Informativo Diocesanos

Informativo Diocesano Semanal - 25 de agosto de 2024
23/08/2024


ASSESSORIA DIOCESANA DE COMUNICAÇÃO

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ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Ano 28 – nº. 1.462 – 25 de agosto de 2024


Atividades da semana: Neste domingo, às 10h, Dom Adimir, missa e crismas na igreja N. Sra. da Salette, Faxinalzinho, Paróquia São Roque de Benjamin Constant do Sul.

- De terça-feira a sexta-feira, Dom Adimir, continuação da visita pastoral na Paróquia São Roque de Benjamin Constant do Sul.

- Sexta-feira, às 19h, no Seminário, N. Sra. de Fátima, reunião da Comissão Diocesana de Liturgia.

- Sábado, das 08h30 às 16h, no Santuário N. Sra. do Caravcagio, Farroupilha, encontro estadual da Pastoral da Criança celebrando seus 40 anos no Estado com participação de mais de 20 agentes da Diocese de  Erexim; das 08h30 às 16h, retiro dos Diáconos permanentes e esposas, na comunidade São João da Paróquia São Valentim; às 14h, na igreja São Pedro, Erechim, encontro de oração com catequistas da Diocese em preparação do Jubileu 2025; às 18h, Dom Adimir, apresentação do Pe. Antonio Miro Serraglio, atualmente no Lar Sacrdotal, como administrador paroquial da Paróquia S. Francisco de Assis, Bairro Progresso, Erechim. Pe. Felipe Fioravante Filippini que atuava nessa Paróquia continurá seu trabalho na Paróquia N. Sra. das Dores de Capoerê. 

- Domingo, às 10h, na igreja S. Roque da sede paroquial de Benjamin Constant do Sul, Dom Adimir, missa com bênção da igreja reformada, dedicação de seu altar e encerramento da visita pastoral naquela Paróquia. 

Paróquia São Caetano de Severiano de Almeida com dois outros diáconos permanentes: Desde o dia 13 de março de 2015, a Paróquia São Caetano de Severiano de Almeida conta com um diácono permanente, Vicente Colla. A partir da noite do dia 17, passou a ter dois outros, Orides Bisol e Valdecir José Zibetti, ordenados por Dom Adimir Antonio Mazali, Bispo diocesano de Erexim, em celebração eucarística na igreja da sede daquela Paróquia, concelebrada por 4 padres, com a participação de 11 diáconos, expressivo número de ministros, coroinhas e acólitos, familiares, amigos e membros de diversas comunidades da mesma, especialmente a local, e de outras da Diocese e de fora dela. Pe. Lucas André Stein foi o cerimoniário. No início da missa, o Pároco, Pe. João Dirceu Nardino, com muito entusiasmo, acolheu a todos os participantes com a respectiva apresentação.

O rito da ordenação: O Pároco solicitou ao Bispo que ordenasse os candidatos, assegurando serem dignos deste sacramento. O Bispo os acolheu e os interrogou sobre suas disposições para o ministério. Proferiu a homilia, convidou a assembleia a rezar a ladainha de todos os santos, durante a qual os ordenandos ficaram prostrados, em sinal de humildade e consciência de suas limitações, pedindo a graça divina. Concluída a ladainha, o Bispo impôs as mãos sobre ambos e recitou a oração de ordenação. Motivou familiares a entregar-lhes a estola e a revesti-los com a dalmática, paramento próprio do diácono. Entregou-lhes o livro dos Evangelhos, deu-lhes o abraço da paz, gesto seguido pelos padres presentes, e os conduziu ao altar. Os novos diáconos dispuseram a mesa eucarística para o rito do ofertório e a sequência da missa. 

A homilia de Dom Adimir: Nas saudações iniciais, agradeceu às esposas dos ordenandos por sua concordância e apoio a eles. Destacou que a Palavra de Deus ilumina nossa vida em todas as circunstâncias. Referindo-se às leituras e ao evangelho da celebração, Atos dos Apóstolos, a instituição dos primeiros 7 diáconos; Primeira Carta aos Coríntios, as virtudes fundamentais, fé, esperança e caridade; evangelho, a parábola bom samaritano, a atitude do cristão em relação aos irmãos e irmãs, especialmente os mais necessitados. Recordou recomendações do ritual das ordenações aos que são chamados ao ministério do diaconado e as suas atribuições. Exortou os ordenandos a agirem de tal modo que em seu ministério as pessoas possam reconhecê-los como discípulos daquele que veio para servir e não para ser servido e que os frutos do seu trabalho sejam reflexos do seu modo de ser e o seu falar de Cristo seja expressão do seu falar com Ele. 

Pronunciamentos: Após a oração conclusiva do rito da comunhão, houve alguns pronunciamentos – do Pároco, de representante do Conselho, de um diácono pela Comissão dos Diáconos, e dos dois ordenados. Concluída a celebração, houve jantar no salão paroquial com participação de aproximadamente 300 pessoas. 

Segunda Romaria Vocacional da Diocese de Erexim: Em torno de 170 pessoas de Paróquias da Diocese de Erexim, 100 delas de Gaurama, de membros de equipes de Pastoral Vocacional, do grupo do Santuário e duas irmãs participaram da Segunda Romaria Vocacional Diocesana na tarde do dia 17, no Santuário N. Sra. de Fátima. Pe. Lucas André Stein, coordenador diocesano do Serviço de Animação Vocacional, fez a acolhida a todos e a respectiva apresentação. A seguir, conduziu a oração inicial com cantos, leitura do Evangelho e recitação de dezena do terço por membros das equipes vocacionais e acendimento de vela ao redor da imagem de N. Sra. de Fátima a cada Ave-Maria. Dom Adimir saudou o grupo, enfatizando que ele estava feliz pela presença de todos, como haviam cantado na apresentação dos grupos, “estou feliz porque você chegou”. Motivou ao discernimento vocacional e à oração pelas vocações. A Romaria prosseguiu com dinâmica de integração, testemunhos de um casal, da Irmã Cristina das Franciscanas Missionárias de Maria Auxiliadora, do seminarista Henryque, e a missa conclusiva. Pe. José Carlos Sala, ao teclado; seminarista Henryque com violão e Irmã Vera, da Sagrada Familia de Maria, com flauta, animaram o evento com diversos cantos e motivações.

Encontros de formação sobre o tema do Mês da Bíblia deste ano: Sob a coordenação dos padres Jair Carlesso e Lucas Stein, haverá 4 encontros de formação sobre o tema do Mês da Bíblia deste ano, o profeta Ezequiel. Os encontros, sem custos para os participantes, serão nas segundas-feiras dias 09, 16, 23 e 30 de setembro, das 19h30 às 21h. no Auditório São José, com os seguintes temas: animação bíblica da Pastoral; introdução à profecia e contexto de Ezequiel; a profecia de Ezequiel antes da queda de Jerusalém (em 587 a.C.); a profecia depois da queda de Jerusalém. 

Regional Sul 3 da CNBB celebra 60 anos, jubileu de diamante: Na assembleia geral da CNBB, no dia 27 de setembro de 1964, em Roma, durante a terceira sessão do Concílio Vaticano II, foi criado o Regional Sul 3 da CNBB, integrado pelas Arquidioceses e Dioceses dos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Em 1969, os bispos de Santa Catarina optaram pelo desmembramento do Regional Sul 3, constituindo-se no Regional Sul 4, instalado em 02 de setembro de 1970. Atualmente, o Regional Sul 3 é constituído pelas Arquidioceses de Porto Alegre, Santa Maria, Pelotas e Passo Fundo e pelas Dioceses Rio Grande, Bagé, Uruguaiana, Cachoeira do Sul, Osório, Montenegro, Santa Cruz do Sul, Novo Hamburgo, Caxias do Sul, Cruz Alta, Santo Ângelo, Vacaria, Frederico Westphalen e Erexim. O Regional está celebrando seus 60 anos, jubileu de diamante. Para a celebração, foi constituída uma comissão que, entre outras atividades, propôs a composição de um hino. O convidado para compô-lo foi o Pe. José Carlos Sala, de nossa Diocese. Ele teve presente as palavras de São Paulo na primeira carta aos coríntios “ai de mim se não evangelizar”, a exortação apostólica do Papa Francisco a Alegria do Evangelho, a frase do profeta Isaías, “quão formosos são os pés do mensageiro da boa nova” e a exortação de São Paulo na primeira carta aos tessalonicenses “por tudo dai graças ao Senhor”. 

O hino dos 60 anos do Regional Sul 3 da CNBB: Ref. O Senhor nos chama e nos envia / para anunciar a Boa-Nova com alegria. (EG 1) / /:Eu digo: “Sim, vou proclamar! / Ai de mim se eu não Evangelizar!”:/ (I Cor 9,16b) / 1. Formosos são os pés do mensageiro / que segue, anunciando a salvação, / proclama a Boa-Nova e a paz / com amor e compaixão! (Is 52,7) / 2. Formamos uma Igreja em saída, (EG 20-24) / de portas sempre abertas para o mundo, (EG 46) / fiéis ao dinamismo missionário / de anunciar Jesus. (EG 48) / 3. Por tudo, damos graças ao Senhor, (1Ts 5,18) / na história de evangelização / nas terras do Rio Grande do Sul: / Louvor e gratidão.

Romaria Nacional de Catequistas: De sexta-feira a este domingo, início da semana da vocação dos leigos e leigas e dia nacional do e da catequista, realiza-se a Romaria Nacional de Catequistas no Santuário de Aparecida, promovida pela Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB. Ainda no início deste mês, havia mais 3.000 inscritos para o evento. Na Romaria são refletidos vários assuntos como catequese, mídias digitais e inteligência artificial. Os participantes também têm contato com projetos comuns para a Igreja no Brasil em torno da Iniciação à Vida Cristã.

Curso de especialização em Animação Vocacional: Na necessidade sempre mais urgente de eficaz formação dos que atuam no serviço de animação vocacional, será realizado, a partir do dia 03 de setembro, curso de Especialização em Animação Vocacional, promovido pelo Instituto de Pastoral Vocacional e a CNBB, por meio da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada. O curso é voltado para cristãos e cristãs leigos(as), ministros ordenados, religiosos e consagrados(as), com graduação completa, que atuam na Equipe Vocacional Paroquial, Diocesana, Regional ou Nacional, agentes atuantes no Setor de Animação Vocacional nas suas comunidades, congregações e institutos, bem como aqueles que não atuam na Animação Vocacional, mas queiram aprofundar-se ou iniciar-se no assunto.

Ação da Igreja no Rio Grande do Sul durante as enchentes: O Regional Sul 3 da CNBB lançou e está distribuindo gratuitamente revista com panorama das iniciativas da Igreja durante as enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul.  A publicação está disponível para leitura na versão digital. Assim como a dor vivida por milhares de pessoas nesse tempo, a ação da Igreja no Rio Grande do Sul durante as enchentes que assolaram o Estado em abril e maio é difícil de ser mensurada. Foram inúmeras famílias atendidas, centenas de abrigos, campanhas e ações em prol da população afetada. A Igreja abriu suas portas para acolher os desabrigados. Segundo Dom Leomar Brustolin, Arcebispo de Santa Maria e Presidente do Regional Sul 3, a  capilaridade das paróquias, a proximidade dos padres e da vida consagrada, o compromisso dos leigos e leigas fizeram nossas comunidades assemelharem-se a Hospitais de Campanha que socorreram as emergências, aponta o Presidente do Regional, dom Leomar Brustolin. Com 90 páginas, a publicação conta com artigos especiais, testemunhos e matérias distribuídas em quatro eixos: meio ambiente, economia solidária, espiritualidade e amizade social. Serão enviados 2.000 exemplares para as 4 Arquidioceses e 14 Dioceses do Estado e 10 para as dos outros como sinal de reconhecimento pelo auxílio enviado na catástrofe e prestação de contas.

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Informações da semana

Do dia 22/8/24

CNBB participa de Fórum Anual Inter-Religioso do G-20 sobre Religião e Desenvolvimento Sustentável

O Fórum Anual Inter-Religioso e PaRD do G-20 de 2024 sobre Religião e Desenvolvimento Sustentável acontece entre os dias 19 e 22 de agosto no Hotel Royal Tulip, em Brasília. O arcebispo de Feira de Santana (BA), dom Zanoni Demettino, o padre Marcus Barbosa Castro, membros da Comissão para Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) representaram o secretário-Geral da entidade no evento.

O encontro, cujo tema foi: “Não Deixar Ninguém para trás: O Bem-estar do Planeta e de seu Povo”, reuniu especialistas de diferentes religiões para abordar temas relacionados ao Diálogo Inter-Religioso e ao Desenvolvimento Sustentável para uma vida melhor no planeta.  O evento, com 30 sessões simultâneas, foi hibrido e transmitido via Zoom.

Cenário Global

Dom Zanoni apresentou a perspectiva da Igreja Católica na palestra de abertura que aprofundou o tema do “Cenário Global”.  Ele falou do importante papel das religiões na gestação de um mundo de paz. “Precisamos todos nos envolver por uma vida em harmonia com a Criação, respeitando os limites do planeta. Temos presente a realidade de sofrimento de comunidades pobres e vulneráveis. Por isso pedimos novos modelos de desenvolvimento e estilos de vida, que sejam compatíveis tanto com o clima e sejam capazes de afastar as pessoas da pobreza”, disse.

O bispo pontuou o cenário das inúmeras guerras e o gasto com armamento militar no planeta.  “É um escândalo o aumento do número de pessoas que morrem de fome. Observa-se que a cada dia desaparece uma espécie de animal ou vegetal.  Pode-se afirmar que o Brasil está polarizado. No entanto, o fenômeno não é privilégio do nosso país. Essa realidade atinge a todos os lugares”. Diante de tal cenário, dom Zanoni lançou as seguintes perguntas: Qual deve ser a nossa postura? Quem vai gestar um mundo de paz.

Laudato Si’

Dom Zanoni e o assessor da Comissão para o Ecumenismo, padre Marcus Barbosa também participaram painel: “Lições e testemunhos de lideranças religiosas na defesa do meio ambiente. Reflexões a partir da Laudato Si’ e do documento Al Mizan que destaca os ensinamentos mulçumanos sobre questões ambientais”. 

    Padre Marcus destacou que a CNBB é sempre bem acolhida nesses encontros que encorajam um sentimento de maior conexão entre as diversas religiões. “Há um grande reconhecimento do papel e dos trabalhos da Igreja Católica na sociedade”, disse.

De acordo com ele, o Fórum Inter-Religioso para G20 representa também o comprometimento das religiões que expressam suas vozes diante do desafio do bem-estar do planeta e de seu povo. “Queremos com esse Fórum intensificar as vozes proféticas de nossas comunidades de fé. No mundo, 84% da população têm filiação religiosa. A influência religiosa não pode ficar de fora de todos os processos de busca de um mundo mais justo e fraterno”, pontuou.

Fonte: CNBB

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Organização dos Seminários e Institutos do Brasil realizará Encontro de Atualização para Psicólogos

    “O conceito de formação integral reveste a máxima importância, enquanto é a mesma pessoa na sua totalidade, com tudo o que é e com tudo o que possui, a estar a serviço do Senhor e da comunidade Cristã.” (O dom da vocação presbiteral – Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis, Doc. 32, nº 92)

O processo formativo dos futuros presbíteros requer atenção, empenho e auxílio de profissionais qualificados e atualizados. Para isso, a Organização dos Seminários e Institutos do Brasil (OSIB Nacional) promove anualmente o Encontro Nacional de Atualização para Psicólogos. A iniciativa acontecerá de 20 a 22 de setembro de 2024, no Hotel Slavieiro, em Guarulhos (SP).

O encontro é destinado aos psicólogos que atuam nos Seminários Menores, Propedêuticos e Maiores e refletirá o tema: “A contribuição da formação humano-afetiva para a dimensão pastoral dos futuros presbíteros”. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas (AQUI).

Os assessores serão o bispo de Santo Amaro (SP), dom José Negri, licenciado e mestre em Psicologia pela Universidade Gregoriana de Roma. Na Itália, foi diretor espiritual do Seminário de Teologia PIME, em Monza, de 1999 a 2002, e Conselheiro da Região Itália Norte, de 2000 a 2002. Também foi professor do curso de graduação de “Aconselhamento Formativo”, em São Paulo (SP). Atuou como bispo referencial para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial do regional Sul 4 e membro da Comissão de Proteção da Criança e do Adolescente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O outro assessor é o padre Henrique Souza da Silva, presbítero da diocese de Osasco (SP), doutor e mestre em educação.

    “Contamos com o empenho, esforço e participação de todos os psicólogos que atuam, junto aos Seminários Menores, Propedêuticos e Maiores”, exorta a OSIB.

Fonte: CNBB

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V Encontro da Igreja na Amazônia Legal discute evangelização e divulga mensagem para as Eleições 2024

Bispos da Igreja Católica na região amazônica do Brasil concluíram, na manhã desta quinta-feira, 22 de agosto, o V Encontro da Igreja na Amazônia Legal. Após três dias de partilhas, análises, reflexões e momentos de celebração e oração, os participantes elegeram caminhos práticos para se concretizar as intuições estabelecidas no encontro  Santarém e no Sínodo para a Amazônia.

Com a publicação de uma carta com compromissos comuns, bispos da Igreja da Amazônia legal finalizam encontro, realizado em Manaus, no Centro de Formação Maromba, entre os dias 19 e 22 de agosto. O evento contou com a participação de religiosos, leigas e leigos e lideranças convidadas da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) e da Conferência Eclesial da Amazônia (Ceama). Juntos, eles avaliaram a caminhada da Igreja pós-Sínodo para a Amazônia e encontro de Santarém, em que caminhos foram pensados para a evangelização no território.

    “A memória da caminhada sinodal da Igreja na Amazônia nos iluminou e nos impulsionou. Sem esta perene consciência do agir de Deus, que nos precede, e da atuação dos primeiros evangelizadores, perderíamos a capacidade de uma fé histórica, encarnada, e do comprometimento profético diante dos desafios de hoje”, afirma o texto da carta situando a necessidade de se olhar para o caminho realizado até aqui.

Caminho em seis eixos

Na carta, os participantes do encontro pontuam caminhos a serem percorridos a partir de seis eixos: formação, ministerialidade, participação das mulheres, Casa Comum, sustentabilidade e caridade e profecia. Para cada um dos caminhos, são apresentados passos a serem dados, pistas de ações e responsáveis pela execução. E os bispos reforçam, ainda, “a necessidade de ferramentas que nos permitam um acompanhamento sistemático de nossa ação evangelizadora por meio de planejamento participado, estratégias de atuação e avaliação de processos. Meios que nos ajudem a bem ler os sinais dos tempos, que nos abram a novos horizontes e que nos permitam identificar a presença do Reino”

Atentos aos sinais dos tempos e do Espírito, na carta, eles afirmam que a “Amazônia não precisa de pastores indiferentes ao seu povo, que andam longe do rebanho, indiferentes às suas dores e aos seus sofrimentos, mas homens e mulheres sensíveis e comprometidos capazes de dar a vida até o fim”. E sobre a presença das mulheres na Igreja, reforçam que sentem “o forte apelo para que a ministerialidade que é exercida de fato tenha reconhecimento oficial”.

Com olhar de esperança, eles concluem a carta falando da necessidade de se alargar a tenda e os horizontes. “As interpelações que brotam incessantemente desse chão amazônico nos colocam em comunhão com a realidade de toda terra. Nossa disponibilidade de resposta aos desafios locais nos faz dispostos, também, aos desafios que ecoam nos lugares mais distantes: da Igreja Local aos confins do mundo”, afirmam os bispos e todos os presentes no encontro.

Memória do Encontro

O V Encontro da Igreja na Amazônia teve início na última segunda-feira, à noite, com uma celebração seguida de uma mesa em que as lideranças do encontro apresentaram a proposta da atividade e acolheram os participantes. Na ocasião, a Secretaria Nacional de Diálogos Sociais e Articulação de Políticas Públicas esteve presente e entregou um caderno de respostas do Governo Federal às demandas da Igreja, como retorno às ações de incidência realizadas no final do ano passado pela REPAM-Brasil e pela Comissão para a Amazônia da CNBB junto a uma série de ministérios e órgãos do governo.

O primeiro dia de encontro foi dedicado a um olhar para a realidade da Igreja na Amazônia. Na primeira parte do dia, os regionais apresentaram uma síntese do que vem sendo realizado nas Igrejas particulares à luz do Sínodo para a Amazônia e indicativos do Santarém 2022, apontando as conquistas e entraves. À tarde, foi feita uma análise conjuntura, quando foram destacados alguns pontos de alerta para a realidade contemporânea na Amazônia, que tocam diretamente os povos, a natureza e a Igreja. O dia foi concluído com uma apresentação da Repam e Ceama. O presidente da Ceama, cardeal Pedro Barreto, e o secretário executivo da Repam, irmão João Gutemberg, destacaram a caminhada dos organismos na trajetória após o Sínodo.

Retomar as linhas prioritárias afirmadas em Santarém 2022 e pensar compromissos comuns foi o trabalho realizado na manhã do segundo dia do encontro. Em pequenos grupos, os participantes fizeram sugestões de atividades concretas para serem implementadas. O material foi acolhido pela equipe de metodologia que sistematizou as contribuições e submeteu à plenária no final do dia. No período da tarde, foram discutidos alguns desdobramentos do caminho pós-Sínodo. Padre Agenor Brighenti apresentou o caminho que vem sendo construído, desde 2020, na elaboração do Rito Amazônico. Irmã Sônia Matos partilhou sobre a experiência do regional Norte 1 em relação ao desdobramento da Ministerialidade. Ao final do dia, o grupo aprovou uma carta do encontro que será encaminhada ao Papa Francisco.

No terceiro e último dia de encontro, os participantes do encontro dialogaram sobre a presença da Igreja da Amazônia na Conferência do Clima (COP30). Dom Paulo Andreolli, bispo auxiliar de Belém (PA), e Melillo Dinis apresentaram o que vem sendo construído e motivaram as lideranças eclesiais na articulação em vista da construção de ações de conscientização e mobilização para a COP30.

Dom Antônio de Assis Ribeiro, bispo auxiliar de Belém, apresentou a proposta para a celebração do Jubileu da Igreja da Amazônia. De acordo com ele, a ideia é que seja realizada concomitante ao processo da Conferência do Clima de 2025, a COP30, com um grande pavilhão e uma série de atividades que consigam atender a multiplicidade de participantes que estarão em Belém ao logo da Conferência. Para tanto, pretende-se envolver parceiros na realização da proposta, tais como escolas católicas, mídia, Conferência Nacional dos Religiosos e Religiosas do Brasil, entre outros. Foi destacado pela plenária, também, a necessidade de se pensar em estratégias locais para celebrações mais próximas das Igrejas particulares.

Avaliação dos Participantes

De acordo com o bispo prelado de Tefé, dom José Altevir da Silva, o encontro foi muito pela memória feita do que foi proposto desde 1972, no primeiro encontro em Santarém, do que foi retomado 50 anos depois de Santarém, em 2022, e, principalmente, as expectativas do Sínodo para Amazônia. Para ele a retomada da caminhada, “vindo à tona esses momentos fortes para não cair no esquecimento, nos faz começar a colocar em prática dentro da nossa querida Amazônia todo essa novidade que o Evangelho de Jesus Cristo nos traz, principalmente através do Papa Francisco”, concluiu.

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) participou ativamente do encontro, por meio da presença do secretário-geral, dom Ricardo Hoepers. “Como presidência da CNBB, queremos dar todo o apoio, todo o suporte necessário, não só para que essa região possa se articular mais, mas para que todo o Brasil conheça essa realidade, e o grande momento que teremos é o tema da Campanha da Fraternidade ano que vem, que vai tratar da Ecologia Integral”, destacou Dom Ricardo. Para ele, a CF 2025 pode ser um momento significativo para sensibilizar o Brasil para a o cuidado com a nossa querida Amazônia.

Irmã Sônia Matos participou do encontro e afirma que “foi muito importante, no sentido de um espaço de escuta recíproca, de aprofundamento, de coragem de enfrentar alguns temas, de levar adiante algumas reflexões, como a questão ministerialidade e do Rito Amazônico”. Ela destacou, ainda, a necessidade de se envolver mais pessoas no encontro para que não seja “só um encontro dos bispos da Amazônia, seja o encontro realmente eclesial, que se abra mais na sua eclesialalidade para que outros agentes de pastoral possam participar, sobretudo, aqueles que estão nas bases”, afirmou.

“Foram dias muitos fraternos de estudo e é uma oportunidade que o episcopado tem de se encontrar”, observou o bispo da diocese de Xingu-Altamira (PA), dom João Muniz Alves. Para ele, o tema da participação das mulheres na Igreja chamou bastante a atenção. “A mulher tem uma ação muito bonita no nosso território da Amazônia. O que seria da ação da Igreja sem a presença ativa e efetiva da mulher na Amazônia?”, questionou o bispo.

“Só o fato de a gente se encontrar já é importante”, afirmou o bispo prelado do Marajó (PA), dom José Ionilton Lisboa. “Depois essa integração entre os diversos regionais, que a gente acaba acompanhando somente pelas redes sociais, nas notícias, até mesmo internamente do nosso próprio regional, é a oportunidade que a gente tem aqui de conhecer mais de perto alguns irmãos” destacou. Ele avaliou ser de fundamental importância a avaliação desses 2 anos após o lançamento do documento de Santarém 2022, revendo o que foi possível avançar desde lá.

Martha Bispo, secretária do regional Nordeste 5 da CNBB, afirmou que gostou do encontro, “sobretudo das propostas que saem a partir das prioridades assumidas no encontro de 2022, em Santarém.” Para ela também foram importantes as cartas para o Papa Francisco e sobre as eleições. “Eu vou levando muita riqueza, muita coisa boa para o nosso regional”, finalizou.

Mensagem para as Eleições

Os participantes do V Encontro da Igreja na Amazônia Legal também lançaram uma Mensagem por ocasião das Eleições Municipais do próximo 6 de outubro, mostrando suas “esperanças e preocupações” a respeito do pleito que se aproxima.

Segundo o texto, “essas eleições têm uma importância particular pela proximidade dos candidatos e candidatas com os eleitores, bem como com suas preocupações mais concretas”, afirmando que “espera-se a garantia de políticas públicas que atendam principalmente os empobrecidos”. Para isso, se pede “identificar e escolher bem os candidatos e as candidatas”, identificando aquilo que é esperado dos prefeitos e vereadores.

A mensagem destaca a indispensabilidade do equilíbrio e a complementariedade entre os poderes Legislativo e Executivo, em vista da “consolidação da democracia e o avanço da justiça social nos municípios”. Para os candidatos se pede “um compromisso irrenunciável com a defesa integral da vida”, dos direitos humanos, da Casa Comum. Igualmente, colocar “o bem comum acima de seus interesses pessoais ou corporativos”.

“Votemos responsavelmente pela Amazônia!”, clama a mensagem, mostrando a urgência de diversos pedidos. Igualmente é destacada a importância da Ficha Limpa, de avaliar as informações sobre os candidatos, combater a desinformação e repudiar quaisquer formas de violência e divisão.

Íntegra da mensagem

MENSAGEM POR OCASIÃO DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2024

“Ninguém pode exigir-nos que releguemos a religião para a intimidade secreta das pessoas, sem qualquer influência na vida social” (Papa Francisco, Evangelium Gaudium,182)

Reunidos no V Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal, em Manaus-AM, de 19 a 22 de agosto de 2024, fazemos chegar às irmãs e aos irmãos em Cristo e a todas as pessoas de boa vontade, nossas esperanças e preocupações a respeito das eleições municipais que se aproximam.

No dia 6 de outubro próximo, iremos às urnas para escolher aqueles e aquelas que estarão à frente do Poder Executivo (prefeitos e prefeitas - vice-prefeitos e vice-prefeitas) e do Poder Legislativo (vereadores e vereadoras) de nossos municípios.

Essas eleições têm uma importância particular pela proximidade dos candidatos e candidatas com os eleitores, bem como com suas preocupações mais concretas, por exemplo, a educação de qualidade para as crianças e adolescentes, o sistema público de saúde eficiente e universal, a segurança para vivermos em sociedade, a moradia digna e acessível à população de baixa renda, o cuidado com o meio ambiente – nossa Casa Comum, a atenção especial aos povos indígenas, ribeirinhos, pescadores, quilombolas, população em situação de rua e outros grupos em situação de risco e vulnerabilidade social. Diante dessas preocupações, e de tantas outras que afligem os povos, espera-se a garantia de políticas públicas que atendam principalmente os empobrecidos.

Um dos meios para dar a devida resposta a essas preocupações é identificar e escolher bem os candidatos e as candidatas. Dos prefeitos e prefeitas espera-se uma conduta ética nas ações públicas, nos contratos assinados, nas relações com os demais agentes políticos e com os poderes econômicos. Dos vereadores e das vereadoras requer-se uma ação correta de fiscalização e legislação que não passe pela simples identificação com a bancada de sustentação ou de oposição ao Executivo.

O equilíbrio e a complementariedade entre os poderes Legislativo e Executivo são indispensáveis para a consolidação da democracia e o avanço da justiça social nos municípios.

Portanto, deve ser dada igual atenção à escolha dos prefeitos e prefeitas e dos vereadores e vereadoras, visto que ambos devem ter um compromisso irrenunciável com a defesa integral da vida, que passa necessariamente pelos direitos humanos e sociais. Defender a vida é defender a Casa Comum em toda a sua complexidade. Para isso, nossos candidatos e candidatas devem ter a capacidade de colocar afetiva e efetivamente o bem comum acima de seus interesses pessoais ou corporativos.

Votemos responsavelmente pela Amazônia! É urgente, nos municípios de nossos territórios, políticas públicas que minimizem os efeitos das mudanças climáticas, favoreçam a agricultura familiar e as iniciativas agroecológicas, enfrentem o escandaloso problema do saneamento básico dando, por exemplo, tratamento eficaz aos resíduos sólidos urbanos através de aterros sanitários que possam recebê-los e tratá-los de forma segura e ambientalmente correta. Ao mesmo tempo, o apoio à fiscalização, identificação e punição dos crimes ambientais deve ser compromisso dos gestores públicos municipais.

De quem pede o nosso voto, é importante verificar a história e os processos vividos, conhecer as trajetórias e o passado, identificar suas alianças políticas. A Igreja Católica no Brasil tem longa tradição na valorização da Ficha Limpa e na denúncia da imoral e antiética compra de votos que, além de crime, passou a cassar os mandatos dos culpados. Votar por troca de favores ou simplesmente por amizade pode comprometer seriamente nosso futuro. Voto não tem preço, tem consequência!

Lembramos que todas as informações sobre os candidatos e candidatas em que se pretende votar são importantes. É preciso examinar em fontes seguras se as propostas apresentadas correspondem à realidade. Infelizmente as desinformações, hoje potencializadas pela internet, têm a capacidade de mudar a vontade do voto popular, comprometendo assim a democracia. Eleitor e eleitora, não permitam que a mentira determine seu voto.

Outra atitude fundamental é repudiar quaisquer formas de violência e divisão. Numa sociedade plural e democrática, é legítimo que todos tenham a possibilidade de chegar às suas próprias conclusões, que nem sempre serão e nem precisam ser, iguais às dos outros. Um traço essencial do cristianismo é chamarmos a Deus de Pai-Nosso e, assim, assumimos que somos todos irmãos e irmãs. Nossa sociedade e os municípios em que vivemos não podem sair do processo eleitoral ainda mais divididos, pois “se um reino se divide contra si mesmo, ele não poderá manter- se” (Mc 3,24). Sendo assim, vamos aproveitar a oportunidade de, num período eleitoral pacífico e participativo, ajudarmos a construir uma sociedade de comunhão e amizade social. 

Concluímos conclamando a todos e todas que se unam e rezem pelo bom êxito das próximas eleições. Que Nossa Senhora de Nazaré, rainha e padroeira da Amazônia, nos conduza pelos caminhos da justiça, da fraternidade e da paz.

Manaus, 21 de agosto de 2024.

Participantes do V Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal

Fonte: CNBB

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Papa nomeia novo bispo para a prelazia de Itacoatiara (AM)

O Papa Francisco nomeou na quinta-feira, 22 de agosto, dom Edmilson Tadeu Canavarros dos Santos, SDB, como bispo para a prelazia de Itacoatiara (AM), transferindo-o da sede episcopal de “Feradi Minore” e do ofício de auxiliar na arquidiocese de Manaus (AM), onde estava exercendo o serviço de vigário episcopal da região Nossa Senhora dos Navegantes. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou saudação ao novo bispo de Itacoatiara.

Saudação da CNBB ao novo bispo da prelazia de Itacoatiara (AM)

Estimado dom Edmilson Tadeu Canavarros dos Santos, 

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil recebeu com grande alegria e fervor a notícia de sua nomeação como bispo para a prelazia de Itacoatiara, no Amazonas. Rogamos a Deus que sua presença na prelazia seja um sinal dos sonhos do Papa Francisco para o bioma expressos na exortação apostólica pós-sinodal “Querida Amazônia”.

Estimamos que seu pastoreio seja marcado pelo anúncio do Evangelho, proximidade aos mais necessitados, promoção da paz e da justiça e pela contínua busca pela santidade. 

Que Nossa Senhora do Rosário, mãe e padroeira da prelazia de Itacoatiara (AM), interceda pelo irmão e que Deus o ilumine nesta sua nova missão.

Em Cristo, 

Dom Jaime Spengler - Arcebispo da arquidiocese de Porto Alegre – RS, Presidente da CNBB 

Dom João Justino de Medeiros Silva - Arcebispo da arquidiocese de Goiânia – GO, 1º Vice- presidente da CNBB 

Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa - Arcebispo da arquidiocese de Olinda e Recife – PE, 2º Vice-presidente da CNBB 

Dom Ricardo Hoepers - Bispo auxiliar da arquidiocese de Brasília – DF, Secretário-geral da CNBB 

Currículo e trajetória eclesial

Dom Edmilson nasceu em 3 de dezembro de 1967, em Corumbá (MS). Foi ordenado presbítero em 7 de dezembro de 1996, em Campo Grande (MS), e bispo em 12 de dezembro de 2016, também em Campo Grande. Sua nomeação se deu em 12 de outubro de 2016. Seu lema episcopal é: “Restaurar todas as coisas em Cristo” (Ef. 1,10). Na arquidiocese de Manaus, até então, o bispo estava exercendo o serviço de vigário episcopal da região Nossa Senhora dos Navegantes.

Fonte: CNBB

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Gente à frente: Regional Sul 3 lança revista sobre a ação da Igreja durante as enchentes

A Revista apresenta um panorama das iniciativas da Igreja durante as enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul e será distribuída gratuitamente, além de estar disponível para leitura na versão digital.

Assim como a dor vivida por milhares de pessoas neste tempo, a ação da Igreja no Rio Grande do Sul durante as enchentes que assolaram o Estado em abril e maio é difícil de ser mensurada. Foram inúmeras famílias atendidas, centenas de abrigos, campanhas e ações em prol da população afetada. A Igreja abriu suas portas para acolher os desabrigados. A capilaridade das paróquias, a proximidade dos padres e da vida consagrada, o compromisso dos leigos e leigas fizeram nossas comunidades assemelharem-se a Hospitais de Campanha que socorreram as emergências, aponta o Presidente do Regional, dom Leomar Brustolin.

Para apresentar um panorama de algumas destas iniciativas, a CNBB Sul 3 lança a revista Gente à frente, produzida em parceria com as Universidades Católicas do Rio Grande do Sul. O objetivo da publicação é compartilhar a proximidade e a ajuda realizadas pela Igreja Católica, por meio das arqui/dioceses, congregações religiosas e instituições de ensino durante a catástrofe climática, contemplando especialmente as ações realizadas no período entre o final de abril até o início de julho. Com 90 páginas, a edição conta com artigos especiais, testemunhos e matérias distribuídas em quatro eixos: meio ambiente, economia solidária, espiritualidade e amizade social.

O editorial explica que “a revista foi produzida por muitas mãos, muitas mentes, mas, em especial, por muitos corações” e narra:

Foram incontáveis as vezes em que os jornalistas envolvidos se viram com olhos marejados, tomados por uma tristeza que só era superada, em parte, quando sentiam a corrente de solidariedade vinda de todos os lados do planeta, dando estímulo e esperança de continuidade ao nosso povo.

O texto continua:

Desejamos que o conteúdo aqui trazido, o qual contém recortes da dor e sofrimento dos gaúchos neste tempo, ajude a criar uma cultura de cuidado com os nossos semelhantes, com o meio ambiente e com a preservação da natureza. Parafraseando o Hino do Rio Grande do Sul, que as façanhas (tristes), vividas por este povo aguerrido e bravo nesta catástrofe climática sirvam de modelo a toda terra, promovendo uma maior consciência dos valores humanitários e da organização do uso dos recursos naturais da nossa Casa Comum.

Distribuição

A Revista será entregue gratuitamente durante esta semana nas 18 arqui/dioceses gaúchas, com o envio de 2 mil exemplares a cada uma. Para cada uma das outras 262 arqui/dioceses e prelazias do Brasil, serão enviados 10 exemplares, também como forma de agradecimento e prestação de conta.

Além disso, a Revista também está disponível para leitura digital e para download: Revista Gente à frente.

Fonte: Regional Sul 3 da CNBB

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Dom Paglia: é necessária uma conversão espiritual para construir a paz

No Encontro de Rimini, o presidente da Pontifícia Academia para a Vida reafirma, em entrevista à mídia vaticana, o papel dos cristãos como construtores de paz em um mundo que vive a terceira guerra mundial em pedaços: as Igrejas também devem ser irmãs para tornar os povos irmãos.

Massimiliano Menichetti e Andrea De Angelis - Rimini

Uma paz que se constrói levando a sério o sofrimento dos outros, que nasce de uma conversão espiritual através da redescoberta do Evangelho. Estes são os temas centrais da entrevista com dom Vincenzo Paglia, presidente da Pontifícia Academia para a Vida, nos estúdios da Rádio Vaticano - Vatican News, no Encontro de Rimini, Itália. Às 15 horas locais participou na mesa redonda “Caminhos de paz”, juntamente com o Vice-Primeiro Ministro e Ministro das Relações Exteriores e da Cooperação Internacional da Itáli, Antonio Tajani.

A palavra paz para muitos parece uma palavra distante, mas o senhor já disse várias vezes que nunca devemos desistir de construí-la, apontando para as duas encíclicas do Papa: Laudato si' e Fratelli tutti...

Exatamente, porque o que falta ao mundo hoje, não apenas na Itália e na Europa, é visão. Cada país e até mesmo cada indivíduo estão muitas vezes voltados para si mesmos, ou seja, o mundo se globalizou, a economia invadiu o planeta, mas cada um está voltado para si mesmo em busca e defesa de seus próprios interesses ou caminhos individuais. O Papa Francisco nos oferece uma visão, vivemos em uma casa, o planeta - Laudato si'; somos uma família de muitos povos e essa é a fraternidade universal, por isso ter a convicção de que temos um Pai de todos esses filhos é crucial para a paz. Estamos tremendo por causa do que o Papa Francisco chama de terceira guerra mundial em pedaços, mas, na realidade, já estamos destruindo o mundo, já o estamos desmoronando com tragédias inimagináveis: na realidade, há 59 guerras em andamento, mas há duas das quais falamos todos os dias. Agora, qual é o ponto crucial? Acredito que precisamos de uma conversão espiritual, para entender que somos responsáveis por todos. Essa é a profecia do Evangelho que o Papa Francisco mantém alta, mas muitos de nós a colocamos debaixo do alqueire.

O Papa Francisco fala da globalização da indiferença, que também inclui o animar conflitos e guerras. O senhor reiterou o conceito de globalização do humanismo, ou seja, uma realidade que tem o homem no coração. Como isso é construído de forma concreta?

Muitos fazem a guerra, mas todos nós podemos fazer a paz, então ninguém pode dizer que não se importa ou que coisa posso fazer com a guerra na Ucrânia. Você pode ficar triste com o que está acontecendo, pode ficar escandalizado, mas pode rezar por isso, pode colaborar com os muitos que estão trabalhando para favorecer a paz ou também a solidariedade. Há muitas coisas que podemos fazer. Infelizmente, o que está prevalecendo é o que um querido amigo, Giuseppe De Rita, chamou de nova religião, ou “egolatria”, o culto do ego no altar do qual até os afetos mais queridos são sacrificados. Devemos passar desse individualismo destrutivo para um “nós” fraterno. Essa é a grande revolução de que fala Francisco, e eu esperaria que todas as igrejas, não apenas a Católica, se unissem. Há uma bela frase de Atenágoras, o protagonista do abraço com Paulo VI, que dizia: “Igrejas irmãs, povos irmãos”, se as Igrejas estão divididas, como ficarão os povos? Essa é a grande questão.

Há também um paradoxo: tanto individualismo, mas também impotência diante do mal. De onde tirar inspiração para não se sentir impotentes?

Do Evangelho, que nos diz claramente que tudo é possível. Redescubra a Palavra de Deus como uma fonte de energia histórica e não abstrata. Nós, cristãos, temos a responsabilidade de mudar a realidade: foi isso que Jesus fez, ele capacitou os discípulos a fazer o mesmo, e devemos continuar nessa linha. Com grande simplicidade, retomemos a leitura do Evangelho todos os dias, abraçando-o verdadeiramente, e essa tensão interior se tornará uma realidade histórica de mudança.

Em Rimini há muitas realidades diferentes, pessoas até mesmo não católicas que vêm para gerar pontes de conhecimento e encontros: essa é a chave?

Absolutamente sim, Paulo VI previu isso quando escreveu na primeira encíclica Ecclesiam suam que o cristão é universal por natureza, na Igreja, nas relações com os cristãos, com outras religiões e também com aqueles que não creem. É por isso que o Papa Francisco enfatiza que a defesa da identidade requer abertura, a defesa da identidade é ser irmãos universais: Francisco de Assis, Charles de Foucauld são alguns exemplos. Eu gostaria que todos nós, cristãos, vivêssemos essa tensão que é a de Deus.

O que é essencial para construir a paz?

Amar e amar uns aos outros.

Uma reflexão sobre a importância de construir a paz em sua própria família, em sua própria casa: para sermos artesãos da paz, precisamos ser artesãos de paz em casa...

Absolutamente sim, porque as guerras começam em casa e depois se tornam dramáticas. Nesse sentido, paz significa amar e ser amado: cuidemos uns dos outros e venceremos também as guerras.

Fonte: Vatican News

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53º Congresso Eucarístico Internacional, um chamado à fraternidade mundial

De 8 a 15 de setembro, Quito sediará o 53º Congresso Eucarístico Internacional sob o tema “Fraternidade para curar o mundo”. Durante o evento, católicos de todo o mundo refletirão sobre a Eucaristia e o seu impacto global pelas Missas, a fraternidade, além de conferências e atividades culturais.

Lúcia Elvira - Cidade do Vaticano

Quito se prepara para ser o centro do 53º Congresso Eucarístico Internacional, evento que reunirá bispos, sacerdotes, religiosas, leigos e fiéis católicos de diversas nações e jurisdições eclesiásticas. O congresso, a ser realizado de 8 a 15 de setembro, terá como tema “Fraternidade para curar o mundo”, inspirado na citação bíblica do Evangelho de São Mateus (Mt 23,8) “Vós sois todos irmãos”. O encontro buscará aprofundar o mistério eucarístico e a sua influência na humanidade nos tempos atuais.

Abertura com Missa solene 

No domingo, 8 de setembro, às 10 horas, hora local, uma Missa solene de abertura marcará o início do Congresso na Esplanada do Parque Bicentenário. Na celebração, 1.600 meninos e meninas da Arquidiocese de Quito receberão a Primeira Comunhão, símbolo do início de uma semana repleta de espiritualidade e comunidade.

Reflexões sobre um mundo ferido 

Na segunda-feira, 9 de setembro, o Congresso abrirá com uma série de apresentações sobre as feridas que afetam a humanidade, desde conflitos armados até crises ambientais. Juan Manuel Cotelo, cineasta católico, juntamente com outros palestrantes renomados, abordará como estas fraturas podem ser curadas pela fé e pela Eucaristia.

A fraternidade redimida em Cristo 

A terça-feira, 10 de setembro, será dedicada ao tema da fraternidade, que ferida pelo pecado e pela divisão, pode ser restaurada em Cristo. A irmã Daniela Cannavina, secretária-geral da Confederação Latino-Americana de Religiosos (CLAR), entre outros, compartilhará testemunhos inspiradores de figuras emblemáticas da fé que viveram e promoveram esta redenção.

Eucaristia e transfiguração do mundo 

Na quarta-feira, 11 de setembro, dom Andrew Cozzens, bispo de Crookston (Minnesota), destacará a transfiguração do mundo por meio da Eucaristia, convidando os fiéis a refletir sobre a presença de Cristo em suas vidas. Na parte da tarde, uma palestra sobre a fraternidade exigida pelo Sagrado Coração de Jesus, proferida por dom José Ignacio Munilla.

Uma Igreja Sinodal 

Na quinta-feira, 12 de setembro, o tema da sinodalidade estará no centro das atenções. Será discutido como a Igreja, em sua missão, procura ser um espaço de comunhão e participação ativa para todos os seus membros, leigos e clérigos. Figuras como o cardeal Mauro Gambetti, vigário geral de Sua Santidade para o Estado da Cidade do Vaticano, juntamente com Mary We, Assessora do Conselho de Apostolado dos Leigos da Arquidiocese de Taipei, na China, conduzirão estas reflexões.

Eucaristia: salmo da fraternidade 

Na sexta-feira, 13 de setembro, o Congresso centrar-se-á na Eucaristia como salmo que louva e encoraja a fraternidade entre os filhos de Deus. Este tema será desenvolvido pelo cantor e compositor católico Pablo Martínez, que convidará os participantes a contemplar a Eucaristia como expressão máxima da comunhão com Deus e com os outros.

Procissão Eucarística 

No sábado, 14 de setembro, o Congresso continuará com uma Missa solene celebrada às 16h na igreja de São Francisco. A seguir será realizada uma procissão eucarística que percorrerá as ruas do centro histórico de Quito, decoradas com tapetes florais, e terminará na Basílica do Voto Nacional, onde terá lugar a bênção com o Santíssimo Sacramento.

Missa de encerramento, Statio Orbis 

No domingo, 15 de setembro, será celebrada a Statio Orbis, Missa que marcará o encerramento do Congresso e na qual será anunciado o local do próximo evento, que será realizado em quatro anos.

Durante estes sete dias, Quito se tornará o centro da reflexão sobre a Eucaristia e a fraternidade, destacando a sua relevância em um mundo em constante mudança. O Congresso promete ser um momento de renovação espiritual e uma oportunidade para os católicos de todo o mundo fortalecerem os seus laços de fraternidade e fé.

Fonte: Vatican News

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Igreja na Índia prepara-se para o Jubileu 2025

A formação abordou a importância espiritual do Jubileu, juntamente com técnicas de planejamento e estratégias de comunicação

A Igreja Católica na Índia realizou um programa de formação com o objetivo de preparar Diocesan Contact Persons (DCPs) ("Pessoas de Contato Diocesanas", em tradução livre) para as celebrações do Jubileu de 2025.

Realizado nos dias 19 e 20 de agosto no Gianodaya New Pastoral Centre em Jalandhar, Punjab, o programa de formação foi um esforço colaborativo entre a Conferência dos Bispos Católicos da Índia (CCBI), as Organizações Missionárias Pontifícias na Índia e a Communio.

O programa, desenvolvido pelo Pe. Stephen Alathara, secretário geral adjunto da Conferência dos Bispos da Índia, e a Equipe Nacional de Facilitação, buscou fornecer às DCPs o conhecimento e as estratégias necessárias para o ano do Jubileu.

A formação abordou a importância espiritual do Jubileu, juntamente com técnicas de planejamento e estratégias de comunicação, de acordo com Catholic Connect.

Os participantes foram envolvidos em sessões que delineara,m o significado do Jubileu, introduziram o Ano de Aprendizagem e Oração e incentivaram o compartilhamento de práticas eficazes de várias dioceses.

Discussões adicionais envolveram o Documento Preparatório da CCBI, temas para novenas de festas paroquiais e o calendário do Jubileu de 2025. Uma biblioteca de recursos e um kit de ferramentas também foram disponibilizados para auxiliar nos preparativos.

Pe. Robert Joseph Gonsalves da Diocese de Vasai, explicou que "o programa nos forneceu ferramentas para os preparativos do Jubileu 2025".

O Sr. Sameer Lakra, da Diocese de Simla-Chandigarh, enfatizou a inspiração vinda dos esforços de divulgação do Papa Francisco.

O evento foi concluído com um discurso do bispo Agnelo Gracias, administrador apostólico da Diocese de Jalandhar, que destacou o papel fundamental das DCPs para garantir um Jubileu bem-sucedido.

A formação foi coordenada pelo Pe. Antony Thuruthiyil, secretário-geral adjunto regional para a Região Norte.

*Com informações de licasnews

Fonte: Vatican News

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Nas Filipinas, aberta Causa de Beatificação da catequista Laureana Franco

Dom Vergara abriu formalmente a causa de uma leiga que faleceu aos 75 anos em 2011 e dedicou sua vida ao serviço da diocese e dos pobres da região metropolitana de Manila. Em 2002, o Papa João Paulo II havia entregue a ela o Prêmio Madre Teresa de Calcutá.

Ao final da Audiência Geral de quarta-feira, 21 de agosto, dia em que a Igreja recorda São Pio X, o Papa Francisco encorajou o trabalho dos catequistas:

Pensemos aos nossos catequistas e  às nossas catequistas que levam adiante tanto trabalho e, em algumas partes do mundo, são os primeiros a levar adiante a fé. Rezemos hoje pelos catequistas, para que o Senhor os torne corajosos e para que possam seguir em frente.

Abertura da Causa de Beatificação da catequista filipina 

Coincidentemente, na Diocese de Pasig, na região metropolitana de Manila, era aberta formalmente a fase diocesana da Causa de Beatificação da catequista leiga Laureana “Ka Luring” Franco.

Na Basílica Menor e Santuário arquidiocesano de Santa Ana, na cidade de Taguig, próximo à capital filipina, o bispo de Pasig, dom Mylo Hubert C. Vergara, confirmou as nomeações dos membros da Comissão histórica responsáveis por todas as obras escritas por Laureana, que já pertencia à Legião de Maria e que dedicou toda a sua vida ao serviço da diocese e dos pobres. Os delegados ouviram testemunhos e trataram de questões relacionadas ao processo de beatificação.

O postulador da causa, Erickson Javier, apresentou ao bispo o supplex libellus que inclui a biografia de “Ka Luring”. Ao ler o documento, Javier também mencionou suas diversas virtudes heróicas como catequista leiga da Diocese de Pasig. Em resposta, dom Vergara assegurou que “continuamos a rezar pela Causa de Beatificação e Canonização da Serva de Deus”.

Mais conhecida como “Ka Luring”, Laureana Franco nasceu em Hagonoy, cidade de Taguig em 4 de julho de 1936, sendo a mais velha de oito filhos. Apesar da pobreza, seus pais fizeram esforços e sacrifícios consideráveis para ensinar aos filhos a importância da oração, reunindo-se regularmente em família para recitar o Angelus e o Santo Rosário. Fortalecida por estes ensinamentos, levou uma vida humilde e despretensiosa, longe das complexidades e tentações do mundo.

Na Legião de Maria aprofunda devoção a Nossa Senhora 

Ao longo dos anos cultivou e desenvolveu a sua fé, o que a levou a ingressar na Legio Mariae, onde pôde fortalecer ainda mais a sua já profunda devoção a Nossa Senhora.

Em 2002, o Papa João Paulo II entregou à catequista filipina o Prêmio Madre Teresa de Calcutá, após a honorificência pontifícia Pro Ecclesia et Pontifice recebida em dezembro de 1990.

Laureana Franco faleceu em 2011 aos 75 anos, vítima de um câncer no ovário. Em fevereiro de 2024, a Diocese de Pasig, que compreende Taguig, anunciou a candidatura de Franco à santidade e em 10 de julho o Vaticano reconheceu a catequista leiga filipina como Serva de Deus.

Serviço ao próximo e vida de oração 

Nos anos 60,  “Ka Luring” foi por algum tempo telefonista da Força Aérea Filipina, trabalho que deixou em 1969 para se tornar catequista em tempo integral e não remunerado da Legião de Maria. Ela também foi uma das duas únicas mulheres autorizadas a administrar a Comunhão, bem como a primeira ministra leiga da Arquidiocese de Manila. Laureana Franco dedicou sua vida a ajudar os desfavorecidos, especialmente em sua comunidade de Malabon, região metropolitana de Manila, além de ser conhecida por seus atos de caridade, humildade e profundidade de vida na oração. A sua dedicação aos doentes e pobres foi particularmente notável, pois muitas vezes prestou cuidados e assistência aos necessitados sem procurar reconhecimento pelos seus esforços.

A sua profunda espiritualidade e devoção ao serviço dos pobres acabou sendo fonte de inspiração para muitos e a sua causa de canonização reflete o seu impacto sobre aqueles que a conheceram ao longo do caminho.

*Com Asianews

Fonte: Vatican News

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500 igrejas destruídas na Ucrânia desde início da guerra

A informação é do presidente ucraniano no Telegram. Em conversa por telefone com o Patriarca Ecumênico Bartolomeu I, o mandatário também deu detalhes da lei apovada pelo Parlamento da Ucrânia que proíbe no país as atividades da Igreja Ortodoxa ligada ao Patriarcado de Moscou.

Vatican News

"Desde o início desta guerra, os ataques russos já destruíram mais de 500 igrejas, casas de oração e outros prédios religiosos", escreveu no Telegram o presidente  ucraniano Volodymyr Zelensky, acrescentando que "todos os crentes na Ucrânia sofreram com a invasão do mal russo".

O mandatário ucraniano também agradece por "cada demonstração de apoio ao nosso país e ao nosso povo na batalha pelas nossas vidas, vidas que a Rússia quer destruir completamente. Quem quer que seja que atinja igrejas com bombas e mísseis merece a condenação do mundo inteiro. E esta é exatamente a atitude que o Estado russo, o maior terrorista do mundo hoje, deveria receber."

Patriarca Bartolomeu informado sobre proibição da Igreja Ortodoxa fiel ao Patriarcado de Moscou 

Volodymyr Zelensky também informou no Telegram que em telefone ao Patriarca Ecumênico de Constantinopla Bartolomeu I deu detalhes da lei aprovada esta semana pelo Parlamento em Kiev que proíbe na Ucrânia as atividades da Igreja Ortodoxa Ucraniana, ligada ao Patriarcado de Moscou.

"Tive um telefonema com o Patriarca Ecumênico Bartolomeu - escreveu Zelensky no Telegram -. Agradeci a Sua Santidade pelas suas orações pela Ucrânia e pelo seu apoio inabalável ao nosso povo. Avaliamos positivamente o desenvolvimento da nossa cooperação, em particular a recente visita produtiva de uma delegação ucraniana ao Patriarcado Ecumênico, e expressamos expectativas mútuas em relação a uma visita do Patriarcado”.

O Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Primaz da Ortodoxia, primeiro entre os iguais, primus inter paris entre todos os patriarcas da Igreja Ortodoxa - reconheceu a Igreja Ortodoxa Ucraniana como uma Igreja nacional autocéfala em 2018. Oficialmente esta comunidade é chamada de Igreja Ortodoxa da Ucrânia (OCU), sendo liderada pelo Metropolita Epifanij (Dumenko), que em janeiro de 2019 obteve o tomos de autocefalia do Patriarca Ecumênico, completando a separação do Patriarcado de Moscou, que por sua vez, rompeu unilateralmente a plena comunhão com Constantinopla.

Até 2018, a Ortodoxia Ucraniana não tinha a sua própria Igreja nacional oficial: a única canonicamente reconhecida era a Igreja Ortodoxa Ucraniana (UOC), sob a jurisdição de Moscou, que é também a que está agora sujeita à proibição de Kiev, decisão que ganhou corpo após a apoio incondicional expresso pelo Patriarca de Moscou Kirill à invasão russa da Ucrânia.

“É muito importante compreender do mesmo modo o potencial unificador da Ortodoxia Ucraniana que a lei aprovada traz consigo”, afirmou Zelensky depois de falar com Bartolomeu, antes de insistir na necessidade de “eliminar verdadeiramente a dependência de Moscou” no plano religioso.

As autoridades ucranianas vêem a Igreja Ortodoxa Ucraniana, ligada ao Patriarcado de Moscou, como um apêndice do Kremlin para enfraquecer a causa nacional ucraniana e promover a ideologia pró-Rússia. Por seu lado, os bispos da Igreja Ortodoxa Ucraniana ligados a Moscou afirmam ter rompido todos os laços com a Rússia e denunciam a perseguição religiosa por parte das autoridades de Kiev.

Fonte: Vatican News

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Encerra-se hoje o V Encontro da Igreja da Amazônia reunida em Manaus

Retrato da Igreja na Amazônia mostra os avanços e desafios nascidos no Sínodo e aprofundados em Santarém 2022.

Padre Modino – Regional Norte 1 da CNBB

A Igreja da Amazônia está reunida em Manaus para seu V Encontro, iniciado no dia 19 de agosto e que será encerrado no dia 22. Mais de 80 pessoas, bispos, padres, representantes da Vida Religiosa e do laicato refletem no segundo dia a partir da realidade social e eclesial.

Em uma Igreja em que “anunciamos o Reino de Deus sempre novo”, segundo o arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1, cardeal Leonardo Steiner. Um Reino que “anunciamos e vivemos” nos ministérios, serviços e vocações que fazem chegar o Reino a sua plenitude, com uma abundância que dá cem vezes mais. Ele destacou “quanta disponibilidade e quanta generosidade, quanta entrega, tudo por causa do Reino de Deus”, nos missionários e missionárias na Amazônia, que “foram atraídos”, segundo o cardeal disse na Eucaristia que deu início aos trabalhos do segundo dia do encontro.

A Igreja da Amazônia dá de sua pobreza, ressaltou o cardeal Steiner, “e tudo isso é transformado em Reino de Deus, visibilização da vida de Deus entre nós”, sublinhando que “recebemos cem vezes mais, em cultura, em religiosidade, em doação, na sensibilidade para com os povos”. Ele enfatizou a importância dos últimos, queridos de Deus, “últimos porque Deus não consegue não se inclinar de modo bem facejo diante da fragilidade, da pequenez, do abandono de seus filhos e filhas”, chamando a ser anunciadores desta esperança e na Igreja da Amazônia, fazer memória “dos nossos antepassados que anunciaram o Reino de Deus, viveram o Reino de Deus e plantaram o Reino de Deus”, de sua missionariedade.

O Encontro é uma retomada das vivências do Sínodo para a Amazônia, que foi um tempo de muitas expectativas, segundo o bispo auxiliar de Manaus e vice-presidente da Conferência Eclesial da Amazônia (Ceama), dom Zenildo Lima. O IV Encontro da Igreja na Amazônia, realizado em Santarém 2022, foi momento de recepção do Sínodo para a Amazônia, assumindo como tarefa, a partir das Igrejas da Amazônia, avançar nas lacunas, na questão ministerial, no rosto amazônico, na questão social. Tudo isso foi recolhido no Documento de Santarém 2022, considerado por dom Zenildo Lima, “uma recepção do Sínodo para a Amazônia com os nossos aportes”.

Nesse Documento aparecem como diretrizes básicas a encarnação na realidade e a evangelização libertadora, com cinco linhas prioritárias: fortalecimento das comunidades eclesiais de base na ministerialidade e participação das mulheres; formação dos discípulos missionários; defesa da vida, dos povos da Amazônia; cuidado com a casa comum, migração, mineração, megaprojetos de infraestrutura; evangelização das juventudes.

Nessa perspectiva, as igrejas locais da Amazônia foram convidadas a responder a algumas perguntas, para ver os avanços e dificuldades, para verificar os passos dados e os entraves quanto a aplicação das propostas de Santarém 2022; perceber situações emergentes que tem exigido um peculiar cuidado pastoral; consolidar algumas iniciativas, indicando desdobramentos concretos quanto a compromissos, opções pastorais, responsáveis, prazos. Cada um dos seis regionais em que está dividida a Igreja na Amazônia Legal, seguindo as perguntas previamente enviadas, foram apresentando o resultado das escutas.

Se percebe um cansaço das comunidades e dos agentes, e existe na Igreja da Amazônia uma preocupação com o clericalismo, com o tradicionalismo, aparecendo a questão da formação presbiteral e o papel das mulheres na Igreja. Também aparecem algumas exigências, que fazem referência ao cuidado com a casa comum e a proximidade com os pobres. Uma Igreja que nunca deve esquecer a dimensão do Reino, onde as comunidades têm uma importância decisiva e que é desafiada a uma maior presença nas comunidades indígenas, a não perder a dimensão sinodal, presente por muitos anos na Igreja da Amazônia.

A análise de conjuntura mostra que a Amazônia é a região do Brasil com maior mobilidade humana, com deslocamentos internos e internacionais. Uma realidade marcada pela violência e a violação dos direitos humanos, com grupos especializados em contrabando, tráfico de pessoas e exploração no trabalho. Migrantes, principalmente venezuelanos, sem documentação, com um atendimento deficiente do governo brasileiro, marcados pelo sofrimento, que demanda da Igreja a necessidade de acolher e incluir os migrantes, para vencer a xenofobia e a aporofobia, segundo relatou a professora da Universidade Federal de Roraima, Márcia Maria de Oliveira.

Existe uma relação entre as fronteiras e os conflitos socioambientais, se dando uma parceria entre o garimpo criminoso, o crime organizado e o avanço do agronegócio. O crime organizado controla o garimpo, o tráfico de drogas, o tráfico de pessoas, e provoca o desmatamento, as queimadas, a contaminação da terra e das águas, a crise climática. Tem se dado, afirma a socióloga, um crescimento da violência na Amazônia, especialmente contra as mulheres, vítimas de assassinatos e de violência sexual, e da violência sexual contra crianças. Na Amazônia, uma criança ou adolescente é vítima de estupro a cada 8 minutos no último ano.

Na Igreja da Amazônia, se faz necessário, segundo o arcebispo de Cuiabá, dom Mário Antônio da Silva, olhar para fora, abrir janelas, abrir portas, abrir o telhado. Ele questionou como é o compromisso da Igreja na Amazônia, o que é prioridade. Diante da complexidade da realidade, se faz inevitável o profetismo, perguntando “como ser profeta da verdade em nossa querida Amazônia em nossos dias?” e “o que se espera da Igreja?”. Ele destacou a necessidade de uma formação sacerdotal para ser padres discípulos pastores, refletindo sobre o diaconato permanente e a dificuldade do clero para aceitá-lo, mas também sobre a questão econômica.

Em uma perspectiva meio ambiental, ecológica, Felício Pontes, procurador da República, ressaltou os aportes dos bispos da Amazônia nesse campo. Ele citou as palavras do Papa Francisco na Laudate Deum: “E o mesmo disseram, em poucas palavras, os bispos presentes no Sínodo para a Amazônia: ‘Os ataques à natureza têm consequências negativas na vida dos povos’”. Uma ideia que já aparece em Laudato Si´, que afirma que a ecologia e a justiça social estão intrinsecamente ligadas. Ele refletiu sobre o modelo predatório de desenvolvimento, combatido desde Santarém 1972, que se concretiza na exploração de madeira, na pecuária, na mineração, na monocultura e na infraestrutura, que tem levado a um 20% de desmatamento, considerando o direito a terra como causa dos conflitos.

No caminho sinodal da Igreja da Amazônia foi destacado o papel da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) e a Conferência Eclesial da Amazônia (Ceama), organismos que expressam a vida da Amazônia, que são duas faces de uma mesma moeda, segundo o presidente da CEAMA, cardeal Pedro Barreto. Um caminho iniciado no Concílio Vaticano II e que foi dando passos ao longo dos anos, em Medellin, Santarém, Aparecida, o Sínodo para a Amazônia, que desafia a Igreja da Amazônia a ser “um caminho trilhado por todos nós”, segundo a vice-presidenta da Ceama, Ir. Laura Vicuña Pereira Manso. Um Sínodo que “nos deu uma consciência pan-amazônica”, afirmou o bispo auxiliar de Manaus e vice-presidente da Ceama, dom Zenildo Lima.

Fonte: Vatican News

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Em busca do essencial

O Papa nos convida a sermos mendigos do essencial, do que dá sentido à nossa vida, despojando do que pesa na vida quotidiana.

Padre Ricardo Fontana - Reitor do Santuário Nossa Senhora de Caravaggio

O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin enviou a mensagem que o Papa Francisco escreveu expressando seus votos e reflexões por ocasião do 45º Encontro para a Amizade entre os Povos que acontece em Rimini, na Itália, entre os dias 20 e 25 de agosto, com o tema “Se não estamos em busca do essencial, então o que estamos procurando?”. O Papa Francisco inicia sua mensagem dizendo que: mesmo quando atravessamos tempos complexos, a busca daquilo que constitui o centro do mistério da vida e da realidade é de importância crucial. Diante do cenário que vivemos atualmente com problemas e desafios, encontramos um sentimento de impotência, levando a tomar atitudes derrotistas e passiva que pode levar a “arrastar a vida” e a deixar-nos dominar pela insensibilidade da felicidade efêmera, a ponto de perder o sentido da existência. Neste cenário, portanto, a escolha de rastrear o que é essencial é mais pertinente do que nunca.

O Papa adverte sobre o perigo de perder a paixão pela vida, uma característica que, segundo Francisco, é muito comum nos dias de hoje, até mesmo entre os jovens; motivando a procurar, com paixão e entusiasmo, aquilo que revela a beleza da vida, respondendo à pergunta colocada por Dom Luigi Giussani quando afirmou com coragem: «O coração é corroído pela esclerose, isto é, pela perda da paixão e do gosto de viver. […] A velhice aos vinte e ainda mais cedo, a velhice aos quinze, esta é a característica do mundo de hoje” (Il senso religioso, Milão 2013, 116˗117).

À medida que sopram os ventos frios da guerra, somando-se a fenômenos recorrentes de injustiça, violência e desigualdade, bem como à grave emergência climática e a uma mutação antropológica sem precedentes, é essencial parar e perguntar-nos: há algo que vale a pena viver e esperar?  O Papa nos convida a sermos mendigos do essencial, do que dá sentido à nossa vida, despojando do que pesa na vida quotidiana, seguindo o exemplo de um alpinista que, tendo chegado ao início da face rochosa, deve se livrar do supérfluo para poder subir mais rapidamente, recordando que “o que é essencial, mais belo, mais atraente e ao mesmo tempo mais necessário para nós é a fé em Cristo Jesus” (Discurso ao Plenário do Dicastério para a Doutrina da Fé, 26 janeiro de 2024).

O Senhor salva a vulnerabilidade humana no tempo da adversidade, sendo o porto seguro que oferece resiliência, alegria e força ao barco da vida, que ficaria à mercê das ondas e correria o risco de afundar. A fé em Cristo Jesus é a condição para mergulhar verdadeiramente na história, para enfrentá-la sem fugir aos seus desafios, para encontrar a coragem de arriscar e amar mesmo quando parece não vale a pena a dor, viver no mundo sem nenhum medo. Como escreveu o então Arcebispo Montini: «Tu és necessário para nós, ó Cristo, ó Senhor, ó Deus conosco, para aprendermos o verdadeiro amor e caminharmos na alegria e na força da tua caridade, ao longo do caminho da nossa vida cansativa». (Omnia nobis est Christus. Carta pastoral à Arquidiocese de Milão para a Quaresma de 1955).

O Papa motiva a todos assumirem o controle de suas vidas sendo protagonistas do essencial e indispensável processo de mudança, contribuindo para a missão da Igreja de construir espaços onde a presença de Cristo possa ser sentida e experimentada, gerando um mundo novo, onde o amor, manifestado em Cristo, permaneça e transforme o planeta em um Templo de fraternidade, tendo o desejo comum de buscar  e aprofundar a fé em Jesus Cristo através da escuta do anúncio do Evangelho, que é fonte de libertação que faz florescer nos corações a força que cura e transforma a humanidade.

Fonte: Vatican News

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Angola. Milhares de mulheres participam no I Congresso da PROMAICA em Benguela

Mais de 20 mil mulheres participam com fé e alegria no I Congresso Nacional da PROMAICA, Promoção da Mulher na Igreja Católica Angolana, que decorre na diocese de Benguela de 22 a 24 de agosto.

Anastácio Sasembele – Luanda, Angola  

Durante três dias a PROMAICA vai rever o seu percurso histórico de cerca de 34 anos e reflectir sobre o seu papel e missão na Igreja e na sociedade.

Tido como o maior grupo feminino da Igreja Católica em Angola, a PROMAICA procura desenvolver acções de solidariedade para com os mais necessitados, para além de formações que visam empoderar a mulher, em muitos casos vítima de violação doméstica.

Nesta quinta feira (22), durante a cerimónia de abertura, o Bispo da diocese de Benguela, Dom António Francisco Jaca, destacou a visão do fundador do movimento, o saudoso Dom Óscar Braga, pelo legado pastoral e social deixado na Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST). 

O I Congresso Nacional da PROMAICA decorre sob o lema: “PROMAICA fiel à sua identidade e missão”. Dom Estanislau Marques Tchindecasi, Vice-presidente da CEAST e assistente espiritual da PROMAICA, presente na cerimónia de abertura, pediu que o movimento continue a impulsionar a fé dentro da Igreja.

A PROMAICA tem trabalhado em várias frentes, mormente na formação das mulheres para que elas sejam protagonistas do seu desenvolvimento numa perspectiva integral, afirmou a Coordenadora nacional da PROMAICA, Júlia de Araújo, que traçou as principais linhas de abordagem do Congresso.

Participam no I Congresso Nacional da PROMAICA mulheres católicas de Moçambique que no calor dos 34 anos da PROMAICA colhem experiências à luz da sinodalidade.

Marinela Gamboa, Secretária do Presidente da República de Angola para os assuntos sociais, sublinhou, no Congresso, o pensamento do Executivo angolano sobre as mulheres. 

O evento decorre com trabalhos de reflexão, e sábado (24), está reservada a homenagem ao Bispo fundador do movimento, Dom Óscar Braga, no Cemitério velho da Camunda, onde repousam os seus restos mortais.

Fonte: Vatican News

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Sudão. Conversações de paz ainda difíceis: 3 corredores humanitários reabertos

A reabertura de três pontos de passagem de ajuda humanitária é, até à data, o único resultado das conversações de paz em curso, em Genebra, para o Sudão.

Cidade do Vaticano

O exército sudanês está a boicotar as conversações porque rejeita a participação dos Emirados Árabes Unidos, acusados de apoiar as RSF. O conflito eclodiu em abril de 2023, opondo as Forças Armadas Sudanesas SAF, dirigidas pelo general Abdel Fattah al-Burhan, às RSF, comandadas por Mohamed Hamdan “Hemedti” Dagalo.

Numa tentativa de envolver as Forças Armadas Sudanesas (SAF), os EUA haviam convidado, nesta quarta-feira 21 de agosto, uma sua delegação a deslocar-se ao Cairo, para se encontrar com a delegação americana. Mas surgiram divergências quanto à inclusão de membros dos serviços secretos militares sudaneses e dos movimentos armados do Darfur na delegação sudanesa. Os EUA e o Egito teriam levantado objecções a esta inclusão tardia, o que levou ao adiamento do encontro.

As conversações de Genebra centram-se na aplicação dos acordos assinados em Jeddah, na Arábia Saudita, em 11 de maio de 2023. Conhecida como a Declaração de Jeddah e assinada pelas Forças Ramadas Sudanesas (SAF) e as Forças de Apoio Rápido (RSF), ela empenha ambas as partes a proteger os civis e a respeitar o direito internacional humanitário. Um subsequente acordo de Jeddah, de 20 de maio de 2023, reiterou a importância de proteger os civis durante a aplicação de um cessar-fogo de sete dias. O cessar-fogo foi violado menos de um dia após a sua entrada em vigor. Também as sucessivas medidas de cessar-fogo não foram respeitadas.

As conversações de Genebra devem descontar a posição, considerada irrealista por observadores neutrais, das SAF que exigem que as SFR devolvam o controlo das cidades e áreas conquistadas durante a guerra. Até à data, o único grande êxito alcançado em Genebra foi a reabertura de três vias de comunicação para permitir a passagem de ajuda humanitária às populações já exaustas pelo conflito, pela falta de alimentos e de água potável e por doenças, como a cólera.

Uma primeira coluna de 15 camiões do Gabinete de Coordenação Humanitária da ONU (OCHA) passou pelo ponto de passagem de André, na fronteira entre o Chade e o Darfur sudanês. Esta organização humanitária da ONU planeia enviar 116 camiões com um total de 6.000 toneladas de alimentos, medicamentos e outros géneros de primeira necessidade através desta passagem.

O que complica a situação é o patrocínio internacional do conflito. O Egito e o Irão são suspeitos de enviar armas para as Forças Armadas Sudanesas (SAF), enquanto os Emirados Árabes Unidos são acusados de apoiar as Forças de Apoio Rápido (RSF). A Rússia, por um lado, através da antiga empresa militar privada Wagner, está a apoiar as RSF, mas, por outro lado, a sua diplomacia é próxima do General al-Burhan. As forças especiais ucranianas apoiariam as SAF contra as RSF. Por último, verificou-se que as armas de fabrico turco eram utilizadas por ambas as partes – com a agência Fides.

Fonte: Vatican News

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RDC. Dedicação da capela de São Tiago de Mangese, obra da comunidade eclesial local

O bispo de Isangi, na província de Tshopo, D. Dieudonné Madrapile, inaugurou no dia 14 de agosto de 2024, uma capela construída pelos próprios fiéis na paróquia São Francisco Xavier de Tora, diocese de Isiro-Niangara. Dom Madrapile foi nomeado Administrador Apostólico da Diocese de Isiro-Niangara em 12 de julho, após a morte do Bispo, Dom Julien Andavo-Mbia.

Jean Baptiste Malenge - Kinshasa

Dom Madrapile congratulou-se com os fiéis cristãos que empreenderam a construção desta capela desde 2021, contribuindo com 80.000 dólares americanos, participando assim do crescimento da Comunidade Eclesial Básica Viva (CEVB) que existia desde 1979 antes de se tornar uma capela e hoje um setor pastoral com outras três capelas.

Durante a Missa de dedicação da nova capela, Dom Madrapile agradeceu a Deus por tornar possível o encontro em torno da mesa eucarística. O bispo exortou os cristãos a perseverarem na vivência da sua fé com obras palpáveis, como ensina o santo padroeiro, São Tiago, que escreveu que é através das obras que se deve mostrar a própria fé.

Por sua vez, o pároco de São Francisco Xavier de Tora, padre Pierre Anidowe, agradeceu ao bispo no final da Missa pela sua preocupação pastoral, e aos cristãos pelo zelo em cuidar da Igreja.

Recorde-se que a primeira atividade do Bispo de Isangi como Administrador Apostólico de Isiro-Niangara ocorreu em 11 de agosto: foi a ordenação sacerdotal do padre Jean-Pierre Mabanga, na Igreja paroquial de Saint-Paul de Tapili. - Fonte: Vatican News

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Nicarágua, impostos sobre esmolas e doações da Igreja

Novas medidas na Nicarágua em relação à Igreja Católica. A mais recente decisão do governo do presidente Daniel Ortega aplica o regime fiscal da economia privada também às instituições religiosas.

O governo de Manágua amplia o controle público sobre todas as atividades na Nicarágua, especialmente as religiosas. Após as prisões de bispos e sacerdotes, as expulsões de padres e freiras, a dissolução de 1.500 ONGs, muitas delas católicas, e a incorporação de seus bens, agora foi implementada a imposição de impostos sobre aquelas receitas que normalmente permitem que paróquias, escolas e outras instituições realizem importantes iniciativas nos campos da educação, humanitário e religioso: as doações dos fiéis.

Mudanças radicais para a Igreja

De fato, foi revogado um artigo de lei que garantia proteção fiscal às instituições religiosas, limitando o pagamento de imposto de renda e sobre as atividades econômicas. Agora, no entanto, todas as igrejas de qualquer denominação estarão sujeitas a um regime tributário semelhante ao do setor econômico privado, que tem o lucro legítimo como objetivo de suas atividades. Ofertas, esmolas e doações dos fiéis estarão, portanto, sujeitas ao pagamento do imposto de renda, com alíquotas variando entre 10% e 30%. Estima-se que a eliminação das isenções fiscais possa ter um impacto grave na capacidade de financiar iniciativas e operar, além de provocar a transformação das estruturas administrativas com a adoção de novos encargos institucionais, como, por exemplo, a criação de escritórios de controle geridos por contadores públicos certificados.

A preocupação da ONU

O controle público absoluto sobre todas as atividades associativas, econômicas ou não, está ocorrendo na Nicarágua sob o olhar atento da comunidade internacional. Em particular, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos expressou "profunda preocupação" com o recente fechamento de mais de 1.500 ONGs, entre as quais "pelo menos 700 religiosas". Isso é relatado em um comunicado do organismo da ONU, no qual se afirma que a iniciativa do governo de fato "atenta contra a liberdade de religião e a liberdade de associação". Em particular, pede-se que as "liberdades fundamentais" da pessoa sejam "garantidas e protegidas". - Fonte: Vatican News

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Encontro de Rimini, o núncio em Kiev: gestos que dão esperança

“Se você quer a paz, prepare a paz” foi o painel de discussão do qual participou o núncio apostólico em Kiev, que relembrou o início da invasão russa na Ucrânia e enfatizou os muitos gestos de solidariedade que dão esperança para o futuro.

Benedetta Capelli - Rimini

Atos de bondade que, em um contexto de guerra, tornam-se gestos heróicos, fruto da imaginação da caridade. Esses são os que dom Visvaldas Kulbokas, núncio apostólico em Kiev, conta aos presentes no Encontro de Rimini: “se você quer a paz, prepare a paz”. Um grande público ouve suas palavras, em vídeo conferência, marcada pelo contexto dramático que faz sofrer aqueles que vivem nesses territórios. Dom Kulbokas relembra a generosidade de uma ucraniana que, graças à ajuda de muitos conhecidos, levou 60 milhões de dólares em ajuda ao país. “Há também - compartilha - um senhor que acredita, mas não se identifica com nenhuma igreja. Ele me contou como ajudou 280 pessoas a fugirem”. O núncio lembrou então as 800 pessoas evacuadas de Mariupol graças à determinação de uma paróquia protestante. “Essa é a razão”, enfatizou dom Kulbokas, ‘pela qual deposito minha esperança na sociedade civil que leva os desafios a sério e tem mais chances de ser incisiva’.

Perceber os sinais

De acordo com o núncio, é justamente a sociedade civil que é capaz de perceber por primeiro o perigo de certas situações. “Havia sinais de que algo estava errado. Até mesmo eu havia subestimado o progresso de certos processos, a vida nos ensina que, quando confrontados com enormes desafios, até mesmo os esforços devem ser enormes; aqui, minha impressão é que as instituições de todos os tipos têm uma dificuldade inata de se antecipar aos eventos. As pessoas, mais do que as instituições, são capazes de perceber as emergências. É verdade, porém, que as guerras não seguem nenhuma regra e é por isso que as instituições não estão preparadas”.

Não perder a esperança

Também falou na mesa redonda Oleksandra Matvijcuk, advogada ucraniana e líder da organização de direitos civis com sede em Kiev, o Centro para as Liberdades Civis, que ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2022. Oleksandra relatou testemunhos da violência ocorrida no país e seu convite à comunidade foi para ser corajosa, fazer gestos de solidariedade, expressão de uma humanidade que não fica indiferente ao drama alheio. Os relatos de Lali Liparteliani e Anastasia Zolotova, responsáveis da ONG ucraniana “Emmaus”, também envolvida na evacuação dos deficientes, foram comoventes. Ambas lembraram a sensação de alienação vivida, a perda de identidade devido à guerra, mas também a radicalidade do sim a Cristo, a força à qual se agarrar para ainda ter esperança em um amanhã de paz. - Fonte: Vatican News

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Oriente Médio, um comandante do Fatah é morto no Líbano

O carro em que ele viajava foi atingido por um ataque israelense nos arredores de Sidon: assim um membro da ala militar do Fatah, o partido do presidente palestino Abu Mazen, foi morto no Líbano. Os ataques israelenses insistem também na Faixa de Gaza, onde pelo menos 14 mortes foram registradas nas últimas horas.

Roberta Barbi – Vatican News

Khalil al Maqdah era um membro do Fatah, ou melhor, de sua ala militar - a Brigada dos Mártires de Al Aqsa - que já estava na mira de Israel há vários anos, acusado de dirigir ataques terroristas junto com seu irmão e de contrabandear armas para a Cisjordânia. Só conseguiram chegar até ele nesta quarta-feira, quando um foguete disparado por um caça israelense atingiu o carro em que viajava, em frente ao campo de refugiados palestinos de Ain al-Helweh, nos arredores de Sidon, cerca de quarenta quilômetros ao sul de Beirute. Uma morte que, de Ramallah, o comitê central do Fatah chama de “mais uma prova de que Israel quer incendiar a região e lançá-la em uma guerra em grande escala”.

Alta tensão no Líbano

Também no Líbano, há ataques mútuos entre Israel e Hezbollah: um depósito de armas do movimento xiita foi atingido no leste do Vale de Bekaa, seguido por uma chuva de pelo menos 50 foguetes contra as Colinas de Golã. O exército israelense também afirmou ter atacado uma unidade terrorista do Hezbollah que havia lançado foguetes do sul do Líbano, na área de Zarit. Por fim, um prédio usado como base militar pelo grupo no sul do país, em Kfarklea, foi atingido.

A situação em Gaza

As operações militares também continuam em Gaza, causando novas vítimas. O número de pessoas que perderam a vida na noite desta quarta-feira em um bombardeio em Beit Lahia, no norte da Faixa, onde uma casa foi atingida, subiu para pelo menos 11, de acordo com a agência palestina Wafa. Três pessoas foram mortas e quatro ficaram feridas no campo de Maghazi, no centro do enclave. Treze ficaram feridos no Campo de Nuseirat e também foram registradas vítimas em Khan Younis. De acordo com o Ministério da Saúde local, ligado ao Hamas, o número de mortos em Gaza ultrapassou a marca de 40 mil desde o início do conflito, em 7 de outubro, dia do sangrento ataque palestino que custou a vida a 1.400 israelenses.

Biden a Netanyahu: cessar-fogo urgente

Novas conversas entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Os dois líderes falaram sobre os esforços estadunidenses para apoiar a defesa israelense contra as ameaças do Irã e de grupos como o Hezbollah ou o Houthi, que operam no Iêmen, mas também sobre as próximas negociações no Cairo. De acordo com uma declaração da Casa Branca, Biden enfatizou a urgência de concluir o acordo para o cessar-fogo e para a libertação dos reféns.

Fonte: Vatican News

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Observatório registra aumento da perseguição a cristãos na Europa

Por Kristina Millare 

O Observatório sobre Intolerância e Discriminação contra Cristãos na Europa (OIDAC Europe) europeu registrou um aumento de 44% nos crimes de ódio contra cristãos na Europa e pediu aos governos que protejam os convertidos do islamismo em particular, por ocasião do Dia Internacional em Memória das Vítimas de Violência Baseada em Religião ou Crença, comemorado hoje (22).

O relatório anual OIDAC Europe 2022/23 diz que a maioria dos 749 casos de crimes de ódio anticristão foram atos de vandalismo ou incêndio criminoso, mas houve um aumento acentuado em ataques violentos contra pessoas.

Anja Hoffmann, diretora executiva da OIDAC Europe, disse que as crescentes ameaças contra cristãos em países da Europa são alarmantes e não devem ser ignoradas.

Desde o início do ano, o OIDAC Europe registrou 25 casos de violência, ameaças e tentativas de assassinato contra cristãos no Reino Unido, França, Espanha, Itália, Alemanha, Áustria, Polônia e Sérvia.

Em alguns casos, comunidades inteiras foram atacadas.

Em junho deste ano, houve um ataque a uma congregação adventista do sétimo dia em Dijon, França, durante um culto na igreja. O ataque com gás lacrimogêneo causou pânico e deixou nove pessoas feridas, disse o órgão de vigilância.

Proteção para convertidos do islamismo

Hoffmann também destacou a necessidade de proteger e apoiar cristãos convertidos do islamismo.

A fiscalizadora citou o exemplo de um caso de tribunal britânico que condenou um homem à prisão perpétua por tentar matar Javed Nouri, muçulmano convertido ao cristianismo. Segundo a promotora, Alid considerou Nouri um apóstata e “portanto alguém que merecia morrer”.

Hoffmann pediu aos governos europeus para agirem: “O direito de conversão é um elemento essencial da liberdade religiosa. Os governos europeus devem, portanto, fazer tudo o que estiver ao seu alcance para proteger os convertidos cristãos com origem muçulmana em particular, que correm alto risco.”

Bispo alemão exorta Estados a agir

Em comunicado à imprensa divulgado hoje (22), a Conferência Episcopal Alemã lamentou o aumento constante da violência contra cristãos e pessoas de outras religiões.

O bispo de Augsburg, dom Bertram Meier, presidente da Comissão Episcopal Alemã para a Igreja Universal, disse que governos e comunidades religiosas precisam assumir mais responsabilidades e trabalhar juntos para conter o aumento da violência religiosa.

“Todos os Estados têm a responsabilidade de neutralizar violações de direitos humanos e, portanto, também de liberdade religiosa. Onde isso não acontece, ou onde o próprio Estado ataca esses direitos, a discriminação e, em última análise, a violência, especialmente contra minorias religiosas, não estão longe”, disse Meier.

O Dia Internacional em Memória das Vítimas de Atos de Violência Baseados em Religião ou Crença foi instituído pela assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2019.

Fonte: ACIDigital

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Avança a canonização de Eileen O'Connor, leiga e mística australiana

Por Kate Quiñones 

O arcebispo de Sydney, Austrália, dom Anthony Fisher enviou a causa de canonização da serva de Deus Eileen O'Connor a Roma na última segunda-feira (19), num passo importante no caminho para a possível canonização da segunda santa da Austrália.

O'Connor, que sofria do que hoje é conhecida como doença de Pott e mielite transversa, fez muito durante seus 28 anos de vida, fundando as Enfermeiras dos Pobres de Nossa Senhora, conhecidas como as “irmãs marrons” por causa da cor do hábito que usavam. A congregação era dedicada a cuidar dos pobres que estavam doentes.

Dom Fisher assinou um decreto final em 16 de agosto e enviou documentos sobre O'Connor para o Dicastério para as Causas dos Santos da Santa Sé na última segunda-feira (19), segundo o jornal arquidiocesano The Catholic Weekly. Sua causa para a santidade foi aberta em fevereiro de 2020.

Se canonizada, O'Connor será a segunda santa da Austrália. Santa Maria da Cruz MacKillop foi canonizada em 2010 pelo papa Bento XVI.

Eileen O'Connor nasceu em Melbourne em 1892, a mais velha de quatro filhos, de pais católicos irlandeses devotos.

Por causa de um problema na coluna, O'Connor tinha 1,15 m de altura e não conseguiu ficar de pé nem andar durante grande parte da vida.

Ela sofria de tuberculose na coluna, crescimento atrofiado, períodos de cegueira, longos períodos de paralisia e fortes dores nos nervos, além de ter uma condição que hoje é conhecida como mielite transversa, que envolve inflamação da coluna.

Quando seu pai morreu, a família passou por dificuldades financeiras. O padre Edward McGrath, pároco e membro dos missionários do Sagrado Coração, encontrou acomodações para a família.

O'Connor mais tarde trabalhou com McGrath para fundar uma congregação de enfermeiras para cuidar dos pobres e doentes. Ela contou a McGrath que teve uma visão de Maria, que a encorajou a abraçar seu sofrimento pelos outros.

Eles enfrentaram muitos desafios com a congregação inicialmente e foram acusados por um missionário do Sagrado Coração de manter um relacionamento impróprio. Como resultado das alegações, que foram posteriormente refutadas, McGrath enfrentou limitações em seu papel como padre. Sua ordem o ameaçou com expulsão, a menos que ele cessasse o contato com O'Connor. Ele se recusou e viajou para Roma, onde apelou com sucesso de seu caso e foi reintegrado em sua ordem.

Em 1915, O'Connor, com a ajuda de sua enfermeira, viajou para Roma e Londres para apoiar sua causa. Ela foi recebida em audiência pelo papa Bento XV.

Embora o apelo de McGrath tenha sido bem-sucedido, ele foi impedido de retornar à Austrália por quase três décadas. Ele viajou para a Grã-Bretanha, onde foi capelão do exército britânico na Primeira Guerra Mundial e recebeu a Cruz Militar e uma nomeação para a Cruz Vitória por atos de bravura na guerra.

O'Connor continuou com seu trabalho por conta própria. Ela liderou a congregação, que a chamava de “Pequena Mãe”, até morrer aos 28 anos em 10 de janeiro de 1921, de tuberculose crônica na coluna.

Quando seus restos mortais foram exumados e transferidos para a capela da casa da congregação em 1936, seu corpo foi encontrado incorrupto.

“As Enfermeiras de Nossa Senhora para os Pobres continuam ativas em seu ministério — embora em menor extensão do que antes", disse Carlos López, arquivista das enfermeiras de Nossa Senhora para os Pobres. “As Enfermeiras Marrons fundadas pelas Irmãs, continuam o trabalho das Enfermeiras de Nossa Senhora cuidando dos pobres doentes em suas casas nos subúrbios do centro de Sydney”.

Processo de canonização

O padre Anthony Robbie, da arquidiocese de Sydney e postulador diocesano da causa de O'Connor, viajará com dom Fisher para Roma para apresentar as evidências ao dicastério depois de quatro anos de investigação.

O padre Julian Wellspring supervisionou a causa que começou há cerca de quatro anos, em fevereiro de 2020.

O'Connor foi declarada serva de Deus em 2018.

O caminho para a santidade envolve um processo de três etapas nas quais os indivíduos são declarados sucessivamente veneráveis, beatos e santos.

Autoridades da Igreja examinam e investigam a vida da pessoa pelo menos cinco anos depois de sua morte, então enviam os resultados ao Dicastério para as Causas dos Santos, onde nove teólogos votarão se a pessoa viveu uma vida de virtudes heroicas. Se o painel concordar, as informações serão revisadas por cardeais e bispos e então levadas ao papa. Com sua aprovação, o Dicastério declarará a pessoa "venerável". No caso de mártires, o título de "beato" é dado automaticamente.

Um venerável é declarado beato quando um milagre atribuído à sua intercessão é confirmado por uma investigação canônica. Um beato pode ser canonizado depois da confirmação de um segundo milagre. - Fonte: ACIDigital

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Do dia 21/8/24

Regional Sul 3 apresenta hino do Jubileu de 60 anos

Em 27 de setembro de 1964, durante a terceira sessão do Concílio Vaticano II, foi criado o Regional Sul 3 da CNBB.

Daquela data até hoje, são 60 anos de história e inúmeros momentos junto ao povo gaúcho. Entre eles, alguns de dificuldade, como a ditadura militar, a pandemia e as recentes enchentes no Estado. Por outro lado, muitos de alegria, como a visita do Papa João Paulo II ao Rio Grande do Sul, o Fórum da Igreja Católica em 2007, o compromisso da missão ad gentes e os grandes encontrões de jovens e de catequistas e outros.

Ai de mim se eu não evangelizar!

Para celebrar estas seis décadas de história, o Regional criou uma comissão especial para o Jubileu, que entre outras ações propôs a composição de um Hino dos 60 anos do Regional.

O convidado para executar esta missão foi o Pe. José Carlos Sala, do clero diocesano de Erexim, que compôs a letra e a melodia do hino. Pe. Sala explica, a seguir, suas motivações:

    Pus-me a trabalhar e busquei o mote de São Paulo aos Coríntios: Ai de mim se eu não Evangelizar, também a partir da Evangelli Gaudium, onde o Senhor nos chama e nos envia para anunciar a Boa Nova com alegria.

Pe. Sala explica que os dois primeiros versos do refrão são como que um chamamento e, ao mesmo tempo, uma afirmação para anunciar a Boa Nova com Alegria. A seguir, a resposta vem com essa fundamentação bíblica: “Sim, vou proclamar. Ai de mim se eu não evangelizar”.

Primeira Estrofe: “O hino está construído com três estrofes, comenta o sacerdote. A primeira retoma Isaías – “formosos são os pés do mensageiro que anuncia a Boa Nova com amor e com paixão”, na referência a tantos evangelizadores que já passaram nesta história dos 60 anos do Regional Sul 3.

Segunda Estrofe: O autor do hino relata que a segunda estrofe está fundamentada na Evangelli Gaudium: “Formamos uma Igreja em saída aqui no Regional Sul 3, de portas abertas para o mundo. Formamos uma Igreja fiel ao dinamismo missionário de anunciar Jesus”.

Terceira Estrofe: A última estrofe abre as portas e o tom de louvor e agradecimento. “Por tudo damos graças ao Senhor”, inicia, em uma referência à São Paulo na Carta aos Tessalonicenses.

O Hino foi apresentado à Igreja do Rio Grande do Sul no dia 15 deste mês de agosto, durante a celebração de coroação do ícone de Nossa Senhora da Medianeira como Rainha do Povo Gaúcho no Santuário do mesmo nome em Santa Maria.

HINO - 60 ANOS DO REGIONAL SUL III – CNBB

1964 – 2024 “A serviço da Evangelização no Rio Grande do Sul”

Pe. José Carlos Sala

Ref. O Senhor nos chama e nos envia

para anunciar a Boa-Nova com alegria. (EG 1)

/:Eu digo: “Sim, vou proclamar!

Ai de mim se eu não Evangelizar!”:/ (I Cor 9,16b)

1. Formosos são os pés do mensageiro

que segue, anunciando a salvação,

proclama a Boa-Nova e a paz com amor e compaixão! (Is 52,7)

2. Formamos uma Igreja em saída, (EG 20-24)

de portas sempre abertas para o mundo. (EG 46)

fiéis ao dinamismo missionário de anunciar Jesus. (EG 48)

3. Por tudo, damos graças ao Senhor, (1Ts 5,18)

na história de evangelização

nas terras do Rio Grande do Sul: Louvor e gratidão

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Retrato da Igreja na Amazônia mostra os avanços e desafios nascidos no Sínodo e aprofundados em Santarém 2022

A Igreja da Amazônia Legal está reunida em Manaus para seu V Encontro, cujo início se deu dia 19 e segue até o próximo 22 de agosto. Mais de 80 pessoas, bispos, padres, representantes da Vida Religiosa e do laicato refletem sobre a realidade do bioma no segundo dia do encontro a partir da realidade social e eclesial. O bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Ricardo Hoepers está participando do encontro.

O Encontro é uma retomada das vivências do Sínodo para a Amazônia, que foi um tempo de muitas expectativas, segundo o bispo auxiliar de Manaus e vice-presidente da Conferência Eclesial da Amazônia (Ceama), dom Zenildo Lima.

As reflexões do Sínodo para a Amazônia, mesmo reconhecendo as lacunas, foram recolhidas no Documento Final, um documento programático, e na exortação Querida Amazônia, texto, segundo ele, com um viés mais reflexivo.

IV Encontro da Igreja na Amazônia

O IV Encontro da Igreja na Amazônia, realizado em Santarém 2022, foi momento de recepção do Sínodo para a Amazônia, assumindo como tarefa, a partir das Igrejas da Amazônia, avançar nas lacunas, na questão ministerial, no rosto amazônico, na questão social. Tudo isso foi recolhido no Documento de Santarém 2022, considerado por dom Zenildo Lima, “uma recepção do Sínodo para a Amazônia com os nossos aportes”.

Nesse Documento aparecem como diretrizes básicas a encarnação na realidade e a evangelização libertadora, com cinco linhas prioritárias: fortalecimento das comunidades eclesiais de base na ministerialidade e participação das mulheres; formação dos discípulos missionários; defesa da vida, dos povos da Amazônia; cuidado com a casa comum, migração, mineração, megaprojetos de infraestrutura; evangelização das juventudes.

Nesse sentido, as igrejas locais da Amazônia foram convidadas a responder algumas perguntas para levantar os avanços e dificuldades, verificar os passos dados e os entraves quanto à aplicação das propostas de Santarém 2022; Também foram convidadas a perceber situações emergentes que tem exigido um peculiar cuidado pastoral; consolidar algumas iniciativas, indicando desdobramentos concretos quanto a compromissos, opções pastorais, responsáveis, prazos. Um encontro para reconhecer os muitos passos e iniciativas, mas que também aflora a preocupação diante das resistências e retrocessos.

Cada um dos seis regionais em que está dividida a Igreja na Amazônia Legal, seguindo as perguntas previamente enviadas, apresentaram o resultado das escutas. Um aspecto identificado é que as pessoas estão sendo atingidas em suas crenças, que tem a ver com esse modelo de fé que vai se desenhando. Os relatos apontaram um cansaço das comunidades e dos agentes.

Aparecem nos relatos preocupação com o clericalismo, com o tradicionalismo, a questão da formação presbiteral e o papel das mulheres na Igreja. Também aparecem algumas exigências, que fazem referência ao cuidado com a Casa Comum e a proximidade com os pobres.

Uma Igreja que nunca deve esquecer a dimensão do Reino, onde as comunidades têm uma importância decisiva e que é desafiada a uma maior presença nas comunidades indígenas, a não perder a dimensão sinodal, presente por muitos anos na Igreja da Amazônia, ainda mais diante da individualização da vivência religiosa, que gera um descompasso pastoral, que desafia a buscar saídas para ser uma Igreja mais profética, com reforço na vida comunitária.

Secretário-geral fala sobre a partilha dos regionais

O bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers, enalteceu o caminho feito de reflexão: aprofundar como ter cada vez mais a consciência do cuidado com a Casa Comum a partir da Laudato Si’, mas também de todas as propostas elaboradas desde o encontro de Santarém até os dias atuais, num compromisso permanente e integral de, ao mesmo tempo, defender a natureza, cuidar dos povos originários e do povo de Deus.

    “Estamos vivendo um momento belíssimo no qual todos os regionais da CNBB que integram a Amazônia Legal estão apresentando sua avaliação, desafios e perspectivas. Que esse encontro seja um marco na história da Evangelização no Brasil e possamos nos unir à Amazônia Legal para cuidarmos todos juntos da nossa Casa Comum”, disse. Fonte: CNBB

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Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA) realiza II Assembleia Presencial em Manaus, de 23 a 26 de agosto

Para recordar o caminho sinodal da Igreja na Amazônia e fortalecer o processo da Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA) no território amazônico, as Igrejas locais do Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela e da Amazônia Francesa se reunirão na Casa de Retiros Maromba, da arquidiocese de Manaus, de 23 a 26 de agosto de 2024, para a II Assembleia Presencial da CEAMA.

Com o tema “Cristo aponta para a Amazônia: comunhão, missão e participação” e o lema “Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2,5), o encontro visa consolidar a missão sinodal e apostólica da CEAMA no território amazônico, além de proporcionar uma oportunidade para refletir sobre as realidades locais, identificar prioridades e enfrentar os desafios da região.

Durante a Assembleia, haverá conferências e diálogos focados na conjuntura amazônica, além de testemunhos do território e momentos de conversação espiritual. A programação incluirá discussões sobre a consolidação do corpo eclesial e apostólico da CEAMA no território amazônico, a apresentação das contribuições da CEAMA e da REPAM para a segunda sessão do Sínodo, bem como a análise do contexto do Instrumentum Laboris e suas implicações para a Amazônia.

Para o cardeal Pedro Barreto, presidente da CEAMA, a Assembleia Presencial é um momento crucial para fortalecer o compromisso da Igreja em ser cada vez mais amazônica e sinodal, empenhada na defesa da casa comum e dos mais vulneráveis.

“A Amazônia é um signo importante para a vida da humanidade. Para a Igreja, é um compromisso firme de defender a vida e o território. Que esta graça de Deus, que viveremos na Assembleia Presencial, seja um motivo a mais para confirmar a convicção de que a CEAMA é um aporte significativo para a Igreja na Amazônia e para a Igreja Universal.”

Outros temas de destaque na Assembleia incluem a consolidação da CEAMA nos países amazônicos, com estratégias de acompanhamento territorial e atuação dos Núcleos Temáticos, com ênfase nas ações desenvolvidas pelo Rito Amazônico, a Ministerialidade da Mulher, o Programa Universitário Amazônico (PUAM), a Rede de Educação Intercultural Bilingue Amazônica (REIBA), entre outros.

Irmã Laura Vicuña, do povo Kariri e vice-presidente da CEAMA, estará presente juntamente com Dom Zenildo Lima, Patricia Gualinga, do povo Sarayaku, e Mauricio López, diretor do Programa Universitário da Amazônia (PUAM), contribuindo para as discussões voltadas para a construção de uma Igreja amazônica, que promova comunhão, missão e participação. Para a religiosa, “a assembleia será um momento único e importante para buscarmos novos caminhos para a Igreja, com a originalidade que caracteriza a CEAMA, onde todos os batizados podem participar na construção do rosto da Igreja na Amazônia e na promoção de uma ecologia integral. Nossa missão é clara: ser uma Igreja Sinodal em missão.”

O evento reunirá cinco representantes sinodais de cada uma das sete Conferências Episcopais do bioma amazônico, além dos membros da presidência, da secretaria executiva e dos Núcleos Temáticos da CEAMA, bem como representantes dos bispos amazônicos e das quatro instituições fundadoras: o Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (CELAM), a Confederação Latino-americana de Religiosos (CLAR), a Cáritas América Latina e Caribe e a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM).

A Assembleia contará ainda com a presença do cardeal Michael Czerny, prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, que trará reflexões a partir da perspectiva do Vaticano. O encontro também terá a participação de assessores e representantes de outras instituições colaboradoras da Igreja na Amazônia, que estarão presentes como convidados especiais.

Os participantes também se integrarão em atividades nas comunidades locais do território amazônico, culminando no encerramento da Assembleia da CEAMA de 2024.

Relações com a Imprensa:

Janaina Santos +55 31 986290315

Fotos e peças gráficas:

https://bit.ly/asamblea_ceama - Fonte: CNBB

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CNBB promove Seminário Nacional de Campanhas sobre a CF 2025 de 26 a 29 de setembro

O Setor de Campanhas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove, de 26 a 29 de setembro, na Casa dom Luciano, em Brasília (DF), o Seminário Nacional de Campanhas voltado para a formação dos articuladores para a Campanha da Fraternidade (CF) 2025, cujo tema é “Fraternidade e Ecologia Integral” e o lema bíblico “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1, 31).

De acordo com o secretário executivo de Campanhas da CNBB, padre Jean Poul Hansen, o foco deste seminário será aprofundar o conhecimento e a reflexão do texto-base da CF 2025 em vista de sua aplicação nas diferentes realidades do país. Ele reforça que os participantes também refletirão sobre o planejamento das campanhas nas dioceses.

O seminário é destinado aos articuladores da Campanha da Fraternidade nos 19 regionais da CNBB, comunicadores de rádios e televisões de inspiração católica do país, agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom Brasil), organismos do povo de Deus e entidades relacionadas à CNBB. O secretário executivo de Campanhas da CNBB reforça que uma carta foi enviada para as pessoas e entidades convidadas.

Lançamentos

As noites do Seminário Nacional de Campanhas serão destinadas ao lançamento da 10ª edição da revista “Casa Comum”, uma publicação com a Ação Social Franciscana (SEFRAS); do Mutirão pela Casa Comum, uma iniciativa de formação de multiplicadores do “Encantar a Política” e da Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP); e do curso on-line sobre a CF 2025 em parceria com o Farol 1817, portal educacional de cursos on-line da Província Marista Brasil Centro-Sul (PMBCS).

Fonte: CNBB

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Cetel reúne-se com foco na revisão das Missas da Bem-aventurada Virgem Maria

A Comissão de Textos Litúrgicos (Cetel) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está reunida, na sede da entidade, em Brasília (DF), durante esta semana. Desde terça-feira, 20, até amanhã, 22, o foco do trabalho do grupo é a revisão das Missas da Bem-Aventurada Virgem Maria. Membros da Comissão também participam, na quinta-feira, do lançamento dos textos litúrgicos para o Jubileu 2025.  

O bispo de Bonfim (BA) e presidente da Cetel, dom Hernaldo Farias, explica que o trabalho específico desses dias é a revisão das missas da Bem-aventurada Virgem Maria. 

“Estamos fazendo uma revisão do material deixado por dom Geraldo Lyrio, que já havia feito um primeiro trabalho de revisão”, contou, recordando a contribuição deixada pelo arcebispo emérito de Mariana (MG) e membro da Cetel por vários anos, dom Geraldo Lyrio Rocha, falecido em julho de 2023. 

A revisão da terceira edição típica do Missal Romano também é feita pelo grupo. Dom Hernaldo conta que o livro litúrgico terá uma nova tiragem com ajustes gramaticais e de diagramação.  

Outro ponto no horizonte do trabalho da Cetel é a revisão e atualização do Lecionário, o livro litúrgico que contém as leituras proclamadas durante as celebrações eucarísticas. Essa revisão compreende a adaptação ao Acordo Ortográfico entre países de Língua Portuguesa e é realizada por uma equipe coordenada pelo arcebispo de Olinda e Recife (PE) e segundo vice-presidente da CNBB, dom Paulo Jackson Nóbrega de Souza. 

Textos para o Jubileu da Esperança

E amanhã, quinta-feira, dia 22, será lançada a publicação oficial com os Textos Litúrgicos para o Jubileu da Esperança 2025. Após a publicação pela Santa Sé, a Cetel fez a tradução do material para o Português do Brasil e a editora Edições CNBB preparou a versão para o Brasil.  

Esses textos servirão para três ocasiões durante o Jubileu da Esperança: a celebração de abertura do Jubileu, a celebração de fechamento do Ano Jubilar e os textos para serem usados nas peregrinações aos lugares determinados por cada Igreja particular. 

A live de lançamento será transmitida pelas redes sociais da CNBB e das Edições CNBB e contará com a presença do arcebispo de Goiânia e primeiro vice-presidente da CNBB, dom João Justino de Medeiros Silva, dom Hernaldo e o assessor da Comissão para a Liturgia da CNBB frei Luís Felipe Marques. Fonte: CNBB

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Estudo publicado pela PUCRS aponta que 10% dos jovens gaúchos não estudam e nem trabalham 

Nos jovens mais pobres o índice atinge 22%, chega a 12,3% entre os negros, e em 13,4% nas meninas 

No ano de 2023 havia 2,3 milhões de jovens entre 15 e 29 anos no Rio Grande do Sul, representando 20% da população gaúcha. Naquele ano, 17,6% desses jovens se dedicavam apenas aos estudos, 19,9% estudavam e trabalhavam, 52,7% somente trabalhavam, e 9,9% não estudavam e nem participavam do mercado de trabalho. Ou seja, naquele ano havia 229 mil jovens gaúchos que não estavam estudando nem trabalhando ou procurando emprego.

O cenário é mais grave quando recortamos grupos específicos. Entre jovens gaúchos negros, em 2023, 12,3% não estudavam nem trabalhavam. Entre os brancos, eram 8,9%. Já quando fazemos o recorte por rendimentos, a desigualdade é ainda maior. Entre os jovens cujos domicílios de moradia se localizam no estrato dos 20% mais pobres do Rio Grande do Sul, 22% não estudavam e nem trabalhavam. 

“Muitas vezes, há uma ótica direcionada aos jovens que os culpabiliza unicamente pelas dificuldades que enfrentam, quando, na verdade, há uma complexidade de múltiplas estruturas precarizadas e inter-relacionadas que os impactam de modo excludente”, explica  a professora Patrícia Espíndola Teixeira, coordenadora do Observatório Juventudes.

Outra questão sinalizada por Patrícia é a redução progressiva da população juvenil: “quanto menor o número de jovens, naturalmente é menor o lugar de representatividade juvenil e concomitantemente, maiores os impactos na população ativa e nos cenários de qualificação e desenvolvimento, sobretudo quando esses dados se somam a fatia distanciada da educação e do trabalho”.

Todos esses dados são provenientes do Boletim Juventudes: Levantamento sobre estudo e trabalho da população juvenil no Brasil e no Rio Grande do Sul, produzido em parceria entre o Observatório Juventudes e o Data Social, ambos serviços da PUCRS. Os dados utilizados são da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio Contínua (PNADc – IBGE), acumulados na 1ª visita (2012-2019;2022-2023) e na 5ª visita (2020-2021). O levantamento coincide com o Dia Internacional da Juventude, celebrado anualmente em 12 de agosto, e criado por iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU). O recorte etário utilizado é o do Estatuto da Juventude (Lei n º 12.852/2013), considerando jovens as pessoas entre 15 e 29 anos.

Fonte: Arquidiocese de Porto Alegre

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Papa: que o "mau cheiro" do nosso pecado não impeça de espalhar o "bom perfume" de Cristo

O "Espírito Santo no Batismo de Jesus" foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira, realizada na Sala Paulo VI. Ao ser ungido com o Espírito de Deus, Cristo confere a todos os cristãos a tarefa de espalhar o seu "bom perfume" no mundo e não o "mau cheiro" do próprio pecado.

Vatican News

A Sala Paulo VI acolheu milhares de fiéis e peregrinos para a Audiência Geral desta quarta-feira, 21 de agosto. O Papa deu continuidade ao ciclo de catequeses acerca do Espírito e da Esposa, meditando sobre como o Espírito Santo desceu em forma de pomba quando Jesus foi batizado por João, e dali se espalhou pelo Seu Corpo, que é a Igreja.

“Toda a Trindade se reuniu naquele momento nas margens do Jordão!”, comentou Francisco. O batismo de Jesus foi tão importante, que todos os evangelistas falaram sobre ele. E a importância reside no fato de, naquele episódio, Deus Pai ungiu Jesus com o Seu Espírito, isto é, consagrou Jesus como Rei, Profeta e Sacerdote.

Na verdade, Jesus estava repleto de Espírito Santo desde o momento da Encarnação, mas no Batismo recebe a unção com o Espírito para a sua missão. Essa missão o Senhor comunica-a à Igreja, Seu Corpo místico, e assim nos tornamos um povo sacerdotal, profético e régio. A imagem da unção com o Espírito nos remete ao Sacramento da Confirmação, no qual fomos ungidos com o óleo perfumado do Crisma e recebemos o dom do Espírito para a missão, para espalhar pelo mundo o bom odor de Cristo.

"A unção nos perfuma e também uma pessoa que vive com alegria a sua unção perfuma a Igreja, perfuma a comunidade, perfuma a família com este perfume espiritual", acrescentou Francisco. O Papa então fez uma ressalva:

"Sabemos que, infelizmente, por vezes os cristãos não espalham o perfume de Cristo, mas sim o mau cheiro do seu próprio pecado. E jamais nos esqueçamos: o pecado nos afasta de Jesus, o pecado torna o óleo ruim. E o diabo, não esqueçam disto, normalmente o diabo entra pelo bolso. Fiquem atentos."

Isto, porém, não deve distrair-nos do compromisso de realizar, tanto quanto pudermos e cada um no seu ambiente, esta sublime vocação de ser o bom perfume de Cristo no mundo. O perfume de Cristo é libertado do “fruto do Espírito”, que é “caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança” (Gal 5,22).

"Foi o que disse Paulo e é belo encontrar uma pessoa que tenha essas virtudes. (...) É belo encontrar uma pessoa boa, uma pessoa fiel, uma pessoa mansa, que não seja orgulhosa. Se nos esforçarmos por cultivar este fruto, então, antes que nos apercebamos, alguém sentirá um pouco da fragrância do Espírito de Cristo à nossa volta. Peçamos ao Espírito Santo que nos faça ungidos mais conscientes, ungidos por Ele", concluiu o Pontífice.

Fonte: Vatican News

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Papa Francisco: o mundo está dividido, vamos rezar pela paz

Ao final da Audiência Geral desta quarta-feira (21/08), o novo convite do Papa para recordar da “martirizada Ucrânia que sofre tanto”, Mianmar, Sudão do Sul e Kivu do Norte: “e não nos esqueçamos da Palestina e Israel: que haja a paz lá”.

Tiziana Campisi - Vatican News

É um apelo sincero pela paz que o Papa Francisco, preocupado com os muitos conflitos no mundo, faz ao final da Audiência Geral desta quarta-feira (21/08). Ao improvisar, saindo do texto oficial, após a saudação aos peregrinos italianos, o Pontífice exortou para não esquecer a Ucrânia e as nações onde ainda há conflitos.

“E, por favor, não esqueçamos da martirizada Ucrânia, que sofre tanto. Não esqueçamos de Mianmar, Sudão do Sul, Kivu do Norte e tantos outros países que estão em guerra. Rezemos pela paz. E não esqueçamos da Palestina e de Israel: que haja a paz lá.”

Precisamos dos frutos do Espírito

O Papa também invocou a paz ao saudar os fiéis de língua polonesa presentes na Sala Paulo VI, destacando como os frutos do Espírito são necessários hoje nas várias dimensões sociais.

"O nosso mundo, marcado por guerras e divisões, precisa mais do que nunca dos frutos do Espírito Santo. A partir das suas famílias e dos seus locais de trabalho, levem para a vida diária de vocês amor, paz e bondade."

Por fim, lembrando as peregrinações a pé que ocorreram nas últimas semanas a Jasna Góra, na Polônia, Francisco desejou que as orações dos fiéis, por intercessão de Maria, “concedam ao mundo o dom da tão desejada paz”.

Fonte: Vatican News

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Francisco recorda São Pio X: rezemos pelos catequistas, corajosos na missão

"Recolocar Jesus Cristo no centro da atenção de todos os fiéis foi também o grande desejo de São Pio X, cuja festa celebramos hoje", enalteceu Francisco ao se dirigir aos fiéis de língua alemã na Audiência Geral desta quarta-feira (21/08). Ao recordar do santo, o Pontífice lembrou do trabalho dos catequistas. No Brasil, a Igreja celebra no domingo (25/08) o dia deles, com uma romaria em Aparecida que começa no fim do mês.

Andressa Collet - Vatican News

“Ungidos pelo Espírito Santo, dom inefável do Altíssimo, renovemos o nosso empenho missionário em levar o perfume de Cristo a todo o mundo.”

Assim o Papa Francisco se dirigiu aos peregrinos de língua portuguesa presentes na Audiência Geral desta quarta-feira (21/08) na Sala Paulo VI, comentando a catequese sobre o Batismo de Jesus. Difundir "o bom perfume de Cristo" na vida dos irmãos, com a graça do Espírito Santo, também foi a exortação do Pontífice dirigida aos fiéis de língua francesa e espanhola, "dando testemunho de amor, alegria, paz, afabilidade e bondade".

Aos peregrinos de língua alemã, o Papa também refletiu sobre o Espírito Santo que leva o Povo de Deus ao encontro de Jesus. Além disso, Francisco lembrou que nesta quarta-feira, 21 de agosto, a Igreja celebra Pio X (Riese, 1835 - Roma, 1914), no civil José Melchiorre Sarto:

"No Batismo no Jordão, Deus, o Pai celestial, revelou Jesus como seu Filho amado. Recolocar Jesus Cristo no centro da atenção de todos os fiéis foi também o grande desejo de São Pio X, cuja festa celebramos hoje. Que pela sua intercessão, o Senhor os conceda fazer sempre a experiência da sua amorosa proximidade."

Catecismo de São Pio X

Papa Pio X governou a Igreja de 1903 a 1914, quando morreu em Roma. Em 1951, foi beatificado pelo Papa Pio XII e o mesmo Pontífice o proclamou santo em 1954. Ao centro da sua vida e magistério estava a preocupação pastoral, em uma sociedade onde se advertia, cada vez mais, uma crise de fé. Dessa forma, Pio X procurou difundir, o máximo possível, a catequese entre os cristãos.

O famoso catecismo, que traz o seu nome ("Catecismo de São Pio X), por exemplo, foi adotado na Itália com um método clássico de “perguntas e respostas”, mais adequado à formação de jovens e adultos, com "linguagem clara e concisa" sobre a essência da doutrina católica. Foi elaborado precisamente para pessoas simples, em uma sociedade onde a cultura ainda não havia atingido todas as classes sociais. E o Papa Francisco, ao final da Audiência Geral, retomou a importância de quem procura incentivar a transmissão da fé:

“Hoje, comemoração de São Pio X, em muitas partes do mundo se celebra o Dia do Catequista. Pensemos aos nossos catequistas e  às nossas catequistas que levam adiante tanto trabalho e, em algumas partes do mundo, são os primeiros a levar adiante a fé. Rezemos hoje pelos catequistas, para que o Senhor os torne corajosos e para que possam seguir em frente.”

Romaria Nacional de Catequistas em Aparecida

No Brasil, o Dia do Catequista será celebrado no próximo domingo, 25 de agosto, para homenagear quem procura compartilhar a mensagem do Evangelho e orientar para o crescimento da fé.  Já de 30 de agosto a 1º de setembro, em Aparecida (SP), no Santuário Nacional de Nossa Aparecida, a Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB vai promover a Romaria Nacional de Catequistas sobre várias temáticas, entre elas, "catequese, mídias digitais e inteligência artificial". Os participantes também terão contato com projetos comuns para a Igreja no Brasil em torno da Iniciação à Vida Cristã. As inscrições e os materiais para divulgação da Romaria podem ser acessados através do site da CNBB (cnbb.org.br).

Fonte: Vatican News

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Papa recebe os fundadores da Fazenda da Esperança

Frei Hans Stapel, Nelson Giovanelli, Iraci Leite e Lucilene Rosendo relataram ao Papa Francisco os frutos e a amplitude da Fazenda da Esperança

Vatican News

Nesta quarta-feira (21/08), os fundadores da Fazenda da Esperança participaram de uma audiência privada com o Santo Padre, no Vaticano.

Estavam presentes Frei Hans Stapel, Nelson Giovanelli, Iraci Leite e Lucilene Rosendo, que visitaram a Rádio Vaticano/Vatican News depois do encontro com o Pontífice, de quem receberam uma linda mensagem de encorajamento:

"Aos filhos da Esperança, filhas da Esperança, membros da Família da Esperança, digo-lhes somente uma coisa que está na palavra de Deus: a esperança não decepciona. A esperança é uma âncora que está cravada lá no céu, e nós temos que estar agarrados a essa corda da esperança. Não percam a esperança! Rezem por mim, e eu o faço por vocês."

Durante o encontro com o Papa Francisco, foram debatidos assuntos de extrema importância, como a Associação Internacional de Fiéis Família da Esperança e o trabalho realizado pela Obra Social como um todo. Este momento representa um reconhecimento e uma oportunidade de compartilhar com o Pontífice as iniciativas que são realizadas e os frutos colhidos, como afirmou Fr. Hans:

"Com grande alegria, fomos hoje ao Santo Padre, a primeira vez nós quatro, para falar do nosso carisma, como tudo começou, com entusiasmo, e se espalhou no mundo inteiro. Hoje, são 170 fazendas em 26 países. O Papa escutou com grande alegria, nos deu muita coragem, disse: com liberdade, vão para frente, segurem lá na esperança no céu e levem-na aqui para a terra, coragem! Deu a sua benção e nós saímos, só Deus sabe, com muita esperança!"

Fonte: Vatican News

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No funeral do núncio Treanor, o agradecimento do Papa por seu "serviço dedicado e fiel"

Francisco envia a sua mensagem de condolências pela morte do representante do Vaticano junto da UE, ocorrida em 11 de agosto. O funeral na Catedral de Belfast foi presidido por dom McGuckian, que recordou o compromisso na promoção da justiça na relação entre fé e cultura e reiterou os princípios de proteção da vida face às "guerras travadas hoje diante dos nossos olhos, especialmente em Gaza e na Ucrânia".

Antonella Palermo - Cidade do Vaticano

O Papa, em uma mensagem assinada pelo secretário de Estado Parolin, agradece a dom Noël Treanor, núncio apostólico na União Europeia, falecido em 11 de agosto, pelo seu compromisso “dedicado e fiel”.

O funeral teve lugar na manhã desta terça-feira, 20 de agosto, na Catedral de São Pedro, em Belfast. O sepultamento ocorreu na Capela da Ressurreição da mesma igreja. O rito fúnebre, presidido por dom Alan McGuckian, bispo jesuíta de Down e Connor, teve como concelebrantes dom Eamon Martin, arcebispo de Armagh e primaz da Irlanda (com seu emérito dom Diarmuid Martin), a delegação do Vaticano com o cardeal Arthur Roche, prefeito do Dicastério para o Culto Divino, dom Paul Richard Gallagher, secretário para as Relações com os Estados e Organismos Internacionais, juntamente com o arcebispo Luciano Russo, o núncio dom Luis Mariano Montemayor e os seus homólogos Michael Crotty (Nigéria) e Seamus Horgan (Sudão do Sul). Na celebração, também presente uma representação ecumênica da Igreja Presbiteriana, da Igreja da Irlanda da Abadia de Bangor e da Igreja Metodista.

O agradecimento do Papa pelo “serviço dedicado e fiel” 

Em uma mensagem lida durante o funeral pelo núncio dom Montemayor, a proximidade espiritual do Papa Francisco à família de dom Treanor, em particular ao seu irmão John e à irmã Mary. Proximidade extensiva ao clero, religiosos e fiéis leigos da Diocese de Down e Connor.

"Expressando profunda gratidão pelo serviço dedicado e fiel do arcebispo Treanor ao povo de Deus nesta Igreja local - são as palavras do Pontífice - à sociedade irlandesa em geral, à Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia e, mais recentemente à Sé Apostólica, Sua Santidade une-se a vós no confiar a sua alma à amorosa misericórdia de Cristo Bom Pastor”.

O empenho em consolidar a relação fé-cultura 

Um homem capaz de criar fortes laços de amizade, de permanecer em contacto com afeto e gratidão com a própria família, de ensinar às novas gerações os valores fundadores da doutrina social católica em um mundo em mudança, necessitado de justiça, de fraternidade, de compromisso laical, em que ele muito acreditava.

Este foi o cerne da homilia do jesuíta Alan McGuckian, que começou por recordar algumas histórias da adolescência de Treanor - incluindo aquela que remonta à época em que apareceu a primeira televisão em sua casa, cuja gestão suscitou discussões entre os irmãos, o que fez com que o pai decidisse fazê-la desaparecer para evitar conflitos fúteis e prejudiciais por questões materiais.

Um exemplo biográfico usado por dom McGuckian para sublinhar o compromisso crucial e nunca abandonado, do falecido núncio, na construção de uma relação sólida entre fé e cultura. Foi um aspecto emprestado e tornado próprio do ensinamento de João Paulo II, do qual o prelado citou uma das suas máximas: “A fé que não se torna cultura não é totalmente abraçada, nem plenamente pensada, nem vivida com fidelidade”.

A confiança em cada batizado para a missão da Igreja 

McGuckian, que trabalhou com o arcebispo Noël em Down e Connor no projeto Living Church, e mais tarde na Conferência Episcopal Irlandesa, e sobretudo em questões de justiça e paz, também destacou o verdadeiro sonho de Treanor: “Que todos os batizados, o clero, os leigos e religiosos trabalhassem juntos pela missão da Igreja e pelo bem comum. Admirava igualmente o sacerdote que exercia com alegria o seu ministério, o empreendedor que trabalhava e proporcionava empregos que sustentavam muitas pessoas, os religiosos que trabalhavam na linha de frente contra a pobreza e a injustiça, os professores que se esforçavam para melhorar a sociedade por meio da educação católica e para levar Cristo aos jovens”.

A paixão pelo projeto europeu 

Nas palavras do celebrante, emergiu o profundo compromisso com o projeto europeu, "nascido do desejo de forjar uma cultura partilhada e vivificante em uma situação de terrível divisão, manifestada da pior forma, nos horríveis excessos da Segunda Guerra Mundial. Noël – sublinhou o bispo – viu que os grandes líderes das nações recentemente em guerra procuraram criar algo comum que fosse autemticamente laico e inclusivo. Estavam convencidos, como o estava Nöel  - que a fonte mais confiável para os valores que poderiam levar adiante um projeto tão ousado fosse o Evangelho de Jesus".

A proteção da vida e da justiça, contra qualquer guerra 

Mais uma vez, foi citada uma carta pastoral do arcebispo, dirigida a estudantes e jovens em 2018, inspirada nas mensagens pela paz do Papa Francisco. McGuckian compartilhou o que ele supostamente sentiu ser um sentimento de “frustração, pelo fato que o glorioso patrimônio do ensinamento social católico não esteja constantemente diante de nossos olhos e em nossos lábios”. Disto a glosa na homilia: “Quão importantes são estes princípios medievais de ‘proporcionalidade, justiça e proteção da vida’ em relação às guerras que hoje são travadas diante dos nossos olhos, especialmente em Gaza e na Ucrânia.

Fonte: Vatican News

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Dom Claudio – de Moçambique: "Campanha eleitoral de propostas políticas e não de agressão verbal"

Arranca em todo País (Moçambique) no próximo sábado, 24 de Agosto, a campanha eleitoral para as eleições de 9 de Outubro próximo e o Arcebispo da Beira, Dom Claudio Dalla Zuanna, lançou um veemente apelo para que a campanha eleitoral seja uma divulgação de propostas políticas e não de agressão verbal.

Rogério Maduca – Beira, Moçambique

Tendo em conta o histórico característico deste mesmo processo nos últimos pleitos eleitorais, o Arcebispo da Beira, Dom Claudio Dalla Zuanna, apelou aos líderes políticos a usarem a campanha eleitoral para a divulgação das suas propostas políticas, e não uma ocasião de agressão verbal.

Aos órgãos eleitorais e polícia, o Prelado pede respeito da lei eleitoral e o cuidado com a ordem pública, o que faz com que o cidadão ganhe mais confiança e em consequência maior reduz o nível de abstenções.

O Arcebispo da Beira falava esta terça-feira, 20 de agosto na cidade da Beira, onde participava das cerimónias dos 117 anos da elevação da Beira à categoria de cidade.

Fonte: Vatican News

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Cardeal Tolentino visita o Brasil e encoraja a missão da Igreja na educação e no diálogo com a cultura

Prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação da Santa Sé participou de celebrações e eventos acadêmicos na Arquidiocese

Fernando Geronazzo - Arquidiocese de São Paulo

Foram três dias intensos de conferências e celebrações presididas pelo Cardeal José Tolentino de Mendonça, Prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação da Santa Sé, em sua visita à Arquidiocese de São Paulo.

O Purpurado português chegou à capital paulista no domingo, 18, quando presidiu a missa da Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, na Catedral da Sé, em sua festa patronal.

Na segunda-feira, 19, Dom José Tolentino presidiu a Eucaristia solene em ação de graças aos 75 anos da Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção da PUC-SP e aos 10 anos de criação da Faculdade de Direito Canônico São Paulo Apóstolo da Arquidiocese de São Paulo. Em seguida, realizou uma conferência na qual enalteceu as duas instituições eclesiásticas de ensino para a Igreja e a sociedade.

 “Quero agradecer o trabalho que fazem, o empenho, a paixão com que vivem esta missão tão importante da vida da Igreja. E devo dizer que estas duas faculdades eclesiásticas, não só aqui na Arquidiocese Metropolitana de São Paulo e na área da Grande Metrópole, mas também por meio das filiações e dos projetos de extensão, estão irradiando tanto bem, tanta colaboração com a missão das igrejas particulares aqui no Brasil”, afirmou.

O Prefeito recordou que o Papa Francisco diz que a Teologia deve contribuir para o debate atual de “repensar o pensamento”, mostrando-se um verdadeiro conhecimento crítico. “Nesta mudança de cultura, nesta mudança de tempo, a Teologia é indispensável para encontrarmos novos paradigmas de racionalidade, novas vias de organização do conhecimento. Na transformação de época que vivemos, o primeiro desafio colocado às faculdades de Teologia é serem conscientes do seu papel”, acrescentou.

Dom José enfatizou que a Teologia e o Direito Canônico têm um lugar na biografia do conhecimento, na história da pesquisa e do sentido crítico. “Eu estou profundamente convencido de que não há fortalecimento cultural pleno, nem há evangelização vital, sem uma Teologia viva, e ativa”, completou o Cardeal Tolentino.

Cardeal Tolentino foi homenageado com a Medalha São Paulo Apóstolo

Na conclusão do evento, o Cardeal Tolentino foi homenageado com a Medalha São Paulo Apóstolo, entregue pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, em reconhecimento à importante contribuição acadêmica do teólogo português à Igreja em São Paulo com sua visita e com a conferência ministrada.

ESCOLAS CATÓLICAS

Na tarde da segunda-feira, 19, Dom José Tolentino participou de um encontro, no auditório da Faculdade Santa Marcelina, em Perdizes, com representantes de instituições de ensino católicas, promovido pelo Vicariato Episcopal para a Educação e a Universidade e a Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (Anec).

O Cardeal português enalteceu o trabalho realizado pelas escolas católicas no Brasil e motivou as instituições a continuarem firmes, apesar dos inúmeros desafios. “Acreditem no bem que são, porque a educação e a proposta educativa que cada um de vocês representa é um bem”, exortou.

 “Vivam esse projeto como uma missão da Igreja, não é apenas o nosso microprojeto. Procurem concretizar, dar verdade a esta imposição. No final de um dia árduo de trabalho ou em um momento em que apetece ‘atirar a toalha ao chão’, lembrem-se de que o diretor da escola, o professor, o mestre da escola, o telefonista da escola, aquele que é o ser da escola, não somos nós. A escola não depende de nós. Tenham uma capacidade de entregar na oração o projeto católico escolar ao dono desse projeto, que é o Senhor”, completou o Prefeito do Dicastério.

UNIVERSIDADES

Na terça-feira, 20, o Cardeal Tolentino presidiu a Eucaristia na igreja matriz da Paróquia Imaculado Coração de Maria, anexa ao campus Monte Alegre da PUC-SP, em Perdizes, com a presença da reitoria e do corpo acadêmico da universidade e de outras instituições católicas de ensino superior. Em seguida, houve um encontro com representantes do mundo da cultura e da educação no teatro Tuca.

 “Fiquei muito tocado pela qualificação do trabalho que aqui se realiza e, como diz o Papa Francisco, uma universidade e as realidades do mundo universitário são como laboratórios, estaleiros da esperança. E se há um sentimento que eu levo desta visita a São Paulo é, de fato, uma grande gratidão pelo trabalho profundo que aqui se desenvolve, mas também uma grande esperança, porque daqui se pode olhar para o futuro”, manifestou Dom José Tolentino.

MISSÃO EDUCATIVA

Em entrevista exclusiva ao O SÃO PAULO, o Cardeal Tolentino enfatizou que a Igreja tem na missão educativa uma expressão fundamental do seu próprio ser, da sua missão. “Para a Igreja, a educação não é apenas instrução, não é apenas um desenvolvimento de um saber técnico ou de uma multiplicidade de saberes. A educação deve conduzir a uma síntese, a uma visão do que é o ser humano, do que é a sua realidade”, afirmou.

“A educação católica não deve estar preocupada somente com as perguntas penúltimas, mas também com as perguntas últimas, aquelas que iluminam o ser, e devem constituir um estilo de vida. O que é a cultura? A cultura é a expressão do ser”, acrescentou.

O Purpurado destacou, ainda, que os grandes desafios da educação católica são a fidelidade à sua identidade e a atuação em rede. “Hoje, nós precisamos interceptar as grandes perguntas desta cultura em mutação, desta nova época da história, e aí é muito importante para as escolas católicas estarem juntas, caminhar em associação, para encontrarem novas soluções para os desafios que esta cultura de metamorfose nos coloca”.

Dom José Tolentino enfatizou que a Igreja no Brasil tem uma missão extraordinária no campo da educação. “Eu sou testemunha do empenhamento, do serviço que a Igreja realiza, muitas vezes naqueles lugares onde ninguém mais chega. A Igreja constrói uma presença qualificada, credível e verdadeiramente aberta, verdadeiramente transversal”, afirmou.

Recordando a exortação do Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude de Lisboa, em 2023, o Cardeal Tolentino reforçou: “A Igreja aqui no Brasil, no campo educativo, dá um testemunho extraordinário porque está a serviço de todos, todos, todos”.

(Colaborou: Fernando Arthur)

Fonte: Vatican News

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Encontro de Rimini, crônicas da capital do fratricídio

A 45ª edição do encontro, que teve início nesta terça-feira, apresentou uma peça baseada no texto do dramaturgo francês Éric-Emmanuel Schmitt “Quem é você? O desafio de Jerusalém”, um diário de uma viagem à Terra Santa que se torna uma história de conversão em meio a dúvidas e aberturas da fé.

Silvia Guidi

“Se você entende alguma coisa sobre a situação atual em Jerusalém, significa que foi mal informado sobre ela”, escreve Éric-Emmanuel Schmitt, comentando um famoso mural de Banksy que representa uma pomba da paz atingida no coração por uma bala.  “Jerusalém é trágica”, escreve o dramaturgo francês no livro transformado pela direção de Otello Cenci na apresentação de abertura da 45ª edição do Encontro para a Amizade entre os Povos em Rimini, Itália. Jerusalém é trágica, e os eventos deste último ano tornam essa frase ainda mais verdadeira.

No palco, o emaranhado de um poste que se torna uma escada e uma ponte, e tem o perfil inconfundível de uma cruz. Contra o pano de fundo de pilhas de livros calcinados e emparedados, brancos como esqueletos, a pergunta “Quem é você?” emerge de uma constelação de fragmentos vivos e pulsantes, que guardam diferentes vislumbres da Terra Santa: paredes, grafites, rostos, ruas, igrejas, escombros, fragmentos de música e canções. É uma história de transformação e conversão: “QUEM É VOCÊ? O desafio de Jerusalém” nasce no coração da maior das contradições, em meio aos fatos aparentemente irrelevantes da vida cotidiana. Pois “o berço do extraordinário é o banal”, escreve Schmitt.

No palco, o ator Ettore Bassi, a voz, a dança e a graça da cantora síria Mirna Kassis, além de Matteo Damele, Filippo Dionigi, Tomas Milner, com a participação em vídeo do próprio Éric-Emmanuel Schmitt, que usa seu forte sotaque francês para dar um tom ainda mais autodepreciativo aos trechos do livro que escolhe ler. E, às vezes, para fazer mímica, como o “arfar de um peixe” de uma criança que, na igreja, não sabe a letra dos hinos e abre e fecha a boca ao acaso, sem emitir som algum, em uma das cenas mais engraçadas da peça. Uma peça que nasceu da biografia do dramaturgo: Éric-Emmanuel Schmitt, um famoso escritor francês e, em vida, um ateu convertido ao cristianismo, recebe um convite para participar de uma viagem de um mês à Terra Santa. Ao aceitar o convite, o escritor se propõe a manter um diário dessa experiência, para explicá-la a si mesmo e aos outros, para dar a si mesmo as razões de uma esperança e alegria que nunca havia sentido antes.  Lugares e encontros, entre Belém, Nazaré, Galileia e Jerusalém, tornam-se um diálogo constante entre as dúvidas e as aberturas da fé.

O resultado é um livro e uma peça atípicos: uma história de conversão da desconfiança inicial à descoberta da beleza de não estar sozinho diante do Quinto Evangelho de lugares que, depois de mais de dois mil anos, ainda são capazes de falar. Até a percepção alienante da presença “física” de Cristo no Santo Sepulcro.

“Seu olhar”, escreve o dramaturgo francês, “se fixou em mim, não posso lutar contra ele. Ele me encara, me irradia, me ausculta, passa por mim, nada de mim lhe escapa, mas ao mesmo tempo me envolve com benevolência”. Em Jerusalém, o mal mostra toda a sua natureza metafísica de um enigma além da humanidade, mostra toda a sua natureza incompreensível de mistério, na História com “h” maiúsculo, como nas existências de cada ser humano. Fonte: Vatican News

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Novo estudo científico confirma autenticidade do Sudário de Turim 

Os resultados do estudo apontam que o linho do Sudário provém, de fato, da época de Jesus, há cerca de 2.000 anos, contrariando estudos anteriores que o atribuíam à Idade Média.

Cientistas do Instituto de Cristalografia da Itália realizaram um novo estudo científico do Santo Sudário de Turim, utilizando a tecnologia Wide-Angle X-ray Scattering (WAXS), dispersão de raios-x, para determinar a idade do tecido. Eles concluíram que o linho do Sudário foi fabricado há aproximadamente 2.000 anos, durante a época em que Jesus Cristo viveu.

Com o intuito de desvendar detalhes da estrutura do linho e dos padrões de envelhecimento natural da celulose, os pesquisadores analisaram oito pequenas amostras de tecido, empregando parâmetros específicos, como temperatura e umidade, para chegar aos resultados.

O Dr. Liberato De Caro, pesquisador principal, explicou que a datação por carbono adotada na década de 1980, que estimava que o Sudário foi confeccionado entre os anos de 1260 e 1390, não era confiável. “As amostras de tecido geralmente estão sujeitas a todos os tipos de contaminação, que não podem ser completamente removidas da amostra datada”, detalhou.

Pesquisadores do Instituto de Cristalografia relataram evidências de feridas provocadas pela coroa de espinhos na cabeça, ferimentos nos braços e ombros e lacerações nas costas, coincidindo inteiramente com o relato bíblico da Paixão de Cristo.

Fonte: Gaudium Press

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Do islã à Igreja: mulher turca conta sua história de fé

Por Nathalie Ritzmann 

Nascida há 61 anos em uma família muçulmana na Turquia, Belkız foi a primeira filha depois de dois filhos. Quando criança, ia à mesquita e lia o Alcorão em árabe, mas diz que não o entendia. Depois de ler livros de filosofia materialista, ela se tornou ateia aos 15 anos.

Belkız, cujo sobrenome foi omitido por questões de privacidade, disse à ACI Mena, agência de notícias em árabe de EWTN, que depois de se formar na universidade, ela se tornou professora de literatura e lia constantemente. Quando tinha 28 anos, ela leu o livro de Turan Dursun, This Is Religion (Isto É Religião, em tradução livre). (Dursun, ex-muçulmano xiita e acadêmico que tornou-se ateu, foi mortopor causa do que escreveu sobre o islã e a religião. Seu livro critica livros religiosos, principalmente o Alcorão.)

Belkız não conseguia acreditar no que lia, então ela comprou um Alcorão em turco e o leu. A Bíblia foi a próxima. Ela comprou uma na Feira do Livro de Esmirna e foi convidada para assistir a um filme numa igreja protestante sobre a vida de Jesus baseado no Evangelho de Lucas.

O filme mudou completamente a maneira como ela pensava sobre Deus. A história bíblica que mais a tocou foi a oração do cobrador de impostos e do fariseu no Templo. Então ela viu seu próprio pecado. Porque, como o fariseu, ela estava muito confiante em sua própria justiça, e ela experimentou sua primeira vergonha diante de Deus. “Ame seus inimigos” tornou-se seu guia. No final do filme, Belkız rezou com todo seu coração: “Senhor, por favor, entre em minha vida, deixo minha vida em suas mãos, faça comigo o que quiser!”

Depois disso, ela ia à igreja protestante todo domingo, lia a Bíblia regularmente e sempre comparecia às reuniões de oração. Ela foi batizada e viveu feliz em um relacionamento vivo com Deus.

Então, num domingo, em um culto na igreja em 2005, um jovem que estava tomando pão e vinho na mesa do Senhor pegou o pão, colocou a casca na boca e apertou o interior do pão na palma da mão. Quando Belkız viu isso, ela se sentiu desconfortável porque sentiu como se o corpo do Senhor tivesse sido ferido. Ela conversou com um amigo protestante sobre isso. Ela disse que ele lhe disse que estava tudo bem porque "não é realmente o corpo do Senhor, nós fazemos isso em memória; os católicos realmente acreditam que é o corpo de Cristo".

Depois disso, ela buscou a Igreja e desde então é católica.

Depois de fazer aulas de catecismo, ela foi confirmada como católica em 25 de abril de 2011 e mudou a religião em sua certidão de nascimento de muçulmana para cristã.

 “Eu não escolhi Deus, ele me escolheu”, disse Belkız. “O que mais me impressiona no cristianismo é o amor infinito do Senhor Jesus por nós. Eu encontrei meu melhor amigo e meu amante mais belo”.

Respondendo se teve medo de perseguição como cristã, ela sorriu: “Quando Jesus foi traído, seu discípulo Pedro negou Jesus três vezes. Porque ele estava com medo. Mas o mesmo Pedro, depois de receber o Espírito Santo, espalhou o Evangelho de Jerusalém para a Itália e quando ele estava para ser crucificado, disse: 'Eu não sou digno de morrer, Senhor', e foi crucificado [de cabeça para baixo].”

Belkız também disse que o que ela ganhou em sua jornada de fé está na Bíblia: “Amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e autocontrole” (cf Gl 5:22-23).

“Deus nos oferece um tesouro. Tudo o que temos a fazer é aceitá-lo”, disse Belkız. “E Deus prova seu amor por nós em que, sendo nós ainda pecadores, Cristo morreu por nós” (cf Rm 5:8).

Fonte: ACIDigital

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Diocese paraibana inaugura casa de acolhimento para pacientes com câncer na festa de seus 75 anos

Por Monasa Narjara 

A diocese de Campina Grande (PB) inaugurou a Casa de Acolhida Nossa Senhora de Lourdes, que dará assistência espiritual, alimentação e acolhimento a pessoas com câncer e seus acompanhantes que vêm à cidade para tratamento no Hospital da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP).

Segundo a diocese, a Casa de Acolhida Nossa Senhora de Lourdes foi uma ideia do padre Sérgio Leite e também faz parte de uma das iniciativas comemorativas dos 75 anos da diocese de Campina Grande. O lugar tem 85 leitos com ar-condicionado e banheiros equipados, uma sala de estar, uma cozinha ampla, uma horta comunitária e uma capela interna com Jesus Eucarístico para momentos de oração e adoração.

Padre Sérgio Leite foi nomeado diretor-presidente da instituição e disse na inauguração que a casa de acolhida é apenas é apenas uma etapa para um projeto maior de adoção de leitos hospitalares para os pacientes oncológicos e pediu à comunidade que abrace esta causa e ajude financeiramente no trabalho da Casa de Acolhida.

A Casa de Acolhida Nossa Senhora de Lourdes está localizada no bairro Bento Figueiredo, em Campina Grande, nas proximidades do Hospital da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), hospital que realiza tratamento contra o câncer.

Fonte: ACIDigital

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Do dia 20/8/24

CNBB participa na Câmara dos Deputados de sessão solene em homenagem à Tolerância e a Paz

O assessor de relações institucionais e governamentais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), frei Jorge Luiz Soares da Silva, participou, no plenário da Câmara dos Deputado na terça-feira, 20 de agosto, representando o secretário-geral da CNBB, da sessão solene em homenagem à Tolerância e a Paz.

A sessão foi proposta pelo deputado federal Vicentinho de São Paulo. Na abertura, o deputado apontou a escalada de tensões em diversas partes do mundo, o aumento do discurso do ódio, a falta do respeito às diferentes crenças religiosas e a  polarização social como justificativa para a realização da sessão solene.

Participou da sessão, o presidente do Conselho Global de Tolerância e Paz, sheik Ahmed Bin Mohamed Aljarwan. Ele veio ao Brasil acompanhado de uma comitiva do conselho composta por parlamentares de diversos países latino-americanos e dos Emirados Árabes. Lideranças religiosas de outros credos também compuseram a mesa.

A paz e a doutrina católica

Em sua fala,  frei Jorge ressaltou que tolerância e a paz são pilares fundamentais para a convivência harmoniosa em qualquer sociedade. Num mundo cada vez mais globalizado, onde as diferenças estão cada vez mais presentes no dia a dia, o frei falou da importância da tolerância como uma virtude necessária para a convivência pacífica entre pessoas de diferentes crenças, culturas e opiniões.

“Segundo o Catecismo da Igreja Católica, a dignidade humana deve ser respeitada em todas as suas formas, o que inclui o respeito às diferentes convicções religiosas e formas de pensamento. Isso significa que todas as pessoas têm o direito à liberdade religiosa, que inclui o direito de praticar e expressar suas crenças sem medo de discriminação ou repressão”, destacou.

Por outro lado, o representante da CNBB disse que a paz, contudo, não é apenas a ausência de conflitos, mas a presença de justiça, igualdade e compreensão mútua e nasce da prática cotidiana da tolerância. “Quando somos capazes de ouvir o outro, mesmo quando suas ideias divergem das nossas, estamos plantando as sementes da paz. A paz começa dentro de cada um de nós, nas pequenas atitudes diárias de respeito, empatia e diálogo”, disse.

Frei Jorge apontou que a paz é um dos temas centrais da doutrina católica. “Jesus Cristo é frequentemente referido nas Sagradas Escrituras como o ‘Príncipe da Paz’ e seus ensinamentos sobre o amor ao próximo, a não violência e o perdão são fundamentais para a compreensão católica da paz”, afirmou.

Paz na Terra

Frei Jorge falou que os papas, ao longo da história, têm enfatizado a importância da paz em suas encíclicas e mensagens. Um exemplo é a encíclica Pacem in Terris (“Paz na Terra”), publicada pelo Papa João XXIII em 1963, que aborda a paz como um estado que deve ser construído sobre os fundamentos da verdade, da justiça, do amor e da liberdade.

“Somos conscientes que a paz começa no coração de cada pessoa. Esse conceito está enraizado nos ensinamentos de Jesus Cristo, que enfatiza a importância da paz interior como fundamento para a paz exterior. Foi Ele que disse: “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz; Eu não a dou, como a dá o mundo” (João 14,27). Esse versículo bíblico reflete a ideia de que a paz verdadeira é um dom de Deus, que transcende as circunstâncias externas e nasce dentro do coração humano. A paz que Cristo oferece é uma paz interior, fundamentada na reconciliação com Deus, consigo mesmo e com os outros”, concluiu.

Fonte: CNBB

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Inscrições abertas para curso de especialização em Animação Vocacional, parceria do Instituto de Pastoral Vocacional

O tema vocacional está em destaque e cada vez mais é urgente uma eficaz formação daqueles que trabalham especificamente nesta área. Neste contexto surge o curso de Especialização em Animação Vocacional, uma iniciativa inédita no Brasil, que responde à necessidade de qualificar os animadores vocacionais nesta área tão importante para a Igreja e a sociedade.

O objetivo da especialização é capacitar por meio do estudo, da reflexão e partilha de experiências. Pensado em parceria com o Instituto de Pastoral Vocacional (IPV) e com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, o curso irá proporcionar através da modalidade ao vivo a interação e aprendizagem contínua via dispositivos computacionais, e a interatividade dos estudantes com seus próprios pares, professores e conteúdos.

As aulas terão início no dia 3 de setembro e as inscrições estão abertas e podem ser feitas. O curso é voltado para cristãos e cristãs leigos(as), ministros ordenados, religiosos e consagrados(as), com graduação completa, que atuam na Equipe Vocacional Paroquial, Diocesano, Regional ou Nacional, agentes atuantes no Setor de Animação Vocacional nas suas comunidades, congregações e institutos, bem como aqueles que não atuam na Animação Vocacional, mas queiram aprofundar-se ou iniciar-se no tema.

O ensino a distância da Universidade La Salle privilegia a aplicação prática dos conteúdos baseados em aprendizagem ativa, em consonância com a metodologia de competências adotada pela Unilasalle. Essas metodologias envolvem a comunicação disponível ao estudante para acesso em qualquer espaço e tempo, com possibilidade de interação e aprendizagem contínua. Proporciona-se, dessa forma, a expressão individual e cooperativa, privilegiando a autonomia num processo de autoria e coautoria entre professores e estudantes.

Serviço de Animação Vocacional

O Serviço de Animação Vocacional (SAV) promove e anima a dimensão vocacional e ministerial nas comunidades eclesiais. É um trabalho pastoral da Igreja que visa despertar os cristãos para a vocação humana, cristã e eclesial, discernir os sinais indicadores do chamado de Deus, cultivar os germes de vocação e acompanhar o processo de ação vocacional consciente e livre. O objetivo é sensibilizar as comunidades para a realidade das vocações. Através dos Serviços de Animação Vocacional (SAV) promovendo o seguinte itinerário: despertar, acolher, acompanhar, encaminhar e sustentar os vocacionados (as).

Fonte: CNBB

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Em V Encontro da Igreja na Amazônia Legal, secretário-geral reforça o compromisso histórico da CNBB com bioma

Teve início nesta segunda-feira, 19 de agosto de 2024 o V Encontro da Igreja na Amazônia Legal, que reúne na Maromba de Manaus, de 19 a 22 de agosto, os bispos e outros representantes das 58 igrejas locais que fazem parte da região. O encontro é animado pelo tema, “A Igreja que se fez carne, alarga sua tenda na Amazônia: Memória e Esperança”. O encontro é organizado pela Comissão Episcopal Especial para a Amazônia da CNBB e pela Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil).

O bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Ricardo Hoepers, participa do encontro e ontem compôs a mesa de abertura.

Dom Ricardo  retomou, na abertura do encontro, a memória histórica de encontros da Igreja da Amazônia, cujo primeiro encontro inter-regional é datado de 1952. O secretário-geral da CNBB destacou que “a perseverança ensina que vale a pena continuar esse processo com todo entusiasmo”.

Ele refletiu sobre os retrocessos que acontecem cada dia na Amazônia, citando os desmatamentos e mostrando a preocupação do episcopado brasileiro com os povos originários. “Os povos originários são os que mais sofrem a gravidade das coisas que estão acontecendo em nosso país”, disse.  O secretário-geral da CNBB lembrou também do tema da Campanha da Fraternidade de 2025 que vai abordar a ecologia integral,  o que é, segundo afirmou, “uma oportunidade para sensibilizar a todo o Brasil”.

Comunhão e fidelidade à missão na Amazônia

O anfitrião do encontro, arcebispo de Manaus (AM) e presidente do regional Norte 1 da CNBB, cardeal Leonardo Steiner, ressaltou a importância do encontro dos bispos da região para criar comunhão, rever a caminhar, pensar juntos a evangelização e permanecer fieis ao espírito missionário da Igreja na Amazônia. O cardeal definiu a caminhada da Igreja na Amazônia como uma caminhada missionária, sinodal e com horizontes bonitos e significativos. Segundo ele, isso se concretiza em “sermos cada vez mais uma Igreja mais inserida”, lembrando a encarnação proposta em Santarém (PA).

 O cardeal Steiner destacou o incentivo do Papa Francisco para que os bispos da região levem em consideração toda a realidade, o que segundo ele é uma perspectiva que “nos anima, mas é uma perspectiva exigente, porque não podemos deixar ninguém para trás. Queremos caminhar todos juntos, mas levando em consideração as realidades que estamos a viver”.

Fruto do processo sinodal

O presidente da Conferência Eclesial da Amazônia (Ceama) e arcebispo emérito de Huancayo (Peru), cardeal Pedro Barreto, lembrou que o encontro é fruto do processo sinodal vivido “nesta região tão querida”. Ele destacou a larga história da Igreja na Amazônia, ressaltando a necessidade de “sermos conscientes que recolhemos uma sagrada herança dos nossos antecessores que trabalharam na Amazônia”. O cardeal Barreto agradeceu “todo o esforço que estão fazendo para caminhar em comunhão, participando todos na única missão de Cristo”.

A Rede Eclesial Pan-amazônica (REPAM), que está completando 10 anos, o fato de estar presente no território a leva a mostrar suas alegrias e preocupações, segundo sua vice-presidente, a irmã Carmelita Conceição. A religiosa citou a realidade da seca, que desafia a “dar um sinal de vida e esperança na Amazônia”, vendo o encontro como uma ajuda para “vermos o que fazer e como nos posicionar diante de tantos desafios”.

O  bispo de Roraima e presidente da Repam-Brasil, dom Evaristo Spengler, falou sobre o trabalho da rede: “Um serviço eclesial, articulado com muitos movimentos e muitas organizações da sociedade civil, em busca de preservar os direitos dos nossos povos, dos nossos territórios e da nossa Amazônia como um todo”. Segundo ele, “as ações apoiam e visibilizam as iniciativas das comunidades, pastorais e organizações eclesiais, a partir de uma espiritualidade encarnada, na defesa da vida dos povos e da biodiversidade amazônica para construir o bem viver”, algo feito com fé e esperança.

O arcebispo de São Luis (MA) e presidente da Comissão Especial Episcopal para a Amazônia, dom Gilberto Pastana, lembrou os membros da comissão desde sua criação em 2003, que hoje é formada pelos presidentes dos regionais da Amazônia Legal. Ele celebrou o encontro como um espaço de “muita convivência, partilha da vida e da missão, e comprometimento com a causa do Reino”, para dar continuidade às conclusões assumidas no IV Encontro, realizado em Santarém em 2022. Lembrando o tema e o lema, ressaltou a importância do processo de escuta feito em preparação ao encontro, em busca de “construir novos caminhos para a Igreja na Amazônia, para a ecologia e para o território”.

Fonte: CNBB

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Presidente da CRB Nacional participa do Lançamento do Curso “Diálogo Sobre o Mundo do Sensível” na PUC do Paraná

Hoje, 20 de agosto, foi realizado o lançamento oficial do segundo curso “Diálogo Sobre o Mundo do Sensível”, fruto de uma cooperação entre várias Instituições, incluindo a PUC Paraná, a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB Nacional), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), a Confederação Latino-Americana e Caribenha de Religiosos e Religiosas (CLAR), a Província Marista Brasil Centro-Sul e o Núcleo Lux Mundi.

O evento aconteceu no Auditório John Henry Newman, na PUCPR, e foi transmitido ao vivo pelo YouTube, ampliando o alcance e permitindo a participação de um público diversificado e internacional. A transmissão, iniciada às 17h, reuniu líderes religiosos, acadêmicos e representantes das Entidades Colaboradoras, ressaltando a importância deste curso para a formação religiosa e acadêmica em toda a América Latina e Caribe.

Irmã Eliane Cordeiro, presidente da CRB Nacional, abordou a temática do cuidado e proteção dos vulneráveis. “O curso ‘Diálogo Sobre o Mundo do Sensível’ não apenas fortalece nossa compreensão do sensível na prática religiosa, mas também nos convoca a uma vivência mais profunda e consciente do cuidado e proteção aos vulneráveis”, enfatizou Irmã Eliane.

O curso integra uma iniciativa maior que visa promover a reflexão sobre a proteção e o cuidado no mundo sensível, unindo saberes e perspectivas diversas. A colaboração entre as instituições envolvidas evidencia um compromisso coletivo com a promoção do cuidado, reafirmando a importância do diálogo e da cooperação em contextos de formação religiosa e acadêmica.

O segundo curso “Diálogo Sobre o Mundo do Sensível” propõe uma exploração aprofundada dos conceitos de consciência moral, sensibilidade e eticidade, particularmente no contexto da sexualidade. Os participantes serão guiados em uma jornada de reflexão sobre os princípios éticos que influenciam as decisões e comportamentos sexuais, buscando desenvolver uma compreensão crítica das normas e valores que moldam a sociedade. O objetivo central é aprimorar a compreensão crítica dos princípios éticos e da consciência moral relacionados à sexualidade, sensibilidade e responsabilidade moral nas decisões e comportamentos sexuais.

As inscrições para o curso “O Mundo do Sensível” estão abertas e podem ser feitas através do link: https://portal.farol1817.com.br/turma/o-mundo-do-sensivel-el-mundo-de-lo-sensible/mundodosensivel.

Para quem não pôde acompanhar a transmissão ao vivo, o evento está disponível no canal oficial da PUCPR no YouTube, no link: https://www.youtube.com/live/ECkhQ8sjCP8.

Fonte: CRB

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Pizzaballa: a paz hoje é difícil, a guerra deve ser interrompida para iniciar um processo de cura

Em Rimini, Itália, em entrevista à mídia vaticana antes de inaugurar o Encontro, o Patriarca Latino de Jerusalém fala sobre as “pequenas esperanças” que vivem na Terra Santa e que são fundamentais para não se render à violência: estamos trabalhando para apoiar a comunidade católica em Gaza e na Cisjordânia levando alimentos, há uma cultura de reconciliação a ser promovida para sair do manto de opressão que foi gerado.

Benedetta Capelli – Rimini – Vatican News

“Não se pode falar de paz neste momento”. As palavras do cardeal Pierbattista Pizzaballa, patriarca latino de Jerusalém, retratam claramente a situação na Terra Santa com o conflito que vem ocorrendo há meses entre o Hamas e Israel. Falando aos microfones da mídia do Vaticano antes da abertura do Encontro de Rimini - que o cardeal inaugura com uma conferência intitulada: “Uma presença para a paz” - o patriarca enfatiza a necessidade de “trabalhar por um cessar-fogo, interromper as operações militares para iniciar um processo de cura, construir confiança uns com os outros”.

 “O caminho existe”, diz o cardeal Pizzaballa, ‘mas há uma falta de desejo de percorrê-lo em nível institucional, é necessária uma liderança política e religiosa que está em crise’. É importante, ele enfatiza, fazer todo o possível, mesmo começando de baixo.

“Pequenas esperanças”

Esperança é uma palavra que é necessária neste momento, mas, diz o cardeal, o significado das palavras não deve ser confundido. “Esperança”, observa ele, “não significa que as coisas vão acabar, as perspectivas não são positivas a curto prazo. A esperança é uma atitude interior que nos torna capazes de ver com os olhos do Espírito o que os olhos humanos não veem”. As pequenas esperanças animam a Igreja local, que está engajada em Gaza e na Cisjordânia no apoio à pequena comunidade de cerca de 600 pessoas com a distribuição de alimentos. O patriarca latino de Jerusalém recorda o compromisso de abrir clínicas, uma escola que está fechada há um ano, reiniciando a dinâmica das relações “normais”, “mas que ajudam”, diz ele, “a sair de um manto de opressão para criar oportunidades de trabalho, mesmo que sejam escassas”.

A paz é uma cultura

Concluindo sua entrevista, o cardeal Pizzaballa lembra que todos podem fazer algo para criar a paz. “A paz é uma cultura, não é algo que um deve fazer, é política, é educação, é o compromisso da mídia, é trabalhar a 360 graus, em um mundo globalizado onde ninguém é uma ilha. A paz é uma cultura”.

Fonte: Vatican News

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Arcebispo de Atenas: são necessárias estratégias de prevenção contra incêndios

Após o apelo do Papa, dom Theodoros Kontidis alerta sobre a importância de uma mudança de hábitos e da solidariedade entre as pessoas para melhorar a luta contra as mudanças climáticas.

Deborah Castellano Lubov - Vatican News

Precisamos de uma estratégia de prevenção e de “mudar o tipo de floresta que temos”, implementando medidas de proteção de “longo prazo”. Em uma entrevista à mídia vaticana, o arcebispo de Atenas, Theodoros Kontidis, aborda o drama dos incêndios que marcaram a Grécia nos últimos dias. Após o apelo com o qual o Papa Francisco, no Angelus da Assunção, expressou proximidade com a população que sofre, dom Kontidis observa que uma mudança de hábitos é crucial e enfatiza a importância da solidariedade mútua para enfrentar melhor um fenômeno que se tornou mais insidioso com o aumento das temperaturas globais.

Um drama recorrente

Os investigadores suspeitam que um cabo de energia com defeito pode ter causado o que é considerado o pior incêndio do ano na Grécia, que matou uma mulher e queimou 10 mil hectares perto de Atenas, cobrindo uma área total do tamanho de Paris. O incêndio, que teve início em 11 de agosto, começou em uma floresta perto da cidade de Varnavas, a 35 quilômetros da capital.

Os incêndios florestais têm sido uma característica comum dos verões gregos há anos, geralmente atribuídos a incêndios criminosos ou causas não intencionais, curtos-circuitos ou, ocasionalmente, causas naturais. Em 2023, o país registrou mais de 8 mil incêndios florestais. Nos últimos anos, o risco de tais incêndios aumentou devido à mudança climática, que levou a temperaturas mais quentes e a menos chuva. Este ano, a Grécia teve o inverno mais quente já registrado e, em seguida, um verão com chuvas mínimas em muitas áreas o que, de acordo com a brigada de incêndio, é “uma receita para desastres de incêndio”.

Dom Kontidis, as imagens terríveis dos incêndios que atingiram a Grécia giraram o mundo. Qual é a situação atual?

Os incêndios recentes duraram dois ou três dias e foram muito intensos e próximos a Atenas, na região da Ática, criando um enorme problema e causando perdas florestais significativas perto da capital. Apesar de sua brevidade, o fogo foi muito violento e se espalhou rapidamente, causando danos naturais consideráveis em uma cidade complexa como Atenas. Esse é um problema real, pois podemos ver como as temperaturas estão mais altas este ano, criando dificuldades para todos nós, moradores.

O Papa Francisco lançou um apelo para apoiar a população, muitas pessoas foram evacuadas de suas casas...

Algumas casas foram destruídas, embora, felizmente, não muitas. Nos últimos anos, houve incêndios graves com muitas vítimas. Mas, certamente, se você perder sua casa, esse será um desastre que mudará sua vida. Fazemos o que podemos, mas é sempre doloroso para as vítimas. Teria sido muito pior se o incêndio tivesse continuado por mais alguns dias, mas é praticamente impossível controlar um incêndio quando há seca e vento. A única coisa a ser feita é a prevenção. Mas, uma vez que o fogo começa, muito pouco pode ser feito. É praticamente impossível controlar um incêndio quando há seca e vento. A única coisa a ser feita é a prevenção.

O Pontífice insiste na proteção da criação. O senhor mencionou a necessidade de prevenir incêndios, mesmo que seja difícil. Como as pessoas podem ser efetivamente incentivadas a proteger o meio ambiente e, em particular, a evitar incêndios?

É sempre necessário que as pessoas sejam cautelosas, porque no verão uma pequena chama é suficiente para iniciar um incêndio em qualquer lugar. Infelizmente, sempre há pessoas negligentes e sempre há incendiários que provocam incêndios intencionalmente. Está claro para nós que precisamos mudar o tipo de floresta que temos. Por exemplo, os pinheiros são incontroláveis em caso de incêndio, portanto, temos que mudar e implementar uma estratégia de longo prazo para garantir que tenhamos não apenas florestas desse tipo, mas também de tipos diferentes, em que, por exemplo, as árvores possam ser substituídas. Esse é um grande projeto, não é fácil de fazer. Nessas situações e em outras semelhantes, nossa Caritas oferece ajuda e intervenção, mas entendemos que isso ainda é muito pouco e sempre vem depois, especialmente em uma cidade grande como Atenas, com 4 milhões de habitantes.

Na Europa, estamos testemunhando temperaturas cada vez mais altas. O Papa, na Laudato si' e, recentemente, na Laudate Deum, enfatiza a urgência de enfrentar seriamente as mudanças climáticas. O senhor acha que as pessoas estão levando essa questão a sério?

Está claro que precisamos de uma maior conscientização sobre essas questões, não apenas por respeito à natureza, mas também pela vida das pessoas. Todos nós sabemos que em um único dia a vida de uma família pode ser destruída, portanto, trata-se de uma questão séria de vida social e familiar. A sensibilidade, o cuidado e a responsabilidade, tanto pessoal quanto social, são muito importantes. Às vezes nos distraímos, não pensamos no que estamos fazendo e nas consequências de nossas ações, por exemplo, quando fazemos um churrasco fora de casa ou coisas semelhantes. Às vezes, o que começa como uma simples festa, um encontro de amigos, pode se transformar em um desastre em questão de minutos. Depois de ver tudo o que está acontecendo, temos que mudar nossos hábitos e nos tornar mais responsáveis.

Há algo que as pessoas que perderam tanto precisam neste momento e o que o senhor pode dizer ao seu povo para confortá-las?

As necessidades imediatas são atendidas pelas autoridades locais, mas o problema das pessoas que perderam suas casas não termina com as necessidades imediatas dos primeiros dias, porque essa perda é muito significativa e afetará a vida inteira de uma família por muitos anos. Digo ao meu povo para não desanimar, não se desesperar, mas ter esperança e confiar na solidariedade humana, que é tão importante nessas situações, para que ninguém se sinta abandonado ou sozinho.

Fonte: Vatican News

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Religiosas desenvolvem formação contra o tráfico humano nas escolas de Gana

As religiosas missionárias de Nossa Senhora do Santo Rosário estão desenvolvendo um programa de sensibilização contra o tráfico de seres humanos nas escolas de Kwahu Afram Plains, no leste de Gana. "Educamos os alunos sobre alguns dos truques que os criminosos usam para alcançar os seus objetivos», afirmou a Irmã Joy Abuh, representante da Rede Talitha Kum no país.

Sylvie Lum Cho

Um programa de sensibilização contra o tráfico de seres humanos foi organizado pela Rede Talitha Kum em Donkorkrom para as escolas do distrito de Kwahu Afram Northern Plains, na região oriental do Gana, na África Ocidental.

O curso de conscientização nas Planícies de Afram é apoiado pelas Irmãs Missionárias de Nossa Senhora do Santo Rosário, uma congregação internacional de religiosas. A missão das irmãs consiste em ir ao encontro de pessoas com todo o tipo de dificuldades, especialmente os pobres, oprimidos e explorados. O curso é orientado pela irmã Joy Abuh, representante de Talitha Kum.

Irmã Joy visita escolas em Gana

A irmã Joy é uma missionária nigeriana; trabalha como capelã escolar e professora na Donkorkrom Agricultural Senior High School. Desde o início de 2024, visitou e continua a visitar várias escolas nas aldeias para ações de sensibilização. Algumas das escolas onde a campanha foi recentemente conduzida incluem: St. Michael’s Junior High School, Donkorkrom, Atakora Basic School, Donkorkrom, St. Mary’s Vocational/Technical Senior High School, Adeemra e Donkorkrom Agricultural Senior High School.

O objetivo das campanhas é sensibilizar os alunos para a propagação preocupante de várias formas de tráfico de seres humanos nas comunidades. «Instruímo-los sobre alguns dos truques que os criminosos usam para atingir os seus objetivos, tais como dar-lhes a falsa convicção de que encontrarão trabalho nas cidades e pouparão dinheiro suficiente para cuidar das suas famílias em casa», disse a irmã Joy.

Chamou também a atenção para alguns dos perigos inerentes ao tráfico, que vão desde a prostituição, o comércio ambulante, as domésticas  ou aquilo que se poderia definir “escravidão moderna”, sem a possibilidade de irem à escola, contra a sua vontade,  que a equipa levou a conhecimento dos alunos das escolas visitadas. Aconselhámo-los a estarem vigilantes e a serem guardiães dos seus irmãos, denunciando os incidentes suspeitos de tráfico de seres humanos, trabalho infantil/casamento e outras formas de abuso à autoridade de proteção designada», observou.

A Rede Talitha Kum de Gana

A irmã Joy partilhou a esperança e a oração das pessoas consagradas para que um dia o tráfico de seres humanos acabe, não só no Gana, mas em todas as partes do mundo onde é praticado.

A Rede Talitha Kum do Gana é uma organização não governamental criada em março de 2018. Dela fazem parte homens e mulheres consagrados, incluindo alguns leigos. As pessoas consagradas no Gana, sob a égide da Conferência dos Superiores Maiores dos Religiosos (CMSR-Gh), trabalham em conjunto para criar um modelo organizacional colaborativo para combater o tráfico e a exploração de seres humanos que existe a diferentes níveis, através de programas de informação e sensibilização nas escolas e comunidades, criando consciência sobre o risco de deixar as aldeias em busca de “pastagens mais verdejantes” nas cidades.

A Rede Talitha Cum é mais comprometida nas grandes cidades, como Kumasi, na região de Ashanti, uma vez que os religiosos se ocupam diretamente das vítimas, ao contrário do que acontece nas zonas rurais, como Donkorkrom, onde se faz sobretudo sensibilização e as vítimas podem ser orientadas nas zonas urbanas para o follow-up.

Fonte: Vatican News

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Cardeal Coutts recebe reconhecimento do governo por promover a paz no Paquistão

O cardeal Joseph Coutts, arcebispo emérito de Karachi, foi designado com o prêmio Tamgha-i-Imtiaz do Paquistão por seus esforços para promover a paz entre pessoas de várias religiões.

Vatican News

O presidente Asif Ali Zardari anunciou a outorga de prêmios nacionais do Paquistão a 104 indivíduos distintos, tanto paquistaneses quanto estrangeiros, em reconhecimento às suas contribuições excepcionais à nação. Os prêmios, revelados no 78º Dia da Independência do Paquistão, serão entregues durante uma cerimônia formal de investidura em 23 de março de 2025.

Um destaque importante das honrarias deste ano é o reconhecimento do cardeal Joseph Coutts, um dos líderes cristãos mais reverenciados do Paquistão e um defensor incansável da paz e da harmonia inter-religiosa. O purpurado, que foi agraciado com o Tamgha-i-Imtiaz, dedicou sua vida em promover o diálogo entre diferentes comunidades religiosas, promovendo o bem-estar social e defendendo os direitos das minorias no Paquistão.

O Prêmio Tamgha-i-Imtiaz é concedido a qualquer civil no Paquistão em reconhecimento às suas contribuições excepcionais à nação. Também pode ser concedido a cidadãos estrangeiros que prestaram grande serviço ao Paquistão.

O presidente Zardari elogiou as contribuições do cardeal Coutts para a harmonia inter-religiosa. “Seu serviço à humanidade e seu papel em unir diferentes religiões são uma inspiração para todos os paquistaneses”, afirmou, destacando o impacto das ações do cardeal na paz e prosperidade da nação.

A cerimônia de premiação está marcada para 23 de março de 2025. Entre outros homenageados estavam o medalhista de ouro olímpico Arshad Nadeem e o falecido montanhista Murad Sadpara, que recebeu o Sitara-i-Imtiaz postumamente por suas contribuições ao montanhismo.

Fonte: Vatican News

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Cardeal Sergio da Rocha: A política em debate

Cardeal Sergio da Rocha  - Arcebispo de São Salvador da Bahia, Primaz do Brasil

O período da campanha eleitoral, pela sua decisiva importância política, requer especial atenção e empenho não somente dos candidatos e dos partidos políticos, mas também dos eleitores. Participar da vida política do país tem sido uma tarefa cada vez mais difícil, mas irrenunciável numa sociedade democrática. O exercício consciente da cidadania não se restringe à via partidária e ao voto, mas a participação na política através dos partidos é muito importante na democracia participativa. O descrédito ou a indiferença diante da política ou dos políticos não devem pautar a conduta dos cidadãos, cuja participação se faz muito necessária não somente na época das eleições. A afirmação da ética na política é tarefa permanente que desafia a todos, políticos e eleitores, devendo ocorrer já durante a campanha eleitoral para se prolongar após as eleições, durante o mandato dos eleitos.

A conduta ética que se espera dos candidatos e eleitores diante dos adversários políticos é de respeito. A Igreja Católica, através dos pronunciamentos do Papa Francisco e da Conferência Episcopal, tem insistido na necessidade de respeito entre as pessoas ou grupos de diferentes tendências políticas. Numa sociedade democrática, há lugar para a diversidade de opiniões políticas, mas jamais para a agressão, seja nas redes sociais, em casa, nas ruas, no ambiente de trabalho ou em qualquer outro. Os adversários no campo político não devem ser vistos como inimigos a serem combatidos. O caminho da agressividade e da intolerância representa a negação da política. A discussão de ideias e propostas políticas não pode ser motivo para agressões ou para a divulgação de informações falsas. A polêmica ofensiva deve ceder espaço para o diálogo construtivo em que as propostas políticas sejam claramente apresentadas. O crescimento da influência das redes sociais na vida política merece especial atenção e exige maior discernimento para não se deixar levar pela desinformação.

Os debates no período eleitoral podem contribuir muito para o conhecimento dos candidatos e de suas propostas, em vista de uma participação consciente e responsável nas eleições. Contudo, devem ser debates sobre o programa efetivo de ação a que se propõem realizar, considerando as necessidades maiores da população local. Os eleitores necessitam conhecer, de fato, os candidatos a partir do seu histórico pessoal e das propostas políticas que defendem. O respeito de um candidato diante do seu oponente, mesmo ao tecer-lhe críticas, é sinal também de respeito ao eleitor.

Os cristãos e os membros das diversas confissões religiosas têm a grave responsabilidade de contribuir para a convivência respeitosa e pacífica entre os candidatos e entre os eleitores neste período político eleitoral.

*Artigo publicado no jornal A Tarde, em 11 de agosto de 2024.

Fonte: Vatican News

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Igreja no Cazaquistão percorre o caminho da caridade e da beleza

Neste artigo para os meios de comunicação do Vaticano, o bispo auxiliar de Karaganda, dom Yevgeniy Zinkovskiy, ilustra a atividade da pequena comunidade católica do Cazaquistão, empenhada no âmbito caritativo e artístico, em particular com os concertos de órgão na Catedral, que reúnem pessoas de diversas crenças.

Yevgeniy Zinkovskiy, bispo auxiliar de Karaganda

No Cazaquistão, aproximadamente 80% da população pertence à tradição muçulmana, 17% à tradição ortodoxa e apenas 1% à tradição católica. Como Igreja, podemos expressar a nossa fé dentro das nossas estruturas eclesiásticas, mas não podemos organizar eventos em locais públicos. Embora sejamos um pequeno “rebento” no jardim desta sociedade, também reconhecemos que somos enviados a todos e sentimos a responsabilidade de dar a conhecer Jesus a todos, sem exceção.

Temos dois caminhos privilegiados pelos quais podemos levar o Evangelho e a presença de Jesus: o caminho do amor misericordioso e o caminho da beleza. Desta forma, poderemos também contribuir para a construção comum de uma sociedade mais unida e mais bonita.

O pão é alimento para o corpo. Um fator de construção da sociedade, no grande campo do amor misericordioso, é o de acolher qualquer pessoa em sua necessidade por vezes dramática e responder a essa necessidade urgente com uma resposta ainda maior, porque por meio dos alimentos ou dos medicamentos se transmite o amor de Crist para aquela pessoa (neste sentido, a presença e a obra das Irmãs de Santa Teresa de Calcutá na cidade de Temirtau é um grande testemunho).

A beleza é o alimento da alma. Juntamente com as ações de carácter caritativo, com as quais, procurando responder às necessidades concretas e urgentes das pessoas, queremos testemunhar o amor pelo indivíduo e seu destino, independentemente da sua origem étnica e religiosa, acreditamos que o caminho da "beleza" que seja o caminho para criar e fazer crescer a unidade espiritual na sociedade.

“A beleza salvará o mundo”, escrevia Fiódor Mikhailovitch Dostoiévski. A beleza é um ponto de encontro com qualquer pessoa, independentemente da sua tradição étnica ou religiosa, porque o coração que Deus criou é o mesmo em todos os tempos e em todas as latitudes e, por exemplo, pela beleza da música, uma pessoa é enviada a procurar e, pela graça, encontrar Deus.

Em Karaganda existe uma bela Catedral neogótica, consagrada em 2012 e dedicada à Virgem Maria de Fátima-Mãe de todos os povos, onde os fiéis se reúnem regularmente para glorificar o Nome do Senhor. De abril a outubro, mensalmente, todos os anos, realizamos concertos de órgão de música sacra na Catedral, que nessas ocasiões ficava cheia de pessoas de todas as pertenças religiosas e talvez também de não crentes. Nestas ocasiões, sentimos uma verdadeira e profunda unidade entre todos os presentes.

Vale ressaltar que na Catedral existe um belo órgão, presente da Áustria, semelhante apenas aos órgãos das academias musicais de Astana e Almaty. Todos os anos conseguimos organizar cerca de 10 concertos, onde sentimos uma verdadeira unidade entre os habitantes de Karaganda. Quando realizamos um concerto para órgão ou para conjunto, cada peça é precedida por uma introdução para ajudar os presentes a melhor envolverem todos os sentidos: ouvir, ver, tocar. São convidados organistas e membros de vários conjuntos, quer locais como internacionais.

Um grande evento para todos nós, em 28 de julho deste ano, foi o concerto de órgão do organista Marek Vrabel, um dos mais brilhantes representantes da arte da execução de órgão na Eslováquia. Marek Vrabel é o diretor do Festival de Órgão de Bratislava (BOF), faz parte do júri de vários concursos de órgão e os seus alunos receberam vários prêmios de prestígio. Desde 1997, Marek Vrabel ensina órgão no Conservatório da Igreja de Bratislava, do qual é atualmente diretor.

Na Catedral lotada, com a participação de representantes da Embaixada da Eslováquia e de convidados do Estado, as nossas almas foram acalmadas pela música de Louis Vierne, Jozef Grešák, Tomaso Albinoni e outros artistas. Damos graças a Deus pelo dom que o Senhor dá ao homem, para que com este dom o homem possa aproximar Deus do homem.

No final queremos partilhar o testemunho de um participante neste concerto:

Quando chegam mestres como Marek Vrabel, torna-se um evento especial para os amantes do órgão. A escolha do tema do concerto reflete admiravelmente a aspiração de cada ser humano à altura do espírito. O empobrecimento da experiência da paternidade no mundo moderno suscita inevitavelmente a procura de relações verdadeiras que dêem confiança e esperança a cada dia. Por isso o Pai Nosso, ao qual foi dedicado o concerto, responde à necessidade humana como nenhum outro, e o nosso grito voa no silêncio retumbante cada vez mais elevado, em direção ao céu. A forma sóbria e ao mesmo tempo livre de execução do mestre eslovaco ressoou no coração dos ouvintes, que, prendendo a respiração, ouviram, acompanhando cada nota com o coração. O longo aplauso no final do concerto foi um grande sinal de gratidão e apreço do público pelo dom da beleza, pela oportunidade de tocar o eterno. - Fonte: Vatican News

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Parlamento ucraniano aprova proibição da Igreja Ortodoxa ligada ao Patriarcado de Moscou

O objetivo declarado da lei é proteger a segurança nacional e os direitos humanos e determinar os detalhes das atividades de organizações religiosas estrangeiras em território ucraniano.

Vatican News

Dois anos e meio após a invasão russa em grande escala, o Parlamento ucraniano aprovou por 265 votos - 39 a mais do que o mínimo necessário - um projeto de lei que prevê a proibição da Igreja Ortodoxa ligada a Patriarcado de Moscou, considerada um instrumento de influência nas mãos do Kremlin. A lei entrará em vigor 30 dias após a aprovação. No entanto, as comunidades da Igreja Ortodoxa Ucraniana afiliadas ao Patriarcado de Moscou terão nove meses para romper seus laços com este último.

"Decisão histórica! Parlamento aprovou um projeto de lei que proíbe uma sucursal do país agressor na Ucrânia”, escreveu a deputada Iryna Gerashchenko no Telegram.

O texto aprovado altera a lei sobre liberdade de consciência e organizações religiosas, proibindo as atividades de organizações afiliadas a centros de liderança localizados na Federação Russa. O texto estabelece que, em caso de violação, as atividades de uma organização religiosa podem ser proibidas por decisão de um tribunal a pedido do Ministério Público ou de outro órgão executivo competente. No passado dia 23 de outubro, o Parlamento ucraniano adotou o texto em primeira leitura.

O texto da lei destaca que as regras contidas não visam limitar a liberdade religiosa, mas seu objetivo delcarado, de fato, é proteger a segurança nacional e os direitos humanos e determinar os detalhes das atividades de organizações religiosas estrangeiras em território ucraniano.

“Considerando o fato de que a Igreja Ortodoxa Russa é uma projeção ideológica do regime do Estado agressor, cúmplice de crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos em nome da Federação Russa e da ideologia do 'russkij mir', as atividades da Igreja Ortodoxa Russa na Ucrânia são proibidas”, lê-se no texto.

Patriarcado de Moscou: "Proibição da Igreja Ortodoxa na Ucrânia é perseguição" 

A Igreja Ortodoxa Russa reagiu à decisão do Parlamento ucraniano por meio do conselheiro do Patriarca de Moscou Kirill, arcipreste Nikolai Balashov, que à Ria Novosti afirmou que “a proibição visa expandir a perseguição do regime de Kiev à Igreja Ortodoxa Ucraniana e a clara violação dos direitos humanos internacionalmente reconhecidos no domínio da liberdade religiosa".

O governo russo, por sua vez, definiu como um ato “destrutivo” a aprovação pelo Parlamento ucraniano da proibição da Igreja Ortodoxa Ucraniana ligada ao Patriarcado de Moscou. “O objetivo aqui era o de destruir pela raiz a verdadeira Ortodoxia canônica, e no lugar dela, introduzir uma falsa Igreja substituta”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, citada pela Tass.

Já há alguns dias, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo havia classificado o projeto de lei como um “ato bárbaro”, criticando a inação das organizações internacionais de direitos humanos. 

Concessão da autocefalia à Igreja Ortodioxa da Ucrânia em 2018 

Em 11 de outubro de 2018, o Santo Sínodo do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla decidiu renovar a decisão já tomada de prosseguir na concessão de autocefalia à Igreja da Ucrânia. A questão de uma Igreja Ortodoxa local autônoma reacendeu com força com a independência da Ucrânia, alcançada em 1991.

O Santo Sínodo presidido pelo Patriarca Bartolomeu I, o primus inter paris, após longa discurssão havia decidido “revogar o vínculo jurídico da Carta Sinodal do ano de 1686, escrita em função das circunstâncias da época", que concedeu "o direito ao patriarca de Moscou de ordenar o metropolita de Kiev", “proclamando e afirmando a sua dependência canônica da Igreja Mãe de Constantinopla".

Exponentes do Patriarcado de Moscou definiram na época a decisão como catastrófica para todo o mundo ortodoxo. Segundo o Patriarcado de Moscou, a unificação da metropolia de Kiev com a Igreja russa em 1686, não foi uma decisão de caráter temporário, como defende Constantinopla. 

Para o então diretor da Ajuda à Igreja que Sofre Itália, Alessando Monteduro, "o cisma entre o Patriarcado de Moscou e Kiev e o reconhecimento da Igreja ucraniana pelo Patriarcado Constantinopla representaram um golpe duríssimo para a Igreja Ortodoxa Russa que saiu enfraquecida, a ponto de contribuir para a ignição de uma das faíscas que acenderam a invasão desses dias." 

Fonte: Vatican News

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Nicarágua: governo cancela 1.500 organizações não governamentais

O Diário Oficial do país relata a decisão anunciada nos últimos dias pela vice-presidente Rosario Murillo. Os bens das ONGs, em sua maioria religiosas, serão agora transferidos para o Estado. De agora em diante, as organizações serão obrigadas a formar uma "aliança" com as instituições públicas.

Vatican News

O governo da Nicarágua cancelou o status jurídico de 1.500 organizações não governamentais presentes no país, transferindo seus bens para o Estado. A decisão, aprovada pela Ministra do Interior, María Amelia Coronel, e publicada no Diário Oficial da Nicarágua, foi tomada, conforme indicado, pelo descumprimento de certas obrigações pelas ONGs, como a de apresentar, "por períodos entre um e 35 anos, seus balanços conforme os períodos fiscais, com uma distribuição detalhada das receitas e despesas, o balanço dos pagamentos, os detalhes das doações e seus conselhos de administração". As organizações, segundo alguns sites independentes como 100%Noticias e La Prensa, que não receberam qualquer aviso prévio, são acusadas pelo governo de terem dificultado o controle do Ministério do Interior. De acordo com o acordo em vigor até agora, a Procuradoria-Geral será responsável pela transferência dos bens móveis e imóveis em nome do Estado da Nicarágua.

As ONGs são obrigadas a colaborar com o Estado

Esse fechamento em massa, destacam ainda as fontes jornalísticas, segue o anúncio da vice-presidente Rosario Murillo de "um novo modelo de alianças entre ONGs e governo", onde as organizações agora, para poderem realizar seus projetos, são "obrigadas a apresentar programas ou projetos e a colaborar com as instituições estatais". Além disso, foram eliminadas as isenções. A maioria das ONGs fechadas pertence a comunidades evangélicas, entre as católicas figura, entre outras, a Caritas Diocesana de Granada. Na lista também aparecem entidades de caridade, associações esportivas e indígenas. Com esta última ação, sem precedentes, pois pela primeira vez, em um único ato, 1.500 organizações foram declaradas ilegais, as ONGs dissolvidas desde 2018, início dos protestos populares, já somam mais de 5.200.

Fonte: Vatican News

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Começa o Encontro de Rimini sobre a “busca do essencial”

Os ventos de guerra, a urgência da paz, as questões que agitam o coração humano, o compromisso dos jovens voluntários: esses são os muitos ingredientes da 45ª edição do encontro de 2024, que começa com o discurso do patriarca latino de Jerusalém, cardeal Pizzaballa. No programa, 140 conferências com cerca de 450 palestrantes italianos e internacionais.

Benedetta Capelli e Luca Collodi – Rimini

As palavras do Papa Francisco, que chegaram nesta segunda-feira com uma mensagem ao Encontro para a Amizade entre os Povos em Rimini, são a luz que guia a 45ª edição da assembleia de Comunhão e Libertação, programada de hoje até 25 de agosto, sobre o tema “Se não estamos buscando o essencial, então o que estamos buscando?”, frase do escritor estadunidense Cormac McCarthy. O Pontífice exortou a não se deixar desencorajar pelo “desafio de uma paz que parece impossível”, mas a trabalhar para gerar um mundo novo sob o signo da fraternidade. “Uma presença para a paz” é o encontro inaugural do qual o cardeal Pierbattista Pizzaballa, patriarca latino de Jerusalém, participou às 12 horas, com uma introdução do presidente da Fundação Meeting for Friendship Among Peoples, Bernard Scholz. Uma palestra, disponível em streaming em nosso portal, que será uma bússola para a semana de encontros e debates em torno das questões que a cultura contemporânea tende a remover sobre o destino do homem, sobre o sentido da dor e a falta de perspectivas, sempre em busca de um horizonte de esperança.

Terra Santa e desigualdades

No primeiro dia, haverá também o testemunho de Hussam Abu Sini, responsável por Comunhão e Libertação na Terra Santa e o espetáculo “O desafio de Jerusalém”, do diretor Otello Cenci, no qual o dramaturgo Eric-Emmanuel Schmitt procura brotos de paz. Nas ruas da cidade, o economista Branko Milanovic e o ex-presidente da Comissão Europeia José Manuel Barroso discutirão as crescentes desigualdades produzidas pelos sistemas econômicos nos vários países após a Covid. Um foco nas doenças psiquiátricas à luz da experiência de Franco Basaglia e um diálogo entre órgãos públicos e empresas sobre a essencialidade da água também estão na agenda.

Um programa denso

O programa do Encontro inclui um total de 140 conferências com cerca de 450 palestrantes italianos e internacionais, 100 dos quais são do exterior. Haverá 200 horas de transmissão ao vivo em 7 idiomas. Também neste ano, haverá 3.000 voluntários, 500 no pré-encontro e 2.500 durante o evento, 60% dos quais têm menos de 30 anos de idade. Entre eles também estão jovens do Brasil e da Armênia, e haverá uma grande representação da Suíça, Espanha e Portugal. Haverá 16 exposições, entre elas a vida e as obras de Alcide de Gasperi; a Trégua de Natal de 1914 na Primeira Guerra Mundial; a construção das Basílicas do Monte Tabor e do Getsêmani. Algumas das exposições da edição de 2024 do Meeting serão realizadas de forma itinerante e serão apresentadas em várias cidades italianas já em setembro.

Scholz: “não nos conformamos com a indiferença do mundo”

“Este Encontro - afirma o presidente da Fundação Bernand Scholz em uma entrevista realizada pela assessoria de imprensa do “Meeting” – realiza-se em um momento histórico dramático, cheio de grandes mudanças tecnológicas, econômicas, com grandes incógnitas imprevisíveis, com muitos conflitos, inclusive globais, dramáticos, trágicos. Com este Encontro, queremos descobrir e redescobrir juntos o que nos permite ser protagonistas mesmo nesses momentos difíceis, não sucumbir, não se refugiar na indiferença e na resignação”. Para o presidente, a ampla oferta da revisão é fazer com que as pessoas “descubram quanta coisa boa existe em um mundo que, de tantas maneiras, parece dar pouco espaço à esperança, ao futuro”. O convite, lembrando o tema do Encontro, é para “sair de uma certa superficialidade, para dizer que há algo importante, que está ao alcance de todos, mesmo diante das grandes mudanças que estamos vivendo na economia, nas escolas, nas fábricas, na política”.

Fonte: Vatican News

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Moçambique. Padre Mubango: “Como Maria, Legionárias sejam portadoras de alegria”

“À semelhança de Maria, as Legionárias devem ser portadoras de alegria”, disse o Padre Marcos Mubango, um dos Vigários episcopais da arquidiocese da Beira, centro de Moçambique.

Rogério Maduca, Beira - Moçambique

O sacerdote falava no passado sábado, 17 de Agosto, na Missa da Festa de Acies, por ocasião da Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, evento que decorreu na Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, na Arquidiocese da Beira.

Baseando-se nas leituras relacionadas com a ocasião, o Vigário Episcopal da Zona Pastoral Búzi – Mangunde, na Arquidiocese da Beira, Padre Marcos Mubango, recordou o episódio em que Maria visita sua prima Isabel, onde Nossa Senhora é portadora de alegria. É neste sentido que o presidente da celebração exortou os membros do grupo Legião de Maria a serem portadores de alegria num mundo marcado pela tristeza.

Concelebraram a Missa do passado sábado vários sacerdotes, dentre eles o director espiritual do grupo Legião de Maria na Arquidiocese da Beira, Padre Elias Quembo.

Refira-se que a Festa de Acies foi marcada pelo acto de renovação de compromisso de centenas de legionários e legionárias.

Fonte: Vatican News

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P. Kambongo: “Excessiva partidarização prejudica a reconciliação entre os angolanos”

A excessiva partidarização do País está a prejudicar a reconciliação entre os angolanos, é o alerta lançado pelo Padre Paulino Kambongo, missionário Redentorista, entrevistado pelo correspondente da Vatican News em Angola.

Anastácio Sasembele – Luanda, Angola

O Padre Paulino Kambongo é missionário redentorista, com 50 anos de vida religiosa. Actualmente a residir na missão do Vouga, na diocese do Kwito-Bié, recorda com amargura os momentos conturbados de guerra civil (1975 a 2002) que o País viveu, e agradece a Deus pelo dom da paz. 

Angola trilha os caminhos da paz desde 2002, e no próximo ano, celebra 50 anos de independência nacional, o sacerdote angolano lamenta o facto de o País estar muito partidarizado e diz mesmo que este facto está a prejudicar a verdadeira reconciliação entre os angolanos.

O sacerdote manifesta igualmente preocupação com os cristãos que estão na política e que nada fazem para a resolução dos mais variados problemas que assolam o País.

“Quando o cristão se torna militante de um partido o seu ser cristão é subalternizado por ele próprio, esta é a realidade de muitos”, lamenta o sacerdote.

Na doutrina da Igreja o cristão católico deve ser aquele que implanta na sociedade a realidade do evangelho, facto que não está a ser bem compreendido por alguns cristãos que temem pelos seus cargos políticos, relegando a fé cristã para o segundo plano, refere o sacerdote.

Os evangelizadores têm igualmente responsabilidade, afirma o missionário, que faz “mea culpa”, assumindo falhas no processo de evangelização dos povos que, na sua visão, ainda não atingiu o verdadeiro objectivo deixado por Cristo, “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for baptizado será salvo, mas quem não crer será condenado”, esclarece o missionário.

Fonte: Vatican News

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Maputo acolhe formação de jornalistas em matéria de jornalismo de interesse público

Promovida pelo Fórum Nacional de Rádios Comunitárias – FORCOM, em parceria com o MediaLab e International Media Support, a formação arrancou esta segunda-feira, 19 de Agosto, na capital do país e junta 40 jornalistas das Rádios comunitárias de Moçambique.

Rogério Maduca – Beira, Moçambique

Naldo Chivite, director de programas do FORCOM, disse à nossa equipe que se pretende com esta formação potenciar as Rádios comunitárias com técnicas de produção de conteúdos de interesse público pois, no seu entender, as estações emissoras devem produzir programas que criam interesse para garantir maior participação e audiência.

Adélia Vicente e Marla Virgílio, jornalistas das Rádios Comunitária do Búzi e Nova Rádio Paz em Quelimane, respectivamente, partilharam suas expectativas com relação à formação, realçando a sua importância.

Com duração de 5 dias, a formação cofinanciada pela União Europeia, decorre ainda no âmbito dos processos eleitorais que se avizinham com vista à maior participação da população, e envolve temas como jornalismo investigativo, papel das Rádios comunitárias na disseminação dos direitos humanos, processo de digitalização, entre outros.

Fonte: Vatican News

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Quando o peregrinar se torna obrigatório para viver

É preciso praticar o acolhimento para estas pessoas, que necessitam de esperança para uma nova vida

Escrito por Beatriz Nery

A crise migratória global é um dos maiores desafios de nosso tempo, mas também uma oportunidade para vivermos nossa fé de forma concreta. O acolhimento aos migrantes e refugiados é uma resposta ao chamado de Cristo para amar e servir ao próximo, especialmente aos mais vulneráveis diante de conflitos armados, violência, mudanças climáticas e perseguições políticas e religiosas, entre outros.

Na mensagem do Papa Francisco para o 110º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado de 2024, intitulada “Deus caminha com o seu povo”, que será celebrada pela Igreja em 29 de setembro, o Pontífice pede que não viremos as costas para os refugiados que “tiveram que abandonar a sua terra à procura de condições de vida dignas”, mas estejamos “em caminho juntamente com eles”. Afinal, “o encontro com o migrante, bem como com cada irmão e irmã que passa necessidade, é também encontro com Cristo”.

Podemos afirmar que o mundo enfrenta uma das maiores crises migratórias da história. Segundo o relatório mundial sobre a migração lançado em maio deste ano pela Organização Internacional para as Migrações (OIM) da ONU, existem cerca de 281 milhões de migrantes em todo o mundo, ultrapassando os 117 milhões de pessoas deslocadas em 2022. Entre os principais países de origem dos migrantes, destacam-se a Síria, o Afeganistão, a Venezuela e a Ucrânia.

Como acolher aos peregrinos com misericórdia?

É preciso manter a esperança destes peregrinos que muito sofrem em busca de uma transformação e mudança de vida. 

Eventos como o X Encontro de Bispos e Agentes de Pastoral Migratória das regiões da América Central, do Norte e Caribe, que está sendo realizado desde segunda (18) no Panamá, com o tema “Caminhando junto com o migrante e refugiado”, são iniciativas que prezam compreender, com urgência, o acompanhamento da Igreja Católica sobre a crise migratória, com critérios claros de ação pastoral, respeitando as normas dos países de acolhimento, sobretudo assegurando que os direitos humanos dos migrantes e refugiados sejam garantidos.

Porém, muitas vezes, vivemos com o sentimento conflituoso da impotência, por pensarmos que é uma realidade distante do Brasil. Porém, o governo brasileiro reconheceu 77.193 pessoas como refugiadas em 2023. A partir daí, podemos demonstrar compaixão com gestos simples, por meio de um ambiente de hospitalidade, enriquecido pela solidariedade, empatia e fé.

Acolhimento digno: cada migrante é um indivíduo que merece atenções a suas necessidades básicas, desde ouvir suas histórias até alimentação e abrigo.

Solidariedade e fraternidade: incentive sua comunidade em ações de voluntariado para transmitir apoio aos migrantes

Educação: mobilizar paróquias e escolas no intuito de entender a situação migratória e organizar campanhas de acolhimento e respeito

Anunciar a esperança: compartilhar com os migrantes a mensagem de esperança do Evangelho, que nos lembra que somos todos peregrinos em busca do Reino de Deus. 

Oração e intercessão: rezar pelos migrantes e pelas suas famílias, pedindo a Deus que os guie e proteja em sua jornada. - Fonte: A12.com

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Bispos da Escócia condenam projeto de lei do suicídio assistido 

Os bispos escoceses condenaram veementemente o projeto de lei sobre a morte assistida para adultos com doenças terminais, apresentado pelo deputado Liam McArthur.

Se aprovado, o projeto permitiria que adultos com doenças terminais com mais de 16 anos recebessem assistência para acabar com suas próprias vidas.

Em sua declaração ao governo, os 10 bispos da Escócia expressaram grande preocupação com o projeto de lei, destacando que ele corrói a dignidade humana e prejudica os esforços para reduzir o suicídio, bem como fornecer aos pacientes terminais verdadeiros cuidados paliativos para aliviar a dor.

A medida estabelece que um paciente necessitaria da avaliação de dois médicos, que concordassem que ele está mentalmente apto e age livre de coerção. Os bispos, no entanto, observaram que o suicídio assistido representa um risco inerente de coagir pessoas vulneráveis.

Eles citaram um estudo recente realizado em Oregon, Estados Unidos, que revelou que mais de 40% das pessoas que obtiveram medicamentos para suicídio assistido mencionaram o fardo imposto à família, amigos e cuidadores como um dos motivos para tentar tirar a própria vida.

“Isso aponta para uma falha da sociedade no apoio e ajuda àqueles que mais necessitam, fazendo com que as pessoas vulneráveis, incluindo idosos e deficientes, se sintam pressionadas a acabar com suas vidas para reduzir o impacto sobre suas famílias, amigos, cuidadores e o Estado”, ressaltaram os bispos.

“Em tais situações, a opção pelo suicídio assistido deixa de ser apenas uma questão de ‘direito’ de morrer e se torna mais uma questão de sentir todo o peso e a expectativa de uma ‘obrigação’ de morrer.”

“A proposta, para ser franco, oferece uma alternativa rápida e barata em comparação aos cuidados paliativos”, escreveram os bispos. “Isso é repaldado pelas alegações contidas no projeto de lei do Sr. McArthur, que admitiu que é mais barato acabar com a vida do que prover cuidados. O foco deve estar em prover assistência, e não uma morte barata.”

Os bispos também afirmaram que quando a porta do suicídio assistido é aberta para determinados grupos, outros grupos e indivíduos também acabariam seguindo este caminho, sem se importar com as “proteções” iniciais. - Fonte: Gaudium Press

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Divulgados os contemplados pela Medalha São Paulo Apóstolo 2024 

Na última sexta-feira, 16, a Comissão Julgadora da Medalha São Paulo Apóstolo anunciou os nomes das pessoas e instituições reconhecidas por seu testemunho eclesial e pastoral na Arquidiocese de São Paulo durante o ano de 2024.

O objetivo deste prêmio é valorizar, estimular e dinamizar a vida eclesial e pastoral na Arquidiocese. Além disso, esta edição da premiação reconhece e valoriza pessoas que se desta­caram em obras de caridade em diversos âmbitos eclesiais.

Lista de contemplados com a Medalha São Paulo Apóstolo

Dentre os contemplados com a Medalha São Paulo Apóstolo estão os seguintes nomes:

– Testemunho Laical: Maria do Carmo Ferreira Lopes (Zina);

– Serviço Sacerdotal: Padre Tarcísio Justino Loro;

– Ação Caritativa e de Promoção Humana: Sérgio Comolatti;

– Ação Missionária: Padre Roberto Fernando Lacerda;

– Inovação na Metodologia Pastoral: Delphim Rezende Porto;

– Educação Cristã: Irmã Lourdes Trombeta;

– Defesa e Promoção da Vida e Dignidade Humana: Sandra Ramalhoso;

– Cultura: Arquivo Metropolitano de São Paulo;

– Comunicação Social: Caritas Arquidiocesana de São Paulo;

– Serviço Social: Obra Social Santa Edwiges;

– Menção Honrosa: Cônego José Arnaldo Juliano dos Santos.

Medalha São Paulo Apóstolo

Instituída no ano de 2015, a Medalha São Paulo Apóstolo surgiu no contexto das comemorações dos 270 anos de criação da Diocese de São Paulo. Na ocasião, o Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, ressaltou que “todos os Batizados foram constituídos como povo de Deus e são participantes do múnus sacerdotal, profético e régio do próprio Cristo” e acrescentou que a homenagem também é um “incentivo para que floresça mais abundantemente a vida eclesial e pastoral nesta cidade imensa”. (EPC) - Fonte: Gaudium Press

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Papa Francisco escreve prefácio de livro sobre pena de morte

Por Courtney Mares 

O papa Francisco elogiou o trabalho de um capelão americano com presos condenados à morte como um ministério que reflete a "realidade mais profunda do Evangelho" em novo prefácio de livro sobre a pena de morte.

O papa escreveu pessoalmente a introdução de A Christian on Death Row: My Commitment to Those Condemned (Um cristão no corredor da morte: meu compromisso com os condenados, em tradução livre), de Dale Recinella, advogado que serviu como católico leigo aos presos no corredor da morte no Estado da Flórida por mais de 25 anos.

O papa Francisco chama o trabalho de Recinella de "adesão apaixonada à realidade mais profunda do Evangelho de Jesus, que é a misericórdia de Deus".

"Dale Racinella realmente entendeu e testemunha com sua vida, toda vez que cruza o limiar de uma prisão, especialmente aquela que ele chama de 'a casa da morte', que o amor de Deus é ilimitado e imensurável", escreveu o papa Francisco no prefácio do livro que será publicado em 27 de agosto.

"E que mesmo o mais hediondo de nossos pecados não destrói nossa identidade aos olhos de Deus: continuamos sendo Seus filhos, amados por Ele, cuidados por Ele e considerados preciosos por Ele".

Recinella era um bem-sucedido advogado na década de 1980, quando começou a reavaliar como vinha usando seus dons e habilidades até aquele momento.

Junto com a mulher, Susan, Recinella se envolveu em um ministério de ajuda a sem-teto e pacientes de AIDS. O organizador do ministério perguntou se Recinella estaria disposto a ir ainda mais fundo.

"Ele perguntou se eu estaria disposto a ir à sua prisão e começar a ver homens com câncer e AIDS", disse Recinella à CNA, agência em inglês da EWTN News, em entrevista em 2020. "E o que eu não tive coragem de dizer a ele foi que nunca tinha estado em uma prisão; Eu tinha financiado prisões em Wall Street em todo o país, prisões enormes, mas nunca estive em uma e não tinha vontade de entrar em uma”.

A família de Recinella ajudou a convencê-lo de que ele deveria mergulhar no início dos anos 1990.

"Foram Susan e as crianças ao citar Jesus no Evangelho em Mateus 25 que me convenceram de que, se minha fé estava realmente guiando minha vida, que Jesus havia dito que quando visitávamos os menores na prisão, nós o visitamos, mas quando não o fizemos, nos recusamos a visitá-lo. E então pensei em tentar", disse ele.

Levaria alguns anos até que a ideia do corredor da morte realmente passasse pela cabeça de Recinella, quando ele e sua família acabaram se mudando para a pequena cidade de Macclenny, Flórida. Essa cidade era o local da prisão do corredor da morte do Estado.

Recinella ficou chocado com as duras condições que encontrou quando pisou pela primeira vez em uma prisão no corredor da morte.

"A primeira coisa que me impressionou, minha primeira experiência foi: 'Não acredito que ainda estamos fazendo isso no século 20' ", disse ele, ao falar que, apesar do calor da Flórida, os presos não tinham ar-condicionado.

Recinella finalmente decidiu desistir de praticar a lei para poder ministrar aos presos no corredor da morte.

Ministrar a criminosos condenados não tem sido fácil. Recinella se lembra de ter sido designado para ministrar a um serial killer que matou mulheres jovens de idade semelhante à da filha de Recinella.

"Eu não estava pronto para lidar com os desafios espirituais de lidar com o nível de sofrimento humano que experimentamos no ministério de rua, ministério de AIDS, ministério de prisões e ministério no corredor da morte", disse ele.

Recinella encontrou forças para fazê-lo por meio de conversas com um padre de confiança e por meio dos sacramentos, disse ele.

Além de passar vários dias por semana visitando os presos, ele também treinou outras pessoas para fazer o ministério prisional e foi testemunha em quase 24 execuções.

Recinella disse ao EWTN News In Depth em 2021 que entre as pessoas a quem ele ministrou quando estão morrendo - sejam elas sem-teto, advogados, políticos ou presos - todos pediram misericórdia em seus momentos de morte.

"Nunca ninguém me pediu para rezar para que Deus lhes desse justiça", disse ele. "Todos, mesmo que não achassem que tinham fé, quando enfrentam o fim do túnel, todos me pediram para rezar com eles pela misericórdia de Deus."

Papa pede abolição da pena de morte

O papa Francisco revisou o Catecismo da Igreja Católica em 2018 para dizer que “a pena de morte é inadmissível, porque atenta contra a inviolabilidade e dignidade da pessoa” (CIC, 2267).

No prefácio do livro de Recinella, o papa Francisco sublinhou sua forte oposição à pena capital, dizendo que "a pena de morte não é de forma alguma uma solução para a violência que pode atingir pessoas inocentes".

"As execuções capitais, longe de trazer justiça, alimentam um sentimento de vingança que se torna um veneno perigoso para o corpo de nossas sociedades civis", disse o papa.

O papa Francisco enfatizou querer que o Ano Jubilar de 2025 da Igreja seja um momento para "todos os crentes pedirem coletivamente a abolição da pena de morte".

Irã, Arábia Saudita, Somália e EUA foram os países com mais execuções confirmadas em 2023, segundo a Anistia Internacional.

"Os Estados devem se concentrar em permitir que os prisioneiros tenham a oportunidade de realmente mudar suas vidas, em vez de investir dinheiro e recursos em sua execução, como se fossem seres humanos que não fossem mais dignos de viver e de serem descartados", escreveu Francisco.

O papa Francisco conheceu Recinella e sua mulher em audiência privada no Vaticano em 2019. A Pontifícia Academia para a Vida da Santa Sé concedeu a Recinella seu primeiro Prêmio Guardião da Vida em 2021 em homenagem às suas décadas de serviço e ministério aos presos no corredor da morte.

O novo livro de Recinella será publicado pela Libreria Editrice Vaticana, editora da Santa Sé, em 27 de agosto. Ele também é o autor de When We Visit Jesus in Prison: A Guide for Catholic Ministry (Quando visitamos Jesus na prisão: um guia para o ministério católico).

Com colaboração de Jonah McKeown, da CNA. - Fonte: ACIDigital

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Arcebispo de Palmas pede a candidatos defesa da vida e da família contra ‘todas as ideologias políticas da atualidade’

Por Monasa Narjara 

O arcebispo de Palmas (TO), dom Pedro Brito Guimarães, pediu “todo esforço do poder público municipal para que o valor da vida e da família sejam salvaguardados de todas as ideologias políticas da atualidade” em carta sobre as eleições municipais de 6 de outubro próximo.

A carta, que visa “trazer luzes a todos os candidatos” a vereador e prefeito, foi entregue aos candidatos presentes no dia 17 de agosto no seminário: "A Política Melhor", realizado pela arquidiocese de Palmas. “Política melhor” é um termo cunhado pelo papa Francisco em sua encíclica Fratelli tutti.

A “Igreja Católica é contrária a qualquer proposta que atente contra a dignidade humana e disse que as “linhas de ensino como linguagem neutra, ideologia de gênero e relativização da fé devem ser rejeitados tendo em vista a lei natural e a dignidade do ser humano”, disse o arcebispo na carta. “É dever da família ensinar e semear valores aos seus filhos, cabendo à escola a missão de ensinar conteúdos que são apenas de competência escolar”.

Dom Brito Guimarães também pediu que “a disciplina de ensino religioso, obrigatória para as instituições de ensino público e facultativa para o aluno, sejam ministradas em modo confessional como previsto no Acordo Brasil-Santa Sé e reconhecido como constitucional pelo STF”, destacou.

Para o arcebispo, é importante “que o direito de assistência religiosa já previsto em lei seja assegurado a todos os pacientes que estiverem assistidos pelo poder municipal em suas diversas dependências sem a criação de embaraços que limitam o direito constitucional à assistência religiosa”.

“O político, independente de suas crenças ou descrenças pessoais, é aquele homem ou mulher chamado para ordenar a vida social, pautado na prática da caridade e em vista dos ditames do bem comum”, diz a carta. “Tenham a pessoa humana como centro de seus esforços, que pautem suas vidas pelos princípios da justiça, solidariedade e paz; que respeitem a dignidade de todo ser humano, obra da criação divina, e promovam o seu desenvolvimento integral que sejam pessoas integras, transparentes, homens e mulheres de diálogo e construtores de consensos, bem como pessoas de reta razão”.

Fonte: ACIDigital

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Padre do Haiti diz que condições no país são ‘inaceitáveis, intoleráveis e inconcebíveis’

Por Jonah McKeown 

A catástrofe humanitária em curso no Haiti, em que gangues tomaram conta da maior parte do país, inclui "uma campanha organizada contra a Igreja", com muitos católicos sofrendo com sequestros, roubos e agressões, segundo um padre haitiano.

O padre Baudelaire Martial, CSC, da Congregação da Santa Cruz, falou recentemente com a instituição de caridade papal Ajuda à Igreja que Sofre (ACN, na sigla em inglês) em uma visita à sede do grupo em Königstein, Alemanha. Os padres da Santa Cruz administram oito paróquias e várias escolas no Haiti, segundo o seu site .

“A situação em Porto Príncipe é inaceitável, intolerável e inconcebível. Vivemos em condições muito precárias”, disse o padre à ACN.

 “As pessoas estão com fome, e há escassez de medicamentos. Muitos médicos foram sequestrados. Algumas escolas ainda estão fechadas, os professores ganham muito pouco dinheiro, não há turismo, e o principal complexo turístico de Labadee, no norte, está fechado”.

Martial disse que muitas paróquias, incluindo a catedral da cidade, foram forçadas a fechar devido ao conflito.

“Outras áreas são mais acessíveis, e então os fiéis têm se reunido nas paróquias que estão abertas. Também oferecemos suporte pastoral online. A fé das pessoas continua viva. Uma grande multidão compareceu à missa na Quinta-feira Santa, por exemplo, apesar do perigo”, disse ele.

“Quando saímos de casa, nunca sabemos se voltaremos”, disse Martial. No Foyer de l'Esperance, centro social que Martial administra para jovens em Porto Príncipe, uma menina de 12 anos foi assassinada e outra foi violentamente atacada. Algumas escolas foram forçadas a fechar e mudar para o ensino online, disse ele.

“Algumas vezes, tive que me jogar no chão para desviar de balas. Ouvimos o som de armas automáticas durante todo o dia. Temos medo, mas temos que estar presentes para apoiar nosso povo. Estamos sofrendo, mas somos chamados a ir além desse sofrimento, em direção à esperança”, disse ele.

 “Algumas pessoas estão traumatizadas e sofreram ferimentos graves ou abusos, mas com o passar do tempo, o choque diminui. O medo permanece, mas, como Igreja, não podemos nos render. Temos que continuar avançando e dar esperança.”

O setor agrícola do Haiti também enfrenta grandes dificuldades, disse ele, com áreas produtivas como os arrozais da região de Artibonito sendo tomadas por gangues armadas. Tudo isso está contribuindo para que o povo do Haiti — o país mais pobre do hemisfério ocidental — fique “mais pobre a cada dia”.

A prioridade no momento, disse Martial, “para todos, é a segurança e colocar comida na mesa”.

“Tenho a impressão de que há uma campanha organizada contra a Igreja, porque vimos muitos padres e religiosos serem vítimas dessas gangues”, continuou Martial.

“Na minha comunidade, um padre foi sequestrado, e tivemos que pagar um resgate para sua libertação. Muitas dioceses e comunidades sofreram com roubos e agressões. É assim que eles pressionam a Igreja a se calar, mas nossa missão profética exige que denunciemos o que é mau. Sabemos que essa é uma posição arriscada, mas essa é a nossa cruz, e a aceitamos. Como Igreja, devemos ter a fé e a força para acompanhar nosso povo e todos aqueles que sofrem, e continuaremos a fazê-lo, mesmo arriscando nossas próprias vidas.”

Muitos relatos surgiram nos últimos anos de padres e irmãs religiosas sendo sequestrados por gangues e mantidos como reféns. A conferência episcopal do país tem pedido repetidamente o fim da violência.

O assassinato do presidente haitiano Jovenel Moïse em julho de 2021 lançou o país em mais caos. O primeiro-ministro Ariel Henry foi impedido de retornar de uma viagem ao exterior devido à violência e terminou renunciando. O Haiti não tem nenhum funcionário eleito em exercício desde janeiro do ano passado.

Em junho, centenas de policiais quenianos chegaram ao país como parte de uma força multinacional mandatada pela Organização das Nações Unidas (ONU) que busca restaurar a paz no Haiti, informou a rede pública de comunicações do Reino Unido BBC, mas até agora o esforço não produziu mudanças duradouras na situação da segurança do país.

Fonte: ACIDigital

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Do dia 19/8/24

A Comissão para a Cultura e a Educação lança texto-base para o XXII Encontro Nacional da Pastoral da Educação

A Comissão para a Cultura e a Educação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou o e-book com o texto de trabalho para o XXII Encontro Nacional da pastoral da Educação que acontecerá entre os dias 15 e 17 de novembro em Vitória (ES) com o tema: “Educadores: peregrinos de esperança”.

O encontro se propõe a incentivar os educadores a renovarem seu compromisso com fé e coragem, promovendo esperança no contexto da comunidade escolar. Refletir sobre o tema da esperança é essencial em todos os âmbitos da sociedade, mas, de forma especial, a educação deve ser, por excelência, o seu lugar de cultivo e fomento, pois educar é um ato de esperança.

Na apresentação do material, o bispo de Rubiataba-Mozarlândia (GO) e referencial para o Educação da CNBB, dom Francisco Agamenilton Damascena, aponta que o Texto de Trabalho, elaborado pelo Comitê Pedagógico-Pastoral do XXII Enape, é uma oportunidade para que os  os grupos de pastoral, reunidos na escola, comunidade ou paróquia, possam dialogar sobre o tema da esperança em sua realidade e, assim, se preparem para o XXII Enape.

    “Esse material se propõe a ajudar no caminho de preparação para o Encontro, lembrando que a sua participação poderá ser de modo on-line ou presencial. O importante é participar de uma forma ou de outra”, afirmou.

Fonte: CNBB

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Comissão Especial para os Bispos Eméritos volta a se reunir presencialmente na sede da CNBB, em Brasília (DF)

De segunda-feira, 19, até amanhã, 20, a sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) recebe os membros da Comissão Especial para os Bispos Eméritos. Esta é a primeira reunião realizada na sede da CNBB, em Brasília (DF), após a pandemia e também a primeira desde que a Comissão passou por uma reformulação em seus membros, em 2023. Agora, fazem parte dela oito bispos de várias regiões do país.

Dom Francisco Biasin, bispo emérito de Barra do Piraí – Volta Redonda (RJ), continua sendo o presidente da Comissão. Ele definiu o encontro como “bonito e rico em amizade” e que traz a oportunidade de reencontro e “de colocar em conta nossas experiências e, sobretudo, de nos programar para os próximos anos”.

Na pauta, dom Biasin comenta que o grupo trabalha no desenvolvimento de um guia sobre os bispos eméritos. “Gostaríamos de dar um rosto a esta Comissão e também ajudar os bispos titulares a cuidar dos bispos eméritos ou dentro da diocese onde eles escolherem viver, sobretudo para que eles se sintam acolhidos”, explica o bispo emérito.

Outro assunto tratado é a retomada do encontro dos bispos eméritos que acontece a cada dois anos, no qual os bispos tem a oportunidade de tratar sobre assuntos específicos, a exemplo da situação dos eméritos na igreja e também sobre as dificuldades de saúde e os enfrentamentos das limitações da própria idade.

    “Eu sempre costumo dizer que este momento é um dos mais felizes da nossa vida, porque podemos nos doar de acordo com as nossas possibilidades e ao mesmo tempo é a preparação para o grande encontro, que não é o fim de tudo, é o recomeço”, diz dom Biasin.

Por fim, a Comissão também discute nesses dos dias de reunião a estruturação da Comissão para suprir algumas dificuldades que podem surgir nas dioceses, sobretudo as que dizem respeito às despesas com os bispos eméritos. “Com o fundo de solidariedade entre nós podemos expressar também desta maneira a nossa fraternidade”, concluiu dom Biasin.

Dom Jacinto Furtado de Brito Sobrinho, bispo emérito da arquidiocese de Teresina, no Piauí, é membro da Comissão desde 2023. Ele pontua que, como bispo emérito, trabalho é o que não lhe falta. “E nem eu gostaria de ficar parado quando vejo tantos leigos atuando na igreja, casais que passam a semana inteira trabalhando e no fim de semana estão aí à serviço da pastoral e tantos irmãos bispos, padres e diáconos trabalhando de maneira esforçada e dedicada. Não seria normal a gente ficar tendo a saúde ainda relativamente boa parado”, disse.

    “De fato o bispo emérito deixa apenas e graças a Deus a administração. O resto todo fica para a gente fazer até o dia que Deus for servido”, finaliza dom Jacinto.

Membros da Comissão

Dom Francisco Biasin (bispo emérito de Barra do Piraí-Volta Redonda – RJ) – presidente;

Dom Vicente Costa (bispo emérito de Jundiaí – SP);

Dom Paulo Antônio de Conto (bispo emérito de Montenegro – RS);

Dom José Belisário da Silva (bispo emérito de São Luís do Maranhão – MA);

Dom Manoel João Francisco (bispo emérito de Cornélio Procópio – PR);

Dom Jaime Vieira Rocha (arcebispo emérito de Natal – RN);

Dom Jacinto Furtado de Brito Sobrinho (arcebispo emérito de Teresina – PI);

Dom Murilo Sebastião Krieger (arcebispo emérito de Salvador – BA).

Padre Guilherme Maia Júnior (diocese de Coxim – MS) – secretário da Comissão

A Comissão 

A Comissão foi criada pela presidência da CNBB em 2012, com o objetivo de acompanhar os bispos eméritos. Atualmente, a Igreja no Brasil conta com 171 bispos eméritos, e cabe à esta comissão ser o elo de comunicação entre eles e a CNBB. De acordo com o código de Direito Canônico recebe o nome de “emérito” aquele bispo que “perder o ofício por limite de idade ou por renúncia aceite”. A Igreja estabelece a idade de 75 anos para a apresentação do pedido de renúncia ao Papa. 

Por Larissa Carvalho

Fonte: CNBB

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Comissão para a Proteção de Menores e um conjunto de organizações lançam curso sobre o “O mundo do Sensível”

Acontece, neste terça-feira, 20 de agosto, às 17h, o encontro Diálogo sobre o Mundo do Sensível, para marcar o lançamento do curso O Mundo do Sensível, promovido pelo Farol 1817, portal educacional articulado pela Província Marista Brasil Centro-Sul (PMBCS). O curso é uma continuação da formação “A Proteção das Infâncias e Pessoas Vulneráveis na Igreja Católica”.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, por meio de sua Comissão Especial para a Proteção de Menores, é parceira na realização do curso. O evento do curso tem como objetivo apresentar o conteúdo do curso, oferecendo uma profunda exploração dos limites da sensibilidade e da sexualidade na contemporaneidade. A CNBB vai transmitir o lançamento em suas redes socais em @cnbbnacional.

Ação com amor e empatia

“É com profundo entusiasmo que a PUCPR se torna parceira de grandes instituições para lançar o curso ‘O Mundo do Sensível’. Na tradição cristã, a sensibilidade é compreendida como uma dimensão profunda da experiência humana que envolve a capacidade de perceber, sentir e responder aos estímulos internos e externos de forma compassiva e atenta. Ela vai além de uma simples reação emocional, incorporando a noção de uma disposição interior para acolher o outro, reconhecer a presença de Deus nas realidades da vida cotidiana e agir com amor e empatia”, afirma o reitor da PUCPR, irmão Rogério Renato Mateucci.

O lançamento está marcado para às 17h, com previsão de uma hora de duração, e será realizado presencialmente no Auditório John Henry Newman, da PUCPR.

Data: 20 de agosto de 2024

Horário: 17h (horário de Brasília)

Local: Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) – Auditório John Henry Newman (fundos da biblioteca)

Endereço: Rua Imaculada Conceição, 1155 – Bairro Prado Velho – CEP 80215-901, Curitiba, PR

Sobre o Curso “O Mundo do Sensível”

O curso é uma continuação da formação “A Proteção das Infâncias e Pessoas Vulneráveis na Igreja Católica”, lançado no ano passado e dedicado ao enfrentamento à violência, e é dedicado a religiosos, sacerdotes e leigos católicos interessados em aprofundar seu entendimento sobre os temas propostos. Os alunos serão convidados a refletir sobre as normas e valores que moldam as decisões e comportamentos sexuais, promovendo um diálogo sobre responsabilidade moral e sensibilidade no contexto atual.

“O Mundo do Sensível” é organizado pela Província Marista Brasil Centro-Sul e PUCPR – Pontifícia Universidade Católica do Paraná ao lado da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB Nacional), Consejo Episcopal Latinoamericano y Caribeño (CELAM), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Núcleo Lux Mundi e Confederação Latino-Americana de Religiosos.

Fonte: CNBB

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Em nota conjunta, CNBB clama pela presença do Estado diante do aumento da violência contra os povos indígenas

Sete instituições assinaram nota conjunta, entre elas a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com o intuito de juntar as vozes num alerta à sociedade brasileira. O documento, publicado no dia 17 de agosto, no Jornal O Globo, expressa a extrema preocupação diante da escalada da violência contra os povos indígenas, verificada em boa parte dos estados brasileiros.

Na nota, as instituições alegam que é “é impossível não notar a permanência de um clima de terra sem lei sobre diversas etnias”, a exemplo dos recentes conflitos em Douradina (MS) contra os Guarani e Kaiowá.

O texto é assinado por dom Jaime Spengler, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); dom Leonardo Ulrich Steiner, presidente do Conselho Indigenista Missionário (CIMI);  Maria Victoria Benevides, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo – Comissão Arns;  Helena Bonciani Nader, presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC);  Patricia Vanzolini, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil- Seção São Paulo (OAB-SP); Renato Janine Ribeiro, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e Octávio Costa, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

Íntegra da nota

    “Juntamos aqui as nossas vozes num alerta à sociedade brasileira. É extremamente preocupante a escalada da violência contra os povos indígenas, verificada em boa parte dos estados onde estão presentes. Apesar do atual governo ter criado o Ministério dos Povos Indígenas, implementado a fiscalização sobre seus territórios e gerado expectativas em relação à demarcação e regularização de suas terras, é impossível não notar a permanência de um clima de “terra sem lei” sobre diversas etnias, tristemente exemplificado nos recentes conflitos em Douradina (MS), contra os Guarani e Kaiowá.

    Depois de muito resistir nos últimos anos, os indígenas no Brasil foram colocados no centro de uma situação não só de insegurança, mas de incongruência jurídica. Em setembro de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu seus direitos territoriais como cláusulas pétreas da Constituição, tornando sem efeito a tese do Marco Temporal. O Congresso Nacional reagiu para atacar estes mesmos direitos, aprovando a Lei 14.701 no apagar das luzes do mesmo ano. Submetido o tema aos mecanismos de controle da constitucionalidade, surpreendeu a iniciativa do ministro Gilmar Mendes, decano do STF, já em 2024, de promover uma “conciliação entre as partes” sobre questões relativas às terras indígenas, em vez de ratificar o que fora estabelecido pela Corte. É a partir dessa conjuntura que acompanhamos o aumento dos casos de violência.

    “A cobiça sobre o habitat destes povos oculta o fato de que são os que mais preservam o meio-ambiente”

    Alvo dos interesses de setores predatórios do agronegócio e da mineração, os indígenas tentam sobreviver, como fazem há mais de 500 anos. Lutam para fazer valer a Lei maior que os protege: “São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens”, diz o artigo 231 da Constituição Federal. Portanto, são detentores de direitos inalienáveis e inegociáveis, embora desrespeitados a cada dia.

    O ambiente “terra sem lei” tem consequências graves. Segundo o relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil, divulgado pelo CIMI, foram registrados, só no ano passado, 1276 conflitos envolvendo direitos territoriais, com invasões, exploração ilegal de recursos naturais e danos ao patrimônio. Foram 208 indígenas assassinados no mesmo período. A cobiça sobre o habitat destes povos oculta o fato de que são os que mais preservam o meio-ambiente, além de nos legar toda uma herança no campo alimentar, bem como no manejo sustentável da fauna e flora. Suas tradições e culturas, parte integrante do seu viver, exigem a proteção de seus territórios.

    “Pede-se, em caráter de urgência, a manutenção da Força Nacional nos territórios em conflito, evitando desfechos sangrentos e dando a assistência devida aos indígenas”

    Os indígenas não precisam pedir de joelhos o que lhes é assegurado pela Lei. Não precisam ser fotografados em estado de desnutrição grave, tal como aconteceu aos Yanomami, cercados por garimpeiros que envenenam seus rios e grileiros que incendeiam suas matas. Não precisam ser alvo das milícias e bandos de jagunços, quando é dever do Estado e do governo federal garantir a segurança em seus territórios. Os indígenas não precisam morrer pelo direito à vida.

    Por estas razões, nossas entidades clamam pela presença do Estado diante da escalada da violência, para que seus agentes atuem com firmeza, sob o império da lei. Ao Ministério da Justiça, pede-se, em caráter de urgência, a manutenção da Força Nacional nos territórios em conflito, evitando desfechos sangrentos e dando a assistência devida aos indígenas. À Procuradoria Geral da República, responsável pelo Ministério Público Federal, pede-se a investigação e aplicação da lei sobre os crimes praticados. Do STF, aguardamos que declare o quanto antes a inconstitucionalidade da Lei 14.701/23, cuja vigência acarreta a paralisação da demarcação das terras indígenas e o aumento das agressões contra as comunidades. E, por fim, a todos os cidadãos e cidadãs brasileiros, conclamamos uma permanente vigília, na certeza de que o extermínio dos povos originários é também a morte do nosso futuro como Nação”. 

Fonte: CNBB

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CNBB e Eleições Municipais: quatro pontos que explicam a atuação da Conferência no processo eleitoral

Quais as orientações da CNBB para o período eleitoral? Padres podem se candidatar? E um candidato pode pedir votos dentro da Igreja? Essas perguntas surgem com frequência em época de eleições no Brasil. Para ajudar as pessoas a entenderem a atuação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e das Igrejas Particulares nesse contexto, a Assessoria de Relações Institucionais e Governamentais (RIG) da CNBB preparou um documento com respostas a esses questionamentos.

Frei Jorge Luiz Soares da Silva, assessor responsável pela RIG, explica que o documento foi formulado a partir das perguntas que chegam à Conferência sobre a visão que a Igreja tem da política, suas expectativas e qual o nível de participação e de engajamento nesse processo eleitoral.

Outra dúvida apresentada com frequência à Conferência Episcopal é sobre a possibilidade de padres e bispos atuarem diretamente na política, seja na promoção de algum candidato, seja na própria candidatura, disputando alguma vaga em algum dos cargos públicos.

    “Nós procuramos responder, exatamente dentro daquilo que é a orientação da Igreja, o ensinamento da Igreja, sobretudo a partir da encíclica Fratelli Tutti, e com base naquilo que é a Doutrina Social da Igreja, apontando a política como um meio necessário para a construção de uma sociedade mais justa, mais igualitária, e também respondendo exatamente à forma como a Igreja atua, não no campo de promoção direta e imediata de algum candidato, mas exatamente procurando apresentar os pilares, aquilo que é uma reflexão sadia a respeito da política para que possa ajudar aos eleitores na escolha dos seus candidatos, justamente levando em consideração aquilo que são os valores que a Igreja defende através da Doutrina Social da Igreja e, mais recentemente, da encíclica do Papa Fratelli Tutti”, contou.

O documento está estruturado em quatro pontos: a recomendação sobre a atuação de padres e bispos; a candidatura de membros do clero; o debate político dentro das Igrejas Católicas; e o pedido de votos nas celebrações e sobre o apoio de padres e bispos a candidatos.

1. Atuação de padres e bispos

O primeiro apresenta as recomendações sobre a atuação de padres e bispos no contexto eleitoral, e recorda as orientações gerais oferecidas pela CNBB em anos eleitorais “sobre o que se deveria levar em consideração no momento do voto nos que exercerão as funções de legisladores e governantes”.

Essa orientação, lê-se no documento, é feita a partir da Doutrina Social da Igreja, que apresenta para isso princípios como justiça social, solidariedade, defesa da vida desde a sua concepção até a morte natural, cuidado com os mais vulneráveis, a defesa da Ecologia Integral e a promoção do bem comum.

2. Candidaturas de membros do clero

O documento recorda a proibição de os clérigos assumam cargos públicos que importem a participação no exercício do poder civil. Essa norma deixa claro que é vedada aos clérigos a participação no pleito eleitoral, como candidato ao exercício de qualquer poder civil.

3. Debate político dentro das Igrejas

O ambiente da vida eclesial não pode ser transformado em “palanques eleitorais”, salienta o documento, sublinhando o ambiente da assembleia litúrgica, as celebrações, onde se deve viver e celebrar a comunhão.

Por outro lado, a Igreja deve-se criar ambientes de reflexão à luz da Fé e do Magistério da Igreja com o intuito de formar nos fiéis uma consciência política com base nos princípios apontados pela  sua Doutrina Social, especialmente na forma proposta pelo Papa Francisco na encíclica Fratelli Tutti.

4. Apoio a candidatos

Tendo presente que padres e bispos são também cidadãos civis e tem o direito e o dever de escolher e votar, de forma consciente, nas pessoas que julgam aptas a exercerem funções de poder civil, o documento esclarece que “a Igreja adota uma posição de neutralidade política e não apoia diretamente candidatos políticos específicos”. Ela oferece, por sua vez, orientação, baseada em sua Doutrina Social.

Não deixa de ocorrer, porém, a necessidade de que bispos e outras autoridades eclesiásticas emitam declarações ou oriente os fiéis sobre questões específicas, especialmente em contextos em que há preocupações graves sobre políticas que contrariam os princípios fundamentais da fé e moral católica.

Boa política

O documento também apresenta as definições dos princípios da boa política, de acordo com a  carta encíclica “Fratelli Tutti”, do Papa Francisco.

São os princípios: serviço ao Bem Comum; respeito pela Dignidade Humana; promoção da Justiça Social; combate à corrupção; cuidado com a Criação; diálogo e inclusão; e paz e reconciliação.

Fonte: CNBB

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Papa: em tempos de crise, buscar o essencial, a fé em Jesus

Francisco, por meio do secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, enviou uma mensagem ao 45º Encontro para a Amizade entre os Povos, em Rimini, Itália. O Pontífice destaca a urgência de focar no essencial, especialmente em tempos de grandes desafios e incertezas, e reflete "sobre a importância de buscar o que realmente importa na vida".

Thulio Fonseca - Vatican News

Em mensagem enviada pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, o Papa Francisco expressou seus votos e reflexões por ocasião do 45º Encontro para a Amizade entre os Povos, que se realiza em Rimini, na Itália, de 20 a 25 de agosto, com o tema: "Se não estamos em busca do essencial, então o que estamos procurando?". Na mensagem, o Pontífice sublinha a urgência de focar no que realmente importa, especialmente em tempos de grandes desafios e incertezas.

A busca pelo essencial em tempos difíceis

Na carta, Francisco destaca que a atualidade é marcada por diversas crises e desafios que podem gerar sentimentos de impotência e desânimo, levando as pessoas a perderem o sentido da vida. Nesse contexto, o Papa reforça a importância de procurar o que é essencial para não se deixar levar pela superficialidade e pelo efêmero. O Santo Padre incentiva os participantes do encontro a buscarem com paixão e entusiasmo aquilo que traz à tona a verdadeira beleza da vida.

O Papa também adverte sobre o perigo de perder a paixão pela vida, uma característica que, segundo Francisco, é muito comum nos dias de hoje, até mesmo entre os jovens. E ao abordar temas como guerra, injustiça, violência, desigualdade e a crise climática, faz um chamado à reflexão sobre o que realmente vale a pena viver e esperar.

Um apelo à ação e ao amor

Desde o início de seu pontificado, recorda Parolin, o Santo Padre tem enfatizado a importância de se concentrar no que dá sentido à vida. E ao comparar essa busca à de um alpinista que, para escalar uma montanha, precisa se livrar do peso desnecessário, o Papa destaca que o valor da vida humana não reside em posses materiais ou conquistas, mas na relação de amor com Deus e com o próximo.

Francisco ressalta ainda que retornar ao essencial, que é Jesus Cristo, não significa fugir da realidade, mas sim enfrentá-la com coragem e disposição para amar, mesmo quando as circunstâncias são adversas, e expressa seu apreço pelo propósito do Encontro, que busca inspirar os participantes a transformarem suas vidas em instrumentos de amor, misericórdia e compaixão.

Uma missão de esperança

Ao concluir a mensagem, o Papa exorta todos a se tornarem protagonistas do necessário e urgente processo de mudança, colaborando com a missão da Igreja para criar espaços onde a presença de Cristo possa ser sentida e experimentada. Francisco sublinha que esse compromisso coletivo pode gerar um mundo novo, onde o amor, manifestado em Cristo, prevaleça e transforme o planeta em um templo de fraternidade.

Por fim, o Pontífice expressa seu desejo de que o programa diversificado do evento inspire muitos a buscar o essencial e a espalhar a paixão pelo Evangelho, que liberta e transforma a humanidade. E com sua bênção de coração a todos os organizadores, voluntários e participantes, Francisco pede, como sempre, que não se esqueçam de rezar por ele.

Fonte: Vatican News

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Presidente do Malawi com o Papa no Vaticano

Na pauta do encontro do Papa com o chefe de Estado africano, Lazarus McCarthy Chakwera, que na sequência encontrou o cardeal Parolin e o arcebispo Gallagher, a situação no país e o cenário internacional.

Vatican News

Malawi, uma pequena nação, mas com uma das maiores densidades populacionais do continente africano, com a expectativa de vida da população por volta dos 35 anos. Ademais, o país vive um bom desenvolvimento socioeconômico, com transformações em curso também em nível eclesial. Fato é, que no mês passado chegou a notícia de que o Malawi, a Zâmbia e o Zimbabué estão se organizado para uma entidade episcopal autônoma em nível regional.

Esta é o quadro de um país que nesta segunda-feira, 19 de agosto, viu o seu máximo representante institucional, o presidente da República Lazarus McCarthy Chakwera, manter uma conversa de cerca de vinte minutos com o Papa Francisco, para então encontrar-se com os expoentes da Secretaria de Estado.

Diálogo e reconciliação 

Precisamente durante “cordiais colóquios” com o cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin e o arcebispo Paul Richard Gallagher, secretário para as Relações com os Estados e Organizações Internacionais, foram destacadas “as boas relações entre a Santa Sé e o Malawi - informa uma nota da Sala de Imprensa da Santa Sé - com as partes concentrando-se em alguns aspectos da política e da situação socioeconômica do país, especialmente na colaboração com a Igreja Católica no âmbito da saúde, da educação e da formação profissional".

A conversa, conclui a nota, envolveu também “uma troca de opiniões sobre questões regionais e internacionais, tendo sido destacada a importância de promover o diálogo e a reconciliação entre os povos”.

A troca de presentes 

No momento da troca de presentes, Francisco ofereceu ao presidente do Malawi uma peça em bronze, representando duas mãos trêmulas, tendo no fundo a Colunata de São Pedro, com uma mulher com uma criança e um navio de migrantes e as palavras "Enchamos as mãos com outras mãos”, juntamente com uma cópia da Mensagem para a Paz deste ano e o livro da LEV sobre a Statio Orbis de 27 de março de 2020.

O Sr. McCarthy Chakwera, por sua vez, presenteou Francisco com um relevo de madeira esculpido por artesãos locais, representando o mapa do Malawi com o principais cidades e animais que habitam o país marcados.

Fonte: Vatican News

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Polônia: Papa encoraja peregrinas a testemunhar o Evangelho em Piekary Śląskie

Após a oração do Angelus deste domingo (18/08), Francisco dirige um pensamento às numerosas participantes do tradicional encontro realizado no santuário mariano.

Pe. Rafał Skitek - Piekary Śląskie

“Testemunhar o Evangelho com alegria em família e na sociedade": esse é o convite do Papa feito no domingo (18/08), da Praça de São Pedro, dirigido às dezenas de milhares de meninas e mulheres que participaram da peregrinação a Piekary Śląskie, na Polônia. É um local de culto que foi dedicado a Maria no século XVII. De acordo com a tradição, a peregrinação de meninos e homens ocorre em maio, e a de meninas e mulheres, em agosto.

Este ano, a missa foi presidida pelo cardeal Gerhard Müller, que também proferiu a homilia durante a qual enfatizou que “estar sob a cruz de Jesus, e não fugir covardemente, é o que torna um cristão verdadeiro”. Ele acrescentou que a cena das mulheres sob a cruz “também nos mostra os carismas especiais das mulheres ou, como o Papa João Paulo II sublinhou, o gênio religioso das mulheres”.


Dom Adrian Galbas, Metropolita da Arquidiocese de Katowice, território onde está localizado o santuário de Piekary, enfatizou que “a Igreja não é um SPA espiritual, a Igreja é para a evangelização”. Em seguida, ele se referiu ao lema da peregrinação: “Estou na Igreja, por isso vou”. Os testemunhos das participantes são encorajadores: “essa peregrinação nos dá força para o ano todo. Maria nos dá força”, disse uma mulher de Katowice. Entre as intenções de oração mais frequentes estavam a saúde, a harmonia em família, no matrimônio e para as crianças.

Fonte: Vatican News

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Vaticano: cardeal Czerny participa de encontro no Panamá sobre crise migratória

O prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral da Santa Sé, cardeal Michael Czerny, vai presidir celebração eucarística do X Encontro de Bispos e Agentes de Pastoral Migratória das regiões da América Central, do Norte e Caribe que começa nesta segunda-feira (19/08) no Panamá. A mensagem do Papa vai conduzir a reflexão dos trabalhos até quinta (22/08).

Andressa Collet - Vatican News

O X Encontro de Bispos e Agentes de Pastoral Migratória das regiões da América Central, do Norte e Caribe começa nesta segunda-feira (19/08) no Panamá. Segundo convite divulgado pela arquidiocese local ao Povo de Deus, o cardeal Michael Czerny, prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral da Santa Sé, vai presidir a celebração eucarística desta terça-feira (20/08), a partir das 17h30 do horário local, na Basílica Santa María la Antigua na Cidade do Panamá.

Da mensagem do Papa ao lema do encontro

“Caminhando junto com o migrante e refugiado” é o lema que anima o encontro no Panamá de bispos e agentes que compõem a Pastoral Migratória. O evento também será guiado pela mensagem do Papa Francisco para o 110º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado de 2024 “Deus caminha com o seu povo”, celebrado pela Igreja Católica em 29 de setembro deste ano. No texto, o Pontífice pede que não viremos as costas para os refugiados que "tiveram que abandonar a sua terra à procura de condições de vida dignas", mas estejamos "em caminho juntamente com eles". Afinal, "o encontro com o migrante, bem como com cada irmão e irmã que passa necessidade, é também encontro com Cristo". E dom José Domingo Ulloa Mendieta, arcebispo do Panamá, reforça o pensamento do Papa, como anfitrião do encontro internacional:

“Estamos prontos para receber os participantes do X Encontro de Bispos e Agentes de Pastoral Migratória das regiões da América Central, Caribe e da América do Norte, onde continuaremos o trabalho de acompanhamento dos migrantes e refugiados.”

O alerta do arcebispo do Panamá

O arcebispo destacou a urgência de um acompanhamento mais articulado da Igreja Católica no continente, dada a complexidade da crise migratória, com critérios claros de ação pastoral, respeitando as normas dos países de acolhimento, mas sobretudo assegurando que “os direitos humanos dos migrantes e refugiados sejam garantidos”.

As atividades até a próxima quinta-feira (22/08) serão realizadas na Casa de Retiro Espiritual Monte Alverna, na Cidade do Panamá. O evento eclesial é promovido pelo Observatório Sociopastoral da Mobilidade Humana da América Central e do Caribe, pela Pastoral da Mobilidade Humana da Conferência Episcopal Panamenha e a pela Arquidiocese do Panamá. Além disso, segundo uma nota oficial dos bispos do país à imprensa, o encontro ganha o apoio do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, com o objetivo de “desenvolver um espaço mais amplo de participação, a fim de dar uma resposta mais ampla aos desafios pastorais colocados pelo fenômeno da migração” na região.

Fonte: Vatican News

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São Tarcísio e o ministério dos coroinhas

O mês de agosto é um mês muito especial para a Igreja em que recordamos diversos santos e vocações.

Cardeal Orani João Tempesta, O. Cist. - Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

Celebramos no dia 15 de agosto a memória litúrgica de São Tarcísio, patrono de todos os coroinhas, acólitos e cerimoniários. O mês de agosto é um mês muito especial para a Igreja em que recordamos diversos santos e vocações. No primeiro domingo do mês recordamos a vocação ao ministério ordenado e o dia do padre, no segundo domingo a vocação ao matrimônio e o inicio da Semana Nacional da Família, na terceira semana a vocação a vida consagrada e religiosa e, por fim, a vocação ao ministério e serviço laical e o dia nacional dos catequistas. 

Recordamos ainda no dia 10 de agosto a vocação diaconal, com a celebração do dia de São Lourenço e no dia 15 de agosto recordamos a vocação de coroinhas, acólitos e cerimoniários e a memória litúrgica de São Tarcísio. Louvemos e agradeçamos a Deus o serviço dos coroinhas, cerimoniários e acólitos em nossas paróquias. É muito bonito chegar nas diversas paróquias e ver os meninos e meninas auxiliando no serviço do altar. 

O serviço de coroinhas, acólitos e cerimoniários é tão salutar que muitos padres ou religiosas tiveram o seu despertar vocacional a partir do serviço no altar. Ao estarem mais próximos do altar, ao verem o sacerdote celebrar a missa, e ao entenderem melhor o mistério que está sendo celebrado aumenta o desejo de servir ao Senhor de outra maneira. 

Por isso se na sua paróquia ainda não tem a pastoral dos coroinhas, acólitos e cerimoniários converse com seu pároco para que imediatamente instaure essa pastoral. Algum catequista, ou liturgista, pode dar a formação de preparação para eles, e depois de um tempo de formação e ensaio escolher uma missa dominical para a investidura dos novos coroinhas. Pode até começar com poucos, mas um vai falando para o outro e logo esse número aumentará, e quem sabe muitas vocações possam surgir a parir desse serviço pastoral. 

A vocação para ser coroinha surge no seio da família, por isso, é importante a família ir à missa com os seus filhos desde pequenos, pois vão tomando gosto e se interessando pela celebração da missa e por tudo que a envolve. A criança querendo ser coroinha os pais devem incentivar para que seja, pois é um ministério muito bonito dentro da Igreja. 

E ainda, os coroinhas e servidores do altar de hoje, podem despertar para outras vocações dentro da Igreja que não necessariamente o ministério ordenado ou consagrado, podem por exemplo ser bons pais de família e atuarem como catequistas, coordenadores de grupo de jovens, ministros extraordinários da Sagrada Comunhão, e ainda ministério de música. Enfim, tudo começa pela pastoral dos coroinhas, o amor pela Igreja começa a partir dessa pastoral. 

São Tarcísio é o patrono de todos os coroinhas, cerimoniários e acólitos, tanto que em diversas paróquias o grupo de coroinhas recebe o título de São Tarcísio, por ter o santo como padroeiro. E ainda, em algumas paróquias os novos coroinhas são investidos no dia dele, ou próximo da data. Os coroinhas, cerimoniários e acólitos devem guardar a fé e ter amor pela Igreja do mesmo modo que São Tarcísio. Devem cuidar para seguir retamente no caminho de Deus, cuidar de suas vestimentas e ter um comportamento adequado na Igreja e fora dela. 

 O coroinha, cerimoniário e acólito deve ter fé, acreditar em Deus, em Nossa Senhora e claro, em Jesus Eucarístico. Deve acreditar que pelo poder da fé tudo se transforma, e que está ali atendendo o chamando feito por Jesus. O coroinha também não deve se achar melhor do que os outros que não são, deve servir ao seu ministério de forma gratuita e com alegria. 

São Tarcísio foi um mártir da Igreja dos primeiros séculos da era cristã, como já foi dito, ele morreu defendendo a fé em Cristo e na Igreja, do mesmo modo que muitos mártires dos primeiros séculos da era cristã. Ele foi vítima de perseguição do império romano mediada pelo imperador Valeriano. 

O ministério dos coroinhas

Tarcísio residia em Roma na Itália, a Igreja de Roma contava com cinquenta sacerdotes, sete diáconos, e mais ou menos cinquenta mil fiéis no centro da cidade imperial. Ele era um dos integrantes dessa Igreja localizada em Roma, quase toda dizimada por causa da fúria do imperador.  

Tarcísio era acólito do Papa Sisto II, ou seja, era coroinha na Igreja, servindo ao altar, e acompanhando o Santo Padre nas celebrações Eucarísticas. Durante o período das perseguições aos cristãos, eles eram presos, processados e condenados a morrer pelo martírio. Na prisão eles desejavam receber nem que fosse pela última vez a Eucaristia. Mas, isso era impossível, pois os guardas não deixavam ninguém passar. Em uma das tentativas, dois diáconos reconhecidos como cristãos: Felicíssimo e Agapito foram sacrificados. O Papa Sisto II desejava levar a comunhão a mais um grupo de mártires que esperavam a execução, mas não sabia como. 

Tarcísio toma a iniciativa e pede ao Santo Padre a permissão para que ele possa tentar, pois não entregaria as hóstias a nenhum pagão. Ele tinha doze anos de idade, o Papa sensibilizado com o pedido de Tarcísio concede a permissão para que ele fosse, colocou as hóstias em uma caixinha de prata e as abençoou. Mas, Tarcísio não conseguiu chegar a cadeia, foi identificado como cristão, e como se recusou a entregar o que portava, foi abatido e apedrejado até morrer. Depois de morto, foi revistado e nada acharam do sacramento de Cristo. Seu corpo foi recolhido por um soldado, simpatizante dos cristãos, que o levou as catacumbas, onde foi sepultado. 

Tarcísio foi, primeiramente, sepultado junto com o papa Stefano nas catacumbas de Calisto, em Roma. No ano 767, o papa Paulo I determinou que seu corpo fosse transferido para o Vaticano, para a Basílica de São Silvestre, e colocado ao lado dos outros mártires. Mas em 1596 seu corpo foi transferido e colocado definitivamente embaixo do altar principal daquela mesma Basílica.

Celebremos com alegria a memória litúrgica de São Tarcísio e rezemos por todos os coroinhas, cerimoniários e acólitos, e por todos os servidores do altar. Que essas crianças e jovens tenham no coração o mesmo amor e respeito que São Tarcísio tinha pelas coisas de Deus. Que a Virgem da Assunção ilumine todos os servidores do altar, nesse dia também dedicado a ela. 

São Tarcísio, rogai por nós. 

Fonte: Vatican News

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Fortaleza: milhares de devotos na Caminhada com Maria

A Caminhada com Maria reuniu milhares de devotos nas ruas de Fortaleza, em um evento marcado por profunda devoção e fé.

Vatican News

Realizada no último dia 15 de agosto, a Caminhada com Maria, procissão anual, homenageia Nossa Senhora da Assunção, padroeira da cidade, e é uma das maiores manifestações religiosas do Ceará.

Iniciando no Santuário Nossa Senhora da Assunção, no bairro Vila Velha, os fiéis caminharam em oração e cânticos até a Catedral Metropolitana de Fortaleza, no centro da cidade. Durante o percurso, que se estendeu por 12 km, a imagem de Nossa Senhora da Assunção foi conduzida em um andor, acompanhada por uma multidão de devotos, que expressaram sua fé por meio da recitação do rosário, preces, cânticos e gestos de devoção.

Este ano, a caminhada teve como tema central a importância da oração especialmente em tempos de desafios que a humanidade atravessa. A Arquidiocese de Fortaleza, responsável pela organização do evento, destacou a presença de inúmeras famílias, grupos paroquiais e representantes de diversas comunidades eclesiais que se uniram em um só coração para homenagear a patrona de Fortaleza.

A Caminhada com Maria é uma iniciativa que se realiza desde 2003 e reúne pessoas de todas as idades e origens, unidas pela devoção à Mãe de Jesus. Além dos mais de 3 mil voluntários que colaboraram com da Caminhada com Maria 2024, diversos profissionais das áreas de segurança, saúde e mobilidade urbana, atuando em conjunto com as esferas da União, do Estado e do município, desempenharam um papel crucial para garantir a organização e o bem-estar dos fiéis.

Para a devota Francisca dos Santos, a Caminhada com Maria é um momento de profunda renovação espiritual e força para enfrentar os desafios da vida. “A Caminhada com Maria é um momento especial de renovação da fé e superação dos desafios. A cada ano renovo o meu amor à Mãe do Céu, que caminha conosco durante todo a existência. Próximo ano, se Deus quiser, estarei novamente,” expressou Francisca com emoção.

A Caminhada com Maria não é apenas um evento religioso, mas também uma manifestação cultural que reforça a identidade e a tradição do povo fortalezense, que desde os primórdios é guiado pela Senhora da Assunção. A cada edição, o número de participantes cresce, mostrando a força da devoção mariana na capital cearense.

A Coroação de Nossa Senhora, sem dúvida, é o momento mais emocionante e aguardado da Caminhada, representando o ápice de todo o percurso. Neste ano, esse momento especial ganhou um significado ainda mais profundo com a participação, a pedido do arcebispo, de crianças com deficiência na cerimônia de coroação.

A inclusão dessas crianças trouxe uma mensagem evangélica de acolhimento e amor, refletindo o espírito de uma Igreja que busca ser cada vez mais inclusiva e atenta às necessidades de todos os seus membros. A presença delas na coroação foi um símbolo tocante da busca de igualdade, mostrando que todos, independentemente de suas condições, têm um lugar especial aos pés da Mãe de Deus.

Fotos: Romário Pinheiro / Texto: Thiago Ribeiro.

Fonte: Vatican News

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Dia Mundial da Fotografia: a Igreja católica e a evangelização pela imagem

A relação da Igreja com a fotografia ao longo dos séculos e a história por trás das primeiras imagens religiosas é tema de artigo de Renan Dantas, da diocese de Juína, no Mato Grosso: "a fotografia não só documenta a história da Igreja, mas também a constrói. Ao capturar a beleza do culto, a fé dos fiéis e os milagres cotidianos, os fotógrafos católicos continuam a desempenhar um papel vital na evangelização".

Renan Dantas - Diocese de Juína

É comum ouvirmos sobre a evolução da fotografia, mas você já se perguntou qual é a conexão entre a fotografia e a Igreja Católica? Qual a importância dessa arte para a fé católica? E, afinal, será que os fotógrafos têm algum padroeiro?

Santa Verônica: a padroeira dos fotógrafos

Na tradição católica, encontramos Santa Verônica como a padroeira dos fotógrafos. Verônica, a mulher que, durante a Paixão de Cristo, enxugou o rosto de Jesus com um véu, viu os traços de Sua face milagrosamente impressos no tecido. Essa imagem, conhecida como Sudário, é considerada a primeira "fotografia" sagrada. Santa Verônica e o Sudário representam, de certa forma, a ideia de “aura”, um conceito que Walter Benjamin definiu em sua obra Pequena História da Fotografia como "a aparição de algo distante, que se faz próximo". Através da fotografia, do lenço de Verônica e do Sudário, somos trazidos mais perto do Sagrado, revelando que o que parece distante está, na verdade, muito próximo.

A fotografia, como o lenço de Verônica e o Sudário, é uma imagem aquiropoética, ou seja, uma imagem criada sem o auxílio da mão humana, um verdadeiro milagre. A partir desse fato, a fotografia passou a desempenhar um papel significativo no culto moderno do sagrado. O Santo Sudário, por exemplo, ganhou uma importância teológica e litúrgica após ser fotografado por Secondo Pia em 1898. A fotografia não apenas revelou o rosto e o corpo de Cristo, mas também se tornou um meio para a compreensão espiritual desses objetos sagrados.

Philippe Dubois, renomado fotógrafo francês, descreve o Sudário como a primeira "fotografia de crime". Ele explica que o Sudário, impregnado pela presença de Cristo, tornou-se a marca negativa do corpo de Jesus, fazendo dele uma fotografia única e histórica.

A Igreja e a adoção da fotografia

A fotografia sacra, em especial, tem desempenhado um papel fundamental na evangelização da Igreja ao longo dos séculos. A Igreja sempre valorizou a arte como meio de expressar o divino e de comunicar a fé, e a fotografia veio se somar a essa tradição. Imagens sacras, como as de santos, relíquias, igrejas e momentos litúrgicos, têm ajudado a difundir a mensagem cristã de maneira visual, tocando o coração dos fiéis e aproximando-os do mistério da fé.

Além disso, a Igreja foi pioneira na adoção da fotografia em suas práticas. Os primeiros Papas a serem fotografados foram Pio IX, em 1846, e Leão XIII, em 1877, cujas imagens ajudaram a eternizar suas presenças e aproximaram os fiéis das figuras papais. São João Bosco, canonizado em 1934, foi o primeiro santo a ser fotografado, o que nos permite ter um vislumbre real de sua presença e espiritualidade.

A fotografia na evangelização

A fotografia, assim como na missão de evangelização, ajuda a revelar o sagrado e a eternizar momentos históricos. Seja na vida pastoral, no cotidiano do povo ou na trajetória da Igreja, a fotografia desempenha um papel essencial. Ela captura a essência da fé, perpetuando-a através das imagens e permitindo que as gerações futuras também possam vivenciar esses momentos. Através da fotografia, a Igreja tem conseguido levar a beleza do sagrado para além dos limites físicos das igrejas, alcançando pessoas em todo o mundo, especialmente em tempos de globalização e internet.

Outro santo apaixonado pela comunicação e que poderia ter abraçado a fotografia se vivesse em tempos modernos é São Maximiliano Kolbe. Conhecido por sua devoção à Imaculada Conceição e por sua incansável dedicação ao apostolado através dos meios de comunicação, ele fundou a "Milícia da Imaculada" e utilizou os meios disponíveis em sua época, como a imprensa e o rádio, para difundir o Evangelho. Se tivesse acesso à fotografia, é provável que Kolbe também a usasse para evangelizar, capturando e compartilhando a beleza da fé.

Eternizando o sagrado

Para ilustrar a importância da fotografia na Igreja e na vida dos fiéis, conversamos com João Marcos, um fotógrafo católico dedicado à fotografia e à evangelização através da arte visual: "a fotografia para mim é mais do que uma profissão; é uma vocação. Quando estou atrás das lentes, sinto que tenho a responsabilidade de capturar não apenas imagens, mas momentos de fé e graça que podem tocar o coração das pessoas. Através da minha câmera, busco eternizar o sagrado, seja nos detalhes de uma celebração litúrgica, no semblante devoto de um fiel, ou na simplicidade de uma igreja. Eu vejo a fotografia como uma extensão da missão evangelizadora da Igreja, pois uma imagem tem o poder de transcender palavras e levar a mensagem de Deus a lugares onde eu mesmo não poderia chegar. É um privilégio poder usar meu dom para glorificar a Deus e inspirar outros a verem o divino no cotidiano".

O futuro da fotografia na Igreja

À medida que a tecnologia avança, a fotografia continua a ser uma poderosa aliada na missão da Igreja. Com o advento das redes sociais e plataformas digitais, as imagens sacras agora alcançam ainda mais pessoas, ultrapassando barreiras geográficas e culturais. As celebrações, as devoções e o dia a dia da vida eclesial podem ser compartilhados instantaneamente, levando a mensagem do Evangelho a todos os cantos do mundo.

A fotografia não só documenta a história da Igreja, mas também a constrói. Ao capturar a beleza do culto, a fé dos fiéis e os milagres cotidianos, os fotógrafos católicos continuam a desempenhar um papel vital na evangelização. Assim, a Igreja Católica mantém viva a tradição de valorizar a imagem como meio de conexão com o divino, e a fotografia sacra se consolida como uma ferramenta indispensável na missão de comunicar o amor de Deus a todas as nações.

Fonte: Vatican News

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“Ler para crescer”, o desafio do Papa Francisco ao mundo inteiro

O incentivo do Papa Francisco, na sua recente Carta sobre a importância da literatura para a formação dos Padres, para a leitura de textos de qualidade, aquilo a que chamamos ‘literatura’ (diz o Papa: ‘refiro-me ao valor da leitura de romances e poemas no caminho do amadurecimento pessoal’), é um desafio lançado ao mundo inteiro. Há que ler para crescer na educação.

Tony Neves, em Jancido - Gondomar

O Papa Francisco decidiu escrever uma Carta sobre a importância da literatura para a formação dos Padres. Depressa chegou à conclusão que o que faz crescer os padres ajuda toda a gente a melhorar os seus conhecimentos e a qualidade da relação com todos. Assim, este incentivo do Papa para a leitura de textos de qualidade, aquilo a que chamamos ‘literatura’ (diz o Papa: ‘refiro-me ao valor da leitura de romances e poemas no caminho do amadurecimento pessoal’), é um desafio lançado ao mundo inteiro. Há que ler para crescer na educação.

Amigo de todas as horas, um livro pode ser particularmente importante em momentos mais complicados: ‘não faltam momentos de cansaço, irritação, desilusão, fracasso e, quando nem sequer na oração conseguimos encontrar o sossego da alma, pelo menos um bom livro ajuda-nos a enfrentar a tempestade, até que possamos ter um pouco mais de serenidade’.

Partilhando a sua experiência de professor, o Papa propõe: ‘devemos seleccionar as nossas leituras com abertura, surpresa, flexibilidade, orientação, mas também com sinceridade, tentando encontrar o que precisamos em cada momento da vida’. E recorda que a literatura se torna um caminho indispensável para o diálogo com a cultura do nosso tempo, pois ‘inspira-se na quotidianidade vivida, suas paixões e acontecimentos reais, como ‘a ação, o trabalho, o amor, a morte e todas as pobres coisas que enchem a vida’.

O Papa recorda à frente: ‘A missão eclesial soube desenvolver toda a sua beleza, frescura e novidade no encontro com diversas culturas – e muitas vezes graças à literatura – nas quais se enraizou, sem medo de arriscar e de extrair o melhor daquilo que encontrou’. Por isso, ‘não é por acaso que o cristianismo primitivo tenha percebido bem a necessidade de uma relação estreita com a cultura clássica da época’.

Muitos cientistas defendem que ‘o hábito de ler produz muitos efeitos positivos na vida de uma pessoa: ajuda-a a adquirir um vocabulário mais vasto e, consequentemente, a desenvolver vários aspectos da sua inteligência; estimula também a imaginação e a criatividade; simultaneamente, permite que as pessoas aprendam a exprimir as suas narrativas de uma forma mais rica; melhora também a capacidade de concentração, reduz os níveis de deficit cognitivo e acalma o stress e a ansiedade’. Dizem mais: ‘prepara-nos para compreender e, assim, enfrentar as várias situações que podem surgir na vida. Ao ler, mergulhamos nas personagens, nas preocupações, nos dramas, nos perigos, nos medos de pessoas que acabaram por ultrapassar os desafios da vida, ou talvez, durante a leitura, demos às personagens conselhos que mais tarde nos servirão a nós mesmos’.

O Papa Francisco recorre a um dos grandes escritores da sua América Latina: ‘ lembro-me do que o grande escritor argentino Jorge Luis Borges costumava dizer aos seus alunos: o mais importante é ler, entrar em contacto direto com a literatura, mergulhar no texto vivo que se tem diante de si, mais do que fixar-se em ideias e comentários críticos. E Borges explicava este pensamento aos seus alunos, dizendo-lhes que, talvez, no início compreendessem pouco do que estavam a ler, mas em todo o caso teriam escutado ‘a voz de alguém’. Aqui está uma definição de literatura que tanto me agrada: ouvir a voz de alguém. Não esqueçamos o quanto é perigoso deixar de ouvir a voz do outro que nos interpela! Caímos imediatamente no isolamento, entramos numa espécie de surdez ‘espiritual’, que também afeta negativamente a nossa relação connosco próprios e com Deus, por mais teologia ou psicologia que tenhamos conseguido estudar’.

A leitura é uma espécie de ‘ginásio de discernimento’, tentando escapar de alguns riscos como o da ‘busca duma eficiência que banaliza o discernimento, empobrece a sensibilidade e reduz a complexidade. Por isso, é necessário e urgente contrabalançar esta inevitável aceleração e simplificação da nossa vida quotidiana, aprendendo a distanciarmo-nos do imediato, a reduzir a velocidade, a contemplar e a escutar. Isto pode acontecer quando, de modo desinteressado, uma pessoa se detém para ler um livro’.

Há que ‘ver através dos olhos dos outros’, tentando perceber o papel espiritual da literatura. O Papa termina com uma citação do poeta Paul Celan: ‘Quem realmente aprende a ver, aproxima-se do invisível’.

Fonte: Vatican News

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Teve início a Assembleia Geral da Comunidade Shalom

Ao longo dos quinze dias, os participantes irão viver momentos de oração comunitária, formação, além de trabalhar por equipes sobre os pontos coletados a partir da escuta dos membros da Comunidade.

Vatican News

Na noite da última sexta-feira, dia 16, teve início a Assembleia Geral Ordinária da Comunidade Católica Shalom que se realizará até dia 30 de agosto no Centro de Espiritualidade Santa Teresa D’Ávila, em Fortaleza/CE. 

A abertura da AG ocorreu com a Santa Missa na Igreja do Ressuscitado que passou pela Cruz, primeira Igreja da Comunidade Shalom localizada em Aquiraz/CE, sede do Governo Geral da Comunidade Shalom. 

O que é a Assembleia Geral da Comunidade Shalom? 

A AG é o órgão máximo de discernimento da Comunidade, realizada a cada cinco anos. Além de avaliar as ações realizadas nos últimos anos, a Assembleia determina as diretrizes para os próximos cinco anos e elege o novo Governo Geral da Comunidade Shalom.

“Na Assembleia Geral o protagonismo deve ser do Espírito que age através dos seus membros”, disse Moysés em uma de suas formações sobre a AG em fevereiro de 2024.  

Desde fevereiro deste ano, a Comunidade Shalom se prepara para viver os próximos quinze dias que definirão os rumos da associação, por meio da escuta de Deus e dos membros que a compõem.

Em março, foram eleitos por votação missionários com promessas no carisma que irão representar a Comunidade. Ao todo, são 290 membros da Comunidade de Vida e Aliança de 27 países que participarão da Assembleia Geral.

Ao longo dos quinze dias, eles irão viver momentos de oração comunitária, formação, além de trabalhar por equipes sobre os pontos coletados a partir da escuta dos membros da Comunidade. E também irão eleger o novo Conselho Geral da Comunidade Shalom, que será divulgado no portal comshalom.org 

A sua oração constrói a Comunidade Shalom

A Comunidade Shalom conta com sua intercessão pela Assembleia Geral, seja por meio da recitação do Santo Rosário ou pela seguinte oração: 

Pai de amor e de bondade,

Tu que nos confiaste um carisma para a tua glória,

Tu que fizeste de nós um povo em movimento,

Tu que nos abrigaste sob o manto da Toda Pequena,

Tu que nos inflamas com o amor esponsal ao Ressuscitado que passou pela Cruz,

Tu que nos envias ao homem sofrido de hoje,

Envia sobre nós o teu Espírito, de modo especial nesta Assembleia Geral, de forma que em tudo te obedeçamos fielmente conforme tua santíssima e perfeita vontade.

Amém!

Fonte: Socorro Mouta - Sahlom

Fonte: Vatican News

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RDC. Inaugurado em Kinshasa um Centro de dados para promover a economia digital

O primeiro Centro de dados da República Democrática do Congo (RDC) foi inaugurado na quarta-feira, 14 de agosto. Localizado em Kinshasa, este Centro pode fornecer serviços de identificação pessoal, pagamentos, educação, cuidados médicos, agricultura, coordenação logística e muitos outros. “2024 [é] o ano em que a Internet terá mudado em Kinshasa e na RDC”, afirmou Christophe Evers, Presidente do Conselho de Administração do grupo Texaf e do Centro de dados Open access.

Stanislas Kambashi, SJ – Cidade do Vaticano

“A OADC Texaf Digital - Kinshasa é o primeiro Centro de dados de colocação de acesso aberto na RDC a ser certificado como Tier-III pelo Uptime Institute”, afirmaram a OADC e a Texaf, as empresas proprietárias do Centro. Localizado na capital congolesa, o Centro tem como objetivo melhorar o acesso à Internet e revitalizar a economia digital na República Democrática do Congo (RDC). Numerosos sectores da economia do País vão beneficiar da aceleração da digitalização. O desempenho técnico oferecido pelo projeto Open Access Data Center (OADC) está em conformidade com os desejos das autoridades congolesas, que em 2019 puseram em prática um “Plano Nacional do Digital Horizonte 2025”. O País precisava de uma infraestrutura digital também para assegurar a sua soberania. Este centro de dados é, portanto, a nuvem que fornece a capacidade, a velocidade e a fiabilidade para criar e promover em particular a economia digital, a economia do futuro, e assim encorajar os jovens.

Apoiar e acelerar a digitalização da RDC

Com uma capacidade de 2 Megawatts (MW), este Centro de dados oferece “acesso aberto e neutro para os operadores”. Permite a criação de um ecossistema digital dinâmico, oferecendo aos pontos de troca de tráfego da Internet, aos fornecedores de conteúdos, aos operadores de nuvem, aos portadores de dados, aos operadores de telecomunicações e aos fornecedores de serviços Internet uma vasta gama de produtos e serviços digitais para as empresas e os clientes nacionais da República Democrática do Congo, explica o grupo Texaf e o Open access data center (OADC). De acordo com o grupo, a sua instalação terá também o benefício adicional de apoiar e acelerar a digitalização do País e as capacidades das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), permitindo aos clientes desenvolver as suas operações na RDC de uma forma rentável, flexível e segura.

Reduzir o custo da conectividade à Internet na RDC

Localizado no centro digital Silikin Village da Texaf, em Kinshasa, o Centro de dados tem como objetivo “responder às necessidades dos clientes empresariais, das redes de distribuição de conteúdos e dos fornecedores locais e internacionais de serviços em nuvem”. Isto permitirá a estes utilizadores “melhorar a sua eficiência, acelerar as iniciativas de digitalização e responder mais eficazmente às necessidades das empresas e dos clientes”, sublinha o grupo. Os ganhos de eficiência obtidos deverão também incentivar a concorrência e melhorar a rentabilidade dos operadores, contribuindo para baixar o custo da conectividade à Internet para a população e as empresas congolesas, promovendo assim a expansão do ecossistema digital da RDC.

Estimular os sectores económicos na RDC

Para Mohammed Bouhelal, Diretor-Geral da OADC Texaf Digital, “a OADC Texaf Digital - Kinshasa é essencial para estimular muitos sectores da economia da RDC, criando ecossistemas digitais ricos e dinâmicos e fornecendo às redes de distribuição de conteúdos e aos fornecedores de conteúdos na nuvem acesso a uma localização de peering de qualidade no País”. O responsável sublinhou ainda que 12 grandes operadores nacionais e internacionais já se ligaram e adoptaram as soluções do OADC Texaf Digital - Kinshasa, sendo o sector bancário o primeiro. Para o Diretor-Geral, “esta instalação de acesso aberto e neutra para os operadores deverá transformar a infraestrutura digital do País, criando um ecossistema de interconexão e de peering completo e dinâmico, envolvendo vários operadores, fornecedores de serviços Internet, fornecedores de conteúdos e pontos de troca de tráfego Internet”.

Uma oportunidade para a sub-região da África Central

Para Christophe Evers, o Centro de dados de Kinshasa é também uma oportunidade para a economia digital na sub-região da África Central. “Nada impede que uma infraestrutura desta qualidade sirva os Países vizinhos e faça de Kinshasa um centro de Internet para a sub-região”, afirmou o diretor-geral do grupo Texaf e do centro de dados Open Access.

Desde 2008 o grupo WIOCC tem estado ativo no sector das infraestruturas digitais convergentes de acesso aberto (CODI), em África. Ele contribui na transformação do panorama digital africano através da introdução de inovações centradas no cliente. A Texaf, fundada em 1925, é uma empresa cotada na bolsa e que exerce toda a sua atividade na RDC.

Fonte: Vatican News

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Papa Francisco recebe Jeff Bezos, dono da Amazon, no Vaticano

Por Walter Sánchez Silva 

O papa Francisco recebeu na última quinta-feira (15) Jeff Bezos, dono da loja online Amazon, que chegou acompanhado da sua noiva, Lauren Sánchez, no Vaticano. Bezzos e Sánchez são divorciados de seus primeiros cônjuges.

A Sala de Imprensa da Santa Sé não noticiou o encontro em seu boletim habitual, que geralmente informa sobre as reuniões diárias feitas pelo papa.

Segundo o jornal britânico Daily Mail, o encontro do papa Francisco com Bezos e Sánchez, uma personalidade de TV de Los Angeles, ocorreu na última quinta-feira (15), dia em que a Igreja celebra a Assunção de Nossa Senhora.

Sánchez disse em sua conta no Instagram que “foi uma honra para Jeff e eu passar um tempo com Sua Santidade, @franciscus, em sua casa no Vaticano”.

 “Sua sabedoria, cordialidade e humor foram profundamente comoventes. Isso nos lembrou de não levar a vida tão a sério, um lembrete simples, mas poderoso, para manter a leveza em nossos corações”, acrescentou Sánchez.

A noiva de Bezos disse que “também conversamos sobre a necessidade urgente de agir contra as mudanças climáticas, algo pelo qual ele é apaixonado, assim como todos nós que trabalhamos no Bezos Earth Fund”.

Sánchez destacou ainda que o que papa Francisco acredita sobre “encontrar beleza e significado em tudo o que fazemos ressoou profundamente em mim. Adoro que ele incentive os padres a ler poesia e literatura para permanecerem conectados com o espírito humano”.

Por fim, a mulher de 54 anos disse estar “grata por essa bênção incrível e pela sabedoria gentil que ele compartilhou conosco”.

Fonte: ACIDigital

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Livro reúne mais de 80 novenas de santos, festas litúrgicas e causas especiais

Por Monasa Narjara 

A editora Minha Biblioteca Católica (MBC) lançou o livro “Novenário”, com mais de 80 novenas organizadas por mês e por datas comemorativas de santos e festas litúrgicas da igreja.

O Novenário faz parte da campanha anual chamada “Rumo à Santidade”, que “é uma iniciativa da Minha Biblioteca Católica, para o ano de 2024, que busca orientar e inspirar os fiéis em sua jornada espiritual, por meio de reflexões, pequenas ações cotidianas, além de práticas e devoções que possam ajudá-los a crescer na fé e na vida de santidade”, disse o fundador da MBC, Matheus Bazzo a ACI Digital.

Bazzo disse que as novenas foram escolhidas a partir de livros e publicações de dioceses e paróquias em diversos idiomas. “Essa obra é o resultado de um ano intenso de trabalho e pesquisa”, disse.  “Nosso novenário é um convite para redescobrir e vivenciar a riqueza da Tradição Católica, fortalecendo a fé e a devoção de todos”.

O novenário, de 827 páginas, tem imprimatur, o que garante a autenticidade e aprovação de autoridades eclesiásticas. Cada novena é acompanhada de uma introdução adaptada da Catholic Encyclopedia (Enciclopédia Católica) sobre a origem desse tipo de oração, de orientações de santo Afonso de Ligório acerca da disposição necessária para realizá-la, e meditações sobre a vida dos santos e as festas da Igreja. Há novenas “destinadas a causas específicas, como a novena para o trabalho, de são Josemaría Escrivá, e a da purificação, pedindo a intercessão de Maria para um coração puro”, disse o editor.

Segundo Bazzo, a criação de um livro com novenas “surgiu do desejo de resgatar e fortalecer uma prática devocional muito significativa na vida dos católicos”.

“Embora a prática das novenas ainda seja vivida em muitas comunidades católicas, ela tem sido, em alguns casos, deixada de lado ou esquecida por grande parte dos fiéis”, disse Bazzo. “Muitos já não conhecem ou não têm acesso às orações que nossos antepassados praticavam com frequência”.

“Esse modelo teve origem na Ascensão do Senhor, quando Jesus pediu aos apóstolos que permanecessem unidos em oração até que recebessem o Espírito Santo — o que ocorreu em Pentecostes, nove dias após Cristo subir ao céu”, disse Bazzo.

Fonte: ACIDigital

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Irmã Agnes Sasagawa, vidente de Nossa Senhora de Akita, morre aos 93 anos

Por Jonah McKeown 

A irmã Agnes Sasagawa, freira japonesa cujas supostas visões de Nossa Senhora sob o título de Nossa Senhora de Akita incluíam advertências severas para a humanidade e instruções para rezar o rosário e se arrepender dos pecados, morreu na última quinta-feira (15), aos 93 anos.

Um pároco em Akita, Japão, confirmou por telefone à CNA, agência em inglês da EWTN News, que Sasagawa havia morrido na última quinta-feira (15).

A ordem à qual Sasagawa pertencia, o Instituto das Servas da Sagrada Eucaristia, anunciou que Sasagawa, que estava “passando por tratamento médico por algum tempo”, morreu na festa da Assunção de Nossa Senhora. Ela teria recebido uma suposta série de mensagens de Nossa Senhora e testemunhou outros fenômenos sobrenaturais começando há 50 anos.

O bispo local, dom John Shojiro Ito de Niigata, que fundou a ordem de Sasagawa e morreu em 1993, deu aos fiéis de sua diocese permissão para venerar Nossa Senhora de Akita em abril de 1984, depois de oito anos de investigação, descobrindo que suas mensagens não continham "nada contrário à doutrina ou moral católica".

Katsuko Sasagawa, nascida em 1930 em uma família budista, foi batizada depois do testemunho de uma enfermeira cristã que lhe deu água de Lourdes para beber. Ela se uniu à vida religiosa e adotou o nome de Agnes.

As experiências espirituais incomuns de Sasagawa começaram em 1973, quando ela ainda era muito nova na comunidade religiosa.

Em 12 de junho de 1973, Sasagawa viu raios brilhantes vindos do sacrário do convento. A visão aconteceu novamente nos dois dias seguintes. Em 28 de junho, uma ferida dolorosa em forma de cruz, que sangrou profusamente, apareceu na mão de Sasagawa.

Em 6 de julho, Sasagawa ouviu uma voz vinda de uma estátua de madeira de Nossa Senhora que estava no convento, que tinha sido esculpida em um único bloco de madeira dez anos antes. A voz disse a ela que os problemas que ela estava tendo na época com sua audição seriam curados, o que aconteceu em 1974, e que ela deveria "rezar em reparação pelos pecados dos homens". A voz também lhe ensinou uma oração de consagração ao Sagrado Coração de Jesus.

Logo depois, a estátua de Nossa Senhora desenvolveu uma ferida semelhante à de Sasagawa, mas no lado oposto. A ferida de Sasagawa acabou desaparecendo.

Em 3 de agosto de 1973, Nossa Senhora teria falado novamente com Sasagawa para dar mensagem a ser transmitida à sua superiora.

“Muitos homens neste mundo afligem o Senhor. Desejo almas para consolá-lo para suavizar a ira do Pai Celestial. Desejo, com meu Filho, almas que repararão seu sofrimento e sua pobreza pelos pecadores e ingratos. Para que o mundo possa conhecer sua ira, o Pai Celestial está se preparando para infligir um grande castigo a toda a humanidade”, teria dito Nossa Senhora a Sasagawa.

“Com meu Filho, intervim muitas vezes para apaziguar a ira do Pai. Impedi a vinda de calamidades, oferecendo-lhe os sofrimentos do Filho na cruz, seu sangue precioso e almas amadas que o consolam formando uma coorte de almas vítimas. Oração, penitência e sacrifícios corajosos podem suavizar a ira do Pai. Desejo isso também de sua comunidade... que ela ame a pobreza, que se santifique e reze em reparação pela ingratidão e ultrajes de tantos homens”.

Nossa Senhora então teria dito a Sasagawa para “recitar a oração das Servas da Eucaristia com consciência de seu significado; colocá-la em prática; oferecer reparação pelos pecados. Que cada uma se esforce, de acordo com sua capacidade e posição, para se oferecer inteiramente ao Senhor”.

A segunda mensagem de Nossa Senhora para Sasagawa veio em 13 de outubro de 1973, aniversário da aparição de Nossa Senhora em Fátima.

“Como eu disse a você, se os homens não se arrependerem e melhorarem, o Pai infligirá um terrível castigo a toda a humanidade. Será um castigo maior que o dilúvio, como nunca se viu antes. Fogo cairá do céu e destruirá grande parte da humanidade, tanto os bons quanto os maus, não poupando nem padres nem fiéis. Os sobreviventes se encontrarão tão desolados que invejarão os mortos. As únicas armas que permanecerão para vocês serão o rosário e o sinal deixado por meu Filho. Cada dia recite as orações do rosário. Com o rosário, reze pelo papa, pelos bispos e padres”, disse Nossa Senhora.

“A obra do diabo se infiltrará até mesmo na Igreja de tal forma que se verá cardeais se opondo a cardeais, bispos contra bispos. Os padres que me veneram serão desprezados e combatidos por seus confrades... igrejas e altares saqueados; a Igreja estará cheia daqueles que aceitam compromissos, e o demônio pressionará muitos padres e almas consagradas a deixar o serviço do Senhor. O demônio será especialmente implacável contra as almas consagradas a Deus. O pensamento da perda de tantas almas é a causa da minha tristeza. Se os pecados aumentarem em número e gravidade, não haverá mais perdão para eles.”

Em janeiro de 1975, quase dois anos depois, a estátua de Nossa Senhora teria começado a chorar — continuando a chorar em 101 ocasiões ao longo dos sete anos seguintes. Uma estação de televisão japonesa teria registrado o fenômeno — conhecido como “lacrimações” — em filme.

Em uma carta de 22 de abril de 1984, dom Ito reconheceu “o caráter sobrenatural de uma série de eventos misteriosos relativos à estátua da Santa Mãe Maria”.

“Consequentemente, autorizo, em toda a diocese, a veneração da Santa Mãe de Akita, enquanto aguardo que a Santa Sé publique o julgamento definitivo sobre o assunto”, escreveu o bispo.

“E peço que seja lembrado que, mesmo que a Santa Sé publique posteriormente um julgamento favorável com relação aos eventos de Akita, é uma questão apenas de uma revelação divina privada. Os cristãos são obrigados a acreditar apenas [no] conteúdo da revelação divina pública (encerrada depois da morte do último apóstolo), que contém tudo o que é necessário para a salvação. No entanto, a Igreja, até agora, tem igualmente feito muito das revelações divinas privadas, pois elas fortalecem a fé”.

Um santuário que abriga a estátua e é dedicado a Nossa Senhora sob o título de Redemptoris Mater, Mãe do Redentor, em latim, foi concluído em Akita em 2002 e, desde 2017, atrai cerca de 7 mil peregrinos por ano.

A Santa Sé, que no início do ano emitiu novas normas determinando que o dicastério para a Doutrina da Fé da Santa Sé “deve sempre ser consultado e dar aprovação final” às supostas aparições marianas, não se pronunciou oficialmente sobre Nossa Senhora de Akita. Em 1988, o cardeal Joseph Ratzinger, então prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé, manteve válido o julgamento de dom Ito de que as aparições e as mensagens eram aceitáveis para os fiéis.

Fonte: ACIDigital

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Do dia 18/8/24

Início do Processo Formativo “Água: Fonte de Vida” mobiliza Dioceses do Regional Sul 1

No dia 10 de agosto, a Pastoral da Ecologia deu início ao processo formativo “Água: Fonte de Vida”, envolvendo as dioceses de Votuporanga, São José do Rio Preto e Jales. Este encontro marca o começo de uma nova jornada para o fortalecimento das Pastorais da Ecologia Integral na região.

O evento contou com a presença do bispo de Votuporanga, Dom Moacir Freitas e do coordenador da Pastoral da Ecologia Integral do Regional Sul 1, Prof. Luciano Machado. Cerca de 40 participantes, incluindo leigos e consagrados, participaram ativamente do dia de formação.

Esse encontro presencial não apenas reforça o compromisso com a Ecologia Integral, mas também sinaliza o surgimento de novas lideranças que, com entusiasmo e dedicação, se preparam para continuar essa importante missão.

Uma nova caminhada se inicia! Avante! - Fonte: CNBB Sul 1

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O Papa no Angelus: a Eucaristia é necessária a todos nós

Francisco iniciou a alocução que precedeu a oração mariana do Angelus, com as palavras ditas com simplicidade por Jesus: “Eu sou o pão vivo, descido do céu”. “O pão celestial, que vem do Pai, é o Filho que se fez carne por nós. Esse alimento é mais do que necessário para nós, porque sacia a fome de esperança, a fome de verdade, a fome de salvação que todos nós sentimos, não no estômago, mas no coração”, frisou o Papa.

Mariangela Jaguraba - Vatican News

O Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus, deste domingo (18/08), com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.

O Pontífice iniciou a alocução, que precedeu a oração, com as palavras ditas com simplicidade por Jesus: “Eu sou o pão vivo, descido do céu”.

“Diante da multidão, o Filho de Deus se identifica com o alimento mais comum e cotidiano. Entre os que ouvem, alguns começam a discutir: como Jesus pode nos dar sua própria carne para comer? Hoje, também nos fazemos essa pergunta, mas com admiração e gratidão”, disse o Papa, propondo duas atitudes sobre as quais refletir. “Admiração e gratidão diante do milagre da Eucaristia”, sublinhou Francisco.

As palavras de Jesus nos surpreendem

A primeira atitude é “maravilhar-se, porque as palavras de Jesus nos surpreendem. Ainda hoje, Jesus sempre nos surpreende em nossa vida”.

“O pão do céu é um dom que supera todas as expectativas.”

Quem não entende o estilo de Jesus permanece desconfiado: parece impossível, até mesmo desumano, comer a carne de um outro. Carne e sangue, ao contrário, são a humanidade do Salvador, sua própria vida oferecida como alimento para a nossa. 

Reconhecer Jesus onde ele se faz presente 

“Isso nos leva à segunda atitude: a gratidão, porque reconhecemos Jesus ali onde ele se faz presente para nós e conosco. Ele se faz pão por nós”, sublinhou Francisco, destacando as palavras de Jesus: “Quem come a minha carne permanece em mim e eu nele”.

O Cristo, verdadeiro homem, sabe muito bem que é preciso comer para viver. Mas ele também sabe que isso não é suficiente. Depois de ter multiplicado o pão terreno, Ele prepara um dom ainda maior: Ele mesmo se torna verdadeira comida e verdadeira bebida. Obrigado, Senhor Jesus!

Jesus cuida da maior necessidade

“O pão celestial, que vem do Pai, é o Filho que se fez carne por nós. Esse alimento é mais do que necessário para nós, porque sacia a fome de esperança, a fome de verdade, a fome de salvação que todos nós sentimos, não no estômago, mas no coração. A Eucaristia é necessária a todos nós”, disse o Papa, acrescentando:

Jesus cuida da maior necessidade: ele nos salva, alimentando a nossa vida com a sua, para sempre. Graças a Ele, podemos viver em comunhão com Deus e entre nós.

“O pão vivo e verdadeiro não é, portanto, algo mágico que resolve repentinamente todos os problemas, mas é o próprio Corpo de Cristo, que dá esperança aos pobres e vence a arrogância de quem se empanturra em detrimento deles.”

A seguir, Francisco convidou todos a se perguntar: “Tenho fome e sede de salvação, não apenas para mim, mas para todos os meus irmãos e irmãs? Quando recebo a Eucaristia, que é o milagre da misericórdia, sou capaz de me maravilhar com o Corpo do Senhor, que morreu e ressuscitou por nós?”

“Rezemos juntos à Virgem Maria para que nos ajude a acolher o dom do céu no sinal do pão”, concluiu o Papa.

Fonte: Vatican News

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Francisco: continuemos a rezar para que se abram caminhos de paz

O Papa voltou a fazer um apelo pela paz na Palestina, Israel, na martirizada Ucrânia, em Mianmar, e em todas as zonas de guerra. Francisco pediu um “compromisso de diálogo e negociação, abstendo-se de ações e reações violentas”. O Pontífice recordou também a beatificação de três missionários xaverianos e de um sacerdote congolês diocesano, mortos na República Democrática do Congo, em 1964.

Mariangela Jaguraba - Vatican News

Após a oração mariana do Angelus deste domingo (18/08), o Papa Francisco recordou a beatificação, na República Democrática do Congo, de três missionários xaverianos italianos e de um sacerdote diocesano congolês, mortos em 28 de novembro de 1964.

Trata-se dos sacerdotes Luigi Carrara e Giovanni Didoné, e do religioso Vittorio Faccin, e do padre diocesano Albert Joubert.

“O seu martírio foi a coroação de uma vida dedicada ao Senhor e aos irmãos e irmãs. Que seu exemplo e sua intercessão favoreçam caminhos de reconciliação e paz para o bem do povo congolês.”

O Papa pediu aos fiéis um aplauso para os novos beatos. A seguir, disse:

“Continuemos a rezar para que se abram caminhos de paz no Oriente Médio, Palestina, Israel, bem como na martirizada Ucrânia, em Mianmar e em todas as zonas de guerra, com o compromisso de diálogo e negociação e abstendo-se de ações e reações violentas.”

Depois, Francisco saudou os fiéis de Roma e os peregrinos que vieram de outras partes da Itália e de vários países. Em particular, os brasileiros que vieram do Estado de São Paulo, e também as Irmãs de Santa Isabel.

O Papa recordou as mulheres e as jovens reunidas no Santuário Mariano de Piekary Šląskie, na Polônia, e as encorajou “a dar um alegre testemunho do Evangelho na família e na sociedade”.

Por fim, o Papa saudou os jovens da Imaculada e pediu a todos para não se esquecerem de rezar por ele.

Fonte: Vatican News

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O Papa: a pena de morte não faz justiça, é um veneno para a sociedade

"Um cristão no corredor da morte. Meu compromisso ao lado dos condenados" é o título do livro de Dale Recinella, publicado pela Livraria Editora Vaticana (LEV), lançado em 27 de agosto, com prefácio do Papa Francisco. Recinella, 72 anos, ex-advogado de sucesso em Wall Street, acompanha espiritualmente os condenados à morte em algumas penitenciárias da Flórida desde 1998, como capelão leigo, junto com sua esposa Susan. Neste volume ele narra a experiência que nasceu do encontro com Jesus.

Papa Francisco

O Evangelho é um encontro com uma Pessoa viva que muda a vida: Jesus é capaz de revolucionar nossos projetos, aspirações e perspectivas. Conhecê-lo significa encher nossa existência de significado, porque o Senhor nos oferece a alegria que não passa. Porque é a própria alegria de Deus.

A história humana de Dale Recinella, que eu encontrei numa audiência, o conheci melhor através dos artigos que escreveu ao longo dos anos para «L'Osservatore Romano» e agora através deste livro que toca o coração, é uma confirmação do que foi dito: só assim se pode explicar como foi possível que um homem, com outros objetivos em mente para o seu futuro, se tornasse capelão, como cristão leigo, marido e pai, dos condenados à pena capital.

Uma tarefa muito difícil, arriscada e árdua de realizar, porque toca com as mãos o mal em todas as suas dimensões: o mal causado às vítimas, que não pode ser reparado; o mal que vive o condenado, sabendo que está destinado à morte certa; o mal que, com a prática da pena capital, é instilado na sociedade. Sim, como já reiterei várias vezes, a pena de morte não é de forma alguma a solução para a violência que pode afetar pessoas inocentes. As execuções capitais, longe do fazer justiça, alimentam um sentimento de vingança que se transforma num veneno perigoso para o corpo das nossas sociedades civis. Os Estados devem preocupar-se em permitir aos prisioneiros a oportunidade de mudarem realmente de vida, em vez de investirem dinheiro e recursos na sua supressão, como se fossem seres humanos que já não são dignos de viver e que devem ser eliminados. No seu romance O Idiota, Fiódor Dostoiévski resume assim, de forma impecável, a insustentabilidade lógica e moral da pena de morte, falando de uma pessoa condenada à pena capital: «É uma violação da alma humana, nada mais! Diz-se: 'Não mataras', e em vez disso, porque ele matou, outros o matam. Não, é algo que não deveria existir». O próprio Jubileu deveria comprometer todos os fiéis a pedir, com voz unívoca, a abolição da pena de morte, prática que, como diz o Catecismo da Igreja Católica, «é inadmissível porque atenta contra a inviolabilidade e a dignidade da pessoa!» (nº 2267).

Além disso, a ação de Dale Recinella, sem esquecer a importante contribuição de sua esposa Susan, refletida no livro, é um grande presente para a Igreja e para a sociedade dos Estados Unidos, onde Dale vive e trabalha. O seu compromisso como capelão leigo, em um lugar tão desumano como o corredor da morte, é um testemunho vivo e apaixonado da escola da misericórdia infinita de Deus. Como o Jubileu Extraordinário da Misericórdia nos ensinou, nunca devemos pensar que possa haver um nosso pecado, um nosso erro ou uma nossa ação que nos afastará definitivamente do Senhor. O seu coração já foi crucificado por nós. E Deus só pode nos perdoar.

É claro que esta infinita misericórdia divina também pode escandalizar, como escandalizou muitas pessoas no tempo de Jesus, quando o Filho de Deus comia com os pecadores e as prostitutas. O próprio irmão Dale tem que enfrentar críticas, reclamações e rejeição por causa de seu compromisso espiritual ao lado dos condenados. Mas não é verdade que Jesus acolheu nos seus braços um ladrão condenado à morte? Pois bem, Dale Recinella realmente entendeu e testemunha com sua vida, toda vez que passa pela porta de uma prisão, em particular aquela que chama de “a casa da morte”, que o amor de Deus não tem limites e nem medida. E que mesmo o mais repugnante dos nossos pecados não desfigura a nossa identidade aos olhos de Deus: permanecemos seus filhos, amados por Ele, guardados por Ele e considerados preciosos.

A Dale Recinella eu gostaria, portanto, de dizer um sincero e sentido obrigado: porque sua ação como capelão no corredor da morte é uma adesão tenaz e apaixonada à realidade mais íntima do Evangelho de Jesus, que é a misericórdia de Deus, seu amor gratuito e incansável por todas as pessoas, mesmo por aquelas que erraram. E que é a partir de um olhar de amor, como o de Cristo na cruz, que elas podem encontrar um novo sentido para sua vida e também para sua morte.

Cidade do Vaticano, 18 de julho de 2024

Fonte: Vatican News

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O Papa aos jovens de Anatólia: comprometam-se com um mundo mais justo e fraterno

Numa carta enviada ao acampamento de verão organizado pelo Vicariato Apostólico, Francisco exorta os jovens das diversas comunidades cristãs do país que participaram do evento a “irem sempre em frente com alegria e esperança” e a não desanimarem diante das adversidades. Dom Ilgit: O Santo Padre se interessa muito pela nossa situação, especialmente depois do terremoto do ano passado.

Tiziana Campisi – Vatican News

Jovens provenientes de diversas comunidades do Vicariato Apostólico de Anatólia, na Turquia, chegaram a Trebizonda, para participar do Acampamento de Verão 2024, organizado de 10 a 15 de agosto na Igreja de Santa Maria, onde o padre Andrea Santoro foi morto em 5 de fevereiro de 2006.

Cerca de sessenta jovens se reuniram para viver juntos momentos de reflexão, oração e eventos culturais, conduzidos por dom Antuan Ilgit, bispo auxiliar do vicariato, auxiliado por religiosos maristas e capuchinhos e 14 religiosas do Instituto do Verbo Encarnado. O Papa expressou sua proximidade aos jovens numa carta, encorajando-os a irem “sempre em frente com alegria e esperança” e a se comprometerem “a construir um mundo mais justo, mais fraterno e mais bonito”. “É sempre bom estar juntos para rezar, para se conhecer e partilhar”, escreve o Pontífice. Um presente inesperado para os jovens foi a carta de Francisco, que dom Ilgit traduziu para o turco e leu a todos os participantes do encontro.

“Os jovens quiseram agradecer ao Papa escrevendo-lhe”, disse dom Ilgit à mídia vaticana, que em breve entregará o texto ao Pontífice.

Qual é o balanço dos dias passados com os jovens?

Em nosso Vicariato, organizamos dois grandes encontros, um coincide com a Festa da Conversão de São Paulo, que celebramos em Tarso, e o outro coincide com a Festa dos Santos Pedro e Paulo, em 29 de junho, e o organizamos em Antioquia, porque o Vicariato é muito grande, tão grande quanto a Itália. Os jovens não têm a oportunidade de se encontrar e, portanto, ao organizar esses dois encontros, damos a eles a oportunidade de se verem, de trocarem ideias e também de fazerem amigos. Este ano, os jovens me pediram para levá-los para fora da zona do terremoto, então escolhemos o Mar Negro, o outro lado da Turquia, também do Vicariato, e fomos para Trebizonda, onde o padre Andrea Santoro foi assassinado há muitos anos. O encontro começou em 10 de agosto e durou cinco dias. Participaram muitos jovens autóctones, cristãos do Vicariato Apostólico, mas também muitos refugiados cristãos. Refletimos um pouco sobre as palavras de Maria no encontro com o anjo Gabriel - “Faça-se em mim segundo a tua palavra” - com muitos momentos de silêncio, reflexão, partilha, mas também com jogos, eles também fizeram teatro. Também visitamos lugares importantes para o cristianismo, agora usados como museus ou transformados em mesquitas.

Por ocasião deste encontro vocês receberam uma carta do Papa...

O Santo Padre, depois do terramoto, interessou-se muito pelo Vicariato Apostólico de Anatólia e quis sempre ser informado sobre a situação, mas também sobre as nossas atividades relativas à juventude, aos jovens. Então eu o avisei sobre esse encontro e ele quis escrever algumas palavras para encorajar os jovens. A carta, que traduzi para o turco e compartilhei com os jovens, animou muito todo o acampamento.

O que o Papa escreveu a vocês?

Ele escreveu que estava feliz em saber que os jovens estavam se reunindo para rezar e refletir e os encorajou a olhar para frente com esperança, sem desanimar.

Como os jovens receberam essas palavras?

Os jovens refletiram sobre a carta, também porque sabiam que do outro lado do Mar Negro está a Ucrânia e que há um grande conflito em andamento e, depois, também perto de suas casas, há a Síria e também a questão Israel-Gaza. Refletimos sobre a guerra, a paz, também encorajados pelas palavras do Santo Padre. No final, de maneira sinodal, eles escreveram uma carta a ele, que enviarei assim que for possível.

O que os jovens escreveram ao Papa?

Os jovens ficaram muito felizes ao receber a carta. Eles expressaram sua alegria escrevendo que a leram com grande gratidão, que foi uma grande honra e fonte de força para eles experimentar a proximidade espiritual do Papa e que se confiam às suas orações. - Fonte: Vatican News

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Sudão do Sul. Sant'Egídio organiza encontro entre governo e grupos armados

De 12 a 14 de agosto, realizou-se em Roma, sob a égide da Comunidade de Sant'Egídio, um encontro entre o governo do Sudão do Sul e os líderes dos grupos da oposição.

Amedeo Lomonaco – Cidade do Vaticano

Mais um passo em direção à paz no Sudão do Sul. Foi este o objetivo do primeiro encontro desde há vários meses entre o governo do Sudão do Sul e uma delegação da Aliança dos Movimentos da Oposição do Sudão do Sul (Ssoma), liderada pelo general Thomas Cirillo. O evento proporcionou uma oportunidade para discutir a iniciativa Tumaini, um processo inclusivo e aberto com o objetivo de chegar a um acordo para uma paz justa e duradoura, relata o portal de notícias Sudan Tribune.

Em busca de uma solução política

O encontro, organizado pela Comunidade de Santo Egídio, teve lugar em Roma de 12 a 14 de agosto. Participaram também representantes do governo queniano, entre os quais o General Lazarus Sumbeiywo, e o enviado especial do Presidente do Sudão do Sul, o Embaixador Albino Aboug. Durante o encontro, as partes manifestaram o seu desejo de prosseguir o diálogo, que é a única solução para a crise política que afecta o País. Foi também reiterada a necessidade de abordar as posições divergentes através de compromissos e consultas.

Esta vontade de diálogo é um sinal positivo

O encontro realizado em Roma, promovido pela Comunidade de Santo Egídio, escreve o Sudan Tribune, é um sinal de “um desenvolvimento crucial no processo de paz no Sudão do Sul”. É também o testemunho de um “compromisso renovado” por parte do governo e dos grupos da oposição para prosseguir o diálogo. Ainda há muitos desafios a enfrentar, mas a “vontade de ambas as partes de se encontrarem e discutirem é um sinal positivo para o futuro do País”.

Um passo importante rumo à paz, segundo a ONU

A comunidade internacional congratulou-se com o reatamento das conversações de paz no Sudão do Sul. A Missão das Nações Unidas naquele País da África Oriental (UNMISS) descreveu o encontro como um “significativo passo em frente” e instou ambas as partes a renovarem o seu empenhamento na procura do diálogo. O povo deste Estado, que nasceu em 2011, passou por um grande sofrimento, uma terra rica em recursos ensanguentada por conflitos e violência.

Os frutos da viagem apostólica ao Sudão do Sul

O Papa visitou o Sudão do Sul de 3 a 5 de fevereiro de 2023. A viagem de Francisco foi mais uma etapa de uma viagem que começou em 2019 com um retiro espiritual para as autoridades civis e eclesiásticas do País. No final deste encontro, o Pontífice inclinou-se para beijar os pés do Presidente da República do Sudão do Sul, Salva Kiir, e dos vice-presidentes designados. Este gesto comovente apelou à paz no País martirizado. Hoje, estas esperanças de reconciliação estão a ser renovadas através do diálogo, o meio mais poderoso para ultrapassar a lógica do poder, das rivalidades e da guerra.

Fonte: Vatican News

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Igreja do Paraná, Brasil, envia 25 mil Bíblias para as dioceses da Guiné-Bissau

A Igreja Católica da Guiné-Bissau recebeu 25 mil Bíblias enviadas pela Igreja Católica do Estado do Paraná, no Brasil, um “gesto simbólico” e fruto da Ação Missionária: Missão Palavra e Pão.

Por: Casimiro Jorge Cajucam/RSM

Essa generosa contribuição visa fortalecer a ação missionária da Igreja Católica na Guiné-Bissau, um País onde a presença cristã, embora minoritária, desempenha um papel importante na comunidade.

O Administrador Diocesano da Diocese de Bafatá, Padre Lúcio Brentegani, expressou profunda gratidão ao receber as Bíblias, destacando que a chegada desses exemplares proporcionará grande apoio aos catecúmenos, aqueles que estão em preparação para receber os sacramentos.

“Aqui na Guiné-Bissau temos grandes dificuldades para conseguir Bíblias, que devem vir sempre do estrangeiro. Com estas Bíblias, estamos agora com a possibilidade de apoiar os nossos catecúmenos, todos os adolescentes e jovens que estão na caminhada para receber os sacramentos, e todas as famílias que querem ter uma Bíblia em casa para poder crescer como cristãos”, afirmou.

Além disso, essas Bíblias permitirão que muitas famílias guineenses, que até agora não possuíam um exemplar, possam finalmente ter uma em casa. Padre Brentegani enfatizou que as Bíblias beneficiarão não apenas as famílias cristãs, mas também poderão impactar positivamente a sociedade em geral, incluindo pessoas de outras religiões.

“O impacto que esperamos é que nossos fiéis, e não só, tenham um crescimento da vida cristã. Achamos que isso é um instrumento nas mãos das pessoas e das famílias para que possam crescer na vida cristã e na vida social, no diálogo e no encontro com pessoas de outras religiões”, sublinhou.

O gesto da Igreja do Paraná foi descrito como altamente simbólico por Padre Brentegani, que sublinhou que essa ação demonstra a total disponibilidade da Igreja paranaense em apoiar e caminhar junto com a Igreja guineense, fortalecendo os laços de fraternidade e solidariedade entre as comunidades católicas dos dois Países.

“É um gesto muito importante. A doação da palavra de Deus é um gesto simbólico que manifesta a total disponibilidade dessa igreja irmã em caminhar e partilhar connosco nas nossas dificuldades e também em investimentos missionários de anúncio e evangelização”, concluiu.

As Bíblias serão distribuídas nos próximos meses, após o período de chuvas, estando disponíveis em todas as paróquias e comunidades das Dioceses de Bissau e Bafatá. Esta iniciativa marca um passo significativo na missão evangelizadora da Igreja Católica na Guiné-Bissau, levando a palavra de Deus a um número cada vez maior de fiéis.

Vale lembrar que, em 2017, a Igreja do Paraná já havia oferecido 20 mil Bíblias à Igreja da Guiné-Bissau. Fonte: Vatican News

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Beatificação de quatro mártires: três padres e um irmão mortos em 1964, por ódio à fé

Por Walter Sánchez Silva 

Foram beatificados hoje (18), quatro mártires na República Democrática do Congo: três missionários xaverianos italianos e um padre congolês, assassinados por ódio à fé há 60 anos

Depois da oração do Angelus de hoje, no Vaticano, o papa Francisco recordou a beatificação dos padres missionários xaverianos Luigi Carrara, Giovanni Didoné e do irmão Vittorio Faccin, juntamente com o padre Albert Joubert, mortos no país africano em 28 de novembro de 1964.

"O seu martírio foi a coroação de uma vida dedicada ao Senhor e aos irmãos e irmãs. Que seu exemplo e sua intercessão favoreçam caminhos de reconciliação e paz para o bem do povo congolês. Aplaudamos os novos beatos”, exclamou o papa.

A beatificação dos quatro mártires

O arcebispo de Kinshasa, na República Democrática do Congo cardeal Fridolin Ambongo Besungu, membro do Conselho de Cardeais que assessoram o papa, celebrou a missa de beatificação dos mártires na praça em frente à catedral de São Paulo, em Uvira.

Segundo o Vatican News, a missa foi concelebrada pelo bispo de Uvira, dom Sébastien-Joseph Muyengo, pelo núncio apostólico na República Democrática do Congo, dom Mitja Leskovar, pelo superior geral dos Missionários Xaverianos, padre Fernando Garcia e pelo postulador da causa de beatificação dos mártires, padre Faustino Turco.

“Ao declarar oficialmente uma pessoa beata, como está acontecendo hoje, a Igreja reconhece e confessa que a morte física não venceu e que Deus não abandonou os seus servos”, afirmou o cardeal Ambongo em sua homilia, na qual enfatizou que “os mártires não caem do céu. E também não são seres extraordinários, mas cristãos como você e eu”.

A única diferença, disse, é que viveram a sua fé de uma forma excecional, “mostrando fidelidade a Deus e à sua palavra, em um ambiente por vezes hostil”.

O cardeal observou que os novos mártires viveram no meio da rebelião de 1960. Tiveram a possibilidade de sair do país para se livrar da perseguição, mas os quatro preferiram “dar testemunho da sua fraternidade evangélica, permanecendo junto dos seus fiéis em Fizi e Baraka, até o derramamento de sangue”.

“Estou convencido de que o sangue dos nossos beatos mártires nos trará o dom da paz”, continuou o cardeal, que exortou: “Basta de violência! Basta de barbaridades! Basta de assassinatos e mortes em solo congolês e na sub-região dos Grandes Lagos! A violência e as guerras são fruto da irreflexão”.

Observando que as guerras “são obra do diabo e dos seus acólitos que semeiam a desolação e a morte”, o cardeal pediu o diálogo e a negociação para resolver os atuais conflitos na região.

O martírio dos quatro novos beatos

Em 1960, a República Democrática do Congo tornou-se independente depois de 60 anos da dominação belga. Em 1963, depois da execução do primeiro-ministro, Patrice Lumumba, Pierre Mulele, que havia sido ministro do governo de Lumumba, voltou ao país depois de ter sido doutrinado na China.

Os seus guerrilheiros professavam a religião tradicional de ritos tribais e animistas; e estavam convencidos de que a Igreja Católica e os políticos congoleses pró-ocidentais eram o inimigo, motivo pelo qual saquearam locais de culto e profanaram santuários em vários lugares, além de cometerem crimes terríveis, incentivados por xamãs locais.

Neste clima profundamente anti-católico e antirreligioso, os quatro mártires decidiram ficar para evangelizar os congoleses, enquanto muitos outros abandonaram o país, explica o Vatican News.

Às 14h do dia 28 de novembro de 1964, um jipe militar estacionou em frente à paróquia do Imaculado Coração de Jesus, em Baraka. No carro estava um dos chefes rebeldes, Abedi Masanga, que pediu ao irmão Vittorio Faccin para entrar no jipe. O missionário recusou e foi morto.

Ao ouvir os disparos, o padre Luigi Carrara saiu da igreja e recebeu ordens para entrar no jipe, mas como o irmão Vittorio estava morto, ajoelhou-se e disse a Masanga: “Se queres matar-me, prefiro morrer com o meu irmão”. O líder rebelde matou-o sem hesitar.

Os corpos dos dois missionários foram desmembrados. Masanga dirigiu-se depois a Fizi e, à noite, foi à paróquia dos missionários onde matou os padres Giovanni e Albert.

Bispo da diocese de Wukari, Nigéria, dom Mark Maigida Nzukwein, e assistente de igreja em Wukari que perdeu um olho. 

O irmão Vittorio Faccin tinha 30 anos. Dedicou-se especialmente aos doentes e aos menos favorecidos. O padre Luigi Carrara, de 31 anos, era caracterizado pela sua coragem e pela sua profunda fé e, em Baraka, dedicou-se à educação e ao acompanhamento espiritual.

O padrre Giovanni, de 34 anos, “distinguiu-se pelo seu serviço incansável e pelo seu amor aos mais necessitados. Em Fizi, foi um pilar de referência para muitos e também um guia espiritual”, relata o Vatican News.

O padre Albert Joubert trabalhou em várias dioceses e depois decidiu colaborar em Fizi, “sempre pronto a enfrentar as adversidades, a sua principal atividade foi a pastoral escolar”, informou a imprensa do Vaticano.

O Vatican News afirma que esta é a segunda beatificação na República Democrática do Congo, depois da beatificação de 1985 da irmã Marie-Clémentine Anuarite Nengapeta, assassinada em 1º de dezembro de 1964, três dias depois da morte dos quatro novos mártires. Fonte: ACIDigital

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Do dia 17/8/24

CRB Nacional encerra Congresso de comunicação sobre Inteligência Artificial em São Paulo

Encerrou em são Paulo, o Congresso de Comunicação e Inteligência Artificial que aconteceu nos dias 15 e 16 de agosto, promovido pelo Setor de Comunicação da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB Nacional), com parceiras das assessorias de comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da Arquidiocese de São Paulo, e da Faculdade Paulus de Comunicação (FAPCOM), realizou o primeiro Congresso de Comunicação que contou com de mais de 210 participantes de diversas regiões do Brasil, membros de Congregações Religiosas e leigos ligados a essas Instituições.

Irmã Neusa Santos, Assessora de Comunicação da CRB Nacional, coordenou o evento juntamente com a equipe de Comunicação Nacional. O evento trouxe reflexões sobre o impacto da Inteligência Artificial e a Lei Geral de Proteção de Dados na Comunicação Religiosa contemporânea. Entre os palestrantes estavam Dom Valdir de Castro, Presidente da Comissão Episcopal para a Comunicação da CNBB e Nataša Govekar, Diretora do Departamento Teológico-Pastoral do Dicastério para as Comunicações do Vaticano, que participou remotamente, além de professores das PUCs do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo. Professores da USP e Casper Libero, especialistas nos temas abordados.

Durante os dois dias de evento, os participantes tiveram a oportunidade de assistir a conferências sobre Inteligência Artificial, Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), e o papel dos influenciadores digitais na comunicação religiosa. A programação incluiu debates sobre gerenciamento de crise na comunicação institucional, Fake News, uso das IAs, mídia, religião e sociedade, além de uma reflexão sobre os novos comportamentos gerados pela era digital

Com o encerramento do Congresso foi destacado pelos participantes como de alta relevância para o momento atual. Para o Frei Jon Eslen: “O Congresso foi muito enriquecedor para a nossa vida de Consagrados e Consagradas, e tenho certeza de que muitos farão ressoar e frutificar as moções e aprendizados destes dois dias em suas dioceses, congregações e institutos. Gratidão à CRB Nacional e toda equipe responsável”.

“O congresso foi excelente, parabéns para a equipe organizadora e para os convidados palestrantes. Os conteúdos atuais e ricos, necessários ao momento presente. Gratidão e que venham os próximos”, disse Eliana Aparecida.

Fonte: CRB

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Cardeal Pizzaballa: o acordo para Gaza está próximo, mas há quem se oponha

O Patriarca Latino de Jerusalém expressa à mídia vaticana, suas esperanças de um acordo que ponha fim a essa fase da guerra em Gaza, afastando também as perspectivas de uma escalada do conflito, mas ao mesmo tempo adverte contra ilusões fáceis: ainda há muitos obstáculos, muitas dificuldades.

Roberto Cetera

“As perspectivas nos dão esperança": palavras do Cardeal Pierbattista Pizzaballa, Patriarca Latino de Jerusalém, em uma entrevista à mídia do Vaticano, comentando o resultado das negociações de Doha para o cessar-fogo em Gaza. As negociações devem ser retomadas nos próximos dias no Cairo. No entanto, as violências não cessam em várias frentes.

Eminência, pode-se entrever um velado otimismo proveniente de Doha, depois das negociações promovidas pelos EUA, Egito e Catar, para a determinação de uma trégua em Gaza e a libertação dos reféns israelenses. O senhor acredita que desta vez o objetivo pode ser alcançado?

Sim, acredito que neste momento as condições sejam adequadas para que se chegue a um acordo. É claro que sempre haverá os que se opõem a isso, assim como haverá obstáculos, mas acredito que finalmente as condições amadureceram para concluir essa fase da guerra e, assim, também evitar uma escalada, uma ampliação do conflito com a intervenção direta do Irã e a extensão da guerra para o Líbano. Repito, há muitas dificuldades, mas acredito que há também um esforço importante por parte não apenas dos mediadores, mas também dos Estados Unidos, para encerrar essa situação. As perspectivas são promissoras.

E, consequentemente, espera-se que se afaste a ameaça de intervenção iraniana contra Israel...

Sim. Não devemos nos iludir. O conflito ainda não acabou; vemos isso muito bem em Gaza com os constantes bombardeios, com a tragédia que está diante dos olhos de todos e que sempre nos deixa sem palavras.

Com efeito, o bombardeio em Gaza continua incessantemente. Enquanto isso, de acordo com o Hamas, em 15 de agosto foi ultrapassado o trágico marco de 40 mil palestinos mortos em Gaza desde 7 de outubro. Como a comunidade cristã em Gaza está vivendo essa situação?

A nossa pequena comunidade que se encontra no norte de Gaza, Gaza City, tenta viver da melhor maneira possível, com serenidade, por mais difícil que seja. Estamos sempre ativos na busca de ajudas para a população que conseguimos não apenas com os Cavaleiros de Malta, mas também com muitas outras associações; as mais recentes foram as da Igreja Menonita, que enviaram mais de mil pacotes. É muito bom ver como, em meio a essa situação tão grave e trágica, há também tanta solidariedade.

Embora toda a atenção da mídia esteja voltada para Gaza e para a fronteira com o Líbano, a situação na Cisjordânia está se tornando a cada dia mais séria e alarmante. Que sinais estão chegando dessas áreas?

O que o senhor diz é muito verdadeiro. Falamos muito sobre Gaza, e com razão, mas há também uma situação muito grave nos Territórios, na Cisjordânia. Há poucos dias, houve um pogrom de colonos contra um vilarejo palestino, com um morto e muitos danos. Esse é apenas o último episódio de uma série de eventos que caracterizaram a tensão contínua e cada vez maior em toda a Cisjordânia nos últimos meses; tensões, confrontos contínuos entre colonos e palestinos, mesmo com a presença das forças armadas israelenses... Ou seja, tensões contínuas que estão tornando a vida da população palestina cada vez mais complicada e mais difícil. O risco de uma explosão existe, e é por isso que precisa ser feito muito trabalho, em primeiro lugar, para um cessar-fogo em Gaza e, depois, para restaurar a ordem, a segurança e a vida comum, na medida do possível - até onde se possa falar de vida comum - em toda a Cisjordânia. Por fim, precisamos começar uma nova página. Isso não é fácil. O que vemos na Cisjordânia - o que sempre digo - é um exemplo palpável e concreto de como o ódio, o ressentimento e o desprezo levaram a formas de violência cada vez mais extremas e cada vez mais difíceis de se conter. Portanto, precisamos trabalhar muito, não apenas politicamente, mas também religiosamente, porque o pano de fundo dessa violência também é religioso, para garantir que esses faciosos, esses extremistas, sejam afastados, isolados e não tenham toda a força que têm agora.

Fonte:  Vatican News

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RD Congo. Beatificação de três xaverianos e um sacerdote mortos em 1964

No domingo, 18 de agosto, serão beatificados Vittorio Faccin, Luigi Carrara, Giovanni Didonè, religiosos da Pia Sociedade de São Francisco Xavier para as Missões Estrangeiras, e o padre Albert Joubert, sacerdote congolês, assassinados no contexto de tensões políticas e sociais, lutas pelo poder e guerras tribais que caracterizaram a terra congolesa após a independência do domínio belga. Conscientes do perigo de vida, decidiram permanecer em seus postos e aceitar o martírio para não abandonar os

Tiziana Campisi – Vatican News

A diocese de Uvira, na República Democrática do Congo, se preparou com um tríduo de oração e dois dias de conferências para a beatificação dos três missionários xaverianos italianos Luigi Carrara, Giovanni Didonè (sacerdotes) e Vittorio Faccin (religioso) e do sacerdote diocesano franco-congolês Albert Joubert, mortos em 28 de novembro de 1964 em Baraka e em Fizi in odium fidei. A celebração será realizada em Uvira no domingo 18 de agosto, na área em frente à Catedral de São Paulo, e será presidida pelo Cardeal Fridolin Ambongo Besungu, Arcebispo de Kinshasa, representando o Papa.

O contexto sociopolítico

Os quatro mártires foram vítimas do contexto ateísta e antirreligioso que caracterizou a República Democrática do Congo no início da década de 1960. Tendo conquistado a independência após 60 anos de domínio belga, o país havia se tornado palco de tensões políticas e sociais, lutas pelo poder e guerras tribais, alimentadas pelo Ocidente capitalista, pela União Soviética e pela China. Patrice Lumumba, o primeiro-ministro da nação, enfrentava um território ingovernável e o exército havia assumido o controle. O coronel Mobutu Sese Seko mandou executá-lo e, após uma série de eventos, alcançou o poder absoluto. Em 1963, Pierre Mulele, um ex-ministro do governo de Lumumba que havia retornado ao Congo após um período de doutrinação ideológica e treinamento militar na China, organizou um movimento rebelde contra as estruturas do governo e qualquer presença europeia. Seus guerrilheiros se autodenominavam Simba, ou seja, leões em suaíli, e aderiram à religião tradicional de rituais tribais e animistas. Entre suas fileiras havia muitos jovens que, sob a influência de álcool e drogas e convencidos por xamãs de que eram invulneráveis, cometiam crimes hediondos na crença de que os ex-colonizadores, a Igreja e os políticos congoleses pró-ocidentais eram inimigos a serem eliminados. Como resultado, locais de culto cristão foram saqueados, tabernáculos e imagens sagradas profanados e símbolos religiosos ultrajados e destruídos. Nesse clima, enquanto a maioria dos missionários católicos e protestantes estava deixando o país, os xaverianos decidiram ficar para continuar levando a mensagem de Cristo às comunidades locais.

O martírio dos religiosos xaverianos e do padre Joubert

Os três religiosos da Pia Sociedade de São Francisco Xavier para as Missões Estrangeiras e o padre Albert Joubert foram assassinados todos no mesmo dia, 28 de novembro de 1964. Por volta das 14 horas, em Baraka, um jipe militar parou em frente à paróquia do Imaculado Coração de Maria. A bordo estava um dos líderes dos rebeldes mulelistas, Abedi Masanga, que convidou o frei Vittorio a entrar no jipe. O religioso se recusou e foi morto. Ao ouvir os tiros, o padre Luigi, que estava no confessionário, saiu da igreja. Também recebeu ordens para entrar no jipe, mas ao ver seu coirmão morto, ajoelhou-se na sua frente e disse a Masanga: “Se quiser me matar, prefiro morrer ao lado do meu irmão” que atirou nele sem hesitar. Os corpos dos dois missionários foram horrivelmente desmembrados, em seguida Masanga dirigiu-se para a localidade de Fizi, onde chegou à noite. Lá, contrariando o parecer dos mulelistas que controlavam a missão e protegiam os padres xaverianos, invadiu a casa paroquial dos religiosos, apesar dos guardas militares, e matou o padre Giovanni e o padre Albert.

Quatro vidas ao serviço dos outros

Frei Vittorio Faccin, 30 anos, era um homem compassivo, que se preocupava particularmente com os doentes e os menos afortunados; o Pe. Luigi Carrara, 31 anos, era conhecido pela sua coragem e profunda fé e, em Baraka, dedicou-se acima de tudo à educação e ao cuidado espiritual da comunidade; Padre Giovanni, 34 anos, era conhecido por seu serviço incansável e amor pelos necessitados e foi um pilar de referência para muitos em Fizi, bem como um guia espiritual; Padre Albert Joubert, tendo trabalhado em várias dioceses, ajudou na missão em Fizi, sempre pronto para enfrentar a adversidade, sua principal atividade era o trabalho da pastoral escolar. Conscientes de que corriam sérios riscos de vida, os quatro decidiram permanecer em seus postos, dispostos a aceitar o martírio para não abandonar os fiéis e as missões. Essa é a segunda beatificação na República Democrática do Congo, depois da beatificação, em 1985, da irmã Anuarite Nengapeta Maria Clementina, a freira assassinada em 1º de dezembro de 1964, apenas três dias após a morte dos religiosos xaverianos e do padre Joubert.

Fonte:  Vatican News

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O pároco de Gaza: esperança nas negociações, um passo em direção ao milagre da paz

Com a conclusão das negociações em Doha sobre o cessar-fogo em Gaza, padre Gabriel Romanelli, pároco da única igreja católica da Faixa de Gaza espera pela paz que tantos aguardam. Um dia após a celebração da Solenidade da Assunção o sacerdote conta que foi uma “magnífica celebração, apesar do sofrimento e do cansaço”, com a renovação da consagração da igreja à Sagrada Família, o encontro das famílias católicas e ortodoxas e a distribuição de alimentos.

Roberto Cetera – Vatican News

Em Doha, no Catar, foram concluídas as negociações sobre o cessar-fogo em Gaza, enquanto isso, as pessoas continuam morrendo. Na quinta-feira (15), bombardeios pesados atingiram os campos de refugiados de Jabalia e Nuseirat. Agora espera-se que as negociações continuem no Cairo na próxima semana. A comunidade cristã da Faixa de Gaza, liderada pelo pároco Gabriel Romanelli, está acompanhando essas negociações em oração e com grande esperança: no dia 15, a comunidade celebrou a Solenidade da Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria também com uma pequena procissão.

Mais bombardeios, mas esperamos em acordos

A esperança expressa pelo Padre Romanelli à mídia do Vaticano é de que os frutos das negociações vejam a luz do dia na próxima semana. A amargura do pároco é que “no entanto, infelizmente, ainda se ouvem os barulhos dos bombardeios. No entanto, se essa guerra for concluída com um cessar-fogo e a libertação dos reféns, é uma ótima notícia. Como um primeiro passo em direção à paz”.

Magnífica celebração da Assunção, apesar do sofrimento

Padre Gabriel recorda o intenso dia de festa religiosa que se realizou no dia 15 com a celebração da Assunção “de forma magnífica, apesar do sofrimento, do cansaço”. Ele destaca que “os refugiados são pessoas maravilhosas” que quiseram celebrar Nossa Senhora, unindo-se ao pedido do Patriarca de Jerusalém, Cardeal Pizzaballa, que lhes pediu para rezar à Virgem e a São Miguel, pela paz. Foi justamente pedindo o milagre da paz que eles começaram o dia: “Em silêncio por uma hora, depois as Laudes em árabe, o Terço seguido por uma missa solene”. Depois, continuou o pároco, “renovamos a consagração da paróquia de toda a Faixa de Gaza à Sagrada Família”.

Que o ar de paz que se percebe seja o milagre de Maria

Padre Romanelli explica o caminho espiritual que amadureceu nos últimos tempos: “Há alguns anos, nos preparamos para os três anos seguintes a essa consagração. O primeiro ano com a consagração ao Sagrado Coração de Jesus, o segundo ao Imaculado Coração de Maria, o terceiro a São José”. Ele também fala sobre a procissão realizada no pátio da igreja com canções marianas, que foi seguida por um encontro de famílias católicas e ortodoxas e a distribuição de alguns itens de primeira necessidade, alimentos e kits de limpeza: “Todos estavam felizes e acho que Nossa Senhora e seu Filho também. Esperamos que esse ar de paz que se percebe seja o milagre de Nossa Senhora”.

Fonte:  Vatican News

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Irlanda, capelão do exército esfaqueado. Bispos: notícia chocante

O capelão Paul Murphy, 50 anos, foi esfaqueado na noite de 15 de agosto por um adolescente perto da caserna de Renmore, em Galway. Mas não corre risco de vida. O bispo da cidade fala de notícia “chocante”, e a polícia não exclui a hipótese de terrorismo. Agradecimentos do sacerdote nas redes sociais pelas mensagens de carinho e orações.

Vatican News

“A notícia da agressão a um sacerdote católico, atual capelão das Forças de Defesa da Irlanda em Galway, é profundamente chocante e perturbadora”. São palavras dos bispos irlandeses em uma nota divulgada pelo site da Conferência Episcopal após o ocorrido em Dún Uí Mhaoilíosa, Renmore (Galway).

As orações dos bispos

“Rezo pelo homem ferido, pedindo a Deus que ele se recupere totalmente. Também rezo pela sua família, pelos seus colegas do exército e pela equipe médica que está cuidando de seus ferimentos”, são declarações de Dom Michael Duignan, bispo de Galway, Kilmacduagh e Kilfenora e bispo de Clonfert. A vítima, Paul Murphy, 50 anos, está internado no hospital com “graves ferimentos”, sem risco de vida. A agressão ocorreu na noite de 15 de agosto por um adolescente, também irlandês, em frente a um quartel na cidade situada na parte ocidental do país. “Em primeiro lugar, condeno inequivocamente esse ato de violência”, afirma Dom Cullinan, bispo de Waterford e Lismore, “esse comportamento é inaceitável em qualquer forma e vai contra os próprios princípios da nossa fé, que nos ensina a amar uns aos outros e a buscar a paz. A violência gera violência e devemos nos esforçar para obter compreensão e compaixão em vez de recorrer ao mal”.

A pista do terrorismo

De acordo com o Irish Times, citado pela Afp, o sacerdote tentou fugir, mas foi perseguido por seu agressor. O exército explicou em um comunicado que as sentinelas do quartel dispararam cinco tiros de advertência “em estrita conformidade com os protocolos de proteção das forças armadas”. Usaram um cassetete para subjugar o agressor. De acordo com fontes policiais, citadas pelo mesmo jornal, o veículo em que o sacerdote estava não tinha insígnias do exército e o padre Murphy estava vestindo roupas civis. O jovem, escreve ainda o Irish Times, durante a agressão “gritava reclamações sobre o envolvimento do exército irlandês no Mali”. A polícia irlandesa está considerando a possibilidade de terrorismo. Segundo um comunicado do primeiro-ministro Simon Harris “está sendo investigada uma pista séria e é importante nesta fase permitir que a polícia estabeleça todos os fatos”. O ministro da Defesa, Michael Martin, condenou o ataque e parabenizou os soldados presentes por sua “intervenção crucial”.

O Capelão

“Amigos, agradeço suas orações, seu amor e preocupação. Sinto muito por não poder responder a todas as mensagens e todas as ligações que chegam até mim. Estou bem; apenas aguardando a cirurgia. Tudo ficará bem”, assim escreveu o capelão Murphy nas redes sociais. O jornal irlandês fala dele como um membro respeitado das Forças de Defesa que cumpriu várias missões no exterior.

Fonte:  Vatican News

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Salesianos de São Paulo inauguram réplica da Casa de Dom Bosco

Para celebrar os 200 anos do sonho dos 9 anos de Dom Bosco, os Salesianos de Pindamonhangaba, inauguraram uma réplica da casa onde ele viveu parte de sua infância e adolescência.

Pe. Pedro André, SDB - Vatican News

O dia 16 de agosto é uma data especial para toda a Família Salesiana, pois se celebra o aniversário do nascimento de São João Bosco, que nasceu em 1815 e faleceu em 1888. Como forma de celebrar esta data, os Salesianos da cidade de Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, inauguraram uma réplica da casa onde Dom Bosco viveu parte de sua infância e adolescência. 

Celebração de um sonho

A motivação para a construção desta réplica se deu porque neste ano se celebra os 200 anos do sonho dos nove anos de Dom Bosco. Este não foi um sonho comum, mas o momento em que Jesus e Nossa Senhora revelaram a Joãozinho Bosco, então com apenas nove anos, qual seria sua missão: transformar meninos maus em meninos bons. São João Bosco teve essa visão na casa onde vivia com sua mãe, seus dois irmãos e sua avó (seu pai faleceu quando ele tinha apenas dois anos). Esta casa está preservada até hoje, no Colle Don Bosco, na região do Piemonte, no norte da Itália.

A réplica da Casa de Dom Bosco

Cada detalhe da construção foi tratado com extremo cuidado. As medidas originais, o mapeamento 3D e outros aspectos da construção original foram enviados da Itália para garantir que a réplica fosse o mais fiel possível. Para o revestimento interno e externo, foram utilizados tijolos de demolição, de modo que a Casinha tivesse a aparência antiga da original. Durante suas pesquisas, o padre Agnaldo descobriu outras réplicas da Casa de Dom Bosco espalhadas pelo mundo: nos Estados Unidos, na Guatemala e no Nordeste do Brasil, em Jaboatão dos Guararapes.

A proposta é que este local se torne uma parada para os peregrinos que visitam o Vale do Paraíba em direção a Aparecida, à Canção Nova e ao Santuário de São Frei Galvão, integrando assim a Rota da Fé. Além da Casinha, está planejada a construção de um Café e de um percurso educativo sobre a vida de Dom Bosco e questões ecológicas, considerando que a Casinha está situada em uma área verde de 79 mil m², às margens de um lago, proporcionando um ambiente ideal para a conscientização sobre a preservação da natureza, em harmonia com os ensinamentos do Papa Francisco. 

A inauguração

O entorno da réplica da casa de Dom Bosco estava cheia de devotos deste grande santo, que marcaram presença para a inauguração, ao som de uma fanfarra, composta pelos próprios alunos, contribuindo para o clima festivo . O padre Agnaldo Soares de Lima, diretor dos Salesianos de Pinda, idealizador da construção da réplica, acolheu os convidados agradecendo a todos os que colaboraram com “esse projeto de muitas mãos” e afirmou que “este espaço não é um cenário para simplesmente nos fazer lembrar Dom Bosco" mas  "que seja realmente um lugar que fortaleça o carisma de Dom Bosco no seu amor a Deus e no amor aos jovens que fez com que ele doasse até o seu último suspiro em favor da juventude.”

A inauguração foi marcada por um teatro, protagonizado pelos educandos da Obra,  em que se recordou momentos da vida de Dom Bosco nos tempos em que morava na casa materna. Outro momento marcante foi a chegada da relíquia de Dom Bosco, trazida pelos educandos usando um caiaque, no lago da propriedade dos Salesianos. 

Antes de abençoar e entronizar a relíquia de Dom Bosco na casa, o padre Alexandre Luís de Oliveira, inspetor dos Salesianos de São Paulo, disse, durante seu discurso, que “teremos a oportunidade de adequadamente adentrarmos estes espaços simbólicos da casinha onde Joãozinho passou os primeiros tempos de sua vida, mas, mais do que tocarmos com os nossos pés estes espaços interiores desta réplica, peçamos Deus que ele nos permita adentrar o coração de Dom Bosco, adentrarmos a sua pedagogia, adentrarmos o seu imenso coração de pai e mestre das crianças adolescentes e jovens.”

Após cantar os parabéns pelo aniversário de Dom Bosco, os convidados puderam entrar na réplica da Casa de Dom Bosco. A inauguração foi concluída com a celebração da Santa Missa presidida pelo padre inspetor. 

Para mais informações: www.casadedombosco.com.br

Fonte:  Vatican News

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Segunda edição da “Zanzibar Cup”, evento esportivo e de fraternidade

Foi apresentada, no arquipélago da Tanzânia, a segunda edição internacional de 2024 da “Zanzibar Cup”, (o anterior realizou-se no último mês de fevereiro), que visa promover, através da competição de kit-surf, o respeito e a harmonia entre os povos. O evento, criado por um médico italiano, residente no país, conta, até agora, com a adesão de 33 participantes profissionais da Áustria, Itália, África do Sul, Reino Unido e outros países.

Vatican News

Esta segunda edição esportiva da regata de kitesurf, que se realizará no próximo sábado, 24 de agosto, foi apresentada, nesta sexta-feira, 16, em uma coletiva de imprensa, em Zanzibar, pela Comissão de Turismo do arquipélago da Tanzânia e pelo Conselho Nacional do Esporte.

O nome oficial desta competição é “Zanzibar CUP KUSI 2024”. O termo Kusi refere-se aos ventos sazonais da região, que tornam possível o kitesurf. O evento terá lugar, se o tempo permitir, em Kiwengwa, norte de Zanzibar. Este esporte, muito popular em Zanzibar, é conhecido pela natureza extraordinária, praias e belas paisagens costeiras.

Até o momento, inscreveram-se 33 participantes, incluindo quatro kitesurfistas profissionais da Áustria, Itália, África do Sul e Reino Unido. Os outros serão provenientes da Polônia, República Checa, Espanha e tanzanianos locais.

Este segundo evento internacional é organizado pelo médico italiano, Stefano Conte, cirurgião pediátrico, residente há muitos anos em Zanzibar, apaixonado por esta disciplina esportiva. Por ocasião da primeira “Zanzibar Cup”, em janeiro de 2024, Doutor Conte concedeu uma entrevista ao Vatican News, durante a qual explicou o objetivo da competição: “Proporcionar um encontro entre povos no continente africano: uma diversidade de pessoas de todo o mundo, unidas pela paixão deste esporte. Este acontecimento representa, em seus vários aspectos, uma mensagem de paz”.

Este ano, os patrocinadores, além da Comissão de Turismo de Zanzibar, são uma série de hotéis e empresas locais, que oferecem alojamento e serviços aos participantes e delegações. Esta será, sem dúvida, uma oportunidade para fomentar o turismo esportivo na região tanzaniana e se tornar uma espécie de centro esportivo na região da África Oriental e Central.

Fonte:  Vatican News

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Prêmio Nacional Garitta, em Santa Tecla, dedicado à Inteligência Artificial

Realizou-se, neste sábado, 17 de agosto, na Sicília, na Itália, a 46ª edição do Prêmio Nacional Garitta, que, este ano, contouá, entre os contemplados, o Padre Benanti, o magistrado Gratteri e o diretor tecnológico do Dicastério para a Comunicação. O diretor artístico, Antonello Musumeci afirma: “Os convidados representarão um pensamento ético e tecnológico”.

Francesca Sabatinelli – Vatican News

“A Inteligência Artificial (IA) a serviço da lei, mas também da ilegalidade”: eis o tema desta 46ª edição do Prêmio Nacional Garitta 2024, que se realiza neste sábado, dedicado à IA. O evento contou com a presença de convidados e vencedores, em diferentes seções, no palco montado na cidadezinha de Santa Tecla, em Acireale, Sicília.

O procurador de Nápoles, Nicola Gratteri, premiado na seção “Paz e Legalidade”, esteve em conexão conosco, na parte da tarde, como explica Antonello Musumeci, diretor artístico do Prêmio: “Com ele conversaremos sobre como a máfia e as máfias internacionais estão aproveitando da Inteligência Artificial e como também, pelo contrário, os magistrados e investigadores podem enriquecer as suas pesquisas sobre as máfias globais com IA”. “O evento acrescenta Musumeci, foi inaugurado, na parte da tarde, pelo magistrado Gratteri, que, em todos os sentidos, continua o trabalho dos Juízes Falcone, Borsellino e tantos outros, que sacrificaram suas vidas em nome da lei”.

Ética e tecnologia

Entre os vencedores do Prêmio Garitta encontravam-se o Padre Paolo Benanti, professor de ética e bioética na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, presidente da Comissão da IA para a Informação e membro do Comitê da IA das Nações Unidas, e Francesco Masci, diretor tecnológico do Dicastério para a Comunicação.

“Este ano, – concluiu Musumeci – reunimos os melhores especialistas sobre um tema, ainda pouco conhecido, para poder resumir um pensamento que, por um lado, é ético, como disse o Papa Francisco, e, por outro, é mais tecnológico”.

Fonte:  Vatican News

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Do dia 16/8/24

CNBB Sul 3 lança revista Gente à frente: Igreja Católica em missão no Rio Grande do Sul

Desde o início da catástrofe climática de 2024 no Rio Grande do Sul, uma grande rede de solidariedade foi formada entre os gaúchos. Dentre as inúmeras comunidades que se mobilizaram em prol dos flagelados, estavam as instituições representantes da Igreja Católica, como Arqui(dioceses), paróquias, universidades e escolas.

Para além do apoio imediato, estes grupos também estão preocupados com a casa comum e, por isso, ainda continuarão a auxiliar na construção de um novo futuro. Todo estas ações e estes trabalhos, permeados pela fé e pela esperança, estão presentes na revista Gente à Frente: Igreja Católica em missão no Rio Grande do Sul, lançada na última quinta-feira, 15 de agosto.

“Gente à frente mostra que, além das doações materiais, as pessoas deram um pouco mais de si. Por isso que foi feita a revista, especialmente, para mostrar que as comunidades católicas abriram suas portas e fizeram sua parte, demonstrando bem que a nossa fé exige um compromisso concreto com quem sofre”, afirma o Arcebispo Metropolitano de Santa Maria, Dom Leomar Antônio Brustolin.

Gente à frente foi idealizada no contexto das enchentes que atingiram o estado em maio de 2024. A produção da revista é do Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), sob coordenação da Universidade Franciscana (UFN) com participação das demais Universidades Católicas do Rio Grande do Sul: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Universidade LaSalle, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), e Universidade Católica de Pelotas (UCPel), além da colaboração de mantenedoras de escolas católicas.

“Foi uma produção colaborativa de universidades, dioceses, escolas, paróquias, pessoas em seus depoimentos, autores em seus artigos, e registros fotográficos que expressam sentimentos, como dor e emoção, mas, sobretudo, a extensão da caridade cristã, a ajuda, o amor, e a compaixão uns pelos outros, que está além de um socorro imediato. É de um pensamento conjunto forte, sentindo-nos irmãos”, relata a Reitora da UFN, Iraní Rupolo.

A revista é dividida em quatro editorias que contam com notícias e reportagens de meio ambiente, economia solidária, espiritualidade, e amizade social. A produção ainda tem uma série de artigos de opinião, e uma seção dedicada aos dados do Rio Grande do Sul e da catástrofe climática de maio.

“A revista traz muitas mensagens de fé e esperança, além das inúmeras ações que foram realizadas pela Igreja Católica, por meio das suas instituições, em apoio aos atingidos pela catástrofe climática. Gente à frente traz também reflexões sobre como podemos transformar nosso mundo para evitar essas situações e, além disso, vários testemunhos de fé de pessoas contando como Deus as protegeu naquele momento”, explica a Diretora de Comunicação da UFN, Carina Bohnert.

O destaque na manchete é a campanha do Regional 3 da CNBB que arrecadou, até julho, R$16 milhões para auxiliar os flagelados. Os recursos estão sendo destinados em três frentes: ajuda emergencial e sanitária; moradia e habitação; e saúde mental, como explica o secretário executivo da CNBB Sul 3, Padre Rogério Ferraz de Andrade.

“Não esperávamos tudo isso, mas nos alegramos pela capacidade de mobilizar a sociedade. Isso nos ajuda a perceber que a Igreja ainda tem uma força de atração e de testemunho evangélico em dar os primeiros passos da caridade. Já distribuímos mais de R$5 milhões e ainda temos recursos para distribuir em projetos que vão desde a compra de utensílios domésticos até obras sociais coordenadas pelas congregações religiosas”, destaca o Pe. Rogério.

O projeto gráfico da revista foi criado pelo coordenador do curso de Jornalismo da UFN, Iuri Lammel. A foto que ilustra a contracapa de Gente à Frente é da professora de Jornalismo da UFN, Laura Fabricio. Já a identidade visual foi elaborada pela Editora UFN, que também foi responsável pela diagramação do material. “A ideia do nome Gente à frente veio a partir do pensamento de união. Trouxemos esse nome porque precisávamos falar sobre as pessoas, esse era o foco, o que as pessoas estão sentindo e fazendo, diferentes visões do que aconteceu e o que pode ser feito para melhorar o futuro”, comenta o diagramador, Lucio Pozzobon de Moraes.

A distribuição da revista teve início na cerimônia de coroação de Nossa Senhora Medianeira como “Rainha do Povo Gaúcho”. Todas as 18 dioceses do estado também vão receber exemplares para fornecer às paróquias e comunidades, além das universidades e escolas católicas. No país, o material será distribuído a partir de Brasília pela CNBB. Também já está disponível a versão digital da revista.

Fonte: Site Arquidiocese de Santa Maria

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Celebração de coroação da Medianeira como rainha do povo gaúcho marca os 60 anos da CNBB Sul 3

Aos pés do ícone de Nossa Senhora, os arcebispos e bispos presentes se reuniram rezando com o canto do Magnificat. Enquanto dom Leomar coroava Medianeira, o povo presente se alegrava pelo presente recebido, sinal de esperança para o RS

A memória não traz boas lembranças dos últimos meses ao povo riograndense. Por outro lado, gaúchos e gaúchas celebram em 2024 os 60 anos de história da CNBB Regional Sul 3. É neste contexto que o Rio Grande do Sul ganha um presente de celebração e esperança: Nossa Senhora da Medianeira coroada como Rainha do Povo Gaúcho.

Bradada com uma calorosa salva de palmas, Nossa Senhora Medianeira foi coroada pelo episcopado gaúcho na noite desta quinta-feira, 15 de agosto, em Santa Maria. A celebração, presidida por dom Leomar Brustolin, presidente do Regional Sul 3 e arcebispo de Santa Maria, marcou também a celebração dos 114 anos das Arquidioceses de Santa Maria e Pelotas e da Diocese de Uruguaiana.

O Decreto da Santa Sé que estabeleceu a coroação de Medianeira foi emitido pelo Dicastério para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos no dia 31 de maio e lido durante a celebração: Pelo Sumo Pontífice Francisco, concedemos, com benevolência, em nome e pela autoridade do mesmo Sumo Pontífice, que a bela imagem da Virgem Maria Medianeira de Todas as Graças, piedosamente invocada em Santa Maria, possa ser coroada para sempre como Rainha do Povo Gaúcho.

A procissão que apresentou a coroa à Basílica integrou prendas e peões, representando todo o povo gaúcho, além de um gaiteiro, a bandeira do Rio Grande do Sul e um barco, como sinal dos inúmeros resgates que salvaram milhares de pessoas durante as enchentes.

Aos pés do ícone de Nossa Senhora, os arcebispos e bispos presentes se reuniram rezando com o canto do Magnificat. Enquanto dom Leomar coroava Medianeira, o povo presente no Santuário Basílica se alegrava pelo presente recebido, sinal de esperança de um Rio Grande do Sul agora consagrado à Mãe Medianeira.

De antemão pedindo licença para fugir do protocolo, dom Leomar Brustolin iniciou a homilia se dirigindo aos irmãos e irmãs no Batismo, aos irmãos na graça do sacerdócio e aos irmãos no dom e na responsabilidade do episcopado, pois, “diante da Mãe somos todos filhos, e diante do Pai somos irmãos. Não há maior deferência do que esta”, afirmou o arcebispo.

Na noite em que o Estado se reuniu em oração para reconhecer a Mãe de Jesus e Mãe de Deus como Rainha do Povo Gaúcho, o presidente do Regional Sul 3 lembrou que “perplexidade e preocupação são os sentimentos impressos nos olhos que contemplaram o flagelo causado pelas chuvas de maio e provocaram o maior desastre ecológico da  história do Rio Grande do Sul. O coração se encheu de tristeza e os questionamentos ficaram sem respostas”.

Dom Leomar seguiu apontando que “as águas não arrastaram a nossa vontade de reerguer a Querência Amada e este ímpeto foi sustentado pela empatia e solidariedade”. Neste momento, pediu aos presentes na Basílica uma forte salva de palmas a todo o Brasil, “que se uniu numa verdadeira rede de amizade social” e destacou que “a Igreja no Rio Grande do Sul primeireou e abriu suas portas para acolher os desabrigados”.

Sobre a coroação de uma das diversas imagens de Maria muito querida no Estado, expressou que “queremos ornar essa coroa com o ouro do amor pelas pessoas, pelas pedras preciosas da solidariedade, pelos adornos da empatia, da amizade social e da compaixão que tanto marcaram estes tempos” e completou citando Santa Terezinha do Menino Jesus: “Sabe-se bem que a Santíssima Virgem é a Rainha do Céu e da Terra, porém é mais mãe do que rainha”.

Um Jubileu de gratidão

Dom Adimir Mazali, que presidiu a comissão do Jubileu dos 60 anos do Regional Sul 3 apresentou um breve relato desde a criação do regional, em 27 de setembro de 1964, durante a terceira sessão do Concílio Vaticano II.

Durante a exposição, o bispo diocesano de Erexim, lembrou que o Regional nasceu sob o signo da renovação do Concílio e do Papa João XXIII, assumindo a missão de ajudar a Igreja a atualizar seu pastoreio neste tempo para que “os homens vissem a verdadeira face de Deus”.

Ele seguiu apontando que “esses 60 anos de Ação Eclesial constituem uma pequena parcela da imensidão do plano de salvação e do infinito amor de Deus que envolve o mundo e o Rio Grande do Sul. O nosso caminho revela a alegria do encontro da ação de Deus e da comunhão daqueles que se dedicam na edificação de seu Reino presente na História Humana”. 

Ao término da exposição, dom Adimir agradeceu todos e todas que ajudaram a construir essa história durante as seis décadas e convidou o Pe. José Carlos Sala, do clero diocesano de Erexim, para apresentar o Hino do Jubileu dos 60 anos, composto pelo sacerdote: “O Senhor nos chama e nos envia para anunciar a Boa-Nova com alegria. Eu digo: Sim, vou proclamar! Ai de mim se eu não Evangelizar”.

Fonte: Diocese de Caxias do Sul

Ícone de Nossa Senhora Medianeira é coroada e recebe o título de Rainha do Povo Gaúcho

Nesta quinta-feira, dia 15 de agosto de 2024, no Santuário Basílica da Medianeira, em Santa Maria, ocorreu a Coroação da Rainha do Povo Gaúcho.

Este momento histórico marcou a Bem-Aventurada Virgem Maria Medianeira de Todas as Graças, que recebeu a Coroa em sua imagem datada de 1930, oficializando o título concedido por Decreto do Dicastério para o Culto Divino.

A cerimônia reuniu mais de 2.000 pessoas, entre fiéis, autoridades e membros do Clero, vindos de diversas cidades e Dioceses do Rio Grande do Sul, todos com o intuito de prestigiar a Coroação de Nossa Senhora Medianeira, além dos milhares de acompanhamentos nas transmissões ao vivo pelas redes sociais, YouTube e os canais de televisão da Canção Nova. Presidida por Dom Leomar Brustolin, Arcebispo Metropolitano de Santa Maria, a celebração contou com a presença de Bispos e Arcebispos das demais (Arqui)Dioceses do estado.

Antes de chegar ao seu destino, a Coroa foi introduzida simbolicamente por integrantes do CTG Piá do Sul, de Santa Maria, que a carregaram em um barco de madeira até o altar, vestidos com trajes tradicionais gaúchos. Este ato representou a salvação das enchentes que recentemente atingiram o estado.

Após a chegada ao altar e recebida pelos membros do Clero, a Coroa foi conduzida por todos os (Arce)Bispos até a imagem de Nossa Senhora Medianeira, pintada por Ida Stefani em 1930. Sob as mãos de Dom Leomar Brustolin, a Coroa foi finalmente colocada sobre a imagem, oficializando a Coroação e o título de Nossa Senhora Medianeira como Rainha do Povo Gaúcho.

A ocasião também foi marcada pela celebração do Jubileu dos 60 anos do Regional Sul 3 da CNBB e os 114 anos das Arquidioceses de Santa Maria e Pelotas e da Diocese de Uruguaiana, onde um hino homenageando os 60 anos foi composto pelo Pe. José Carlos Sala, e cantado durante a cerimônia.

Fonte: Arquidiocese de Santa Maria

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CNBB e Eleições Municipais: quatro pontos que explicam a atuação da Conferência no processo eleitoral

Quais as orientações da CNBB para o período eleitoral? Padres podem se candidatar? E um candidato pode pedir votos dentro da Igreja? Essas perguntas surgem com frequência em época de eleições no Brasil. Para ajudar as pessoas a entenderem a atuação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e das Igrejas Particulares nesse contexto, a Assessoria de Relações Institucionais e Governamentais da CNBB preparou um documento com respostas a esses questionamentos.

O assessor de Relações Institucionais e Governamentais da CNBB, frei Jorge Luiz Soares da Silva, explica que o documento foi formulado a partir das perguntas que chegam à Conferência sobre a visão que a Igreja tem da política, suas expectativas e qual o nível de participação, de engajamento da Igreja nesse processo eleitoral. Outra dúvida apresentada com frequência à Conferência Episcopal é sobre a possibilidade de padres e bispos atuarem diretamente na política, seja na promoção de algum candidato, seja na própria candidatura, disputando alguma vaga em algum dos cargos públicos.

    “Nós procuramos responder, exatamente dentro daquilo que é a orientação da Igreja, o ensinamento da Igreja, sobretudo a partir da encíclica Fratelli Tutti, e com base naquilo que é a Doutrina Social da Igreja, apontando a política como um meio necessário para a construção de uma sociedade mais justa, mais igualitária, e também respondendo exatamente à forma como a Igreja atua, não no campo de promoção direta e imediata de algum candidato, mas exatamente procurando apresentar os pilares, aquilo que é uma reflexão sadia a respeito da política para que possa ajudar aos eleitores na escolha dos seus candidatos, justamente levando em consideração aquilo que são os valores que a Igreja defende através da Doutrina Social da Igreja e, mais recentemente, da encíclica do Papa Fratelli Tutti”, contou.

O documento está estruturado em quatro pontos. O primeiro apresenta as recomendações sobre a atuação de padres e bispos no contexto eleitoral, e recorda as orientações gerais oferecidas pela CNBB em anos eleitorais “sobre o que se deveria levar em consideração no momento do voto nos que exercerão as funções de legisladores e governantes”.

Essa orientação, lê-se no documento, é feita a partir da Doutrina Social da Igreja, que apresenta para isso princípios como justiça social, solidariedade, defesa da vida desde a sua concepção até a morte natural, cuidado com os mais vulneráveis, a defesa da Ecologia Integral e a promoção do bem comum.

Os outros pontos abordam a candidatura de padres e bispos, o debate político dentro das Igrejas Católicas e o pedido de votos nas celebrações e sobre o apoio de padres e bispos a candidatos.

Boa política

O documento também apresenta as definições dos princípios da boa política, de acordo com a  carta encíclica “Fratelli Tutti”, do Papa Francisco.

São os princípios: serviço ao Bem Comum; respeito pela Dignidade Humana; promoção da Justiça Social; combate à corrupção; cuidado com a Criação; diálogo e inclusão; e paz e reconciliação.

Documento completo 

FAQ - CNBB E ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2024

Brasília – DF, 19 de julho de 2024

I - Recomendações sobre a atuação de padres e bispos no contexto eleitoral

Em anos eleitorais, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) procura sempre oferecer orientações gerais, aos fiéis e a todo o povo, sobre o que se deveria levar em consideração no momento do voto nos que exercerão as funções de legisladores e governantes. Essa orientação é feita a partir da Doutrina Social da Igreja, que apresenta para isso princípios como justiça social, solidariedade, defesa da vida desde a sua concepção até a morte natural, cuidado com os mais vulneráveis, a defesa da Ecologia Integral e a promoção do bem comum. Além disso, destaca a importância de uma política que não busca o poder ou interesses pessoais, mas que trabalha pelo bem-estar de todos, especialmente dos pobres e marginalizados.

Ainda como fonte de inspiração para orientação sobre as eleições, a CNBB recorre ao conceito de “boa política” apresentado pelo Papa Francisco na encíclica “Fratelli Tutti”, publicada em 2020. Ali há uma visão de política que coloca o bem comum e a dignidade humana no centro de suas preocupações e ações. Para o Papa, os principais pontos que compõem a “boa política” são:

1. Serviço ao Bem Comum: A política deve ser um serviço para o bem comum, não para interesses pessoais ou de grupos específicos. Os políticos devem buscar o bem de todos, especialmente dos mais vulneráveis e marginalizados.

2. Respeito pela Dignidade Humana: Todas as políticas devem respeitar e promover a dignidade de cada pessoa, reconhecendo que todos são iguais em dignidade e direitos.

3. Promoção da Justiça Social: A política deve lutar contra a desigualdade e promover a justiça social, garantindo que todos tenham acesso a oportunidades e recursos necessários para uma vida digna.

4. Combate à Corrupção: A boa política combate a corrupção em todas as suas formas, promovendo a transparência e a responsabilidade nas ações governamentais.

5. Cuidado com a Criação: A política deve incluir o cuidado com o meio ambiente, promovendo o desenvolvimento sustentável e a proteção da criação.

6. Diálogo e Inclusão: A boa política promove o diálogo, a participação ativa e a inclusão de todos os setores da sociedade, valorizando a diversidade e buscando soluções através do consenso.

7. Paz e Reconciliação: A política deve ser um instrumento para construir a paz e promover a reconciliação entre os povos, combatendo a violência e os conflitos.

Para o Papa Francisco, esses princípios refletem uma política que verdadeiramente serve às pessoas e constrói um mundo mais justo e fraterno. E com base neles, a CNBB apresenta uma orientação a todos eleitores e a seus fiéis.

II - Sobre a candidatura de padres e bispos

O Código de Direito Canônico, onde estão as normas e regulamentos que abrangem todos os aspectos da vida e da organização da Igreja, incluindo a administração dos sacramentos, a estrutura hierárquica, os direitos e deveres dos fiéis, no cânone 285 § 3, afirma que “Os clérigos estão proibidos de assumir cargos públicos que importem a participação no exercício do poder civil”. Essa norma deixa claro que é vedada aos clérigos a participação no pleito eleitoral, como candidato ao exercício de qualquer poder civil.

III - Existe recomendação sobre o debate político dentro das igrejas católicas? Prefeitos, vereadores, candidatos e pré-candidatos podem pedir voto nas igrejas? Existe algum controle que é feito pela CNBB ou recomendação para as paróquias? Posicionamentos políticos podem ferir a liturgia do catolicismo?

O ambiente da vida eclesial não pode ser transformado em “palanques eleitorais”. Isso vale especialmente no período eleitoral. E mais precisamente no ambiente da assembleia litúrgica, onde se deve viver e celebrar a comunhão. O princípio da comunhão se refere à unidade e à participação dos fiéis na vida da Igreja, baseada na fé comum, nos sacramentos e na caridade. Esse princípio enfatiza que todos os membros da Igreja estão unidos em Cristo e partilham uma missão comum. A comunhão promove a unidade entre os fiéis, e por essa razão é essencial para a vida e a missão da Igreja, promovendo a unidade e a participação de todos os fiéis na construção do Reino de Deus. Transformar os ambientes eclesiais em “palanques eleitorais” é colocar em risco o princípio da comunhão.

Mas isso não significa que o debate político tenha que ser excluído do universo da vida dos fiéis. Pelo contrário, deve-se criar ambientes de reflexão à luz da Fé e do Magistério da Igreja com o intuito de formar nos fiéis uma consciência política com base nos princípios apontados pela Doutrina Social da Igreja, especialmente na forma proposta pelo Papa Francisco, na encíclica “Fratelli Tutti”. Somente com pessoas com consciência política formada pelos princípios da “boa política”, se pode levar a Política a cumprir seu papel de promover o bem comum e a dignidade de cada ser humano. E a Igreja pode e deve promover essa conscientização, sem que para isso precise transformar seus ambientes eclesiais em “palanques eleitorais”. Tal perspectiva, aponta para a participação cidadã comunitária e democrática, conjugando os direitos e os deveres de todos em vistas ao bem comum. Para isso, a superação de obstáculos que se interpõem à participação solidária dos cidadãos exige autêntica ação informativa, formativa e educativa, sem exclusões nem preconceitos, no caminho da vida eclesial a que todos estão convidados.

Mesmo com esta ampla compreensão, é preciso lembrar de dois fatores importantes. O primeiro é que os Bispos Diocesanos, sozinhos ou de modo colegiado por meio dos regionais, têm autonomia para apresentarem orientações mais específicas sobre esse tema e acompanhá-las mais de perto em cada Diocese ou Regional. O segundo é que a Igreja respeita as leis eleitorais e, o parágrafo 4º, dor art. 37, da Lei das Eleições (Lei nº 9.504/97) afirma que é vedada a realização de propaganda eleitoral em bens de uso públicos, entre os quais estão os templos religiosos.

IV - Padres e bispos podem apoiar publicamente um candidato? Padres e Bispos são também cidadãos civis e tem o direito e o dever de escolher e votar, de forma consciente, nas pessoas que julgam aptas a exercerem funções de poder civil. Pela proximidade e conhecimento, na relação pessoal, pode até deixar sinais de preferência ou apoio a algum candidato. Mas como instituição, a Igreja adota uma posição de neutralidade política e não apoia diretamente candidatos políticos específicos. Ela oferece, como já foi dito, orientação, baseada na Doutrina Social da Igreja, que aborda temas como a dignidade humana, o bem comum, a justiça social, a defesa da vida e da família, a solidariedade e o cuidado com a criação. Ela lembra aos fiéis que se deve considerar esses princípios ao escolher seus candidatos. Deste modo, enquanto a Igreja Católica não apoia diretamente candidatos políticos específicos, ela desempenha um papel importante na formação da consciência moral e política dos seus membros, incentivando-os a atuar de acordo com os valores cristãos na esfera pública. Contudo, não podemos deixar de considerar que, em algumas circunstâncias, Bispos e outras autoridades eclesiásticas podem emitir declarações ou orientar os fiéis sobre questões específicas, especialmente em contextos em que há preocupações graves sobre políticas que contrariam os princípios fundamentais da fé e moral católica.

Assessoria de Relações Institucionais e Governamentais da CNBB

Fonte: CNBB

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Diretora das Pontifícias Obras Missionárias entrega relatório de atividades a dom Ricardo Hoepers

A sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) recebeu, na manhã desta sexta-feira, a visita de cortesia da diretora das Pontifícias Obras Missionárias (POM), irmã Regina da Costa Pedro. Acompanhada do secretário nacional da Pontifícia União Missionária, padre Rafael Lopez Villasenor, a religiosa entregou o relatório de atividades do organismo referente a 2023 ao secretário-geral da Conferência, dom Ricardo Hoepers.

Preparado anualmente com o objetivo de ser enviado à Santa Sé, a quem a instituição está subordinada, o relatório também é entregue a entidades parceiras como a Nunciatura Apostólica, o Centro Cultural Missionário e a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB).

    “Cada uma das Pontifícias Obras apresenta sempre para Roma o relatório do trabalho anual, das pontifícias obras em geral e depois detalhando cada uma das atividades. Esse é um relatório das atividades e ele é acompanhado também de um relatório financeiro. Então, serve também como uma prestação de contas das atividades e das finanças”, explicou irmã Regina.

Para ela, trazer o documento para a CNBB é muito importante. “É uma maneira de estreitarmos os laços, de reconhecer os laços que já nos unem de colaboração e de também colocar uma certa prestação de contas daquilo que as POM estão fazendo para a Igreja do Brasil a nível de animação missionária, formação, para suscitar sempre mais cooperação missionária”.

Irmã Regina partilhou que fica “muito feliz de ter tido essa possibilidade hoje de entregar pessoalmente para dom Ricardo”. Segundo ela, isso mostra a “cordialidade tão grande e essa abertura para a cooperação, porque as Pontifícias Obras são uma obra do Papa, pontifícia, mas também episcopal. Então é importante para nós podermos caminhar juntos”.

Também esteve presente na entrega do relatório o subsecretário adjunto de Pastoral da CNBB, padre Jânison de Sá Santos.

Obras do Papa

As Pontifícias Obras Missionárias (POM) são organismos oficiais da Igreja Católica, vinculados ao Dicastério para a Evangelização, que é presidido pelo Papa Francisco. As POM existem para intensificar a animação, a formação e a cooperação missionária em todo o mundo. Sua identidade pode ser resumida em duas palavras: universalidade, isto é, todas as Obras para todos os povos; e pontifícias, ou seja, são Obras do Papa para toda a Igreja.

Constituem uma rede universal, em 130 países, a apoiar o Papa no seu compromisso missionário com todas as Igrejas particulares. Realizam isso mediante a oração, que é a alma da missão, e o auxílio material aos cristãos no mundo inteiro, ajudando a despertar a consciência missionária além fronteiras.

São as quatro Obras Missionárias: a Pontifícia Obra Missionária para a Propagação da Fé, a Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária, a Pontifícia Obra Missionária de São Pedro Apóstolo e a Pontifícia União Missionária. Seu objetivo é “promover o espírito missionário universal no seio do povo de Deus” (Cooperatio Missionalis, 5).

Texto e foto: Luiz Lopes Jr.

Fonte: CNBB

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Igreja no Brasil reflete sobre discernimento no ambiente digital em Congresso de Comunicação em São Paulo (SP)

Inteligência Artificial, Lei de Proteção de Dados e Discernimento no Ambiente Digital é o tema do Congresso de Comunicação que acontece na Faculdade Paulus de Comunicação (FAPCOM), em São Paulo, nos dias 15 e 16 de agosto. Organizado pela Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), com a parceria da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da Faculdade Paulina de Comunicação (Fapcom) e da arquidiocese de São Paulo, a formação conta com mais de 200 participantes.

O congresso pretende ajudar a refletir sobre o tema geral desde diversas perspectivas tendo como ponto de partida a realidade eclesial. Nesse contexto, o bispo de Campo Limpo (SP) e presidente da Comissão para a Comunicação da CNBB, dom Valdir de Castro, refletiu sobre “Igreja e discernimento no ambiente digital, preservar identidade e transmitir valores”.

Partindo de uma referência histórica sobre a relação entre a Igreja e a comunicação, dom Valdir destacou a importância das Mensagens para o Dia Mundial das Comunicações desde Paulo VI, mostrando como o Magistério da Igreja foi se preocupando com a comunicação e acompanhando as mudanças ao longo do tempo.

Dom Valdir de Castro ressaltou que a missão da Igreja é evangelizar, lembrando que evangelizamos como Igreja, refletindo sobre a sinodalidade como modo de testemunhar o Evangelho e agir, que leva o cristão a refletir sobre a importância do seu comportamento e não só daquilo que acredita. Igualmente sublinhou que como cristãos, não agimos como indivíduos na rede, mas como comunidade.

De acordo com o assessor de Comunicação da CNBB, padre Arnaldo Rodrigues, que também participa do evento, o Congresso e seus temas são de uma grande riqueza para a Igreja no Brasil. “A formação oferece para a vida consagrada, especialmente aqueles que têm o carisma de trabalho com a comunicação, de reflexão e estudo e de saber como servir melhor a Igreja por meio da comunicação nos ambientes digitais”, disse.

    O padre destaca a qualidade dos conferencistas do campo da comunicação que abriram um espaço pra que a Igreja reflita a sua presença, seu modo de ser e sua mensagem dentro dos  ambientes digitais. “Representando a CNBB, mais uma vez reforçamos nossa parceria neste trabalho de refletir juntos com a CRB e a Fapcom a comunicação social da Igreja”, disse.

Proteção de dados

A proteção de dados é algo que cobrou grande importância no Brasil nos últimos anos, sendo regulamentado através da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Se busca, segundo João Fábio Azeredo, proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural, de proteger o indivíduo, evitar que seus dados pessoais sejam usados contra ele. O advogado mostrou a diferença entre dados pessoais e dados pessoais sensíveis, explicitando as situações em que a lei permite o tratamento de dados pessoais, fazendo considerações relevantes sobre essa temática.

Abordando a Teologia da Comunicação, a diretora do Departamento Teológico-Pastoral do Dicastério para a Comunicação do Vaticano, Nataša Govekar, destacou a importância de se perguntar de onde vimos e para onde queremos chegar como comunicação. Partindo do fundamento trinitário do cristianismo, ela perguntou como Deus comunica, de que modo sua comunicação é eficaz, afirmando que Deus cria através da Palavra, que essa Palavra se fez carne, a comunicação de Deus tem como fruto a vida, gera comunhão, pois “não tem comunhão sem comunicação”.

Jesus comunicava com a palavra, com a vida, não de fora, mas de dentro, enfatizou Govekar, que ressaltou que ele é fermento de comunicação. A teóloga eslovena disse que “a comunicação cristã não pode estar dissociada da doação por amor”, refletindo sobre as atitudes dos católicos nas redes sociais, que muitas vezes tem atitudes contrárias a esse amor. Finalmente, ela explicou brevemente o que é o Projeto Pentecostes, que faz referência à participação nas redes sociais.

A comunicação institucional e gerenciamento de crise foi um dos elementos abordados no congresso. Lúcia Martins partiu do conceito de crise e dos sinais de alerta, quando a crise surge e como as pessoas não reagem. A jornalista destacou a importância de não minimizar as crises, refletindo sobre o impacto da reputação nos negócios. Igualmente sobre como lidar, como falar com a mídia diante das crises, pensar a mensagem a ser passada, a imagem da empresa, o que se tem de bom e os riscos e pontos frágeis.

Fonte: CNBB

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V Encontro da Igreja na Amazônia Legal reunirá bispos, cardeais e lideranças pastorais em Manaus (AM)

 “A Igreja que se fez carne, alarga sua tenda na Amazônia: Memória e Esperança.” Esse é o tema do V Encontro da Igreja da Amazônia que acontece de 19 a 22 de agosto, em Manaus (AM). Organizado pela Comissão Episcopal Especial para a Amazônia (CEA) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) E Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil), o encontro deve reunir cerca de 60 bispos da Amazônia Legal e dois cardeais, bem como, religiosos e leigos representantes das pastorais e organismos que atuam na Igreja da Amazônia e lideranças indígenas. 

Segundo dom Gilberto Pastana, arcebispo de São Luís, no Maranhão e presidente da Comissão Episcopal Especial para a Amazônia, “o objetivo nesse quinto encontro da Igreja na Amazônia é dar continuidade às conclusões do encontro de 2022, em Santarém, ou seja, todo o projeto que foi elaborado. A ideia é ver os avanços, as dificuldades e os desafios”. 

Dom Gilberto pontou ainda que, “nesse encontro nós nos debruçaremos em tudo aquilo que foi feito e a luz, sobretudo, da Querida Amazônia, e a luz desses últimos documentos do Papa, vermos quais são os as os desafios emergentes e o que que nós esperamos que a atuação como Igreja da Amazônia”, concluiu. 

Irmã Maria Irene Lopes, assessora da Comissão Episcopal para a Amazônia e secretária executiva da REPAM-Brasil, ressalta que “para esse encontro foi feito um levantamento com todos os regionais da Amazônia, e a partir desses dados será feita uma socialização, principalmente, a partir do documento de Santarém e do Sínodo da Amazônia, observando também alguns desdobramentos desses dois encontros”. 

Reforçou ainda, que “estarão presentes membros da Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA) com a sua presidência para compartilhar com toda a Igreja da Amazônia brasileira os caminhos que estão sendo traçados. Também será tratado sobre o tema do rito amazônico e outros temas que são importantes para a igreja”. Além das temáticas ressaltadas, será feita uma análise de conjuntura eclesial com participação de leigos e bispos.  

Programação

Uma celebração da caminhada da Igreja, no dia 19 de agosto, marca a abertura do V Encontro da Igreja da Amazônia, seguida de sessão solene aberta ao público e com a presença de representantes do Governo Federal. Nos demais dias, a programação será restrita aos bispos e convidados. Ao final do encontro uma carta ao povo de Deus da Amazônia deve ser publicada.  

Serviço:

O que: V Encontro da Igreja na Amazônia Legal

Local: Centro de Treinamento Maromba – Manaus, AM

Data: 19 a 22 de agosto de 2024

Público: 62 bispos da Amazônia 

Contatos: 

Joelma Viana (93) 99134-5865/(61) 98595-5278

Paulo Martins (61) 98292 – 0900 

Fonte: CNBB

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CNBB envia condolências pelo falecimento de Dona Maria de Lourdes, mãe de dom João Justino, primeiro vice-presidente da CNBB

Comunicamos o falecimento de dona Maria de Lourdes Medeiros Silva, mãe de dom João Justino de Medeiros Silva, arcebispo de Goiânia e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Dona Lourdes, que tinha 89 anos de idade, faleceu na manhã desta sexta-feira (16), depois de uma cirurgia em decorrência de uma queda que sofreu em casa.

O velório aconteceu na capela 4 do cemitério Parque da Saudade, em Juiz de Fora, a partir de 13h. Houve missa de corpo presente às 21h, e a Celebração Exequial é neste sábado (17), às 9h. O sepultamento acontecerá em seguida, às 10h30.

    Nota de condolências pelo falecimento de Dona Maria de Lourdes Medeiros Silva

    Estimado irmão, Dom João Justino de Medeiros e Silva,

    A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) manifesta pesar pelo falecimento de sua mãe, dona Maria de Lourdes Medeiros Silva, aos 89 anos. Na confiança e esperança que vêm do Ressuscitado, rogamos que o Senhor dê a esta irmã o descanso eterno.

    Solidarizamo-nos com os amigos e familiares de dom João Justino e o povo de Deus presente nas arquidioceses de Goiânia e Juiz de Fora. Unamo-nos em oração pelo descanso eterno de dona Maria de Lourdes na certeza de que quem crê em Jesus Cristo, como diz o Evangelho de João, nunca morrerá.

    Que nossa Senhora Aparecida, nossa mãe, conforte o coração dos familiares.

    Em Cristo,

    Dom Jaime Spengler -     Arcebispo de Porto Alegre (RS),     Presidente da CNBB

    Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa -     Arcebispo de Olinda e Recife (PE),     Segundo Vice-presidente da CNBB

    Dom Ricardo Hoepers -     Bispo auxiliar de Brasília (DF),     Secretário-geral da CNBB

Fonte: CNBB

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Movimento Laudato Si’ lança curso online gratuito para formação de Animadores Laudato Si’

O Movimento Laudato Si’, uma rede global dedicada à promoção e mobilização dos princípios da Encíclica do Papa Francisco sobre o cuidado com a nossa Casa Comum, está lançando mais uma edição do programa de Animadores Laudato Si’. O objetivo do curso, que terá início no dia 27 de agosto, é capacitar lideranças locais para cuidar da Criação.

A formação, que será totalmente gratuita e disponível no formato virtual, fornece aos participantes conhecimentos abrangentes sobre a ecologia integral, justiça socioambiental, ecoteologia e espiritualidade ecológica. Além disso, os participantes aprenderão sobre ações práticas que podem ser implementadas em suas comunidades para proteger o meio ambiente e promover um estilo de vida mais sustentável.

Além do processo formativo, os Animadores Laudato Si’ se tornam parte de uma comunidade global comprometida com a promoção da ecologia integral e o cuidado da nossa casa comum. Esta rede global oferece apoio mútuo, compartilhamento de recursos e colaboração em projetos ambientais. Segundo Rabeca Peres, Animadora Laudato Si’ do Rio Grande do Sul, “o curso me proporcionou maior conscientização sobre as causas da crise climática/crise socioambiental. Sinto-me desafiada, cada vez mais no meu cotidiano, a viver uma conversão ecológica, a ouvir o grito dos pobres e da mãe terra, e me comprometer cada vez mais, coletivamente, a agir como discípula de Jesus colaborando pelo cuidado da nossa casa comum. Semeando junto com outros saberes e grupos sementes de justiça e paz para novas e futuras gerações.”

Esse programa é promovido pelo Movimento Laudato Si’, com o apoio do Centro Bíblico Teológico Pastoral para a América Latina e Caribe (CEBITEPAL) do Conselho Episcopal Latinoamericano e Caribenho (CELAM), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, e representa um esforço colaborativo para capacitar lideranças em todo o mundo a agir em prol da justiça socioambiental e da proteção da Criação. As inscrições para o curso já estão abertas e podem ser feitas através da plataforma vivalaudatosi.thinkific.com

Esta é uma oportunidade única para aqueles que desejam se tornar agentes de mudança em suas comunidades e responder ao chamado do Papa Francisco para cuidar do planeta e de todos os seres vivos que nele habitam. Junte-se ao Movimento Laudato Si’ e seja parte da solução para os desafios socioambientais enfrentados pela humanidade hoje.

Contatos

Curso de Animadores Laudato Si’: mayra@laudatosimovement.org

Imprensa: leticia@laudatosimovement.org

 Fonte: CNBB

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Caminho Sinodal: Conhecendo a espiritualidade beneditina

Escrito por Laís Silva

A Igreja Católica se prepara para o Sínodo, permitindo que todos discutam e decidam juntos como ser uma Igreja mais sinodal a longo prazo, e não apenas temporariamente.

O processo sinodal é um caminho espiritual que une o Povo de Deus. É importante refletir sobre o caminho das diferentes ordens religiosas e entender a necessidade de sermos uma Igreja verdadeiramente sinodal.

O A12 está produzindo uma série contando um pouco sobre a espiritualidade de algumas congregações com o intuito de apresentar a singularidade de cada uma e mostrar que todas caminham juntas para o Reino de Deus.

Hoje falaremos sobre a espiritualidade beneditina, com base no estudo do Abade Primaz Gregory J. Polan, que explica que na regra de São Bento, o abade é um mestre e pai espiritual que lidera a comunidade e ensina que o mosteiro é como uma “escola de serviço do Senhor”.

Um dos elementos que norteia a comunidade encontra-se no início desta velha Regra de 1.500 anos, no capítulo 3, que se intitula “Convocação da Comunidade para o Conselho”, onde ele destaca que decisões importantes devem ser tomadas por toda a comunidade, pois como um grupo, compreenderão melhor o que está em jogo e, portanto, procederão com sabedoria e prudência. Este capítulo reflete o processo sinodal de decisão, enraizado na tradição monástica e nas Escrituras.

Ele explica que a obediência é exigida tanto à comunidade quanto ao abade, que deve agir com prudência e justiça. O abade é responsável por suas decisões perante a comunidade e Deus. No processo sinodal, líderes como o Papa e comissões também têm essa responsabilidade, devendo equilibrar o que é melhor para todos e discernir a vontade de Deus, o que pode ser desafiador e assustador.

São Bento destaca que, em nossa cultura, muitas vezes ouvimos sem realmente escutar. Para ele, a escuta é essencial para o crescimento espiritual e a vida comunitária. Ele nos aconselha a “escutar com o ouvido do coração”, semelhante à lectio divina, onde meditamos sobre a palavra de Deus.

O documento do Abade Gregory, apresenta alguns pontos de conselho sinodal da Regra e da espiritualidade beneditina:

- A prática de ouvir “com o ouvido do coração” abre um caminho para realizar um autêntico discernimento da vontade de Deus. 

- Bento em uma atitude inclusiva, convida toda a comunidade (especialmente os jovens) a participar no processo de discernimento. Esta participação ativa, realizada com humildade, está enraizada na percepção de todos os membros da comunidade como recipientes de sabedoria, verdade e boa vontade.

- No contexto de uma discussão ao nível comunitário, em algum ponto será necessário que uma pessoa ou pequeno conselho veja e determine o caminho a seguir. As pessoas envolvidas no processo devem estar dispostas, na fé, a mostrar humilde obediência, aceitando o resultado do processo da forma mais autêntica possível. 

- Dentro do processo sinodal e na crença de que Deus fala através de cada um, especialmente através daqueles que menos esperamos, pode-se esperar que o coração se mova para a mudança.

- Embora muitas vozes, opiniões e sugestões sejam ouvidas num processo sinodal, o desafio é discernir onde a sabedoria, a visão pastoral e o bem de todos são servidos.

Fonte: A12.com

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O Papa: a humanidade, hoje mais do que nunca, tem necessidade da Boa Nova da paz

O Papa escreve ao Comitê "Nazarat" que, nos últimos dez anos, após a expulsão dos cristãos da Planície de Nínive, no Iraque, pelo Isis, vem promovendo a oração do Rosário no dia 20 de cada mês por todos os perseguidos no mundo, cristãos e não cristãos. Mensagens também de Ignatius Youssef III Younan, patriarca de Antioquia dos Sírios, e do pároco da comunidade latina de Aleppo, na Síria.

Mariangela Jaguraba - Vatican News

O Papa Francisco enviou uma mensagem, nesta sexta-feira (16/08), ao "Comitê Nazarat para os Cristãos Perseguidos" por ocasião dos "Dez anos de rosários na praça de Rimini" pela paz no mundo.

Trata-se de uma iniciativa de oração que, desde 2014, se realiza no dia 20 de cada mês na cidade italiana de Rimini e em outras cidades. No dia 20 de agosto, também estará presente o bispo de Rimini, dom Nicolò Anselmi.

O Papa agradece pelo testemunho de caridade

A iniciativa nasceu em agosto de 2014, após a expulsão dos cristãos da Planície de Nínive, no Iraque, pelo Isis (Estado Islâmico), ocorrida entre 6 e 7 de agosto daquele ano. O evento é chamado de "Apelo ao Humano", porque a oração é por todos os perseguidos, cristãos e não-cristãos, pois está em jogo o ser humano.

Nestes dez anos, a iniciativa Nazarat de Rimini recolheu milhares de euros em ajuda para apoiar centenas de famílias vulneráveis, especialmente na Síria e no Iraque.

No texto enviado ao coordenador do Comitê Nazarat para os Cristãos Perseguidos, Marco Ferrini, o Papa ressalta que foi informado, através de uma carta a ele enviada, sobre as iniciativas de sensibilização realizadas pelo Comitê Nazarat para os Cristãos Perseguidos que deu uma atenção particular "aos muitos irmãos e irmãs que vivem em terras afetadas por terríveis conflitos". O senhor quis "partilhar comigo a alegria vivida durantes estes dez anos, desde o nascimento da proposta de oração mariana promovida por vocês em muitas cidades do mundo". A seguir, Francisco escreve:

“Obrigado pelo testemunho de caridade amável, de proximidade e sobretudo de união à dor das populações feridas pela injustiça, pela opressão, pelo ódio e pela ganância. Toda a humanidade, hoje mais do que nunca, tem necessidade da Boa Nova da paz, e cada cristão é chamado a anunciá-la e partilhá-la.”

"Por isso, espero que todos aqueles que participam dos momentos de oração, com os corações ardentes e cheios do Espírito, continuem sendo promotores de uma cultura de respeito por todos, de acolhimento e de uma fraternidade inclusiva, onde todos possam saborear o pão da comunhão e a alegria da solidariedade", ressalta o Pontífice.

O Papa os exorta a "invocar a ajuda da Virgem Maria, Mãe do Socorro, para que ela nos acolha sob seu manto e nos sustente em nossa hora de provação. Que ela acenda a luz da esperança em nossas almas para que possamos ousar por um futuro de serenidade e harmonia".

Com estes sentimentos, Francisco conclui sua mensagem, enviando sua bênção, extensiva aos membros do Comitê e a quantos participarão da feliz ocasião, pedindo-lhes que continuem rezando por ele.

Patriarca Younan: a coragem de rezar pela paz nas praças

"Estou profundamente grato por sua solidariedade e sua sincera compaixão pelos seus irmãos e irmãs perseguidos até ao martírio por amor de Jesus." Assim como o Papa, o patriarca de Antioquia dos Sírios, Ignatius Youssef III Younan, expressa numa mensagem a sua proximidade à iniciativa de oração de Rimini, definida por ele como um "encontro corajoso", porque leva às ruas uma oração pela paz.

"A minha Igreja sírio-católica de Antioquia", escreve o patriarca, está "sofrendo muito", recordando o "desenraizamento criminoso" dos cristãos da Planície de Nínive, ocorrido entre 6 e 7 de agosto de dez anos atrás pelos milicianos do Estado Islâmico. "Um grande número está agora espalhado pelo mundo", recorda, renovando o apelo a "ser firmes na fé e na esperança".

Pároco de Aleppo: a sua solidariedade nos ajuda a não desesperar

Uma mensagem articulada também chega ao Comitê Nazarat do franciscano Bahjat Karakach, pároco da comunidade latina de Aleppo, que fornece uma visão sobre o que cerca de treze anos de guerra deixaram como um legado dramático para a Síria. "Hoje, nuvens escuras de guerra, violência e destruição, ocupação ilegítima e formas de extremismo religioso se acumularam sobre esta região", no "silêncio indiferente ou cúmplice de muitos, especialmente daqueles que têm o poder de fazer algo e não o fazem". "Ainda vivemos em condições muito difíceis" e os esforços da Igreja local, visam quase todos "incentivar os jovens a permanecerem em nosso país e a serem proativos em contribuir para o seu ressurgimento".

O padre Karakach tem, portanto, grande apreço pela oração promovida no dia 20 de cada mês em Rimini e agora em muitas outras praças da Itália, que convida a "não parar". "É um dom precioso para nós, que muitas vezes nos sentimos esquecidos pelo mundo, ter pessoas atenciosas como vocês, que pensam em nós e trabalham para nos ajudar", escreve o pároco de Aleppo, afirmando que deste testemunho de solidariedade vem um "impulso não indiferente" para "continuar a nossa luta cotidiana e procurar de todas as formas superar as imensas dificuldades de sobrevivência, tanto materiais quanto também de identidade de uma comunidade milenar que corre o risco de extinção. A sua proximidade é um verdadeiro dom de comunhão em Cristo, uma comunhão que supera todos os confins criados pelo ódio e pela indiferença".

Fonte: Vatican News

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Cardeal Bo: Papa dará novo impulso às Igrejas na Ásia, que vivem desafios

Em vista da viagem do Papa em setembro à Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor Leste e Cingapura, o presidente da Federação das Conferências Episcopais da Ásia oferece uma visão interna do significado da próxima visita: “o Santo Padre poderá tocar a diversidade dinâmica das Igrejas asiáticas e a fé inabalável do seu povo”. O tema do cuidado da criação é importante: “os efeitos da mudança climática são devastadores na Ásia”.

Deborah Castellano Lubov - Vatican News

“Muitas das nossas igrejas estão cheias durante as missas de domingo. Muitos dos asiáticos que emigram para outros países mantêm sua fé viva”. Em uma ampla entrevista à mídia vaticana, o cardeal Charles Maung Bo, arcebispo de Yangon (Mianmar) e presidente da Federação das Conferências Episcopais da Ásia (FABC), faz um retrato dos fiéis da Ásia e da Oceania que o Papa Francisco encontrará durante a viagem apostólica à Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor Leste e Cingapura. A visita está programada para o período de 2 a 13 de setembro e marca a 45ª viagem apostólica internacional de Jorge Mario Bergoglio, uma das muitas na Ásia durante seu pontificado. O Cardeal Bo fala de uma Igreja vibrante e diversificada que, apesar dos desafios políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, e do fato de que “nem sempre é fácil viver a fé cristã em algumas partes da Ásia”, “continua não apenas viva, mas também dinâmica de diferentes maneiras”.

O Papa Francisco está prestes a fazer sua 45ª viagem apostólica à Ásia e à Oceania. Como o senhor avalia a importância dessa visita?

Muitas pessoas na Ásia só ouvem falar do Papa e o “veem” com a ajuda da mídia digital. Mas para a população em geral, o Papa é uma figura um tanto “distante”. Portanto, a vinda do papa à Ásia não apenas empolga, mas também desperta um zelo e um senso de fé renovados, pois mostra que os povos asiáticos não estão distantes da mente e do coração do Papa. O que é mais encorajador é o fato de o Papa Francisco ter escolhido visitar países menores, pouco conhecidos pelo mundo, como Papua Nova Guiné e Timor Leste, criando assim uma oportunidade para o mundo conhecer as Igrejas dessas terras.

Estamos falando de países muito diferentes: a opulência de Cingapura e a pobreza de Papua Nova Guiné, a Indonésia de maioria muçulmana e a maioria católica da antiga colônia portuguesa do Timor Leste. Como a diversidade dos países asiáticos torna essa visita particularmente significativa? O que é interessante observar?

A singularidade da Ásia está justamente em sua diversidade, em termos de culturas, religiões e tradições. Embora os cristãos sejam uma minoria na maioria dos países asiáticos, com exceção das Filipinas e do Timor Leste, vemos uma fé crescente. As Igrejas na Ásia, embora pequenas, são vibrantes e vivas. O Santo Padre pode experimentar a diversidade dinâmica das Igrejas asiáticas e a fé do seu povo. Seja rico ou pobre, maioria ou minoria, a fé do povo permanece firme apesar da diversidade de desafios em diferentes países.

O que a Igreja universal pode aprender com a Igreja na Ásia?

Três palavras me vêm à mente: paz e harmonia e, em seguida, o que torna a paz e a harmonia uma realidade, ou seja, o diálogo. Apesar dos muitos desafios enfrentados pelas Igrejas na Ásia, nossa meta é buscar a paz e a harmonia. Todos buscam a paz e a harmonia, e é por isso que, diante da opressão política, da pobreza, da devastação climática e de muitas outras situações, a Igreja deve trabalhar com outros para restaurar a paz e a harmonia na vida das pessoas diretamente afetadas. Na Ásia, aprendemos a cooperar, dialogar e respeitar uns aos outros. Mas, acima de tudo, aprendemos a coexistir como irmãos e irmãs, apesar das dificuldades. Acredito que os caminhos da paz e da harmonia por meio do diálogo são o que a Ásia pode oferecer à Igreja universal.

 O que pode nos dizer sobre o testemunho da Igreja asiática?

As igrejas na Ásia estão vivas e vibrantes. Basta ver que muitas de nossas igrejas estão cheias durante as missas de domingo. Você perceberá que muitos dos asiáticos que emigram para outros países mantêm sua fé viva. Eles são nossos missionários nessas igrejas antigas. Eles trazem uma esperança e um zelo renovados para esses seus “novos lares”. Também somos testemunhas de muitas igrejas perseguidas na Ásia. Nem sempre é fácil viver a fé cristã em algumas partes do continente. Apesar desses desafios - políticos, econômicos, sociais e culturais - sua fé continua não apenas viva, mas também dinâmica de diferentes maneiras.

O que é necessário para a Igreja na Ásia ou em cada uma dessas quatro Igrejas que o Papa visitará?

É difícil para mim dizer o que cada uma das Igrejas precisa, mas minha oração é que a visita do Santo Padre leve a um zelo renovado pela fé e a uma maior abertura para vivermos em paz e cuidarmos uns dos outros como irmãs e irmãos, cada um cuidando do outro independentemente das diferenças que possamos ter.

Em sua opinião, qual será a importância do tópico de cuidados climáticos e ambientais, já que essa parte do continente está sendo cada vez mais afetada por desastres naturais causados pela crise climática?

Os efeitos da mudança climática estão sendo sentidos de forma devastadora na Ásia. Como a questão do cuidado com o clima está próxima do coração do Santo Padre, tenho certeza de que ele abordará esse tópico. Não podemos mais ser espectadores, mas devemos nos envolver ativamente na promoção do cuidado com o clima para o bem comum de todos. A Igreja na Ásia também deve desempenhar um papel de liderança na promoção dessa mudança na região e no mundo.

Fonte: Vatican News

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Peru: Vaticano expulsa o fundador Luis Figari do Sodalício de Vida Cristã

Anos atrás Luis Fernando Figari já havia sido afastado do movimento que criou na década de 1970, por causa de alegações de abuso psicológico e sexual, inclusive de menores, e por irregularidades financeiras, com o veto de retornar ao seu país. Agora veio a medida do Dicastério para a Vida Consagrada, tornada pública pela Conferência Episcopal Peruana.

Salvatore Cernuzio - Vatican News

Expulso do movimento que ele mesmo criou. O caso de Luis Fernando Figari, fundador no Peru da Sociedade de Vida Apostólica Sodalitium Christianae Vitae, mais comumente conhecida como Sodalício de Vida Cristã (SVC), que já foi comissionada no passado por casos de abuso e má gestão financeira por parte da administração, chegou ao fim com uma medida da Santa Sé. Figari, em particular, é acusado de violência física, psicológica e sexual, inclusive contra menores de idade.

Foi a Conferência Episcopal Peruana que divulgou o decreto emitido pelo Dicastério para a Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, que, de acordo com o cânon 746 do Código de Direito Canônico, estabeleceu a expulsão de Figari da realidade nascida na década de 1970 e muito difundida na América Latina por meio dessas comunidades, chamadas “sodálites”, formadas por leigos e sacerdotes consagrados que vivem juntos com votos perpétuos de celibato e obediência. Durante anos, o Sodalício foi uma das realidade mais ativas na evangelização da América do Sul.

As acusações

As primeiras acusações de abuso surgiram no início dos anos 2000, após denúncias de ex-membros e de investigações realizadas pela mídia. O caso explodiu em 2015 com a publicação de um livro que reúne os testemunhos das vítimas. A obra fala sobre abuso físico, psicológico e sexual por parte dos líderes do movimento e do próprio fundador Figari.

O veto do retorno ao Peru

Em 2018, o Ministério Público peruano havia solicitado a prisão preventiva de vários membros e ex-membros da organização, incluindo Figari. E o próprio Sodalício havia criado um grupo de investigação que, por meio de um relatório, identificou os autores de tais crimes - então afastados do movimento - cometidos entre 1975 e 2002 contra cerca de 36 pessoas, incluindo 19 menores.

No mesmo ano, Figari foi impedido por uma medida do Vaticano de retornar ao seu país, “exceto por razões muito sérias e sempre com a permissão por escrito” do comissário nomeado após a crise, o bispo colombiano Noel Antonio Londoño Buitrago, prelado de Jericó (Antioquía), que ficou ao lado do cardeal estadunidense Joseph William Tobin, desde 2016 o “delegado papal” para liderar o governo dessa realidade eclesial e que depois permaneceu como “referente”, em particular para questões econômicas.

O veto a um retorno ao Peru foi motivado pelo temor de que Figari pudesse “causar mais danos contra o povo”, “ocultar e destruir provas contra ele” ou “obstruir o curso da justiça” tanto eclesiástica quanto civil. Isso foi explicado em uma carta assinada pelo cardeal João Braz de Aviz, prefeito da Vida Consagrada, publicada em junho de 2018, em resposta às acusações da mídia local de que o Vaticano de alguma forma “protegeria” Figari.

Os enviados do Papa

Em julho de 2023, o Papa Francisco havia enviado dois investigadores especiais ao país andino para “investigar, ouvir e relatar” o caso do Sodalitium Christianae Vitae. Eram os dois especialistas que, alguns anos antes, haviam feito o mesmo trabalho no Chile, profundamente abalado por escândalos de abuso, passados e presentes: os investigadores Charles Scicluna, arcebispo de Malta, e o padre espanhol Jordi Bertomeu, ambos membros do Dicastério para a Doutrina da Fé.

Fonte: Vatican News

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Crianças entre as vítimas de bombas que atingem escola e mercado no Sudão

O Unicef denuncia a morte de 5 crianças e pelo menos 20 outras pessoas feridas por bombardeios na cidade de El Obeid: “mais de 110 escolas e hospitais atacados desde o início do conflito e centenas de escolas usadas como abrigos para pessoas deslocadas internamente. Desde abril de 2023, milhares de crianças foram mortas ou feridas”.

Vatican News

No Sudão, há dois dias, 5 meninas foram mortas e 20 crianças ficaram feridas em ataques na cidade de El Obeid, no estado de Kordofan, durante os quais balas atingiram a escola secundária feminina Al-Khansa e um mercado lotado. No domingo (11/08), uma granada atingiu um espaço para crianças apoiado pelo Unicef em Al Hattana, no estado de Cartum, matando 2 meninos e ferindo pelo menos 8 outros. Esses ataques se seguem àqueles contra instalações de saúde em outras partes do país. A denúncia dessas tragédias vem do próprio Unicef.

Escolas sob ataque

Em um comunicado, o representante da organização no Sudão, Sheldon Yett, afirma: “no Sudão, a maioria das escolas permanece fechada pelo segundo ano letivo consecutivo. Mais de 17 milhões das 19 milhões de crianças em idade escolar estão fora da escola. Mais de 110 escolas e hospitais foram atacados desde o início do conflito e centenas de escolas estão sendo usadas como abrigos para pessoas deslocadas internamente, limitando o acesso à educação em áreas onde as escolas foram parcialmente abertas”.

Crianças privadas de educação

“Os ataques às escolas representam uma violação grave contra as crianças”, diz Yett. ”Esses ataques interrompem e privam as crianças de sua educação. As escolas oferecem um ambiente seguro para o aprendizado, protegendo as crianças vulneráveis de abusos e perigos físicos.”

Violência, mortes, abuso

De acordo com os números do Unicef, milhares de crianças foram mortas ou feridas desde o início da guerra em abril de 2023. Muitas outras foram expostas a outras violações graves, incluindo violência sexual e recrutamento ou uso no conflito. Houve um aumento de cinco vezes nas violações graves contra crianças de 2022 a 2023 e violações graves generalizadas continuam a ocorrer em 2024.

Apelo

O Unicef continua a pedir a todas as partes que parem com os ataques a instalações e infraestruturas civis, incluindo escolas, hospitais e centros de saúde, e que tomem todas as medidas para proteger as crianças de acordo com suas obrigações nos termos do Direito Internacional Humanitário: “as escolas”, enfatiza o representante da ONU no Sudão, “oferecem às crianças do país devastado pela guerra a chance de aprender, brincar com seus amigos e ajudá-las a superar traumas. Os ataques a escolas, instalações de saúde e outros objetos civis devem cessar imediatamente”.

Fonte: Vatican News

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O que todo católico deve saber sobre as portas santas no Jubileu de 2025

Por Diego López Marina 

O próximo Jubileu Ordinário da Esperança 2025, anunciado pelo papa Francisco através da bula Spes non confundit , marca um evento muito esperado e importante para a Igreja.

Com a abertura das portas santas nas principais basílicas de Roma, os fiéis de todo o mundo são convidados a viver um encontro renovado com o “Senhor Jesus, «porta» de salvação (cf. Jo 10, 7.9); com Ele, que a Igreja tem por missão anunciar sempre, em toda a parte e a todos, como sendo a «nossa esperança»”, diz a bula de convocação.

Esse evento, que ocorre a cada 25 anos, oferece uma oportunidade única de conversão, reconciliação e fortalecimento da fé. Seguem cinco fatos essenciais sobre as Portas Santas e seu significado nesse Jubileu.

O dia da abertura das portas santas

Segundo a bula de convocação, o papa Francisco abrirá a porta santa da basílica de São Pedro, no Vaticano, no dia 24 de dezembro de 2024, dando início formal ao Jubileu. Seguir-se-á a abertura das portas santas da basílica de São João de Latrão, em 29 de dezembro, da basílica de Santa Maria Maior, em 1º de janeiro de 2025, e por fim da basílica de São Paulo Extramuros, em 5 de janeiro.

O significado espiritual das portas santas

A passagem por uma porta Santa durante o Jubileu simboliza a entrada numa nova vida em Cristo e o início de um caminho de conversão. A bula descreve esse ato como uma “experiência viva do amor de Deus, que desperta no coração a esperança segura da salvação em Cristo”.

Há explicações bíblicas que destacam a importância da porta santa através de mensagens e títulos de Jesus: “Por isso vos digo: pedi, e dar-se-vos-á; procure e você encontrará; batei, e abrir-se-vos-á” (cf Lc 11,9); “Estou na porta e bato; Se ouvires a minha voz e abrires a porta, entrarei em tua casa e cearei contigo, e tu comigo” (cf Ap 3,20); “Eu sou a porta; Quem entra por mim será salvo” (cf Jo 10,9).

Em 2025 mais portas santas serão abertas em igrejas particulares

Além das basílicas romanas, no dia 29 de dezembro serão abertas as portas santas em todas as catedrais e co-catedrais do mundo. Os bispos diocesanos celebrarão a Eucaristia como abertura solene do Ano Jubilar, seguindo um ritual preparado especialmente para a ocasião.

O dia de encerramento do Jubileu

O Jubileu terminará com o fechamento da porta santa da Basílica de São Pedro, no dia 6 de janeiro de 2026, durante a festa da Epifania do Senhor, que comemora a “manifestação” do Messias esperado a todos os povos da humanidade. Esse evento marcará o final de um ano cheio de graça, oração e renovação espiritual.

Sempre haverá momentos de peregrinação e reconciliação

A peregrinação às portas santas é um acontecimento central do Jubileu. Os fiéis são encorajados a percorrer um caminho de reflexão e penitência, especialmente através do sacramento da Reconciliação, que é descrito na bula como “ponto de partida insubstituível de um verdadeiro caminho de conversão”.

Durante o Jubileu, os fiéis poderão fazer a peregrinação às Sete Igrejas , uma das mais antigas tradições romanas. São cerca de 25 km pela cidade, chegando à zona rural romana, às catacumbas e a algumas basílicas de Roma.

Os fiéis também poderão visitar as chamadas “igrejas jubilares”, locais de encontro dos peregrinos. Nessas igrejas será feita a catequese em diferentes línguas para redescobrir o sentido do Ano Santo, haverá a oportunidade de vivenciar a Confissão e a oração profunda. 

Fonte: ACIDigital

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Diocese nigeriana duplica o número de sacerdotes em dez anos: mais de 400 

No ano de 2013, a Igreja local possuía 195 sacerdotes Diocesanos e 16 sacerdotes religiosos. Dez anos depois, o número ultrapassou os 400.

A Diocese de Nsukka, na Nigéria, ultrapassou o número de 400 sacerdotes, após a ordenação de 23 novos padres no último sábado, 10. No ano de 2013, a Igreja local possuía 195 sacerdotes Diocesanos e 16 sacerdotes religiosos. Dez anos depois, o número dobrou.

A última cerimônia de ordenação sacerdotal foi presidida pelo Bispo local, Dom Godfrey Igwebuike Onah. Em sua homilia, o prelado agradeceu ao crescente número de vocações sacerdotais existentes na comunidade e explicou que, somando os recém-ordenados, a Diocese nigeriana atualmente conta com 417 sacerdotes.

O verdadeiro chamado dos sacerdotes

Ressaltando a importância dos sacerdotes viverem vidas que reflitam seu chamado sagrado, Dom Onah afirmou que “os sacerdotes são chamados a ficar entre o povo e Deus, a oferecer orações em nome da Igreja e a transmitir a mensagem de Deus ao povo. Embora a tentação dos padres de se tornarem ativistas seja grande, seu verdadeiro chamado é ser homens de oração, liderando os fiéis na santidade”.

O prelado recordou ainda aos neo-sacerdotes, que eles não pertencem apenas à sua Diocese local, mas à Igreja mundial. “Embora cada sacerdote seja ordenado para uma diocese ou instituto religioso em particular, cada sacerdote pertence à Igreja Católica e ao mundo inteiro. A partir deste momento, suas ideias, interesses e carismas pessoais serão colocados a serviço da palavra de Deus”, destacou.

Transformados e configurados com Cristo

Dom Onah exortou aos sacerdotes para que vejam sua missão como transcendendo fronteiras, e a estarem preparados para as tarefas que têm pela frente. “Enquanto forem fiéis a esta missão, não precisam temer. Em Cristo, os papéis de pastor, sacerdote e profeta são combinados, e seus irmãos e amigos agora estão assumindo essa responsabilidade”, assegurou.

Por fim, o Bispo de Nsukka lembrou aos novos sacerdotes que agora eles estão profundamente transformados e configurados com Cristo, e que a graça que recebem através da ordenação sacerdotal os prepara para cumprir seus deveres sagrados. E concluiu alertando que Satanás não se agradará com suas obras, por isso, eles devem ser cautelosos, atentos à sua fragilidade como vasos de barro e à preciosidade do tesouro que carregam. (EPC)

Fonte: Gaudium Press

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