputado Vinicius Carvalho disse “que não há quem possa negar que
o Brasil é um país que possui uma rica diversidade religiosa em função da
miscigenação cultural”, mas “sob a ótica da história, não se pode deixar de
reconhecer o papel que teve o cristianismo desde os primórdios de nossa
colonização”.
“Na verdade, nascemos sob a égide da
civilização cristã ocidental, representada, de início, pela influência
portuguesa. Não nos esqueçamos, também, que um dos primeiros atos do colonizador
foi a celebração da primeira missa, no dia 26 de abril de 1500, marcando a
presença religiosa cristã no território conquistado”, pontuou o parlamentar que
lembrou que o último dado do Censo do IBGE de 2010 sobre religiões no Brasil
pode “afirmar que somos um ‘País Cristão’, pois cerca de 86,6% da população
brasileira se declara seguidora do Cristianismo”, e “desse montante, 64,6%
pertencem à Igreja Católica e 22,2% se dizem evangélicos”.
Em
março, a Comissão de Educação (CE) do Senado realizou uma audiência pública
sobre este projeto com vários representantes de entidades religiosas, como a
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Associação Nacional dos
Juristas Evangélicos (Anajure), o Conselho de Educação e Cultura da Convenção
Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) e o Instituto Brasileiro de
Direito e Religião (IBDR) que defenderam a aprovação do PL.
Para
o relator da proposta no Senado, senador Esperidião Amin (PP-SC), “desde o
início da colonização, passando pelos séculos seguintes de nossa história, a fé
católica esteve presente, com suas igrejas e capelas, seus santos e
festividades, sua arte sacra e sua música, em um amálgama singular e único,
próprio da vivência brasileira e da alma de nossa gente”.
Amin
que votou favorável ao PL, ressaltou no dia votação que, para evitar possíveis
interpretações que limitem a liberdade de culto garantidas pela Constituição
Federal, acatou uma emenda proposta pelo senador Magno Malta (PL-ES)
esclarecendo que, esta proposta visa considerar como manifestações culturais
apenas os reflexos públicos e as influências culturais do cristianismo, não
interferindo na prática das demais religiões. - Fonte: ACIDigital
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Do dia 16/9/2024
Vigília para
pedir perdão pelos pecados da Igreja precederá a programação da segunda sessão
do Sínodo dos Bispos
O
Sínodo é um tempo de oração, “não é uma convenção”, mas “uma assembleia
eclesial que reza”, é um tempo de escuta da Palavra de Deus e do Espírito e
também uma ocasião para implorar de Deus o perdão pelos pecados da Igreja. O
cardeal Mario Grech, secretário-geral do Sínodo, assim apresentou assim na
coletiva de imprensa desta segunda-feira, dia 16 de setembro, a segunda sessão
da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos que terá lugar em Roma,
de 2 a 27 de Outubro, recordando que o Papa Francisco, na abertura do Caminho
Sinodal, no dia 9 de outubro de 2021, destacou que “o protagonista do Sínodo é
o Espírito Santo”.
Na
Sala de Imprensa da Santa Sé, o prefeito do Dicastério para a Comunicação,
Paolo Ruffini, presidente da Comissão de Informação do Sínodo, apresentou as
intervenções que ilustraram o Sínodo. Entre os jornalistas presentes, o
brasileiro Filipe Domingues, que conversou com Bianca Fraccalvieri após a
coletiva:
Retiro
espiritual e vigília penitencial
O
Cardeal Grech explicou que esta segunda e última sessão do Sínodo sobre a
sinodalidade, assim como a primeira, “será precedida de dois dias de retiro
espiritual”, nos dias 30 de setembro e 1º de outubro, no Vaticano, guiados
pelas meditações do padre Dominicano Timothy Radcliffe e pela madre Ignazia
Angelini, beneditina, que depois animarão a oração durante os dias do Sínodo,
juntamente com o padre camaldulense Matteo Ferrari, responsável pelas liturgias,
e os monges de Camaldoli.
A
novidade deste ano será, na conclusão do retiro, uma Vigília penitencial na
noite de terça-feira, 1º de outubro, na Basílica de São Pedro, presidida pelo
Papa Francisco. Organizada pela Secretaria Geral do Sínodo e da Diocese de Roma
em colaboração com a União dos Superiores Maiores (USG) e a União Internacional
dos Superiores Maiores (UISG), poderá ser acompanhado pelos meios de
comunicação do Vaticano e está aberta a todos, em particular aos jovens,
“porque é a eles que é confiada a mensagem de que a Igreja está nesta dinâmica
de conversão”, observou o cardeal, e porque “os jovens sofrem pelos nossos
pecados e pelos pecados da Igreja”, acrescentou o relator-geral da assembleia,
cardeal Jean-Claude Hollerich, arcebispo de Luxemburgo.
A
celebração prevê três testemunhos de pessoas que sofreram o pecado do abuso; o
pecado da guerra; o pecado da indiferença face ao drama presente no fenômeno
crescente de todas as migrações. Depois se procederà à confissão de alguns
pecados para “nos reconhecer-se como parte daqueles que, por omissão ou ação,
se tornam causa de sofrimento, responsáveis pelo mal sofrido pelos inocentes
e indefesos”, especificou Grech.
Em
particular, serão confessados os pecados contra a paz, contra a criação, contra
as populações indígenas, contra os migrantes; o pecado do abuso; o pecado
contra as mulheres, a família, os jovens; o pecado da doutrina usada como pedra
para atirar contra; o pecado contra a pobreza; o pecado contra a
sinodalidade/falta de escuta, comunhão e participação de todos. Ao final o Papa
dirigirá, em nome de todos os fiéis, o pedido de perdão a Deus e às irmãs e
irmãos de toda a humanidade.
Oração
ecumênica
Uma
oração ecumênica será então proposta novamente, juntamente com Francisco, aos delegados
fraternos participantes e aos outros representantes das Igrejas e Comunidades
Eclesiais presentes em Roma, e terá lugar na noite de 11 de outubro, novamente
no Vaticano, na Praça dos Protomártires, onde, segundo a tradição, ocorreu o
martírio de Pedro. A data pretende recordar a abertura, no mesmo dia de 62 anos
atrás, do Concílio Vaticano II.
Por
fim, no dia 21 de outubro haverá mais um dia de retiro espiritual em vista do
discernimento sobre a redação do esboço do documento final. Portanto, haverá
“uma alternância de momentos de oração pessoal, de diálogo e de comunhão entre
nós, de comunhão fraterna na escuta e no amor recíproco e de comunhão na
oração”, destacou o cardeal Grech, que também convidou as comunidades
religiosas, de modo especial as de vidas contemplativas, e todos os fiéis a
rezarem “para que os membros da Assembleia possam ser dóceis à voz do Espírito
Santo”.
Quatro
fóruns abertos a todos
Outra
novidade serão quatro fóruns teológico-pastorais abertos a todos e também aos
jornalistas credenciados na Sala de Imprensa da Santa Sé. Dois serão realizado
contemporaneamente, no dia 9 de outubro, às 18h00, sobre “O povo de Deus,
sujeito da missão”, na Sala da Cúria dos Jesuítas, e “O papel e a autoridade do
Bispo em uma Igreja sinodal”, no ‘Augustinianum. E os outros dois, sempre à
mesma hora, às 18 horas, do dia 16 de outubro, sobre “As mútuas relações entre
a Igreja local e a Igreja universal”, na Sala da Cúria dos Jesuítas, e sobre “O
exercício do Primado e do Sínodo dos Bispos” no Augustinianum.
Cada
fórum abordará um tema relevante do ponto de vista eclesiológico, ligado ao
conteúdo do Instrumentum laboris, especificou monsenhor Riccardo Battocchio,
secretário especial da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, e
contará com a participação de teólogos, canonistas, bispos, pessoas também
envolvidas nas assembleias de bispos, com as quais será possível dialogar. Os
fóruns também estarão disponíveis on-line on demand.
A
assembleia se abre ao mundo exterior na consciência de que os temas também
interessam a quem quer ter informações, não só sobre a dinâmica e o que
acontece na Sessão, mas sobre o que trata a Sessão”, explicou Battocchio.
Os
números do Sínodo
Os
números da segunda sessão do Sínodo foram comunicados pelo cardeal Hollerich,
que, a respeito da lista de participantes, especificou que esta “não apresenta
grandes mudanças” em relação à da Primeira Sessão. No total os membros, ou
seja, aqueles que têm direito de voto, “são 368 dos quais 272 investidos pelo
múnus episcopal e 96 não são bispos”.
Houve
26 mudanças, principalmente substituições, os convidados especiais são 8 e os
delegados fraternos, outra novidade, passaram de 12 para 16: “O Papa Francisco
permitiu que o seu número aumentasse dado o grande interesse que as Igrejas
irmãs demonstraram em este caminho sinodal”.
O
cardeal Grech confirmou então a presença de dois bispos da China, como já no
ano passado: “A Secretaria de Estado comunicou-nos os nomes, não temos outras
informações”; em vez disso, relativamente à substituição dos nomes de alguns
participantes, explicou que a mudança ocorreu a pedido dos interessados:
“Alguns por motivos de saúde, outros decidiram não regressar, em nenhum caso o
Papa excluiu ninguém”.
Passos
a serem dados
O
Padre Giacomo Costa, secretário especial da XVI Assembleia Geral Ordinária do
Sínodo dos Bispos, entrou por sua vez no cerne dos trabalhos, esclarecendo que
a segunda sessão deverá “indicar os passos a serem dados” em relação aos temas
propostos pelo Instrumentum laboris, tendo em conta a “concretude” e a
“variedade dos contextos locais” e a “riqueza das experiências sinodais já em curso”.
Em
uma carta ao cardeal Grech, secretário geral do Sínodo, Francisco anuncia as
questões que emergiram do Relatório de Síntese da primeira sessão da Assembleia
Sinodal que requerem …
A
Assembleia Sinodal irá trabalhar com base em “cinco Módulos, cada um dos quais
prevê uma alternância de sessões na Assembleia Plenária (denominadas
Congregações Gerais) e nos Grupos de Trabalho (Circulos Menores)”. Os primeiros
quatro Módulos terão cada um “um foco temático específico, constituído uma
Seção do Instrumentum laboris”.
Trinta
e seis os grupos de trabalho divididos em cinco Mesas linguísticas; o seu
trabalho, tal como na sessão de 2023, “será estruturado inspirando-se no método
da conversação no Espírito”, com um facilitador especialista que ajudará “a
conversa do ponto de vista metodológico sem entrar nos conteúdos”. Cada Mesa
linguística preparará um breve resumo a ser apresentado na próxima Congregação
Geral.
A
comunicação
Por
videoconferência, Sheila Pires, secretária da Comissão de Informação, informou aos
jornalistas sobre a logística e listou alguns eventos no calendário. “No que
diz respeito à comunicação, a segunda sessão terá um ritmo diferente da
primeira: menos plenárias, mais pausas para reflexão, oração e discernimento”,
destacou.
Ruffini,
por sua vez, lembrou que, segundo o artigo 24 do Regulamento do Sínodo “cada um
dos participantes é obrigado a manter a confidencialidade”, isto para “proteger
o livre discernimento de todos e de cada um”, e para “fazer uma pausa da
agitação em que todos estamos imersos e escapar ao estereótipo do vaivém”. Este
é um método que, disse Ruffini, recordando as palavras do Papa no ano passado,
“pode ajudar o mundo, não apenas a Igreja, em muitos aspectos. frentes e em
muitas questões”, bem como nas guerras. O método é parar e ouvir uns aos outros
e compreender uns aos outros.
A
interação com grupos de estudos
Houve
também várias perguntas sobre a interação entre os dez grupos de estudo,
criados pelo Papa em março passado para explorar dez temas, e a Assembleia
Sinodal.
Os
temas analisados pelos dez grupos ficarão, portanto, excluídos das discussões
em sala de aula? “Eles não são colocados de lado”, respondeu Grech. Os Grupos
comunicarão “o que estão fazendo, qual o seu plano de ação, como pretendem
avançar para aprofundar estes temas. Então os resultados serão entregues ao
Papa”.
Mas,
então, por exemplo, insistiu outro repórter, o acesso das mulheres ao
ministério ordenado ou as questões morais, temas não incluídos no Instrumentum
Laboris, entrarão neste Sínodo ou não?
“A
assembleia já foi ouvida, os pedidos foram feitos e o Papa disse: vou pegar
estes dez temas e confiá-los a pessoas que possam me ajudar a propor algo à
Igreja”, respondeu o cardeal. O objetivo do Sínodo, reiterou, “é como ser uma
Igreja Sinodal em missão. O objetivo não é deixar de lado, mas ajudar a Igreja
a dar um passo adiante”.
Fonte:
CNBB
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Encontro
promovido pela CNBB, em Jundiaí (SP), reanima as esperanças da caminhada
ecumênica no Brasil
De
13 a 15 de setembro de 2024 aconteceu, no Centro de Convivência Mãe do Bom
Conselho das Irmãs Agostinianas Missionárias, em Jundiaí (SP), ocorreu o Encontro
Nacional de Formação e Convivência Ecumênica da Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil (CNBB).
Participaram
também membros das igreja Católica Apostólica Romana, Sirian Ortodoxa da
Antioquia, Evangélica de Confissão Luterana do Brasil, Metodista do Brasil e
Presbiteriana Independente.
Antes,
na quinta feira, dia 12 de setembro, a Comissão Episcopal para o Ecumenismo e o
Diálogo Inter-Religioso da CNBB se reuniu na Casa da Reconciliação em São Paulo
para repassar o planejamento e a programação do encontro nacional. Foram
pensadas também as próximas ações estratégicas para o avanço do diálogo
ecumênico nacionalmente.
Na
sexta feira, 13 de setembro, o encontro começou com um jantar e convivência
entre os participantes. Depois da oração inicial e apresentação geral de cada
participante, conduzidas pelo bispo de
Ponta de Pedras (PA) e presidente da Comissão para o Ecumenismo da CNBB,
dom Teodoro Tavares, o frei Volnei Berkenbrok fez uma exposição sobre à
história do ecumenismo e as mudanças paradigmáticas que a pós-modernidade
exigem de todos que trabalham no movimento ecumênico.
Promoção
do ecumenismo
O
sábado, dia 14 de setembro, teve início com a celebração da Missa presidida
pelo a arcebispo de Feira de Santana (BA), dom Zanoni Demettino Castro, em seguida
do frei Volnei que apresentou a temática do fenômeno do pentecostalismo e
também deu dicas práticas para o ecumenismo nas bases.
Dom
Teodoro, no primeiro momento da tarde, fez uma apresentação sobre o Concílio de
Nicéia e o Concílio Vaticano II como fontes de inspiração para unidade de todos
os cristãos. Ainda no período da tarde houve uma mesa redonda com a temática
dos 1.700 anos do Concílio de Nicéia, onde cada confissão religiosa pode falar
sobre a importância deste concílio para a consolidação da fé de sua confissão.
Participaram
lideranças religiosas da Igreja Bizantina Ortodoxa do Patriarcado de Antioquia,
Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Sirian Ortodoxa, Igreja Presbiteriana
Independente e Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. De noite
ocorreu o ágape, um jantar festivo agradecendo a Deus pelo dom da unidade.
No
encerramento do encontro, no domingo, dia 15 de setembro pela manhã, ocorreu a
celebração da Missa presidida por dom Teodoro, onde foi ressaltada a
importância de seguir a caminhada ecumênica mesmo diante das dificuldades.
Depois ocorreu uma roda de conversa sobre as perspectivas e desafios para o
ecumenismo, onde cada fiel de cada confissão pode partilhar as experiências
ecumênicas em sua realidade e também propor ideias para o futuro.
Na
sequência, foi apresentado o 24° Plano Pastoral do Secretariado-Geral da
Comissão Episcopal para o Ecumenismo e Diálogo Inter Religioso para os anos de
2024-2027.
Impressões
sobre o encontro
Dom
Teodoro comentou definiu como um encontro abençoado. “Me senti muito feliz com
a presença das diferentes igrejas, dos bispos da comissão episcopal, padres,
diáconos, seminaristas, jovens e organismos ecumênicos”. Ele ressaltou o
aprofundamento de temas pertinentes, especialmente a temática dos 1.700 anos do
Concílio de Nicéia com a presença dos orientais que, em sua avaliação, muito
enriqueceram o encontro. “A apresentação do plano quadrienal renovou o
crescimento e a esperança do movimento ecumênico”, concluiu.
Rosane da IECLB também falou sobre o
encontro: “Sempre é bom e agradável estarmos reunidos como irmãos e irmãs. Como
evangélica de confissão luterana no Brasil, este encontro nos renova e reanima
para a caminhada ecumênica. Louvamos a Deus a oportunidade de reafirmar e
estabelecer mais laços de amizade”.
A
reverenda Nilce da Igreja Metodista do Brasil também partilhou: “Uma sublime
oportunidade de aprendizado e comunhão fraterna entre irmãos e irmãs de
diferentes confissões”
Fonte:
CNBB
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Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP) tem reunião
ordinária nesta terça e quarta-feira, 17 e 18 de setembro
A sede da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB) recebe, nos dias 17 e 18 de setembro, a 7ª reunião ordinária do
Conselho Episcopal Pastoral (Consep). Esse encontro reúne, periodicamente, a
Presidência da CNBB e os presidentes das doze Comissões Episcopais permanentes.
Também participam assessores e representantes de pastorais e organismos da
Igreja no Brasil.
Na pauta
do encontro, vários temas de competência do Consep, como o estudo das análises
de conjuntura social e eclesial, o acompanhamento do processo de atualização
das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil e da
preparação das Campanhas promovidas pela Conferência.
CF 2025
Um dos
momentos especialmente aguardados da reunião é a apresentação do hino da
Campanha da Fraternidade (CF) 2025, com o tema “Fraternidade e Ecologia
Integral”. O processo de escolha foi acompanhado pelos bispos.
Eles vão
escutar a música em primeira mão, no início do encontro. E às 10h, haverá o
lançamento oficial nas plataformas digitais.
Outros destaques
A reunião
do Consep será ocasião ainda para tratar dos avanços e perspectivas das novas
Diretrizes da Ação Evangelizadora e da preparação para o Sínodo sobre a
Sinodalidade e o Jubileu 2025.
Os bispos
terão ainda a oportunidade de participar do Simpósio celebrativo dos 15 anos do
Acordo Brasil Santa Sé, com o tema “Laicidade do Estado e a liberdade
religiosa”, com conferências de autoridades religiosas, o procurador-geral da
República e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Fonte:
CNBB
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Igreja no Rio Grande do Sul marca
presença no 11º Seminário de Comunicação Social no Rio de Janeiro
Dom Orani
reforçou uma orientação do Papa Francisco: “A nossa comunicação deve ser
testemunho. Há sempre a assinatura de nosso testemunho em tudo que fazemos”,
disse
A 11ª
edição do Seminário de Comunicação Social, promovido pela Arquidiocese do Rio
de Janeiro, reuniu, de 11 a 13 de setembro, no Centro de Estudos do Sumaré, no
Rio de Janeiro, 160 profissionais de comunicação da Igreja no Brasil, sendo 40
de forma online, em torno da discussão do tema: “Igreja, casa de vidro: a
assessoria de comunicação na construção da reputação e da identidade”. A Igreja
no Rio Grande do Sul foi representada pela assessora de comunicação do Regional
Sul 3, Victória Holzbach, e pelo assessor de comunicação da Diocese de Caxias
do Sul, Felipe Padilha .
Na
abertura, o arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal Orani JoãoTempesta, anfitrião
do encontro, introduzindo o tema, disse “estamos vivendo uma era na qual, em
razão das redes sociais, a Igreja e todas as organizações estão expostas ao
escrutínio público”. Decorre disto, segundo ele, a necessidade de ter zelo e
cuidado com a imagem, identidade e reputação da instituição. “Somos chamados a
ser autênticos e transparentes”.
Dom Orani
também falou do poder das redes sociais na construção de falsas narrativas que
levam as pessoas a acreditarem ser a verdade. “Numa casa de vidro, a mídia de
um modo geral foca mais em nossos problemas, que devemos enfrentar e resolver,
mas também devemos ser capazes de mostrar as belezas de nossa Igreja”, disse.
Dom Orani reforçou uma orientação do Papa Francisco: “A nossa comunicação deve
ser testemunho. Há sempre a assinatura de nosso testemunho em tudo que
fazemos”, disse.
O bispo
auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers, enviou
uma vídeo-mensagem de saudação aos participantes do encontro. “A comunicação é
fundamental na Igreja para levar aos corações a verdade do Evangelho com
lucidez”, disse.
Trilhas
de aprendizado
O
organizador do seminário, padre Arnaldo Rodrigues, que também é professor da
PUC Rio e assessor de comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB), destacou que o seminário tem tradição de fazer as perguntas certas para
cada tempo. “Em cada tema, procuramos estar antenados com a necessidades de
aprofundamento de cada ano. Como por exemplo, no ano passado aprofundamos a
Inteligência Artificial, muito falada hoje”, ressaltou.
Padre
Arnaldo afirmou que o seminário é uma grande oportunidade para os comunicadores
eclesiais aprofundarem temas importantes para a sua área de atuação e
qualificar o trabalho da Igreja no Brasil, no campo da comunicação. Ele
assessorou a primeira conferência do seminário: “Prevenção e Gestão de Crises:
Garantindo a Reputação e Imagem Institucional da Igreja Católica”.
Nas onze conferências oferecidas pelo seminário,
os participantes aprofundaram temas como:
Estratégias de comunicação: impacto e eficiência nas assessoria para
pessoas físicas e governamentais; O que é noticia ou não, nesses tempos de
mídias sociais aceleradas; Novas ferramentas de IA para Assessoria de
Comunicação; Correta expressão visual da marca: como se deve usar e quais os
riscos de aplicações erradas; Assessoria de Comunicação assertiva e sob medida:
estruturação eficiente com recursos limitados; A transparência das instituições
religiosas para uma boa construção da opinião pública; construindo identidade:
a integração estratégica de comunicação e marketing; e além do Press Release:
Entendendo as Necessidades da Mídia.
Com
informações da CNBB Regional Sul 2 e foto de Adora Comunicação
Fonte:
Diocese de Caxias do Sul
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Papa recebe em audiência o novo
embaixador de Israel junto à Santa Sé
Yaron
Sideman, de 57 anos, é casado e tem dois filhos. O novo embaixador já atuou na
Embaixada de Israel na Nigéria e no Consulado-Geral de Nova York, nos Estados
Unidos, por exemplo.
Andressa
Collet - Vatican News
O
Papa Francisco recebeu em audiência na manhã desta segunda-feira (16/09), o
novo embaixador de Israel junto à Santa Sé, Yaron Sideman. Com a apresentação
das cartas credenciais ao Pontífice, ele começa a sua missão no Vaticano.
Ele
se encontrou também com o Secretário de
Estado do Vaticano, Pietro Parolin.
Como
informa o boletim diário da Sala de Imprensa da Santa Sé, Yaron Sideman, de 57
anos, nasceu em Israel, é casado e tem dois filhos. O novo embaixador, graduado
em Ciências Políticas, Psicologia e Filosofia, foi conselheiro político na
Embaixada na Nigéria (1996 - 1999) e cônsul para Assuntos Públicos no
Consulado-Geral em Nova York, nos Estados Unidos (1999 - 2001). Em seguida,
trabalhou junto ao Escritório de Assuntos Judaicos e Inter-religiosos
Mundiais, MFA (2001 - 2007); foi chefe do Departamento de Assuntos Congressuais
na Divisão das Américas do Norte, MNE (2007 - 2011) e atuou junto à Faculdade
de Defesa de Israel (2011 - 2012). Yaron Sideman ainda foi cônsul-geral do
Consulado-Geral para a Região do Meio Atlântico (2012 - 2016), chefe de
gabinete do Departamento de Assuntos Congressuais na Divisão das Américas do
Norte, MFA (2016 - 2021) e também chefe de gabinete no Escritório das Américas
do Norte, MNE (2021 - 2024).
Fonte:
Vatican News – na imagem, encontro com o Secretário de Estado.
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O diálogo China-Santa Sé e o realismo
do Papa
No
encontro com a mídia no voo de volta de Singapura, Francisco descreveu o
resultado do diálogo com o governo de Pequim como “bom” e disse que “até mesmo
para a nomeação de bispos se trabalha com boa vontade”. Embora na imprensa
internacional esse diálogo e o Acordo Provisório não estejam isentos de
críticas, a posição do Pontífice é justificada pelos últimos dados positivos,
levando em conta as dificuldades do passado.
"Estou feliz com o diálogo com a China. O resultado é
bom. Até para a nomeação de bispos se trabalha com boa vontade." Foi assim
que o Papa Francisco se expressou na última sexta-feira (13/09) ao falar do
diálogo entre o governo chinês e a Santa Sé, durante a conversa com a mídia que
ocorreu durante o voo que o trouxe de volta de Singapura para Roma. Na imprensa
internacional, esse diálogo e o Acordo Provisório, que é um importante
instrumento, não estão isentos de críticas. No entanto, se nos atermos aos
fatos, o julgamento papal é um ato de simples realismo cristão.
Alguns
dados
Para avaliar corretamente as palavras do Papa Francisco
diante da pergunta feita por Stefania Falasca para o jornal on-line
chinês Tianou Zhiku, vale a pena ter em mente alguns dados
recentes. E também convém não esquecer o passado que precedeu a atual fase
histórica.
- Desde 22 de setembro de 2018, dia em que foi assinado o
Acordo Provisório, todos os bispos católicos da República Popular da China
estão em plena e pública comunhão hierárquica com o Papa. Não houve mais
ordenações episcopais ilegítimas, aquelas celebradas sem o consentimento papal,
que haviam dilacerado gravemente a comunhão eclesial entre os católicos
chineses desde o final da década de 1950.
- Nos últimos 6 anos,
também marcados por uma fase de contatos rarefeitos nas relações entre as
partes durante o período da pandemia, 9 novas ordenações episcopais católicas
foram realizadas na China. No mesmo período, 8 bispos chamados “não oficiais”,
ordenados no passado fora dos protocolos impostos pelos aparatos chineses,
pediram e obtiveram o reconhecimento público de seu papel até mesmo pelas
autoridades políticas em Pequim (um deles, o idoso Peter Lin Jiashan, bispo de
Fuzhou, que faleceu mais tarde, em abril de 2023). Assim, o número de dioceses
chinesas vagas está diminuindo gradualmente.
- Em 2018 e depois em 2023, dois bispos da República Popular
da China participaram das Assembleias do Sínodo dos Bispos em Roma. Nas décadas
anteriores, nenhum bispo da China continental pôde participar do Concílio
Vaticano II e das Assembleias Gerais do Sínodo dos Bispos, assembleias nas
quais se manifesta a comunhão de toda a Igreja Católica.
- Nos últimos anos, grupos de católicos da China continental
participaram da Jornada Mundial da Juventude em Lisboa. Os peregrinos chineses
viram o Sucessor de Pedro ao vivo em Roma e durante suas visitas apostólicas à
Tailândia, Mongólia e Singapura. Vários bispos chineses também puderam
participar de encontros, conferências e momentos de comunhão eclesial na Europa
e na América.
- Cresceram as oportunidades de iniciar processos de
reconciliação nas comunidades eclesiásticas que estiveram divididas por
décadas.
O
tesouro que floresce
A avaliação do Papa Francisco reconhece dados da realidade
geralmente ignorados em tantas análises da questão “China-Vaticano”. Dados da
realidade que, em vez disso, representam a bússola seguida pelo Bispo de Roma e
pela Santa Sé para estar perto e acompanhar a jornada dos católicos chineses no
contexto em que vivem e testemunham seu amor por Cristo. Os bispos são os
sucessores dos apóstolos. E o acordo com o governo chinês sobre a nomeação de
bispos tem a ver com a natureza íntima da Igreja, com sua missão apostólica e
com as lacerações eclesiais que, na China, nas últimas décadas, dividiram o
clero e os leigos, as comunidades e as próprias famílias.
São os bispos que ordenam os sacerdotes. Portanto, o Acordo
também tem a ver com a validade e a eficácia dos sacramentos celebrados em
paróquias e capelas na República Popular da China. Bens que pertencem a uma
ordem diferente das grades políticas mais populares dos últimos tempos.
A intenção do Papa e da Sé Apostólica não é afirmar a
supremacia de uma ordem política. Sua tarefa é confirmar os irmãos na fé,
confortá-los e apoiá-los no caminho de orações, proclamação do Evangelho, obras
de caridade, no contexto em que se encontram.
Na China continental, enfatizou o cardeal Luis Antonio Tagle,
pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, ”há toda uma rede viva
composta de orações, liturgias, catequese e iniciativas pastorais diretamente inspiradas
pelo magistério ordinário do Papa. É uma rede que se entrelaça com a vida
eclesial cotidiana de cada uma das dioceses e comunidades católicas chinesas. É
uma realidade viva e intensa de fé, que vive e expressa a comunhão diária de fé
com o Sucessor de Pedro e com toda a Igreja universal, mesmo que seja
geralmente ignorada pela mídia quando se fala do catolicismo chinês”.
Dentro de todos os condicionamentos devidos ao contexto
político e social, a vida eclesial na China prossegue em sua normalidade também
nas dioceses que estão recuperando a estabilidade depois de longos anos de
incertezas e divisões, depois de mudanças que também puderam ocorrer graças ao
diálogo estabelecido entre a Santa Sé e as autoridades governamentais.
Considerando apenas os últimos dias, as crônicas locais da
Igreja relatam que, na Festa da Natividade da Bem-Aventurada Virgem Maria, o
bispo Joseph Shen Bin, de Xangai, celebrou o batismo de 41 catecumenos, na
presença de mais de 2.500 fiéis. O bispo Paul Xiao Zejiang, da diocese de
Guiyang, celebrando a mesma festa mariana, confidenciou que, nos 17 anos de
episcopado, “apesar das dificuldades, com a proteção de nossa Mãe celestial e a
orientação do Senhor, muitas vezes encontro conforto em minha vida como
pastor”.
Na diocese de Shantou, em vista da “Festa da Lua” (que
acontece em 17 de setembro), muitos voluntários, juntamente com o bispo Joseph
Huang Bingzhang, visitaram o Centro de Reabilitação, que também abriga pessoas
afetadas pela hanseníase, levando doces típicos do festival e outros materiais
úteis para os pacientes. O bispo Huang, ordenado sem mandato papal em 2011,
pôde voltar à plena comunhão eclesial com o Papa em 2018, no contexto da
assinatura do Acordo Provisório sobre as Nomeações dos Bispos Chineses. As
obras e os gestos de salvação e cura, a única razão de ser de toda atividade
eclesial, podem continuar a florescer encontrando formas de legitimação mesmo
na China de hoje, tal como ela é. Esse é o tesouro que o Papa estima. Em plena
e consoladora harmonia com o sensus fidei da maioria dos
católicos chineses.
*diretor da Agência de Notícias Fides - Fonte:
Vatican News
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Campeonatos europeus de ciclismo:
começa-se rezando pela paz
No
domingo, 15 de setembro, foram realizados, em Flandres, na Bélgica, os
campeonatos continentais com a participação de Athletica Vaticana. No último
sábado, à noite, foi celebrada a missa na Catedral de Hasselt: rezando pela paz
e para que o esporte seja uma experiência de encontro e de diálogo.
De
Giampaolo Mattei
Rezando
pela paz na Europa antes da “largada” do Campeonato Europeu de Ciclismo. Na
catedral de Hasselt, cidade belga, foi estabelecida a linha de chegada da
corrida, em 15 de setembro: 222 km nas estradas de Flandres em que fez a
história do veículo a “duas rodas” - Rien Schuurhuis (correndo pela Athletica
Vaticana com o número 131). No domingo à noite, no final da missa, ele relançou
a mensagem do Papa Francisco pela paz, particularmente na Europa.
Uma
oração pela paz que a Athletica Vaticana está compartilhando em todos os
eventos esportivos internacionais: desde o Campeonato dos Pequenos Estados da
Europa, em junho, em Gibraltar, até os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Verão
em Paris, com a proposta da “trégua olímpica”, também apoiada pelo Papa
Francisco. Uma oração para que o esporte também possa ser um canal diplomático
original que, com sua linguagem ao alcance de todos, permita um diálogo capaz
de superar obstáculos aparentemente intransponíveis.
“Não
podemos esquecer que a poucos quilômetros de distância, bem no coração da
Europa, há guerra: há combates, pessoas morrem, muitas vidas são destruídas”,
disse o ciclista vaticano que teve também ao seu lado dois corredores
ucranianos.
“Dentro
de poucos dias, de 26 a 29 de setembro, o Papa Francisco estará na Bélgica”,
recordou Schuurhuis, antes de rezar a “Oração do Maratonista” – expressão da
espiritualidade esportiva de Athletica Vaticana – que foi traduzida
pessoalmente para o holandês pelo bispo de Hasselt, dom Patrick Hoogmartens.
Encontrando-se
com o representante do ciclismo vaticano, o bispo destacou como o ciclismo é,
particularmente na Bélgica, uma experiência de comunidade e de povo e não
apenas um esporte praticado apaixonadamente por jovens e idosos. Ele incentivou
iniciativas esportivas centradas na fraternidade, inclusão e solidariedade. E
recordou também o seu passado de corredor: quando jovem sacerdote, correu a
"clássica" meia maratona Roma-Ostia em 1983 (com o tempo de 2h04'15).
Fonte: Vatican
News
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Equador, encerrado Congresso
Eucarístico: a fraternidade não é uma opção
Foi
o cardeal Baltazar Enrique Porras Cardozo, arcebispo emérito de Caracas, que
presidiu no domingo em nome do Papa a Missa de encerramento do evento,
realizado na capital equatoriana: cuidemos daqueles que “têm fome de comida e
dignidade”. Anunciado o próximo Congresso Eucarístico Internacional: será em
Sydney, na Austrália, em 2028
Vatican
News
As
muitas cores das bandeiras do mundo inteiro, pontuadas pelo branco dos
guarda-chuvas abertos para se proteger do sol e acompanhadas pela alegria dos
cerca de 25.000 fiéis presentes: o Parque Bicentenário em Quito, no Equador,
recebeu a celebração final do 53º Congresso Eucarístico Internacional no
domingo, 15 de setembro. A Statio Orbis foi presidida pelo
legado pontifício, cardeal Baltazar Enrique Porras Cardozo, arcebispo emérito
de Caracas, acompanhado por uma missão composta pelo padre Wilson Posligua Bran,
vigário para a vida consagrada, e pelo padre Darwin Salazar Calderón, chanceler
arquidiocesano.
Fraternidade para
curar o mundo
No
150º aniversário da consagração do Equador ao Sagrado Coração de Jesus, de 8 a
15 de setembro, o Congresso refletiu sobre o tema “Fraternidade para curar o
mundo”. E foi sobre esse aspecto particular que o cardeal Porras concentrou sua
homilia: “Para os cristãos - disse ele - a fraternidade não é uma opção, mas um
imperativo evangélico”, “é o vínculo de união entre os seres humanos como
expressão de autêntica filiação, com respeito à dignidade da pessoa, igualdade
de direitos e solidariedade de uns para com os outros, uma familiaridade
radical com a paternidade criativa e a maternidade consoladora”.
Cuidar daqueles que
têm fome de comida e dignidade
Daí,
a evocação do legado pontifício à Eucaristia não como “mera memória, mas como
memorial” da Bondade que nos atrai a si. “A Eucaristia - continuou enfatizando
- tira a fome de coisas materiais e acende o desejo de servir, tira-nos de
nosso confortável sedentarismo e nos lembra que não somos apenas bocas para
saciar, mas também mãos para saciar a fome do próximo”. Nessa ótica, reiterou o
purpurado, é mais do que nunca “urgente que cuidemos daqueles que têm fome de
comida e de dignidade, daqueles que não têm trabalho e lutam para ganhar a
vida”, porque “a fraternidade do crente que é alimentada pela Eucaristia
reformula as relações com os outros, a dimensão do perdão e da ajuda
samaritana”.
A dimensão
ecológica, uma virtude a ser construída
O
arcebispo emérito de Caracas destacou como o cuidado com a casa comum também é
fruto da fraternidade: “A partir da América Latina, um continente devastado
pela exploração irracional da natureza - explicou -, a dimensão ecológica
assume a ‘cidadania’ de uma virtude a ser construída, e os trabalhos sinodais
sobre a Amazônia, com sua proteção da criação e do contexto em que vivemos,
adquirem uma dimensão que não podemos ignorar”.
A Eucaristia amplia
o horizonte de nossa vida
Por
fim, o purpurado exortou os muitos fiéis presentes a partirem de Quito com “uma
bagagem rica em testemunhos cheios de esperança e com a certeza de que a
Eucaristia e a devoção ao Coração de Jesus ampliarão os horizontes de nossas
vidas para melhor servir a um mundo contraditório, ferido, mas redimido em
Cristo, com a tarefa de transfigurá-lo”.
Encontro marcado
para Sydney em 2028
Antes
da bênção final, o legado pontifício anunciou que o próximo Congresso
Eucarístico Internacional, o 54º em ordem cronológica, será realizado em Sydney
em 2028. A notícia foi recebida com entusiasmo pela delegação australiana
presente em Quito e foi seguida pela exibição de um vídeo explicando como o
país está se preparando para o evento que ocorrerá cem anos após o primeiro
Congresso realizado na Austrália, em 1928.
Os primeiros frutos
do Congresso
Os
milhares de fiéis presentes também receberam o agradecimento do arcebispo de
Quito e primaz do Equador, dom Alfredo José Espinoza Mateus, que anunciou um
dos primeiros frutos do Congresso, ou seja, o lançamento de refeitórios
comunitários, chamados “O Pão da Fraternidade”.
O amor gratuito de
Deus Pai
A
Statio Orbis deste domingo foi precedida, no sábado, dia 14, por uma Santa
Missa na Praça de São Francisco, seguida de uma procissão com o Santíssimo Sacramento
pelas ruas do centro histórico da capital equatoriana. A celebração foi
presidida pelo presidente da Conferência episcopal local e Arcebispo de
Guayaquil, dom Luis Gerardo Cabrera Herrera, ofm. Refletindo sobre a passagem
do Evangelho de João proclamada durante a missa (3,3-17), o prelado franciscano
aprofundou o conceito do amor de Deus Pai pelo mundo, “amor gratuito, um amor
compassivo, um amor fiel que não exclui ninguém por causa de sua condição
social, religiosa, moral, econômica”. “Deus ama este mundo - acrescentou - com
sua grandeza e suas misérias, seus sucessos e seus erros, suas alegrias e suas
dores. Deus ama esta terra, muitas vezes poluída e explorada, mas também
animada por grandes iniciativas de cuidado e respeito”.
O exemplo do Bom
Samaritano
Retomando
as palavras do Papa Francisco, o prelado lembrou que a Eucaristia “não é o
prêmio dos santos, mas sim o pão dos pecadores. Ela nos transforma em uma
fraternidade para curar as feridas do mundo pessoal e social, muitas vezes
causadas pelo abandono, pela violência, doença e morte”. Daí, o convite final
aos fiéis para que sejam como o Bom Samaritano, que cuida daqueles que são
esmagados por todo tipo de sofrimento.
Em oração pela paz
A
procissão do Santíssimo Sacramento, que seguiu seu caminho entre tapetes
florais montados para a ocasião com decorações que evocam a Eucaristia, fez
sete paradas, durante as quais foram feitas orações pelas intenções do Santo
Padre, pela Igreja, pelo país, pela cidade e suas autoridades, bem como pela vida
religiosa, pela família, pela paz, pelas crianças e jovens e pelos agentes
pastorais.
Fonte:
Vatican News
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O Papa Francisco realmente ouve a Ásia,
afirma jesuíta Rothlin
A
viagem do Papa à Ásia inspirou muitas pessoas. Com seus encontros e maneira de
ouvir, Papa Francisco também enviou um importante sinal contra o eurocentrismo,
afirma o jesuíta Stephan Rothlin em entrevista à Rádio Vaticano-Vatican News. O
diretor do Instituto Ricci, de Macau, ao sul da China, vê muitas pontes para o
cristianismo na ética e nas culturas asiáticas. Sobre o campo da ecologia e a
encíclica Laudato si', ele confirma: na Ásia, há portas abertas para a mensagem
do Papa.
Anne
Preckel - Cingapura
O
jesuíta suíço Stephan Rothlin vive e trabalha na Ásia há décadas. Ele ensina
ética nos negócios e é o diretor do Instituto Ricci em Macau, dedicado ao
legado do jesuíta Matteo Ricci (1552-1610), que é muito respeitado na China. Em
uma entrevista à Rádio Vaticano-Vatican News, Rothlin fala sobre o significado
da viagem do Papa a Singapura que, como Matteo Ricci, pode ser descrita como
uma ponte entre culturas e religiões, descreve as reações à viagem do Papa à
Ásia e explica os valores compartilhados que desempenham e desempenharão um
papel cada vez mais importante no diálogo entre o cristianismo e as culturas da
Ásia.
Uma região
importante para a Igreja do futuro
Preckel:
Padre Rothlin, o que o inspirou na viagem do Papa à Ásia?
P.
Stephan Rothlin (diretor do Instituto Ricci em Macau): O que me
inspirou e tocou particularmente: o fato de o Papa estar demorando tanto para
fazer essa viagem à Ásia. Essa imagem do Papa em uma cadeira de rodas -
empreendendo uma jornada muito extenuante - sugere fortemente que ele está ciente
de que a Ásia se tornou uma região extremamente importante, de fato uma região
importante para a Igreja do futuro. Em outras palavras, uma das regiões mais
dinâmicas do mundo, que também é de extraordinária importância para a Igreja. E
isso me parece ter sido impressionantemente sublinhado por sua viagem.
Preckel: O
senhor é o diretor do Instituto Ricci em Macau, que leva o nome de Matteo
Ricci, que foi uma ponte entre o Oriente e o Ocidente. Singapura pode ser
descrita da mesma forma?
Rothlin: Acredito
que Singapura também faz parte dessa tradição. Deve-se sempre ter em mente que
Matteo Ricci - cujo nome chinês é Lì Mǎdòu 利玛窦 - está muito mais presente na Ásia, especialmente
entre os católicos. Ele viveu de 1552 a 1610, mas essa tradição de diálogo com
a Ásia também está muito viva na Ásia hoje. E Singapura certamente também é um
ponto focal de diferentes culturas asiáticas. Isso pode ser visto nos espaços
públicos, onde não se fala apenas inglês, mas também outros idiomas. E nesse
“caldeirão” de Singapura, o diálogo de Ricci com a China certamente tomou forma
muito bem, por assim dizer.
A importância da
educação
Preckel: Como
o senhor interpreta o fato de o Papa ter ido para lá? Que mensagem vê associada
a isso?
Rothlin: Na
minha opinião, essa viagem é claramente parte de seus esforços para iniciar um
diálogo com a China. E na situação atual, Singapura é certamente uma boa
escolha. No entanto, em última análise, o objetivo é renovar o acordo entre o
Vaticano e a China e garantir que o diálogo ocorra em um contexto muito
favorável.
Um
ponto muito forte a favor de Singapura é a importância da educação. Isso é
particularmente apreciado na China por causa de Ricci e da tradição católica
que atribui grande importância à educação. Singapura representa uma das melhores
organizações educacionais. Eu mesmo lecionei lá por 7 anos. Eles foram os
melhores alunos que já tive, vindos de todas as partes do mundo. E acho que é
muito importante não esquecer o quanto todas as denominações cristãs
contribuíram significativamente para a educação, em todos os níveis, seja no
primário, secundário ou universitário.
Inspiração para
pessoas de diferentes origens
Preckel:
Que reações o senhor notou na Ásia em relação a essa viagem?
Rothlin: As
reações que ouvi foram muito positivas. Pessoas de origens muito diferentes
ficaram realmente comovidas com o fato de o Papa estar fazendo essa árdua
viagem para ele. E, é claro, ficaram muito felizes por ele ter demonstrado seu
grande amor pelas pessoas, pelos diferentes povos da Ásia e também pela Igreja
na Ásia de uma maneira tão impressionante. Portanto, o feedback que
recebi dessa viagem papal foi muito positivo. Estou viajando e já viajei para
vários países e lugares da Ásia. Várias etapas na Ásia, onde também há pontos
focais de fé, Macau como porta de entrada para a China e também Hong Kong, onde
a resposta foi muito positiva. Foi realmente muito impressionante e positiva.
Até mesmo os chineses do continente que conheci me disseram que a resposta foi
muito positiva.
A ética econômica,
uma oportunidade
Preckel: Singapura
é um importante centro econômico da Ásia e um mosaico de culturas e religiões.
O senhor mesmo ensina ética nos negócios na Ásia. Como o diálogo e o encontro
podem enriquecer o mundo dos negócios do ponto de vista ético?
Rothlin: Acho
que a ética econômica representa uma oportunidade especial. Que os valores
também resumidos na doutrina social católica, como solidariedade e
subsidiariedade, sejam implementados de forma muito concreta. O que isso
significa, por exemplo, em termos de condições de trabalho? Essa é uma
preocupação geral. Mas vejo uma grande oportunidade, especialmente por meio da
discussão de estudos de caso, também no diálogo com o confucionismo e as outras
religiões sapienciais da Ásia, de tentar abordar como esses valores são
implementados em um ambiente muito competitivo e, às vezes, corrupto.
Preckel: O
senhor vê desenvolvimentos na Ásia nesse sentido, com um foco maior na ética?
Rothlin: Com
certeza! Estou na China há 26 anos e também em Singapura e Hong Kong, onde
leciono principalmente em escolas de negócios. Há 20 anos, essas questões
tendiam a ser deixadas de lado porque havia um grande impulso para o
crescimento econômico, em que as pessoas diziam que o crescimento econômico era
a coisa mais importante. E então, uma vez alcançado esse objetivo, era possível
pensar também em questões éticas... Mas então a catástrofe ambiental, a
poluição do solo, do ar e da água, simplesmente levou as coisas a tal ponto que
todos os principais participantes perceberam a importância de levar a ética
econômica a sério.
Na
minha opinião, é surpreendente que esse assunto seja levado mais a sério nas
escolas de administração do que nas escolas de administração europeias! Porque,
na prática, na Ásia, somos imediatamente confrontados com questões éticas,
tanto em termos de destruição ambiental quanto de corrupção. Será que todo esse
confucionismo é apenas uma ruína vazia, como disse Eric Zürcher (sinologista
holandês, 1928-2008)? Ou como esses valores de integridade e veracidade,
baseados no confucionismo, também podem ser concretizados no mercado de
trabalho?
Portas abertas
Preckel: O
senhor mencionou o meio ambiente e a ética nos negócios - então as portas estão
abertas para a mensagem do Papa Francisco nessas áreas na Ásia?
Rothlin: Com
certeza, especialmente com relação ao diálogo. Você sabe melhor do que eu que
uma imagem negativa e unilateral da China prevalece na mídia ocidental. E fazer
um progresso real, especialmente em ecologia, em proteção ambiental, é de fato
um nível em que os vários atores concordam. O progresso nessa área é realmente
urgente. E é por isso que, em minhas relações com vários grupos, a mensagem da
encíclica Laudato si', por exemplo, é extremamente importante, mas também muito
significativa no contexto da Ásia. É uma abordagem concreta, em que não nos
limitamos a falar da boca para fora. Pelo contrário, podemos ver um compromisso
de melhorar essa catástrofe ambiental trabalhando juntos.
Preckel: Com
relação à ética nas culturas asiáticas: que vínculos vê com o cristianismo,
quais pontes?
Rothlin: Essa
é precisamente a motivação do Instituto Macao Ricci: demonstrar as várias
pontes que existem entre o confucionismo e o cristianismo. Por exemplo, o
respeito pelos pais: esse é um elemento que está fortemente ancorado no
confucionismo, mas também está em crise. Mais uma vez, na China há um
regulamento que obriga as pessoas a visitarem seus pais todos os meses, porque
a realização dos valores do confucionismo também sofreu. E talvez o
cristianismo seja uma oportunidade, um enriquecimento mútuo. Assim como o
diálogo entre o budismo e o cristianismo é um grande enriquecimento. Por
exemplo, há trabalhos filantrópicos que surgiram do diálogo entre budistas e
cristãos. E é claro que é muito estimulante intelectualmente aprender mais
sobre essas religiões, o budismo e o taoismo, e ver como esses valores podem
ser realizados em uma época de grande agitação.
Encontros genuínos
Preckel: O
que o senhor diria que o Papa está trazendo de volta para a Europa? O que essa
viagem à Ásia nos mostrou?
Rothlin: É
sempre surpreendente ver como o Papa Francisco tem uma memória sensível.
Especialmente quando se trata de reuniões e de sua extraordinária capacidade de
realmente ouvir. Portanto, esses não são apenas eventos de massa, mas encontros
muito genuínos. Acho que ele levará isso com ele: muitas pessoas da região
talvez mais dinâmica do mundo, o que lhe dará a oportunidade de entender melhor
essa cultura tão complexa e, certamente, de despertar as pessoas. Certamente há
muitas pessoas em seu círculo que ainda não perceberam a importância da Ásia,
que talvez ainda estejam adormecidas em um eurocentrismo. Acho que isso
definitivamente o ajudará a despertar um pouco as pessoas. Em minha
opinião, como essa viagem demonstra de forma impressionante, a
estratégia do Papa de realmente ouvir a Ásia e ser transformado por ela, é
muito importante. Especialmente na Europa e nos Estados Unidos, onde
as pessoas caem em preconceitos precipitados ou em imagens simplistas e
negativas da Ásia. Acredito que levará consigo muitas percepções e incentivos
para sua estratégia na Ásia.
Preckel: Muito
obrigado pela entrevista.
Fonte:
Vatican News
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Alegria e emoção no Líbano: restos mortais
do cardeal Agagianian retornam ao país
Seus
restos mortais repousavam desde 1971 na igreja de São Nicolau de Tolentino, ao
lado do Pontifício Colégio Armênio, no coração de Roma, a poucos passos do
prédio do Dicastério de Propaganda Fide, por ele conduzido de 1960 a 1970 como
prefeito. Figura proeminente da Igreja do século XX, o cardeal Agagianian
também desempenhou um papel importante durante o Concílio Vaticano II como
moderador e presidente da Comissão para as Missões
Vatican
News
Alegria
e emoção no Líbano: os restos mortais do Servo de Deus, cardeal Agagianian, uma
figura proeminente da Igreja do século XX, voltaram para casa. Seus restos
mortais repousavam desde 1971 na igreja de São Nicolau de Tolentino, ao lado do
Pontifício Colégio Armênio, no coração de Roma, a poucos passos do prédio do
Dicastério de Propaganda Fide, por ele conduzido de 1960 a 1970 como prefeito.
O
voo de Roma-Fiumicino decolou na quinta-feira (12/09) e chegou a Beirute no
final da tarde. Além do Patriarca Minassian, o primeiro-ministro libanês Najīb
ʿAzmī Mīqātī e várias personalidades religiosas, políticas e da sociedade civil
também estiveram presentes na cerimônia de boas-vindas.
Cerimônia solene
Os
restos mortais, colocados em uma teca de vidro, foram em seguida levados de
carro para o coração da capital, a Praça dos Mártires, onde foi realizada uma
cerimônia solene.
O
féretro foi levado para o altar, montado para a ocasião, por 12 jovens
representando as diferentes denominações religiosas do país. Milhares de
pessoas estavam presentes, juntamente com autoridades civis e religiosas.
Muitos, na passagem das relíquias, estendiam a mão para tentar tocar a teca e
pedir bênçãos.
Documentário sobre a
vida do Patriarca
As
orações iniciais foram seguidas pela exibição de um documentário sobre a vida
do Patriarca. Uma vida, a de Agagianian, com traços singulares e com vários
entrelaçamentos que uniram esse filho do povo armênio à obra do que antes era
chamado de Congregação da Propaganda Fide, no horizonte universal da missão
confiada por Cristo à sua Igreja.
Nascido
em 18 de setembro de 1895 em Akhaltisikhe, na Geórgia, Ghazaros Lazarus
Agagianian partiu para Roma quando tinha apenas 11 anos de idade, a fim de se
preparar para o sacerdócio. Ele foi eleito Patriarca da Cilícia dos Armênios
quando tinha apenas 42 anos de idade. O Papa Pio XII o nomeou cardeal em 1946.
João XXIII confiou-lhe o cargo de pró-prefeito e depois prefeito da Congregação
Propaganda Fide, tornando-se o primeiro prefeito a visitar pessoalmente as
missões na África, Ásia e Oceania.
Papel importante do
cardeal durante o Concílio Vaticano II
Agagianian
também desempenhou um papel importante durante o Concílio Vaticano II como
moderador e presidente da Comissão para as Missões.
“Nestes
dias difíceis e nos perigos que circundam o Líbano, decidimos trazer os restos
mortais do Servo de Deus para cá com um objetivo grandioso, mostrar ao mundo
que somos a nossa coesão, solidariedade e amor mútuo entre as denominações
religiosas e todos os partidos. É por isso que foram 12 jovens representando
nosso povo que trouxeram a teca aqui para o altar”, palavras pronunciadas pelo
Patriarca da Igreja católica armênia, Raphaël Bedros XXI Minassian.
Que o Líbano possa
recuperar sua beleza
“Peço
a Deus e ao seu Servo Agagianian que olhem para cada um de nós e nos guiem
nestes dias difíceis que estamos atravessando. Tomemos a iniciativa da
reconciliação nacional e política para que nossa pátria, o Líbano, possa
recuperar sua beleza”, concluiu Minassian.
No
final da cerimônia, que durou quase duas horas, em meio a cantos, hinos e
orações, o corpo do cardeal foi levado em procissão para a Catedral Católica
Armênia dos Santos Elias e Gregório, o Iluminador, onde foi deposto em um novo
túmulo.
(com
Fides)
Fonte:
Vatican News
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Encontros Mediterrâneos na Albânia: a
construção da paz começa pelos jovens
Até
o próximo sábado, 21 de setembro, Tirana, a capital da Albânia, sedia a quarta
etapa dos Encontros Mediterrâneos, após evento já ter sido realizado nas
cidades italianas de Bari e Florença, e pela última vez na cidade francesa de
Marselha.
Beatrice Guarrera
“Jovens bem formados e orientados para o espírito de
fraternidade podem abrir portas inesperadas de diálogo e contribuir para a
construção de um mundo mais justo e pacífico": essas são palavras do Papa
Francisco pronunciadas há um ano nos ‘Rencontres Méditerranéennes’ (Med23) em
Marselha, o terceiro encontro daquela reflexão entre as Igrejas do Mare
Nostrum que começou em 2020 em Bari, e depois continuou em Florença em
2022. Seguindo essas indicações do Papa e avançando no mesmo caminho de
comunhão, de 15 a 21 de setembro cerca de 50 jovens de 25 nações do
Mediterrâneo e do Mar Negro participam em Tirana, na Albânia, do encontro Med24
- Peregrinos de esperança. Construtores de paz.
“Eu também, quando tinha 16 anos, como muitos hoje,
atravessei o mar e emigrei para a Itália, onde vivi por anos”, revelou Arjan
Dodaj, arcebispo de Tiranë-Durrës, no ano passado em Marselha. Uma experiência
comovente de vida e fé que talvez tenha orientado a escolha do comitê
organizador da Albânia para esta nova edição dos Encontros Mediterrâneos, que
está sendo realizada, entre outras coisas, no aniversário de 10 anos da visita
do Papa Francisco a Tirana (21 de setembro de 2014). O Pe. Massimiliano Maria
Spezia, secretário de dom Dodaj, é quem explica: “a particularidade desta
edição é que será um encontro precisamente para os jovens, ou seja,
diferentemente dos outros, os protagonistas deste encontro são precisamente
eles". São jovens entre 20 e 32 anos de idade, das 5 margens do
Mediterrâneo e pertencentes a diferentes religiões e culturas.
A motivação para escolher Tirana como sede do evento também
tem a ver com as múltiplas realidades culturais e religiosas que o país contém.
Por esse motivo, o programa do Med24 (com curadoria do mesmo
comitê do Med23 em Marselha) aborda vários aspectos,
culturais, espirituais e religiosos, “que trazem a experiência de todo homem em
sua variedade e realidade”, observa o Pe. Spezia. De acordo com o título,
portanto, o objetivo da iniciativa é promover o diálogo e a cooperação entre os
jovens e os bispos do Mediterrâneo, a fim de enfrentar desafios e oportunidades
comuns, na criação de uma cultura de solidariedade que promova a paz e a
esperança.
O arcebispo de Tirana é quem deu as boas-vindas aos jovens do
Marrocos, Argélia, Tunísia, Egito, Oriente Médio, Turquia, Armênia, Geórgia,
Romênia, Grécia, Croácia, Kosovo, Malta, França, Itália, Espanha e, é claro, Albânia.
Estão planejados encontros com representantes institucionais e líderes
religiosos. “O modelo albanês é de verdadeira convivência”, explica o
secretário: "o Papa também lembrou disso quando voltou da sua viagem à
Albânia e disse: ’Lá não é que eles se toleram, lá eles se amam'. A realidade
religiosa da Albânia nunca é motivo de diferença ou rivalidade e os torna
unidos também como povo, e isso dá como modelo uma convivência real, pacífica e
verdadeira, mesmo na diversidade de cada um”.
O programa inclui etapas em Shkodra e Fier, onde serão
explorados aspectos importantes da história e do patrimônio cultural, por meio
de visitas a museus e encontros com pessoas que defenderam a religião durante o
regime comunista. O ponto culminante do trabalho está marcado para
quinta-feira, dia 19, com uma sessão conjunta entre os jovens e os bispos do
Mediterrâneo (da Itália, Marrocos, França, Turquia, Grécia, Croácia, Malta,
Kosovo e Montenegro), com foco em “Educação, comunicação e desenvolvimento
integral, na construção da paz”. Nessa ocasião, os jovens albaneses, como
verdadeiros promotores da paz no país, oferecerão uma perspectiva aprofundada
dos esforços locais nesse sentido.
“Vemos esses encontros”, explica Spezia, ”um pouco como o
fruto da viagem do Papa à Albânia, a primeira que ele fez à Europa. Uma Europa
que, nesses dez anos, tem visto o Mediterrâneo cada vez mais ferido pelo drama
de muitos migrantes que morreram de cansaço, fome e indiferença, ao longo das
rotas marítimas e terrestres”. “Sobre a questão da acolhida”, enfatiza o padre,
”a Caritas nacional é ativa, da qual o arcebispo de Tirana, que também vem de
uma experiência de imigração, é presidente. A Albânia, na rota dos Bálcãs, é um
ponto nevrálgico. Os migrantes que viajam, especialmente a pé, passam por essa
rota”. A migração é uma experiência que “o povo albanês vivenciou em primeira
mão” e, portanto, “já existe uma sensibilidade mais forte, real e atenta a essa
questão”.
Em um momento em que o Mediterrâneo parece “confuso, em
situação de guerra, de conflitos”, em que “os jovens às vezes perdem seus
valores, é bom ver que nesses jovens há um desejo de se reunir, sob a luz do
Papa, que nos inspira a olhar para os sinais dos tempos que também estão neste
Mediterrâneo e, em seguida, a partir do Mare Nostrum, recriar a paz
e espalhá-la pelo mundo. Como dizia Giorgio La Pira”, conclui o Pe. Spezia,
"a paz existirá no mundo se existir primeiro no Mediterrâneo".
Fonte:
Vatican News
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Pátio de Francisco, foco nos escritos
do Santo, pessoa sensível e original
No
terceiro dia do evento cultural promovido pelo Sagrado Convento de Assis, sobre
o tema “Corporal Mente”, foi analisada em conferência a forma de escrever do
Pobrezinho de Assis. Grafólogo frei Giacometti: "Ele entrava no coração
das pessoas". O tema inspirador dos estigmas ganha vida. À noite, música
do Réquiem no adro da Basílica.
Alessandro
Di Bussolo – Vatican News
Francisco
de Assis é uma pessoa “muito sensível, muito delicada, mas ao mesmo tempo
também extremamente criativa, original em seu pensamento, em sua relação com as
pessoas e em seus projetos de vida”. A sua sensibilidade leva-o a tentar
compreender a alma da pessoa que está à sua frente, com muita empatia, “para
assimilar as sensações do outro e torná-las um instrumento de conhecimento”.
Ele se coloca “em jogo e entra no coração da pessoa, na sua alma, percebendo,
com muita intuição, tanto os seus sentimentos quanto suas emoções”. Esta é a
pessoa de São Francisco na análise do frei Girolamo Moretti, o franciscano
considerado o pai da grafologia italiana, lembrada, sempre falando no presente,
pelo frei Firmino Giacometti, presidente do Instituto Grafológico Internacional
“Girolamo M. Moretti” de Urbino, no terceiro dos quatro dias da conferência
"Corporal Mente" (12 a 15 de setembro), a décima edição do Pátio de
Francisco, evento cultural promovido pelos frades do Sagrado Convento de Assis.
De seus escritos à pessoa,
quem foi São Francisco?
O
painel “Dos escritos à pessoa: quem foi São Francisco?” contou com a palestra
do historiador do franciscanismo e paleógrafo Attilio Bartoli Langeli e do
poeta Davide Rondoni, presidente do comitê nacional para a comemorações do VIII
centenário do nascimento de São Francisco. A discussão entre os participantes
da conferência partiu do texto e da relíquia da “Chartula”, um dos dois
manuscritos de Francisco de Assis, escrito após o episódio dos estigmas e
guardado na Basílica de São Francisco. Um texto entendido como fruto e
“testemunho” indireto do acontecimento dos estigmas, que Francisco não vive
como um caso íntimo, mas como um excesso místico e lírico na oração e como um
ponto de virada e um aprofundamento na perspectiva da misericórdia e
benevolência nas relações interpessoais.
O manuscrito foi
escrito em pergaminho frei Leone
Falando
aos meios de comunicação vaticanos, frei Giacometti sublinha que São Francisco
usa uma caneta de pena, “um instrumento um pouco mais grosseiro do que os que
usamos hoje. Portanto, é necessária uma observação muito cuidadosa." Frei
Moretti faz isso analisando os dois únicos testemunhos sobreviventes da
caligrafia pessoal do Santo, dois humildes mas muito preciosos pergaminhos
escritos por Francisco e por ele dedicados ao seu amigo e confessor Leone. São
elas a “Chartula”, com “a bênção de Francisco ao frei Leone”, e a carta “que
Francisco dirigiu ao frei Leão para consolá-lo nas suas dificuldades e para
ajudá-lo a viver bem a sua vida de frade”. As palestras de Attilio Bartoli
Langeli e Rondoni centraram-se na análise paleográfica e literária da Chartula,
sobre a qual está em curso nas últimas semanas uma exposição fotográfica no
claustro superior da Basílica.
O tema dos estigmas
Neste
terceiro dia, o Pátio de Francisco chegou ao cerne do tema inspirador da décima
edição, o oitavo centenário dos estigmas que Francisco recebeu em La Verna em
1224. A manhã do sábado, 14 de setembro, foi aberta com o painel intitulado
“Corpo: dentro do tempo a eternidade." Com Giovanni Boni, Lucia Vantini,
frei Domenico Paoletti, franciscano conventual, e a moderação de Paola Saluzzi,
foi possível aprofundar, de um ponto de vista mais espiritual, a relação
essencial entre interioridade e corpo e a forma como a alma e corpo são na
realidade, uma só coisa. Boni, médico do esporte, destacou como tudo passa pelo
corpo, é necessária a consideração das duas dimensões como únicas. Este foi o
ponto de partida da contribuição de caráter mais teológico e
espiritual-franciscano dos demais palestrantes. Olhar para o nosso corpo do
ponto de vista espiritual, sublinhou Lucia Vantini em particular, significa
reconhecer a concretude da nossa história.
Conferência sobre
“Bem-estar e longevidade”
À
tarde, os encontros na Sala de Imprensa foram retomados às 16h, com o painel
intitulado “Bem-estar e longevidade”: uma discussão sobre o tema saúde e
bem-estar graças às contribuições de diferentes perspectivas de: Andrea
Baccarelli (diretor do Instituto de Saúde Pública da Universidade de Harvard,
EUA), Massimo Mercati (Aboca) e Monica Poggio (Bayer Itália) com a moderação de
Paola Saluzzi. Às 18h entrou-se no mundo da arte contemporânea com Costantino
D'Orazio, diretor da Galeria Nacional da Úmbria que ofereceu uma reflexão sobre
o tema “Corpo e criatividade: a pessoa na arte contemporânea”.
Na sexta
“imaginemos” nas redes sociais e nas novas tecnologias
A
sexta-feira, 13 de setembro, abriu com o painel “Imaginemos”, dedicado à
autoimagem nas redes sociais, a relação que os jovens têm com as novas
tecnologias, o ser e o aparecer. Um encontro que permitiu a interação de
numerosos jovens das escolas secundárias locais com a escritora Evelina
Santangelo, o autor e apresentador de televisão Lorenzo Luporini e a psicóloga
e psicoterapeuta Michele Mezzanotte, graças à moderação de Carla Tacchi,
professora da Escola Properzio de Assis. A reflexão, inspirada na temática do
Pátio, teve como tema subjacente a relação entre interioridade e exterioridade.
Cada um dos palestrantes trouxe então a sua própria reflexão aos jovens a
partir da sua própria experiência, e assim nasceu uma comparação geracional e
de perspectiva. Para que servem as mídias sociais para a sociedade e o
indivíduo? E a grande provocação: como podem os adultos educar os mais jovens a
usarem estas ferramentas se eles não aprendem por primeiro sobre elas e não as
utilizam?
O filme “Francisco,
bobo de Deus”
À
noite, na Sala Cimabue do Centro de Conferências Colle del Paradiso, foi
proposta a exibição do filme “Francisco, bobo de Deus”, de Roberto Rossellini,
com uma mensagem de sua filha Isabella, lida antes da exibição. Voltando ao
primeiro dia, quinta-feira, 12 de setembro, a lectio “Viagem pelas belezas” de
Luca Sommi, jornalista e apresentador, ofereceu reflexões sobre a atualidade a
partir da história e da literatura, enquanto o painel “aos lugares do espírito”
em colaboração com a Trenitalia, apresentou novas formas de promoção do
território e do turismo. E à noite “O Festival da Primavera”, encenado pela
Companhia de Dança Oda sob a orientação do bailarino e coreógrafo Ermanno
Sbezzo, contou com grande participação do público apesar do mau tempo.
Fonte:
Vatican News
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“Geradores de esperança”: o diálogo
entre o cardeal Zuppi e a reitora da Católica
O
seminário de estudos que todo ano reúne professores de Teologia e assistentes
pastorais sobre temas culturais, teológicos e científicos foi concluído na sede
romana da Universidade Católica da Itália.
Vatican
News
“A
universidade não é apenas um lugar onde se aprendem conteúdos, mas também onde
se ajuda os jovens a compreender a dimensão do 'nós'” - assim disse o cardeal
Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal
Italiana, em uma das passagens mais significativas do seu discurso, no diálogo
com a professora Elena Beccalli, reitora da Universidade Católica, moderado por
Alessandro Zaccuri, diretor de Comunicações da instituição, realizado na última
quinta-feira (12/09) na sede em Roma. O encontro conclui o seminário de estudos
de 4 dias que reúne anualmente professores de Teologia e assistentes pastorais,
intitulado “Geradores de esperança. No caminho com os jovens à luz do Jubileu”.
Não apenas
segurança, mas paixão
“Às
vezes, pensa-se que ser gerador de esperança significa dar certezas. Essas
certezas são ótimas, mas é preciso sonhar, ter esperança e transmitir paixão”,
continuou o cardeal Zuppi. ”O Jubileu, um evento público que também afeta a
vida social, pode ser um momento de verdadeira mudança, compreensão, ajuda e,
ao mesmo tempo, também alimenta paixões".
A formação de jovens
é uma semente de esperança
“A
Universidade Católica e nós, pesquisadores, temos uma grande responsabilidade:
devemos nos ver como verdadeiros 'construtores de esperança', por meio de
estudos e mudanças que possam provocar uma mudança de visão em relação ao tempo
presente”, disse a reitora Beccalli. ”Isso é possível ouvindo e compreendendo
os jovens e nos concentrando em uma perspectiva educacional. Trabalhar ao lado
dos jovens, cuidando deles, educando-os no desejo de participar da vida social,
bem como na construção de projetos, é uma semente plantada para dar origem à
esperança”.
Discutindo
os temas da educação, da pesquisa, do mundo do trabalho, das expectativas dos
jovens e da relação entre as gerações, o cardeal Zuppi enfatizou que “no
contexto atual, marcado por numerosas guerras, a esperança parece não existir.
Mas a esperança vai além e procura o que não se vê agora. É começar uma busca
agora, mas cujos frutos só serão vistos com o passar do tempo: é por isso que a
esperança cristã responde à esperança do mundo”.
Consciência do
limite
“Trabalhar
ao lado dos jovens, cuidar deles, educá-los no desejo de participar da vida
social, bem como na construção de projetos, é uma semente plantada para fazer
nascer a esperança”, acrescentou a professora Beccalli. ”Como docente, posso
dizer que o desejo dos jovens de participar é grande: é por isso que não
devemos dar nada por garantido, pelo contrário, devemos saber como entender e
cultivar cada pequena coisa, começando precisamente pelos novos recrutas. Nossa
tarefa”, continuou Beccalli, ”é também educar os jovens na consciência dos
limites, que não devem ser vistos como algo negativo. A sociedade eleva o nível
criando desilusão nos jovens, mas, na realidade, até mesmo o limite tem um
valor a ser extraído para o nosso crescimento pessoal e o da sociedade”.
O gosto pela beleza
“A
esperança é que todos os jovens que estão em nossas escolas, muitos dos quais
chegaram de muitos países, encontrem segurança, para mostrar suas habilidades e
estímulos”, prosseguiu o cardeal Zuppi. ”Não estou falando apenas de segurança
no emprego e na vida, mas também de estímulos intelectuais e profissionais, o
gosto por construir algo belo e novo. Às vezes há poucos estímulos, há pouca
estabilidade, vemos uma diferença salarial impiedosa entre os países
estrangeiros e nós. Vamos trabalhar para que esses jovens encontrem muitos
estímulos, para que não apenas valha a pena ficar, mas também para que tenham
prazer em ficar, a fim de construir com criatividade algo que ainda não
existe”.
As conclusões
Claudio
Giuliodori, assistente eclesiástico-geral da Universidade Católica e presidente
da Comissão Episcopal para a Educação Católica, Escolas e Universidades,
formulou as conclusões do seminário de estudo: “durante esses 4 dias,
compartilhamos um programa muito intenso, abordando questões que contribuem
para o crescimento de cada um de nós e de toda a comunidade universitária,
juntamente com a consciência de quão amplo é o potencial de cada um de nós e em
uma dimensão de conhecimento que, com a ajuda da ética e da teologia, se torna
sabedoria”, disse o bispo. “A esperança é a memória viva do futuro, e o futuro
não é a incerteza, mas a expectativa de uma realização já em andamento: esse é
o chamado para participar do evento do Jubileu, a fim de aprofundar ainda mais
os dinamismos tanto da comunidade social quanto da comunidade acadêmica. O
mundo avança em complexidade e em desafios contínuos e difíceis, mas é gerador
precisamente por causa da esperança que para nós é certa e bem enraizada”.
Fonte:
Vatican News
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STP - Condições educativas carentes
para deficientes visuais
São
Tomé e Príncipe não está preparado para responder à situação dos cegos. É
quanto afirmou a Presidente da Associação dos Cegos e Amblíopes, ACASTEP,
Eugénia Neto. Ela falava no contexto da visita do Presidente da União Africana
dos Cegos, Lucas Amoda, que esteve recentemente naquelas ilhas equatoriais para
avaliar, junto da ACASTEP, o impacto do seu trabalho no país.
Melba
de Seita - São Tomé e Príncipe
O
encontro teve lugar no dia 9 de setembro de 2024 e, na ocasião, Eugénia Neto,
que é também Diretora do Gabinete de Educação Especial, lamentou o facto de as
pessoas com deficiência visual não poderem frequentar a escola. Ela reconheceu
que o país não está preparado para dar resposta a esta situação, mas tem
esperança no futuro.
A
União Africana dos Cegos foi instituída em 1987 e trabalha com os 53 países
membros. Lucas Amoda frisou que a educação dos cegos deveria ser uma área
prioritária em São Tomé e Príncipe.
Preocupado
com a situação, o presidente da União Africana dos Cegos prometeu tudo fazer
para apoiar a ACASTEP na área da educação.
Fonte:
Vatican News
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Na Coreia do Sul, Igreja organiza
iniciativas para manter acesa a chama da paz
"A
dor da divisão está profundamente presente nos corações dos
norte-coreanos", disse uma refugiada. Existem atualmente cerca de 34.000
refugiados norte-coreanos no Sul e mais de 90% deles estão permanentemente
integrados no tecido da sociedade sul-coreana há mais de cinco anos. “Se no
passado o apoio da Igreja Católica foi sobretudo útil para a fase inicial de
inserção, agora é necessário o acompanhamento espiritual e pastoral destas
pessoas", disse padre Jung.
O
desejo de reconciliação e de paz na Península Coreana deve ser alimentado
diariamente no âmbito humano, político, social e espiritual: com esta convicção
o Comitê de Reconciliação da Arquidiocese de Seul organiza iniciativas que
visam “manter viva a chama da paz” entre Coreia do Sul e Coreia do Norte, numa
época em que as relações bilaterais são muito tensas e difíceis.
A
esperança é sempre confiada aos jovens: nos dias passados, por exemplo, a
Igreja em Seul organizou uma peregrinação internacional pela paz na zona
desmilitarizada - a faixa de território que divide a Coreia do Norte e a Coreia
do Sul -, intitulada “Ventos da Paz”, realizada todos os anos desde 2012. A
peregrinação é patrocinada pelo Ministério da Cultura, Desporto e Turismo e
pelo Ministério da Unificação e neste ano contou com a participação de cerca de
300 jovens, na sua maioria coreanos, mas também vindos de Espanha, Eslováquia e
Malásia e de outros países.
Guiados
por sacerdotes e consagrados, os jovens viveram a experiência de caminhar com o
espírito e assim se tornarem “apóstolos da paz”.
Os
peregrinos visitaram pela primeira vez o Observatório da Unificação em Odusan,
de onde puderam olhar para o território Norte e vislumbrar a região de
Hwanghae, para além do Rio Imjin, o curso de água que - convergindo com o Rio
Han no Sul - deságua no Mar ocidental. Posteriormente, os jovens viajaram no
“Trem da Unificação”, o KTX, onde são organizadas exposições e experiências
multimídia, com visores de realidade virtual, que permitem uma espécie de
“viagem no tempo”, entre o passado e o futuro.
Depois,
ampliaram sua compreensão da paz e da reconciliação inter-coreana, ouvindo o
testemunho de um fugitivo da Coreia do Norte, há cerca de dez anos. Durante a
peregrinação, pontuada por momentos de espiritualidade, os jovens rezaram pela
paz na península coreana recitando a oração “Senhor, faze de mim um instrumento
de vossa paz”, atribuída a São Francisco.
Entre
os participantes, Raffaella Kim I-soo, uma coreana de 21 anos: “Esta
peregrinação - disse ela - foi uma oportunidade para refletir profundamente
sobre o que é a paz".
Frei
Daniel, que conduziu o encontro de oração de Taizé durante a peregrinação,
disse que “pela reconciliação e pela paz podemos fazer algo hoje, agora. E os
jovens podem perceber isso na oração”.
Outra
iniciativa de oração pela paz é a Missa especial de Ação de Graças celebrada na
Igreja do Arrependimento e da Expiação em Uijeongbu, uma cidade fronteiriça,
com a participação de refugiados norte-coreanos que vivem no Sul. A celebração
foi co-organizada por três comitês diocesanos para a reconciliação das Dioceses
de Seul, Suwon e Uijeongbu, que convidaram refugiados norte-coreanos e suas
famílias estabeleceram-se na Coreia do Sul.
“A
dor da divisão é profundamente sentida pelos norte-coreanos que estão separados
das suas famílias que ainda permanecem no Norte”, disse o padre Ignatius
Sooyong Jung, vice-presidente do Comitê de Reconciliação de Seul, que presidiu
à Celebração Eucarística. O sacerdote recordou uma frase frequentemente usada
em referência aos irmãos na fé que viveram ou ainda vivem do outro lado da
fronteira: “Enquanto te lembrares deles, eles viverão. E seus desejos se
realizarão, desde que reze por eles." "Na Missa de hoje, lembramos e
rezamos juntos pelos nossos queridos familiares falecidos, pelos nossos
parentes e vizinhos que moram longe daqui, e pelos da cidade natal de cada um
de vocês: pedimos a Deus a graça de poder visitá-los novamente um dia",
disse o padre Jung em sua homilia.
Anna
Han, uma refugiada que atualmente vive em Seul, testemunhou que conheceu amigos
de sua cidade natal que vivem na província de Gyeonggi "e tivemos um
reencontro há muito esperado. Guardo com carinho as memórias da minha família
no Norte e rezei pelos meus parentes durante a Missa. Espero voltar para minha
cidade natal um dia." "Todo Ano Novo e todo Dia de Ação de Graças,
levo meus filhos a lugares onde posso ver a Coreia do Norte de perto e
conto-lhes histórias sobre meus parentes no Norte. A dor da divisão está
profundamente presente nos corações dos norte-coreanos", disse ela.
Francesca
Romana Mikyung Kim, católica, líder do grupo “North Korean Defectors
Team” (“Equipe de desertores norte-coreanos") em Seul, está entre os
organizadores do encontro. O grupo pretende organizar outras iniciativas de
carácter cultural, social e espiritual no ano pastoral 2024-2025.
Conforme
relatado pelo padre Jung, membro do Comitê de Reconciliação de Seul, existem
atualmente cerca de 34.000 refugiados norte-coreanos no Sul e mais de 90% deles
estão permanentemente integrados no tecido da sociedade sul-coreana há mais de
cinco anos. “Se no passado o apoio da Igreja Católica foi sobretudo útil para a
fase inicial de inserção, agora é necessário o acompanhamento espiritual e
pastoral destas pessoas. Esta Missa, que envolveu três dioceses, foi uma
oportunidade para crentes e não crentes, de reunir-se e rezar",
acrescentou padre Jung.
A
Arquidiocese de Seul criou o Comitê para a Reconciliação na Coreia em 1995,
testemunhando a responsabilidade e o papel da Igreja Católica na reconciliação
e unidade da Península Coreana. O Comitê está empenhado em diversas atividades
pastorais, educativas e espirituais dedicadas à paz e à reconciliação na
Península. - *Agência Fides - Fonte: Vatican News
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Participam 368 pessoas na segunda
sessão do Sínodo, 96 não-bispos e há 25 mudanças
Cardeal Mario Grech explicou que o Sínodo é
«antes de mais um momento de oração», e pediu orações às «paróquias do mundo
inteiro»
O
secretário-geral do Sínodo afirmou na
conferência de imprensa de apresentação da segunda sessão da XVI Assembleia
Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos que se trata, antes de mais, de «um
momento de oração”, e o relator-geral apresentou os participantes.
“A
primeira escuta de que necessitamos é a do Senhor, da sua Palavra confiada às
Sagradas Escrituras, do seu Espírito que fala ao coração dos crentes”,
salientou D. Mario Grech.
O cardeal
maltês recordou “com gratidão e emoção” todos os que vão assegurar os trabalhos
do sínodo “na oração”, convidando “as comunidades religiosas, especialmente as
de vida contemplativa”, e todos os fiéis a “unirem-se numa oração coral”, para
que sejam “dóceis à voz do Espírito Santo”.
“Como
seria belo se, pelo menos aos domingos, em todas as paróquias do mundo inteiro,
se rezasse em coro para invocar o Senhor sobre os trabalhos do Sínodo, dizendo:
‘Dai-nos, Senhor, corações ardentes e pés que caminham’”, acrescentou.
O
relator-geral da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos explicou
que a lista de participantes desta segunda sessão do Sínodo “não apresenta
grandes alterações” em relação à primeira sessão, há um ano, e está dividida em
três macro secções: os membros que “têm direito a voto”, que estão organizados
pelo “título de participação”; os convidados especiais, e outros participantes.
No total
são 368 membros, 272 investidos do munus episcopal e 96 não-bispos, e
registam-se apenas 25 mudanças, “na sua maioria substituições”, indicou o
cardeal Jean-Claude Hollerich.
Da lista
fazem parte o presidente, o secretário-geral, nove presidentes delegados, o
relator-geral e os dois secretários especiais, seguindo-se 20 membros das 15
Igrejas Católicas Orientais.
Existem
168 membros de Conferências Episcopais, onde há algumas alterações, dois
membros ‘Bispos sem Conferência Episcopal’ e cinco elementos que presidem a
Encontros Internacionais de Conferências Episcopais, participam também 10
membros da União dos Superiores Gerais e da União Internacional dos Superiores
Gerais; 21 pessoas são responsáveis dos Dicastérios da Cúria Romana’, enquanto
o Papa Francisco nomeou 57 pessoas.
Há 68
membros como testemunhas do processo sinodal, dois subsecretários da Secretaria
Geral do Sínodo, e 14 membros do Conselho Ordinário que concluem o mandato
nesta assembleia.
A segunda
sessão do Sínodo dedicado à sinodalidade tem oito convidados especiais, os
delegados fraternos passaram de 12 para 16, com autorização papal, devido ao
“grande interesse” das Igrejas irmãs “neste caminho sinodal”; os 70 peritos
foram divididos em três categorias: facilitadores, peritos teológicos e peritos
comunicadores.
A lista
termina com os membros da Secretaria Geral do Sínodo, os assistentes e os
colaboradores, os membros da Comissão de Informação e da Comissão de Litígios,
eleitos na primeira sessão do Sínodo.
Aos
portugueses que participaram na primeira sessão da Assembleia Geral do Sínodo
dos Bispos – os delegados da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), o
presidente e o vice-presidente, respetivamente D. José Ornelas e D. Virgílio
Antunes, bispos de Leiria-Fátima e de Coimbra; o cardeal Tolentino Mendonça,
prefeito do Dicastério para a Cultura e para a Educação da Cúria Romana; e nos
“assistentes e colaboradores” o padre Paulo Terroso, da Arquidiocese de Braga,
e Leopoldina Simões, assessora de imprensa – junta-se o cardeal D. Américo Aguiar,
bispo de Setúbal, nomeado pelo Papa Francisco
Do
programa destacam-se ainda dois momentos de retiro, uma celebração penitencial,
uma vigília ecuménica e quatro fóruns teológico-pastorais.
Fonte:
Agência Ecclesia
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Sínodo 2021-2024: Vaticano
divulgou metodologia de trabalho que vai oferecer ao Papa um documento final
«Não constitui o ponto final do
processo sinodal, mas reúne a orientação da Assembleia, que é transmitida ao
Santo Padre, a quem cabe decidir como relançá-lo a toda a Igreja», assinala a
Secretaria-Geral do Sínodo
A Santa
Sé promoveu hoje uma conferência de imprensa de apresentação da segunda sessão
da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, onde divulgou a
metodologia de trabalho, de 2 a 27 de outubro, no Vaticano.
“Todo o
processo do Sínodo 2021-2024 é guiado por uma pergunta fundamental: “como se
realiza hoje, a diversos níveis (do local ao universal), aquele ‘caminhar
juntos’ que permite à Igreja anunciar o Evangelho, de acordo com a missão que
lhe foi confiada; e que passos o Espírito convida a dar para crescer como
Igreja sinodal?”, explica a Secretaria-geral do Sínodo, na informação enviada
aos jornalistas.
O
Instrumento de Trabalho (Instrumentum Laboris) da segunda sessão recolhe e
apresenta sinteticamente o fruto da consulta promovida pelo documento até
outubro de 2024 “concentrando-se em particular na pergunta”: ‘Como ser uma
Igreja sinodal em missão?’; a tarefa desta sessão da XVI Assembleia Geral
Ordinária do Sínodo, é concluir o discernimento e oferecer o resultado ao Papa
“no Documento Final”.
Os
trabalhos da Assembleia Sinodal vão ser divididos em “cinco Módulos” e cada um
inclui sessões em Assembleia Plenária, Congregações Gerais, e em Grupos de
Trabalho; os primeiros quatro módulos têm um “foco temático específico” – o
módulo introdutório “dedicado ao tema proposto na Secção Fundamentos”, os três
seguintes abordam “o tema proposto nas Secções Parte 1/Relações; Parte
2/Caminhos e Parte 3/Lugares – e o módulo conclusivo é a “discussão e
aprovação” do documento final desta XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo
dos Bispos.
Cada um
dos quatro primeiros módulos terá a mesma estrutura: breve apresentação do tema
pelo relator-geral; duas sessões dos Grupos de Trabalho, dedicadas ao “estudo
aprofundado” do tema; três Congregações Gerais (duas para o Módulo de
Fundamentos) para discutir o tema a partir dos Grupos de Trabalho; uma sessão
dos grupos é para elaborar o resumo que será entregue à secretaria-geral.
O
trabalho do ‘Módulo conclusivo’ é organizado a partir da apresentação de um
‘Projeto de Documento Final’, que será discutido na Congregação Geral e sobre o
qual os Grupos de Trabalho vão formular “emendas”, texto que é “apresentado à
Assembleia Plenária para aprovação”.
Os grupos
de trabalho, com 10 a 12 pessoas, são formados pela Secretaria-geral “com base
nas preferências de idioma” e terão duas configurações, uma para os módulos
‘Fundamentos’ e ‘conclusivo’, e outra para os três módulos centrais, para
permitir interação com “um grande número de participantes”, e aprofundar o
“discernimento juntos por mais tempo”.
O
trabalho dos grupos em cada módulo prevê três sessões, é estruturado no método
da ‘Conversação no Espírito’ e os participantes vão “tomar a palavra”, “dar
espaço para o Outro” e “construindo juntos”; no final, os representantes dos 36
Grupos de Trabalho reúnem, “dividindo-se em cinco Mesas Linguísticas” (inglês,
italiano, francês, espanhol e português e animados “por um Facilitador”, têm
“um Perito em teologia”, e vão “elaborar um breve relatório síntese” para
apresentar na Congregação Geral seguinte, com as principais questões a
discernir.
Nas
Congregações Gerais são ouvidos os relatórios das Mesas Linguísticas e, no
processo de discernimento conduzido pela Assembleia, “são os momentos que mais
representam e fazem experimentar a universalidade e a catolicidade da Igreja”;
na última Congregação Geral de cada um dos Módulos 2-3-4, há um tempo para
“intervenções livres sobre toda a parte do IL em discussão”.
“O
Documento Final não constitui o ponto final do processo sinodal, mas reúne a
orientação da Assembleia sobre os temas abordados, que é transmitida ao Santo
Padre, a quem cabe decidir como relançá-lo a toda a Igreja, abrindo a fase que
a Constituição Apostólica Episcopalis communio chama ‘de aplicação’”, realçam.
Fonte:
Agência Ecclesia
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Nas ruas de Quito, a procissão a
Jesus no 53° Congresso Eucarístico Internacional
Por Diego López Marina
O centro
histórico de Quito, Equador, testemunhou uma grande expressão de fé e devoção
no sábado (14), quando milhares de fiéis se reuniram para acompanhar o
Santíssimo Sacramento em procissão no 53º Congresso Eucarístico Internacional.
O
ambiente estava repleto de profunda reverência, cantos e louvores, enquanto
peregrinos de mais de 50 países dos cinco continentes caminhavam ao lado de
Jesus Eucarístico pelas ruas históricas da cidade, que é reconhecida como
patrimônio mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência
e Cultura (UNESCO). A procissão foi conduzida por centenas de bispos,
sacerdotes, diáconos e seminaristas também de diversas partes do mundo.
Às 16h30
(horário local), na igreja de São Francisco, foi celebrada uma missa antes da procissão.
A missa foi celebrada pelo arcebispo de Guayaquil, Equador, dom Luis Cabrera,
presidente da Conferência Episcopal Equatoriana.
O bispo
equatoriano disse aos quase 5 mil fiéis na praça de São Francisco que a
“Eucaristia nos convida a uma fraternidade para salvar as vidas do mundo
pessoal e social, muitas vezes causado pelo ressentimento, pela violência, pela
indignidade e pela morte”.
“Jesus
não só nos salva do pecado, mas também nos oferece a vida eterna, para que
possamos curar as feridas do mundo, assim como Ele nos redimiu entregando-se na
cruz”, disse.
Por fim,
dom Cabrera fez um apelo à ação: “Como fraternidade comprometida com a salvação
do mundo, renovemos o nosso firme propósito de trabalhar incansavelmente pela
liberdade, justiça e paz, tanto nos nossos países como em todo o mundo”.
No final
da missa, a procissão começou com centenas de pessoas ajoelhadas rezando
antífonas de adoração. A jornada começou com a canção “Deus de Amor” e depois
seguiram-se outras canções de adoração. Ao longo do percurso de 1,3 km, mais de
120 tapetes de flores cuidadosamente confeccionados adornavam o caminho até a
basílica do Voto Nacional.
A
procissão prosseguiu de forma solene, acompanhada de cantos e parando em sete
estações. Em cada estação foram feitas orações com diferentes intenções: pelo
papa e pela Igreja; pelo país, pela cidade e pelos governantes; pela vida
consagrada; pela família; pela paz; por crianças e jovens; e por sacerdotes e
agentes pastorais.
O
ostensório, em todos os momentos, foi o centro de todos os olhos e corações ao
longo do caminho até a basílica. Das varandas, esquinas ou peregrinos atrás da
Eucaristia, os fiéis, uns com lágrimas e outros com sorrisos, adoravam o Cristo
vivo com canções clássicas como “Vamos cantar ao amor dos amores”, “Pescador de
homens”, “Um novo mandamento”, entre outras.
Ao chegar
à basílica do Voto Nacional, o Santíssimo Sacramento foi levado ao interior do
templo. A bênção final com o Santíssimo Sacramento foi dada pelo arcebispo
emérito de Caracas, cardeal Baltazar Porras, legado pontifício do 53° Congresso
Eucarístico Internacional. Foi um momento cheio de fervor, com o povo em oração
e contemplação diante da presença real de Cristo.
Depois da
bênção, os fiéis foram convidados a continuar o culto ao Santíssimo Sacramento
e à missa de encerramento do Congresso, celebrada ontem (15) no Parque
Bicentenário, às 10h (horário local).
Fonte:
ACIDigital
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Próximo Congresso Eucarístico
Internacional será em Sydney, Austrália
Por David
Ramos, Diego López Marina
A próxima
sede do Congresso Eucarístico Internacional será Sydney, Austrália. O anúncio
foi feito ontem (15) na missa de encerramento do 53° Congresso Eucarístico
Internacional em Quito, Equador.
A missa
foi celebrada pelo arcebispo emérito de Caracas, Venezuela, cardeal Baltazar
Porras, legado pontifício do Congresso Eucarístico Internacional.
No final
da cerimônia, o cardeal Porras disse: “Em nome e por mandato do papa Francisco,
anuncio-vos que o 54º Congresso Eucarístico Internacional terá lugar na cidade
de Sydney, Austrália”, em 2028.
Sydney
foi sede do 29º Congresso Eucarístico Internacional em 1928.
O papel
da Eucaristia na Igreja nascente em Sydney
Em vídeo
exibido no evento, o arcebispo de Sydney, dom Anthony Fisher, se disse
“encantado em convidar todos vocês para a nossa cidade portuária em 2028 (...)
100 anos depois de Sydney ter sediado este grande evento”.
“A
história da fé católica em Sydney é, em muitos aspectos, uma história do poder
da Eucaristia na construção da Igreja de Deus a partir de origens humildes”,
disse o bispo. “No início do período colonial da nossa cidade, nos tempos
quando não havia clero e o culto católico era proibido, era o Santíssimo
Sacramento contido numa âmbula na casa de um leigo que sustentava os fiéis”,
disse.
A hóstia,
disse dom Fisher, foi deixada pelo padre Jeremiah O'Flynn “antes da sua
deportação” e “serviu como centro da nossa primeira comunidade católica”.
“Ali, num quartinho de uma casa simples,
homens, mulheres e crianças se reuniam para adorar a presença do Senhor entre
eles”.
“Uma
grande ocasião de graça”
O bispo
auxiliar de Sydney, dom Danny Meagher, disse à ACI Prensa, agência em espanhol
da EWTN, que é preciso “que a vida na Igreja de Sydney floresça".
“O arcebispo
Anthony Fisher, reconhecendo a importância do Congresso Eucarístico
Internacional, espera que seja um grande sucesso, não só para Sydney e a
Austrália, mas também para todos os que participam”.
“Esperamos
que seja uma grande ocasião de graça para todos os participantes, para que
voltem para casa com um verdadeiro sentido de graça, formados e transformados
pelo que aprenderam”, disse dom Meagher.
O bispo
disse que “o desafio para nós é organizar um Congresso Eucarístico
Internacional muito bom”. “Eu mediria o sucesso se conseguirmos tocar o coração
das pessoas e abrir a mente à riqueza da Eucaristia, entrando em Deus”, disse o
bispo.
“Cristo
nos dá a sua vida, introduz-nos no seu mistério pascal e envia-nos ao mundo.
Através de apresentações de qualidade que tocam a mente com boa teologia, e
também conectam o coração e o espírito através de boa liturgia e
entretenimento, buscamos envolver as pessoas verdadeiramente”, disse dom
Meagher.
Fonte:
ACIDigital
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Catedral de Notre-Dame de Paris
será reaberta em dezembro
O Arcebispo de Paris, Dom Laurent
Ulrich, destacou que esta reconstrução é “uma verdadeira ação de graças, um ato
de Fé”.
No dia 15
de abril de 2019 um incêndio atingiu a Catedral de Notre-Dame de Paris. As
chamas colapsaram a torre do templo e causaram um estrago em parte de sua
estrutura. Equipes do corpo dos bombeiros demoraram 15 horas para extinguir o
incêndio por completo.
A meta
será alcançada
Nos dias
que se seguiram, 340 mil doadores provenientes de 150 países enviaram um valor
total de 846 milhões de euros para ajudar na reconstrução da Catedral de
Notre-Dame de Paris. Diante disso, o estado francês, proprietário do edifício,
se comprometeu a reconstruir a Catedral em cinco anos.
De acordo
com o Arcebispo de Paris, Dom Laurent Ulrich, a meta será alcançada e no dia 7
de dezembro Notre-Dame estará novamente aberta ao público. O prelado, que foi
nomeado pelo Papa em 2022, explicou que a Catedral francesa será bem diferente
do que era, pois ela assumiu cores que não tinha antes do incêndio. “Não vejam
apenas as pedras magníficas, não esqueçam que isto é um presente de Deus e um
presente para Deus”, afirmou.
Uma
verdadeira ação de graças
O
Arcebispo destacou que esta reconstrução é “uma verdadeira ação de graças, um
ato de Fé. Foi preciso muita Fé para dizer que isso seria feito em cinco anos.
Foi preciso muita Fé para dizer, um dia depois de vermos a flecha cair, que
essa flecha voltaria. Foi preciso muita Fé para dizer que em tão pouco tempo
poderíamos voltar aqui, tanto para celebrar o mistério de Cristo como também
para acolher milhares de peregrinos ou visitantes todos os dias como antes, e
ainda mais do que antes, pois espera-se que o número aumente”.
Dom
Laurent Ulrich concluiu ressaltando que os dias de reabertura “serão de grande
alegria, simplicidade e interioridade. Esta alegria não deve ser uma alegria de
celebração pagã, de celebração excessiva. Deve ser simplesmente a alegria de
uma cidade inteira que aqui encontra o seu coração e que sabe que Notre-Dame é
o lugar onde todos podem vir e encontrar-se. Todos podem vir e refletir, todos
podem vir e encontrar forças para suas vidas”. (EPC)
Fonte:
Gaudium Press
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Do dia 15/9/2024
Romaria da Pastoral da
Sobriedade no Santuário de Aparecida
Missa foi
presidida por Dom Orlando e concelebrada por Dom Nélio, referencial da Pastoral
na CNBB
Escrito
por Laís Silva
Neste
domingo (15), o Santuário Nacional
acolheu a Romaria da Pastoral da
Sobriedade, uma ação concreta da igreja na prevenção e recuperação da
dependência química. O grupo realizou um congresso neste fim de semana, em
Aparecida que culminou na celebração das 8h, no Altar Central.
A Santa Missa foi presidida pelo arcebispo de
Aparecida, Dom Orlando Brandes e concelebrada pelo bispo Dom Nélio Domingos Zortea, Bispo
de Cruz Alta, RS, referencial da pastoral da Sobriedade na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB) e por sacerdotes presentes.
Dom
Orlando iniciou sua homilia saudando e
agradecendo o trabalho tão importante da pastoral da sobriedade.
“Muito
obrigado por esse trabalho tão corajoso
e de tanta esperança na recuperação dos drogados. Estão nos dando esse
testemunho: Drogado pode ser recuperado.
Na sua pessoa saúdo a toda a bendita pastoral da sobriedade”.
Em
seguida continuou sua reflexão sobre a leitura deste domingo, destacando a necessidade de conhecer Jesus diariamente.
“A
leitura de hoje fala de um assunto só, o assunto é esse: conhecer Jesus. Vocês acham que eu
conheço Jesus? Estou conhecendo e eu não sou criança, tenho 78 anos, estou
crescendo cada dia no conhecimento de Jesus, porque conhecer Jesus não é uma teoria, não é uma ideologia,
e uma experiência, é um encontro transformante e transfigurante. Em cada
oração, em cada palavra da escritura, nós vamos sempre conhecendo Jesus”.
O
arcebispo deu continuidade refletindo o assunto abordado nas leituras:
“Na Bíblia, o verbo conhecer é ser íntimo, é
ser amigo, é seguir Jesus e por isso mesmo conhecer Jesus para seguir Jesus.
O que as palavras que ouvimos hoje nos ajudam? A conhecer Jesus!
Primeira
leitura Jesus dizendo: o Pai é meu
auxiliador e eu sei que vou sofrer, então a sagrada escritura desde o
antigo testamento nos está apontando para Jesus. Na segunda leitura, conhecer e seguir Jesus é ter uma fé, mas não
é uma fé teórica, é uma fé prática, olha o que falou a leitura: vem um
pobre, um doente, um drogado, eu digo Deus te abençoe, até logo, vai embora e
seja feliz. Isso é falso isso não é fé, a fé sem obras é morta. Na nossa fé e nas nossas boas obras nós vamos
conhecendo Jesus”.
Ele deu
sequência, refletindo sobre o Evangelho
do dia, que nos conta sobre a fé de maneira rasa, dando o exemplo de
Pedro, que achava conhecer Jesus de forma profunda. E explicou que quando Jesus
pergunta: quem eu sou? A resposta foi uma confusão e que hoje ainda somos
assim. Quando Pedro respondeu que Jesus
era o Messias, ele acertou, mas não bastava, pois não o conhecia profundamente.
“Vendo
que Pedro tinha boa vontade, mas não tinha profundidade, Jesus disse: querido, você quer me conhecer e quer me
seguir. Primeira coisa: renuncie-se a si, trabalhe o teu ego, porque o
nosso ego é doente, é inflado. Nós temos o ego de Adão, Adão teria onipotência,
tudo o que vemos de guerra é onipotência de um ego adâmico, farisaico, porque o
ego do fariseu nunca aceitou Jesus”.
É preciso reconhecer nossa humildade, reconhecer que
somos pequenos, e devemos pedir ajudar ao Senhor para que Ele nos ajude a sermos pequenos, humildes,
para que Ele nos ajude a servir os irmãos. Não podemos ser egoístas, é preciso
constantemente fazer uma autoanalise, para sermos melhores a cada dia.
“Jesus coloca o dedo na ferida, renuncia-te a
ti mesmo, tome a cruz, porque sem renúncias, nós não abraçamos a cruz. A
pastoral da sobriedade abraçou uma das cruzes mais difíceis, acreditar na
recuperação de todos os dependentes químicos. Ó, gente de esperança, gente de
fé, gente de caridade, gente que tem um ‘eu’ bem humilde e por isso espera
vencer esse Golias que é o tráfico de drogas. Jesus, contigo queremos crer na recuperação, contigo ouvindo a palavra do
papa, vamos cuidar, cuidar da fragilidade”.
E assim
Dom Orlando encerrou sua homilia, agradecendo e reconhecendo mais uma vez o
trabalho importante e bonito da Pastoral da Sobriedade e pedindo a Deus que nos ajude a sermos
humildes, caridosos e servos do Senhor. Fonte: A12.com
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Papa
no Angelus: o verdadeiro encontro com Jesus transforma a vida
Conhecer
Jesus e se relacionar com Ele, deixando-se tocar e incomodar pelo Evangelho:
este é o cerne da reflexão de Francisco, que, no Angelus deste domingo, 15 de
setembro, exorta os fiéis a se converterem, abandonando a mentalidade do mundo:
"Tudo muda se você realmente conheceu Jesus!"
Thulio
Fonseca - Vatican News
Neste
domingo (15/09), durante a alocução que precede a oração mariana do Angelus na
Praça São Pedro, o Papa Francisco refletiu sobre o Evangelho de São Marcos e
sublinhou a importância de uma verdadeira relação pessoal com Jesus, que vai
além do simples conhecimento teórico.
Diante da
pergunta de Jesus aos discípulos, presente na liturgia de hoje: "E vós,
quem dizeis que eu sou?" (Mc 8,29), o Pontífice destacou que Pedro
respondeu corretamente, afirmando que Jesus é o Cristo. No entanto, logo em
seguida, ao ouvir sobre o sofrimento e a morte do Senhor, Pedro se opôs,
demonstrando que sua compreensão ainda era limitada pela visão humana e
mundana.
Conhecer Jesus verdadeiramente
Segundo
Francisco, conhecer Jesus não se resume a ter informações teóricas sobre Ele,
recitar orações ou saber responder corretamente a perguntas de catecismo:
"Na
realidade, para conhecer o Senhor, não basta saber algo sobre Ele, é preciso
segui-Lo, deixar-se tocar e mudar pelo Seu Evangelho. Trata-se de ter com Ele
uma relação, um encontro que transforma a vida."
O
Pontífice então reforçou que essa transformação autêntica leva a mudanças
profundas: "Eu posso conhecer muitas coisas sobre Jesus, mas se não O
encontrei, ainda não sei quem é Jesus. É necessário esse encontro que muda a
vida: muda o modo de ser, muda o modo de pensar, muda as relações que você tem
com os irmãos, a disposição para acolher e perdoar, muda as escolhas que você
faz na vida. Tudo muda se você realmente conheceu Jesus! Tudo muda."
Deixar-se "incomodar" pelo Evangelho
Referindo-se
às palavras de Dietrich Bonhoeffer, pastor luterano que se opôs ao nazismo,
quando afirmou "O problema que nunca me deixa tranquilo é o de saber o que
o cristianismo realmente é para nós hoje, ou mesmo quem é Cristo", o Santo
Padre alertou contra o perigo de uma fé que se mantém estática e longe de Deus,
pois "infelizmente, muitos já não se fazem mais essa pergunta e permanecem
tranquilos, adormecidos, mesmo longe de Deus". E, em seguida, fez um
convite aos fiéis a se questionarem:
"Eu
me deixo incomodar? Eu me questiono sobre quem é Jesus para mim e qual é o
lugar que Ele ocupa na minha vida? Que nossa mãe Maria, que conhecia bem Jesus,
nos ajude com essa pergunta", concluiu o Papa Francisco.
Fonte:
Vatican News
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Francisco:
cessem os conflitos, a violência e o ódio. Busquem soluções de paz
Ao final
do Angelus deste domingo (15/09), o Papa reforçou seu apelo pela paz em todos
os países que sofrem com a guerra. O pontífice lembrou a beatificação de Moisés
Lira Serafín, no México, e expressou solidariedade aos pacientes com Esclerose
Lateral Amiotrófica (ELA) e suas famílias.
Thulio
Fonseca - Vatican News
Da janela
do Palácio Apostólico, após a oração do Angelus deste domingo, 15 de setembro,
o Papa Francisco, por meio de uma série de apelos, manifestou sua solidariedade
às vítimas de desastres naturais e conflitos violentos no mundo. O Papa também
recordou a beatificação de Moisés Lira Serafín, ocorrida na Cidade do México, e
assegurou suas orações pelas pessoas que sofrem devido à Esclerose Lateral
Amiotrófica (ELA).
Solidariedade com Vietnã e Mianmar
Francisco
expressou sua proximidade com as populações do Vietnã e de Mianmar, que estão
sofrendo devido a inundações provocadas por um potente tufão e afirmou rezar
pelos falecidos, pelos feridos e pelos deslocados. "Que Deus sustente
aqueles que perderam seus entes queridos e suas casas, e abençoe aqueles que
estão oferecendo ajuda."
Em um telegrama assinado pelo Secretário de Estado,
cardeal Parolin, o Papa Francisco expressou suas condolências pelas vítimas do
forte tufão que atingiu o país asiático, que ...
A dor das mães que perderam seus filhos em guerras
O Papa
não deixou de fazer um forte apelo em prol da paz em todas as áreas do mundo
afetadas por conflitos armados: “E não nos esqueçamos das guerras que
ensanguentam o mundo. Penso na martirizada Ucrânia, em Mianmar, penso no
Oriente Médio. Quantas vítimas inocentes!”
Francisco
expressou sua dor ao recordar as mães que perderam filhos em guerras: “Quantas
vidas jovens ceifadas! Penso em Hersh Goldberg-Polin, encontrado morto em
setembro, junto a outros cinco reféns em Gaza. Em novembro do ano passado,
conheci sua mãe, Rachel, que me impressionou pela sua humanidade. Eu a
acompanho neste momento.” Em seguida, o Pontífice pediu veementemente o fim do
conflito no Oriente Médio:
“Rezo
pelas vítimas e continuo próximo de todas as famílias dos reféns. Cesse o
conflito na Palestina e em Israel! Cessem as violências, cesse o ódio! Que
libertem os reféns, prossigam as negociações e se encontrem soluções de paz.”
Beatificação de Moisés Lira Serafín
Ao se
referir à beatificação de Moisés Lira Serafín, ocorrida na Cidade do México no
último sábado, 14 de setembro, o Papa recordou o sacerdote e fundador da
Congregação das Missionárias da Caridade de Maria Imaculada. Francisco destacou
a importância do trabalho do beato como exemplo para os clérigos:
“Que seu
zelo apostólico estimule os sacerdotes a se dedicarem sem reservas ao bem
espiritual do povo santo de Deus.”
Dia dos Pacientes com ELA na Itália
Por
ocasião do Dia dedicado aos pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)
na Itália, o Santo Padre também dirigiu uma saudação às pessoas que sofrem com
esta doença e suas famílias: “Asseguro minhas orações pelos pacientes e por
seus familiares; incentivo o trabalho de pesquisa sobre esta patologia e agradeço
o trabalho das associações de voluntariado.”
Fonte:
Vatican News
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Papa
às famílias peregrinas em Pompeia e Loreto: tornem-se instrumentos de paz
Por
ocasião do 17º Peregrinação Nacional das Famílias pela Família, que este ano
tem como tema "Fazei tudo o que Ele vos disser", o Pontífice enviou
uma mensagem ao presidente da RnS, Giuseppe Contaldo, organizador do evento,
para louvar esse momento de oração que envolve pais, filhos e avós. O cardeal
Zuppi: “É um caminho que tem o sabor do povo.”
Vatican
News
Um
momento de "oração em coro", que “envolve pais, filhos e avós,
sustentando-os na caminhada com a força da fé”. É isso que representa para o
Papa Francisco “a 17ª Peregrinação Nacional das Famílias pela Família”,
promovida no sábado, 14 de setembro, nos santuários marianos de Pompeia e
Loreto, pelo Renovamento no Espírito Santo (RnS), em colaboração com as
prelazias pontifícias dos dois santuários, o setor da Conferência Episcopal
Italiana (CEI) para a pastoral familiar e o fórum das associações familiares.
Em uma
mensagem assinada pelo cardeal secretário de Estado, Pietro Parolin, dirigida a
Giuseppe Contaldo, presidente da RnS, o Pontífice expressou sua alegria pelo
evento e dirigiu a todos os participantes sua cordial saudação e proximidade
espiritual. “Confiando ao olhar amoroso da Virgem Mãe as muitas famílias em
dificuldade, aquelas em territórios de guerra ou afetadas por grande pobreza”,
Francisco “une-se aos peregrinos para invocar o dom do Espírito Santo, a fim de
que as famílias cristãs na Itália, na Europa e no mundo possam se tornar
instrumentos de paz, testemunhando a beleza da vida em comum”.
Cardeal Zuppi: Maria, mestra de docilidade e esperança
Para o
cardeal Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha e presidente da CEI, a peregrinação
é um “caminho com sabor popular”, no qual todos, “crianças, jovens, adultos e
idosos”, testemunham “como o seguimento do Senhor Jesus diz respeito a todos,
não apenas a alguns ou a certas categorias”. Em uma mensagem aos participantes,
o cardeal destacou que o tema desta edição, “Fazei tudo o que Ele vos disser”,
tirado do Evangelho de João, significa que a todos – como os servos nas bodas
de Caná que encheram as talhas de água – “é pedido o mesmo trabalho: simples,
humilde e confiante”.
Somos
chamados, de fato, “a fazer a nossa parte no cotidiano, em nosso pequeno”,
reafirma Zuppi, “para permitir que o Senhor transforme todos os nossos esforços
em bom vinho”. “Neste nosso tempo, tão marcado pela guerra e pela violência”,
além disso, “trabalhemos para nos tornarmos arautos e construtores de paz,
enchendo nossas relações com a paz que surge da descoberta de Cristo
Ressuscitado, vivo e presente”. “Estamos nas últimas curvas deste ano de
preparação para o Jubileu”, conclui Zuppi, “e o Papa nos convidou a colocar a
oração no centro da nossa preparação”. Nesse sentido, não há melhor mestra do
que Maria “para aprender a docilidade e a esperança”.
Fonte:
Vatican News
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Beatificação
de padre Moisés Lira Serafín é celebrada no México
Na
Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe, na Cidade do México, a cerimônia de
beatificação do padre Moisés Lira Serafín foi presidida pelo cardeal Marcello
Semeraro, prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, no último sábado,
14/09. O sacerdote beatificado foi missionário da Congregação do Espírito Santo
e fundador da Congregação das Missionárias da Caridade de Maria Imaculada.
Vatican
News
O novo
beato da Igreja, que o Papa Francisco recordou no Angelus deste domingo
(15/09), padre Moisés Lira Serafín, nasceu na região de Puebla, em 1893, e
dedicou sua vida a guiar pessoas no caminho da fé e do amor a Deus. Fundador da
Congregação das Missionárias da Caridade de Maria Imaculada em 1934, ele ajudou
muitos a viverem como filhos amados por Deus. Faleceu em 1950, na Cidade do
México, após uma vida marcada pelo apostolado e pela dedicação ao próximo.
Durante a
homilia da beatificação, celebrada no último sábado, 14 de setembro, o cardeal
Marcello Semeraro, prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, destacou a
humildade e mansidão de padre Moisés, lembrando que ele buscava imitar Jesus, o
Filho de Deus. O cardeal também mencionou seu papel como pai espiritual e
comentou que o novo beato falava de Deus como um verdadeiro filho, com ternura
e devoção, mesmo nos momentos de maior sofrimento físico.
Exemplo de superação e alegria
Mesmo
enfrentando dificuldades pessoais desde a infância, incluindo a perda precoce
de sua mãe e constantes mudanças devido ao trabalho de seu pai, padre Moisés
manteve um caráter alegre e brincalhão, recordou o cardeal Semeraro. "Os
que o conheceram testemunharam sua determinação em fazer os outros felizes. Até
mesmo em meio a doenças graves, ele se esforçava para não ser um fardo e
conservava seu senso de humor".
Carisma de diretor espiritual e confessor
O padre
Moisés também se destacou pelo carisma como diretor espiritual, dedicando até
oito horas por dia à confissão e ao acompanhamento de inúmeras pessoas em suas
decisões de vida. O prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos destacou
ainda, em sua homilia, que a espiritualidade de Moisés, desde a infância,
transformou-se em paternidade espiritual, através da qual ele transmitia paz e
confiança em Deus, elevando o espírito daqueles que o procuravam.
Milagre e intercessão
O milagre
que levou à sua beatificação envolveu a cura milagrosa de uma mulher grávida,
Rosa María Ramírez Mendoza, que, após um diagnóstico de uma grave anomalia
fetal, decidiu confiar sua situação ao então venerável padre Moisés. Com fé,
rezou por nove dias consecutivos pedindo sua intercessão. Surpreendentemente,
em um exame posterior, a anomalia havia desaparecido e o bebê nasceu saudável.
Fonte:
Vatican News
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Paulo,
apóstolo e mestre da Torá
O novo
livro do padre Germano Lori e padre Francesco Giosuè Voltaggio, publicado pelas
edições Paulinas, destaca a importância da educação judaica do Apóstolo Paulo,
missionário que, com zelo, percorreu, incansavelmente, o coração do Império
Romano para anunciar o mistério pascal de Cristo. No prefácio, o cardeal
Pizzaballa afirma: “A figura de Paulo emerge com toda a sua riqueza”.
Débora
Donnini – Cidade do Vaticano
Uma
imersão na vida, nos escritos e no pensamento do Apóstolo dos Gentios é
proposta no livro “Paulo, apóstolo e mestre da Torá completa”.
O prefácio, assinado por Sua Beatitude, Cardeal Pierbattista Pizzaballa,
Patriarca de Jerusalém dos Latinos, recorda a importância da tradução
“ex-novo”, que os dois autores fizeram das fontes extra bíblicas, jurídicas e
patrísticas; expressa também a esperança de que “a obra encontre a devida difusão
no campo dos estudos da exegese bíblica”. O Cardeal escreve ainda: “Uma das
características peculiares da obra é estar profundamente ancorada nas
Escrituras e em constante diálogo com elas”.
Novidades
A grande
obra, com mais de 500 páginas, foi elaborada por dois sacerdotes italianos,
Padre Germano Lori e Padre Francesco Giosuè Voltaggio, ambos “fidei donum” do
Patriarcado Latino de Jerusalém. Durante anos, os sacerdotes estiveram
comprometidos, não apenas no estudo científico da pesquisa bíblica, mas também
dedicando as suas vidas ao anúncio do Evangelho na Terra Santa. Juntos,
decidiram criar uma obra, que pretendia ser inovadora, sob diversos pontos de
vista, dirigida não apenas para o setor acadêmico, mas para quem quisesse
descobrir, plenamente, o alcance de São Paulo para a fé e o pensamento cristão.
Os autores começam sua obra ressaltando a matriz cultural do Apóstolo: formação
religiosa judaica, educação helenística e cidadania romana.
Em
entrevista à Rádio Vaticano – Vatican News, Padre Francesco Giosuè Voltaggio
fala, antes de tudo, da formação de Paulo no contexto judaico, “iniciada não só
nas Escrituras, mas também na tradição oral de Israel, na releitura das
Escrituras, cuja tradição oral, à luz da sua realização última, desemboca na
novidade do Messias”. Daí, nasce o título do livro: “Paulo, apóstolo e mestre
da Torá completa”.
O
primeiro aspecto, sobre o qual os autores insistem, portanto, é precisamente o
“judaísmo” de São Paulo, “nem sempre valorizado suficientemente”, como observa
Padre Voltaggio, que acrescenta: “Em segundo lugar, fizemos uma revisão da
cronologia da vida de Paulo, com base particular no possível resultado do seu
julgamento, estudando em profundidade, sobretudo, o sistema jurídico do Império
Romano, que propõe também a sua possível libertação da prisão, no ano 62,
segundo as decisões jurídicas romanas daquela época".
Enfim, o
sacerdote explica: “Em relação à questão da autenticidade das Cartas
“Deuteropaulinas” (Efésios, Colossenses, I Tessalonicenses) e das Cartas pastorais
(I e II Timóteo e Tito), tentamos rever, criticamente, as posições consolidadas
na exegese de hoje, ao longo dos tempos".
Conversão
Os
autores dedicam espaço particular à conversão de Saulo, que, neste sentido, foi
relevante o martírio de Estêvão, como explica ainda Padre Francesco Voltaggio:
“Certamente, a aparição de Cristo a São Paulo foi uma manifestação
sobrenatural, mas, sua conversão, de alguma maneia, dependeu de um processo por
etapas. Achamos que uma das etapas fundamentais foi, como os Atos dos Apóstolos
narram no capítulo sétimo, o fato de Paulo não ter sido apenas testemunha
ocular do martírio de Santo Estêvão, mas ter aprovado seu assassinato. Ao ver
como Estêvão perdoou seus inimigos, o amor de um homem pelos seus inimigos ou
por aqueles que o matavam, certamente causou uma marca profunda na psicologia
de Paulo, como também de modo implícito em alguns de seus escritos, mas,
naturalmente, a sua conversão verdadeira e própria". Aqui, Padre
Voltaggio, acrescenta: “Na tradição judaica, encontramos um lindo texto, que
diz: 'Quem foi o maior herói de todos?' Alguns dizem: 'Aquele que consegue
converter seu inimigo em amigo'."
Além das
suas origens judaicas, a formação na cultura helenística e a cidadania romana
foram fundamentais na vida de São Paulo. O apóstolo, judeu da diáspora, de
língua e cultura gregas, foi educado também em Tarso, um centro famoso, também
no que diz respeito à cultura, em particular, à retórica e filosofia
helenísticas, uma importante escola de filosofia estoica. Tudo isso emerge em
seus escritos.
O nome de
Paulo era Saulo, em hebraico (שאול, Shaʾul), como recorda ainda Padre
Voltaggio: “Paulo era cidadão romano, tanto é verdade que, muitas vezes, se
apresentava com o nome latino ‘Paulus’ ou com o grego Pàulos (Παῦλος). Ele
sabia confrontar-se com o mundo helenístico, com o mundo romano e com os
procuradores Romanos; reivindicava seus direitos como cidadão romano, como
também se nota em seus escritos, encarava a autoridade civil, inclusive a de
Roma, como uma realidade desejada por Deus para o bem dos homens. De fato, Roma
representava o ponto alto do seu projeto de evangelização, tanto que,
precisamente, na Caput mundi, morreu como mártir".
Evangelização
No volume
dos dois sacerdotes italianos, podem ser reconstituídas as viagens de Paulo, a
obra de evangelização, a relação com as primeiras comunidades cristãs e com
Pedro. Certamente, este foi um testemunho importante para os dias de hoje, como
observa o autor do volume: “Paolo nunca agia sozinho. Antes de tudo, embora
fosse depositário de uma revelação extraordinária de Jesus Cristo, o apóstolo
foi apresentado por Ananias e por uma comunidade. Com o apoio de Barnabé,
começou a fazer parte da primeira comunidade cristã de Antioquia, que o envia
em missão; mantinha contato direto com a tradição apostólica e com os primeiros
Pilares da Igreja, apesar de algumas tensões com Pedro, que sempre chamava
Cefas, tinha grande respeito por ele e com ele mantinha profunda comunhão e
unidade”.
Ainda
segundo o autor do volume, “Paulo transmitia o que recebia, trabalhava em
equipe e, em particular, colaborava com famílias missionárias, como Áquila e
Priscila, e com mulheres, que mantinham um papel importante, como Lídia, nos
Atos dos Apóstolos, mas sempre foi membro ativo na comunidade evangelizadora.
Logo, ele nunca evangelizava sozinho, mas com a força impetuosa da
primeiríssima comunidade. Em Paulo emerge, claramente, a instituição e o
carisma coessenciais na Igreja”.
Segundo
suas Cartas às primeiras comunidades cristãs, espalhadas por todo o Império
Romano, nota-se que Paulo teve que enfrentar diversos problemas, como explica o
Padre Voltaggio: “Os problemas enfrentados pelas primeiras comunidades eram
inúmeros e isso deveria servir de grande esperança para a Igreja de hoje. As
primeiras comunidades eram atacadas em várias frentes, por exemplo, a forte
religiosidade pagã, muitas vezes, era ligada ao poder ou à forte identidade
judaica. Mas, o que mais fez Paolo sofrer, desde os primeiros momentos, foram
as tribulações no âmbito das primeiras comunidades; os falsos apóstolos, que
tentavam desviar as comunidades da radicalidade e da genuinidade do Querigma,
do anúncio totalmente centrado na gratuidade do amor de Deus, em Cristo. Essas
grandes perseguições afetaram as primeiras comunidades, que, mais tarde,
receberam uma força enorme”.
Cartas Paulinas
No
volume, os autores italianos abordaram também a questão da discussão entre exegetas
sobre a distinção das Cartas de São Paulo entre as Cartas “protopaulinas”,
consideradas autênticas (Romanos, I e II Coríntios, Gálatas, Filipenses, I
Tessalonicenses e Filêmon); as Cartas “Deuteropaulinas”, cuja autenticidade é
discutida (Efésios e Colossenses), e as “Pastorais”, cuja autenticidade é,
geralmente, considerada mais improvável (I e II Timóteo e Tito). Neste sentido,
os autores sugerem um olhar diferente para aprofundar o debate: “Achamos que
tais datações podem ser revistas criticamente, porque não dispomos de detalhes
suficientes para datar, com exatidão, as Cartas Paulinas, exceto alguns casos
raros. No caso das Cartas “Deuteropaolinas” e “Pastorais”, fizemos uma revisão
de todos os dados. Sem entrar em detalhes – porque seria muito longo e são
muitas as variações de uma Carta para a outra – jamais devemos esquecer que
Paulo não escreveu todas as Epístolas de próprio punho. Muitas vezes, ele as
ditou a algum secretário ou escriba, entre seus colaboradores. Tanto é verdade
que na Carta aos Romanos lê-se: ‘Também eu, o Terceiro que escrevi a Carta, os
saúdo no Senhor’. Isso pode explicar as várias diferenças de estilos ou
conteúdos, porque a contribuição do escriba ou do editor também poderia ter
sido bastante substancial, obviamente, sem prejudicar a íntima ligação com
Paulo”.
Enfim, um
dos autores do volume, Padre Voltaggio, sintetiza sua entrevista, dizendo:
“Gostaríamos de rever todas estas datações e, sobretudo, a questão da sua
autenticidade, à luz de dados certos, quanto possível. Seguimos esta linha,
obviamente, com liberdade crítica e honestidade científica".
Graças, Fé, Querigma
Foram
vários os temas da teologia paulina abordados no livro. Os autores recordam,
por exemplo, que Paulo não apresenta a oposição entre fé e Lei, mas sim entre
justificação pela fé e justificação através da Lei. Para entendermos isso,
temos que voltar à etimologia, diz Padre Voltaggio: “Em hebraico, a lei se
chama ‘Torá’, depois, foi traduzida para o grego como ‘Nomos’ e para o
latim com ‘Lex’. Esta tradução, talvez, é a única possível, porém não expressa
toda a riqueza semântica, ou seja, o significado do termo Torá significa
ensino. Na Torá, que, antes de tudo, é o Pentateuco - os primeiros
cinco livros da Bíblia - não há prescrições legais, primariamente, mas a
história de salvação realizada por Deus”.
Para
entender a teologia de Paulo, devemos referir-nos à sua formação Judaica, o
autor explica: “Os judeus afirmam que a Lei é uma ‘graça’. Logo, por um lado,
Paulo não podia se opor à Lei, ou seja, à Torá, e, por outro, à fé,
porque a Torá foi dada por Deus e o próprio Cristo diz que não
veio para abolir a Torá, mas para dar-lhe pleno cumprimento”.
Enfim,
para o Padre Voltaggio, isso significa que Paulo se opõe, antes de tudo, à
justificação pela Lei e à justificação pela fé: “Paulo está ciente de que o
homem não tem toda a capacidade de cumprir a Lei, apenas com suas forças. Por
isso, ele precisa de Cristo, que é o único Justo, que nos dá a Lei realizada no
seu Espírito. Por conseguinte, a fé Nele e a Graça que nos permitem realizar as
obras da Lei e, depois, as obras da fé, porque as obras são importantes para
Paulo, são frutos da Graça, da aceitação do Querigma e da fé em Cristo”.
Para
compreender, plenamente, a missão de Paulo de Tarso, é fundamental também
recordar a importância do anúncio do Querigma, a Boa Nova da morte e
ressurreição de Cristo. É precisamente este aspecto, que mais impressiona o
coautor do livro, como conclui o Padre Voltaggio: “Paulo não perdia tempo em
muitas discussões, mas era um grande missionário itinerante e cheio de zelo;
sua ação 'motora' era levar o Querigma, isto é, o tesouro do mistério Pascal de
Cristo, que ele experimentou em sua vida. Acho que é isso que o mundo espera de
nós”. Fonte:
Vatican News
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Atas
da Conferência “Mulheres na Igreja. Artífices do ser humano"
A
documentação, reunida em um volume, pode ser baixada, gratuitamente, no site da
Livraria Editora Vaticana (LEV).
Vatican
News
A
Livraria Editora Vaticana (LEV) publicou o volume intitulado “Dez mulheres
santas: artífices do der humano”, que reúne as intervenções da segunda
Conferência interuniversitária internacional, que se realizou em Roma, nos dias
7 e 8 de março de 2024, na Pontifícia Universidade da Santa Cruz. O livro está
disponível, desde o dia 13 de setembro, no site da LEV e pode ser baixado ou
distribuído gratuitamente.
Os dois
dias de reflexão fazem parte do projeto “Mulheres na Igreja: artífices do ser
humano”, promovido por diversas instituições acadêmicas: Universidade Católica
de Ávila (UCAV), Pontifícia Universidade Urbaniana, Pontifícia Universidade da
Santa Cruz, Pontifícia Universidade Regina Apostolorum e Pontifícia Faculdade
Teológica Teresianum de Roma, sob o patrocínio de cinco Dicastérios da Cúria
Romana, entre os quais o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, e seis
Embaixadas junto à Santa Sé.
Uma contribuição para o caminho sinodal
O
projeto, lançado em 2022, com a primeira Conferência intitulada “Mulheres
Doutoras da Igreja e Padroeiras da Europa”, tem o objetivo de oferecer uma
contribuição para a reflexão teológico-pastoral sobre as mulheres na Igreja, a partir
dos testemunhos de mulheres santas. Em particular, insere-se no atual caminho
sinodal para destacar o papel das mulheres como discípulas de Cristo segundo
o exemplo de Maria. No início do seu pontificado, o Papa Francisco frisou:
“O papel da mulher na Igreja é, precisamente, o ícone de Maria, que ajuda a
Igreja a crescer!” (Cf. Francisco, coletiva de imprensa durante o voo de
retorno da Viagem apostólica ao Rio de Janeiro, por ocasião da XXVIII Jornada
Mundial da Juventude, 28 de julho de 2013). E exatamente sob o exemplo de
Maria, que desempenhou a sua missão ao lado de José, seu esposo, o projeto
sobre a mulher “artífice do ser humano”, quis promover o carisma e o papel da
mulher na Igreja e no mundo, sob a ótica da corresponsabilidade e complementaridade
entre feminino e masculino.
“Gênio feminino” em épocas e culturas diferentes
O volume
“Dez mulheres santas: artífices do ser do humano” aprofunda o tema da
santidade de dez mulheres, como recordou o Papa Francisco, durante a audiência
aos participantes da Conferência: “Em épocas e culturas diferentes, com estilos
próprios e diferentes, com iniciativas de caridade, educação e oração,
demonstraram que o 'gênio feminino' é capaz de refletir, de uma forma única, a
santidade de Deus no mundo”.
A
publicação deste volume pode ser um instrumento útil na pastoral universitária,
mas também na pastoral diocesana e paroquial, para promover a “pastoral de
santidade”. Tal pastoral oferece exemplos de santidade aos jovens, “sobretudo,
às mulheres, a fim de encorajá-los a elevar seu olhar, ampliar seus horizontes
de sonhos e modos de pensar, com o intuito de se preparar para seguir ideais
elevados. Desta maneira, a sua formação terá ainda mais a capacidade de atingir
cada pessoa na sua integralidade e singularidade” (Cf. Francisco, Discurso
aos participantes da Conferência Interuniversitária Internacional, Sala
Clementina, Vaticano, 7 de março de 2024).
Fonte:
Vatican News
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Aspectos
éticos e antropológicos da Inteligência Artificial
No
Dicionário da Doutrina Social da Igreja, Markus Krienke se detém sobre as novas
tecnologias, recordando a importância de promover a cultura do cuidado, porque
a esperança se funda nas relações com os outros.
Markus
Krienke*
Quando o ser humano se apropria da esperança,
nascem modelos sociais utópicos: enquanto a Doutrina Social da Igreja, com
a Rerum novarum, se dirige contra a transformação da esperança em
projeto político, hoje, defende a pessoa e a sua dignidade contra as promessas
do movimento do transumanismo. Tais promessas devem ser analisadas, não como
visões do futuro, mas como já estão se realizando em concomitância com a
“transformação tecnológica (digital) da sociedade”. Assim, não poderíamos
correr o risco de substituir a pessoa humana, ponto de referência único e final
do conhecimento e decisões morais, por mecanismos poderosos, capazes de enfrentar
situações complexas com mais eficiência? O fato de identificar o potencial da
esperança com a eficiência não respeita “os limites específicos da natureza
humana” (Bento XVI, Spe salvi, 2007); desta forma, a
transformação digital coloca um desafio específico à Doutrina Social de propor
os princípios adequados, propondo à sociedade, tecnologicamente transformada,
“uma ética de liberdade, responsabilidade e fraternidade, capaz de promover o
pleno desenvolvimento das pessoas, em relação com os outros e com a criação”
(Francisco, O bem comum na era digital, 2019).
Populismos, capitalismo de vigilância, cultura da
extinção e muitos outros fenômenos são, certamente, formas “eficientes” de
gerenciar a liberdade das sociedades modernas tardias, mas removem a pessoa do
centro da sua responsabilidade civil. Assim, fortalecem-se as tendências
sociais, que dissolvem as relações sociais no “enxame”, em que cada indivíduo
não se refere mais ao “mundo” e ao “outro”, mas, apenas se espelha, através do
uso das novas tecnologias, de modo narcisista. Diante deste desafio, a Doutrina
Social da Igreja não se limita em formular princípios éticos (Rome Call for
AI Ethics, 2020), mas promove, na sociedade digital, uma cultura para
cuidar e acolher a pessoa: de fato, a esperança se baseia apenas na relação
incondicional com o outro.
* Professor de Doutrina Social da Igreja junto
à Faculdade de Teologia de Lugano e Milão.
Fonte:
Vatican News
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Do dia 14/9/2024
Falecimento
- frei Carlos Albino Zagonel, frade capuchinho
Nota de pesar: frei Carlos Albino
Zagonel, frade capuchinho
Dom José Gislon, OFMCap.
Por Mercê de Deus e da Santa Sé
Apostólica
Bispo Diocesano de Caxias do Sul
A Diocese de Caxias do Sul, em sinal de
solidariedade com a Ordem dos Frades Menores Capuchinhos da Província Sagrado
Coração de Jesus, e com os familiares, manifesta seu pesar pelo falecimento do
frei Carlos Albino Zagonel, aos 90 anos, ocorrido no amanhecer deste sábado, 14
de setembro de 2024.
Natural de Daltro Filho (Imigrante),
Diocese de Caxias do Sul, professou os votos em 27 de janeiro de 1954. Estudou
filosofia em Ijuí e Marau e Teologia em Porto Alegre entre 1958 e 1961. Estudou
na Universidade Gregoriana, em Roma e obteve o grau de livre docência na
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul em 1975, seguido de
doutorado, também da PUCRS, em 1975, com a tese “Igreja e Imigração Italiana”.
As atividades acadêmicas se estenderam por muitos anos na PUCRS e Unisinos.
Frei Carlos prestou grande serviço à
Província do Rio Grande do Sul, sendo eleito conselheiro provincial em 1969;
eleito delegado para o Capítulo Geral de 1976, eleito ministro provincial em
1978 e reeleito no Capítulo Provincial de 1981. Paralelamente aos encargos na
Província, sempre manteve ligação com o mundo acadêmico, tanto no Rio Grande do
Sul, quanto no Brasil Oeste.
A partir de 1988 transfere-se para
Cuiabá, dedicando-se à pastoral e ao ensino. Em 1989 foi eleito coordenador da
então Frente Missionária. Em 1993, com a ereção canônica da Custódia é nomeado
Custódio e reeleito duas vezes para o cargo até 1999. Seguiu com dedicação ao
magistério e à pastoral até 2010. A partir de 2011 seguiu exercendo vários
cargos (secretário da Custódia, vice-mestre e atividades pastorais, em Cuiabá,
até 2016).
Entre 2017 e 2023, esteve em Tangará da
Serra, MT, como vigário paroquial. Somente neste ano de 2024 é que retornou a
Cuiabá para cuidados de saúde e veio a Caxias do Sul para a Casa de Saúde São
Pio, onde faleceu.
Como Igreja, nos unimos em prece para
que o Senhor receba em sua glória este nosso irmão, que buscou viver o carisma
de São Francisco e de Santa Clara. Que, na eternidade, possa encontrar a
felicidade, a luz e a paz.
Descanse em paz. Amém.
Dom José Gislon, OFMCap.
Bispo Diocesano de Caxias do Sul
Fonte: Diocese de Caxias do Sul
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Francisco
aos Teatinos: somos pedras vivas da Igreja
“Quinhentos
anos atrás, seus fundadores não consagraram suas vidas a um canteiro de obras
de tijolos e mármore, mas de pedras vivas, à Igreja com “I” maiúsculo, a esposa
de Cristo, o povo de Deus e o corpo místico do Senhor”. Palavras do Papa neste
sábado, 14/09, durante o encontro na Basílica de São Pedro com os peregrinos da
Ordem dos Clérigos Regulares Teatinos por ocasião dos 500 anos de fundação.
Vatican
News
Ao serem
recebidos na Basílica de São Pedro, neste sábado, 14 de setembro, por ocasião
dos 500 anos de fundação, os peregrinos da Ordem dos Clérigos Regulares
Teatinos ouviram as palavras de Francisco recordando o dia em que São Caetano
Thiene, o fundador, celebrou a sua profissão solene no mesmo local. Na ocasião,
disse o Papa, não era um edifício perfeito e completo, como vemos hoje, mas
praticamente em um grande “canteiro de obras”, era o dia 14 de setembro de
1524. Explicando em seguida:
“É uma
imagem que nos ajuda a refletir sobre a necessidade de, para permanecermos
fiéis à nossa missão, embarcarmos em corajosos caminhos de renovação,
permanecendo consolidados no antigo, sim, mas ao mesmo tempo dispostos a
demolir o que não é mais necessário para construir algo novo, dóceis ao
Espírito e confiantes na Providência”.
Uma casa acolhedora não é construída sozinha
As
palavras de Francisco se baseavam nas intenções de renovação, comunhão e serviço,
seguindo o exemplo de São Caetano. Quanto à comunhão, sempre se
inspirando na Basílica recordou as muitas pessoas que trabalharam na construção
de São Pedro: “artistas famosos, artesãos habilidosos e uma multidão de
operários e trabalhadores. E completou:
“Esse
também é um sinal importante: uma casa acolhedora não é construída sozinha, mas
em conjunto, em comunidade, valorizando a contribuição de todos.”
Servir e dar a vida
Por fim o
Papa recordou a direção do serviço. Destacando que “as boas
intenções permanecem estéreis se não nos colocarmos concretamente a serviço uns
dos outros, com humildade, boa vontade e espírito de sacrifício”. Lembrando que
São Caetano “promoveu muitas obras de caridade, algumas das quais ainda hoje
estão vivas, mas antes de tudo, Jesus nos ensinou isso, pois não veio para ser
servido, mas para servir e dar a sua vida”.
O edifício é um símbolo, a realidade somos nós
“Queridos
irmãos e irmãs”, concluiu o Papa, “vejamos como essa Basílica é bonita. Mas
depois olhemos uns para os outros e nos lembremos de que o edifício em que
estamos é um símbolo: a realidade somos nós. Quinhentos anos atrás, seus
fundadores não consagraram suas vidas a um canteiro de obras de tijolos e
mármore, mas de pedras vivas, à Igreja com “I” maiúsculo, a esposa de Cristo, o
povo de Deus e o corpo místico do Senhor”. Afirmando em seguida, “por ela, cada
um deles se dedicou até o fim, dando vida a uma obra que, após séculos de
fidelidade, é confiada a vocês hoje”.
Uma imagem histórica
Em
comemoração ao 500º aniversário da fundação dos Teatinos, no dia 28 de agosto,
uma grande estátua de São Caetano de Thiene foi levada da igreja paroquial de
Ħamrun, em Malta, para a Basílica de Sant'Andrea della Valle, em Roma. Na
quinta-feira, 12 de setembro, a escultura chegou à Basílica de São Pedro, em
uma solene procissão, sendo colocada à esquerda do Altar da Confissão.
A
estátua, feita de papel machê pelo escultor maltês Carlo Darmanin, foi
concluída em 1885 e retrata uma visão mística de 1517, onde a Virgem Maria
entrega o Menino Jesus nas mãos de São Caetano. Pela primeira vez em quase 140
anos, a obra deixou Malta, onde o santo é amplamente venerado. Hoje, a estátua
retornará à Basílica de Sant'Andrea della Valle e, em 30 de setembro, será levada
de volta para Ħamrun.
Fonte:
Vatican News – na imagem, escultura
exposta no balcão da basílica de São Pedro
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Dom
Schröder, novo abade primaz dos Beneditinos: construir pontes para a paz
Jeremias
Schröder, alemão, 59 anos, monge há 40, foi eleito pelos abades beneditinos de
todo o mundo reunidos em Roma.
Vatican
News
Hoje, 14
de setembro, foi eleito o novo abade primaz da Confederação Beneditina: é o
alemão Jeremias Schröder, que completará 60 anos em dezembro, e até agora era
abade presidente da Congregação de Sankt Ottilien, na Baviera. A eleição
ocorreu durante o Congresso dos Abades, que está sendo realizado na Abadia
Primacial de Sant'Anselmo, no monte Aventino em Roma. Estavam presentes mais de
200 abades beneditinos de todo o mundo.
Dom
Schröder, monge beneditino há 40 anos, sucede ao norte-americano Gregory Polan.
Estudou filosofia, teologia, história e arquivística no Pontifício Ateneo
Sant’Anselmo e na St. Benet's Hall de Oxford, e atuou como visitador em cerca
de sessenta mosteiros, inclusive não beneditinos.
Em um
comentário à mídia vaticana, coletado por Roberto Cetera imediatamente após a
eleição, o novo abade primaz afirmou:
“O mundo
está em chamas neste momento. Temos aqui a testemunha de abades que vêm de
países em guerra, da Ucrânia, da Terra Santa. Na próxima semana, durante este
Congresso, nós abades tentaremos refletir juntos sobre como podemos realizar o
lema da nossa ordem, que é ‘Pax’, paz. Refletiremos sobre como podemos
contribuir realmente para a paz através do trabalho de nossas comunidades,
através do testemunho, através da construção de pontes entre as culturas. O
Oriente e o Ocidente estão se separando. Os beneditinos têm a antiga missão de
manter relação com as Igrejas orientais. Há algo em que realmente podemos
contribuir e trabalharemos nisso.”
O Papa
Francisco, ao encontrar os monges da Confederação Beneditina em 19 de abril de
2018, expressou sua “consideração e reconhecimento pelo relevante contributo
que os Beneditinos têm dado à vida da Igreja, em cada parte do mundo, por quase
mil e quinhentos anos”, vivendo o lema: Ora et labora et lege. Oração,
trabalho, estudo:
“Nesta
época, em que as pessoas estão tão ocupadas que não têm tempo suficiente para
ouvir a voz de Deus, os seus mosteiros e conventos se tornam como oásis, onde
homens e mulheres de todas as idades, origens, culturas e religiões podem
descobrir a beleza do silêncio e reencontrar a si mesmos, em harmonia com a
criação, permitindo a Deus restabelecer uma ordem justa em suas vidas. O
carisma beneditino da acolhida é extremamente precioso para a nova
evangelização, pois oferece a oportunidade de receber Cristo em cada pessoa que
chega, ajudando aqueles que buscam a Deus a receber os dons espirituais que Ele
tem reservado para cada um de nós.”
A
Confederação Beneditina é formada pelas Congregações e mosteiros beneditinos da
Igreja Católica. Foi fundada em 1893 pelo Papa Leão XIII com a bula
"Summum Semper". Hoje, os monges beneditinos no mundo são cerca de
7500, e as monjas beneditinas cerca de 13 mil.
Fonte:
Vatican News
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Dom
Gorgônio celebra os 500 anos da Ordem dos Teatinos com o Papa Francisco
O bispo
de Itapetininga (SP), dom Gorgônio Alves, participou das celebrações dos 500
anos da Ordem dos Teatinos com o Papa Francisco, que destacou os temas de
reforma, comunhão e serviço. Em entrevista à Rádio Vaticano/Vatican News, o
prelado ressaltou a importância da confiança na Providência Divina e a
continuidade do carisma de São Caetano.
Thulio
Fonseca - Vatican News
Neste sábado, 14 de setembro, o Papa Francisco
recebeu membros da Ordem dos Clérigos Regulares Teatinos na Basílica de São
Pedro, no Vaticano, para celebrar os 500 anos de fundação da Ordem. Dom
Gorgônio Alves da Encarnação Neto, primeiro bispo Diocesano de Itapetininga e
único bispo da Ordem Teatina, esteve presente no encontro, destacando a
importância do momento histórico para a Ordem e para toda a Igreja.
Um momento especial com o Santo
Padre
Dom Gorgônio ressaltou a alegria de participar do
evento junto ao Papa Francisco, mesmo após o pontífice retornar de uma longa
viagem apostólica à Oceania. "Ele nos acolheu com muito amor e carinho,
incentivando-nos a continuar o carisma de São Caetano", comentou o bispo.
Durante o discurso, o Papa Francisco apresentou três pontos de reflexão
baseados na experiência de São Caetano: reforma, comunhão e serviço.
Francisco aos Teatinos: somos pedras vivas da Igreja
O primeiro ponto destacado pelo Papa foi a reforma.
Segundo Dom Gorgônio, o Papa Francisco sublinhou a necessidade de a Igreja
estar em constante evolução e renovação, em linha com a máxima de São Caetano:
"Quem deseja reformar, deve primeiro reformar-se". A Igreja, assim
como a Ordem, está sempre em um processo de construção contínua.
O segundo ponto abordado foi a comunhão. O Papa
enfatizou a importância da fraternidade dentro da vida religiosa e com o povo,
ressaltando a necessidade de uma fraternidade viva e atuante. "Nosso povo
precisa muito de acolhimento, carinho e ternura", enfatizou o prelado. Por
fim, o Papa destacou o serviço, lembrando que Jesus veio para servir, não para
ser servido. A consagração dos religiosos, segundo o pontífice, deve ser uma
vida dedicada ao serviço com disponibilidade, alegria e determinação. Dom
Gorgônio frisou a importância de viver essa dimensão pastoral com empenho nas
diversas atividades da Ordem.
A profissão de fé e a cruz de
Cristo
Durante o encontro, o Papa Francisco também
recordou que São Caetano fez sua profissão de fé na Basílica de São Pedro, no
dia da Festa da Santa Cruz, 14 de setembro de 1524. Dom Gorgônio destacou a
importância dessa data e a conexão profunda da Ordem com a cruz de Cristo.
"Abraçar a cruz é fazer da vida um dom de amor e entrega", comentou,
ressaltando o sentido de sacrifício e dedicação na vida cristã.
O legado de 500 anos e os
desafios atuais
Ao refletir sobre os 500 anos de história da Ordem,
dom Gorgônio falou sobre o legado de confiança na Providência, amor à Igreja e
paixão pelo serviço aos mais necessitados. "Temos um legado muito grande,
mas não podemos viver apenas do passado", afirmou o bispo, referindo-se
aos desafios enfrentados pela Ordem ao longo dos séculos.
O bispo de Itapetininga também mencionou a
intervenção de São Pio X, que, em 1910, uniu os poucos membros remanescentes da
Ordem a uma nova congregação, ajudando a Ordem a renascer e continuar sua
missão. Ele destacou que, após o Concílio Vaticano II, as constituições da
Ordem foram renovadas para atender às demandas da Igreja moderna, respeitando
as culturas locais onde os teatinos atuam.
Confiar na Providência e servir
com amor
Dom Gorgônio concluiu a entrevista reiterando a
mensagem de São Caetano, o santo da Providência. O prelado destacou a
importância de confiar na Providência Divina e trabalhar com empenho e alegria.
"Devemos servir com amor e buscar, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a
sua justiça", disse o bispo. Para ele, a missão da Ordem continua
relevante e necessária nos dias de hoje, e o Papa Francisco incentivou todos a
continuarem essa caminhada com fé e determinação.
Fonte:
Vatican News
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Universidade
de Belém: deixem aceso um farol de esperança
Representantes
da única universidade católica da Terra Santa se reuniram em Roma com os
embaixadores junto à Santa Sé para informá-los sobre a situação da
universidade, um ponto de referência multicultural e acadêmico da região. Desde
o início da guerra seus 3.400 estudantes matriculados têm encontrado
dificuldades cada vez maiores para chegar ao campus.
Vatican
News
“A Universidade de Belém é mais do que uma
universidade. É um farol de esperança para o povo palestino e para pessoas de
todas as religiões do mundo que se preocupam com a Terra Santa e seu povo.
Forma os futuros líderes que desempenharão um papel vital na reconstrução de
suas comunidades e na promoção da paz no Oriente Médio”. São palavras do Irmão
Jack Curran, do Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs, vice-reitor de
desenvolvimento da universidade, durante uma reunião realizada na quinta-feira
(12) em Roma entre representantes da única universidade católica da Palestina e
embaixadores junto à Santa Sé, com foco na dramática realidade dos estudantes e
seus desafios, que aumentaram significativamente depois o início da crise.
Um refúgio seguro no conflito
Fundada em 1973 pelo Vaticano e pelo Instituto dos
Irmãos das Escolas Cristãs em resposta ao pedido do povo palestino, nestes
tempos de guerra e instabilidade, a Universidade de Belém - lê-se em um
comunicado para o evento - “continua a fornecer uma linha de vida educacional
para os estudantes e suas famílias”. A Universidade de Belém conta com 3.400
alunos matriculados e durante este difícil ano entraram 800 novos alunos. Cerca
de metade, diz o irmão Curran, vive na insegurança para chegar ao campus, e isso
se aplica tanto aos que chegam de Hebron, cercados por postos de controle e
assentamentos, quanto aos que chegam de Jerusalém, conectada a Belém por dois
acessos periodicamente fechados. De fato, continua o Irmão, “para muitos a
universidade não é apenas um local de crescimento acadêmico, mas também um
refúgio seguro do conflito que os circunda. Graças ao seu compromisso constante
com a busca da verdade, com o progresso da justiça social e com a promoção da
paz e da compreensão”.
Um incentivo para compartilhar
A Universidade de Belém continua sendo um pilar de
força e resiliência para os estudantes palestinos nestes tempos turbulentos”,
reiterou o Ir. Armin Luistro, Superior Geral dos Irmãos das Escolas Cristãs, “e
há uma necessidade urgente de contribuir para fortalecer a sua história e
apoiar o seu percurso”. O encontro de Roma destacou a necessidade de aumentar a
conscientização e o apoio em nível global à Universidade de Belém, não apenas
como uma instituição de ensino superior, mas também como uma força de paz e
progresso em uma região marcada pelo conflito. Os embaixadores foram
incentivados a compartilhar a história da universidade em suas redes
internacionais, a fim de intensificar seu impacto sobre os estudantes
palestinos e a comunidade global.
Imaginar um futuro de paz
“A educação é sempre uma ferramenta fundamental
para a esperança e a mudança e, mais ainda em tempos de guerra, a Universidade
de Belém oferece aos estudantes palestinos a oportunidade de imaginar e
construir um futuro de paz, apesar da ocupação e da violência que sofrem”,
sublinhou o Irmão Hector Hernan Santos Gonzalez, reitor da Universidade de
Belém. Localizada no coração de Belém, a apenas 500 metros do Templo da
Natividade, o instituto conta com um corpo de estudantes diversificado de
cristãos e muçulmanos, lê-se no comunicado, “e oferece uma ampla gama de
programas acadêmicos que promovem a paz, o diálogo e o desenvolvimento da
comunidade, preparando os alunos para exercer várias profissões com
competência, confiança e caráter”.
Fonte:
Vatican News
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APAC:
o método brasileiro que revoluciona a reabilitação dos detentos
Em 1972,
nasce a experiência Apac, associação para a proteção e assistência aos criminosos
condenados. No Brasil, presos em “reabilitação”.
Vatican
News
“Do amor não se escapa”: eis o segredo das Apac,
instituições penais brasileiras, mais parecidas com comunidades do que com
prisões, nas quais se aplica um método de reabilitação da pessoa, levada
totalmente em consideração, sem excluir a família e a sociedade. Dedicamo-nos
também à promoção da justiça reabilitativa e à ajuda às vítimas de crimes”: é o
que explica Dênio Marx Menezes, responsável das “Relações Internacionais da
Federação Brasileira das Apac”, que hoje conta 70 prisões “abertas”.
Em pouco mais de 50 anos, as Apac conseguiram
reduzir as reincidências para 13%, no caso dos homens, e 2% para as mulheres,
no grande país sul-americano, onde a taxa chega a 85%, em comparação com a
média internacional de 70%. A este respeito, Dênio Menezes observa: “O Brasil
tem a terceira maior população carcerária do mundo, com quase um milhão de
presos. Os principais problemas das instituições tradicionais são a
superlotação, a violência e a pertença às gangues... nesta situação não há
reabilitação para ninguém!”.
Por isso, em 1972, nasceu a Apac,
“Associação para a proteção e assistência aos criminosos condenados”. No
início, esta sigla significava: “Amando ao próximo, amarás a Cristo”.
Transcorriam os anos setenta, quando o advogado brasileiro, Mário Ottoboni, lançou
a ideia de uma prisão sem polícia, sem arame farpado e sem algemas. A primeira,
em caráter experimental, foi inaugurada numa região serrana de Minas Gerais.
Depois, na década de 1980, pela primeira vez, o Estado confiou aos gestores da
Apac todo um pavilhão de presos no presídio de São José dos Campos, em Humaitá,
no Amazonas. Assim, começou a história do “terceiro método de reabilitação” de
quem cometia crime, que ficava entre a prisão real e a comunidade de
reabilitação. Nas Apac, quando os reclusos entravam, eram chamados pelo nome,
pois a partir do nome e da sua identidade começava o resgate; a seguir, com a
sua própria autogestão, davam um passo fundamental, que os transformava de
prisioneiros ou detidos "por outros", em "reabilitação",
responsáveis por si mesmos. Enfim, eles não fugiam, porque ninguém foge de um
lugar onde se sente respeitado e amado.
“Nossa metodologia é simples – afirma Menezes -
porque consiste em tratar o preso como pessoa e não como animal na jaula;
tentamos implantar uma mudança de mentalidade, não apenas de comportamento, que
se torne mais duradoura. Trata-se de uma mudança do coração. Não devemos
esquecer que uma pessoa regenerada é uma arma a menos que circula livremente
nas ruas”!
“O método Apac – explica ainda o responsável das
Apac - abrange uma formação escolar e profissional, atendimento psicológico ou
especializado, no caso dos toxicômanos; leva em conta as relações entre os
reclusos e seus entes queridos, que os esperam lá fora, mas também o caminho
espiritual, o encontro com Deus e a oração. Mas, tudo isso nada adiantaria se
faltasse a confiança e amizade. Na prática, o que muda, em relação à prisão
tradicional, não é o objetivo, ou seja, a reabilitação pessoal, mas o modo de
alcançá-la”.
Hoje, a Apac é reconhecida pela ONU como uma
excelência no cenário mundial, como diz ainda Dênio Marx Menezes: “A Apac não
pertence só ao Brasil, mas é um serviço à humanidade, pois, além de reduzir a
reincidência, com seus custos sociais, reduz também os custos econômicos: instituir
uma Apac custa três vezes menos que construir uma nova estrutura carcerária; o
custo de uma reabilitação Apac, custa também três vezes menos que a manutenção
de um prisioneiro na prisão”.
Com o passar dos anos, a experiência da Apac se
espalhou pelo Chile, Argentina, Paraguai, Costa Rica, México e Colômbia. Cada
um dos Estado adaptou a estrutura e a metodologia ao seu próprio contexto
social, econômico e cultural. Além da América Latina, a Apac está presente na
Coreia do Sul, Alemanha e Portugal.
“Ultimamente, conclui Dênio Marx Menezes,
responsável das “Relações Internacionais da Federação Brasileira das Apac”,
iniciamos esta atividade também em três países africanos: Malawi, Quênia e
Ruanda. Na Itália, há cerca de vinte anos, a realidade da Apac inspira as
Comunidades que educam os presos, como a Comunidade João XXIII, que representa
um dos principais modelos de alternativas aos cárceres existentes no país.
Fonte:
Vatican News
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Papa assume
desejo de visitar a China
Francisco
anuncia passagem pelas Canárias, para abordar crise migratória
O
Papa assumiu hoje o desejo de visitar a China, falando no final de um périplo
por quatro países na Ásia e Pacífico, a maior viagem do pontificado.
“A
China para mim é um desejo, no sentido de que gostaria de visitar a China,
porque é um grande país: admiro a China, respeito a China. É um país com uma
cultura milenar, uma capacidade de diálogo, de compreensão mútua que ultrapassa
os diferentes sistemas de governo que teve”, referiu aos jornalistas que o
acompanharam no voo de regresso a Roma, desde Singapura, onde se rezou em
chinês, na Missa a que Francisco presidiu.
“Estou
feliz com o diálogo com a China, o resultado é bom, mesmo para a nomeação de
bispos estamos a trabalhar com boa vontade. E por isso ouvi a Secretaria de
Estado dizer como as coisas estão a correr: estou contente”, acrescentou.
O
Papa recordou que o seu enviado para a missão de paz na Ucrânia, o cardeal
Zuppi, esteve em Pequi, sublinhando que “a colaboração pode ser feita,
certamente em relação aos conflitos”.
“A
China é uma promessa e uma esperança para a Igreja”, indicou.
Questionando
sobre futuras viagens, Francisco anunciou que vai visitar as Ilhas Canárias, na
Espanha.
O
Atlântico continua a ser a rota migratória mais mortífera, tendo sido
registadas mais de 4800 mortes este ano, segundo estimativas das ONG.
“Há
lá as situações dos migrantes que vêm do mar, eu gostaria de estar perto dos
governantes e do povo das Ilhas Canárias”, referiu o Papa.
O
número de pequenas embarcações que chegam às ilhas espanholas aumentou em 126%,
até 15 de agosto, registando-se a chegada de 22 300 migrantes.
Questionado
sobre as eleições presidenciais na Venezuela, Francisco pediu aos governantes
que “dialoguem e façam a paz”.
“As
ditaduras não servem para nada e acabam mal, mais cedo ou mais tarde”,
advertiu, pedindo um “caminho de paz”.
O
Papa votou a dizer que uma viagem à Argentina, sua terra natal, “ainda não está
decidida”.
“Gostaria
de ir, é o meu povo, gostaria de ir, mas ainda não está decidido, porque há
várias coisas que têm de ser resolvidas primeiro”, concluiu.
O
Papa encerrou hoje em Singapura a viagem mais longa do seu pontificado,
iniciada a 2 de setembro, após passagens pela Indonésia, Papua-Nova Guiné e
Timor-Leste.
Fonte:
Agência Ecclesia
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Do dia 13/9/2024
Membros da Rede Eclesial Pan-Amazônica
(Repam-Brasil) são recebidos por presidência da CNBB, em Brasília (DF)
Membros da Rede Eclesial
Pan-Amazônica (Repam-Brasil), rede eclesial da Igreja Católica na Amazônia
Legal, estiveram reunidos nesta sexta-feira, 13, com a presidência da CNBB, em
sua sede, em Brasília (DF). O bispo de Roraima e presidente da Repam-Brasil,
dom Evaristo Pascoal Spengler, relatou que a reunião trouxe a oportunidade de
explicar aos membros da presidência da CNBB sobre a abrangência da Rede e o seu
planejamento para os próximos cinco anos.
“Importante é ressaltar que a Repam foi
fundada aqui na CNBB, então ela é um desdobramento da CNBB e ocupa-se de um
território que equivale a 61% do território brasileiro. Tem 58 circunscrições
eclesiásticas entre prelazias, dioceses e arquidioceses”, disse.
Dom Evaristo
contextualizou que a Rede tem por objetivo promover a vida, por meio do cuidado
dos povos, territórios e ecossistemas amazônicos, por meio de uma atuação
socioeclesial articulada em rede. Além disso, relatou à presidência da CNBB o
crescimento da Rede por todo o país, por meio da criação de comitês nas
dioceses, nos regionais ou articulações locais e regionais.
“Isso significa que nós
temos mais interlocutores e mais pessoas trabalhando no próprio território”,
disse. A proposta, segundo o presidente da Repam, é fazer um planejamento para
os próximos 5 anos, levando em conta a escuta de todos os territórios e suas
articulações.
“Com a CNBB queremos fazer um contato mais
periódico mostrando as iniciativas, com uma agenda comum e, quem sabe, poder
fazer um trabalho conjunto com os outros organismos da Igreja, que também tem
atuação na Amazônia, como a Conferência Eclesial para a Amazônia”, salientou.
Por fim, dom Evaristo
disse que convidou a presidência da CNBB a visitar periodicamente a Amazônia. “O Papa Francisco tem colocado a
Amazônia no centro. A Amazônia que está na periferia, ele trouxe para o centro,
e queremos cada vez mais continuar, então, buscando caminhos, conjuntos com a
Igreja do Brasil”.
COP 30
Irmã Maria Irene Lopes,
secretária executiva da Repam-Brasil, também participou da reunião e destacou o
triunfo que a Igreja na Amazônia tem de conseguir reunir membros para traçar
metas e, sobretudo, celebrar os momentos de alegria. Isso porque além dos 10 anos da Repam foi
celebrado também o 5º encontro da Igreja na Amazônia Legal, evento que reuniu
mais de 60 bispos, em agosto, em Manaus.
“Acredito que celebrar também esses dez
anos é poder celebrar toda essa história que a Igreja na Amazônia tem feito e
não só no Brasil mas também a nível pan-amazônico”, completou.
Outro processo no qual a
Repam está envolvida é na mobilização da Conferência das Partes, a COP 30,
evento climático liderado pela Organização das Nações Unidas (ONU), onde
governos, cientistas e membros da sociedade civil se reúnem para buscar soluções
para a crise climática e que, de forma inédita, em 2025, será realizada no
Brasil, em Belém, Pará.
“É um momento de muito trabalho, mas também
de muita esperança de preparação dos povos. A gente sabe que a COP é só
celebração e não vai valer tanto a pena se a gente não preparar os povos, não
preparar o território antes, e também pensar ações para depois”, disse irmã
Irene.
Por Larissa Carvalho
Fonte: CNBB
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Cristiane Murray fala sobre o trabalho da Sala de
Imprensa do Vaticano de relação e atendimento aos jornalistas
A brasileira, carioca e
vice-diretora da Sala de Imprensa do Vaticano, Cristiane Murray, falou, na
quinta-feira, 12 de setembro, aos participantes do 11º Seminário de Comunicação
Social sobre sua experiência no Vaticano, em duas conferências, uma sobre a
comunicação do Papa Francisco e seus desafios e Sala de Imprensa da Santa Sé:
uma comunicação assertiva e o relacionamento com os jornalistas.
O Seminário promovido
pela arquidiocese do Rio de Janeiro reúne, no Centro de Estudos do Sumaré, no
Rio de de Janeiro, 160 profissionais de comunicação da Igreja no Brasil, sendo
40 de forma online, em torno da discussão do tema: Igreja, casa de vido –
assessoria de comunicação na construção da reputação e da identidade”.
O prefeito para o
Dicastério para Comunicação do Vaticano, Paolo Ruffini, enviou uma
vídeo-mensagem aos participantes do seminário. No vídeo, o prefeito para o
Dicastério acentua que nem sempre nos damos conta do poder da comunicação e de
cada pessoa na construção ou destruição da consciência responsável, da nutrição
ou desnutrição de nossas identidades em evolução.
“A comunicação tem o poder de desenvolver a
capacidade de viver com sabedoria, pensar em profundidade e amar com
generosidade. A verdadeira comunicação não é apenas uma acumulação de dados mas
leva à uma verdadeira sabedoria e comunhão”, disse o prefeito.
Relação da Sala de
Imprensa com os jornalistas
Cristiane explicou o
trabalho que a Sala de Imprensa da Santa Sé realiza de relação e atendimento às
demandas dos jornalistas do mundo todo que cobrem o Papa e o Vaticano.
“Buscamos uma comunicação assertiva no relacionamento com os jornalistas.
Trabalhamos com a informação e a comunicação institucional”, disse.
Ela explicou que
trabalham na sala 23 profissionais, a maioria fala várias línguas, divididos em
três grupos de trabalho. O primeiro grupo é responsável pela produção do
Boletim da Sala de Imprensa. O boletim é enviado, via notificação a todos os
jornalistas credenciado. Está também está passando também por uma reforma
visual.
A vice-diretora da Sala
de Imprensa disse que os envios são feitos de duas formas: sob embargo aos 600 jornalistas credenciados com antecedência de
duas horas sob embargo. O segundo tipo de envio são as publicações imediatas
também aos credenciados.
Ela citou alguns exemplos
específicos, como o Sínodo ou Conclaves, períodos em que jornalistas vão à Roma
e, muitos deles, pedem um credenciamento temporário que passa por uma avaliação
criteriosa. “Outra coisa boa, desde a pandemia, foi o credenciamento à
distância para aqueles que não moram em Roma. Elas participam até das coletivas
através do Zoom”, ressaltou.
Relação com os
Dicastérios
O segundo grupo de
trabalho na Sala de Imprensa são os assistentes da direção que mantém contato
com todos os assessores de imprensa dicastérios da Cúria Romana. Deste grupo,
fazem parte três secretários cujo papel é responder aos e-mails com orientações
aos jornalistas e pedidos de entrevista para o Papa e cardeais da cúria que
chegam de todo mundo. Segundo ela, todos os pedidos exigem uma pesquisa antes
da resposta. “A resposta da Sala de Imprensa é uma resposta oficial do
Vaticano. Daí o cuidado que precisa ter”, ressaltou.
“A gente sempre parte do pressuposto que os
jornalistas são seres humanos que estão ali trabalhando. Nem sempre, os
jornalistas, mesmo os católicos, são super fieis à Igreja e ao Santo Padre.
Tentamos lidar com as adversidades com transparência e com o coração tentando
ser o mais honesto possível”, ressaltou.
O terceiro grupo de
trabalho, o mais numeroso, é o de operações de mídia e credenciamento e
renovação de credenciados. “Esse grupo também cuida de todos os trâmites e
autorizações de pedidos para filmar ou fotografar dentro do Vaticano; e também
dos jornalistas que viagem com os Papa; nas últimas viagens cerca de 80
jornalistas acompanharam o Santo Padre”, disse.
Por Willian Bonfim
Fonte: CNBB
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CNBB manifesta preocupação e alerta sobre os riscos
dos jogos de azar há mais de quatro décadas
Assunto frequentemente
proposto para debate nas casas legislativas, os jogos de azar retornam à pauta
da sociedade com a possibilidade de o projeto de Lei 442/1991 ir ao Plenário do
Senado Federal. Tal proposta que pode liberar cassinos, bingos, jogo do bicho e
apostas esportivas acende o alerta na Igreja Católica, que há mais de quatro
décadas chama atenção para os prejuízos morais, sociais e familiares, além da
possibilidade de associação dessa prática com a lavagem de dinheiro e o crime
organizado.
Presente na sociedade
Dados compartilhados nas
redes sociais da CNBB destacam o impacto que os jogos de azar e as apostas pela
internet já têm na sociedade brasileira. O Departamento de Psiquiatria da Universidade
de São Paulo (USP) estima em 2 milhões o número de pessoas viciadas em jogos de
azar no Brasil. E, em 2023, o Banco Central contabilizou R$54 bilhões gastos em
apostas on-line. Pesquisa do Instituto Locomotiva identificou que 86% das
pessoas que apostam possuem dívidas.
Patologia
A prática dos jogos de
azar pode levar à patologia do jogo compulsivo, uma doença classificada pela
Organização Mundial da Saúde. A senhora Janete Gonçalves Mendes envolveu-se com
jogos de azar e teve a experiência de “ruína” em sua vida, deixando tudo o que
tinha, e pôde se recuperar com apoio da Fazenda da Esperança.
“O jogo vicia muito mais rápido do que
qualquer droga química. Eu me viciei em cassino clandestino, é um vício
silencioso que te leva exatamente tudo. Eu perdi tudo, saí sem nada, com
dívidas enormes, mais de R$300 mil, sem ter esse dinheiro”, testemunhou.
Edson Ribeiro, agente
multiplicador da Pastoral da Sobriedade, situou o transtorno por compulsão por
jogos como um “problema muito sério para tantas famílias” e que causam
dependência de tal forma que as pessoas não encontram outra forma de ser feliz
senão ao jogar.
“Pessoas que criam a dependência nos jogos
acabam por prejudicar não somente a sua vida, como também a vida de seus
familiares. Deixam de levar o sustento pra casa, gastando todo o seu dinheiro
com os jogos; ficam se endividando, trazendo risco para sua vida e para a vida
dos seus”, alertou.
Nesse contexto, a
Pastoral da Sobriedade propõe o Programa de Vida Nova: “Nós da Pastoral da
Sobriedade estendemos as nossas mãos, abrimos os nossos braços para acolher
aqueles que querem uma vida nova, uma transformação em sua vida”.
Posição histórica da
Igreja
Historicamente, a CNBB
tem manifestado sua posição contrária aos jogos de azar, de acordo com o que
ensina o parágrafo 2413 do Catecismo da Igreja Católica: os jogos de azar são
inaceitáveis quando levam à dependência ou privam alguém do que é necessário
para sustentar sua família.
Daí surgem os
posicionamentos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por razões
éticas e evangélicas, contra o jogo de azar, especialmente por conta dos
irreparáveis prejuízos morais, sociais e, particularmente, familiares que a
prática carrega consigo. Mesmo após 40 anos dos primeiros registros levantados
pelo Centro de Documentação e Informação (CDI) da CNBB, os apontamentos da
Conferência permanecem atuais.
Em 1981, Dom Ivo
Lorsheider, então secretário-geral da CNBB, tratou no Ministério da Justiça
sobre a necessidade de um esforço comum “em prol da moralização dos espetáculos
e revistas e da grave inconveniência de medidas que venham a liberalizar o
jogo” no Brasil, coforme registro no Comunicado Mensal da CNBB.
Dez anos depois, com uma
proposta de reabertura dos cassinos apresentada no Congresso Nacional, o então
bispo de Taubaté (SP), dom Antonio de Miranda, escreveu artigo no qual
demonstrou tristeza em relação ao “estado de decadência moral” ao qual o Brasil
teria chegado. “Pensar que jogo de azar é caminho para uma nação civilizada
sair do caos econômico… O brasileiro, desesperançado diante de tamanha crise,
necessita de estímulo para o trabalho produtivo, não para jogatina
desenfreada”, exortou.
Mais à frente, em 23 de
agosto de 94, o então presidente da CNBB, dom Luciano Mendes de Almeida,
participou do 1º Simpósio de Jogos no Brasil, no qual expôs o posicionamento da
Igreja sobre a abertura de jogos no país. Dom Luciano falou das razões que
justificam a convicção contra a indústria de cassinos. Sobre o argumento de que
há a necessidade de mais empregos, dom Luciano afirmou que “não basta ampliar
as oportunidades de trabalho; é preciso, também, que sejam empregos sem riscos
morais”.
“Os jogos de azar apresentam a ilusão de um
ganho fácil, desfazendo o apreço ao trabalho honesto e sério. Resulta daí uma
confusão na ordem de valores, lesando o horizonte de ideais da juventude e
acarretando a ambição e a vontade de acumular riquezas em benefício próprio e
exclusivo. Cresce, aos povuco, a atração descontrolada pelo lucro exorbitante,
a vida fácil e até a corrupção”, disse dom Luciano na oportunidade.
Numa nota da Presidência
e da Comissão Episcopal de Pastoral de 30 de maio de 1996, a CNBB reafirmou
valores morais e destacou os males dos jogos de azar:
– o ambiente envenenado dos cassinos,
marcado pela bebida, a prostituição, o uso e o tráfico de drogas, a lavagem de
dinheiro;
– a busca do ganho fácil, em lugar do
trabalho honesto, como ideal de adultos e jovens;
– o desespero que toma conta de jogadores
arruinados, com a consequência de distúrbios psiquícos e tentativas de
suicídios;
– a dependência, verdadeira escravidão, do
vício do jogo, não diferente de todos os outros vícios;
– a tentativa de ganhar hoje o que se
perdeu ontem, no jogo, com o possível perigo de perder ainda mais;
– a ruptura da harmonia familiar, o medo e
a insegurança que se instalam nos lares;
– a deseducação dos filhos por causa da
ausência dos pais jogadores.
Naquela ocasião, os
bispos insistiram que os poderes públicos investissem seus esforços “não no afã
de liberar os jogos, mas em programas de educação, saúde, habitação, trabalho e
salário decentes, segurança pública – verdadeiros ingredientes de uma autêntica
cidadania”.
Em 2009, a CNBB tratou de
uma novidade em relação aos jogos, abordando os bingos eletrônicos. Para a
Conferência, a legalização dessa prática possibilitaria “o retorno a um mal já
superado, colocando em risco a segurança e o bem-estar das famílias, submetendo
à exploração tantas pessoas, tornando-as dependentes”. Também naquela ocasião a
CNBB alertou para a gravidade da abertura para um novo campo para a prática de
diversos crimes, entre estes a lavagem de dinheiro.
Uma das últimas notas da
CNBB sobre o assunto foi publicada em 2022, quando foi aprovada a urgência para
apreciação do PL 442/91. Na oportunidade, a CNBB considerou como ato nefasto a
aprovação de urgência e alertou que esses jogos podem estar associados à
lavagem de dinheiro e o crime organizado.
Foi lembrada na nota que
“o jogo de azar traz consigo irreparáveis prejuízos morais, sociais e,
particularmente, familiares”.
Aos parlamentares, a
Conferência disse que “o voto favorável ao jogo será, na prática, um voto de
desprezo pela vida, pela família e seus valores fundamentais”.
Dois pontos importantes
Em suas reflexões, a CNBB
tem considerado dois pontos importantes para levar o posicionamento da Igreja.
O primeiro frente à falácia de que a liberação aumentará a arrecadação de
impostos, favorecerá a criação de postos de trabalho e contribuirá para tirar o
Brasil da atual crise econômica, argumento levantado também há 40 anos. Esses
argumentos seguem tese de que os fins justificam os meios e não consideram a
possibilidade de associação dos jogos de azar com a lavagem de dinheiro e o
crime organizado.
O outro ponto diz
respeito aos prejuízos morais, sociais e, particularmente, familiares
relacionados aos jogos, cuja prática compulsiva é considerada uma patologia no
Código Internacional de Doenças, da Organização Mundial de Saúde. Para a CNBB,
o sistema altamente lucrativo dos jogos de azar tem sua face mais perversa na
pessoa que sofre dessa compulsão.
Por Luiz Lopes Jr
Fonte: CNBB
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Falecimento - Padre
Fabrício Rodrigues – Marabá, PA
Padre
Fabrício faleceu na quinta-feira, 12 de setembro, por volta das 21h, por
ocasião de um acidente de moto na Vila 1º de março, município de São João do
Araguaia (PA). A diocese de Marabá (PA) publicou nota de falecimento:
"Eu
sou a Ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que tenha morrido,
viverá." Jo 11, 25
A
Diocese de Marabá manifesta aos familiares, irmãos e irmãs diocesanos e a todo
o povo de Deus os votos de pesar pelo falecimento do Padre Fabrício Rodrigues.
Ele faleceu nesta quinta dia 12/09 por volta das 21h, vítima de um acidente de
moto chocando-se com um cavalo na Vila 1° de Março, Município de São João do
Araguaia/ PA.
Estamos
unidos na oração e na esperança de que Deus o acolha no céu e lhe conceda o
descanso eterno.
Em
Cristo Jesus, Dom Vital Corbellini.
Horário
do Velório e sepultamento do Padre Fabrício Rodrigues:
12h00
- chegada do Corpo na igreja da sede paroquial Bom Pastor - FL 33.
15h00
- A missa de corpo presente na Paróquia.
16h00
- Translado do corpo para a igreja N. Sra Aparecida, Paróquia Sagrada Família
(Av.
Brasil - Bairro Liberdade).
Sábado
às 08h00 – Missa.
10h00
- Sepultamento no Cemitério da Saudade - FL 29.
***********************************************.
Comissão para a
Comunicação Social da CNBB divulga nota e expressa tristeza pelo falecimento do
padre Fabrício Rodrigues
A
Comissão Episcopal para a Comunicação Social da Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil (CNBB) expressou nessa sexta-feira, 13, por meio de uma nota,
profunda tristeza pelo falecimento do padre Fabrício Rodrigues, do grupo de
Padres Evangelizadores no Ambiente Digital. No texto, a Comissão presta
solidariedade, ainda, a dom Vital Corbellini, bispo de Marabá (PA), à Igreja de
Marabá e a todos os familiares e amigos do padre Fabrício.
“Sua dedicação à evangelização no mundo
digital, aliada ao seu carisma e entusiasmo, deixará uma marca indelével na
Igreja e em todos aqueles que tiveram a oportunidade de conhecê-lo. Que o Padre
Fabrício encontre o descanso eterno nos braços do Pai e que sua memória inspire
a todos nós a continuarmos a missão de levar a Boa Nova a todos os cantos do
mundo, inclusive no ambiente digital”, diz um trecho da nota.
Íntegra
da nota
NOTA
DE PESAR À IGREJA DA DIOCESE DE MARABÁ-PA
A
Comissão Episcopal para a Comunicação Social da Conferência Episcopal dos
Bispos do Brasil expressa sua profunda tristeza pelo falecimento do Padre
Fabrício Rodrigues, do grupo de Padres Evangelizadores no Ambiente Digital.
Neste
momento de dor, estendemos nossa solidariedade a Dom Vital Corbellini, bispo
diocesano de Marabá - PA, à Igreja de Marabá e a todos os familiares e amigos
do Padre Fabrício.
Sua
dedicação à evangelização no mundo digital, aliada ao seu carisma e entusiasmo,
deixará uma marca indelével na Igreja e em todos aqueles que tiveram a
oportunidade de conhecê-lo.
Que
o Padre Fabrício encontre o descanso eterno nos braços do Pai e que sua memória
inspire a todos nós a continuarmos a missão de levar a Boa Nova a todos os
cantos do mundo, inclusive no ambiente digital.
Brasília
- DF, 13 de setembro de 2024
Dom
Valdir José de Castro - Bispo da Diocese de Campo Limpo – SP, Presidente da
Comissão Episcopal para a Comunicação Social da CNBB
Dom
Amilton Manoel da Silva - Bispo da Diocese de Guarapuava – PR, Membro da
Comissão Episcopal para a Comunicação Social da CNBB
Dom
Edilson Soares Nobre - Bispo da Diocese de Oeiras – PI, Membro da Comissão
Episcopal para a Comunicação Social da CNBB
Osnilda
Lima - Assessora da Comissão Episcopal para a Comunicação Social da CNBB
Pe.
Tiago Síbula - Assessor da Comissão Episcopal para a Comunicação Social da CNBB
Fonte:
CNBB
Alguns
dados biográficos
O
Padre Fabrício Rodrigues tinha de 29 anos. Foi ordenado presbítero em 2019.
Era
conhecido nas redes, com quase 600 mil seguidores no Instagram, onde publicava
vídeos diários respondendo a perguntas de fiéis sobre o catolicismo.
Somando
números de outras redes sociais, ele acumulava mais de 1 milhão de seguidores.
Era
cantor, escritor e influenciador. Ele compartilhava publicamente sobre seu
diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Era
autor do livro “Vamos rezar juntos?”
-----------------------------------------------------------.
Religiosas e Religiosos Brasileiros em Roma celebram o 7 de
Setembro com esperança e compromisso pela Justiça
No
último sábado, 07 de setembro, na capela da Casa Geral das Irmãs de Nossa
Senhora de Lourdes, em Barberini, Roma, uma celebração marcou o Dia da
Independência do Brasil, unindo a fé e o clamor por justiça. A missa, presidida
pelo Pe. Levi Ferreira dos Anjos, SCJ, contou com cânticos e orações em
português, refletindo o vínculo dos religiosos brasileiros com sua pátria.
Durante
a celebração, os presentes destacaram a fé e o sentimento de união com o povo
brasileiro, reconhecendo as riquezas naturais e culturais do país, mas também
as desigualdades e contradições que o desafiam. O Brasil, descrito como “um
país em chamas” devido às queimadas na Amazônia e no Pantanal, foi lembrado
pelos danos causados pela exploração e pela crise climática.
Em
sintonia com a mensagem do Papa Francisco, que recentemente convocou os fiéis a
ouvirem “o grito da terra e dos pobres”, os religiosos refletiram sobre a febre
que atinge o Brasil. A celebração também lembrou a mobilização popular nas ruas
brasileiras durante o Grito dos Excluídos, evento que, há décadas, clama por
justiça, paz e vida digna para todos. Os religiosos reforçaram seu compromisso
com a defesa da vida, reconhecendo que “a vida em primeiro lugar” é um chamado
permanente.
Após
a missa, houve um momento de confraternização, onde os participantes
partilharam experiências e reafirmaram seu compromisso com a construção de um
Brasil mais justo e igualitário. O dia encerrou-se com a oração pela pátria,
pedindo a intercessão de Nossa Senhora Aparecida para que o Brasil seja liberto
da fome, do ódio, da exclusão e da violência, e para que os direitos dos mais
vulneráveis sejam restaurados.
Fonte:
CRB
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A seca prolongada e os efeitos danosos para o meio ambiente e
para os seres humanos
Escrito
por Pe. José Inácio de Medeiros,
C.Ss.R.
Nos
últimos tempos, o Brasil vem
enfrentando uma seca prolongada, de efeitos muito danosos para a natureza e
para as pessoas. E todos estão se perguntando: Por que ela está sendo tão severa e até quando vai durar?
A
resposta para essa pergunta não é simples. O que os especialistas explicam é
que ela se deve à soma de vários fenômenos que provocaram a mudança nos padrões de chuvas e de
temperatura, o que fez com que a seca se intensificasse e se espalhasse
pelo país.
Saímos
de um Oceano Pacífico aquecido
no fenômeno conhecido como El Niño para um Oceano Atlântico Norte mais aquecido, mudando as correntes e a
circulação de chuva pelo planeta. Como não houve trégua entre os eventos, isso
fez com que a situação de seca fosse se agravando gradativamente em cada região
até chegarmos ao cenário de seca que todos estamos vendo pelo país. Segundo os
especialistas, cerca de 3,8 mil cidades estão com alguma classificação de seca
que varia de fraca a excepcional.
Entendendo
o fenômeno da seca prolongada
Seca
é uma estiagem prolongada durante um período suficiente para que a falta de
precipitação pluviométrica provoque um desequilíbrio hidrológico. As regiões com classificação de seca podem ter
déficits hídricos prolongados e pastagens ou culturas não completamente
recuperadas.
Ainda
não entramos na primavera, mas a
previsão é que poucas chuvas caiam em toda a estação que já é um período seco. A
tendência é de elevação gradual das temperaturas, diminuição da nebulosidade e
das chuvas. Isso também favorece o aumento da evaporação, o que reduz a
disponibilidade hídrica.
Os
dados disponíveis sobre a seca cobrem o período desde 1950. A série histórica revela que a estiagem se
agravou a partir de 1988. De lá para cá, a seca mais severa havia sido
registrada em 2015. No entanto, à época, a falta de chuva atingiu apenas uma
parte das regiões, fazendo com que os rios secassem e a vegetação pegasse fogo.
A falta de chuva e os severos impactos na
vegetação atingem agora uma área muito maior que a de 2015 e grandes
porções do Brasil passam por situação de seca que varia de severa a
excepcional.
Especialistas
alertam que a estação seca ainda deve seguir até outubro e que o cenário pode
piorar, pois alguns dados mostram que, pela primeira vez, a estiagem afeta o
país de forma generalizada, por toda a sua extensão. A única exceção é o Rio Grande do Sul.
Hoje, mais de um terço do território
nacional, o que equivale a mais de 3 milhões de km², enfrenta a estiagem na sua
pior versão, o que se traduz em: cidades isoladas no Norte do país por
conta dos rios que secaram, impedindo a navegação; fogo espalhado por todas as
regiões, sufocando a população com a fumaça e causando inúmeros problemas
respiratórios, sobretudo, naquelas pessoas mais suscetíveis como crianças e
idosos; rios em níveis tão baixos, o que fez com que o Operador Nacional do
Sistema Elétrico (ONS), que controla o abastecimento de energia no país,
anunciasse a ativação de termoelétricas para suprir a demanda.
Onde
entra o fator humano
Além
dos citados fatores oriundos do próprio planeta, a eles se soma os fenômenos
provocados pela mão humana, como há muito tempo já vem sendo dado o grito de
alerta: desmatamento acelerado em
algumas regiões e destruição de alguns biomas como o cerrado e a Amazônia,
além dos incêndios criminosos que ajudam a complicar ainda mais a situação.
Ao
lado disso, temos o não cumprimento da
legislação ambiental, a falta de fiscalização pelos meios competentes e,
acima de tudo, as consequências danosas do aquecimento do nosso planeta no
fenômeno conhecido como Efeito Estufa causado pela queima de combustíveis
fósseis que leva à alta concentração de gás carbônico na atmosfera.
A
perda de muitas espécies vegetais,
algumas das quais nem estudadas foram; a
perda de muitas espécies animais em todos os biomas, o risco de desabastecimento hídrico das
cidades; a dificuldade de
transporte na região norte que tem os rios como vias de navegação e
transporte; a diminuição da produção de
energia pelas hidroelétricas, com a necessidade de se religar as usinas
termoelétricas, com o aumento das taxas de energia e, por tabela, o aumento da
inflação e do custo de visa.
E
para concluir a certeza de que nosso meio ambiente levará décadas para se
recuperar, isso se no futuro não houver outro fator semelhante ao que estamos
vivendo agora no presente!
Pe. José Inácio de Medeiros, C.Ss.R.
Missionário redentorista graduado em
História da Igreja pela Universidade Gregoriana de Roma, já trabalha nessa área
há muitos anos, tendo lecionado em diversos institutos. Atuou na área de
comunicação, sendo responsável pela comunicação institucional e missionária da
antiga Província Redentorista de São Paulo, tendo sido também diretor da Rádio
Aparecida.
Fonte:
A12.com
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O Papa: a guerra em Gaza é demais! Não
estão sendo dados passos para a paz
No
voo de Singapura de volta para Roma, Francisco conversou com os jornalistas a
bordo e falou sobre a tragédia dos civis mortos. Sobre as eleições nos EUA:
entre Harris e Trump, cada um escolha segundo a consciência. Condenação clara
tanto ao aborto quanto à rejeição aos migrantes. Avaliação positiva sobre o acordo
com os chineses: a China é uma promessa e uma esperança para a Igreja
Vatican News
A
guerra em Gaza é demais! No voo de Singapura de volta para Roma, o Papa
Francisco teve um encontro com os jornalistas a bordo e falou sobre a situação
dramática na Terra Santa. Há mais de 41.000 vítimas em Gaza. Uma pergunta
abordou o tema das eleições estadunidenses e a dificuldade de escolha para um
católico. Palavras de abertura sobre a China, que Francisco chama de “uma
promessa e uma esperança para a Igreja”.
Matteo
Bruni: Salve Santidade, obrigado por esses muitos dias de viagem, obrigado
também por nos fazer sentir a alegria das pessoas mais do que o nosso cansaço
nessa viagem. Há algumas perguntas dos jornalistas que viajaram com o senhor.
Em
primeiro lugar, quero agradecer a todos vocês por esse trabalho, essa companhia
na viagem, que é muito importante para mim. Depois, gostaria de parabenizar a
decana, porque a Valentina (Alazraki, ed) completa 160 viagens com esta. Não
vou dizer a ela que deve se aposentar, mas que deve continuar assim. Agora
façam suas perguntas e muito obrigado.
Pei
Ting Wong - THE STREITS TIMES
Papa
Francisco, estou muito feliz... Espero que tenha gostado de sua visita a
Singapura e talvez tenha experimentado a comida local... O que o senhor viu das
realidades de Singapura? A cultura? As pessoas? Ficou surpreso com o que viu? E
o que Singapura pode aprender com os outros três países que visitamos? Mais
especificamente, sua mensagem de reconhecimento de um salário justo para
migrantes com baixos salários em Singapura repercutiu entre muitos
singapurianos. O que inspirou essa mensagem e qual seu pensamento sobre o
assunto? E, por fim, mais uma pergunta: o senhor disse que Singapura tem um
papel específico no cenário internacional. O que Singapura pode fazer em um
mundo em guerra? E como o Vaticano pode contribuir diplomaticamente?
Obrigado!
Em primeiro lugar, eu não esperava encontrar Singapura assim. Chamam-na de a
Nova York do Oriente, um país desenvolvido, limpo, pessoas educadas, a cidade,
grandes arranha-céus. Além disso, tem uma grande cultura inter-religiosa. O
encontro inter-religioso que tive no final foi um modelo de fraternidade.
Depois vi, falando sobre migrantes, arranha-céus para os operários.
Arranha-céus luxuosos e os outros (em todo caso, ndr) estão bem, são limpos,
gostei muito disso. Não senti que havia discriminação. Fiquei impressionado com
a cultura, a cultura com os alunos: por exemplo, no último dia, fiquei
impressionado com aquela cultura. E depois o papel internacional. Vi que na
próxima semana haverá a Fórmula 1. O papel internacional de uma capital que
atrai as culturas. É a grande capital. Eu não esperava encontrar algo assim.
O
que o senhor aprendeu?
A
senhora sabe, sempre se pode aprender alguma coisa. Porque cada pessoa e cada
país tem uma riqueza diferente. É por isso que a fraternidade na comunicação é
importante. Por exemplo, se eu pensar no Timor-Leste, vi muitas crianças, em
Singapura não vi tantas. Talvez seja algo a se aprender... E o futuro são as
crianças, pensem nisso. Ah, outra coisa: vocês, habitantes de Singapura, são
tão simpáticos! Smile, smile!
Delfim
de Oliveira, GMN TV
No
final da Missa em Taci Tolu, o senhor chamou a atenção dos timorenses para a
presença de crocodilos. O que quis dizer com isso?
Eu
tomei a imagem de crocodilos que entram na praia. O Timor-Leste tem uma cultura
simples, familiar e alegre. É uma cultura de vida: tem muitos filhos, muitos. E
quando eu falei de crocodilos, estava falando das ideias que podem vir de fora
para arruinar essa harmonia que vocês têm. E lhe digo mais uma coisa: fiquei
apaixonado pelo Timor-Leste. Outra coisa?
No
Timor-Leste, os católicos são a maioria, mas há um crescimento de seitas. O
termo “crocodilos” também se refere a eles?
Talvez,
eu não me refiro a isso, não posso, mas pode ser. Porque todas as religiões
devem ser respeitadas, mas é feita uma distinção entre religião e seita. A
religião é universal, seja ela qual for. A seita é restritiva, é um pequeno
grupo que sempre tem outra intenção. Obrigado e parabéns pelo seu país!
Francisca
Christy Rosana - TEMPO MEDIA GROUP
Obrigado
Papa Francisco, as pessoas na Indonésia, não apenas os católicos, esperavam-no
há muito tempo. Minhas perguntas são: o senhor sabe que o país ainda tem
dificuldades com sua democracia? Como o senhor vê isso e qual é a sua mensagem
para nós? E outra pergunta: a Indonésia às vezes tem os mesmos problemas que
Papua Nova Guiné, com o setor de mineração que é apenas para os oligarcas e,
enquanto isso, os povos locais e indígenas não se beneficiam. O que pensa a
propósito? E o que podemos fazer?
Esse
é um problema comum das nações em desenvolvimento. Por isso é importante o que
a Doutrina Social da Igreja diz sobre a necessidade de haver comunicação entre
os diferentes setores da sociedade. A senhora disse que a Indonésia é um país
em desenvolvimento, e uma das coisas que talvez precise ser desenvolvida é o
relacionamento social. Fiquei muito contente com a visita ao seu país. Muito
bonito!
Matteo
Bruni: Santidade, a imprensa de Papua Nova Guiné acompanhou sua viagem com
grande interesse, mas infelizmente não foi possível ter um jornalista no voo.
Gostaria de aproveitar esta oportunidade para perguntar se há algo que o senhor
gostaria de nos contar sobre Papua Nova Guiné, em particular sobre Vanimo, que
é um lugar onde me parece que o senhor quis ir pessoalmente.
Gostei
do país e vi um forte país em desenvolvimento. Depois, quis ir a Vanimo para
encontrar um grupo de padres e religiosas da Argentina que trabalham lá e vi
uma organização muito boa, muito boa. Em todos os países, a arte é muito
desenvolvida: danças, outras expressões poéticas... Mas em Papua Nova Guiné e
em Vanimo é impressionante o desenvolvimento da arte. Isso me impressionou
bastante. Os missionários que visitei vão para a floresta para trabalhar.
Gostei de Vanimo e do país também.
O Papa responde a uma jornalista durante a coletiva de
imprensa
Stefania
Falasca - TIANOUZHIKU
Santo
Padre, viemos de Singapura, um país com uma população majoritariamente chinesa
e um modelo de convivência harmoniosa e pacífica. Em relação à paz, gostaria de
saber o que o senhor pensa - dada a proximidade com a China continental – sobre
os esforços feitos pela China para alcançar um cessar-fogo nas regiões em
conflito, como a Faixa de Gaza. Em julho, foi assinada a Declaração de Pequim
para por fim às divisões entre os palestinos. Depois, a colaboração sobre a paz
entre a China e a Santa Sé. Por último, estamos perto da renovação do acordo
entre a China e a Santa Sé sobre as nomeações dos bispos. O senhor está
satisfeito com os resultados e com o diálogo obtidos até agora?
Vou
ficar com a última pergunta. Estou feliz com o diálogo com a China. O resultado
é bom. Até para a nomeação de bispos se trabalha com boa vontade. Ouvi da
Secretaria de Estado como vão as coisas e estou feliz. A China é outra coisa. A
China para mim é uma “ilusão” (um sonho, N.doR.), no sentido de que eu gostaria
de visitar a China. É um grande país, admiro a China, respeito a China. É um
país com uma cultura milenar, de uma capacidade de diálogo, de entendimento
entre si, que vai além dos diferentes sistemas de governo que teve. Acredito
que a China seja uma promessa e uma esperança para a Igreja. A colaboração pode
ser feita e certamente para os conflitos. Neste momento, o cardeal Zuppi
caminha neste movimento e também mantém relações com a China.
Anna
Matranga – CBS NEWS
Santidade,
o senhor sempre falou em defesa da dignidade da vida. Em Timor-Leste, que é um
país com uma taxa de natalidade muito elevada, disse sentir pulsar e explodir a
vida para as muitas crianças. Em Singapura, falou em defesa dos trabalhadores
migrantes. Tendo em vista as próximas eleições nos Estados Unidos, gostaria de
lhe perguntar: que conselho pode dar a um eleitor católico que tem de decidir
entre um candidato a favor da interrupção da gravidez e outro que gostaria de
deportar 11 milhões de migrantes?
Ambos
são contra a vida, tanto aquele que joga fora os migrantes quanto aquele que
mata crianças. Ambos são contra a vida. Não se pode decidir. Eu não sou
estadunidense, não irei votar lá. Mas sejamos claros: tanto não dar aos migrantes
a capacidade de trabalhar quanto não dar hospitalidade aos migrantes é um
pecado grave. No Antigo Testamento há um refrão: o órfão, a viúva e o
estrangeiro, ou seja, o migrante. São os três que o povo de Israel deve
proteger. Falha quem não cuida do migrante, é um pecado, um pecado também
contra a vida e as pessoas. Celebrei a missa na fronteira, perto da Diocese de
El Paso. Havia muitos calçados de migrantes, eles acabaram mal ali. Hoje,
existe uma corrente migratória dentro da América Central, muitas vezes são
tratados como escravos porque se aproveitam disso. A migração é um direito que
já existia na Sagrada Escritura e no Antigo Testamento. O estrangeiro, o órfão
e a viúva, não se esqueçam disso.
Depois,
o aborto. A ciência diz que no mês da concepção todos os órgãos do ser humano
estão presentes. Todos. Fazer um aborto é matar um ser humano. Goste ou não da
palavra, mas é matar. A Igreja não é fechada porque não permite o aborto, a
Igreja não permite o aborto porque mata. É assassinato, é assassinato! Devemos
ser claros sobre isto: mandar embora os migrantes, não deixá-los
desenvolver-se, não deixá-los ter uma vida, é uma coisa ruim, é maldade. Tirar
uma criança do ventre da mãe é assassinato, porque existe vida. Devemos falar
claramente sobre essas coisas. “Não, mas, porém…”. Sem “mas, porém”. As duas
coisas são claras. O órfão, o estrangeiro e a viúva. Não se esqueça disso.
Na
sua opinião, Santidade, pode haver circunstâncias em que seja moralmente
admissível votar num candidato a favor da interrupção da vida?
Na
moral política, geralmente se diz que não votar é ruim, não é bom. É preciso
votar. É preciso escolher o mal menor. Quem é o mal menor? Aquela senhora ou
aquele senhor? Não sei, cada um em sua consciência pense e faça isso.
Mimmo
Muolo – AVVENIRE
Existe
o perigo de que o conflito em Gaza se estenda também para a Cisjordânia. Houve
uma explosão há poucas horas que causou a morte de 18 pessoas, incluindo alguns
funcionários da ONU. Quais são os seus sentimentos neste momento e o que o
senhor gostaria de dizer às partes em guerra? Existe a possibilidade da
mediação da Santa Sé para alcançar um cessar-fogo e a paz desejada?
A
Santa Sé está trabalhando nisso. Uma coisa eu lhes digo: todos os dias ligo
para Gaza, para a paróquia de Gaza. Ali, dentro do colégio, há 600 pessoas:
cristãos, muçulmanos... mas vivem como irmãos. Eles me contam coisas ruins,
coisas difíceis. Não posso qualificar se esta ação de guerra é muito sangrenta
ou não, mas, vemos os corpos de crianças mortas, vemos que, por presunção, há
ali alguns guerrilheiros, se bombardeia uma escola. Isso é ruim, é ruim, é ruim.
Às
vezes se diz que é uma guerra defensiva, mas às vezes eu acredito que é uma
guerra... demais, demais. Peço desculpas por dizer isso, mas não creio que
estejam sendo tomadas medidas para estabelecer a paz. Por exemplo, em Verona,
tive uma experiência muito bonita. Um judeu, cuja esposa tinha morrido num
bombardeio, e um de Gaza, cuja filha tinha morrido, e ambos falaram de paz, se
abraçaram, deram um testemunho de fraternidade. Eu digo o seguinte: a
fraternidade é mais importante do que a morte de um irmão. Fraternidade, dar as
mãos. No final, quem vencer a guerra encontrará uma grande derrota. A guerra é
sempre uma derrota, sempre, sem exceção. Não podemos nos esquecer disso. É por
isso que tudo o que se faz pela paz é importante. Quero dizer uma coisa, talvez
seja uma pequena intromissão na política: sou muito, muito grato pelo que o rei
da Jordânia faz. Ele é um homem de paz. O rei Hussein é um homem bom.
Lisa
Weiss - ARD
Santo
Padre, durante esta viagem o senhor falou muito abertamente sobre os problemas
de cada país, não apenas sobre as belezas. E justamente por isso nos
perguntamos: por que não falou sobre o problema de a pena de morte ainda
existir em Singapura?
É
verdade. Não pensei nisso. A pena de morte não funciona. Temos que eliminá-la
aos poucos, lentamente. Muitos países têm a lei, mas não cumprem a sentença. Os
Estados Unidos são iguais... A pena de morte deve acabar, não funciona, não
funciona.
Simone
Leplatre - LE MONDE
Santidade,
antes de tudo obrigado por esta viagem fascinante. Em Timor-Leste o senhor
mencionou os jovens, vítimas de abuso sexual. Obviamente pensamos no Bispo
Belo. Na França, temos um caso semelhante com Abbé Pierre, o fundador de Emaús,
que durante vários anos foi eleito a personalidade preferida do povo francês.
Em ambos os casos, o carisma deles fez com que fosse difícil acreditar nas
acusações. Gostaria de perguntar: o que o Vaticano sabia sobre Abbé Pierre? E o
que dizer às vítimas e à população em geral que têm dificuldade em acreditar,
que uma pessoa que fez tanto bem também possa ter cometido crimes? E por falar
em França, também gostaríamos de saber: o senhor irá a Paris para a inauguração
de Notre-Dame em dezembro?
Vou
responder à última: não irei a Paris, não irei a Paris. Agora, a primeira. Você
tocou num ponto muito dolorido, muito delicado. São pessoas boas, pessoas que
fazem o bem. Você mencionou o Abbé Pierre. Com tanto bem que ele fez, se vê que
essa pessoa é um pecador. Esta é a nossa condição humana. Não devemos dizer:
vamos cobrir, vamos cobrir para que não apareça. Os pecados públicos são
públicos e devem ser condenados. Por exemplo, Abbé Pierre é um homem que fez
muito bem, mas também é um pecador. Devemos falar claramente sobre estas
coisas, e não esconder. Trabalhar contra o abuso é algo que todos devemos
fazer. Mas não só contra o abuso sexual, contra todo o tipo de abuso: abuso
social, abuso educativo, mudar a mentalidade das pessoas, tirar a liberdade. O
abuso é na minha opinião uma coisa demoníaca, porque todo tipo de abuso destrói
a dignidade da pessoa, todo tipo de abuso tenta destruir o que todos nós somos:
a imagem de Deus. Fico feliz quando esses casos surgem. Direi algo que talvez
tenha dito da outra vez: cinco anos atrás, tivemos um encontro com os
presidentes das Conferências Episcopais sobre casos de abuso sexual e outros
abusos. Tivemos uma estatística muito bem feita, creio que das Nações Unidas:
42-46% dos abusos ocorrem (acontecem, N.doR.) na família ou no bairro... Por
fim, o abuso sexual de crianças, de menores, é um crime e uma vergonha.
(…)
Uma
coisa que eu não respondi: o que o Vaticano sabia sobre o Abbé Pierre. Não sei
quando o Vaticano veio a saber disso, não sei. Não sei porque não estava aqui e
nunca tive a ideia de investigar isso, mas certamente depois da morte com
certeza, mas antes não sei.
Elisabetta
Piqué - LA NACIÓN
Em
primeiro lugar, obrigado por esta bela viagem aos confins do mundo. Foi a mais
longo do pontificado e por falar em viagens muito longas, muitos colegas me
perguntaram: mas, se vai à Argentina? Eis a primeira pergunta: iremos à
Argentina ou não? Segunda pergunta, na Venezuela a situação é dramática. Nestes
dias em que o senhor viajava, o presidente teoricamente eleito teve de se
exilar na Espanha. Que mensagem o senhor daria ao povo da Venezuela?
Não
acompanhei a situação na Venezuela, mas a mensagem que dou aos governantes é
para dialogarem e fazerem a paz. As ditaduras não servem e acabam mal, mais
cedo ou mais tarde. Leiam a história da Igreja… Digo que o governo e o povo
devem fazer de tudo para encontrar um caminho de paz na Venezuela. Não posso
dar uma opinião política porque não conheço os detalhes. Sei que os bispos
falaram e a mensagem dos bispos é boa. Então, se irei à Argentina é algo que
ainda não foi decidido. Eu gostaria de ir, é o meu povo, eu gostaria de ir, mas
ainda não está decidido. Há várias coisas a serem resolvidas primeiro.
Se
o senhor for, fará uma escala nas Canárias?
Você
leu o meu pensamento, hein? Estou pensando um pouco em ir às Canárias, porque
lá há situações de migrantes que vêm do mar e eu gostaria de estar perto dos
governantes e do povo.
Josie
Bonifasius Susilo – KOMPAS.ID
Obrigado,
Santo Padre! Alguns países estão começando a distanciar-se do seu compromisso
com o Acordo de Paris por motivos econômicos, especialmente após a pandemia.
Vários países hesitam em fazer a transição para a “energia verde”. O que o
senhor pensa sobre essas questões?
Acho
que o problema climático é grave, é muito grave. Em Paris (COP21 em 2016), que
foi o ponto culminante, depois, os encontros sobre o clima têm decaído.
Fala-se, fala-se, mas não se faz. Esta é a minha impressão. Falei sobre isso
nos dois escritos: Laudato si' e Laudate Deum.
Matteo
Bruni: Agradecemos a Sua Santidade
Obrigado
a vocês, avante e coragem! Esperamos que agora nos deem o que comer! (risadas)
Fonte:
Vatican News
*---------------------------------------------------------------.x
O Papa na Santa Maria Maior ao retornar
da viagem à Ásia e Oceania
Imediatamente
após desembarcar em Roma vindo de Singapura, o Papa rezou diante do ícone da
Salus Populi Romani na Basílica Mariana.
Vatican
News
O
avião com o Papa Francisco a bordo chegou ao Aeroporto Internacional Leonardo
da Vinci de Roma-Fiumicino, na tarde desta sexta-feira (13/09), às 18h46
locais, vindo de Singapura, depois de percorrer 9.500 km em 12 horas e meia.
Como
de costume, o Papa quis transmitir à Virgem Maria o seu agradecimento pela 45ª
Viagem Apostólica Internacional, a mais longa desde o início do seu
Pontificado, que se concluiu após doze dias e o levou à Ásia e Oceania.
Francisco visitou a Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura.
O Papa deixa Singapura rumo a Roma, termina a viagem à Ásia e
Oceania
O post da Sala de Imprensa da Santa Sé
Em
seu retorno, informou há pouco um post no Telegram da Sala de Imprensa da Santa
Sé, “o Papa Francisco foi à Basílica de Santa Maria Maior, onde se deteve em
oração diante do ícone da Virgem Salus Populi Romani. Ao final da visita,
retornou ao Vaticano”. O retorno à sua residência ocorreu poucos minutos depois
das 20h locais.
Fonte:
Vatican News
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O Papa deixa Singapura rumo a Roma,
termina a viagem à Ásia e Oceania
O
pontífice está no voo de volta a Roma após 12 dias de visitas à Indonésia,
Papua Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura. Sua chegada ao aeroporto de Roma
Fiumicino está prevista para o fim da tarde.
Silvonei
José – Vatican News
O
Papa Francisco concluiu nesta sexta-feira (13/09) o que deveria ser um duro
teste em seu pontificado: a mais longa viagem
internacional, 12 dias em que percorreu quatro países -
Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor Leste e Singapura - e na qual, apesar de
seus 87 anos e de seus problemas de mobilidade, passou sem problemas, em boa
forma e sem mostrar sinais de fraqueza.
A
viagem, durante a qual percorreu 32 mil quilômetros, somados aos que percorreu
de carro e de papamóvel entre os fiéis, as quatro mudanças de horário e os sete
voos, não parecem ter afetado o Pontífice, que nesta sexta-feira se despediu de
Singapura com uma visita a um lar de idosos e um encontro com os jovens, no
qual mais uma vez mostrou seu bom humor.
O
Papa Francisco deixou Singapura às 12h25, hora local, concluindo sua 45ª viagem
apostólica internacional à Ásia e à Oceania. Antes da cerimônia de despedida no
Aeroporto Internacional de Singapura, o Pontífice, recebido pelo Ministro da
Cultura, Comunidade e Juventude, teve uma breve conversa com ele.
O
voo papal (A350 – Singapura Airlines) deve percorrer 9.567 Km em cerca de
12h35’’ chegando ao Aeroporto Internacional Leonardo da Vinci de Roma-Fiumicino
no final da tarde italiana.
Durante
o voo, previsto o tradicional encontro com os jornalistas para a coletiva de
imprensa.
Francisco
nos últimos dias foi visto por centenas de milhares de pessoas e apertou a mão
de muitas delas, nas longas filas que se formavam no aguardo dos diversos
eventos, sem perder a paciência, parando o carro em várias ocasiões para
abençoar os bebês que os pais traziam para o lado da estrada para vê-lo passar
por um momento, e sempre se aproximando dos doentes para um afago.
Também
distribuiu doces para as crianças, uma a uma, que se exibiam cantando, dançando
e tocando seus instrumentos durante suas apresentações, embora sempre em sua
cadeira de rodas.
Francisco,
um grande amante da Ásia, seguindo os passos dos jesuítas aos quais pertence,
também quis mostrar que esse continente é a esperança para a Igreja Católica.
O
Papa voltará a pegar um avião em 15 dias para viajar para a Bélgica e
Luxemburgo.
Fonte:
Vatican News
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Papa aos idosos e enfermos: a oração de
vocês é muito importante para Deus
No
último dia de sua 45ª Viagem Apostólica Internacional, Francisco visitou o Lar
Santa Teresa em Singapura, encontrando-se com mais de 60 idosos e enfermos. O
Pontífice expressou gratidão, abençoou os residentes e destacou a importância
das suas orações para a Igreja.
Vatican
News
O
Papa Francisco visitou o Lar Santa Teresa em Singapura na manhã de sexta-feira,
13 de setembro, onde encontrou idosos e enfermos. Acompanhado pelo arcebispo
emérito de Singapura, dom Nicholas Chia Yeo Joo, e outros membros da
comunidade, o Papa expressou sua gratidão e assegurou suas orações aos
presentes.
O
Lar Santa Teresa, fundado há 90 anos pelas Pequenas Irmãs dos Pobres, abriga
atualmente 200 residentes e é administrado pelos Serviços de Assistência
Católica (CWS). Durante a visita, o Papa abençoou cerca de 60 idosos em
cadeiras de rodas dos lares geridos pelo CWS, incluindo os lares de São José e
Vila Francisco.
Oração e perdão
Na
sua breve passagem pelo lar, que durou menos de meia hora, o Papa saudou os
residentes, muitos dos quais sofrem de doenças graves, Alzheimer ou Parkinson.
Francisco expressou admiração pela paciência e dignidade deles e afirmou: “Deus
se alegra ao ouvir a oração de vocês. Obrigado pela paciência e pelas orações.”
O
Papa também enfatizou a importância das orações dos residentes para a Igreja e
a humanidade: “Eu peço que rezem pela Igreja e pela humanidade. A oração de
vocês é muito importante diante de Deus.” Ao final, concedeu a todos o perdão
de Deus: “O Senhor perdoa tudo sempre e eu manifesto, em nome do Senhor, o
perdão a todos vocês.”
Novas instalações
Durante
a visita, o Papa abençoou uma placa para o futuro "Catholic Hub", um
novo espaço que substituirá o atual Lar Santa Teresa. Este novo centro, chamado
Vila Santa Teresa, será uma instalação maior e mais moderna, enquanto o
"Catholic Hub" abrigará organizações arquidiocesanas, um centro de
convenções, instalações para retiros e uma casa para clérigos idosos. A visita
concluiu com uma oração e uma foto de grupo, enquanto os residentes e
funcionários aplaudiram e se despediram com alegria.
Fonte:
Vatican News
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Papa aos jovens de Singapura: sejam
corajosos, saiam da zona de conforto
Como
último compromisso da viagem apostólica à Ásia e Oceania, nesta sexta-feira
(13/09), Francisco encontrou-se com jovens de diferentes religiões no Colégio
Católico de Singapura. De forma espontânea, o Pontífice conversou com os
presentes convidando-os a sempre seguir com coragem o caminho da unidade, e
recordou: “toda ditadura na história, a primeira coisa que faz é cortar o
diálogo”.
Vatican
News
Nesta
sexta-feira, 13 de setembro, o Papa Francisco participou de um diálogo
inter-religioso com jovens, realizado no Colégio Católico em Singapura. Cerca
de 600 participantes de mais de 50 escolas e organizações inter-religiosas
compareceram ao evento. Este foi o último compromisso do Pontífice antes de sua
partida da Ásia para Roma, após sua 45ª Viagem Apostólica Internacional por
quatro nações, que também o levou à Indonésia, Papua Nova Guiné e Timor-Leste.
Unidade na diversidade
O
Santo Padre foi acolhido com testemunhos de um jovem hindu, uma jovem sikhi e
uma católica. Os três representantes juvenis falaram sobre os frutos e os
desafios na promoção do diálogo inter-religioso, bem como diante dos cenários
da atualidade, como as guerras, o egoísmo, o mau uso da inteligência artificial
e, ao final de cada fala, apresentaram também uma pergunta ao Papa.
Francisco,
após esse momento, deixou o discurso preparado para a ocasião de lado e
desenvolveu com os jovens um diálogo espontâneo, com perguntas e respostas, e,
principalmente, reagindo às realidades apresentadas pelos jovens,
encorajando-os a seguirem seu percurso com coragem e esperança.
Sair das zonas de conforto
Os
jovens são corajosos, enfatizou o Papa, porque buscam a verdade, porque
caminham, porque são criativos. "Mas a juventude", alertou,
"deve tomar cuidado para não cair nas ‘críticas de sofá’". A crítica,
explicou Francisco, deve ser construtiva; caso contrário, torna-se destrutiva,
sem abrir caminho para o novo. É preciso ter a coragem de criticar e de se
deixar ser criticado pelos outros, e “este é o diálogo sincero entre os
jovens”:
"Os
jovens devem ter a coragem de construir, de seguir em frente, de sair das zonas
de conforto. Um jovem que escolhe viver sempre sua vida de forma confortável é
um jovem que engorda, mas não engorda a barriga, engorda a mente. Por isso, eu
digo aos jovens: arrisquem, saiam, não tenham medo. O medo é uma atitude
ditatorial que te paralisa."
As redes sociais não devem escravizar
Francisco
também abordou um tema que lhe é muito caro, levantado pelas palavras dos
jovens: o uso dos meios de comunicação. O Papa sublinha que quem não os usa
corre o risco de tornar-se um jovem “fechado” e, por outro lado, quem os usa
excessivamente, aparentando estar sempre disperso, se torna um jovem escravo
dessas redes sociais:
“Todos
os jovens devem usar os meios de comunicação, mas usá-los para que nos ajudem a
seguir em frente, não para que nos tornem escravos.”
Francisco
elogiou a juventude pela sua capacidade de promover o diálogo inter-religioso e
destacou que “todas as religiões são um caminho para chegar a Deus”, e que
nenhuma é mais importante que a outra:
"São
como diferentes línguas, diferentes idiomas para chegar até um objetivo. Mas
Deus é Deus para todos. E assim como Deus é Deus para todos, nós somos todos filhos
de Deus."
O bullying é uma agressão
A
juventude é a fase da coragem, que, junto com o respeito, é necessária para o
diálogo. Francisco, como já fez no passado, alertou contra o grave fenômeno do
bullying que, seja verbal ou físico, é sempre uma agressão. Porém, recordou o
Papa com um exemplo doloroso, sofre quem é mais fraco, principalmente as
crianças com deficiência:
"Assim
como temos nossas próprias deficiências, devemos respeitar as deficiências dos
outros. Isso é importante. Por que digo isso? Porque superar essas coisas ajuda
no que vocês fazem, o diálogo inter-religioso. Porque o diálogo inter-religioso
se constrói com o respeito aos outros, e isso é muito importante."
Francisco
se despediu dos jovens de Singapura convidando-os a fazer tudo o que for
possível para manter uma atitude corajosa e promover um espaço onde os jovens
possam entrar e dialogar:
"E
se vocês dialogarem quando jovens, dialogarão ainda mais quando adultos,
dialogarão como cidadãos, como políticos. Arrisquem! E quando passar um tempo e
vocês já não forem mais jovens, quando forem adultos e também avós, ensinem
todas essas coisas às crianças."
O compromisso dos jovens
Na
conclusão do encontro, após o discurso do Papa e um momento de oração
silenciosa, os jovens recitaram juntos a “Promessa da Geração Futura de se
comprometer com a Unidade e a Esperança”, com as seguintes palavras:
"Nós,
a geração futura, nos comprometemos a ser um farol de unidade e esperança na
promoção da cooperação e das amizades que alimentam a coexistência harmoniosa
entre pessoas de diferentes crenças." - Fonte: Vatican News
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A inesquecível viagem do Papa
missionário até aos confins do mundo
Imagens
destinadas a permanecer na mente e no coração após a conclusão da peregrinação
à Ásia e à Oceania.
Andrea
Tornielli
Na
conclusão da mais longa viagem do pontificado do Papa à Ásia e à Oceania, há
algumas imagens destinadas a permanecer na mente e no coração. A primeira é a
do “túnel da fraternidade” que Francisco abençoou ao lado do Grande Imã de
Jacarta: em uma época em que os túneis são associados a imagens de guerra,
terrorismo, violência e morte, essa passagem que liga a grande mesquita à
catedral católica é um sinal e uma semente de esperança. Os gestos de amizade e
de afeto que o Bispo de Roma e o imã trocaram entre si chamaram a atenção de
muitas pessoas no maior país muçulmano do mundo.
A
segunda imagem é de Francisco embarcando no C130 da Força Aérea Australiana
para ir a Vanimo, no noroeste de Papua Nova Guiné, para visitar três
missionários de origem argentina e seu povo, levando consigo uma tonelada de
ajuda e presentes. O Papa, que quando jovem sonhava em ser missionário no
Japão, ansiava por essa viagem ao local mais periférico do mundo, onde foi
abraçado por homens e mulheres em seus trajes coloridos. Ser missionário
significa, antes de mais nada, compartilhar a vida, os muitos problemas e as
esperanças desse povo que vive na precariedade, imerso em uma natureza
exuberante. Significa dar testemunho da face de um Deus que é ternura e
compaixão.
A
terceira imagem é a do Presidente da República, José Manuel Ramos-Horta, que,
na conclusão dos discursos oficiais no palácio presidencial em Dili, Timor
Leste, abaixou-se para ajudar o Papa a colocar os pés nos apoios de sua cadeira
de rodas. No país mais católico do mundo, a fé é um forte elemento de
identidade e o papel da Igreja foi decisivo no processo que levou à
independência da Indonésia.
A
quarta imagem é a do comovente abraço do Papa às crianças com deficiência
cuidadas pelas religiosas da escola Irmãs Alma: gestos, olhares, algumas
palavras profundamente evangélicas para nos lembrar que essas crianças que
precisam de tudo, ao se deixarem cuidar, nos ensinam a nos deixarmos cuidar por
Deus. A pergunta sobre por que os pequenos sofrem é uma lâmina que fere, uma
ferida que não cicatriza. A resposta de Francisco foi a proximidade e o
abraço.
A
quinta imagem é a do povo de Timor Leste que esperou horas e horas sob o sol
escaldante pelo Papa na esplanada de Taci Tolu. Mais de 600 mil pessoas estavam
presentes, praticamente um timorense a cada dois. Francisco ficou impressionado
com a recepção e o calor humano em um país que, depois de lutar para conquistar
sua independência da Indonésia, está lentamente construindo seu futuro. Sessenta
e cinco por cento da população tem menos de 30 anos de idade, e as ruas
percorridas pelo carro papal estavam repletas de homens e mulheres jovens com
seus filhos pequenos. Uma esperança para a Igreja. Uma esperança para o mundo.
A
sexta imagem é a da “skyline” de Singapura, a ilha-Estado com os arranha-céus
altíssimos e moderníssimos. Um país desenvolvido e rico. Impossível não pensar
no contraste com as ruas empoeiradas de Dili, de onde o Papa havia saído
algumas horas antes. Aqui também, onde a prosperidade é evidente em cada canto,
onde a vida é organizada e o transporte é muito rápido, Francisco abraçou a
todos e indicou o caminho do amor, da harmonia e da fraternidade.
Por
fim, a última imagem é a do próprio Papa. Houve quem duvidasse que ele teria resistido
bem ao cansaço de uma viagem tão longa, em países de clima tropical. Pelo
contrário, foi um crescendo: em vez de se cansar dia após dia, gastando
quilômetros, transferências e voos, ele recuperou energia. Encontrou os jovens
de vários países, abandonando o texto escrito e dialogando com eles,
revigorando-se no espírito, mas também no corpo. Jovem entre os jovens, apesar
de estar se aproximando dos 88 anos, que completará na véspera do Jubileu. Fonte:
Vatican News
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Tufão Yaghi no Vietnã, a tristeza e a
solidariedade espiritual do Papa
Em
um telegrama assinado pelo Secretário de Estado, cardeal Parolin, o Papa
Francisco expressou suas condolências pelas vítimas do forte tufão que atingiu
o país asiático, que chegou a 226 e 104 desaparecidos, e sua bênção às
autoridades e aos socorredores.
Vatican
News
O
Papa Francisco está “profundamente triste” com a notícia do tufão e das
tempestades que no Vietnã causaram a perda de vidas humanas e destruição
generalizada, e em um telegrama assinado pelo cardeal Pietro Parolin,
secretário de Estado, “oferece sua solidariedade espiritual aos feridos e a
todos aqueles que sofrem as consequências desse desastre”.
O
Papa confia a alma dos falecidos à misericórdia amorosa de Deus Todo-Poderoso e
invoca sobre todos, “em particular sobre as autoridades civis e sobre as
equipes de emergência que está prestando assistência”, as bênçãos divinas de
paz e consolo.
Segundo
o último balanço das autoridades locais. o tufão Yaghi derrubou pontes,
devastou edifícios, destruiu pelo menos 250 mil hectares de plantações e causou
226 mortes e 104 desaparecidos. Na capital, Hanói, mais de 15 mil pessoas foram
evacuadas devido à inundação do Rio Vermelho.
Fonte:
Vatican News
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Vaticano: coletiva de imprensa
apresenta trabalhos da segunda sessão do Sínodo
O
encontro com jornalistas é na segunda-feira (16/09) a partir da Sala de
Imprensa da Santa Sé com transmissão on-line. A coletiva irá apresentar os
trabalhos da segunda sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária que será
realizada de 2 a 27 de outubro, orientados pelo texto-base do Instrumentum
Laboris (IL) publicado em julho, inclusive em português. Como recorda dom Wilson
Angotti, bispo de Taubaté/SP, o Sínodo trata sobre sinodalidade, "a
maneira como a Igreja deve viver a dimensão sinodal".
Andressa
Collet - Vatican News
A
segunda sessão da XVI
Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, depois daquela de
2023, será realizada de 2 a 27 de outubro, no Vaticano. Uma coletiva de
imprensa marcada para a próxima segunda-feira (16/09) irá apresentar os
trabalhos para aquele período, que serão orientados pelo texto-base do Instrumentum
Laboris (IL) publicado no início de julho, inclusive em
português. O documento - estruturado em cinco partes - está em
continuidade com todo o processo sinodal iniciado em 2021 e apresenta propostas
para uma Igreja cada vez mais "sinodal em missão", mais próxima do
povo, menos burocrática e na qual todos os batizados participem de sua vida.
Entre os pontos de reflexão estão a valorização da mulher e a necessidade de
transparência e prestação de contas.
A apresentação dos trabalhos
A
coletiva aos jornalistas será realizada na Sala de Imprensa da Santa Sé e
transmitida ao vivo em idioma original através do canal do Vatican
News no YouTube. Os trabalhos da segunda sessão serão
apresentados pelos representantes do Sínodo: cardeal Mario Grech,
secretário-geral; cardeal Jean-Claude Hollerich, relator-geral;
dom Riccardo Battocchio, secretário-especial; e Pe. Giacomo Costa,
secretário-especial; além das referências da Comissão de Informação da XVI
Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos: o presidente Paolo Ruffini,
prefeito do Dicastério para a Comunicação, e a secretária Sheila Pires.
Em artigo divulgado
nesta quinta-feira (12/09) pela CNBB, dom Wilson Angotti, bispo de Taubaté/SP,
direciona uma reflexão sobre o Sínodo convocado pelo Papa Francisco que está
sendo realizado em duas etapas e, desta vez, trata sobre a sinodalidade,
"ou seja, a maneira como a Igreja deve viver a dimensão sinodal".
Assim, o prelado percorre a origem das palavras sínodo e sinodalidade na
Igreja, da atitude de se fazer um caminhho comum com os outros, até dar
exemplos daqueles que foram realizados no decorrer da história até hoje,
expressão da universalidade da Igreja, como é o caso dos dicastérios que
assessoram o Papa e o colégio de cardeais. E dom Wilson finaliza:
"Em
continentes e em países temos as Conferências Episcopais, ricas expressões de
comunhão e sinodalidade, pelo empenho em caminhar juntos. Nas dioceses e
paróquias, concretizando o espírito sinodal, temos as assembleias pastorais, o
Conselho de Pastoral, o Conselho Administrativo e Econômico, o Conselho de
Presbíteros, etc. Com essas e outras instâncias nos exercitamos em ouvir os
outros a fim de tomar as melhores decisões para caminhar juntos e fortalecer a
comunhão, que é essencial na Igreja de Cristo." - Fonte: Vatican News
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Dicastério para as Causas dos Santos:
em novembro, conferência sobre martírio e oferta da vida
Será
realizada no Instituto Patrístico Agustinianum, em Roma, de 11 a 14 de
novembro, uma conferência que será aberta pelo cardeal Marcello Semeraro,
prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos. Já o prólogo ficará a cargo
do monsenhor Antonio Pitta, vice-reitor da Universidade Lateranense.
Vatican
News
“Não
há amor maior. O martírio e a oferta da vida”. Esse é o tema da
próxima conferência organizada
pelo Dicastério para as Causas dos Santos que será realizada no Instituto
Patrístico Agustinianum, em Roma, de 11 a 14 de novembro. “A realidade do
martírio”, conforme a divulgação do evento no site do Dicastério, ”continua
sendo mais atual do que nunca. Portanto, o objetivo da conferência é
aprofundá-la nos contextos históricos, culturais e sociais do século XXI”. A outra
área de estudo diz respeito ao novo caso das causas de beatificação e
canonização, ou seja, a oferta da vida, aprovada pelo Papa Francisco em 11 de
julho de 2017”.
Os
trabalhos da conferência serão abertos na tarde de segunda-feira, 11 de
novembro, com a saudação do cardeal Marcello Semeraro, prefeito do Dicastério
para as Causas dos Santos, e o prólogo do vice-reitor da Universidade
Lateranense, professor Antonio Pitta, sobre o tema “Um amor maior: dar a vida”
(cf. Jo 15,13). Em seguida, haverá uma palestra sobre “O martírio na vida da
Igreja”.
As
palestras da terça-feira, 12 de novembro, serão dedicadas ao tema do ódio
contra a fé cristã na atualidade de vários contextos sociais e geográficos e ao
martírio em outras denominações cristãs. Uma apresentação também abordará o
tema do martírio na produção cinematográfica.
As
palestras da quarta-feira, 13 de novembro, serão sobre os seguintes temas: “A
oferta da vida e a antropologia contemporânea”, “Parte histórica e releitura de
algumas experiências de santidade à luz da oferta da vida”, “Aspectos
teológicos e processuais da oferta da vida”. As conclusões serão propostas pelo
cardeal Semeraro.
Fonte:
Vatican News
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Dez anos da REPAM: “uma ferramenta
vital para a Amazônia”
Dom
Ricardo Hoepers: “a REPAM tornou-se um sinal profético da defesa da vida, dos
territórios, dos povos amazônicos, sempre iluminada pelo Evangelho e pelos
ensinamentos da Igreja”, tendo um papel essencial e iluminador no cuidado da
casa comum”.
Padre
Modino – Regional Norte 1 da CNBB
A
sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM-Brasil), em Brasília, o mesmo
local em que foi fundada a Rede Eclesial Pan-Amazônica no dia 12 de setembro de
2014, acolheu no dia 12 de setembro de 2024 a celebração pelos 10 anos de
caminhada da REPAM, um momento para “fazer memória agradecida do caminho
percorrido” pela REPAM, “comprometida com o cuidado e a defesa da Amazônia”,
segundo o secretário executivo da rede, Ir. João Gutemberg Sampaio.
Uma
rede que, segundo o bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, dom Ricardo Hoepers, é “um farol de
esperança em meio a tempos desafiadores”. Ele destacou que “a REPAM tornou-se
um sinal profético da defesa da vida, dos territórios, dos povos amazônicos,
sempre iluminada pelo Evangelho e pelos ensinamentos da Igreja”, tendo um papel
essencial e iluminador no cuidado da casa comum”.
Dom
Ricardo Hoepers fez um chamado a uma renovação da visão ética, que saiba colocar
no centro as pessoas, com o objetivo de não deixar ninguém à margem da vida.
Isso em um tempo “marcado por grandes desafios que colocam em risco a vida do
planeta e das suas populações mais vulneráveis”, especialmente na Amazônia que
vive uma crise sem precedentes, que se manifesta na devastação de suas
florestas, contaminação das suas águas, violação dos direitos dos seus povos,
enfatizou o secretário geral da CNBB.
Uma
celebração para “visibilizar a história e o caminho sinodal em defesa da
Amazônia e da ecologia integral, celebrar os frutos do trabalho das pessoas e
organizações que constroem a Rede, desenhar novos caminhos para a articulação
da Rede na sinodalidade na Igreja Amazônica”, afirmou a diretora das POM
Brasil, Ir. Regina da Costa Pedro.
O
bispo do Vicariato de Puyo (Equador) e presidente da REPAM, dom Rafael Cob,
lembrou que foi naquele vicariato que a rede foi semeada, “uma rede que defende
a vida na Pan-Amazônia e é referente para todo o mundo”. Ele definiu os 10 anos
como “um caminhar de benção, um caminhar de esperança, um caminhar de justiça e
também um caminhar de trabalhar e tecer a paz”. Igualmente, ele destacou a
capacidade da REPAM de unir e trabalhar em equipe, sublinhando a importância
dessa plataforma que une vontades, ações e pensamentos em defesa da vida na
Amazônia e do cuidado da casa comum.
Segundo
mostrou o vídeo comemorativo, a REPAM é uma resposta diante do pedido que o
Papa Francisco fazia: “a obra da Igreja deve ser incentivada e relançada na
Amazônia”. Foi por isso que a REPAM surgiu como “uma rede que quer somar
forças, uma rede que quer articular, uma rede que quer capacitar e encorajar,
sobretudo as populações da Amazônia”, lembrando as palavras do primeiro
presidente da REPAM, cardeal Cláudio Hummes.
Uma
rede que é vista pelo cardeal Pedro Barreto, segundo presidente da REPAM como
“a resposta de Deus a todos os grandes desafios que se apresentam como Igreja e
como sociedade latino-americana”. Uma rede que, segundo o cardeal peruanoo,
“articula todo o esforço que a Igreja realiza na Amazônia”, destacando o
impulso dado pelo Papa Francisco. Uma rede que tem suas raízes na Conferência
de Aparecida, que chamou a criar uma pastoral de conjunto, lembrou Maurício
López, primeiro secretário executivo da REPAM, e que no início teve como maior
preocupação, fazer que a rede chegasse aos territórios, destacou a Ir. Irene
Lopes, secretária executiva da REPAM-Brasil. Isso, porque era uma estrutura em
função de um bioma, numa relação territorial totalmente nova, segundo o padre Dário
Bossi.
A
REPAM foi fundada pelo Conselho Episcopal Latino-americano e Caribenho (CELAM),
o Secretariado Latino-americano e Caribenho Cáritas (SELACC), a Conferência
Latino-americana e Caribenha de religiosos (CLAR) e a Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB).
A
presidenta da CLAR, Ir. Gloria Liliana Franco Echeverri, reafirmando seu
compromisso com a promoção e a defesa da vida, com a causa dos pobres e a causa
da terra, seu compromisso de abraçar todo empenho de cuidado com a nossa casa
comum, definiu a REPAM como “uma ferramenta vital para a Amazônia”,
sublinhando que “os diversos campos de missão da Igreja, a promoção da justiça
social, a promoção dos direitos dos povos originários, a proteção do meio
ambiente e a evangelização”, como motivos pelos que a CLAR apoio a fundação da
REPAM.
Representando
o SELACC, seu secretário executivo, Nicolás Meyer, disse ver na REPAM “um sinal
da Igreja sinodal que estamos querendo construir”, invitando a “renovar
esforços, compromissos e a abertura ao Espírito para que sempre nos permita
continuar em estado permanente de conversão, de escuta do território e de
desenvolvimento de estruturas mais justas”,
Finalmente,
o arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB e do CELAM, dom Jaime
Spengler, falou dos 10 anos de caminhada, 10 anos de história, 10 anos de
prece, 10 anos de trabalho, 10 anos promovendo rede, vivenciados pela REPAM.
Ele destacou a importância de a celebração acontecer neste momento de grande
seca na região amazônica, de queimadas no Pantanal, o que demanda “nos
empenharmos ainda mais na promoção e no cuidado da casa comum”. Ele questionou
sobre o mundo que desejamos deixar para as novas gerações, pois “o futuro passa
por nossas escolhas e o empenho de todos”.
Fonte:
Vatican News
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Direito de nascer segue sendo a voz
daqueles que ainda não tem voz
Com
diversas ações de conscientização e cidadania realizadas, com diversos projetos
promovidos, Totô e companheiros continuam convidando todas as pessoas para a
prática do bem.
Vatican
News
Perto
de celebrar 25 anos de história, o grupo musical EXPRESSO HG - HORA DA GRAÇA
segue sua jornada, principalmente, na defesa e na promoção da vida humana.
Com
diversas ações de conscientização e cidadania realizadas, com diversos projetos
promovidos, Totô e companheiros continuam convidando todas as pessoas para a
prática do bem.
Após
idealizar e comandar o Flash Mob da JMJ no Brasil, com milhões de jovens e o
Papa Francisco, o EXPRESSO HG, celebrando 15 anos de história, em 2015,
juntamente com parceiros mais que especiais, lançou a citada canção que virou
um grande hino mundial na defesa da vida, com versões em vários países.
São
inúmeros os testemunhos e as iniciativas que acontecem tendo a referida canção
como inspiração ou trilha sonora.
Vale
destacar as Marchas pela VIDA. 13/10, em São Paulo, novamente, teremos o evento
e o Expresso HG estará lá, cantam com todos "que foi bom nascer é bom
viver!".
O
JOGO PELA VIDA é, também, uma iniciativa muito feliz, promovido no ABC. Em
2024, atividades durante todo o dia 22/09. 11h, haverá o jogo principal e desde
a primeira edição, Totô e companheiros somam com a Associação Guadalupe e
outras instituições para o sucesso do citado evento.
Atualmente,
há o projeto ARENAS ESPORTE E VIDA, também, sendo realizado em São Caetano
contando com o apoio do EXPRESSO HG.
Por
anos, também, foi organizado o PASSEIO CICLÍSTICO PELA VIDA, o ARENA SHOW e
outros eventos.
Em
2024, em Aparecida, o Expresso HG participou do evento internacional GENFEST
com os Focolares, especialmente, apresentou canções marcantes dos mais de 20
anos de carreira para jovens de vários países no Brasil, no Canto pela PAZ, e
recebeu convite para integrar evento diferenciado em Portugal no próximo ano.
“Se
você deseja promover uma ação especial na defesa e na promoção da vida humana
na sua cidade, só chamar, sendo possível, somaremos com vocês”, destaca Totô.
Agenda
de 2025 já está sendo formada! Não perca tempo! Telefone para contato 12
988967409.
Fonte:
Vatican News
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Bolívia: bispos exortam ação rápida
diante de incêndios florestais
A
Conferência Episcopal Boliviana divulgou declaração sobre a propagação dos
incêndios florestais que afetam o país andino, pedindo uma “pronta resposta aos
danos ao meio ambiente”. Segundo o governo nacional, o "Comando Conjunto
Binacional Bolívia-Brasil" em San Ignacio de Velasco, em Santa Cruz, com o
apoio de 60 bombeiros florestais brasileiros, deve iniciar os trabalhos.
Ariana
Pernía Paolini - Vatican News
Diante
da emergência nacional causada pelos incêndios florestais que afetam a Bolívia,
os bispos da Conferência Episcopal do país emitiram um comunicado no qual
descrevem os incêndios como “um desastre ecológico causado por mãos humanas,
com consequências irreparáveis”.
O
incêndio, que teria se espalhado por 1,5 milhão de hectares de floresta e 2,3
milhões de hectares de pastagens no país andino, totalizando 3,8 milhões de
hectares, causou preocupação da CEB, que exige “uma resposta imediata aos danos
ambientais causados por queimadas indiscriminadas e incêndios na Chiquitanía e
em tantos lugares no leste da Bolívia”.
Ações rápidas e eficazes são urgentemente necessárias
“Não
se trata apenas do dano à criação, mas também do dano às pessoas que habitam
esses territórios, devido à destruição de seu habitat e à contaminação do ar,
com sérias consequências para a saúde humana, especialmente a das crianças e
dos idosos”, destacam os prelados. Por esse motivo, eles pedem às autoridades
que “atuem de forma rápida e eficaz para evitar que essa catástrofe ambiental e
nacional se agrave”.
Os
bispos bolivianos insistem na necessidade de apoiar todas as pessoas afetadas
pelo problema ambiental. “É importante", eles enfatizam, "responder a
situações que exigem nossa ação urgente. Mas também é importante e necessário
ter políticas de prevenção no cuidado da criação, porque o que está em jogo é o
futuro de nossas crianças e jovens”.
Um chamado à ação conjunta
Luis
Alberto Arce, presidente da Bolívia, fez uma declaração em sua conta na rede
social X na segunda-feira (09/09) em resposta ao Decreto Supremo Nº 5219, que
declara Situação de Emergência Nacional no país andino, para
anunciar o início do trabalho do Comando Conjunto Binacional Bolívia-Brasil em
San Ignacio de Velasco, Santa Cruz, por meio do qual 60 bombeiros florestais da
nação vizinha foram recebidos.
Da
mesma forma, de acordo com as informações fornecidas pelo presidente do país,
foi lançado o “Plano de Intervenção nos campos localizados em Ascensión de
Guarayos, San Ignacio de Velasco e Concepción”, que permitirá que os incêndios
sejam combatidos por terra e ar. O presidente Arce anunciou ainda que a ajuda
internacional do Chile, Venezuela e França deve chegar nos próximos dias para
reforçar o trabalho “nos departamentos mais afetados” e mitigar o impacto dos
incêndios.
Fonte:
Vatican News
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Itália. Apoio ao clero, generosos com
“homens do dom e do perdão"
Este
domingo, 15 de setembro, celebra-se na Itália o 36º Dia nacional de
conscientização para o sustento do clero. O chefe do serviço, Massimo Monzio
Compagnoni: as ofertas dedutíveis são uma ferramenta essencial para a vida e a
missão de 32.000 sacerdotes
Vatican News
Proclamadores do Evangelho em palavras e obras na Itália de
hoje, homens do dom e do perdão, construtores de relacionamentos, ativos ao
lado de famílias em dificuldades, idosos e jovens em busca de emprego. Os
sacerdotes oferecem seu tempo, apoiam pessoas solitárias, acolhem os novos
pobres, projetam redes de solidariedade que oferecem respostas concretas. Eles
contam com a generosidade das comunidades a fim de serem livres para servir a
todos e realizar seu ministério em tempo integral. O Dia nacional de
conscientização para o sustento do clero, que este ano chega à 36º edição,
chama a atenção para a importância da missão dos sacerdotes, para a beleza de
seu serviço e para a corresponsabilidade.
“O Dia nacional - explica o responsável pelo Serviço de
Promoção para o Apoio Econômico à Igreja Católica, Massimo Monzio Compagnoni -
é um domingo no qual todos nós, praticantes, expressamos nossa gratidão pelo
dom de si que nossos sacerdotes nos fazem todos os dias, testemunhas do
Evangelho de Jesus, pontos de referência nas comunidades, homens de fé,
esperança e proximidade. É nosso dever e é necessário um compromisso coletivo
para apoiá-los em sua missão, ... também economicamente”.
“Os sacerdotes - acrescenta Monzio Compagnoni - são chamados
a se dedicar inteiramente às comunidades que lhes foram confiadas, e eles fazem
isso todos os dias de forma silenciosa e bela. Para nós, fiéis, o único ônus é
cuidar deles e permitir que cumpram sua missão, apoiando-os também
financeiramente. As ofertas dedutíveis são o meio de garantir seu sustento e o
testemunho da corresponsabilidade de cada um na vida da Igreja. Uma oferta uma
vez por ano, mesmo que pequena, é suficiente para fazer parte de fato dessa
família.
Apesar do fato de terem sido estabelecidas há 40 anos, após a
revisão da concordata, as ofertas dedutíveis ainda são um assunto pouco
compreendido pelos fiéis, que consideram a oferta dominical suficiente; em
muitas paróquias, no entanto, isso não é suficiente para garantir ao pároco a
satisfação de suas necessidades.
Criadas como um instrumento para dar às comunidades menores
os mesmos meios das mais populosas, as ofertas para os sacerdotes são
diferentes de todas as outras formas de contribuições para a Igreja católica,
pois são expressamente destinadas a apoiar os sacerdotes que servem nas 226
dioceses italianas, incluindo também 300 sacerdotes diocesanos envolvidos em
missões em países em desenvolvimento e 2.552 sacerdotes que agora são idosos ou
estão doentes depois de uma vida dedicada ao serviço dos outros e do Evangelho.
O valor total das ofertas em 2023 foi de pouco menos de 8,4 milhões de euros,
em linha com 2022. Isso ainda está longe da necessidade anual total de 516,7
milhões de euros brutos, que é preciso para garantir aos cerca de 32.000 sacerdotes
uma remuneração de cerca de 1.000 euros por mês durante 12 meses.
No site www.unitineldono.it é possível fazer uma doação e
inscrever-se para receber a newsletter mensal a fim de se manter informado
sobre as muitas histórias de padres e comunidades que, de norte a sul da
Península, fazem a diferença para tantas pessoas.
Fonte:
Vatican News
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11º Seminário de Comunicação no Rio
reflete sobre reputação e imagem da Igreja
O
organizador do seminário, padre Arnaldo Rodrigues, que também é professor da
PUC Rio e assessor de comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB), destacou que o seminário tem tradição de fazer as perguntas certas para
cada tempo: “Em cada tema, procuramos estar antenados com a necessidades de
aprofundamento de cada ano. Como por exemplo, no ano passado aprofundamos a
Inteligência Artificial, muito falada hoje”.
Por Willian Bonfim - Rio de Janeiro
A 11ª edição do Seminário de Comunicação Social promovido
arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ) reúne, de 11 a 13, no Centro de Estudos do
Sumaré, no Rio de de Janeiro, 160 profissionais de comunicação da Igreja no
Brasil, sendo 40 de forma online, em torno da discussão do tema: Igreja, casa
de vido – assessoria de comunicação na construção da reputação e da
identidade”.
Na abertura, o arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal Orani
Tempesta, anfitrião do encontro, introduzindo o tema disse “estamos vivendo uma
era na qual, em razão das redes sociais, a Igreja e todas as organizações estão
expostas ao escrutínio público”. Decorre disto, segundo ele, a necessidade de
ter zelo e cuidado com a imagem, identidade e reputação da instituição. “Somos
chamados a ser autênticos e transparentes”, disse.
Dom Orani também falou do poder das redes sociais na
construção de falsas narrativas que levam as pessoas a acreditarem ser a
verdade. “Numa casa de vidro, a mídia de um modo geral foca mais em nossos
problemas, que devemos enfrentar e resolver, mas também devemos ser capazes de
mostrar as belezas de nossa Igreja”, disse. Dom Orani reforçou uma orientação
do Papa Francisco: “A nossa comunicação deve ser testemunho. Há sempre a
assinatura de nosso testemunho em tudo que fazemos”, disse.
O bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom
Ricardo Hoepers, enviou uma vídeo-mensagem de saudação aos participantes do
encontro. “A comunicação é fundamental na Igreja para levar aos corações a
verdade do Evangelho com lucidez”, disse.
Trilhas de aprendizado
O organizador do seminário, padre Arnaldo Rodrigues, que
também é professor da PUC Rio e assessor de comunicação da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB), destacou que o seminário tem tradição de fazer as
perguntas certas para cada tempo. “Em cada tema, procuramos estar antenados com
a necessidades de aprofundamento de cada ano. Como por exemplo, no ano passado
aprofundamos a Inteligência Artificial, muito falada hoje”, ressaltou.
Padre Arnaldo afirmou que o seminário é uma grande
oportunidade para os comunicadores eclesiais aprofundarem temas importantes
para a sua área de atuação e qualificar o trabalho da Igreja no Brasil no
campo da comunicação. Ele aprofundou a primeira conferência do seminário:
“Prevenção e Gestão de Crises: Garantindo a Reputação e Imagem Institucional da
Igreja Católica”.
Nas onze conferências oferecidas pelo seminário, os
participantes estão aprofundando temas como: Estratégias de comunicação:
impacto e eficiência nas assessoria para pessoas físicas e governamentais; O
que é noticia ou não, nesses tempos de mídias sociais aceleradas; Novas
ferramentas de IA para Assessoria de Comunicação; Correta expressão visual da
marca: como se deve usar e quais os riscos de aplicações erradas; Assessoria de
Comunicação assertiva e sob medida: estruturação eficiente com recursos
limitados; A transparência das instituições religiosas para uma boa construção
da opinião pública; construindo identidade: a integração estratégica de
comunicação e marketing; e além do Press Release: Entendendo as Necessidades da
Mídia.
Fonte:
Vatican News
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Paquistão: 230 mil estudantes sem
escola devido a inundações no sul do país
Mais
de 1.300 escolas foram danificadas, 228 delas completamente destruídas. Desde
1º de julho, as monções já causaram 76 mortes em toda província, metade delas
eram crianças. O Paquistão está em 14º lugar entre 163 países no Índice de
Risco Climático para Crianças (CCRI) do Unicef. "As monções mais uma vez
atrapalharam a vida de todo Paquistão. Crianças perderam vidas, casas e
escolas."
Vatican
News
As
crianças estão sentindo os efeitos do clima extremo em Sindh, com 230 mil
alunos afetados pelo fechamento de escolas devido às devastadoras enchentes das
monções na parte sul do Paquistão. Mais de 1.300 escolas foram danificadas,
sendo que 228 delas foram completamente destruídas. De acordo com os números
mais recentes do Departamento de Educação de Sindh, mais de 450 escolas não
estão funcionando devido à água parada, com um impacto imediato no aprendizado
das crianças.
“De
ondas de calor a inundações, as crianças são repetidamente excluídas do
aprendizado devido a choques climáticos. O Paquistão, que já está enfrentando
uma emergência educacional com 26,2 milhões de crianças fora da escola, não
pode se dar ao luxo de mais perdas de aprendizado”, disse o representante do
Unicef no Paquistão, Abdullah Fadil: “nossa esperança é que a água da chuva
diminua rapidamente e as crianças possam voltar às salas de aula. Nosso temor é
que o fechamento prolongado das escolas diminua a probabilidade de que elas
retornem”.
Sindh, a província mais afetada
Desde
1º de julho, as monções já causaram 76 mortes em toda a província, metade delas
eram crianças. Os rios transbordantes inundaram casas em Sindh, no sul do
Paquistão, deslocando 140 mil crianças e famílias em 10 distritos atingidos
pelo desastre. As equipes do Unicef estão no local realizando avaliações sobre
as necessidades e coordenando de perto com o governo e os parceiros locais os
planos de resposta imediata e de longo prazo para restaurar o acesso à educação
e garantir a recuperação rápida das comunidades afetadas.
Sindh
também foi a província mais afetada durante as enchentes devastadoras de 2022,
incluindo instalações de saúde e educação, destruídas praticamente da noite
para o dia. Ainda abaladas, as comunidades mais uma vez se encontram na linha
de frente das condições climáticas extremas, com as crianças pagando um preço
alto.
“As
monções mais uma vez atrapalharam a vida de todo Paquistão. Crianças perderam
vidas, casas e escolas.”
E
Fadil acrescentou: “precisamos de investimentos urgentes em educação e cuidados
infantis resistentes ao clima. Precisamos formar uma coalizão de parceiros para
inovação, adaptação e mitigação neste país vulnerável ao clima e encontrar
soluções duradouras para as crianças em um clima alterado e mutável”.
O
Paquistão está em 14º lugar entre 163 países no Índice de Risco Climático para
Crianças (CCRI) do Unicef, com crianças em “risco extremamente alto” pelos
impactos das mudanças climáticas e choques ambientais, ameaçando a saúde, a
educação e o futuro.
Fonte:
Vatican News
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Nigéria tem pior inundação dos últimos
30 anos, com 1 milhão de pessoas atingidas
A
Diocese de Maiduguri faz um apelo à oração e às doações pelas vítimas: “Por
favor, rezem por nós. A Diocese de Maiduguri entrará em contato com você para
pedir apoio na assistência às pessoas afetadas”.
“Fomos
atingidos pela pior inundação dos últimos 30 anos”, informa na sua página no
Facebook a Diocese de Maiduguri, capital do Estado de Borno, no nordeste da
Nigéria, invadida pelas águas no dia 10 de setembro, na sequência do colapso da
represa Alau. O reservatório, que fica a cerca de 20 km ao sul da cidade,
rompeu devido às chuvas que caem incessantemente na região desde o final de
agosto.
“Não
há comida, abrigo ou saneamento para os deslocados. O governo reabriu os campos
para deslocados, mas eles estão sobrecarregados pelo número de pessoas que
buscam refúgio”, diz a diocese. “Os relatórios que chegam dizem que o cemitério
islâmico está inundado. Alguém relatou ter visto vítimas flutuando nas águas
que invadiam as ruas. O parque de vida selvagem (zoológico) também foi afetado
e alguns animais perigosos perambulam pela cidade. Também há relatos de fuga da
prisão." Além disso, o sistema de esgoto falhou, aumentando o risco de
surtos de epidemias, especialmente porque as águas também invadiram instalações
hospitalares, como a clínica universitária.
Entre
as estruturas atingidas está também a Catedral de Maiduguri, dedicada a São
Patrício, que foi invadida pelas águas. As cheias atingiram também os principais
mercados, incluindo armazéns de cereais, frutas e legumes, enquanto muitos
centros comerciais permanecem fechados, resultando em uma grave escassez de
produtos alimentares, sendo os poucos disponíveis vendidos a preços muito
elevados, o que agrava ainda mais as condições das classes sociais mais pobres
já em dificuldades devido ao forte aumento dos preços dos alimentos provocado
pela forte inflação.
De
acordo com o Programa Mundial de Alimentos, mesmo antes das cheias, mais de 4
milhões de pessoas no Estado de Borno encontravam-se em um estado de grave
emergência alimentar.
O
movimento jihadista Boko Haram nasceu em Maiduguri e arredores em 2009, cujas
ações ao longo dos anos forçaram a fuga de centenas de milhares de habitantes
de aldeias vizinhas. Entre os mais afetados pelas inundações estão as pessoas
que ainda vivem nos campos de deslocados erguidos em Maiduguri e que não
puderam regressar às suas casas.
E
é a estas estruturas que se refere a nota da diocese. Agora, esses campos
também são usados para acomodar os cidadãos de Maiduguri que perderam suas
casas inundadas pelas águas. De acordo com um primeiro balanço oficial, há
cerca de trinta vítimas das cheias e cerca de 400 mil pessoas deslocadas, mas
as pessoas atingidas de uma forma ou outra pela catástrofe são um milhão.
A
mensagem da diocese termina lançando um apelo à oração e às doações pelas
vítimas: “Por favor, rezem por nós. A Diocese de Maiduguri entrará em contato
com você para pedir apoio na assistência às pessoas afetadas”.
A
Barragem de Alau foi construída em 1986 para ajudar os agricultores em
Maiduguri na irrigação e controlar as inundações do Rio Ngadda quando este
recebe caudais de água superiores ao normal.
*Agência
Fides
Fonte:
Vatican News
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Mpox na RDC - UNICEF procura proteger
as crianças
A
República Democrática do Congo registou até 31 de agosto, mais de 21.000 casos
suspeitos de Mpox, incluindo mais de 5.000 casos confirmados e 700 mortes. A
crise exige uma ação enérgica, segundo o "Africa CDC." E o plano de
resposta do UNICEF dá prioridade às crianças com menos de 15 anos em 12
províncias do país.
Dulce
Araújo - Vatican News
A
Agência de Saúde Pública da União Africana, informou quinta-feira que desde o
início do ano, já se verificaram no continente 26.543 casos de Mpox dos quais
5.731 confirmados, e 724 mortes. De acordo com Diretor geral do
Centro Africano para o Controlo e Prevenção de Doenças (Africa CDC), Jean
Kaseya, as mortes e infeções registadas desde janeiro deste ano em África
representam 43% e 56%, respetivamente, das registadas, no total, desde janeiro
de 2022 até hoje. Foi em 2024 - disse - que o surto se tornou um grande
problema. Há mais mortes em 2024 do que nos dois anos precedentes juntos.
Ele afirmou, em conferência de imprensa, que a crise "exige uma ação
enérgica." E lamentou que só na semana passada 107 pessoas tenham
perdido a vida.
À
medida que o número de casos de Mpox ou varíola dos macacos, continua a
aumentar na República Democrática do Congo (RDC), o UNICEF está a intensificar
o seu apoio ao governo para proteger e salvar as vidas de crianças menores de
15 anos, que representam aproximadamente 60% dos casos suspeitos e 80% das
mortes este ano. Há que garantir que todas as crianças recebem cuidados vitais
de que necessitam - disse Mariame Sylla, Representante Adjunta do
UNICEF para a RDC.
Na
semana passada, o UNICEF recebeu as primeiras remessas da vacina Mpox,
totalizando 215 mil doses. Espera-se que mais remessas cheguem em breve. Entretanto,
o UNICEF está a apoiar a implementação da vacina através de fornecimentos e
logística e de formação de profissionais de saúde para transportar, armazenar e
administrar vacinas aos pacientes.
Em
colaboração com o Governo da RDC, a OMS e o Centro Africano para o Controlo e
Prevenção de Doenças (Africa CDC), o UNICEF está a liderar atividades sobre
prevenção e controlo de infeções, comunicação de riscos e envolvimento
comunitário, nutrição, saúde mental e apoio à psicologia e investigação operacional.
Entre
maio e agosto de 2024, ações da Organização ajudaram a tratar mais de 1.500
pacientes, dos quais mais de 70% eram crianças com menos de 15 anos.
Até
agora, as equipas de envolvimento comunitário alcançaram 46 milhões de pessoas
em todo o país com mensagens sobre a vacina Mpox através dos meios de
comunicação social, divulgação presencial, sms e canais digitais. As próximas
ações centrar-se-ão na eficácia e segurança da vacina, combatendo a
desinformação. O UNICEF apoia a comunicação de riscos e o envolvimento
comunitário em todas as 26 províncias.
A
resposta do UNICEF à doença de Mpox abrange 12 das 26 províncias da RDC, com
cinco províncias consideradas de elevada prioridade. Esta Organização da ONU
para a Infância afirma precisar de 35 milhões de dólares para alcançar um total
de 2,28 milhões de pessoas, incluindo 1,32 milhões de crianças, durante os
próximos 6 meses. A lacuna de financiamento é atualmente de 79%.
Em
toda a RDC, mais de 25 milhões de pessoas necessitam de assistência
humanitária, incluindo cerca de 15 milhões de crianças. Só na parte oriental do
país, 7 milhões de pessoas estão deslocadas, o que faz da RDC uma das maiores
crises de deslocados a nível mundial.
“Muitas
das pessoas afetadas pela emergência Mpox já enfrentavam múltiplas privações
devido a conflitos armados, deslocações e outras epidemias”, disse Mariame
Sylla. “A resposta à Mpox não deve levar a negligenciar as necessidades
humanitárias pré-existentes e quaisquer medidas devem servir para fortalecer os
esforços existentes” - rematou.
Fonte:
Vatican News
----------------------------------------------------------.s
ONU renova embargo de armas ao Darfur
por mais um ano
O
embargo de armas para Darfur foi renovado, mas agora deve ser aplicado a todo o
Sudão. Ontem, 11 de setembro, os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU
votaram por unanimidade pela prorrogação, por mais um ano, até 12 de setembro
de 2025, do embargo de armas imposto, em 2004, à região ocidental do Sudão:
Darfur. O embargo fora decidido na sequência dos massacres cometidos pelas
milícias árabes pró-governamentais, Janjaweed, contra as populações não-árabes
de Darfur.
Dulce
Araújo (com FIDES) - Vatican News
O
embargo fora decidido na sequência dos massacres cometidos pelas milícias
árabes pró-governamentais, Janjaweed, contra as populações não-árabes de
Darfur.
Ao
longo dos anos - refere a agência FIDES que dá a noticia - os Janjaweed foram
integrados nas Forças de Apoio Rápido (RSF), lideradas pelo General Mohamed
Hamdan “Hemedti” Dagalo, um dos dois intervenientes na guerra que eclodiu a 15
de Abril de 2023, quando as RSF começaram a entrar em conflito com o Exército
Regular (SAF), comandado pelo General Abdel-Fattah Burhan.
As
RSF conquistaram uma grande parte de Darfur e, por esta razão, o embaixador do Sudão
na ONU insistiu que o Conselho de Segurança sancionasse a milícia Dagalo, com
medidas específicas.
Organizações humanitárias pedem sanções para todo o
Sudão
As
organizações humanitárias internacionais apontam, em vez disso, que o embargo
de armas deveria ser estendido a todo o território do Sudão, atingindo todas as
partes em causa para tentar travar um conflito que já causou pelo menos 20.000
mortes, quase 10 milhões de deslocados e refugiados, enquanto 25,6 milhões de
pessoas estão à beira da fome aguda e mais de 755 mil estão perigosamente perto
da falta de alimentação suficiente.
Como
destaca um relatório recente da Human Rights Watch (HRW), o conflito é
alimentado por um fluxo constante de armas proporcionadas por vários
fornecedores. De entre eles, segundo as acusações apresentadas pelo Embaixador
do Sudão na ONU, estão os Emirados Árabes Unidos, que armam a RSF com munições
que passam pela fronteira com o Chade. Na opinião desse diplomata, a recente
reabertura, pelo Chade, da passagem fronteiriça de Adré para permitir a
transição de ajudas humanitárias, permitiu que as armas chegassem àquela força
paramilitar. O Embaixador sudanês disse ainda que, segundo informações obtidas
junto de um mercado europeu de ouro, os Emirados Árabes Unidos estão a lucrar
com o ouro sudanês extraído em Darfur.
Resposta às acusações
O
representante dos Emirados na ONU respondeu às acusações do seu homólogo
sudanês, afirmando que se trata de “uma tentativa cínica de desviar a atenção
dos fracassos das Forças Armadas Sudanesas” e acusou os militares de Cartum de
falta de coragem política e de usarem a fome como arma de guerra e ainda de
recusarem ouvir os apelos para pôr termo ao conflito e sentar-se à mesa das
negociações.
“Para
acabar com este conflito, as SAF devem dar o passo fundamental de participar
nas conversações de paz e encontrar a coragem política de negociar com o seu
inimigo”, disse ele, referindo-se às conversações de paz em Genebra, nas quais,
os militares sudaneses recusaram-se até agora a participar.
Fonte:
Vatican News
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Vaticano: Papa
diz que abuso sexual de menores é «vergonha» e critica encobrimentos
Francisco
comentou casos que envolvem figuras da Igreja
O
Papa afirmou hoje que o abuso sexual de crianças “é um crime, uma vergonha”,
respondendo a uma questão sobre os casos que envolveram o bispo Ximenes Belo e
o francês Abbé Pierre.
“O
abuso é, na minha opinião, uma coisa demoníaca, porque todos os tipos de abuso destroem
a dignidade da pessoa, todos os tipos de abuso tentam destruir aquilo que todos
nós somos: a imagem de Deus. Fico feliz quando estes casos são tornados
públicos”, referiu aos jornalistas que o acompanharam na viagem de regresso a
Roma, desde Singapura.
Francisco
admitiu que a questão toca num “ponto muito sensível, muito delicado”, porque
diz respeito a “pessoas boas, pessoas que fazem o bem, mas depois, com tanto
bem que fizeram, depois vemos que essa pessoa é um pecador feio”.
“Esta
é a nossa condição humana. Não devemos dizer ‘vamos encobrir, vamos encobrir’,
para que não se veja. Os pecados públicos são públicos e devem ser condenados”.
Em
julho deste ano, a ‘Emmaüs International’, ‘Emmaüs France’ e a Fundação Abbé
Pierre divulgaram um relatório sobre atos de “abuso ou assédio sexual” que o
fundador da comunidade terá cometido entre o final da década de 1970 e 2005.
Heni
Grouès, “Abbé Pierre”, fundador da Comunidade Emaús, faleceu aos 94 anos de
idade, em janeiro de 2007.
Francisco
sublinhou que “o Abbé Pierre é um homem que fez muito bem, mas também é um
pecador”.
“Temos
de falar claramente sobre estas coisas, não as esconder”, insistiu.
O
Papa destacou que é preciso trabalhar em conjunto “não só contra o abuso
sexual, contra todos os tipos de abuso: abuso social, abuso educacional, mudar
a mentalidade das pessoas, tirar-lhes a liberdade”.
“Há
cinco anos [fevereiro de 2019], tivemos uma reunião com os presidentes das
Conferências Episcopais sobre os casos de abusos sexuais e outros, e tínhamos
uma estatística muito boa, penso que das Nações Unidas. 42 a 46% dos abusos ocorrem na família ou na
vizinhança”, recordou.
No
final da conversa, o Papa quis sublinhar que desconhecia qualquer abuso
cometido pelo Abbé Pierre antes de ter chegado ao Vaticano.
“Quando
é que o Vaticano soube, não sei, porque não estava cá e nunca tive a ideia de
investigar. Mas depois da sua morte, de certeza; antes, não sei”, apontou.
Em
resposta a um jornalista francês, Francisco negou que vá presidir à reabertura
da Catedral de Notre-Dame, em dezembro.
“Não
vou a Paris”, referiu.
Fonte:
Agência Ecclesia
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Catedral da Sé
de SP acolhe celebração do Dia Nacional do Terço dos Homens
A
data foi instituída pela lei federal 14.558/2023, para ser celebrada no dia 8
de setembro, quando tradicionalmente a Igreja celebra a Natividade da Virgem
Maria.
Na
manhã do último sábado, 7, diversos Grupos do Terço dos Homens da Região
Metropolitana de São Paulo lotaram a Catedral da Sé para celebrar a segunda
edição do Dia Nacional do Terço dos Homens, instituído pela lei federal
14.558/2023, para ser celebrado no dia 8 de setembro, quando tradicionalmente a
Igreja celebra a Natividade da Virgem Maria.
Anunciadores
e propagadores da Fé
A
Santa Missa foi presidida pelo Cônego Helmo Cesar Faccioli, Auxiliar do Cura da
Catedral, que, em sua homilia, manifestou sua alegria por ver a Catedral da Sé
lotada pelos participantes do Terço dos Homens. Ele também afirmou que o homem
que reza, mesmo em meio às situações de tristeza, deve ser capaz de transmitir
uma alegria contagiante, já que é alguém que crê no Cristo nascido da Virgem
Maria, Aquele que veio para a libertação das misérias humanas.
Motivando
os homens do Terço para que sejam anunciadores e propagadores da Fé, não se
envergonhem por esta vida de oração e respondam às eventuais críticas com o
sorriso daqueles que têm paz e a segurança interior que decorre da Fé, o
sacerdote frisou que “o Terço é a oração mais profunda para fazer acontecer
Deus no meio do nós”.
Quando
o homem reza a terra treme
Recordando
o slogan do movimento (“Quando o homem reza a terra treme”), Padre Wellington
Laurindo, Assistente Eclesiástico do Terço dos Homens na Região Sé, afirmou que
grandes momentos celebrativos como este ajudam a fortalecer os grupos.
“Muitas
vezes, nas nossas paróquias, são 15, 20, 30 pessoas no Terço dos Homens, mas
aqui é bom para vermos que há este grande número de homens unidos em oração
pela conversão dos homens e das nossas famílias”, ressaltou.
Catedral
da Se de SP acolhe celebracao do Dia Nacional do Terco dos Homens 4
Recitação
do terço e coroação da imagem mariana
O
sacerdote exortou aos presentes para que convidem outros homens para ingressar
neste movimento mariano e garantiu que a coordenação arquidiocesana do Terço
dos Homens se comprometerá a, a partir deste ano, sempre enviar um grupo do
movimento aos sábados à Catedral da Sé. Ao término da Santa Missa ocorreu a
recitação dos mistérios gozosos do Santo Terço
O
encerramento do Santo Terço ocorreu com a passagem de um grande manto de Nossa
Senhora Aparecida pelo corredor central da Catedral, e a coroação da imagem
mariana. A Província Eclesiástica de São Paulo conta com pelo menos 400 grupos
de Terço dos Homens. Além da Arquidiocese de São Paulo, o grupo engloba as
Dioceses de Santos, Mogi das Cruzes, Osasco, Santo Amaro, Campo Limpo, Santo
André, Guarulhos e São Miguel Paulista. (EPC)
Fonte:
Gaudium Press
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