Informativo Diocesanos

Informativo Diocesano
16/10/2022

SECRETARIADO DIOCESANO DE PASTORAL
www.diocesedeerexim.org.br E-mail: secretariado@diocesedeerexim.org.br
Fone/Fax: (54) 3522-3611
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Ano 26 – nº. 1.372 – 16 de outubro de 2022

Agenda Pastoral: 
- Neste Domingo, 29º do TC-C, às 10h, missa e crismas na igreja São Francisco de Assis, sede paroquial de Mariano Moro e início da visita pastoral na Paróquia. 
- Terça-feira, festa de São Lucas, Dia do Médico, às 20h, na Catedral São José, Missa com os profissionais da saúde de Erechim (Médicos, Odontólogos, Oftalmologistas, Enfermeiros e Enfermeiras, Servidores de Hospitais e Casas de Saúde).
- Quarta-feira, às 08h30, reunião dos padres da Área Pastoral de Erexim, na sede paroquial São Francisco, Bairro Progresso.
- Sexta-feira, às 14h30, tarde de oração do Apostolado da Oração na Catedral São José, Erechim.
- De sexta-feira a domingo, Cursilho Adulto Feminino, em Marcelino Ramos.
- Sábado, às 18h30, domingo, às 09h e 18h, Crismas na igreja N. Sra. da Salette, Três Vendas, Erechim.
- Domingo - 30º do TC-C – Dia Mundial das Missões e da Pontifícia Obra da Infância Missionária – em todas as comunidades católicas do mundo, coleta em favor da ação missionária da Igreja.

Papa Francisco ressalta o compromisso do testemunho de Cristo de todos os seus discípulos missionários: 
A Igreja Católica do mundo inteiro viverá o Dia Mundial das Missões e da Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária no próximo domingo. Aqui no Brasil, todo este mês é dedicado às missões. Papa Francisco em sua mensagem para este dia enfatiza as palavras de Cristo “Sereis minhas testemunhas até os confins do mundo” aos apóstolos no dia de sua Ascenção aos céus, garantindo-lhes que receberiam a força do Espírito Santo, conforme o início do Livro dos Atos dos Apóstolos. Ele motiva a reflexão sobre três expressões-chave que resumem os três alicerces da vida e da missão dos discípulos: “Sereis minhas testemunhas”, “até aos confins do mundo” e “recebereis a força do Espírito Santo”. Para ele, a primeira, “sereis minhas testemunhas”, é o ponto central, o coração do ensinamento de Jesus aos discípulos em ordem à missão no mundo. A graça do alto os constitui como tais. Assim como Ele é o primeiro enviado, o missionário do Pai, assim também todo cristão é a chamado a ser missionário e testemunha dele. A Igreja, como comunidade dos seus discípulos, não tem outra missão, se não a de evangelizar o mundo através do anúncio e do testemunho. Sua identidade é evangelizar. A palavra sereis minhas testemunhas, no plural, destaca o caráter comunitário-eclesial do compromisso dos discípulos. A missão não se realiza individualmente, mas em conjunto. A segunda expressão, “até os confins do mundo”, ressalta a atualidade perene da missão da evangelização universal. Não são enviados para fazer proselitismo, pressionar as pessoas para apenas aumentar o grupo religioso a que se pertence, mas para anunciar. O Livro dos Atos dos Apóstolos relata que os discípulos saíram a testemunhar Cristo. Dão-nos uma imagem muito bela da Igreja “em saída” para cumprir a sua vocação de testemunhar Cristo Senhor, orientada pela Providência divina através das circunstâncias concretas da vida. Enfrentaram perseguições e até a morte, como hoje também. A terceira expressão, a promessa “recebereis a força do Espírito Santo” cumpriu-se em Pentecostes, ocasião em que se deu a primeira ação de testemunhar Cristo, morto e ressuscitado, por parte dos discípulos até então fracos, medrosos e fechados, mas que receberam coragem e sabedoria para testemunhar Cristo diante de todos. 

Testemunho de fé, oração e ajuda material de todo cristão na ação missionária da Igreja:
 Pelo Batismo, a pessoa passa a fazer parte da Igreja e a ter o compromisso de viver sempre ativamente a missão dela, pela fidelidade ao Evangelho, pela ação em sua respectiva comunidade, pela oração e pela doação de recursos para a sustentação da mesma, de sua Diocese e da obra evangelizadora da Igreja no mundo. Mas, no mês e no dia mundial das missões, o cristão católico é convidado a tudo isto de modo especial e a participar com generosidade da coleta universal para as missões que deve ser realizada em todas as comunidades, com celebração eucarística ou com celebração da Palavra de Deus ou outro momento de oração comunitária. Assim, no próximo sábado e domingo, dias 22 e 23, em todas as comunidades seja realizada esta coleta missionária universal. O resultado da coleta de cada comunidade deve ser enviado à secretaria paroquial. Esta o remeterá à Cúria Diocesana que o encaminhará às Pontifícias Obras Missionárias. Estas, por sua vez, o enviarão para o Fundo Universal de Solidariedade e será utilizado na animação e cooperação em regiões carentes em todo o mundo. É fundamental se ter generosidade com as missões e que não aconteça o que já ouviu dizer: quando se fala que a coleta é para fora, o pessoal não dá porque quer que fique na própria comunidade.

Missa com profissionais da saúde pelo Dia do Médico em Erechim: 
No dia 18, terça-feira, a Igreja Católica celebra a festa de São Lucas evangelista. Pela tradição, ele teria sido médico, razão pela qual foi instituído, na sua comemoração, o Dia do Médico e por extensão dos profissionais da saúde. Por instituição de Dom Adimir, a Catedral São José passou a ter missa de ação de graças pelo serviço que realizam e de súplica para que Ele os revigore continuamente nesta missão. Esta missa será terça-feira, às 20h, para a qual, com os profissionais da saúde, Médicos, Odontólogos, Oftalmologistas, Enfermeiros e Enfermeiras, Servidores de Hospitais e Casas de Saúde, são convidados também seus familiares e amigos, bem como todos os que puderem participar.

CNBB lamenta intensificação da exploração da fé e da religião no processo eleitoral: 
-feira, dia 11, memória litúrgica de São João 23, que há 60 anos naquele dia fez a solene abertura do Concílio Vaticano II, a Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota a respeito da exploração da fé e da religião na campanha eleitoral. A manifestação começa pela citação do seguinte versículo do livro bíblico do Eclesiastes: "Existe um tempo para cada coisa” (Ecl 3,1). Em sua íntegra, a breve e incisiva nota diz: Lamentamos, neste momento de campanha eleitoral, a intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno. Momentos especificamente religiosos não podem ser usados por candidatos para apresentarem suas propostas de campanha e demais assuntos relacionados às eleições. Desse modo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lamenta e reprova tais ações e comportamentos. A manipulação religiosa sempre desvirtua os valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que necessitam ser debatidos e enfrentados em nosso Brasil. É fundamental um compromisso autêntico com a verdade e com o Evangelho. Ratificamos que a CNBB condena, veementemente, o uso da religião por todo e qualquer candidato como ferramenta de sua campanha eleitoral. Convocamos todos os cidadãos e cidadãs, na liberdade de sua consciência e compromisso com o bem comum, a fazerem deste momento oportunidade de reflexão e proposição de ações que foquem na dignidade da pessoa humana e na busca por um país mais justo, fraterno e solidário.

Pastoral Familiar da Diocese de Erexim estuda Itinerário vivencial para o Sacramento do Matrimônio: 
A Equipe de Coordenação da Pastoral Familiar da Diocese de Erechim esteve reunida, juntamente com o Padre Valtuir Bolzan, assessor espiritual diocesano, na noite desta segunda-feira, dia 10, casa paroquial da Paróquia Imaculada Conceição de Getúlio Vargas, refletindo sobre encontro de formação e estudo do Itinerário vivencial de acompanhamento personalizado para o Sacramento do Matrimônio. Segundo o Casal Coordenador, Daltro e Luci, a equipe, está motivada para os desafios desta nova dinâmica de preparação para o Matrimônio. Os Encontros acontecem quinzenalmente e têm por objetivo preparar a equipe que fará a formação de novos casais, em nível de Diocese, para estes posteriormente acolher e peparar jovens para o Sacramento do Marimônio.

Papa Francisco participará de Encontro Inter-religioso Mundial de Oração pela Paz no Coliseu de Roma: 
A comunidade de Santo Egídio, organização católica fundada em 1968 no bairro de Trastevere, em Roma, Itália, dedicada à caridade, evangelização e promoção da paz, realizará o 36º Encontro com representantes das religiões mundiais , da cultura e de políticos nos dias 23 a 25 deste mês, naquela cidade, no “Espírito de Assis”, com o tema "O grito da paz. Religiões e culturas em diálogo". Durante três dias, líderes religiosos, intelectuais, homens da cultura e da política, entre eles o presidente da Itália, da França e do Níger, África, se encontrarão para discutir sobre os grandes temas da atualidade devastada pela guerra que causa vítimas e destruição. Entre outros temas, serão debatidos a crise ambiental e os refugiados. Papa Francisco participará do ato final do evento, Oração pela Paz, dia 25. Ao apresentar o encontro em coletiva de imprensa, o presidente da Comunidade de Santo Egídio declarou: "Queremos nos libertar da prisão da guerra. Faremos ouvir nosso grito pela paz, uma paz sufocada não só na Ucrânia, mas em muitas partes do mundo. Pela primeira vez os cristãos rezarão dentro do Coliseu com Francisco", informando que os mundos religiosos da Rússia e da Ucrânia foram convidados a participar da oração.

Terço pela Paz mundial conduzido por um milhão de crianças: 
Desde 2005, no dia 18 de outubro, a Fundação Católica de Direito Pontifício “Ajuda à Igreja que sofre” realiza a oração do terço pela paz conduzido por crianças do mundo inteiro. Tudo começou quando um grupo de crianças rezava o terço em frente a um santuário mariano em Caracas, Venezuela. Alguns dos presentes lembraram as palavras de São Pio de Pietrelcina: "Quando um milhão de crianças rezarem o Terço, o mundo mudará". A campanha rapidamente se espalhou pelo mundo. O presidente da Fundação, Cardeal Mauro Piacenza, ressalta que, se rezarmos fielmente o Terço juntos, a Santa Mãe de Deus nos conduzirá como uma grande família nos braços amorosos de nosso Pai Celeste. Neste ano de 2022 muitas guerras e desastres naturais afetaram diversos países ao redor do mundo e são sempre recordados pelo Papa Francisco em suas orações e audiências. Perante a situação de guerra, violência e grave pobreza que reina em diversos países, a Ajuda à Igreja que sofre quer confiar de forma especial às mãos poderosas e amorosas do Divino Pai e à intercessão da Mãe de Deus todos aqueles lugares onde as pessoas não podem viver em paz. Convida paróquias, escolas e grupos de crianças e famílias a participarem deste momento de oração junto à Mãe de Deus, confiando em sua poderosa intercessão por todas as realidades de guerra e sofrimento no mundo, terça-feira, dia 18, às 19h, através das redes sociais.
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Informações da semana
Do dia 13/10/2022
Comissão lança caderno de enfrentamento ao tráfico de pessoas; versão digital já está disponível para download
  “Uma destas feridas abertas mais dolorosas é o tráfico de seres humanos, uma forma moderna de escravidão, que viola a dignidade, dom de Deus em tantos dos nossos irmãos e irmãs”  (Papa Francisco)
Com objetivo de reforçar uma das ferramentas para o enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, a Comissão Episcopal Pastoral Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano (CEPEETH) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com o apoio da Conferência Episcopal Italiana, lança o Caderno – Nas Trilhas do Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.
O caderno é parte das ações que mobilizam as pastorais, movimentos, coletivos e organizações que atuam nos processos de formação para enfrentar o Tráfico de Pessoas no Brasil. O instrumento fortalece as redes de enfrentamento, sobretudo neste cenário em que o país atravessa crises sociais, políticas econômicas e ainda convive com a pandemia da Covid-19.
Para a Comissão de Enfrentamento da CNBB, a publicação tem a capacidade de sensibilizar a sociedade através da formação e informação:
“É necessário que a sociedade tenha conhecimento deste crime que é considerado o terceiro maior comércio ilícito no mundo, perdendo apenas para o tráfico de drogas. O Tráfico de Pessoas é a escravidão moderna deste século. No Brasil o grito das vítimas praticamente foi silenciado pelo poder do crime organizado durante a pandemia da Covid-19, por este e outros motivos é necessário formar e informar para denunciar”.
O caderno segue o método VER, JULGAR e AGIR e apresenta conceitos, modalidades e indicações para a cultura do cuidado. Em todos os temas a publicação apresenta indicações e debates para proporcionar interações nos grupos de estudos. O conteúdo do Caderno foi enriquecido com ilustrações e infográficos que facilitam a compreensão. Os recursos deixaram o tema com uma certa leveza para ser estudado, embora o tema seja “pesado”.
A publicação do Caderno “Nas Trilhas do Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas” têm contribuição das parcerias da Associação Brasileira de Defesa da Mulher da Infância e da Juventude (ASBRAD), Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Rede Um Grito pela Vida e apoio da Conferência Episcopal Italiana.  
A publicação terá versões impressa e digital.  Na versão impressa, que será distribuída para os Regionais da CNBB, os leitores poderão acessar outros conteúdos indicados no caderno através de QR-codes, basta apontar a câmera do celular e assistir documentários ou reportagens. Na versão digital, disponível para download no site da Conferência, os leitores também poderão acessar as indicações com facilidade.
Fonte: CNBB
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Pastoral Familiar participa de encontro continental sobre acompanhamento pós-aborto
A Pastoral Familiar do Brasil participa, nesta semana, do VIII Encontro Pan-Americano de Acompanhamento Pastoral pós-aborto e apoio à vida, promovido pelo Conselho Episcopal Latino Americano (Celam). O evento conta com apoio do Projeto Esperança, iniciativa desenvolvida nesse contexto de acompanhamento de pessoas que sofrem as sequelas da perda de um filho que não nasceu ou de um aborto provocado.
Sediado em Lima, no Peru, o evento teve início na última segunda-feira, 10, e segue até sexta-feira, 14 de outubro. Participam 75 pessoas, entre bispos, padres, diáconos e leigos de 13 países. São 6 participantes do Brasil: padre Crispim Guimarães, assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e secretário executivo da CNPF; o casal Luiz e Káthia Stolf, que tem colaborado no âmbito do Serviço à Vida da Pastoral Familiar no Brasil; além de representantes de movimentos pró-vida do Brasil.
O objetivo do encontro é fortalecer a colaboração e difusão dos diferentes movimentos e das Conferências Episcopais da América Latina e do Caribe integrados na missão da defesa da vida, em razão da sinodalidade.
De acordo com o padre Crispim Guimarães, são várias as iniciativas relatadas e profissionais da psicologia, medicina, sociologia e de outras áreas favorecem o aprofundamento da temática com reflexões sobre o acompanhamento aos pais e mães no pós-aborto.
A intenção, de acordo com o Celam é que essas experiências que promovem a proteção à vida e a cura das feridas pós-aborto possam gerar competências para o serviço a favor das famílias que sofrem a perda de um filho antes de nascer.
Pós-aborto
A Igreja tem se comprometido em acolher com misericórdia a mulher que tenha praticado o aborto por meio de acompanhamento pastoral, de modo que seja possível a reconstrução do projeto de vida.
A partir do encontro III Encontro Latino Americano e Caribenho e VII Encontro Pan-Americano de Acompanhamento Pastoral Pós-aborto, realizado em 2019, no México, a CNPF assumiu o desafio de implantar ou fortalecer os trabalhos dedicados ao acompanhamento às mães ou pais que passaram pela experiência de um aborto espontâneo ou provocado.
Fonte: CNBB
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Pastoral da Aids promove XVIII Seminário Nacional de Prevenção ao HIV, de 13 a 15 de outubro, em Vitória(ES)
A Pastoral da Aids da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está promovendo, desde quinta-feira até este sábado, de 13 a 15 deste mês, em Vitória(ES), o XVIII Seminário Nacional de Prevenção ao HIV. Com o tema ‘Tecendo as Relações para Fortalecer a Rede’, o encontro que será realizado no Centro de Treinamento Dom João Batista reunindo lideranças  da pastoral de 20 estados brasileiros.
O grupo formado por coordenadores regionais e agentes de pastoral junto com o assessor eclesiástico, o secretário nacional e o bispo de Friburgo (RJ) e referencial para a Pastoral da Aids, dom Luiz Antônio Ricci, vão construir um novo Plano Pastoral para o triênio de 2023-2026.
A proposta do encontro é refletir sobre o papel da Igreja na prevenção do HIV, discutindo metodologias, estratégias de prevenção, aprofundando as tendências da epidemia, novas tecnologias e inovações no campo teórico e epidemiológico.
No limite da vida
O Plano Pastoral vai der construído com o foco na qualificação dos agentes da Pastoral da Aids para atuação no campo da promoção e prevenção a saúde, através de um processo educativo que busque soluções para os desafios relacionados às populações mais vulneráveis em seus diferentes contextos sociais, históricos e estruturais, visando ampliar as ações de base comunitária com o cuidado integral à saúde.
O universo que envolve a epidemia do HIV é complexo. A Pastoral da Aids aponta que muitas pessoas são reticentes a este trabalho e muitas vezes se experimenta fracassos e desilusões.
“Temos convicção de que muita gente redescobre o sentido da vida por causa do contato com a Pastoral e seus agentes.”, diz a secretaria Nacional. E continua “atuamos num terreno movediço, com pessoas de diferentes credos, muitas sem nenhuma vinculação religiosa. Lidamos com o limite da vida, com pessoas que estão na marginalidade e com muitas dificuldades de se reintegrarem. No entanto, estamos nestes ambientes para manifestar o rosto misericordioso de Deus e sinalizar o amor incondicional do Pai que nos ama apesar de tudo.”, ressalta.
A Pastoral da AIDS trabalha em parceria com o Ministério da Saúde do Brasil, à medida que coloca suas ações em sintonia com o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, assegurando dessa forma, em lugar de sobrepô-las, a ampliação das respectivas ações.
HIV/AIDS 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que desde o início da epidemia, em 1980, até os dias atuais, mais de 38 milhões de pessoas morreram de AIDS em todo o mundo, dessas mais de 680 mil somente no ano de 2020. E continuam a morrer. 
Uma análise do UNAIDS revelou que os lockdowns e outras restrições impostas pela Covid-19 interromperam os novos testes de HIV e, em muitos países, levaram a quedas acentuadas nos diagnósticos e encaminhamentos para o tratamento do HIV, dificultando o diagnóstico precoce e consequentemente início do tratamento.  
Sem contar os impactos potenciais que a pandemia de Covid-19 poderá ter sobre o fornecimento de medicamentos antirretrovirais para tratar o HIV. Segundo o Boletim Epidemiológico (BRASIL, 2021), desde o início da epidemia de Aids no Brasil (1980) até 31 de dezembro de 2020, foram notificados 360.323 óbitos tendo o HIV/Aids como causa básica. 
Fonte: CNBB
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Santuário Nacional recebe Seminário de Combate ao Trabalho Infantil
O evento teve inicio nesta quinta-feira (13) e segue até esta sexta-feira,14
Escrito por Letícia Dias
Está em andamento no Auditório Padre Noé Sotillo, situado no subsolo da Basílica de Aparecida, o Seminário de Combate ao Trabalho Infantil. O evento é gratuito e aberto ao público em geral.  
A atividade é promovida pela Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região e conta com a presença do Missionário Redentorista padre Eduardo Catalfo, reitor do Santuário Nacional, e do Padre Júlio Lancellotti, além de pesquisadores, juízes, desembargadores, médicos, etc. especialistas na temática. No final do evento, dia 14, será lida a Carta de Aparecida.
Neste primeiro dia foram apresentados temas como a Organização Internacional do Trabalho Decente (OIT) na promoção do Trabalho Decente sob a perspectiva do combate ao Trabalho Infantil e a atuação do Santuário de Aparecida no combate ao trabalho infantil.
Hoje (13), pela manhã, os seguintes temas foram abordados nos painéis de discussão: o sistema de justiça trabalhista brasileiro no combate ao trabalho infantil, aprendizagem social sistema socioeducativo, a aprendizagem social e a inclusão dos adolescentes no mercado de trabalho, a atuação do Ministério Público do Trabalho (MPT) para a inclusão dos adolescentes no mercado de trabalho e a aprendizagem e as propostas de alterações legislativas no Congresso Nacional.
O juiz Adhemar Prisco da Cunha Neto, do TRT15, participou do 1º painel do Seminário e explicou a proposta do evento:
“O seminário se propõe a manter vivo o debate sobre a importância de proporcionar a crianças e adolescentes um desenvolvimento saudável, livre da exploração, pautado pela educação e pelas atividades lúdicas próprias da faixa etária”, afirmou.
Para o juiz, a sociedade não pode deixar passar a importância de proteger as crianças e adolescentes “dessas mazelas e ter em mente que é princípio constitucional a proteção integral e prioritária dos mais jovens”.
Carta de Aparecida 
No início deste mês de outubro, o Santuário Nacional reafirmou o compromisso na luta contra o trabalho infantil e na busca de proteção e direitos de crianças e adolescentes por meio da Sétima carta de Aparecida pela abolição do trabalho infantil, pelo acesso à educação e pela proteção integral e prioritária de crianças e adolescentes. 
“A Carta de Aparecida, divulgada em parceria entre o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região e o Santuário Nacional de Aparecida há anos, conclama a todos a se engajar no relevante tarefa de combater a exploração do trabalho infantil. Que toque os corações e sirva de instrumento para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna”, disse o juiz Adhemar Prisco.
Fonte: A12.com
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CECREI oferece curso sobre o Evangelho de Mateus
O Centro de Espiritualidade Cristo Rei (CECREI), em São Leopoldo, oferece de 04 a 06 de novembro o curso “O discipulado cristão no Evangelho de Mateus”, com o Pe. Jaldemir Vitório, SJ.
Em 2023, os textos evangélicos da liturgia dominical do Ano A serão tirados do Evangelho segundo Mateus. Sua compreensão supõe uma visão de conjunto da catequese mateana.
O curso, tendo como chave de leitura o tema do discipulado do Reino, apresentará as grandes linhas teológicas do evangelho, chamando a atenção para sua pragmática, no contexto do evangelista, e sua relevância para as comunidades dos discípulos e das discípulas na atualidade.
As inscrições podem ser realizadas pelo link https://bit.ly/3SoO8XR e o investimento será de R$ 494,00.
Fonte: CNBB Sul 3
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Santa Sé na ONU: guerra e ameaça nuclear são uma loucura
Em uma série de discursos na ONU, o observador permanente da Santa Sé, dom Gabriele Caccia, reafirmou a posição do Vaticano sobre o conflito na Ucrânia, relançando as palavras do recente apelo do Papa: busquem soluções que não sejam impostas pela força, mas consensuais, justas e estáveis.
Quatro discursos como um mosaico, ditados pela urgência de mostrar também à assembleia da ONU o desenho que está no coração do Papa e da Santa Sé: redescobrir uma serenidade mundial que a guerra na Ucrânia, com a sombra do dedo no detonador do conflito atômico, parece ter acabado, fomentando cenários apocalípticos em vez de pressionar para desarmá-los antes que seja tarde demais. Foi assim que o representante do Vaticano junto às Nações Unidas, o arcebispo Gabriele Caccia, viveu um dia mais que intenso, falando nesta quarta-feira (12) em quatro circunstâncias diferentes, duas das quais foram diretamente dedicadas à crise que mais uma vez dividiu o planeta em blocos.
As condições certas para a paz
Diante da 11ª sessão especial de emergência da Assembleia Geral, que tratou da questão da integridade territorial da Ucrânia, o observador permanente da Santa Sé repetiu palavra por palavra o apelo lançado por Francisco em 2 de outubro no Angelus, um convite mais que urgente, dirigido explicitamente aos presidentes dos dois países beligerantes, para silenciar as armas e buscar "condições para iniciar negociações capazes de levar a soluções que não sejam impostas pela força, mas sim acordadas, justas e estáveis". Condições, insistia o Papa, "baseadas no respeito ao valor sacrossanto da vida humana, bem como da soberania e da integridade territorial de cada país". E isso "sem nos deixarmos envolver em perigosas escaladas" de uma guerra marcada novamente como "uma loucura".
A paz não é o mesmo número de armas
Um discurso, o de dom Caccia, intimamente ligado ao àquele dirigido aos colegas na primeira Comissão da Assembleia Geral, dedicado ao desarmamento e à segurança internacional. O representante do Vaticano começou recordando o mesmo clima de inquietação de 60 anos atrás, quando o mundo se aproximou do conflito nuclear e quando João XIII na sua Pacem in Terris observou sem rodeios que a verdadeira paz entre as nações não pode se basear "na posse de um número igual de armas, mas somente na confiança mútua".
Entretanto, apesar do drama atual, o prelado observou que "há sinais de esperança para o desarmamento" ainda hoje, enaltecidos, sobretudo, pela ratificação de seis Estados ao Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBT). Chamando outros países para fazer o mesmo, dom Caccia abordou então o tema preocupante do desenvolvimento de armamentos, desde armas como minas antipessoais e bombas de fragmentação até sistemas de armas orbitais e de mísseis antissatélites.
As despesas militares mundiais, afirmou ele, "ultrapassaram os 2 trilhões de dólares pela primeira vez", consumindo recursos "que poderiam promover o desenvolvimento humano integral e salvar incontáveis vidas. Sem abordar esta proliferação desenfreada", disse ele, "alcançar as Metas de Desenvolvimento Sustentável (ODS) permanecerá indefinida".
Pandemia e guerras, e a pobreza cresce 
De um teor diferente, mas não menos significativo, foram os outros dois discursos do observador permanente: o primeiro dos quais foi dirigido à audiência da segunda Comissão da Assembleia Geral sobre a erradicação da pobreza e do desenvolvimento da agricultura, da segurança alimentar e da nutrição. Aqui o prelado enalteceu um atraso em relação à tabela pré-estabelecida. "Apenas 8 anos após o cumprimento das metas da Agenda 2030 e 5 anos após a conclusão da Terceira Conferência das Nações Unidas para a Erradicação da Pobreza", observou ele, "a comunidade internacional deve voltar ao caminho certo e redobrar seus esforços para enfrentar os alarmantes índices de pobreza, especialmente nos países menos desenvolvidos".
A pandemia causou um aumento de 8,3% em 2019 para 9,2% em 2020 na taxa de pobreza, uma "flutuação aparentemente pequena nos dados" que, no entanto, "corresponde," salientou o prelado, "a uma enorme mudança, ou seja, 77 milhões a mais de pessoas vivendo com menos de US$ 1,90 por dia", o que significa desnutrição generalizada e uma série de problemas relacionados, daqueles da saúde ao emprego. Daí o reiterado chamado para "projetar políticas que tenham a pessoa humana no centro e garantam o acesso equitativo aos bens essenciais, recursos e oportunidades que são indispensáveis para sustentar a vida e promover o desenvolvimento integral e o bem-estar de cada pessoa".
Indígenas, o direito de contar
Finalmente, na terceira Comissão da Assembleia Geral, que se concentrou nos "Direitos dos Povos Indígenas", dom Caccia estigmatizou como eles são "muitas vezes negligenciados, se não ignorados", uma situação que tem repercussões para essas populações, vítimas do impacto da mudança climática e da degradação ambiental, assim como, denunciou o observador do Vaticano, "de políticas gananciosas e míopes e de práticas ilegais que podem levar à expropriação de territórios e recursos".
Em vez disso, é necessário reconhecer os povos indígenas como detentores de direitos "envolvendo-os, quando apropriado, nos processos de tomada de decisão" dentro dos órgãos onde as políticas que os afetam são decididas. Além disso, o prelado continuou, se as terras que habitam "devem ser listadas como protegidas, deve ser garantido o respeito ao princípio do consentimento livre, prévio e informado". Esse diálogo, que garante o respeito por seus direitos e liberdades fundamentais, mas também por suas tradições e costumes, é essencial - segundo dom Caccia - para promover uma cultura do encontro contra aquela cultura do indigenismo que é "completamente fechada, a-histórica e estática que rejeita qualquer tipo de fusão".
Fonte: Vatican News
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Processo no Vaticano: as investigações conduzidas pela Gendarmaria
A nova audiência do processo sobre os investimentos financeiros da Secretaria de Estado teve como protagonista o comissário Stefano De Santis, do Corpo de Gendarmaria do Estado da Cidade do Vaticano
Durante a vigésima oitava audiência do processo no Vaticano sobre os investimentos financeiros da Secretaria de Estado, esta quarta-feira, 12 de outubro, falou o dirigente do Corpo da Gendarmaria Stefano De Santis. Interpelado pelo Promotor de Justiça Alessandro Diddi, o oficial esclareceu que todas as investigações realizadas, primeiro administrativas e depois judiciais, partiram da queixa apresentada pelo Diretor Geral do Ior Gian Franco Mammì, concernente aos 150 milhões de euros solicitados pela Secretaria de Estado. O trabalho teria levado inicialmente a concentrar-se nas figuras de Caterina Sansone, que mais tarde se mostrou marginal no caso, e de Fabrizio Tirabassi, assim como de monsenhor Mauro Carlino.
Este primeiro passo, que remonta a 8 de julho de 2019, foi então acompanhado por muitos outros, realizados por procuração da Autoridade Judiciária, e não raro em colaboração com vários Ministérios Públicos, na Itália e no exterior. O procedimento 45/2019, nas palavras do comissário De Santis, tomou forma também graças à notificação feita pelo então revisor geral ad interim Alessandro Cassinis Righini, que em 8 de agosto de 2019 denunciou "anomalias na gestão patrimonial da Secretaria de Estado". O Gabinete do Revisor Geral, criado com o Motu Proprio Fidelis et prudens, juntamente com a Secretaria para a Economia e o Conselho para a Economia, evidenciava uma mudança na natureza dos investimentos escolhidos pela Secretaria de Estado, a princípio preeminentemente conservadores, até 2013, e depois tendo se tornado especulativos.
Um momento chave nas investigações, relatou a testemunha, foi a busca realizada na Secretaria de Estado, bem como no escritório do então Diretor da Autoridade de Informação Financeira, Tommaso di Ruzza, em 1º de outubro de 2019. "Uma grande quantidade de documentação em papel foi apreendida", disse ele, porque "não havia nenhuma atividade organizacional e de arquivamento", juntamente com a versão eletrônica. "Desde então - acrescentou ele -, as primeiras respostas começaram a chegar". E o primeiro a ser colocado em foco, também graças às cartas rogatórias internacionais, foi Fabrizio Tirabassi. O comissário Stefano De Santis relatou as diversas contas que pertenciam a ele ou à empresa Interfinum Srl de seu pai Onofrio, e uma discrepância completa existente entre o que foi relatado no balanço e o que foi encontrado durante as buscas realizadas em Roma e Celano, nas casas do funcionário vaticano. Contando com slides e gráficos apresentados, a testemunha também falou do fundo "ético e religioso", criado pelo próprio Tirabassi, no qual a Secretaria de Estado havia investido 20 milhões de euros.
No decorrer do interrogatório, surgiu o caso de Cecilia Marogna, que foi primeiramente denunciada pela polícia judiciária eslovena. Liubliana, informou Stefano De Santis, "nos alertou para uma cidadã italiana que estava praticando uma fraude contra a Secretária de Estado". De fato, foram feitas nove transferências para a empresa Logsic D.o.o., da conta Credit Suisse da Secretaria de Estado, no valor total de 575 mil euros, por supostas contribuições para missões humanitárias. As investigações realizadas sobre Cecilia Marogna, inclusive através dos posts publicados em seu perfil no Facebook, levaram ao delineamento da imagem de uma mulher que pouco tinha a ver com missões diplomáticas e que esbanjava os fundos recebidos em viagens e despesas pessoais. A testemunha também contou uma reunião que teve com o cardeal Angelo Becciu, juntamente com o Comandante da Gendarmaria Gianluca Gauzzi Broccoletti, em 3 de outubro de 2020. Fomos, "sofrendo na alma e no espírito", disse, e ele nos pediu para não "trazer à tona" a figura de Cecília Marogna "porque seria um grave dano para ele e para sua família". O cardeal negou, mais tarde, em uma breve declaração espontânea, as palavras do comissário: ele especificou que não havia solicitado o encontro, reiterou que se tratava de uma operação reservada e que na conversa com os responsáveis da Gendarmaria ele havia dito que estava disposto a ressarcir a Secretaria de Estado pelos fundos perdidos.
Por fim, um amplo espaço também foi dedicado ao caso da Diocese de Ozieri e da Spes, uma cooperativa social representada por Antonino Becciu, irmão do purpurado. O comissário De Santis falou sobre depósitos que não haviam sido feitos nas contas oficiais da Diocese e sobre alguns documentos redigidos por mons. Mauro Carlino para "defender" a doação das contribuições da Conferência Episcopal Italiana em favor da Cooperativa.
Fonte: Vatican News
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Acolher o apelo do Papa, sair de si mesma e "dar um beijo na religiosa idosa que ficou em casa"
Na entrevista com a ex-presidente da Conferência dos Religiosos do Brasil, Irmã Maria Inês Vieira, a importância da Vida Consagrada em continuar sendo "firme, atuante e profética", como também corajosa ao seguir as indicações do Papa em "sair", "voltando-se para o outro, para uma realidade fora de si": não ficar olhando pro celular, computador e o próprio umbigo, mas "antes de sair para a sua pastoral, sair também de si e dar um beijo na sua colega idosa que ficou em casa".
Foram quase 10 anos na presidência da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB). A Irmã Maria Inês Vieira Ribeiro, da Congregação das Mensageiras do Amor Divino presente em 7 estados do Brasil e também na Angola e na Itália, deixou o cargo em julho deste ano após a eleição de Irmã Eliane Cordeiro de Souza para o triênio 2022-2025.
O encontro com Francisco
Enquanto aguarda o seu novo destino, que deve conhecer em dezembro, no Brasil, a ex-presidente passou um período no Itália, sobretudo junto aos focolares na Toscana para aprofundar a espiritualidade de comunhão. Quando esteve em Roma, teve a oportunidade de, pela primeira vez, trocar uma palavra com o Papa após uma Audiência Geral, o que a deixou muito emocionada, precisando "secar as lágrimas o tempo todo". Para Irmã Maria Inês, Francisco não só representa a figura do pastor universal, mas de "um homem de Deus, de uma grande fortaleza experimentando a grande fragilidade", devido ao uso frequente da cadeira de rodas:
“Estar com o Papa Francisco é estar com a Igreja.”
Em entrevista a Silvonei José, a ex-presidente também fez um panorama sobre a situação da Vida Consagrada no Brasil, que a CRB tem como missão ajudar na sua unidade, colegialidade, diversidade e intercongrecionalidade. Irmã Maria Inês procurou explicar que há um grande número de consagradas idosas, menos em relação a novas vocações:
"Vivemos um momento de fragilidade da Vida Consagrada, principalmente feminina. O número de mulheres consagradas sempre foi maior e continua sendo maior. Um pouco frágil, porém, é em relação às vocações, mas em relação à presença eu me impressiono. Lembro de um encontro de 50 anos das pequenas comunidades inseridas no nordeste, com 200 religiosas lá na Paraíba, com o Frei Carlos Mesters que dizia: o que eu vejo nesta sala são cabeças de prata - os cabelinhos brancos, corações de ouro e pés de ferro."
Presença religiosa no Brasil
Frei Carlos Mesters, um frade carmelita holandês, missionário no Brasil desde 1949, é um grande exemplo de inserimento da vida religiosa onde mais se precisa. Assim como acontecem com muitas mulheres consagradas que trabalham em rede em diferentes frentes no Brasil, comenta Irmã Maria Inês:
"Quando você vê uma religiosa, por exemplo, nos barcos de Manaus: disfarçadamente, ninguém sabe que é uma religiosa, para ver, denunciar, acompanhar e seguir alguma situação que enxerga e que sabe de exploração de criança. Então, essa presença religiosa no Brasil, de norte a sul, é impressionante: firme, atuante e profética. Mas, ao mesmo tempo, temos fragilidades, como falta de pessoal, congregações às vezes centradas no seu umbigo, encontramos de tudo! O grande apelo, então, que o Papa Francisco nos chama a atenção, é o sair. Precisamos ter coragem e não importa a idade!
Estes dias encontrei uma irmã, com muito mais de 70 anos, uma sacolinha pendurada, na rodoviária de Brasília. Onde ela estava indo? Ao presídio! Era já aposentada, sem função específica na sua congregação, e dedicando duas vezes na semana para escutar os presos. Então, veja o nível da fortaleza da vida religiosa, principalmente feminina. Essa é uma maneira de evangelizar. E o Papa Francisco tem falado tanto que a maneira de servir hoje é na escuta."
O sair significa voltar-se ao outro
O quadro da vida religiosa no Brasil é variado, acrescenta a ex-presidente da CRB - tem "desde as coisas que você pode chorar de tristeza de ver, como aquelas que você jubila". O importante, finaliza a Irmã Maria Inês, é "não olhar muito para si, para o seu celular e computador, para a sua realidade e umbigo, até só para a sua saúde", mas promover a Igreja em saída: "o sair significa a capacidade de voltar-se para o outro, para uma realidade fora de si, é um exercício":
“Antes de sair para a sua pastoral, saia também de si e vai dar um beijo na sua colega idosa que ficou em casa.”
Fonte: Vatican News
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Romaria em honra à futura Beata do Cariri começa neste sábado
A Menina Benigna será beatificada em 24 de outubro pelo cardeal Leonardo Steneir, recém nomeado pelo Papa Francisco para presidir a cerimônia. Em preparação à solenidade para "louvar e bendizer a Deus por ter dado à Igreja essa beata que foi fiel a Jesus, viveu na santidade e na misericórdia ao cuidar das tias", como disse o arcebispo de Manaus, acontece a 19ª Romaria de Benigna Cardoso, de 15 a 25 de outubro, na diocese de Crato, no Ceará.
Em pouco mais de uma semana, o Brasil vai ganhar uma nova Beata, Benigna Cardoso da Silva, considerada a "heroína da castidade". A celebração, que inicialmente seria presidida pelo cardeal Marcello Semeraro, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, agora terá todos os ares brasileiros: o Papa Francisco nomeou o cardeal Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus, para presidir a solenidade de beatificação da mártir que acontece em 24 de outubro, às 17h, no Parque de Exposições da cidade de Crato, no Ceará.
A nomeação foi anunciada oficialmente no final de setembro pelo bispo da diocese de Crato, dom Magnus Henrique. Na oportunidade, compartilhou da alegria da nomeação de dom Leonardo, "que recentemente foi criado cardeal pelo Santo Padre", e que "participará conosco deste momento tão importante para a nossa diocese e também para todo o país”.
Dom Magnus comentou ainda que será a terceira vez que o então arcebispo de Manaus irá visitar a diocese de Crato e, por isso, “já conhece a nossa realidade, a fé deste povo e com alegria o recebemos novamente nesta diocese romeira e missionária”, completou o bispo. Já dom Leonardo gravou um vídeo e também falou sobre a nomeação do Pontífice:
"O Papa Francisco me nomeou para presidir esta celebração e eu o faço com muita alegria e honra. Honra porque podemos, a partir da celebração, honrar Benigna como beata, a Beata do Cariri. Nós queremos louvar e bendizer a Deus por ter dado à Igreja essa beata que foi fiel a Jesus, que viveu na santidade, que viveu na pureza, mas que também viveu profundamente a misericórdia cuidando de suas tias. Será um belíssimo exemplo para nós no seguimento de Jesus. Que elas nos ajude a sermos todos fiéis seguidores e seguidoras de Jesus até nos encontrarmos. E que Deus abençoe a todos!"
Romaria de Benigna de 15 a 25 de outubro
A beatificação da Menina Benigna começa a ser preparada neste sábado (15), quando começa a 19ª Romaria de Benigna, promovida pela diocese de Crato. O 15 de outubro é especial porque de aniversário de mártir que, se fosse viva, estaria completando 94 anos de idade. A romaria segue até 25 de outubro com novenas e missas diárias em honra à próxima beata do Brasil e a primeira do Ceará.
No dia 23 de outubro terá Romaria das Crianças e a solenidade de beatificação é em 24 de outubro, uma segunda-feira, com a missa de ação de graças e entronização da imagem de Benigna no dia seguinte, em 25 de outubro. "Participe deste momento histórico, cheio de fé e marcante para a nossa religiosidade", convidou, então, o Padre Paulo Lemos Pereira, pároco da Paróquia Senhora Sant'Ana, da cidade de Santana do Cariri, no Ceará.
Oração pela beatificação de Benigna Cardoso
Ó Deus Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, nós Vos adoramos, louvamos e bendizemos! Nós Vos agradecemos pela vida e o testemunho de Benigna, que preferiu morrer para não cometer pecado, oferecendo-vos sua vida em plena adolescência, defendendo sua pureza e sua virgindade. Nós vos pedimos, ó Pai, a graça e a alegria de viver o Evangelho do vosso Filho expressas na vida de Benigna. Nós vos pedimos, ainda, segundo a vossa santa vontade, que Benigna seja associada ao número dos bem-aventurados em vossa Santa Igreja, como modelo de vida cristã a ser seguido, sobretudo pela nossa juventude.
Que os nossos adolescentes e jovens, guiados pelo vosso Espírito, sejam imitadores das heroicas virtudes de Benigna, fortes na fé e na esperança.
Virgem Maria, Mãe de Deus e da Igreja, Rainha dos Mártires e das Virgens, intercedei por nós, como nossa advogada junto a Deus Trindade, para que possamos, como Benigna, viver no caminho da santidade. Amém! (Com aprovação eclesiástica – Dom Magnus Henrique Lopes, OFMcap. – Bispo Diocesano)
Fonte: Vatican News
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Morre o jesuíta alemão Peter Gumpel, estudioso e grande defensor de Pio XII
O religioso foi relator da Causa de beatificação do Papa Pacelli, de quem sempre apoiou e defendeu a obra em favor dos judeus perseguidos durante o nazismo. Faleceu aos 98 anos de idade na Residência São Pedro Canísio, em Roma
Padre Peter Gumpel, um conhecido jesuíta alemão, relator da Causa de beatificação de Pio XII, morreu na manhã desta quarta-feira, 12 de outubro, em Roma, aos 98 anos de idade. Ele completaria 99 anos em 15 de novembro próximo. Seu falecimento deu-se por volta das 11 horas da manhã (hora local) na enfermaria da Residência São Pedro Canísio, em Roma.
Oriundo de uma família perseguida pelo regime nazista
Ao longo de sua vida, Gumpel foi um grande estudioso do Pontificado do Papa Eugenio Pacelli e um grande defensor da atuação de Pio XII em favor dos judeus oprimidos durante o regime nazista. Ele mesmo era proveniente de uma família que foi perseguida por causa de sua oposição aberta a Hitler e seu regime. Por esta razão, foi forçado a fugir primeiro para a França e depois para a Holanda.
Nomeado por João Paulo II relator geral para a causa
Nascido em 1923, o padre Gumpel esteve entre os poucos jesuítas que, sob mandato de Paulo VI, tinham acesso direto ao Arquivo Secreto Vaticano. Desde 1965, ele seguiu como especialista a causa de beatificação de Pacelli e, portanto, pôde consultar todo o material inédito relativo ao Pontificado, sobretudo concernente ao período de 1939 a 1945. Foi João Paulo II que então o nomeou relator geral para a causa em 1983.
"Gestos ocultos de caridade" posteriormente confirmados
Em um web doc de alguns anos atrás dedicado à figura de Pio XII, ele relatou alguns detalhes de seus estudos e descobertas, tais como a volta pela cidade para a distribuição de alimentos realizada regularmente pela irmã Pascalina Lehnert, a religiosa que governava o apartamento de Pio XII, em uma pequena van conduzida por ela mesma para estocar os alimentos e depois distribuí-los. Tantos "gestos ocultos de caridade" que seriam confirmados pela abertura dos Arquivos vaticanos, dissera Gumpel no anúncio do Papa em março de 2019.
Fonte: Vatican News
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50 anos da Fabc. Cardeal Bo: "juntos podemos sonhar uma nova Epifania"
Aberta a Conferência Geral da Federação das Conferências Episcopais Asiáticas (Fabc), que este ano celebra o "jubileu" do 50º aniversário de sua fundação. Até 30 de outubro, 200 delegados de 29 países membros da Ásia se reunirão na capital tailandesa para discutir os desafios enfrentados pelas Igrejas da Ásia e traçar caminhos futuros. Fabc 50: Caminhar juntos como povos da Ásia", é o tema escolhido para celebrar este aniversário. O cardeal Tagle é o enviado do Papa para esta Conferência Geral
Não tenha medo dos tempos sombrios do continente asiático. Também nestas terras, a Igreja se encontra diante de uma "selva ardente" de "exploração, inverno nuclear, regimes despóticos substituindo as democracias". Também esta terra aguarda uma "nova Epifania". "Assim como há 2000 anos, os magos do Oriente seguiram uma estrela para encontrar o amor de Deus pela humanidade, hoje também no terceiro milênio, nós, a Igreja do Oriente, celebramos o encontro dinâmico de Cristo em nossas vidas."
Com estas palavras repletas de tristeza, mas também de esperança, pronunciadas em Bangcoc, na Tailândia, pelo arcebispo de Yangun, em Mianmar, cardeal Charles Bo, foi aberta a Conferência Geral da Federação das Conferências Episcopais Asiáticas (Fabc), que este ano celebra o "jubileu" do 50º aniversário de sua fundação.
Caminhar juntos como povos da Ásia
Até 30 de outubro, 200 delegados de 29 países membros da Ásia se reunirão na capital tailandesa para discutir os desafios enfrentados pelas Igrejas da Ásia e traçar caminhos futuros. Fabc 50: Caminhar juntos como povos da Ásia", é o tema escolhido para celebrar este aniversário. Trata-se de um encontro que deveria ser realizado em 2020, mas que foi adiado para agora por causa da pandemia.
A Federação foi criada em 1970 por ocasião da visita do Papa Paulo VI a Manila, nas Filipinas, que reuniu pela primeira vez os bispos asiáticos ao seu redor. O quadro traçado pelo cardeal Bo, arcebispo de um país onde, desde o ano passado, um golpe militar derrubou um governo democrático para impor um regime, é complexo, cheio de problemas e dificuldades.
Juntos, sonhar com um novo século asiático
"A Igreja asiática - disse ele – se encontra diante da selva ardente dos problemas existenciais da Ásia: exploração, inverno nuclear, grande rivalidade de poder, regimes despóticos substituindo democracias, mercantilização de lágrimas humanas, holocausto ecológico, pandemias, milhões de pessoas em dificuldade migratória, guerras e deslocamentos, desastres naturais e provocados pelo homem. A Igreja asiática estará à altura deste tempo? Diante dos desafios aos quais somos chamados a responder, também nós às vezes gritamos: o que podemos fazer como uma pequena Igreja na Ásia?"
O arcebispo, que também é presidente da Federação, aponta um primeiro caminho: "não ter medo", diz ele. E exorta os representantes das Igrejas na Ásia de hoje: "Tenham coragem. Juntos podemos sonhar com um novo século asiático". A Igreja asiática tem muitas razões para "cantar seu Magnificat".
Agora é a vez de ser uma Igreja missionária
Este aniversário é também uma oportunidade para olhar com gratidão para as riquezas que a Igreja na Ásia trouxe para este continente. Apesar das "perseguições e restrições", a fé cristã é forte e "as vocações continuam sendo de grande alegria para a Igreja asiática e mundial". "Recordamos com gratidão centenas de missionários que vieram a este continente para iluminar a grande esperança cristã. Agora é a nossa vez de nos tornarmos uma Igreja missionária que mostra aos nossos irmãos e irmãs asiáticos a Luz de Jesus."
Após a inauguração, os trabalhos começaram esta quinta-feira, dia 13. Cada um dos 29 países membros foi convidado a apresentar uma exposição sobre a situação atual em seus países. De 17 a 22 de outubro, a Conferência Geral refletirá sobre vários temas como a pandemia, a globalização, os desafios socioeconômicos e políticos e as questões de gênero, os povos indígenas, os anseios dos jovens e a transformação da Igreja.
Cardeal Luis Antonio Tagle, enviado do Papa Francisco
Em 23 de outubro - Dia Mundial das Missões - os participantes farão uma "visita virtual" a algumas paróquias em diferentes áreas do continente. No dia 26 de outubro, eles farão uma peregrinação a Ayutthaya em diálogo também com outras tradições religiosas.
Os trabalhos se encerrarão em 30 de outubro com a difusão de um documento final e uma mensagem para as comunidades católicas da Ásia. A celebração conclusiva será presidida pelo enviado do Papa Francisco como seu delegado, o cardeal filipino Luis Antonio Tagle.
Fonte: Vatican News
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Fátima: Processo de beatificação da Irmã Lúcia entra em nova fase (atualizada)
Documento sobre «virtudes heroicas» foi entregue ao responsável pelo Dicastério para as Causas dos Santos
 O processo de beatificação e canonização da Irmã Lúcia, vidente de Fátima, conheceu hoje um novo desenvolvimento, com a entrega, no Vaticano, do documento sobre as “virtudes heroicas” da religiosa.
A informação avançada pelo Santuário de Fátima foi confirmada pela Agência ECCLESIA, junto da irmã Ângela Coelho, vice-postuladora, tendo sida partilhada aos peregrinos no final da Missa do 13 de outubro, pelo reitor da instituição, padre Carlos Cabecinhas, que falou num “motivo de alegria”.
O anúncio foi saudado pelos peregrinos com uma salva de palmas.
O reitor do Santuário de Fátima pediu que orações por esta causa de canonização: “Confiemos à sua intercessão as nossas intenções e necessidades, com a mesma confiança com que os peregrinos de há 100 anos lhe apresentavam os seus pedidos”.
No ato de entrega da ‘Positio Super Vita, Virtutibus et Fama Sanctitatis’ (sobre a vida, virtudes e fama de santidade), em Roma, estiveram presentes o prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro; o postulador geral da causa de canonização, padre Marco Chiesa; a vice-postuladora, irmã Ângela de Fátima Coelho; o relator, monsenhor Maurizio Tagliaferri; e a irmã Filipa Pereira, colaboradora da causa.
Este volume contém a biografia da Irmã Lúcia, feita a partir dos documentos recolhidos na fase diocesana do processo (que decorreu na Diocese de Coimbra entre 2008-2017); a ‘Informatio’ (informação), que descreve as virtudes vividas pela religiosa, bem como o elenco dos depoimentos das testemunhas, o seu Diário e outros documentos inéditos, “considerados relevantes no processo”.
“A entrega da ‘Positio’ é um momento importante no processo de beatificação e canonização da serva de Deus, na sua fase romana”, adianta o Santuário de Fátima.
O reitor da instituição destaca a importância do novo passo neste processo “tão desejado por Fátima e pelos seus peregrinos”.
“Que os peregrinos de Nossa Senhora de Fátima se deixem iluminar pelo seu exemplo de fidelidade à vontade de Deus, confiando na sua intercessão, tal como o fizeram desde o início das aparições”, afirma o padre Carlos Cabecinhas.
Este documento vai ser analisado por um conjunto de nove teólogos que emitirão o seu parecer, para determinar se “praticou as virtudes em grau heroico”.
O parecer positivo do Dicastério para as Causas dos Santos é apresentado ao Papa, que aprova a publicação do respetivo decreto, passando o fiel em causa a ser designado como venerável, para as etapas de beatificação e canonização é necessária a aprovação de um milagre atribuído à intercessão do venerável ou beato, respetivamente.
A fase diocesana do processo de beatificação e canonização da Irmã Lúcia de Jesus (1907-2005), uma das três videntes de Fátima, chegou ao fim a 13 de fevereiro de 2017, na igreja do Carmelo de Coimbra.
O processo implicou a análise de milhares de cartas e textos, além da auscultação de 61 testemunhas.
Lúcia Rosa dos Santos, a Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado, faleceu a 13 de fevereiro de 2005, aos 97 anos de idade, depois várias décadas vividas em clausura no Carmelo de Coimbra.
Este processo teve início em 2008, três anos após a sua morte, tendo na altura o agora Papa emérito Bento XVI dispensado o período de espera de cinco anos determinado pelo Direito Canónico.
Francisco e Jacinta Marto, os outros dois videntes de Fátima, foram canonizados pelo Papa Francisco, na Cova da Iria, a 13 de maio de 2017. Fonte: Agência Ecclesia
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Fátima: Irmã Ângela Coelho sente «dever cumprido» ao entregar documento sobre virtudes heroicas da Irmã Lúcia
Vice-Postuladora assume alegria pela coincidência simbólica com a celebração do 13 de outubro
A irmã Ângela Coelho, vice-postuladora da Causa de Canonização da Irmã Lúcia, disse hoje à Agência ECCLESIA que foi com “sensação de dever cumprido” e “enorme alegria” que entregou o documento sobre as “virtudes heroicas” da religiosa, num “dia tão importante”.
“Senti aquela sensação de dever cumprido, cumpri a missão que os carmelitas e a Igreja me confiou, depois a gratidão a Nossa Senhora e à Irmã Lúcia que se manifestou tão presente nos obstáculos, desafios e dificuldades destes anos em que o documento estava  a ser pensado, escrito e traduzido, sinto agora uma enorme alegria”, referiu a religiosa, depois de ter estado no Dicastério para as Causas dos Santos, no Vaticano.
A entrevistada partilhou ainda que “começou a perceber em julho ou agosto” que a entrega do documento poderia ser na data da última das seis aparições na Cova da Iria, em 1917. 
Neste dia 13 de outubro a vice-postuladora acompanha “comovida” a peregrinação aniversária à distância e acredita que os peregrinos “vão acolher esta notícia com muita alegria e que lhes vai tocar no coração”, na Cova da Iria.
“Marcamos com o cardeal que fosse neste dia tão importante para a irmã Lúcia, para a aparições de Fátima e para os peregrinos que amam a irmã Lúcia, conseguimos concluir e foi entre o preparado e uma ajuda de Deus”, refere.
O documento entregue contém a biografia da Irmã Lúcia feita a partir dos documentos recolhidos na fase diocesana do processo (que decorreu na Diocese de Coimbra entre 2008-2017); a ‘Informatio’, que descreve as virtudes vividas pela Irmã Lúcia, bem como, o elenco dos depoimentos das testemunhas, o seu Diário e outros documentos inéditos, “considerados relevantes no processo”.
“O maior desafio foi captar quem era a irmã Lúcia na sua espiritualidade, mesmo no seu diário não conta tudo o que sentiu e experimentou e tivemos de ir descobrindo, por entre as linhas, aquele fio condutor que nos dá acesso à santidade de Lúcia de Jesus”, conta a entrevistada.
A irmã Ângela Coelho referiu ainda que Lúcia era tímida também porque “estava muito exposta às pessoas que a procuravam com diferentes intenções”, o que a tornou “prudente e cautelosa” na forma como reagia.
“Por exemplo o relato da biografia não é difícil, apesar de moroso pela sua longa vida, passou pelas Doroteias, pelo Carmelo, há um conjunto de gente que com ela contactou, esteve com cerca de 60 cardeais e isto é moroso mas o grande desafio foi ver a santidade desta mulher, a forma como se deixou guiar pelo Espírito Santo, por Nossa Senhora, a sua ligação à Santíssima Trindade com Jesus Eucaristia, perceber quem é e que santidade deixou acontecer na sua vida”, indica a vice-postuladora, que já assumiu responsabilidades no processo de canonização dos Santos Francisco e Jacinta Marto, os dois mais jovens videntes de Fátima.
A religiosa destaca os acontecimentos que foram marcando a vida da Irmã Lúcia como as “duas guerras, o próprio Concílio Vaticano II”.
“A Lúcia vive num século marcado por muitas tensões e é para este século que Lúcia apresenta a mensagem que Nossa Senhora lhe tinha dado e creio que esta é a grande perplexidade e dificuldade de perceber o seu agir”, nota.
Depois da entrega deste documento entregue a irmã Ângela Coelho encontra-se “disponível para esclarecer alguma dúvida” aos nove teólogos que o vão ler.
“Resta-nos aguardar e rezar para que seja célere o processo, continuar a difundir a vida e santidade da Lúcia, para que os peregrinos continuem a rezar e se alcance a graça do milagre necessário para a beatificação e outro para a canonização ”, assume.
A religiosa partilhou que “há muitas graças mas ainda não há milagre” atribuível à intercessão da vidente de Fátima, adiantando que o estudo desses casos será a próxima prioridade, agora que tem “mais tempo interior livre”.
O parecer positivo do Dicastério para as Causas dos Santos é apresentado ao Papa, que aprova a publicação do respetivo decreto, passando o fiel em causa a ser designado como venerável, para as etapas de beatificação e canonização é necessária a aprovação de um milagre atribuído à intercessão do venerável ou beato, respetivamente.
A fase diocesana do processo de beatificação e canonização da Irmã Lúcia de Jesus (1907-2005), uma das três videntes de Fátima, chegou ao fim a 13 de fevereiro de 2017, na igreja do Carmelo de Coimbra.
O processo implicou a análise de milhares de cartas e textos, além da auscultação de 61 testemunhas.
Lúcia Rosa dos Santos, a Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado, faleceu a 13 de fevereiro de 2005, aos 97 anos de idade, depois várias décadas vividas em clausura no Carmelo de Coimbra.
Este processo teve início em 2008, três anos após a sua morte, tendo na altura o agora Papa emérito Bento XVI dispensado o período de espera de cinco anos determinado pelo Direito Canónico.
Francisco e Jacinta Marto foram canonizados pelo Papa Francisco, na Cova da Iria, a 13 de maio de 2017. Fonte: Agência Ecclesia
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30 assaltantes invadem igreja durante casamento
Francisco Vêneto 
Bispo destacou postura do pároco ao conduzir a tensa situação, mas o cenário é extremamente preocupante
Trinta bandidos armados invadiram uma igreja durante a celebração de um casamento no México neste último sábado, 8 de outubro.
Quem confirmou a violência estarrecedora foi o próprio bispo da diocese de La Paz, no Estado mexicano da Baixa Califórnia do Sul.
Dom Miguel Ángel Alba Díaz relatou o fato antes de dar início à Santa Missa deste domingo, 9, para explicar aos fiéis o que tinha ocorrido na véspera.
Os noivos estaram tirando fotografias ao final da cerimônia de casamento na paróquia de Los Planes quando os bandidos invadiram a igreja. Segundo o relato do bispo, os criminosos disseram procurar um casal, que, porém, não estava presente naquela cerimônia. Mesmo assim, levaram outro casal que acabou sendo liberado meia hora depois.
Dom Miguel Ángel destacou a postura do pároco na condução daquela tensa situação de violência em plena igreja:
“Agradeço ao pároco de Los Planes, padre Mondaca, pela sua coragem ao enfrentar a situação, pela sua prudência ao acalmar as coisas. Você não está sozinho. Espero que os nossos templos tenham mais segurança”.
De fato, o México aparece como destaque negativo na edição 2022 do relatório sobre a perseguição religiosa no mundo, elaborado pela organização internacional Open Doors (Portas Abertas). Entre os 50 países mais perigosos para os cristãos, o país aparece na posição 43. Além dos ataques a igrejas, chama as atenções o número crescente de episódios de agressões e até de assassinato de sacerdotes católicos. Fonte: Aleteia
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Estudo mostra que esta única mudança de estilo de vida pode torná-lo mais generoso
Zoe Romanowsky 
E pode realmente ajudar-nos a ser melhores cristãos e humanos
Todos sabemos como o sono é importante para a nossa saúde – mas sabia que dormir o suficiente ajuda realmente a ser uma pessoa mais virtuosa?
Pesquisadores realizaram recentemente três experimentos para estudar se a qualidade do nosso sono afeta o quão generosos somos. E com toda a certeza – afeta.
Os resultados foram publicados na revista PLOS Biologia. Os investigadores conduziram três experimentos interessantes, todas eles mostrando que o sono afeta o quanto ajudamos outras pessoas. Diz o Washington Post:
Na primeira experiência, os investigadores realizaram exames de ressonância magnética funcional do cérebro e fizeram perguntas a 24 adultos após oito horas de sono e após uma noite sem dormir. Quando estavam bem descansados, os participantes tiveram uma boa pontuação num teste de comportamento de ajuda. Mas após a privação do sono, 78% tinham menos vontade de ajudar os outros, mesmo quando se tratava de amigos e familiares. Os exames mostraram que as áreas do cérebro associadas à cognição social – os nossos processos de pensamento relacionados com outras pessoas – eram menos ativas com a privação de sono.
Estes resultados fazem sentido. A falta de sono drena as nossas capacidades mentais e tem um custo para a nossa saúde física. Falta-nos energia; temos problemas de memória, concentração e humor, imunidade enfraquecida, maior risco de diabetes e tensão arterial elevada, e muito mais.
No entanto, este estudo recente leva-o mais longe – quando não descansamos o suficiente, a nossa capacidade de ajudar os outros é enfraquecida. Por outras palavras, um autocuidado adequado ajuda-nos de fato a ser mais virtuosos. A nossa saúde mental e física está ligada à nossa saúde espiritual.
Portanto, se quiser ser uma pessoa melhor, preste atenção ao seu sono. E da próxima vez que encontrar alguém que não pareça muito generoso ou gentil, em vez de se aborrecer, talvez queira recomendar-lhe que descanse mais!
Fonte: Aleteia
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Arcebispo de Aparecida fala em derrotar “dragões” no Brasil, antes de visita de Bolsonaro ao santuário
 “Maria venceu o dragão. Temos muitos dragões que Ela vai vencer”, disse ontem (12), o arcebispo de Aparecida (SP), dom Orlando Brandes, em uma homilia que foi entendida como apoio ao candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e contra Jair Bolsonaro (PL). A declaração foi feita durante a missa solene no Santuário de Aparecida, às 9h. Bolsonaro esteve no templo à tarde e alguns de seus apoiadores geraram momentos de confusão ao hostilizar a imprensa.
“Isso que Nossa Senhora diz: Salve a vida do povo brasileiro, de cada um de nós, vida humana, vida cristã, vida social, vida ecológica”, disse dom Orlando. Segundo ele, é preciso “escutar Deus, mas escutar também o clamor do povo. Porque Ela [Nossa Senhora] escutou muito bem. No Evangelho, ‘eles não têm mais vinho’. No nosso caso, faltando pão, faltando paz, faltando fraternidade. Esses são os vinhos que todos nós precisamos nos dias de hoje”.
“Maria venceu o dragão. Temos muitos dragões que ela vai vencer, o dragão que é o tentador, o dragão que já foi vencido na pandemia. Mas temos o dragão do ódio que faz tanto mal, o dragão da mentira, e a mentira não é de Deus, é do maligno. E o dragão do desemprego, o dragão da fome, o dragão da incredulidade. Com Maria, vamos vencer o mal e vamos dar prioridade ao bem, à verdade e à justiça que o povo merece”, afirmou o arcebispo.
Dom Orlando também se referiu à eleição ao afirmar que a cidadania se vive “também votando”. “É necessário exercer esse direito e poder do povo”.
As declarações do arcebispo foram entendidas e usadas em campanha como apoio a Lula. Juliano Medeiros, presidente do PSOL, partido que apoia a candidatura de Lula, escreveu em seu Twitter: “Declaração forte do arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, no dia da padroeira do Brasil. Numa Basílica lotada ele falou contra a mentira, o ódio, a fome e o desemprego. Ou seja, denunciou a realidade brasileira no governo Bolsonaro. Posicionamento fundamental!”
Sem citar o nome dos candidatos, o deputado estadual eleito Eduardo Suplicy (PT-SP) postou: “Fala importante do arcebispo dom Orlando Brandes ao conclamar a importância de vencermos o dragão do ódio, do desemprego, da fome e da mentira”.
Dom Orlando Brandes está à frente da arquidiocese de Aparecida desde janeiro de 2017, tendo sido nomeado em novembro de 2016. Antes, foi bispo de Joinville (SC) e arcebispo de Londrina (PR). Esta não foi a primeira vez que fez homilias na festa da padroeira do Brasil que foram interpretadas como críticas diretas ao governo Bolsonaro.  Em 2019, o arcebispo atacou o “dragão do tradicionalismo” e afirmou que a direita é “violenta e injusta”. Em 2020, falou sobre as queimadas e sobre a pandemia de covid-19. O governo Bolsonaro é acusado por seus opositores de não cuidar do mior ambiente, e de ter sido responsável pelo número de mortos por covid-19 no Brasil. No ano passado, dom Orlando disse que o Brasil “para ser pátria amada não pode ser pátria armada”, numa alusão às políticas de relaxamento do controle de posse de armas do presidente Jair Bolsonaro.
Bolsonaro em Aparecida
Depois da missa das 9h, dom Orlando Brandes falou com a imprensa sobre a presença de Jair Bolsonaro no santuário de Aparecida. “Bom, eu não posso julgar as pessoas. Mas nós precisamos ter uma identidade religiosa. Ou somos evangélicos ou somos católicos. Nós precisamos ser fiéis a nossa identidade católica. Mas seja qual for a intenção, será bem recebido porque é o nosso presidente. E é por isso que nós o acolhemos”.
Jair Bolsonaro participou da missa às 14h no santuário nacional. Ele estava acompanhado do candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, do ex-ministro da Ciência e Tecnologia e senador eleito Marcos Pontes, do ex-ministro da Cidadania, João Roma, da deputada reeleita Bia Kicis (Pl-DF) e do coordenador de comunicação da campanha, Fábio Wajngarten.
Quando o nome de Bolsonaro foi anunciado antes da celebração, houve aplausos e vaias dentro do templo.
O presidente já esteve no santuário no dia da padroeira em 2019 e 2021. Diferentemente dos anos anteriores, desta vez Bolsonaro não recebeu a comunhão.
Estava previsto que, após a missa, Bolsonaro participaria da oração do terço em frente à basílica histórica de Aparecida, mas não participou. A iniciativa foi promovida pelo Centro Dom Bosco, uma organização de leigos católicos com sede no Rio de Janeiro (RJ).
Ao final da missa, Bolsonaro foi até a tenda dos peregrinos, ponto de apoio para os romeiros que chegam ao Santuário. Ao portal A12, o presidente falou sobre liberdade religiosa. “E é um Brasil que é 90% cristão. E a nossa liberdade acima de tudo. Em alguns momentos, passamos em tempos atrás o fechamento de igrejas e templos evangélicos e isso não é admissível. A fé tem que ser respeitada e a sua liberdade tem que ser plena”, declarou, referindo-se à ordem dada por governadores de Estado de fechar igrejas e templos durante a pandemia de covid-19. A questão chegou ao Supremo Tribunal Federal, que apoiou a interferência do Estado nas religiões, em decisão de abril de 2021. O julgamento foi de ação impetrada pela Associação Nacional dos Juristas Evangélicos (Anajure) contra decretos estaduais do Piauí e Roraima e municipais de João Monlevade (MG), Macapá (AP), Serrinha (BA), Bebedouro e Cajamar, ambas em São Paulo, Brilhante (MS) e Armação dos Búzios (RJ); e outra, impetrada pelo diretório paulista do Partido Social Democrático, contra decreto do governador de São Paulo, João Doria, que também proibia missas e cultos religiosos públicos por causa do coronavírus.
Depois da visita de Bolsonaro a Aparecida, o redentorista padre Camilo Júnior declarou que a data não era para fazer campanha. “Hoje não é dia de pedir voto, é dia de pedir bênçãos. Palmas à Mãe Aparecida, é a Ela nosso louvor”, afirmou durante a cerimônia de consagração à Nossa Senhora, na basílica histórica.
Na tarde de ontem, apoiadores de Jair Bolsonaro causaram tumulto em Aparecida, ao hostilizar jornalistas. Em frente à basílica histórica, apoiadores do presidente gritaram com as equipes da TV Vanguarda, afiliada da Rede Globo, e da TV Aparecida, emissora do santuário, enquanto outros entoavam “é Bolsonaro”. As cenas foram registradas pela CNN Brasil. Outros vídeos mostram apoiadores do presidente exibindo canecas com a imagem de Bolsonaro e latas que, segundo a imprensa seriam de cerveja. Apoiadores de Bolsonaro afirmam que a lata seria de água tônica. Há também vídeo que mostram pessoas com camisas verde e amarela perseguindo um homem de camisa vermelha.
O caso foi comentado pelo candidato Lula. “Bolsonaro usa o nome de Deus em vão. Essa semana ele foi escorraçado no Círio de Nazaré porque queria fazer campanha. E hoje seus apoiadores arrumaram briga em Aparecida do Norte, porque foram tirar proveito de religião”, escreveu em seu Twitter.
Geraldo Alckmin (PSB), vice na chapa de Lula, também repercutiu o caso em seu Twitter. “Como católico, estou perplexo com as hostilidades promovidas em Aparecida no dia de nossa padroeira. Tenham mais respeito com os católicos. Igreja não é palanque. É lugar santo, de oração, e não de agressão”, publicou.
Papa Francisco se une à devoção a Nossa Senhora Aparecida
O papa Francisco enviou uma carta ao arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, por ocasião da festa da padroeira do Brasil. Francisco disse se unir “à filial devoção dos fiéis que recorrem à Nossa Senhora Aparecida, colocando sob o seu manto amoroso e sua materna proteção as intenções que trazem no coração”.
O papa também se refere ao Dia das Crianças, celebrado ontem no Brasil. Ele disse rezar por todas as crianças do país, “louvando todas as iniciativas que têm por objetivo proteger e custodiar essa etapa da vida humana”.
Por fim, implorou “à Virgem Mãe Aparecida que interceda junto a seu Filho, a fim de que sejam derramadas abundantes graças sobre o povo brasileiro”, e concedeu a bênção apostólica.
Fonte: ACIDigital
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Do dia 12/10/2022
Ciclistas percorrem 146km para chegar à Casa da Mãe Aparecida
Fé, união e devoção marcam a 7ª romaria de moradores de Mogi das Cruzes
Escrito por Isabela Araujo
Cláudio Tito, morador de Mogi das Cruzes (SP) e devoto de Nossa Senhora, iniciou a romaria graças a uma promessa que fez e se concretizou. 
Ele sentiu em seu coração que deveria vir de bicicleta e convidou um amigo para lhe acompanhar.
A vinda até o Santuário rendeu imagens e posts nas redes sociais e, a partir disso, outras pessoas quiseram vir também. Com isso, as duas bicicletas que começaram o movimento, neste ano, multiplicaram-se em 20, totalizando cerca de 40 pessoas, entre familiares e pessoas que vêm de apoio e que juntas saem de Mogi de Cruzes para visitar a Mãe Aparecida.
Foram 12 horas de pedalada para comemorar a Festa da Padroeira no Santuário Nacional, e o que possibilita que todos cheguem juntos é a União:
“Quando uma bike quebra, todo mundo para. Aquele que ‘tá’ mais na frente a gente manda no grupo (e) eles param no próximo apoio”, explica Cláudio.
Ciclistas de Mogi das Cruzes fazem 7ª Romaria ao Santuário Nacional para celebrar o dia 12 de outubro
Cada vez pessoas novas participam da romaria e criam amizade entre si, afinal, o mesmo combustível os alimenta: a fé.
“Todo ano é um sentimento diferente, todo ano uma camisa diferente, um desenho, uma imagem diferente, uma cor de camisa diferente, (...) começam a aparecer voluntários também, que vêm para ajudar a gente a monitorar todo mundo”, conta o ciclista sobre a preparação deles para o momento.
Cada ano, como partilhou Cláudio, um sentimento diferente invade o coração e dá voz à devoção à Mãe, que sempre intercede por nós. Cada um tem um norte que motiva a vinda, e cada um também enfrenta suas dificuldades. 
“Esse ano parece que foi mais difícil, porque aconteceram muitas coisas (...) me deu câimbra, tive que fazer massagem nos apoios que tem na estrada (..) eu falei ‘meu Deus, acho que não vou aguentar, mas eu tenho que ir, tenho que ir para agradecer a Nossa Senhora, porque eu pedi, eu tenho que agradecer, então eu tenho eu chegar lá’", conta o ciclista sobre seu sentimento nesta 7ª romaria.
 “E vale a pena! A gente sempre chega pela segunda entrada (...) porque a vista da segunda entrada é maravilhosa, você acaba de subir o morro e você enxerga a Basílica, aquilo é muito gratificante”, compartilha Cláudio sobre o sentimento em chegar até a Casa da Mãe, que recompensa todo o esforço feito durante o caminho.
Fonte: A12.com
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Superior Geral pede coragem aos Redentoristas do Brasil no Dia da Padroeira
Pe. Rogério Gomes, C.Ss.R, afirma que a situação política do país não pode ser indiferente para os missionários
Escrito por Mário Pereira
O novo Superior Geral Redentorista, Pe. Rogério Gomes, C.Ss.R., encaminhou nesta quarta-feira (12/10), Dia da Padroeira do Brasil, uma carta para a União dos Redentoristas do Brasil. 
No documento, o Missionário Redentorista destaca o momento complexo e desafiador em que vivemos e pediu coragem aos confrades.  
“Vivemos um fenômeno que devemos estar muito atentos: a erosão da democracia, a utilização da religião como manipulação da realidade e para impor o medo e a exclusão dos pobres. Essa realidade deve nos fazer pensar. Temos que ser sapientes como filhos da luz”, diz um dos trechos da carta. 
Outro ponto destacado pelo Pe. Rogério Gomes é o fenômeno negativo das fake news:
“A propagação de fake news pode ser correlacionada ao pecado contra o nono mandamento: ‘não levantar falso testemunho!’ Trata-se de um enorme desserviço à verdade”. 
Outro mandamento lembrado pelo redentorista na carta é o segundo: “Não tomar o seu santo Nome em vão!”. De acordo com o Superior Geral, nunca esse mandamento foi tão profanado, com o uso da religião sendo feito de forma perversa, na forma de violação da intimidade, da coação e de medo. 
“Como acreditar no Deus verdadeiro e defender armas, perseguir as religiões ancestrais, destruir a mãe natureza, não investir em políticas públicas de saúde, educação, ciência e políticas socais em favor dos mais pobres e desenvolvimento do país? Como acreditar no moto “a verdade que liberta” (Jo, 8,32)? No entanto, convivemos com a inundação da mentira que engana as pessoas e maquia a realidade. 
Como é possível afirmar-se contra o aborto, mas defender a morte de negros, indígenas, homossexuais, mulheres, a pena de morte, acobertar a violência doméstica, reafirmar o machismo, fomentar o preconceito contra os nordestinos e as minorias e provocar a mistanásia social? A doutrina da Igreja é clara ao firmar a inviolabilidade e a dignidade da vida desde a sua concepção até a morte natural (cf. JOÃO PAULO II. Evangelium vitae, n. 2)".
Antes de finalizar, Pe. Rogério Gomes afirma que a situação política do Brasil não pode ser indiferente para os Missionários Redentoristas, e pede a intercessão de Nossa Senhora Aparecida pela proteção do nosso país da violência e do mal, despertando lideranças que escutam e trabalham em favor dos mais pobres. 
Íntegra da carta
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Papa: Dialogar com o Senhor para que Ele faça milagres em nossa vida
Na Praça São Pedro, Francisco falou do "desejo" como ingrediente indispensável para o discernimento. É no diálogo com Deus que aprendemos a compreender o que verdadeiramente queremos da nossa vida.
"Senhor, dai-nos o desejo e fazê-lo crescer": na catequese da Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa Francisco deu prosseguimento ao seu ciclo de reflexões sobre o discernimento, acrescentando mais um “ingrediente” indispensável: o desejo. Nas semanas precedentes, o Pontífice discorreu sobre a oração e o conhecimento de si.
Com efeito, o discernimento é uma forma de busca, e a busca deriva sempre de algo que nos falta mas que, de certo modo, conhecemos.
O desejo, todavia, não é a vontade do momento. A palavra italiana vem de um termo latino de-sidus, literalmente “a falta da estrela”, do ponto de referência que orienta o caminho da vida; ela evoca um sofrimento, uma carência e, ao mesmo tempo, uma tensão para alcançar o bem que falta. Então, o desejo é a bússola para compreender onde estou e para onde vou. "Ou melhor, é a bússola para entender se estou parado ou se estou em movimento, uma pessoa que nunca deseja é uma pessoa parada, talvez doente, quase morta." Obstáculos e fracassos não sufocam o desejo; pelo contrário, tornam-no ainda mais vivo em nós.
A época em que vivemos, disse ainda o Papa, parece favorecer a máxima liberdade de escolha, mas ao mesmo tempo atrofia o desejo, reduzido principalmente à vontade do momento. Somos bombardeados por mil propostas, projetos e possibilidades, que correm o risco de nos distrair e de não nos permitir avaliar com calma o que realmente queremos.
Dialogar com o Senhor
Muitas pessoas sofrem porque não sabem o que querem da própria vida; provavelmente nunca entraram em contato com o seu desejo mais profundo. Daqui deriva o risco de passar a existência entre tentativas e expedientes de vários tipos, sem nunca chegar a lado algum, desperdiçando oportunidades preciosas.
"Dialogando com o Senhor, aprendemos a compreender o que verdadeiramente queremos da nossa vida", disse o Papa, que advertiu quanto ao perigo das lamentações, que travam o desejo.
"Cuidado porque as lamentações são um veneno, um veneno para a alma, um veneno para a vida, porque não deixam crescer o desejo de ir avante. Quando há lamentações na família, entre os cônjuges, os fihos que se lamentam do pai ou os padres do bispo e os bispos de muitas outras coisas... Não, se vocês vivem de lamentações, cuidado. É quase pecado, porque não deixa o desejo crescer."
Outra advertência do Pontífice foi quanto aos jovens que ficam presos no celular, sempre extroversos em direção a outrem. Mas "o desejo não pode crescer assim", preso somente no momento presente.
Eis então o convite do Papa a pedir ao Senhor que nos ajude a conhecer profundamente os nossos desejos e nos conceder a força para os realizar. "É uma graça imensa, na base de todas as outras: permitir que o Senhor, como no Evangelho, faça milagres para nós: Dai-nos o desejo e fazê-lo crescer, Senhor."
Afinal, também Ele tem um grande desejo em relação a nós: tornar-nos participantes na sua plenitude de vida.
Fonte: Vaticam News
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Na festa de Aparecida, Papa convida brasileiros a rezarem pela paz
Francisco citou a Padroeira do Brasil ao saudar os fiéis de língua portuguesa no final da Audiência Geral desta quarta-feira. Rezemos com os brasileiros pela paz, foi o convite do Papa
No dia de Nossa Senhora Aparecida, rezemos pela paz!
Como acontece toda quarta-feira ao final da Audiência Geral, o Papa saudou os fiéis de língua portuguesa. Mas neste dia 12 de outubro, Francisco se dirigiu de modo especial aos brasileiros, na festa de sua Padroeira. 
“Hoje, celebra-se a Senhora Aparecida com tantos irmãos e irmãs que chegam em peregrinação ao seu Santuário. E ali, junto da Virgem Mãe, rezam o terço e cantam a Nossa Senhora Aparecida. Rezemos com eles pela paz e peçamos a Nossa Senhora que nos ajude a assumir o grande desejo do Pai celeste: fazer-nos participantes, a todos, da sua plenitude de vida. Deus os abençoe e Nossa Senhora os guarde.”
Os fiéis presentes na Praça São Pedro acompanharam as palavras do Pontífice com aplausos e cantando o hino "Dai-nos a bênção, ó Mãe Querida".
 Perto Francisco, nos Jardins Vaticanos, há uma imagem de Nossa Senhora Aparecida que o próprio Papa inaugurou em 3 de setembro de 2016. Naquela ocasião, convidou os presentes a rezarem para que a Virgem "continue a proteger todo o Brasil, o povo brasileiro".
"Que proteja os mais pobres, os descartados, os idosos abandonados, os meninos de rua; que ampare os descartados e os que estão nas mãos dos exploradores de todo tipo; que salve o povo com a justiça social e com o amor de Jesus Cristo, seu Filho. Peçamos com amor por todo o povo brasileiro, que Ela, Mãe, abençoe. Foi encontrada pelos pobres trabalhadores: que hoje seja encontrada por todos, de modo especial por aqueles que têm necessidade de trabalho, de educação, por quantos estão privados de dignidade. Rezemos juntos: Ave Maria..."
Fonte: Vatican News
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Papa Francisco: que a luz de Maria dissipe as trevas da guerra
Na Audiência Geral, o Pontífice exortou a voltar o olhar para Maria e a rezar o Terço: "Que sua vida e suas escolhas diárias sejam iluminadas por Cristo".
As aparições de Maria em Fátima, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora do Pilar e o mês de outubro dedicado ao Rosário. Nas saudações aos peregrinos, após a catequese da Audiência Geral, a bússola permanente foi a Virgem Maria. Na saudação aos fiéis de língua alemã, o horizonte se estendeu, em particular, para Fátima:
Que a Bem-aventurada Virgem Maria, cujas aparições em Fátima recordaremos amanhã, seja nossa guia no caminho da conversão contínua e penitência ao encontro de Cristo, sol da justiça. Que sua "luz suave" nos liberte de todo o mal e dissipe as trevas deste mundo atormentado pelas guerras.
Nossa Senhora do Pilar e Nossa Senhora Aparecida
Na saudação aos fiéis de língua espanhola, o Papa Francisco recordou que hoje se celebra Nossa Senhora do Pilar, "Padroeira da Hispanidade". “Que ela interceda por nós junto a seu Filho, para que possamos descobrir o desejo profundo que Ele colocou no nosso coração e nos dê a graça de realizá-lo”. Aos peregrinos que vieram de Portugal, e de outros países de língua portuguesa, especialmente do Brasil, o Papa disse:
Hoje, celebra-se a Senhora Aparecida com tantos irmãos e irmãs que chegam em peregrinação ao seu Santuário. E ali, junto da Virgem Mãe, rezam o terço e cantam a Nossa Senhora Aparecida. Rezemos com eles pela paz e peçamos a Nossa Senhora que nos ajude a assumir o grande desejo do Pai celeste: fazer-nos participantes, a todos, da sua plenitude de vida.
O Rosário
Por fim, na saudação aos fiéis de língua polonesa, o convite do Papa a recitar o Rosário:
O mês de outubro é dedicado ao Santo Rosário. Ao recitar esta oração, deixe que sua vida e suas escolhas cotidianas sejam iluminadas por Cristo, esplendor da Verdade. Meditando os mistérios da luz, lembre-se de São João Paulo II que quis adicioná-los à contemplação dos outros momentos da vida de Jesus.
Consagração ao Coração de Maria
Em 25 de março, durante a Celebração da Penitência na Basílica de São Pedro, o Papa Francisco consagrou a Rússia e a Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria. "Mãe de Deus e nossa, solenemente confiamos e consagramos ao vosso Coração Imaculado nós mesmos, a Igreja e toda a humanidade, especialmente a Rússia e a Ucrânia... Apague o ódio, aplaque a vingança, ensine-nos o perdão", foi a oração do Pontífice: "Livra-nos da guerra, preserva o mundo da ameaça nuclear. Que a guerra cesse, conceda paz ao mundo. Fazei de nós artesãos de comunhão". Fonte: Vatican News
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O Papa: trago dentro de mim a dor do povo ucraniano, cesse o furacão da violência
Na audiência geral desta quarta-feira, mais um apelo do Santo Padre em favor da paz na Ucrânia, há quase oito meses atormentado por uma guerra que se agrava cada vez mais com o passar do tempo. Francisco pediu a cessação das violências e que se possa reconstruir uma convivência pacífica na justiça
Na audiência geral desta quarta-feira, 12 de outubro, na Praça São Pedro, o Papa Francisco voltou mais uma vez seu pensamento ao povo ucraniano, fazendo um enésimo apelo em favor da paz neste país atormentado pela guerra que se agrava cada vez mais, e a fim de que se possa reconstruir uma convivência pacífica na justiça.
Cesse o furacão da violência 
Nestes dias, meu coração está sempre voltado para o povo ucraniano, especialmente para os habitantes dos lugares onde os bombardeios se multiplicaram. Trago dentro de mim sua dor e por intercessão da Santa Mãe de Deus o apresento em oração ao Senhor. Ele sempre ouve o grito dos pobres que O invocam. Que Seu Espírito transforme os corações daqueles que têm nas mãos o destino da guerra, para que cesse o furacão da violência e se possa reconstruir uma convivência pacífica na justiça. Fonte: Vatican News
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Card. Parolin: chega de guerra, a trégua não é apenas plausível, mas urgente
Em uma entrevista à revista “Família Cristã”, o Cardeal Secretário de Estado diz que antes de mais nada as armas devem ser silenciadas: se prevalecerem os interesses das partes em conflito, "estamos destinados a não ter futuro"
Salvar o planeta é, em última análise, uma questão de esquemas. Há os esquemas de confronto, do diálogo realista, do "gesto de confiança" capaz de superar a rigidez do ódio e as feridas que todo conflito inflige em todos os lugares. E há os esquemas de guerra que incitam o oposto, interesses das partes em conflito, "a violência, a prevaricação, as colonizações econômicas e ideológicas, a lei do mais forte". Para o Cardeal Pietro Parolin não há dúvida de que, com o segundo esquema, a humanidade corre o risco de "mergulhar em uma espiral sem retorno, com consequências catastróficas".
Não há justiça sem perdão
A entrevista foi concedida pelo Secretário de Estado à revista “Família Cristã”, e o Cardeal parte dos apelos feitos pelo Papa com insistente pontualidade desde fevereiro para pedir o fim do drama que devastou a Ucrânia. "Não só considero a trégua plausível, mas a julgo necessária e urgente", afirma o Secretário de Estado, que reitera que "a paz é construída sobre a justiça e sobre o direito" e, citando João Paulo II, afirma que todavia, "não há justiça sem perdão". Por sua vez, o perdão "requer conversão, ou seja, uma mudança de atitude que seja refletida nas ações".
"Cessar o disparo de armas"
O Cardeal Parolin não faz previsões. "Não tenho condições de dizer qual paz seja possível", observa, mas certamente "cessar as armas, os bombardeios, as destruições, é um primeiro passo necessário". Um passo que deve ser "acompanhado e favorecido", enfatiza, "por gestos não de ameaça, mas de confiança e boa vontade, que criem condições para o diálogo e abram caminho para as negociações". O Papa tem sido claro a este respeito". Infelizmente, observa o cardeal, "quase nos acostumamos às notícias sobre a guerra: não só considero a trégua plausível, mas a julgo necessária e urgente". Esperemos e rezemos para que o apelo de Francisco seja ouvido".
Abertos a um encontro apesar de tudo
E assegura que é com este espírito, apesar dos "mal-entendidos", que, "as portas permanecem abertas e o diálogo não está interrompido" para um possível encontro entre o Papa e o Patriarca Ortodoxo de Moscou Kirill. "Por parte da Santa Sé, o desejo nunca faltou, mesmo que as circunstâncias o tenham impedido de se tornar uma realidade. Percebemos que também por parte da Igreja Ortodoxa existe este desejo". Mas este pensamento não se limita à Ucrânia na mente do Papa e também do Secretário de Estado, que convida a não esquecer "a tragédia da Síria, do Iêmen, do Tigray, a escalada das tensões no Extremo Oriente... Mesmo se alguns conflitos sejam menos divulgados, não há guerra menos dolorosa que outras, não há vida que tenha menor valor". Fonte: Vatican News
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Papa à Igreja na Ásia: renovar o chamado ao diálogo com outras confissões
Para os 50 anos de Federação das Conferências Episcopais Asiáticas, Francisco enviou mensagem em vídeo renovando o chamado de Paulo VI feito à Igreja local para trabalhar de maneira mais autêntica junto aos pobres, aos jovens e por um diálogo com os asiáticos de outras denominações religiosas. A Conferência Geral dos bispos começa nesta quarta (12) e termina no dia 30 de outubro com a presença do enviado especial do Papa para a missa de encerramento.
A Conferência Geral da Federação das Conferências Episcopais Asiáticas (FABC) começa nesta quarta-feira (12) no Centro Pastoral da Arquidiocese de Bangkok, na Tailândia, com a participação do Papa Francisco em modalidade virtual. Através de uma mensagem em vídeo em espanhol, o Pontífice recorda a circunstância que motivou a criação da instituição há 50 anos quando o Papa Paulo VI foi à Ásia e "encontrou um continente de grandes massas, formado em grande parte por jovens, e a Ásia era reconhecida como a casa de diferentes culturas e religiões".
O chamado à autenticidade da Igreja
De fato, em 1970, a visita de Paulo VI a Manila fez com que os bispos asiáticos se reunissem pela primeira vez. Daquele momento nascia a FABC (oficialmente constituída em 1972) com o desejo de reforçar a colegialidade entre eles e a necessidade de definir e articular a Igreja na Ásia no espírito do Concílio Vaticano II. Francisco lembrou em vídeo que os bispos constatavam "que as massas estavam despertando do fatalismo para uma vida digna do homem", um despertar que também era dos jovens e das sociedades "culturalmente diversas para se tornarem uma verdadeira comunidade de povos". E o Papa acrescentou:
“Isso significava que a Igreja na Ásia estava sendo chamada a ser de uma forma mais autêntica a Igreja dos pobres, a Igreja dos jovens e uma Igreja em diálogo com companheiros asiáticos de outras confissões.”
A Conferência Geral da FABC
As atividades da Conferência para direcionar a atuação nos próximos anos se estendem até 30 de outubro, dia em que o cardeal Luis Antonio G. Tagle, enviado especial do Papa Francisco, irá presidir a missa de encerramento na catedral de Bangcoc. Um período que deverá ser acompanhado pelo próprio Pontífice ao desejar que o trabalho seja orientado pela "fraternidade e troca de ideias". E o Papa também deu um conselho:
"É importante que as Conferências Regionais se reúnam com alguma assiduidade. Ao fazê-lo, a Igreja vai sendo formada, vai sendo fortalecida no caminho, e a questão fundamental é: o que o Espírito diz às Igrejas na Ásia? E isso é o que vocês devem responder. Sigam em frente, que os leigos assumam o seu batismo, a sua função como leigos, e respeitem a singularidade de cada um, porque a Igreja universal não é a Igreja uniforme, não, é universal, respeitando a particularidade de cada Igreja."
Justamente com uma cultura única e rica em diversidade, a Ásia é um continente de identidade e caráter diferentes do Ocidente. A Igreja, procurando compreender os desafios do povo para enfrentá-los da melhor maneira possível, promove a Conferência para refletir sobre as realidades emergentes e como servir e apoiar de maneira eficaz os bispos e as conferências regionais. A jornada de abertura deste 12 de outubro pode ser seguida ao vivo pelo perfil da FABC no YouTube.
Fonte: Vatican News
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Penitenciaria Apostólica, seminário para "celebrar a Confissão hoje"
No Prédio da Chancelaria, nos dias 13 e 14 de outubro, haverá um curso para a redescoberta do Sacramento da Confissão, às vezes transcurado ou mal-entendido, a fim de enfatizar sua beleza e ajudar a vivê-lo com renovado entusiasmo.
Tem início nesta quinta-feira (13/10), no Vaticano, o seminário de formação intitulado "Celebrar hoje o Sacramento da Confissão", iniciativa promovida e organizada pela Penitenciaria Apostólica.
A Penitenciaria há mais de trinta anos cuida da formação de jovens sacerdotes para o ministério de confessor através do Curso anual sobre o foro interno. Com esta nova proposta pretende focalizar a atenção no outro lado do confessionário, colocando-se do lado dos fiéis, que se aproximam do sacramento para obter o perdão de Deus. O objetivo é contribuir para a redescoberta deste sacramento, às vezes transcurado ou mal-entendido, para realçar sua beleza e ajudar a vivê-lo com renovado entusiasmo.
O programa
Nos dois dias, quinta-feira 13, e sexta-feira 14 de outubro, estão previstas a lectio magistralis do penitencieiro-mor, cardeal Mauro Piacenza, e duas introduções ao tema, respectivamente de perspectiva bíblica, de dom Fabio Rosini, e antropológica, do professor Mario Polia. Na sexta-feira de manhã, o regente da Penitenciaria, mons. Krzysztof Nykiel, responderá às principais objeções mais comumente levantadas contra a confissão, e os professores pe. Angel García Ibáñez e pe. Marco Panero SDB aprofundarão alguns aspectos do sacramento do ponto de vista teológico e pedagógico.
Por fim, na última sessão na tarde de sexta-feira, depois da palestra do professor pe. Jaime Emilio González Magaña SJ sobre o significado e a importância da prática do exame de consciência para uma frutuosa celebração do sacramento e na vida espiritual pessoal, tomarão a palavra três testemunhas que viveram em primeira pessoa a alegria do encontro sacramental com o Pai misericordioso e apresentarão o papel decisivo desempenhado pelo Sacramento da Confissão no seu caminho de fé.
Para participar
Para participar do Seminário de formação presencial, é preciso se inscrever no site www.penitenzieria.va preenchendo o formulário de inscrição apropriado. Caso contrário, é possível acompanhar as palestras on-line, conectando-se ao canal YouTube do Dicastério para a Comunicação (https://www.youtube.com/c/VaticanNews). Nos dois casos, a participação é gratuita.
Fonte: Vatican News
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Praça São Pedro se prepara para acolher cerca de 50 mil pessoas no sábado
Por ocasião dos 100 anos de nascimento do Servo de Deus, Pe. Luigi Giussani, fundador do movimento católico Comunhão e Libertação, o Papa vai encontrar seus seguidores no dia 15 de outubro. Como são provenientes de 70 países, um livro em formato eletrônico em 10 idiomas, entre eles o português, foi preparado para acompanhar a audiência na Praça.
São esperadas cerca de 50 mil pessoas do movimento católico eclesial Comunhão e Libertação para a audiência com o Papa Francisco no próximo sábado (15) às 11h30 na Itália, 6h30 no horário de Brasília. Em preparação para a acolhida ao grande grupo, na Praça São Pedro, está sendo distribuído um livro em formato eletrônico em 10 idiomas diferentes, entre eles, o português, que pode ser acessado pelo site oficial: it.clonline.org.
A história de Comunhão e Libertação
O movimento tem origem na Itália na década de 50, com o Pe. Luigi Giussani (1922-2005), mas hoje já está presente em 70 países e conta com cerca de 100 mil membros. O nome sintetiza a convicção que o acontecimento cristão, vivido em comunhão, é a base da libertação do homem, e procura orientar para a educação cristã e a missão. 
Para a audiência com o Papa Francisco, por ocasião do centenário de nascimento do fundador e também Servo de Deus, o presidente de Comunhão e Libertação, Davide Prosperi, divulgou uma carta em que fala sobre as razões da realização de um evento como esse sobre o tema "Cristo é a vida da minha vida". Ele trata do encontro como uma "passagem fundamental" do movimento para receber "o abraço misericordioso da Igreja" em peregrinação à casa de Pedro para afirmar, mais uma vez, o "afetuoso seguimento ao Papa e, nisso, o apaixonado amor por Cristo e pela Igreja". E Davide acrescenta:
"Mantenhamos desperta a pergunta a Cristo que nos torna capazes de renovar a cada instante o nosso sim ao Seu chamado: é no sim de cada um de nós, de fato, que se concretiza o seguimento à Igreja que desejamos expressar com a presença de todos nós, unidos, na Praça de São Pedro no dia 15 de outubro."
Comunhão e Libertação no Brasil
Conheça a história da origem do movimento no Brasil, na década de 60, com a chegada de jovens missionários italianos ao país.
Um projeto de humanidade solidária
Em agosto deste ano, por ocasião da abertura da edição de n. 43 do Encontro de Rimini promovido por Comunhão e Libertação, o Papa havia enviado uma mensagem que era um apelo à comunidade cristã para alimentar a amizade social não dando "lições da sacada", mas descendo "para as ruas, sustentada por uma esperança confiável". Num clima de "todos contra todos" onde prevalecem "egoísmos e interesses partidários", disse ainda o Pontífice em mensagem assinada pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, é preciso redescobrir o caminho da atenção, do amor pelos outros, da proximidade, da busca do bem, como condição para ser plenamente nós mesmos. Enfim, doar-se aos outros constitui a amizade social que somos convidados a alimentar, encurtando distâncias, inclinando-se para tocar a carne sofrida de Cristo no povo. Fonte: Vatican News
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Em S. João de Latrão, abertura da causa de beatificação do cardeal Agagianian
A cerimônia, que marca o início da causa de beatificação e canonização, ocorrerá ao meio-dia de 28 de outubro em São João de Latrão - sede da Diocese de Roma -, na presença do atual patriarca armênio Raphaël Bedros XXI Minassian e do cardeal vigário do Papa para a Diocese de Roma, Angelo De Donatis, representando a diocese na qual o servo de Deus morreu e está sepultado. O purpurado armênio desempenhou um papel de liderança nos assuntos da Igreja de Roma durante as décadas pré e pós-Concílio
Rumo às honras dos altares o cardeal Krikor Bedros XV Agagianian (1895-1971), que foi catholicos e patriarca da Cilícia dos Armênios. A sessão de abertura da investigação diocesana sobre a sua vida, as virtudes e a fama de santidade, será de fato realizada em 28 de outubro, dia em que as Igrejas armênias celebram o apóstolo São Judas Tadeu também como seu "Primeiro Catholicos".
De 1960 a 1970, prefeito de Propaganda Fide
A cerimônia, que marca o início da causa de beatificação e canonização, ocorrerá ao meio-dia em São João de Latrão - sede da Diocese de Roma -, na presença do atual patriarca armênio Raphaël Bedros XXI Minassian e do cardeal vigário do Papa para a Diocese de Roma, Angelo De Donatis, representando a diocese na qual o servo de Deus morreu e está sepultado.
Nascido na atual Geórgia, Agagianian após ter sido eleito catholicos Patriarca da Grande Casa da Cilícia dos Armênios Católicos em 1937, foi criado cardeal em 18 de fevereiro de 1946 pelo Papa Pio XII; por fim, de 1958 a 1960 foi pró-prefeito e de 1960 a 1970 prefeito da Sagrada Congregação "De Propaganda Fide", que mais tarde tomou o nome de Congregação para a Evangelização dos Povos, e hoje, Dicastério para a Evangelização.
Papel de liderança nos assuntos da Igreja de Roma
O purpurado armênio desempenhou um papel de liderança nos assuntos da Igreja de Roma durante as décadas antes e depois do Concílio Ecumênico Vaticano II, do qual este ano celebramos os 60 anos da sua abertura.
O cardeal, que havia renunciado a seu título patriarcal em 1962, morreu em 16 de maio de 1971 em Roma, onde está sepultado na igreja de São Nicolau de Tolentino. Ao longo destas décadas, a grata memória do cardeal Agagianian permaneceu viva entre as comunidades católicas armênias.
Fonte: Vatican News
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Bartolomeu I: com o Concílio a liturgia voltou a ser uma “obra do do povo"
Texto do Patriarca Ecumênico Bartolomeu de Constantinopla, Bartolomeu I no aniversário da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II. Citando João XXIII o Patriarca afirma que o Concílio foi "a consequência lógica de toda a vida do Papa João, seus anos no Oriente foram uma escola de ecumenismo”
Quando o Papa João XXIII anunciou a convocação de um grande concílio de todos os cristãos, surgiu a esperança no mundo ortodoxo, especialmente em nosso abençoado predecessor, o Patriarca Athenagoras, de que um grande concílio ecumênico de todas as Igrejas cristãs estava prestes a ser convocado, com o objetivo de encontrar caminhos para a unidade do Corpo de Cristo. Por outro lado, a experiência de João XXIII com o Oriente tinha sido consolidada com sua presença, como delegado apostólico, primeiro na Bulgária e depois na Grécia e na Turquia. O primeiro encontro do futuro Papa com o então Patriarca Ecumênico Basílio III, que lhe confiou sua preocupação pela desunião do mundo cristão e seu desejo de um concílio geral de todo o cristianismo, data de março de 1927.
Roncalli no Oriente
Seus anos passados na Turquia e na Grécia foram decisivos para encontrar estes dois mundos tão próximos na época, mas também tão diferentes, distantes após as dolorosas experiências que os afetaram e prestes a viver ainda novas preocupações, novas rupturas, novos conflitos. Na Turquia e na Grécia, o futuro João XXIII tornou-se um pescador de homens, seguindo a Cristo, ele se sentiu um pescador ativo, observando o trabalho árduo dos pescadores no Bósforo e se tornou um homem de caridade evangélica ao ajudar os muitos refugiados de vários grupos étnicos que se acumulavam em Istambul, em Constantinopla. Mas também sempre foi um homem espiritual na acolhida e na escuta das liturgias gregas e armênias, por causa de seu grande amor pela liturgia. Porém nem sempre foi compreendido pelos seus irmãos, nem sempre foi apoiado nesta experiência de vida, cujos frutos serão vistos durante seu pontificado e na sua visão do Concílio Vaticano II. Como foi escrito, "para Roncalli o Oriente foi uma escola de ecumenismo". Naqueles tempos difíceis, ele conseguiu criar uma atmosfera de confiança com todos.
Concílio para os Ortodoxos
O Concílio Vaticano II era de grande interesse para o mundo ortodoxo, seus teólogos e pastores, e foi seguido em todas as suas fases e documentos. A Igreja de Roma entrou no movimento ecumênico com plenos direitos, superando a teoria do retorno, mas, sobretudo, este concílio foi verdadeiramente "a consequência lógica de toda a vida do Papa João". Histórica foi a sua saudação no final do dia após a abertura do concílio: "Olhemo-nos assim, no encontro, para colher o que nos une, deixando de lado o que pode nos desunir...". Portanto, recordando este Concílio do lado ortodoxo, seriam muitos os temas que despertaram vivo interesse, mas gostaríamos de lembrar um deles que pareceu importante para as sensibilidades ortodoxas, a saber, a Constituição sobre a Sagrada Liturgia e sua referência à tradição, não como um arqueologismo, mas como uma expressão viva da Igreja, enunciando o princípio do retorno "ad pristinam Sanctorum Patrum normam", o retorno às fontes mais antigas das diversas liturgias da Igreja, destacando sua espiritualidade mais fecunda na participação ativa dos fiéis, uma comunidade que celebra, um ato pastoral que nasce da obra de Redenção de Cristo, desprovido de funções sociológicas ou psicológicas, sempre una, mesmo na diversidade dos ritos. A liturgia volta a ser uma "obra do povo" na qual o colégio sacerdotal e os fiéis formam um único corpo litúrgico, no qual cada um tem sua função particular.
São João Crisóstomo
A centralidade da Eucaristia, a oração comum, as leituras bíblicas, a concelebração, o uso da linguagem viva, a possibilidade de comunhão nas duas espécies, tudo isso remete às palavras de São João Crisóstomo: "Toda a Eucaristia foi oferecida uma vez e nunca se esgota. O Cordeiro de Deus, sempre comido e nunca consumido". (In Epist. Ad Hebr., Hom. 17; pg 63, 131). O Papa João XXIII, já dissemos, amava a liturgia como a mais alta forma de oração da Igreja; a liturgia é um sinal de unidade entre Deus e o homem e entre o homem e Deus. Em cada rito da liturgia encontramos aquilo que une acima de tudo e para todas as coisas. O Concílio Vaticano II restaurou essa centralidade à liturgia romana; é dever de todos nós cristãos de hoje trabalhar para redescobrir nossa unidade naquele único Pão e naquele único Cálice, o Cristo "aquele que está partido sem ser dividido, que é sempre comido e nunca consumido, mas que santifica aqueles que dele participam" (Divina Liturgia de São João Crisóstomo).
Fonte: Vatican News
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Ucrânia: Lviv, mísseis russos atingem Santuário da Exaltação da Santa Cruz
"Pela manhã - conta o padre Damian Pankowiak, pároco do santuário -, ouvimos explosões. Junto com meu confrade padre Adam, que veio para ajudar a comunidade, nós fugimos. Dois foguetes caíram atrás da cerca do templo. A detonação derrubou as janelas, danificando o reboco das paredes externas." Os mísseis e a onda de choque provocada pela detonação arrancaram os telhados de algumas casas, destruíram as janelas de muitas delas e danificaram as paredes com estilhaços. Continuam ataques com mísseis
O Santuário da Exaltação da Santa Cruz em Brzozdowce, província de Lviv, também foi atingido e danificado por ataques maciços de mísseis russos em 10 de outubro. Foi o que anunciou a Igreja católica latina em seu website. Durante um maciço ataque missilístico – lê-se na news - os russos lançaram 84 mísseis e 13 drones iranianos sobre a Ucrânia.
Em particular, foram atingidas as cidades de Kiev, Lviv, Rivne, Zhytomyr, Ternopil, Khmelnytskyi, Ivano-Frankivsk, Vinnytsia, Pryluky, Nizhyn, Konotop, Kharkiv, Kremenchuk, Dnipro, Kryvyi Rih, Zaporizhzhia, Mykolaiv e Odessa.
Por milagre, graças a Deus, todos estão vivos e bem
Foi um milagre que não houvesse ninguém dentro da igreja de Brzozdowce. "Pela manhã - conta o padre Damian Pankowiak, pároco do santuário -, ouvimos explosões. Junto com meu confrade padre Adam, que veio para ajudar a comunidade, nós fugimos. Dois foguetes caíram atrás da cerca do templo. A detonação derrubou as janelas, danificando o reboco das paredes externas."
"Agora vai levar tempo para restaurar tudo. Felizmente, ninguém estava no templo no momento, nem os sacerdotes nem os operários, que trabalhavam todos os dias há dois meses para restaurar a igreja. Portanto, graças a Deus, todos estão vivos e bem."
Visita do arcebispo metropolitano e do bispo auxiliar
O arcebispo metropolitano dos latinos de Lviv, dom Mechyslav Mokshytsky, juntamente com o bispo auxiliar dom Eduard Kava, foram ao local esta terça-feira, 11 de outubro, para se certificarem pessoalmente de que nenhuma das pessoas estivesse ferida e para avaliar o nível de danos.
"Viemos para ver que ninguém se machucou, para encorajar nossos paroquianos e o padre, para dar-lhes coragem". Graças a Deus, ninguém perdeu suas vidas. E o que está danificado, vamos tentar reconstruir", disse o arcebispo.
País continua sob ataque maciço de mísseis russos
O metropolita, o bispo auxiliar Kava e o padre Damyan também visitaram os moradores de Brzozdowce cujas casas foram danificadas pelo ataque missilístico. Os mísseis e a onda de choque provocada pela detonação arrancaram os telhados de algumas casas, destruíram as janelas de muitas casas e danificaram as paredes com estilhaços.
Os moradores locais se colocaram imediatamente a trabalhar e começaram a eliminar as consequências da destruição, mas - lê-se na notícia dada pela Igreja católica - "eles não poderão fazer tudo sozinhos". A propósito, na terça-feira a Ucrânia ainda continuava sob ataque maciço de mísseis russos.
Fonte: Vatican News
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Schevchuk: o caminho para a sabedoria passa pela floresta escura da dor
"É preciso encontrar a coragem de olhar a própria dor nos olhos. Existem formas saudáveis de dor, como reações à injustiça ou ao sofrimento dos outros. quando somos feridos pela dor de nossos entes queridos. Mas a dor deles nos permite compreender em profundidade a nossa humanidade, a nossa necessidade de outros. A dor nos torna pessoas verdadeiras. Nós cristãos experenciamos sempre a nossa dor, unindo as nossas dores e sofrimentos com as dores e sofrimentos do nosso Salvador crucificado."
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
Queridos irmãos e irmãs em Cristo!
Hoje é terça-feira, 11 de outubro de 2022 e já é o 230º dia desta guerra cruel, desumana e sangrenta.
Esta manhã, a Ucrânia está se recuperando do ataque maciço de mísseis que a Rússia lançou ontem em toda a Ucrânia, em nossas cidades e aldeias.
Dezenas de mortos, dezenas de feridos. Foram confirmadas pelo menos dezenove vítimas fatais inocentes deste ataque maciço. Só em Kiev, 6 pessoas morreram, mais de 50 ficaram feridas. Em apenas algumas horas, a Rússia lançou 83 mísseis de cruzeiro de vários tipos, dezenas de veículos aéreos não tripulados cheios de explosivos sobre a Ucrânia.
E hoje, a Ucrânia está se recuperando dessa grande dor. O inimigo tentou nos intimidar. Ele tentou destruir a infraestrutura crítica de nossas cidades e povoados, incluindo o fornecimento de eletricidade. Mas os ucranianos deixaram de ter medo há muito tempo. Esse tipo de ataque une ainda mais nosso povo. Os ucranianos estão ainda mais unidos em sua vontade de perseverar nesta batalha até o fim.
Hoje, pela manhã, foi lançado um alerta aéreo para toda a Ucrânia. É possível que hoje o inimigo repita um crime semelhante.
Mas em nome de todos os chefes das Igrejas e organizações religiosas, unidos no Conselho de Igrejas Pan-ucraniano, consideramos nosso dever condenar com firmeza - em alta voz, unânime e resoluta - este ato de terrorismo que a Federação da Rússia cometeu e está cometendo contra o povo ucraniano. Esse tipo de ação é uma violação direta do direito internacional humanitário, das regras e costumes da guerra e só pode ser qualificado como crime de guerra. Apelamos a toda a comunidade internacional global, Chefes de Estado, organizações públicas, intelectuais mundiais, chefes de várias Igrejas e comunidades religiosas, a unirem-se à nossa voz e condenarem veementemente este tipo de ações terroristas. Se ficarem em silêncio hoje, amanhã sereis mortos como estão nos matando hoje. Digamos um firme “não” ao Estado que utiliza este tipo de ação para alcançar qualquer objetivo.
Hoje, no contexto da tragédia que se desenrola diante de nossos olhos na Ucrânia, gostaria de refletir com vocês sobre outro elemento de resiliência: resiliência em meio à dor. Após esses novos eventos, enquanto nossas cidades e povoados queimam, a dor cada vez maior das populações não pode ser ignorada. A dor das perdas, a dor daqueles que estão nas mãos dos russos. A dor daqueles que são submetidos à tortura. A dor das mães que perdem os filhos na frente. A dor de milhões de ucranianos forçados a deixar suas casas. A dor do povo crucificado hoje por um agressor injusto.
Ouçamos hoje a sabedoria do povo mártir, do nosso povo ucraniano, a sabedoria dos nossos heróis, a sabedoria dos veteranos de várias guerras, a sabedoria dos mártires e confessores da nossa Igreja Greco-Católica ucraniana.
Um dos autores contemporâneos que escreve muito sobre o fenômeno da dor, Eric Greitens, diz o seguinte: "Existe a dor que buscamos, e existe a dor que nos procura". Às vezes a dor é algo que acompanha o aprendizado, a necessidade de crescer. A dor faz sempre parte da existência de uma pessoa, de um povo que está a caminho, em peregrinação nesta jornada terrena rumo à Pátria celeste. E há a dor que nos pega de surpresa, despedaçando nossos planos, que não conseguimos aplacar. Este último tipo de dor é muito difícil de curar. Porque essa dor é sempre muito específica, muito pessoal.
Às vezes, a infelicidade é alimentada artificialmente por nossos próprios medos. E precisamos de muita sabedoria para perseverar em meio a essa dor.
Não há dicas práticas fáceis para lidar com a dor real, e o caminho para a sabedoria passa pela floresta escura da dor. É preciso encontrar a coragem de olhar a própria dor nos olhos. Existem formas saudáveis de dor, como reações à injustiça ou ao sofrimento dos outros. quando somos feridos pela dor de nossos entes queridos. Mas a dor deles nos permite compreender em profundidade a nossa humanidade, a nossa necessidade de outros. A dor nos torna pessoas verdadeiras. Nós cristãos experenciamos sempre a nossa dor, unindo as nossas dores e sofrimentos com as dores e sofrimentos do nosso Salvador crucificado. E então nossa dor se torna salvífica, salvadora para nós e para o mundo. Provações e experiências nos ajudam a superar nossa própria dor.
As provações que nos permitem encontrar um sentido na vida e de superar a nossa própria dor, nos ajudam a encontrar a coragem para assumir novas responsabilidades, tornam-se uma experiência que é um tesouro para o nosso ministério futuro. A dor propriamente vivida torna-se o tesouro de uma pessoa corajosa. Não é à toa que nosso povo diz: "Seja paciente e você se tornará o líder dos cossacos!"
Quando sofremos, devemos procurar pensar nos outros. Procurar servir aos outros. Às vezes é necessário extinguir a dor do coração com a dor do trabalho. A dor é algo que, como o fogo, fortalece nossa personalidade. Não devemos ter medo dela. Vamos olhá-la nos olhos. E com sabedoria, unidos a Cristo, seguindo o exemplo dos nossos grandes predecessores, tenhamos a coragem de sobreviver, de suportar a dor.
Hoje, gostaria de agradecer aos nossos agentes de saúde que salvam os feridos, os acompanham nos momentos mais dolorosos de suas vidas. Esta manhã, quero agradecer de modo especial aos nossos trabalhadores do setor de energia, que na noite passada restauraram todos os suprimentos de energia para nossas cidades e povoados. Toda essa rede, que o inimigo tentou destruir. Obrigado! Graças ao seu trabalho, triunfamos durante a noite.
Esta manhã, gostaria de agradecer a todos os cidadãos ucranianos que, a pedido dos nossos trabalhadores da energia, reduziram ontem o consumo de eletricidade em mais de 26%. Desta forma, tornaram possível restaurar as infra-estruturas energéticas destruídas das nossas cidades. Gostaria de me curvar para agradecer às nossas forças antiaéreas ucranianas, que derrubaram quase metade dos mísseis russos ontem. E assim não permitiram que a mão assassina do agressor destruísse mais cidades e aldeias.
Hoje, esta manhã, sob o som das sirenes de ataque aéreo, agradecemos ao Senhor Deus por estarmos vivos. Agradecemos por nossos defensores, meninas e meninos, nossos soldados, socorristas, todos aqueles que salvam vidas na Ucrânia hoje.
Estamos entristecidos pela dor infligida ao nosso povo, mas a suportamos com firmeza e sabedoria. Juntamente com nosso Salvador crucificado, dizemos: Ó Deus, abençoe a Ucrânia! Ó Deus, abençoe nossa Pátria com Tua justa paz celestial!
Que a bênção do Senhor esteja sobre vocês por meio de Sua graça e amor pela humanidade,  agora e para todo e sempre, amém!
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
Svyatoslav+
Pai e Primaz da Igreja Greco-Católica Ucraniana
11.10.2022 - Fonte: Vatican News
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Ajuda à Igreja que Sofre: oração pela paz mundial conduzida pelas crianças
Você já imaginou 1 milhão de crianças ao redor do mundo rezando o Terço pela paz no mundo? Esta comovente iniciativa se torna realidade todos os anos desde 2005 no dia 18 de outubro.
Tudo começou quando um grupo de crianças rezava o terço em frente a um santuário mariano na capital venezuelana, Caracas. Alguns dos presentes lembraram as palavras do padre Pio: "Quando um milhão de crianças rezarem o Terço, o mundo mudará". Desde então, a campanha rapidamente se espalhou pelo mundo.
Como explica o presidente internacional da Fundação de direito pontifício Ajuda à Igreja que Sofre (ACS - sigla em inglês), cardeal Mauro Piacenza, “vendo à nossa volta tantas guerras e maldades, perseguições, doenças e medos que pesam sobre o nosso mundo, as pessoas podem perguntar-se: 'é mesmo Deus que está no comando?'. Sim, é Ele, mas também devemos procurar suas mãos estendidas em nossa direção e nos agarrar a elas. Deus nos alcançou através de Maria. Acreditamos que, se rezarmos fielmente o Terço juntos, a Santa Mãe de Deus nos conduzirá como uma grande família nos braços amorosos de nosso Pai Celeste”.
Neste ano de 2022 muitas guerras e desastres naturais afetaram diversos países ao redor do mundo e são sempre recordados pelo Santo Padre em suas orações e audiências.
Perante a situação de guerra, violência e grave pobreza que reina em países como a Ucrânia, Nigéria, Mianmar ou Paquistão, bem como no Oriente Médio e nas regiões africanas do Sahel, a ACS quer confiar de forma especial às mãos poderosas e amorosas do Divino Pai e à intercessão da Mãe de Deus todos aqueles lugares onde as pessoas não podem viver em paz.
No caso da Ucrânia, a população tem sentido os efeitos devastadores de um conflito geopolítico com a Rússia, iniciado em fevereiro de 2022. Bombardeios em diversas cidades por parte da Federação Russa já provocaram milhares de mortes. Após a Audiência Geral do dia 5 de outubro, Papa Francisco convidou os fiéis a rezarem pela paz no Leste Europeu: “lembremos disso, sobretudo hoje, pensando especialmente na guerra na Ucrânia. Como disse no último domingo no Ângelus, confiamos na misericórdia de Deus, que pode mudar os corações, e na intercessão materna da Rainha da Paz".
Na Nigéria, a população teme o avanço dos pastores Fulani que, fugindo da desertificação no Norte do país, usam a violência para conseguir as terras dos agricultores, deixando mortos e feridos e destruição por onde passam. Desde 23 de junho foram massacrados mais de 200 agricultores em alguns vilarejos do estado central de Plateau. Situação semelhante vive a população de Mianmar onde o conflito civil, entre o exército birmanês e as forças de resistência, iniciado em fevereiro de 2021, já causaram muitas perdas humanas e destruição de templos religiosos.
No caso do Paquistão, a preocupação provem das consequências dos desastres naturais. As enchentes ocorridas em agosto afetaram severamente 6,4 milhões de pessoas, incluindo 3,4 milhões de crianças. Essas chuvas, "sem precedentes em 30 anos", segundo o primeiro-ministro Shehbaz Sharif, destruíram ou danificaram seriamente mais de 1 milhão de casas e devastaram grandes áreas de terras agrícolas essenciais para a economia do país. "Olhando para as dificuldades e a luta pela sobrevivência, pode parecer que tudo está sem esperança ou que as pessoas estão experimentando uma secura espiritual. Ao invés disso, podemos dizer que as pessoas, nesta crise, mostram uma profunda fé em Deus, acreditam na Providência e encontram em Deus a rocha para avançar e olhar para o futuro”, diz o arcebispo de Karachi, Dom Benny Travas.
Por isso, de maneira especial, a ACS convida todas as paróquias, escolas e grupos de crianças e famílias a participarem deste momento de oração junto à Mae de Deus, confiando em sua poderosa intercessão por todas as realidades de guerra e sofrimento no mundo.
No site https://acs-italia.org/rosariobambini você pode conferir o cartaz da campanha e baixar o kit de oração. Fonte: Vatican News
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Save the children: mais investimentos em iniciativas para acabar com o casamento infantil
A organização Save the children que luta há mais de um século para salvar menores em situação de risco, denuncia em um Relatório que cerca de 90 milhões de adolescentes entre 10 e 17 anos vivem em zonas de guerra e são vítimas de casamentos infantis. E pede mais financiamentos para a proteção das meninas e fortalecimento de iniciativas para acabar com o casamento infantil
No décimo Dia Internacional da Menina, proclamado pela ONU, ressoa a preocupação da organização Save the Children, que observa um aumento de 20% nos casamentos infantis em zonas de conflito. De acordo com dados da Save the Children, oito dos dez países com as maiores taxas de casamento infantil estão passando por crises humanitárias - incluindo conflitos e desastres climáticos - que perturbam a educação, tornam mais difícil encontrar trabalho, aumentam os custos dos alimentos e a pobreza e enfraquecem as redes de segurança que mantêm as crianças a salvo da violência. Nestes contextos, é uma dramática crença comum que o casamento em uma idade muito jovem seria uma forma de reduzir a pressão financeira sobre as famílias ou de proteger as meninas de outras formas de violência baseada no gênero. Hoje, a triste realidade, é de que há quase 90 milhões - ou 1 em cada 5 globalmente - de meninas e adolescentes entre 10 e 17 anos de idade vivendo em zonas de conflito com impactos devastadores - a organização denuncia - em seu bem-estar físico e mental e oportunidades futuras.
As mulheres raramente contam seus dramas
Em 2021, o risco da violência de gênero foi classificado como grave ou extremo em 95 por cento das crises humanitárias. Entretanto, as ações para enfrentá-la receberam menos financiamento do que qualquer outra forma de proteção oferecida como parte das respostas humanitárias. Os objetivos de financiamento são raramente atingidos, com pedidos muitas vezes muito baixos, porque apenas ocasionalmente as mulheres e meninas são incluídas em discussões sobre suas necessidades ou abordadas de uma forma que elas se sentem confortáveis em participar.
O triste recorde da Nigéria
A Ásia Oriental, o Pacífico, a América Latina e Caribe, assim como  o Sudeste asiático são as regiões onde as meninas correm o maior risco de casamento infantil relacionado ao conflito. Porém na África Ocidental e Central encontram-se as taxas mais altas no mundo. A Nigéria é o país que atualmente tem o maior número de casamentos infantis, apesar de uma lei que os proíbe.  
A situação no Curdistão iraquiano e no Sudão do Sul
Entre 2020 e 2021, Save the Children realizou mais de 600 entrevistas com 139 meninas no Curdistão iraquiano e no Sudão do Sul para conhecer suas experiências. Algumas foram sequestradas e forçados a se casar cedo, outras sucumbiram à pressão familiar ou se casaram como resultado de uma gravidez não planejada. Para algumas meninas curdas, a decisão de se casar foi influenciada por uma sensação de isolamento e um futuro incerto. Em suas histórias, porém, está sempre presente a exposição à violência e às regras patriarcais que causam desigualdade de gênero de fato através da restrição de escolhas.
Recomendações aos governos para prevenir este flagelo
Save the Children apela para um maior financiamento e esforços para enfrentar a violência de gênero contra meninas, incluindo recursos para a proteção da criança em crises humanitárias. Especificando pedem mais investimentos no fortalecimento de iniciativas para acabar com o casamento infantil como por exemplo apoiar e financiar os desafios que elas enfrentam, através do fortalecimento de movimentos liderados por elas. Mais pesquisas para entender melhor como evitar que os chamados "quatro C" (Covids, conflito, mudança climática e aumento do custo de vida) revertam o progresso feito para acabar com o casamento infantil. Por fim, assegurar que os governos cumpram suas promessas às meninas em suas leis e acordos globais, tais como a Convenção sobre os Direitos da Criança, as Metas de Desenvolvimento Sustentável e Generation Equality Global Acceleration Plan.
Fonte: Vatican News
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Fátima, Portugal: Santuário faz seis propostas de peregrinação para os participantes na Jornada Mundial da Juventude 
Aldeia Jovem é também um projeto para o período que antecede e para o que se segue à JMJ Lisboa 2023
 O reitor do Santuário de Fátima disse que os jovens que visitarem a Cova da Iria no contexto da Jornada Mundial da Juventude vão ser acolhidos numa Aldeia Jovem e fazer a experiência de peregrinação.
Em conferência de imprensa, o padre Carlos Cabecinhas lembrou que o Fátima se prepara para acolher o Papa Francisco, em agosto de 2023, e apresentou o “programa dirigido sobretudo aos jovens” nos períodos que antecedem à Jornada Mundial da Juventude, a partir de 27 de julho, e após ter terminado o programa com o Papa, em Lisboa, no dia 6 de agosto.
“Queremos sublinhar o sentido da peregrinação, e por isso criamos seis caminhos que os jovens podem usar para chegar a pé a Fátima, para fazer a experiência da peregrinação a pé, mesmo aqueles que vêm do estrangeiro”, indicou.
O reitor do Santuário de Fátima disse que as propostas de peregrinação variam entre 5 e 12 quilómetros, acrescentando que estão a ser preparadas também “diversas propostas de reflexão e oração” para proporcionar a “vivência espiritual de Fátima”.
O padre Carlos Cabecinhas anunciou ainda que está em preparação uma “Aldeia Jovem”, em parceria com “outras entidades”, para “acolher os grupos de jovens”, que funcionará no período que antecede a jornada e no pós-jornada”.
“Um momento particularmente importante terá lugar já no mês de maio com a presença dos símbolos da JMJ que, estando na diocese de Leiria-Fátima, serão integrados nas celebrações da Cova da Iria”, acrescentou.
O padre Carlos Cabecinhas disse que o Santuário de Fátima vai juntar-se à “festa dos jovens” que participam na JMJ Lisboa 2023, e escolheu para tema do Ano Pastoral a formulação do da Jornada Mundial da Juventude “Maria levantou-se a partiu apressadamente”, proposta pelo Papa Francisco.
Na informação aos jornalistas, o reitor do Santuário de Fátima disse que, até ao final de setembro, visitaram o Santuário de Fátima 2133 grupos inscritos, dos quais 1340 estrangeiros e 793 portugueses, o que significa mais 633 do que o período homólogo do ano passado.
O padre Carlos Cabecinhas referiu que as famílias religiosas e movimentos eclesiais “retomam as peregrinações nacionais, depois de dois anos de interrupção”, assim como algumas dioceses de Portugal, sendo que outubro é o mês com maior presença em Fátima de grupos estrangeiros e maio de grupos portugueses.
“A afluência a Fátima começa a regressar aos registos habituais pré-pandemia”, afirmou.
O padre Carlos Cabecinhas referiu-se também aos 100 anos da “Voz da Fátima”, que se assinalam neste dia 13 de outubro, completando-se 1200 números do jornal que tem por objetivo “contar o ritmo do Santuário e olhar para fora do próprio Santuário”
Fonte: Agência Ecclsia
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Proteção de Menores: Conferência Episcopal de Portugal reitera pedido de perdão às vítimas e «determinação» para evitar novos crimes
Bispos destacam «trabalho de estudo e investigação» em curso
O Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) renovou hoje o seu pedido de perdão às vítimas de casos de abusos sexuais, por membros da Igreja ou nas suas instituições, assumindo a “determinação” de evitar novos crimes.
“Reiteramos o nosso pedido de perdão às vítimas e a nossa determinação em tudo fazer para que, no futuro, tais crimes não se voltem a repetir. Uma determinação onde é urgente ver envolvida toda a sociedade”, assinala o organismo dos bispos, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, após a sua reunião mensal, em Fátima.
Os membros do Conselho Permanente aludem às recentes notícias sobre estas situações, sublinhando que “os meios de comunicação social têm um papel relevante no combate a este crime”.
“Agradecemos o trabalho que realizam na proteção das vítimas, na denúncia de casos de abusos e também no esclarecimento de suspeitas que podem recair sobre quem é injustamente acusado”, indicam.
A nota assinala, depois, a “necessidade de não condenar publicamente pessoas ou instituições, a partir de suspeitas não provadas, que não abonam a busca de verdadeira justiça nem os princípios de liberdade e deontologia do nobre papel de informar”.
“Nas circunstâncias atuais, acreditamos que, mais do que a participação no debate mediático em torno deste tema, é necessário não perturbar o trabalho de estudo e investigação em curso”.
A Comissão Independente (CI) para o Estudo de Abusos Sexuais contra Crianças na Igreja em Portugal revelou hoje em conferência de imprensa, em Lisboa, que validou 424 testemunhos, que apontam a um “número significativo” de abusadores entre 1950 e 2022.
Pedro Strecht, coordenador da CI, disse aos jornalistas que o problema “atingiu uma grande expressividade”, no passado, repetindo-se em padrões que “devem ser evitados no futuro”.
O Conselho Permanente da CEP assinalou, no comunicado desta tarde, o seu “apreço” pelo trabalho desenvolvido nesta comissão e apelou à apresentação de testemunhos de quem tenha conhecimento de abusos.
“Reiteramos o nosso propósito de tomar seriamente em conta as propostas que esta Comissão venha a fazer e confiamos na justiça civil e canónica, quando devida, para a investigação e o julgamento de casos em apreciação”, apontam os bispos.
Fonte: Agência Ecclesia
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Padre cuja mãe está em processo de beatificação é nomeado bispo
Dolors Massot - publicado em 12/10/22
Sem dúvida, com o anúncio da sua nomeação como bispo auxiliar, a memória da sua mãe estará muito presente
“Não é necessário estudar muito para amar a Deus e a todos os que nos cercam de uma forma excelente.”
Estas são as palavras do padre José María Avendaño, que o Papa Francisco nomeou em Setembro passado para ser o bispo auxiliar de Getafe (Espanha) com a idade de 65 anos. Avendaño foi até agora o vigário geral e vigário do clero dessa diocese. É um homem muito amado pelo povo.
Acontece que o novo bispo (em breve a ser ordenado) tem uma história familiar de grande proximidade com Deus: a sua mãe, Jorja Perea, está em processo de canonização. As palavras de abertura deste artigo foram escritas pelo seu filho sacerdote no livro “La fe es sencilla” (“A fé é simples”), e ele tinha conhecimento em primeira mão de quem e do que estava a falar.
Jorja Perea era uma dona-de-casa de uma família simples e com pouca educação, mas que demonstrou virtudes cristãs em todo o seu esplendor na sua vida como esposa e mãe. Ela é um exemplo do povo que o Papa Francisco gosta de chamar os “santos do lado”. São pessoas leigas que viveram, e vivem hoje, como os primeiros cristãos e que nos fazem sentir a vitalidade da Igreja.
As pessoas podem ser santos no meio do mundo, nas suas tarefas e atividades habituais. Santa Teresa d’Ávila disse, com propriedade, que “o Senhor também caminha entre as panelas e tachos” (Fundações 5, 8).
Podemos ver Jorja Perea em fotografias e vídeos do final do século XX e início do século XXI. Vemo-la a sorrir, a fazer tarefas domésticas, e a carregar a sua velhice com serenidade. Ouvimo-la cantar um hino à Eucaristia, “Bendito seja o Santíssimo Sacramento do altar …” uma canção muito típica da devoção popular na Espanha.
“A minha mãe tinha uma vida de dedicação a Deus, à Igreja e aos outros, especialmente aos doentes e necessitados com quem partilhava tudo o que tinha”, diz José María Avendaño, falando da sua mãe.
Jorja nasceu em 1928, numa aldeia de La Mancha, e ficou imediatamente órfã devido à morte do seu pai e da sua mãe. Quando criança, trabalhou nos campos. Casou com o seu marido Cándido aos 25 anos de idade, e cinco filhos nasceram do seu casamento. Um deles é José María Avendaño Perea.
“Falar bem de Deus”
Um dos lemas que guiou o caminho de Jorja foi: “Fale bem de Deus e faça todo o bem que puder”. Ela encarnou isto de muitas maneiras, lembrado hoje em dia em anedotas de uma vida plena que não atraía a atenção mas iluminava aqueles que compartilhavam a sua vida com ela. É por isso que os testemunhos estão agora a ser recolhidos para a causa da canonização. O fato de ter educado um dos seus filhos para que ele pudesse responder fielmente à sua vocação de sacerdote, e logo que fosse bispo, acrescenta indubitavelmente o mérito desta mãe.
José María, o novo Bispo Auxiliar, nasceu a 25 de Abril de 1957 em Villanueva de Alcardete (Toledo, Espanha).
Estudou para ser professor, especializando-se em matemática, em Toledo (1978) e depois estudou terapia da fala na Universidade Complutense de Madri (1981). É licenciado em teologia pela Pontifícia Universidade de Comillas (1985) e em teologia pastoral prática pela Pontifícia Universidade de Salamanca, no Instituto Superior de Trabalho Pastoral de Madri (2004). Recebeu a ordenação sacerdotal na Arquidiocese de Madri a 14 de Março de 1987. A sua consagração episcopal está agendada para 26 de Novembro deste ano.
Jorja morreu em 2015 devido a um caso de pneumonia que levou a um derrame cerebral. Dentro de um mês, começaram a chegar notícias de favores atribuídos à sua intercessão celestial.
O então bispo auxiliar de Getafe, José Rico Pavés, encorajou o padre José María Avendaño a mostrar ao mundo o exemplo da sua mãe e a recolher testemunhos sobre a sua vida e virtudes. Seis anos mais tarde, em 2021, foi aberta a fase diocesana inicial do processo de canonização.
Hoje, sem dúvida, com o anúncio da sua nomeação como bispo auxiliar, a memória da sua mãe estará muito presente.
Fonte: Aleteia
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Dados fascinantes da vida do beato Carlo Acutis
  O beato Carlo Acutis foi um adolescente italiano que faleceu aos 15 anos por causa de leucemia e ficou conhecido como o “ciberapóstolo da Eucaristia”. Nesta nota, apresentamos oito dados fascinantes sobre sua vida.
1. Tinha uma predisposição natural ao sagrado
Antonia Salzano, mãe do futuro beato, afirmou ao jornal Corriere della Sera que em seu filho havia uma predisposição natural para o sagrado e que aos três anos o pequeno Carlo começou a pedir que ela o levasse à igreja para saudar Jesus e costumava pegar flores para levar à Virgem. Além disso, aos sete anos, pediu para receber a Eucaristia e fez a primeira comunhão. Carlo me salvou. Eu era analfabeta na fé”, afirmou a mãe.
2. Sua babá polonesa encorajou sua vida de fé
Assim, a mãe relatou que nem ela nem o marido eram católicos praticantes, porém, o menino descobriu a fé graças a sua babá polonesa, uma católica muito devota de São João Paulo II. A jovem se chamava Beata.
3.- Foi voluntário em refeitórios sociais
Pelas tardes, costumava sair para levar comida e bebidas quentes às pessoas em situação de rua. Seu exemplo converteu um funcionário de sua família que era hindu ao catolicismo.
A mãe relatou que Carlo servia "nas mesas dos pobres, das Irmãs de Madre Teresa de Calcutá em Baggio e dos Capuchinhos onde servia como voluntário".
4. Previu sua própria morte
A mãe relatou que “poucos dias depois do funeral, ao amanhecer fui acordada por uma voz: 'Testamento'. Fiz uma revisão em seu quarto, estava pensando em encontrar algum escrito. Nada. Liguei o computador, o instrumento que ele preferia. Na área de trabalho havia um pequeno vídeo gravado por ele mesmo em Assis três meses antes: 'Quando eu pesar 70 quilos, estou destinado a morrer'”.
5. Previu que sua mãe teria gêmeos
Carlo, que era filho único, previu que sua mãe teria gêmeos, embora estivesse prestes a completar 40 anos. Em 2010, quando Antonia Acutis tinha 43 anos, deu à luz uma menina e um menino: Francesca e Michele.
6. Seu corpo foi encontrado incorrupto?
Sua mãe revelou que em 23 de janeiro de 2019, mais de dez anos após sua morte, seu corpo foi encontrado incorrupto.
“Eu estava lá e meu marido não queria ver. Ele ainda era nosso garoto alto de 1,82, só tinha a pele um pouco mais escura, com todos os cabelos pretos e cacheados. O mesmo peso, esse que havia predito sozinho”, disse a mãe segundo informa o jornal italiano.
Em declarações a ACI Prensa/EWTN, o reitor do Santuário do Despojamento de Assis, padre Carlos Acácio Gonçalves Ferreira, destacou que atualmente o corpo “está muito completo, não intacto, mas completo. Preserva todos os órgãos”.
“Já fizeram trabalhos sobre o rosto, mas é bonito que pela primeira vez na história será possível ver um santo vestido de calça jeans, tênis e moletom. Isso é uma grande mensagem”, acrescentou.
7. Pediu para ser enterrado em Assis
Carlo pediu para sua mãe que fosse enterrado em Assis. Agora o seu corpo repousa no Santuário do Despojamento.
A mãe de Carlo contou ao Corriere della Sera que a família “tinha uma casa em Umbria. Uma placa indicava que novos espaços estavam à venda no cemitério comunitário. Perguntei a Carlo o que pensava. "Seria muito feliz em terminar aqui". Seu corpo foi posteriormente levado para o Santuário do Despojamento, onde agora os fiéis podem venerá-lo.
8. Seu coração conserva-se em uma custódia
Seu coração está preservado em uma custódia na basílica papal de São Francisco de Assis. A mãe de Carlo disse ao jornal italiano que após a morte de seu filho “queríamos doar seus órgãos, mas não foi possível, disseram-nos que estavam comprometidos pela doença. No entanto, e em um belo paradoxo, o coração estava perfeito e ficará em uma custódia na Basílica papal de São Francisco de Assis”.
Fonte: ACIDigital
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Do dia 11/10/2022
O Papa: o Concílio nos ensina a estar no mundo como servidores do Reino de Deus
Francisco disse que o Concílio Vaticano II nos ensina "a levar a boa nova do Evangelho para dentro da vida e das línguas dos homens, partilhando as suas alegrias e esperanças".
O Papa Francisco presidiu a Santa Missa, na Basílica de São Pedro, na tarde desta terça-feira (11/10), memória do Papa São João XXIII, e 60° aniversário de abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II.
Francisco iniciou sua homilia com a pergunta que Jesus faz a Pedro: "Amas-me?". Depois da resposta de Pedro, Jesus responde: "apascenta as minhas ovelhas". "No aniversário da abertura do Concílio Vaticano II, sentimos dirigidas também a nós, a nós como Igreja, estas palavras do Senhor: Amas-me? Apascenta as minhas ovelhas", disse o Papa.
A Igreja reflete sobre a sua própria natureza e missão
Amas-me? Pergunta Jesus que tem "o estilo não tanto de dar respostas, mas de fazer perguntas, perguntas que provocam a vida". Pergunta sempre à Igreja, sua esposa:
«Amas-me?» O Concílio Vaticano II foi uma grande resposta a esta pergunta: foi para reavivar o seu amor que a Igreja, pela primeira vez na história, dedicou um Concílio a interrogar-se sobre si mesma, a refletir sobre a sua própria natureza e missão. E descobriu-se mistério de graça gerado pelo amor: descobriu-se povo de Deus, corpo de Cristo, templo vivo do Espírito Santo!
Segundo o Papa, "este é o primeiro olhar que devemos ter sobre a Igreja, o olhar do alto. Sim, antes de mais nada a Igreja deve ser vista do alto, com os olhos enamorados de Deus. Perguntemo-nos se, na Igreja, partimos de Deus, do seu olhar enamorado sobre nós. Existe sempre a tentação de partir do eu antes que de Deus, colocar as nossas agendas antes do Evangelho, deixar-se levar pelo vento do mundanismo para seguir as modas do tempo ou rejeitar o tempo que a Providência nos dá e voltar-nos para trás. Mas tenhamos cuidado! Quer o progressismo que segue o mundo, quer o retrocedismo que lamenta um mundo passado, não são provas de amor, mas de infidelidade. São egoísmos pelagianos, que antepõem os próprios gostos e planos ao amor que agrada a Deus, ou seja, o amor simples, o amor humilde e fiel que Jesus pediu a Pedro".
Uma Igreja que perdeu a alegria, perdeu o amor
Amas-Me? O Papa convidou a redescobrir "o Concílio para devolver a primazia a Deus, ao essencial: a uma Igreja que seja louca de amor pelo seu Senhor e por todos os homens, por Ele amados; a uma Igreja que seja rica de Jesus e pobre de meios; a uma Igreja que seja livre e libertadora. O Concílio indica à Igreja esta rota: como Pedro no Evangelho, fá-la voltar à Galileia, às fontes do primeiro amor, para redescobrir nas suas pobrezas a santidade de Deus".
"Nós também, cada um de nós tem nossa própria Galileia, a Galileia do primeiro amor, e certamente cada um de nós hoje também é convidado a voltar à nossa própria Galileia para ouvir a voz do Senhor: "Segue-me", e "reencontrar no olhar do Senhor crucificado e ressuscitado a alegria perdida, se concentrar em Jesus. Reencontrar a alegria: uma Igreja que perdeu a alegria, perdeu o amor", sublinhou Francisco.
"Quando já se aproximava o fim dos seus dias, o Papa João escrevia: «Esta minha vida, que caminha para o ocaso, não poderia ter melhor coroamento do que concentrar-me totalmente em Jesus, filho de Maria, (...) em grande e continuada intimidade com Jesus, contemplado na imagem: menino, crucificado, adorado no Sacramento». Este é o nosso olhar alto, a nossa fonte sempre viva!"
Voltar às puras fontes de amor do Concílio
O Papa convidou a voltar "às puras fontes de amor do Concílio. Reencontremos a paixão do Concílio e renovemos a paixão pelo Concílio! Imersos no mistério da Igreja mãe e esposa, digamos também nós com São João XXIII: «gaudet Mater Ecclesia – alegra-se a Mãe Igreja». Seja a Igreja habitada pela alegria. Se não se alegra, desdiz-se a si mesma, porque esquece o amor que a criou. E todavia quantos de nós não conseguem viver a fé com alegria, sem murmurar nem criticar? Uma Igreja enamorada por Jesus não tem tempo para confrontos, venenos e polêmicas. Deus nos livre de ser críticos e impacientes, duros e irascíveis. Não é só questão de estilo, mas de amor, porque quem ama – como ensina o apóstolo Paulo – faz tudo sem murmurar. Senhor, ensinai-nos o vosso olhar alto, ensinai-nos a olhar a Igreja como a vedes Vós. E quando formos críticos e descontentes, lembrai-nos que ser Igreja é testemunhar a beleza do vosso amor, é viver dando resposta à vossa pergunta: amas-me?"
O pastor não está por cima, mas no meio
Amas-me? Apascenta as minhas ovelhas. "Apascenta: com este verbo, Jesus exprime o amor que deseja de Pedro. Pensemos precisamente em Pedro: era um pescador de peixes e Jesus transformara-o em pescador de homens. Agora atribui-lhe um ofício novo: o de pastor, que nunca havia exercido. E é uma viragem, porque, enquanto o pescador agarra para si, atrai a si, o pastor ocupa-se dos outros, apascenta os outros. Mais, o pastor vive com o rebanho, alimenta as ovelhas, afeiçoa-se a elas. O pastor está diante do povo para indicar o caminho, no meio do povo como um deles, e atrás do povo para estar perto daqueles que estão atrasados. Não está por cima, como o pescador, mas no meio."
Eis o segundo olhar que nos ensina o Concílio: o olhar no meio, estar no mundo com os outros e sem nunca se sentir acima dos outros, como servidores do maior reino que é o Reino de Deus; levar a boa nova do Evangelho para dentro da vida e das línguas dos homens, partilhando as suas alegrias e esperanças. Estar no meio do povo, não por cima do povo: este é o pecado feio do clericalismo que mata as ovelhas, não as guia, não as faz crescer, mata.
“Como é atual o Concílio! Ajuda-nos a rejeitar a tentação de nos fecharmos nos recintos das nossas comodidades e convicções, para imitar o estilo de Deus.”
"Apascenta: a Igreja não celebrou o Concílio para fazer-se admirar, mas para se dar. De fato, a nossa santa Mãe hierárquica, nascida do coração da Trindade, existe para amar. É um povo sacerdotal: não deve destacar-se aos olhos do mundo, mas servir o mundo. Não o esqueçamos! O povo de Deus nasce sociável e rejuvenesce gastando-se, porque é sacramento de amor, sinal e «instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano». Irmãos, irmãs, voltemos ao Concílio, que redescobriu o rio vivo da Tradição sem estagnar nas tradições; reencontrou a fonte do amor, não para ficar a montante, mas para que a Igreja desça a jusante e seja canal de misericórdia para todos. Voltemos ao Concílio para sair de nós mesmos e superar a tentação da autorreferencialidade. Apascenta – repete o Senhor à sua Igreja – e, apascentando, supera as nostalgias do passado, o lamento pela falta de relevância, o apego ao poder, porque tu, povo santo de Deus, és um povo pastoral: não existes para te apascentar a ti mesmo, mas os outros, todos os outros, com amor. E, se é justo prestar uma atenção particular, que esta seja para os prediletos de Deus: os pobres, os descartados, a fim de ser, como disse o Papa João, «a Igreja de todos, e particularmente a Igreja dos pobres»."
O Concílio nos recorda que a Igreja é comunhão
Em terceiro lugar, Amas-me? Apascenta as minhas ovelhas. Jesus "não tem em mente só algumas, mas todas, porque ama a todas; a todas designa, afetuosamente, como «minhas». O bom Pastor vê e quer o seu rebanho unido, sob a guia dos Pastores que lhe deu. Quer – e é o terceiro olhar – o olhar do conjunto."
O Concílio recorda-nos que a Igreja, à imagem da Trindade, é comunhão. Em vez disso, o diabo quer semear a cizânia da divisão. Não cedamos às suas adulações, não cedamos à tentação da polarização. Quantas vezes, depois do Concílio, os cristãos se empenharam por escolher uma parte na Igreja, sem se dar conta de dilacerar o coração da sua Mãe! Quantas vezes se preferiu ser «adeptos do próprio grupo» em vez de servos de todos, ser progressistas e conservadores em vez de irmãos e irmãs, «de direita» ou «de esquerda» mais do que ser de Jesus; arvorar-se em «guardiões da verdade» ou em «solistas da novidade», em vez de se reconhecer como filhos humildes e agradecidos da santa Mãe Igreja.
"O Senhor não nos quer assim: somos as suas ovelhas, o seu rebanho, e só o seremos juntos, unidos. Superemos as polarizações e guardemos a comunhão, tornemo-nos cada vez mais «um só», como Jesus implorou antes de dar a vida por nós. Nisto, nos ajude Maria, Mãe da Igreja. Aumente em nós o anseio pela unidade, o desejo de nos empenharmos pela plena comunhão entre todos os crentes em Cristo. Deixemos de lado os "ismos": o povo de Deus não gosta dessa polarização. O povo de Deus é o santo povo fiel de Deus: esta é a Igreja. É bom que hoje, como durante o Concílio, estejam conosco representantes de outras Comunidades cristãs. Obrigado pela vossa presença", concluiu o Papa.
Fonte: Vatican News
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Sessenta anos atrás o primeiro ato do Concílio, porta da Igreja aberta para o mundo
Desejado vivamente por São João XXIII e concluído por São Paulo VI, o Concílio Vaticano II iniciou seus trabalhos em 11 de outubro de 1962, evento cuja força propulsora não se esgotou, como tem sido constantemente reafirmado pelo magistério de todos os pontificados posteriores. A direção da caminhada nas palavras do Papa Rocalli: descer "ao tempo presente" com o "remédio da misericórdia mais do que o da severidade".
Já se passaram 60 anos da abertura do Concílio Vaticano II, um evento que mudou o rosto da Igreja. Um Concílio ecumênico, ou seja, universal, é a convocação feita pelo Papa para reunir o colégio dos bispos para enfrentar juntos, à luz do Evangelho, as novas questões colocadas pela história.
O anúncio
O Papa João XXIII foi quem anunciou o 21° Concílio da Igreja de Roma, em 25 de janeiro de 1959, na Basílica de São Paulo Fora dos Muros: "Veneráveis Irmãos e Amados Nossos Filhos! Nos pronunciamos diante de vós, certamente tremendo um pouco pela emoção, mas ao mesmo tempo com humilde resolução de propósito, o nome e a proposta da dupla celebração: de um Sínodo Diocesano para a Urbe, e de um Concílio Ecumênico para a Igreja universal". Três anos mais tarde, em 2 de fevereiro de 1962, na Festa da Apresentação de Jesus no Templo, o Papa João anunciou a data de início desta grandiosa assembleia: "Esta data é 11 de outubro do ano de 1962; e é uma lembrança do Concílio de Éfeso, e precisamente a partida da igreja de São Pedro in Vincoli do padre Filipe - huius tituli presbyter - para Éfeso como representante do Papa Celestino”. A Igreja abre as fontes de sua doutrina para promover a concórdia, a paz e a unidade invocadas por Cristo.
A abertura
Portanto o Concílio Vaticano II foi inaugurado em 11 de outubro de 1962. Naquele dia, mais de 3 mil participantes, entre os quais cardeais, arcebispos, bispos, superiores de famílias religiosas desfilaram na Praça São Pedro. Eles vieram de todo o mundo e representavam todos os povos da Terra. A Basílica do Vaticano transformou-se em uma Sala Conciliar. Neste grande espaço com momentos de grande intensidade, ressoaram as palavras do Papa João XXIII para a solene abertura: “As situações e problemas gravíssimos que a humanidade enfrenta não mudam; de fato – afirmou o Papa pronunciado seu discurso em latim – “Cristo continua sempre a brilhar no centro da história e da vida”. “Todas as vezes que são celebrados, os Concílios Ecumênicos proclamam esta solene correspondência com Cristo e com a sua Igreja e levam à irradiação universal da verdade, à reta direção”. “Agora, porém – sublinha o Papa João XXIII - a Esposa de Cristo prefere usar mais o remédio da misericórdia do que o da severidade. Julga satisfazer melhor às necessidades de hoje mostrando a mais a validez da sua doutrina do que renovando condenações”. A Igreja é a Mãe amorosa de todos. O Concílio, através de apropriadas atualizações, dá um salto adiante no compromisso apostólico para apresentar a mensagem do Evangelho a todos os homens.
O discurso da Lua
Outro momento gravado na história daquele dia da inauguração do Concílio Vaticano II foi a saudação, naquela mesma noite, que João XXIII dirigiu aos fiéis lotados na Praça São Pedro. Palavras ditas, espontâneas, que ficaram na história como "o discurso da Lua". A multidão em meio às luzes de mais de 100 mil tochas foi uma cena que comoveu o Pontífice, que decidiu olhar para fora da janela. Disse aos seus colaboradores mais próximos que só iria dar uma bênção. Mas depois, naquele momento tão excepcional para a vida da Igreja, pronunciou um discurso improvisado que tocou o coração de todos. "Queridos filhos, ouço suas vozes. A minha é apenas uma voz, mas condensa a voz do mundo inteiro; todo o mundo está aqui representado. Parece que até a lua antecipou-se esta noite – observai-a para o alto! - para contemplar este espetáculo". “Esta manhã", explicou o Papa João, "foi um espetáculo que nem a Basílica de São Pedro, que tem quatro séculos de história, alguma vez pôde contemplar". Em seguida, ressoam outras palavras que ficarão marcadas para sempre. "Quando regressarem à casa, vocês encontrarão seus filhos; façam uma carícia nas suas crianças e digam: ‘esta é a carícia do Papa’. Encontrarão algumas lágrimas por enxugar. Façam alguma coisa, digam uma boa palavra. ‘O Papa está conosco, especialmente nas horas tristes e de amargura’".
Os documentos do Concílio
Os trabalhos do Concílio Ecumênico Vaticano II foram articulados em quatro sessões. Deste capítulo fundamental da história da Igreja resultaram quatro Constituições, nove Decretos e três Declarações. A Constituição Dogmática sobre a Igreja é o documento mais solene de todo o Concílio. Abre-se com as palavras "Lumen gentium" (luz dos povos): "Mas porque a Igreja, em Cristo, é como que o sacramento, ou sinal, e o instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano, pretende ela, na sequência dos anteriores Concílios, pôr de manifesto com maior insistência, aos fiéis e a todo o mundo, a sua natureza e missão universal. A Constituição Dogmática sobre a Revelação Divina, que inicia com as palavras 'Dei Verbum', toca nos próprios fundamentos da fé da Igreja: a palavra de Deus, a sua revelação e a sua transmissão. A Constituição 'Sacrosantum Concilium' delineia os princípios gerais para a reforma e promoção da liturgia. A Constituição sobre a Igreja no mundo contemporâneo consiste de uma primeira parte sobre a vocação do homem, e uma segunda parte sobre alguns problemas mais urgentes.
Os Papas e o Concílio
"Um evento de graça para a Igreja e para o mundo".  Escreveu o Papa Francisco no prefácio do livro intitulado "João XXIII. Vaticano II um Concílio para o Mundo". "Do Concílio Ecumênico Vaticano II recebemos muito. Aprofundamos, por exemplo, a importância do povo de Deus, categoria central nos textos conciliares, recordada até 184 vezes, o que nos ajuda a compreender o fato de que a Igreja não é uma elite de sacerdotes e consagrados e que cada batizado é um sujeito ativo para a evangelização". Para Bento XVI, o Concílio Vaticano II foi um "novo Pentecostes". Esperávamos que tudo se renovasse", disse aos sacerdotes de Roma em 14 de fevereiro de 2013, "que viria verdadeiramente um novo Pentecostes, uma nova era na Igreja (...) sentia-se que a Igreja não estava indo adiante, que se reduzia, que parecia uma realidade do passado e não a portadora do futuro". E naquele momento, esperávamos que esta relação fosse renovada, que mudasse; que a Igreja fosse novamente uma força para amanhã e uma força para hoje". São João Paulo II em sua carta apostólica Novo Millennio Ineunte chama o Concílio de "a grande graça da qual a Igreja se beneficiou no século XX: nele nos é oferecida uma bússola segura para nos orientarmos no caminho do século que agora começa".
No encerramento do Concílio, em 8 de dezembro de 1965, em sua "saudação universal", São Paulo VI enfatizou que "para a Igreja Católica ninguém é estranho": "Eis que esta é a nossa saudação": Que ela acenda em nossos corações esta nova centelha da divina caridade; uma centelha que pode incendiar os princípios, doutrinas e proposições que o Concílio preparou e que, assim inflamada de caridade, possam realmente operar na Igreja e no mundo aquela renovação dos pensamentos, de atividade, dos costumes, da força moral e da alegria e esperança, que foi o próprio propósito do Concílio".
Fonte: Vatican News
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De João XXIII a Francisco um longo caminho, mas Concílio ainda deve ser entendido
O escritor e jornalista repassa o caminho dos últimos 60 anos. Um percurso traçado no último livro escrito junto com Monsenhor Malnati, apresentado no último domingo em Sotto il Monte, Itália. "Na ideia do então Pontífice, sua experiência pessoal e os fermentos do século XX. Ele tomou distância dos profetas da desgraça e pediu à Igreja para recorrer ao remédio da misericórdia e se abrir aos desafios da modernidade".
A memória viaja 60 anos no tempo, do célebre Discurso à Lua com o qual seu tio-avô entrou "nas casas de tantas pessoas", até a longa fase de preparação que levou à abertura de um evento divisor de águas para a vida e história eclesial. Mas o olhar de Marco Roncalli, jornalista, escritor, estudioso e sobrinho-neto do Papa João XXIII, no século Angelo Roncalli, está sobretudo no presente de uma Igreja que, depois de seis décadas, ainda não compreendeu e implementou plenamente o Concílio Vaticano, cujos frutos "não se exauriram".
O livro
 Roncalli publicou recentemente pela Bolis Edizioni o livro João XXIII - Vaticano II, um Concílio para o mundo, com prefácio do Papa Francisco, escrito juntamente com monsenhor Ettore Malnati, vigário episcopal para os leigos e a cultura da Diocese de Trieste, testemunha de muitos e importantes eventos eclesiais, graças também à proximidade com Loris Capovilla e Pasquale Macchi, secretários dos dois Papas Santos do Concílio, João XXIII e Paulo VI.
Francisco: redescobrir o Vaticano II para enfrentar o futuro juntos
O livro - apresentado na tarde do domingo, 9 de outubro, em Sotto il Monte, cidade natal de Angelo Roncalli - relata importantes fatos históricas, como a mediação do Papa João XXII (mostrada através de documentos) entre Krushev e Kennedy durante a crise dos mísseis em Cuba entre 16 e 28 de outubro de 1962. Uma crise, cujos fantasmas ressurgem hoje com a atual ameaça nuclear na Europa, mas que na época foi resolvida "escolhendo o caminho da paz", como disse o Papa no Angelus do último domingo, instando publicamente a seguir o mesmo exemplo.
Mas sobretudo as páginas do livro têm o mérito de reviver o evento do Concilio, cuja abertura, em 11 de outubro de 1962, marcava o fim "de uma longa preparação que durou ainda mais do que veio a ser o próprio Concílio", como explica Roncalli. Concílio, aliás, que imediatamente demonstrou "que não seria a continuação do Concílio Ecumênico Vaticano I. Antes pelo contrário, de alguma forma  dele se diferenciaria por insistir mais na capacidade de atração do cristianismo do que na ideia de condenar erros".
Fragmentos de história
João XXIII, recorda o escritor, indicou então “os objetivos programáticos de seu Concílio, tomando distância dos profetas da desgraça e pedindo à Igreja para recorrer ao remédio da misericórdia, abrindo-se de alguma forma aos desafios da sociedade moderna contemporânea”.
O "Pontífice de transição" imprimiu uma reviravolta na vida e na história da Igreja ao dar vida a uma ideia que, diz Roncalli, já dois dias depois da eleição de 28 de outubro de 1958 havia confidenciado ao seu secretário particular, Loris Capovilla. Ele então a compartilhou com outros colaboradores, mas, de fato, pelo menos segundo fontes do diário, esperou até 20 de janeiro para comunicá-la ao secretário de Estado da época, Domenico Tardini. Em seguida, houve o anúncio na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, em 25 de janeiro de 1959, "diante de alguns cardeais que, ao ouvir a notícia da voz do Santo Padre, ficaram surpresos": "Ele tentou justificar a eles, dizendo que talvez não tivessem encontrado as palavras adequadas para expressar seus aplausos. Na realidade, não foi bem assim, antes pelo contrário, cerca de quarenta cardeais sequer responderam à notícia do anúncio de um Concílio”.
Muitos movimentos por trás de uma decisão
Decisão, disse João XXIII, "tomada por inspiração do Altíssimo". "É uma ideia - explica Marco Roncalli - que certamente dá a resposta ao que será uma decisão corajosa e pessoal para João XXIII. Por trás, porém, há também muito que diz respeito à história da Igreja do século XX, há grandes fermentos que percorreram o chamado século curto, há as evoluções dos grandes movimentos, o litúrgico, patrístico, ecumênico, bíblico, o que era trabalhado no apostolado dos leigos...”.
E há também a história biográfica do Papa Roncalli, sua experiência pastoral, diplomática, cultural: aquela ao lado do bispo Radini-Tedeschi (bispo de Bérgamo de 1905 a 1914, ed.), os estudos sobre a Igreja e sobretudo sobre a reforma borromeana que o levam a ser "um convicto defensor da eclesiologia conciliar". "Há certamente as grandes experiências feitas no exterior, o conhecimento da sinodalidade da tradição ortodoxa na Bulgária e depois na Grécia. Há o período que viveu na Turquia, na grande terra dos Concílios, depois o Sínodo celebrado como Patriarca de Veneza e a experiência na França que o coloca em contato com a experiência de Taizé”. De fato, no livro, para além do prefácio do Papa, há um testemunho-contribuição do frère Alois, prior de Taizé.
A implementação, hoje, com o caminho sinodal
“Existe, portanto - aponta Roncalli - todo um importante percurso por trás que, de alguma forma, leva hoje a um redespertar da conciliaridade de João XXIII com a implementação do caminho sinodal desejado pelo Papa Francisco. Este Sínodo sobre a Sinodalidade certamente também seria importante para fazer uma boa reflexão e entender de onde partimos e onde chegamos hoje com o pontificado de um Papa que não viveu o Concílio diretamente, mas vivificou um tempo muito ligado à essas sementes lançadas há algum tempo. O Papa Francisco afirma que os frutos do Concílio ainda não se esgotaram, que estamos diante de um Concílio que ainda deve ser compreendido, vivido e sobretudo aplicado”.
Fonte: Vatican News
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O Concílio e a Igreja "mãe amorosa de todos"
Os sessenta anos do Concílio Vaticano II, um caminho que continua
"A Igreja Católica, levantando através deste Concílio Ecumênico o facho da verdade religiosa, deseja mostrar-se mãe amorosa de todos, benigna, paciente, cheia de misericórdia e bondade...". Sessenta anos se passaram desde que João XXIII inaugurou o Concílio Ecumênico Vaticano II. Com um discurso de 37 minutos, em latim, em 11 de outubro de 1962, o idoso pontífice, diante do espetáculo de 2449 bispos reunidos e uma imensa multidão que os tinha visto desfilando na longa procissão na Praça São Pedro, realizou um sonho e uma inspiração tenazmente perseguida. 
João XXIII não pôde levar ao porto o navio que naquele dia partia para o mar. Somente ele, com o passo calmo e decisivo de camponês e a capacidade de captar os aspectos positivos dos sinais dos tempos, tinha sido capaz de ir tão longe, tomando uma decisão a que seus antecessores haviam renunciado. Somente ele poderia abrir o Concílio. E somente seu sucessor Paulo VI poderia completar os trabalhos do Concílio Vaticano II, conseguindo o milagre de ter todos os documentos conciliares votados quase por unanimidade. Na década seguinte Paulo VI sofreria - a década da contestação interna e das divisões - o "martírio da paciência" para manter estável o leme do barco de Pedro, de modo a evitar que encalhasse nas águas rasas por causa de empurrões para trás ou batesse nas rochas por causa de fugas incontroladas para a frente.
Sessenta anos depois, aquele caminho ainda não terminou. O Papa Francisco, o primeiro entre os sucessores de Pedro no último meio século a não ter vivido diretamente esse acontecimento como padre conciliar ou como teólogo, percorre concretamente suas trilhas. Ele o faz lembrando que o único objetivo para o qual a Igreja existe é o anúncio do Evangelho às mulheres e aos homens de hoje.
O magistério do atual Bispo de Roma se reflete nas palavras pronunciadas precisamente há sessenta anos pelo Papa João XXIII: dar testemunho do rosto de uma Igreja que é "a mãe amorosa de todos, benigna, paciente, cheia de misericórdia", isto é, capaz de proximidade e ternura, capaz de acompanhar os que estão na escuridão e na necessidade. Uma Igreja que não confia só em si mesma e não persegue o poder mundano ou o destaque da mídia, mas humildemente se coloca atrás de seu Senhor, confiando somente n’Ele.
Fonte: Vatican News
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Papa Roncalli e o trabalho do Concílio em "vídeo ao vivo"
Os técnicos da Santa Sé organizaram um sistema moderno que permitiu que João XXIII acompanhasse o encontro ao vivo na TV do estúdio papal. "O Pontífice não acreditava que se poderia ir tão longe", disse seu assistente de câmera Guido Gusso, que tinha a tarefa de manobrar os planos. "A realização do sistema não foi particularmente complexa", explicou o engenheiro Pier Vincenzo Giudici, ex-vice-diretor técnico da Rádio Vaticano, lembrando a colaboração com a Philips.
Hoje, chamadas de vídeo e reuniões on-line estão ao alcance de todos. Mas, não era assim em 1962. No entanto, para a abertura do Concílio Vaticano II, os técnicos da Santa Sé conseguiram criar um sistema moderno para permitir que João XXIII acompanhasse os trabalhos conciliares ao vivo em vídeo sem sair de seu apartamento. "O Papa era muito curioso e conectava quase todos os dias", disse o seu assistente de câmera, Guido Gusso, revelando a Telepace os bastidores de um fato até então desconhecido para a maioria. Na prática, no estúdio do Papa Roncalli, havia uma televisão, conectada a duas câmeras posicionadas em frente às duas "alas" em que se dividida a sala conciliar, montada na nave central da Basílica de São Pedro. E isso não é tudo. "Do estúdio, sublinhou Gusso, podíamos mover as câmeras e 'ampliar' para ver quem estava falando naquele momento ou a expressão de qualquer um que estivesse na sala".
O trabalho da Rádio Vaticano
Quem conta os detalhes do sistema é o engenheiro Pier Vincenzo Giudici, ex-vice-diretor técnico da Rádio Vaticano, que cuidou dos sistemas relacionados à parte de áudio. Um compromisso que levou à gravação completa dos trabalhos conciliares, hoje de valor inestimável, mas também à divulgação do sinal no local e fora, no âmbito dos programas e serviços realizados pela emissora pontifícia. "A Rádio Vaticano, ressaltou o engenheiro, trabalhou em apoio ao engenheiro Francesco Vacchini, responsável pela Fábrica de São Pedro, que cuidou do projeto e realização de toda a sala. A ele foi pedido para levar ao apartamento papal os sinais de vídeo, além dos áudios que já fornecemos. E, claro, nos colocamos à disposição."
A instalação não foi particularmente complexa, segundo o engenheiro Giudici, que lembra a colaboração com a Philips, vencedora do concurso de apoio no campo do áudio. "A vigilância por vídeo não era tão exigente cerebralmente quanto fisicamente", acrescentou. "Era necessário estabelecer onde colocar as câmeras e onde passar os fios, e isso foi pensado pelos eletricistas do Vaticano que conheciam bem todos os pontos-chave do apartamento papal." Facilitaram a instalação também os túneis que os técnicos da Rádio Vaticano abriram abaixo do piso da Basílica de São Pedro durante a longa fase preparatória do Concílio. Uma solução para facilitar a realização de qualquer tipo de conexão, que ainda é preciosa hoje e que também foi usada para levar o sinal de vídeo para o ponto de destino.
João XXIII "muito satisfeito"
"João XXIII estava muito satisfeito com essa organização. Ele não acreditava que se poderia ir tão longe", disse Gusso, enfatizando como esse sistema permitiu que o Papa estivesse presente nos trabalhos sem estar fisicamente presente. "Ele queria deixar aos bispos a oportunidade de confrontar-se livremente", embora o Pontífice da província de Bérgamo tivesse seus pontos de referência porque havia alguns cardeais que não eram favoráveis ao Concílio. "Eu já sabia onde apontar a câmera: por exemplo, sobre o cardeal Ottaviani ou o sobre o cardeal Siri, que uma vez chegou a dizer que 'levará 500 anos para consertar os problemas do Concílio'." Muitos membros da Cúria Romana estavam preocupados, sobretudo, com as despesas que o caminho conciliar acarretaria. "No final, o Vaticano não pagou nada", ressaltou Gusso, sem fornecer outros detalhes sobre os benfeitores.
Fonte: Vatican News
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Papa sobre atletas: com fadiga, mas aberto ao outro, não burocrata do esporte
Francisco escreveu o prefácio de um livro em italiano que estará disponível a partir desta terça-feira (11) nas livrarias. A obra de Monsenhor Dario Viganò e do jornalista Valerio Cassetta, traz testemunhos de quem, com muita fadiga e amor, se tornou campeão italiano de futebol, ginástica artística, esgrima e remo, por exemplo. O Papa alerta para não ser indiferente e "burocrata do esporte", mas "ter coração grande e olhar atento aos outros", como os santos.
O Papa Francisco escreveu o prefácio de um livro sobre esporte que chega às livrarias nesta terça-feira (11). A obra em italiano das Edições São Paulo (116p. a 14 euros) intitulada "Não é só fadiga, é amor - os campeões do esporte entre paixão e solidariedade" traz testemunhos de homens e mulheres de diferentes modalidades, coletados pelo Monsenhor Dario Edoardo Viganò e o jornalista Valerio Alessandro Cassetta. Eles abordam histórias pessoais e de sucesso, mas sobretudo de valores que orientam o dia a dia de um atleta de alto rendimento como a solidariedade, a lealdade, a gratidão, o perdão, a generosidade, a capacidade de se levantar depois de cada queda.
Uma rotina para se chegar ao pódio e ao sonho da vitória que não é percorrida sozinha, porque "sem um treinador, de fato, não nasce um campeão", escreve o Papa logo no início do prefácio. É preciso que alguém aposte nesse atleta, sendo um pouco visionário, mas também trabalhando muito sob o aspecto físico, sobretudo motivando, corrigindo sem humilhar, estimulando à resistência. Treinar é um pouco como educar, continua o Pontífice, criando uma relação entre esporte, vida e fé.
Não olhar o mundo da janela de casa
Francisco, então, recorda uma passagem da carta de São Paulo que diz: "vocês não sabem que dentre todos os que correm no estádio, apenas um ganha o prêmio? Corram de tal modo que alcance o prêmio" (1Cor 9,24). Esse é um convite, salienta o Papa, para se colocar em jogo, "não olhando o mundo da janela de casa". 
Porém, quando a derrota chega, é preciso identificar o seu significado profundo, autêntico e nobre, fazendo um exame de consciência para se recarregar e voltar ao jogo, porque além do objetivo de ser campeão, conta também o percurso até lá. "Sem motivação e estímulo, não se pode enfrentar o sacrifício", afirma o Papa que acrescenta no prefácio:
“A fadiga faz parte do jogo, é um componente fundamental, é um peso que te quebra, te desgasta e te desestabiliza, mas a essa fadiga, que assume muitas formas, deve ser encontrado um significado. Um sentido. E então o seu jogo se tornará mais leve. O atleta que, na fadiga, vê além, é como o santo que não sente o fardo e olha ali onde os outros não veem...”
Os protagonistas do livro e do esporte
O livro, assim, traz entrevistas exclusivas com quem fez e está fazendo história no esporte italiano: os jogadores de futebol Giorgio Chiellini, Alessandro Bastoni, Ciro Immobile e Luca Mazzitelli; a campeã olímpica de marcha atlética, Antonella Palmisano; a campeã olímpica de ginástica artística Vanessa Ferrari; o campeão mundial de ciclismo da déc. 70, Francesco Moser; o atleta paralímpico ítalo-cubano com deficiência visual de lançamento de disco e de peso, Oney Tapia; a campeã olímpica de remo, Valentina Rodini; e o medalhista olímpico de esgrima, Enrico Berrè. Não são "funcionários do espetáculo e do sucesso", mas seres humanos que exploram os limites da dedicação, da esperança e da confiança que está presente em cada um de nós. E o Papa conclui o prefácio:
"Não sou ingênuo e sei bem que ao redor do mundo do esporte gira um mundo econômico muito importante. E eu estou ciente de que o fascínio de um esportista pode facilmente se transformar em um objeto gerador de lucro. Como recordavo em uma entrevista à La Gazzetta dello Sport, a riqueza corre o risco de adormecer a paixão que foi capaz de transformar um menino, uma menina comum, em uma extraordinária obra-prima. E acredito que um pouco de 'fome' no bolso seja o segredo para nunca se sentir apagado, para manter acesa aquela paixão que os seduziu quando crianças. De fato, é triste ver campeões que são riquíssimos, mas indiferentes, quase como burocratas do seu esporte."
“Este livro testemunha que um pouco de fome no bolso, um coração grande, um olhar atento aos outros, faz com que os campeões testemunhem uma vida jogada em primeira pessoa com paixão e capaz também de generosidade e abertura aos outros.”
Fonte: Vatican News
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Papa a missionários na Amazônia: vocês ajudam a tornar meu sonho realidade
O sonho de Francisco é de uma Amazônia que lute pelos direitos dos mais pobres, dos povos originários e dos últimos, como ele mesmo expressou ao final do Sínodo de 2019 em exortação apostólica. E o Papa reforçou o pedido em carta enviada nesta segunda-feira (10) à equipe de missionários "Igreja Argentina, Amazônia é tua Missão" no Vicariato Apostólico de Puerto Maldonado, no Peru.
O Papa Francisco voltou a fazer referência à Amazônia, que "se apresenta aos olhos do mundo com o todo o seu esplendor, o seu drama e o seu mistério" (cf. Querida Amazonia 1), em carta dirigida nesta segunda-feira (10) à equipe de missionários "Igreja Argentina, Amazônia é tua Missão" no Vicariato Apostólico localizado na sede episcopal de Puerto Maldonado, no Peru, que atende 23 paróquias e uma população de mais de 350 mil habitantes. O trabalho local tem impulsionado a pastoral e o compromisso com os diferentes povos, comunidades nativas, ribeirinhas e jovens que se formaram nas cidades da região.
"Queridos amigos", começou o Pontífice escrevendo em espanhol, ao agradecer o testemunho que fizeram chegar ao Vaticano sobre o compromisso assumido naquele território. Francisco se demonstrou feliz pela disponibilidade dos missionários e "por assumir, em nome da Igreja, a tarefa evangelizadora que ocupa um lugar especial no meu coração". Tanto que o Papa visitou Puerto Maldonado em janeiro de 2018, o que, junto com o Sínodo Especial de 2019, ajudou a reforçar o compromisso dos missionários para traçar novos caminhos por uma Igreja amazônica e através da ecologia integral.
O sonho do Papa com uma Amazônia diferente
Assim, na carta enviada nesta segunda (10), o Pontífice transcreveu um trecho do que ele expressou na Exortação Apostólica Pós-Sinodal Querida Amazonia, destinada ao Povo de Deus e a todas as pessoas de boa vontade, ao afirmar:
“Sonho com uma Amazônia que lute pelos direitos dos mais pobres, dos povos nativos, dos últimos, de modo que a sua voz seja ouvida e sua dignidade promovida. Sonho com uma Amazônia que preserve a riqueza cultural que a carateriza e na qual brilha de maneira tão variada a beleza humana. Sonho com uma Amazônia que guarde zelosamente a sedutora beleza natural que a adorna, a vida transbordante que enche os seus rios e as suas florestas. Sonho com comunidades cristãs capazes de se devotar e encarnar de tal modo na Amazônia, que deem à Igreja rostos novos com traços amazônicos.”
O Papa finalizou a carta aos missionários assegurando que a presença deles naquele território, como a de tantos outros, "ajudará a tornar o sonho realidade. Sigam em frente!".
Fonte: Vatican News
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O Papa encerrará no Coliseu a oração pela paz organizada por Santo Egídio
O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, confirma que Francisco estará, em 25 de outubro, com os representantes das religiões mundiais no ato final do encontro anual promovido pela Comunidade de Santo Egídio, no Espírito de Assis.
Na presença do Papa, e de outros representantes das religiões mundiais, se concluirá o encontro internacional organizado pela Comunidade de Santo Egídio, em Roma, de 23 a 25 de outubro, sobre o tema "O grito da paz. Religiões e culturas em diálogo". A notícia foi dada pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.
O Espírito de Assis
O evento foi apresentado na Rádio Vaticano, nesta terça-feira (11/10). É o 36° promovido pela Comunidade no "Espírito de Assis", após o dia desejado por São João Paulo II, em 1986. Durante três dias, líderes religiosos, intelectuais, homens da cultura e da política se encontrarão para discutir sobre os grandes temas da atualidade devastada pela guerra que causa vítimas e destruição.
Os cristãos no Coliseu
"Queremos nos libertar da prisão da guerra. Faremos ouvir nosso grito pela paz", disse o presidente de Santo Egídio, Marco Impagliazzo, apresentando o encontro na coletiva de imprensa, "uma paz sufocada não só na Ucrânia, mas em muitas partes do mundo". "Pela primeira vez os cristãos rezarão dentro do Coliseu com Francisco", disse Impagliazzo, informando que os mundos religiosos da Rússia e da Ucrânia foram convidados a participar da oração.
Fonte: Vatican News
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Cardeal López Romero: a pequena Igreja do Marrocos testemunha do Concílio
Entrevista com o Arcebispo de Rabat: o diálogo inter-religioso é um dos frutos do grande evento que mudou o rosto da Igreja há 60 anos. O Papa Francisco nos deu um grande impulso para continuarmos neste caminho
Um sorriso aberto é a primeira 'palavra' do Cardeal salesiano Cristóbal López Romero, Arcebispo de Rabat, em sua entrevista ao Vatican News. O pensamento do cardeal se detém em duas datas. A primeira é a de 9 de outubro passado, quando a Igreja foi enriquecida com dois novos santos com a canonização de João Batista Scalabrini e Artêmides Zatti. A outra está ligada à data de 11 de outubro de 1962, dia da abertura do Concílio Vaticano II. Dois momentos, frisou o cardeal, marcados na história e no futuro da Igreja.
Dom João Batista Scalabrini e Artêmides Zatti, leigo professo da Sociedade de São Francisco de Sales, são ambos "homens de caridade". O Cardeal Cristóbal López Romero parte deste ponto comum, recordando o 'pai dos migrantes' e o 'enfermeiro dos pobres'. Estas duas figuras são um incentivo para que toda a Igreja percorra o "caminho da caridade". Há uma estrada que se opõe à "cultura do descarte". Este caminho, destaca o Arcebispo de Rabat, é a "cultura do encontro". "Nós cristãos no Marrocos, no norte da África, nos definimos 'sacramento do encontro': tentamos promover o encontro entre cristãos e muçulmanos". "Viver juntos, em amizade, é possível: esforcemo-nos juntos", explicou o Cardeal Cristóbal López Romero, "por um mundo melhor, construamos juntos o Reino de Deus. Esta é uma mensagem que a pequena Igreja do Norte da África compartilha com toda a Igreja universal. Somos uma Igreja pequena, insignificante, mas significativa, porque temos uma mensagem a transmitir ao mundo inteiro".
A herança do Concílio
O Cardeal Cristóbal López Romero, nascido em 1952, era uma criança na abertura do Concílio Vaticano II: "Eu tinha dez anos de idade e na escola salesiana eles nos explicaram o significado daquele evento extraordinário para a Igreja". “Sessenta anos depois", continua, "sou testemunha de todas as mudanças positivas trazidas pelo Concílio". Estudando a história da Igreja, foi-me indicado que foi preciso mais de um século para realizar as indicações do Concílio de Trento. "Creio que o Concílio Vaticano II", destaca o Arcebispo de Rabat, "ainda precisa de vinte, quarenta anos" para estar mais enraizado na vida da Igreja ao longo da linha inspirada pelo Espírito Santo. "Não é fácil, mas o Papa Francisco está nos ajudando a recuperar o Concílio". Colocar em prática o Concílio é um desafio para cada cristão e para todas as Igrejas locais, que "não é um capricho de cardeais e bispos, mas uma obra do Espírito Santo".
"Nossa Igreja no Norte da África", observou o cardeal, "pôs em prática os ensinamentos conciliares sobre o diálogo inter-religioso: após o Concílio Vaticano II, iniciou-se o diálogo com outras religiões". O Papa Francisco "nos deu um grande impulso para continuar neste caminho", e mesmo que "ainda haja muito a fazer neste campo", o diálogo inter-religioso é o exemplo de um dos frutos do Concílio Vaticano II. Outro fruto é o de uma Igreja encarnada, de uma Igreja que se torna verdadeiramente tunisiana, marroquina, etc. São Paulo disse que queria ser judeu com os judeus e grego com os gregos. Outro fruto, observa então o cardeal, é a "centralidade da Palavra de Deus". "Nós, católicos no Marrocos, onde somos uma minoria, podemos humildemente ser testemunhas do fato de que o Concílio Vaticano II ainda hoje nos dá importantes diretrizes".
Fonte: Vatican News --- na imagem: Em Kibera, distrito do Quênia, criança na porta da igreja São Miguel, durante oração promovida pela missão africana da Legião de Maria.
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Núncio na Ucrânia: oração e conversão dos responsáveis, única saída para a guerra
"No mês de outubro nos confiamos à Virgem Maria... Mas aqui na Ucrânia é um contínuo mês de outubro, é uma experiência espiritual que nos converte, nos faz sentir cada vez mais unidos a Deus."
"Depois de sete meses e meio de guerra intensa, estamos psicologicamente acostumados, em certo sentido, portanto, tem menor efeito no nível psicológico; mas dói, porque a cada míssil, a cada bomba, morrem pessoas, além dos outros danos. Mas é sempre uma experiência espiritual, porque estamos no mês de outubro e, portanto, a única arma que nos resta é a de Deus e de Nossa Senhora: no mês de outubro nos confiamos à Virgem Maria que intercede para nós, que peça a paz para nós e para tudo o mundo".
Palavras de dor, de resignação, mas também de fé e esperança aquelas que o núncio na Ucrânia, Dom Visvaldas Kulbokas, compartilha com o Vatican News no dia em que Kiev sofreu novos ataques de mísseis russos.
Depois de todos esses meses de guerra intensa, temos a consciência que a qualquer momento, em qualquer dia, podem ocorrer novos ataques, como aconteceu, não apenas em Kiev, mas em muitos lugares. Vi nas notícias que pelo menos 15/16 localidades foram atacadas. Também é difícil ter toda a informação porque, por exemplo, com Lviv e Ternopil não temos sequer contatos telefônicos. Evidentemente, várias infraestruturas importantes também foram atingidas. Em Kiev, alguns colaboradores da nunciatura não conseguiram vir trabalhar, e toda a cidade também ficou em grande parte paralisada porque durante o alerta é proibido por lei realizar atividades em grupo, compras ou serviços técnicos. E assim a cidade fica literalmente paralisada em parte. No mês de outubro nos confiamos à Virgem Maria... Mas aqui na Ucrânia é um contínuo mês de outubro, é uma experiência espiritual que nos converte, nos faz sentir cada vez mais unidos a Deus. Como me diziam, por exemplo, as mães e as mulheres dos mortos ou dos reféns: algumas choram seus entes queridos, outras não sabem onde estão seus filhos ou maridos e dizem que qualquer segundo pode ser o último para a vida de seus entes queridos. Assim, até mesmo a oração se torna em parte desesperada, em parte há esse aspecto muito forte de constância porque o apoio em Deus é constante. Não posso dizer que todos estejam vivendo essa profunda experiência espiritual, mas tenho ouvido muitos testemunhos desse tipo. E depois, mesmo enquanto estou falando, minha esperança é que muitos crentes e não crentes também se unam em todos os sentidos para pedir paz a Deus.
O que a Igreja está fazendo?
Dou um exemplo concreto. Uma de nossas colaboradoras foi à Missa na Catedral greco-católica ou da Ressurreição e então, depois da Missa, os sacerdotes explicaram a todos que não era conveniente sair para fora, mas descer sob a Catedral e ali permaneceram por cinco horas e meia, durante todo o alerta, que poderia ser repetido a qualquer momento. Ficaram ali embaixo o dia todo e os próprios sacerdotes avisaram as pessoas que não era conveniente se deslocarpara o centro da cidade. Neste caso, também as igrejas passam a fazer parte do sistema de proteção civil com suas grutas e criptas, como é o caso tanto da Igreja católica romana de São Nicolau, no centro de Kiev, como da Catedral greco-católica, que tem uma bom porão, no sentido de que pode acomodar muitas pessoas. A ajuda vai não somente para quem frequenta a Missa, mas também para as pessoas que moram nas proximidades. E por isso também as paróquias tornam-se pontos de informação por meio das sugestões que os padres difundem. Depois, todo o resto continua, porque mesmo do ponto de vista humanitário, as dioceses, paróquias e a Caritas diocesana e paroquial continuam muito ativas, especialmente indo aos lugares que concretamente sofreram ataques. Não me refiro tanto aos ataques de hoje [segunda-feira], mas aos territórios que estão ocupados há muito tempo e precisam de ajuda constante e diária. Eu sei que mesmo de Kiev há comboios que às vezes viajam várias centenas de quilômetros para ajudar aquelas regiões onde não há nada, onde não há mais produção, não há mais trabalho ... Às vezes, as pessoas que ficaram lá dependem ajuda de outras regiões.
O Papa continua a reiterar a necessidade de construir a paz...
Eu gostaria de dar como exemplo o que as mães e esposas dos reféns me disseram há algumas semanas, que já mencionei. “Já não sabemos para onde ir, recorremos ao Santo Padre com o pedido”, dizem, referindo-se à libertação dos presos. E acrescentam: "Bem, a única coisa que queremos é a paz, a única coisa, porque senão há um grande sofrimento". Mas o que o Papa Francisco disse no Angelus no último domingo? Destacou, em uma passagem muito significativa, "a paz justa". O Papa, quando fala de paz, fala sempre daquela paz que não é só de aparência, mas que é uma paz verdadeira. Nós não queremos somente uma paz de aparência, queremos uma paz verdadeira, uma verdadeira mudança dos corações, sobretudo de quem começou a guerra. E nesta ótica espiritual, minha leitura pessoal é que a "arma" principal é precisamente a oração. Disto estou seguro a cada manhã, quando como bispo celebro a Eucaristia. Sei que falo diretamente com Jesus presente no altar e apresento-lhe a mesma pergunta: "Basta uma palavra tua, Jesus, e teremos paz". Na minha opinião, não há outra saída senão a oração e a conversão dos responsáveis por esta guerra.
Fonte: Vatican News
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A promessa de resgate da Igreja chilena
Desde o aumento do ateísmo entre os jovens até a migração maciça e a pandemia, são muitos os desafios que a Igreja enfrentou aqui. Os testemunhos do bispo de La Serena e do vigário apostólico de Aysén, contados num documentário aos cuidados do pe. Gaetano Borgo, mostram um forte desejo de renascimento a partir das sugestões contidas na Laudato si'.
Situado entre a Cordilheira dos Andes de um lado e o Oceano Pacífico do outro, o Chile aparece como uma longa e estreita faixa de terra atravessada de norte a sul por histórias, culturas e povos diferentes. Dentre os principais objetivos perseguidos pelo clero local está o de acompanhar uma população tão heterogênea rumo ao encontro numa única grande família cristã superando distinções e preconceitos. A Igreja no Chile está vivendo, entre outras coisas, nos últimos anos um aumento do ateísmo, especialmente entre os jovens, enquanto o alto percentual que se declara católico continua sendo pouco praticante e os locais de culto continuam se despovoando. Já em 2017, o padre Gaetano Borgo, hoje pároco de Crespano del Grappa na Diocese de Pádua, destacou, em sua reportagem feita para o Centro missionário diocesano da cidade, como "a Igreja chilena seja uma comunidade extremamente animada que quer se redimir, que quer estar entre o povo, tornando-se pastor entre as ovelhas". De que modo? Com o diálogo, certamente, mas também com iniciativas concretas que muitas vezes, com aquela maravilhosa "criação" que caracteriza o Chile, nascem na esteira da Encíclica Laudato si'. O trecho da experiência da Igreja chilena proposto neste artigo foi filtrado pelo olhar crítico do arcebispo de La Serena, dom René Osvaldo Rebolledo Salinas, e de dom Luis Infanti della Mora, vigário apostólico de Aysén.
Quatro orientações pastorais a serviço do ser humano
O arcebispo René Osvaldo Rebolledo Salinas, no documentário realizado por dom Borgo, ilustrou os pontos-chave sobre os quais se baseia o compromisso da Arquidiocese de La Serena, destacando alguns princípios que se refletem amplamente no texto do Papa Francisco: o bem comum, a paz social, a economia circular e a justiça distributiva.
Na fundação de toda a construção da sociedade chilena, no entanto, há o pilar maior, o da família, primeira igreja doméstica. O desejo é redescobrir um espírito unitário que apoie as famílias nas adversidades, a fim de alcançar um mínimo de bem-estar coletivo. O segundo pilar onde se apoia a Arquidiocese de La Serena é a dignidade que se busca preservar ou reconstruir, em relação às pessoas obrigadas a migrar por causas ambientais, desastres, calamidades, fome, secas, causados principalmente pelas mudanças climáticas. Durante anos, a Igreja no Chile vem acolhendo pessoas principalmente do Haiti, Peru e Venezuela, oferecendo sustento e perspectivas para o futuro. O senso de solidariedade é considerado um dever para com a humanidade que os fiéis da arquidiocese realizam com energia e otimismo. "A imigração também é uma riqueza do ponto de vista cultural e religioso", confirmou no documentário pe. Gianluca Roso, comboniano, ex-diretor das Pontifícias Obras Missionárias do Chile. Muitos voluntários nas paróquias trabalharam ao longo dos anos para ensinar espanhol aos que chegaram ao país, a fim de incentivar a integração e a busca por um emprego o máximo possível.  Por fim, no que diz respeito ao quarto pilar de apoio, a Arquidiocese de La Serena está envolvida numa intensa pastoral vocacional porque, em poucos anos, houve uma drástica diminuição das vocações e padres e freiras são realmente uma raridade. De forma inversamente proporcional, aumentou o compromisso dos leigos, de modo que a arquidiocese intensificou sua atividade de formação, instituindo cursos sobre temas bíblicos e litúrgicos.
A Arquidiocese de La Serena e os cuidados da Casa comum
Os pilares da ação pastoral da Arquidiocese de La Serena lembram fortemente os apelos que o Papa Francisco fez na Laudato si'. No documento que ilustra o plano pastoral da arquidiocese, se faz referência explícita à sustentabilidade ambiental, à solidariedade universal, ao compromisso com a reconciliação com a Criação e à vocação de não ser patrões ou predadores, mas guardiões da obra de Deus.  "Quando uma pessoa está neste lugar chamado La Paloma" — explica dom Rebolledo Salinas, referindo-se à área lacustre na região de Coquimbo – "não pode não deixar de pensar no presente que o Papa Francisco nos fez com a Laudato si', da qual cada um é interpelado e convidado a agir para o bem dos outros, para o bem das gerações futuras. Portanto, nunca ter um pensamento egoísta, não pensar apenas em si mesmo, mas também olhar para o futuro de tal forma que os filhos desta geração e aqueles que virão depois de nós possam desfrutar desse bem tão grande que é a natureza, que o Senhor Deus nos deu com essa beleza extraordinária". A arquidiocese com um olhar sensato concentrou seu compromisso com o cuidado da Casa comum projetando-o, acima de tudo, para as gerações futuras e evitando parar apenas nas emergências do momento presente.
O Vicariato Apostólico de Aysén
Dom Luis Infanti della Mora, vigário apostólico de Aysén, região do sul do Chile, também apresentou um retrato das atividades que sua comunidade está realizando em relação à Laudato si' depois de ter evitado, ao longo dos anos, que esta área da Patagônia se tornasse um depósito de resíduos nucleares ou um território de produção maciça de alumínio. "Eu pessoalmente redigi a carta pastoral 'Dá-nos hoje nossa água cotidiana' - explica dom Infanti della Mora - após um longo percurso realizado pela Igreja de Aysén, que durou três anos. Nesse período, organizamos vários encontros de reflexão e jornadas pastorais em que discutimos questões ambientais muito concretas, como as relativas à água e à energia. Na esteira desses encontros decidimos celebrar alguns dias de atenção ao cuidado da Criação, como o dia da água e do meio ambiente e instituímos o 'Dia da Criação' que foi então estendido mundialmente pelo Papa Francisco". A comunidade cristã de Aysén ampliou seu compromisso com a conscientização do cuidado da Casa comum com a convocação, em 2019, da Ágora de niños y niñas de la Patagônia, encontro que deu origem a um Manifesto que destaca, entre outros, a questão da sustentabilidade ambiental e com o desenvolvimento de um projeto apoiado pela instituição alemã "Misereor", visando incentivar a economia doméstica através da adoção de práticas passadas como a recuperação  das propriedades terapêuticas das plantas medicinais. Em relação ao que é indicado na Laudato si', também a comunidade cristã de Aysén ativou práticas de acolhimento dos muitos migrantes provocados pela crise climática do Haiti, Venezuela e Colômbia, fornecendo-lhes assistência e, para alguns, também fornecendo alojamento.
A contribuição para a nova Constituição chilena
"A partir do convite proposto pelo Papa Francisco no número 49 da Laudato si' – prosseguiu o vigário apostólico - ou seja, ouvir 'tanto o grito da terra quanto o grito dos pobres', desenvolvemos nossa própria reflexão denominada 'A pobreza não é casual' na qual explicamos como a falta de bens materiais e espirituais também é resultado de sistemas sociais que cada vez mais marginalizam as pessoas. No Chile, o tema ecológico é fortemente sentido. Por isso, também oferecemos nossa contribuição para a elaboração da nova constituição, propondo temas relacionados à sustentabilidade ambiental. Em particular, colocamos em primeiro plano o cuidado e a gestão da água como um bem comum, tentando protegê-la da iniciativa privada que aqui, no Chile, goza de muita autonomia. Em comparação com antes da pandemia, desenvolvemos uma nova consciência sobre a boa relação que deve existir entre o homem e o Planeta: a Terra nos mostrou que pode viver sem nós, mas nós precisamos dela para viver".
Fonte: Vatican News
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Estados Unidos: uma missão dinâmica a serviço dos mais vulneráveis
A "Catholic Health Association" nos Estados Unidos, liderada pela Irmã Mary Haddad, está enfrentando várias questões com "atenção especial à dignidade humana e ao bem comum, e estamos preocupados com aqueles que são mais vulneráveis". Confira a entrevista do Vatican News com a religiosa.
A Irmã Mary Haddad, das Irmãs da Misericórdia, é presidente e diretora executiva da Catholic Health Association nos Estados Unidos. Tendo experiência nos campos da educação, do trabalho social e da assistência de saúde, a Irmã Maria considera-se privilegiada por poder desempenhar os três “ministérios essenciais da Igreja”.
Numa entrevista ao Vatican News, a Irmã Mary explicou como a Catholic Health Association  (CHA) participa  ativamente  nas questões relativas à assistência sanitária nos Estados Unidos e falou do papel central das religiosas neste campo.
Por que motivo escolheu a vida religiosa e as Irmãs da Misericórdia?
Gosto de dizer que a minha chamada é um caminho na via da tomada de consciência da ação de Deus na minha vida. As minhas professoras foram as Irmãs da Misericórdia. Uma vez iniciado o processo, comprometi-me. Uma querida amiga minha, religiosa da Misericórdia, costumava dizer: “A razão pela qual entras não é a mesma pela qual permaneces”. Esta tem sido uma constante na minha vida religiosa — isto é, que a nossa chamada é verdadeiramente dinâmica e a nossa resposta também o deveria ser.
Quais são as temáticas tratadas pela Catholic Health Association?
O nosso trabalho é guiado pela doutrina social da Igreja católica. Dedicamos especial atenção à dignidade humana e ao bem comum, e preocupamo-nos com quem é mais vulnerável. Acreditamos que as pessoas devem ser saudáveis para crescer e prosperar na sua comunidade. E por isso queremos garantir que todos têm direito a cuidados de saúde acessíveis. Esta é a nossa prioridade, juntamente com a proteção da vida e da liberdade de consciência.  A covid realmente lançou uma luz muito forte sobre muitas preocupações que nos acompanhavam já há muito tempo. Os episódios de racismo aos quais assistimos aqui nos Estados Unidos, com o assassinato de George Floyd, levaram-nos realmente a avaliar qual é a nossa parte neste trabalho. Por isso, concentrámo-nos nas desigualdades nos cuidados de saúde e o nosso objetivo é eliminar as desigualdades no acesso e na qualidade dos serviços. Observámos as necessidades no âmbito da saúde mental e comportamental, que aumentaram dramaticamente após a covid. Sabemos que antes da pandemia, eram muito numerosos os casos de suicídio e de outros problemas relacionados com a saúde mental, que se agravaram novamente durante aquele período porque as pessoas se sentiam afastadas e isoladas. Os cuidados dos nossos idosos, das nossas pessoas mais vulneráveis. Percebemo-lo como chamada urgente a examinar, agora, novos modelos de assistência a longo prazo e permanente para os idosos. Os cuidados paliativos: como tratamos as doenças crónicas e como acompanhamos as pessoas ao longo do ciclo da sua vida. Ao tratar destes aspetos, também compreendemos melhor o impacto dos fatores ambientais e sociais na saúde da pessoa. E assim articulámos aquilo que definimos os “determinantes sociais da saúde”: uma habitação segura, um emprego remunerado e acesso a uma alimentação saudável.  Abrimos os olhos para o apelo à sustentabilidade da nossa Terra e trabalhámos seriamente na Plataforma de Iniciativas Laudato si’ do Papa Francisco. Uma das nossas prioridades é que os nossos sistemas sanitários se comprometam a ser de facto neutros em termos de emissões de carbono nos próximos 15-20 anos.
Qual é a posição da Catholic Health Association face ao debate sobre a posse de armas?
Falamos disto como se fosse uma questão de criminalidade, mas na realidade trata-se de saúde pública. Nos últimos dez anos, os homicídios aumentaram  75% nos eua. É imoral. E entre as principais causas de morte de jovens com menos de 19 anos, as mortes por armas de fogo ultrapassaram as dos acidentes de trânsito. Não se trata apenas de crime. Trata-se de saúde, e por conseguinte apelámos a uma inversão desta tendência crescente no nosso país: é necessário fazer investigações sobre os precedentes; além disso, é útil realizar investigações de saúde pública sobre a morbilidade e prevenção da mortalidade; depois, é necessário proibir a venda de armas de fogo, evitar temporariamente o acesso à compra de armas a qualquer pessoa que se considere ser capaz de se prejudicar a si mesma ou a outros; e, naturalmente,  proibir a compra de munições de alta capacidade.  Não há necessidade alguma de estarem disponíveis ao público em geral.  Também os nossos profissionais de saúde estão em risco devido a uma insensata violência armada. Tivemos mortos e feridos porque alguém entrou num hospital ou numa clínica médica armado. Agora que os nossos profissionais de saúde e aqueles que trabalham na linha da frente estão a sair da pandemia, o que constituiu um grande desafio para eles devido ao stress vivido naquele período, devem, contudo, confrontar-se todos os dias com o medo de serem feridos quando vão trabalhar. Eis porque a violência armada na realidade é uma profunda crise sanitária, económica e moral. As estatísticas dizem que cerca de 2,8 biliões de dólares são gastos em hospitalização e internações devido à violência armada. Trata-se de uma imensa quantidade de recursos investidos para enfrentar um problema que pode ser resolvido.
As religiosas estão na base da assistência sanitária católica...
Faz parte do nosso adn. Quando as religiosas chegaram a este país em 1727, as Ursulinas francesas chegaram a Nova Orleães para cuidar das suas comunidades. Não vieram para prestar cuidados de saúde, mas para oferecer cuidados espirituais, para responder às necessidades da comunidade. E estes ministérios nasceram de tal desejo de servir o todo. Assim, o conceito de cuidado de toda a pessoa foi, na minha opinião, a génese da assistência sanitária católica neste país. Na realidade, foram as religiosas que deram início ao modelo do seguro. As pessoas olham frequentemente para as religiosas e nós olhamos para a assistência sanitária católica: as religiosas fazem as obras de caridade, estão lá apenas para prestar o serviço. Mas sabemos que temos uma grande história de empresárias: mulheres que souberam criar modelos de serviço eficazes que nos permitiram fornecer os cuidados às nossas comunidades, pois fomos capazes de gerir os recursos essenciais para continuar esse serviço.  Sabemos que nos apoiamos sobre os ombros de homens e mulheres maravilhosos. Como religiosa, sinto-me muito orgulhosa da história da vida religiosa no mundo e das obras que foram realizadas. Sei que há uma tendência a focalizar-se sobre a diminuição de tudo isto, mas penso que é essencial encarar a situação como uma oportunidade para continuar a responder ao movimento do Espírito no mundo de hoje, e ao que é pedido, em termos de serviço, a todo o povo de Deus.
Fonte: Vatican News
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JMJ 2023: Comité Organizador de Lisboa propõe «caminho de preparação» em espaço de oração, trabalho e festa
 O Comité Organizador Diocesano (COD) de Lisboa para a JMJ 2023 abriu o ‘Piso 0’ da ‘Antiga Manutenção Militar, no Beato, aos jovens que queriam rezar, trabalhar individualmente ou em grupo, para concertos, festa, e jogos de futebol.
“Quando pensamos este espaço, quando nos propuseram a animar este rés-do-chão, foi criar um conjunto de propostas para os jovens, acima de tudo para que se pudessem encontrar uns com os outros e encontrarem-se com Cristo”, explicou o coordenador do COD Lisboa, em declarações à Agência ECCLESIA.
Segundo João Clemente, a primeira proposta que querem fazer neste espaço “é de espiritualidade”, por isso, têm um programa de celebrações, nomeadamente Missas – às quintas-feiras, às 19h00, e ao domingo, às 21h00.
O entrevistado assinala ainda que neste mês de outubro, dedicado em particular pela Igreja Católica às missões, também rezam o terço todas as quintas-feiras, “com esta intenção forte” missionária, e a cada dia 13.
Neste espaço, na ‘Antiga Manutenção Militar de Lisboa’, também vão ter “sempre padres disponíveis para confessar, para acompanhamento espiritual”.
“A pastoral juvenil e o acompanhamento dos jovens também passa muito por estes espaços que possam ser recriados, adaptados, que não fiquem muito rígidos a uma só função e tentarmos responder e sermos fiéis ao que têm sido as propostas da Igreja Universal. Há este desafio da parte do Papa, que os jovens possam ser protagonistas, e que façam deste espaço a sua casa e possam viver a fé com o seu empenho e dinamismo”, desenvolveu o padre João Quintas.
Esta iniciativa pastoral conjuga diversos serviços, para além da pastoral juvenil, a universitária, a vocacional e familiar, e o assistente espiritual do COD Lisboa destaca o “esfoço sinodal” nem que seja de estarem “juntos no mesmo espaço”, onde vão “ensaiando projetos em conjunto”.
O ‘piso 0’ do COD de Lisboa tem salas para estudar, trabalhar, para encontros de grupos, com internet, onde já trabalham alguns jovens voluntários, e todos os sábados à noite o ‘Late Night JMJ’
“É um momento muito informal em que os jovens podem vir aqui, estar com os amigos, beber um copo, ouvir uma conferência, ver um filme, um miniconcerto, jogos de tabuleiro; e temos sempre presente este caminho de preparação da JMJ”, acrescentou João Clemente, adiantando que também vão transmitir os jogos do Mundial de Futebol no Qatar (Fifa World Cup – 20 de novembro e 18 de dezembro).
O COD Lisboa está instalado no rés-do-chão do mesmo edifício onde funciona a sede do Comité Organizador Local (COL) da Jornada Mundial da Juventude 2023, nas antigas instalações da Direção de Logística Militar – ‘Antiga Manutenção Militar de Lisboa’ -, no número 84 da Rua do Grilo, no Beato.
O Programa ECCLESIA, transmitido hoje na RTP2, deu destaque à visita do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, ao COL, onde funcionam muitos serviços que estão a preparar a JMJ 2023 com a colaboração e serviço de muitos voluntários, realizada esta segunda-feira.
A próxima edição internacional da Jornada Mundial da Juventude está marcada para a capital portuguesa, de 1 a 6 de agosto de 2023, e vai ser um acontecimento religioso e cultural, com centenas de milhares de jovens de todo o mundo, reunidos durante uma semana.
O coordenador do COD de Lisboa adiantou também que a Jornada Diocesana da Juventude (JDJ) 2022 vai realizar-se em Oeiras, nos dias 19 e 20 de novembro, na Solenidade de Cristo Rei no calendário litúrgico católico.
João Clemente explicou que os jovens do Patriarcado vão começar por reunir no liceu de Oeiras, onde vão participar em workshops, os vários temas são na área da economia, do trabalho, da educação, das novas tecnologias, depois vão ter um momento cultural, “um concerto forte com um artista conhecido que animará nesse final de tarde”, e depois do jantar começam uma peregrinação “até um lugar específico do Município de Oeiras” para uma vigília de oração e os jovens que se inscreverem vão poder dormir nesse sítio.
“No domingo de manhã”, dia 20 de novembro, os jovens vão ter “um diálogo” com o cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, e um gesto de abraçar ao mundo.
“A ideia é que cada jovem tenha uma bandeira de cada país e depois todos os jovens abraçam estes jovens que vêm à Jornada Mundial da Juventude de todo o mundo”, explicou o coordenador do Comité Organizador Diocesano de Lisboa em declarações à Agência ECCLESIA.
Fonte: Agência Ecclesia
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Sociedade: Saúde mental «é uma emergência social», afirma responsável pela Ordem de São João de Deus em Portugal
Irmão José Paulo considera que neste tempo pós-pandemia, de guerra, e de «tantos desafios sociais e económicos se fala mais de saúde mental»
O superior provincial da Ordem de São João de Deus em Portugal afirmou hoje que a saúde mental “é uma emergência social”, no dia mundial desta área, e que os recursos “nunca” são suficientes para aquilo que sonham e querem fazer.
“É evidente que a história tem tido muitas etapas e muitos movimentos, e tempos melhores ou piores, mas agora que estamos a viver um tempo pós-pandemia, e um tempo de guerra, e tantos desafios sociais e económicos é evidente que se fala mais de saúde mental”, disse o irmão José Paulo, em entrevista à Agência ECCLESIA.
O superior provincial da Ordem hospitaleira de São João de Deus em Portugal acrescenta que a saúde mental é “uma emergência social” e em todos os setores ouve-se falar do impacto que tudo isto tem para a saúde mental, “mas sempre foi um problema”.
“Nós dizemos entre nós que a saúde mental é o parente pobre da saúde mas também não há saúde, sem saúde mental. Há um desequilíbrio, uma desvalorização, talvez também associado ao estigma sobre a saúde mental”, realçou.
‘Tornar a saúde mental e o bem-estar de todos uma prioridade global’, foi o tema definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o Dia Mundial da Saúde Mental 2022, que se assinala anualmente a 10 de outubro.
O irmão José Paulo salienta a importância de “mais saúde mental para todos, mais investimento e mais acesso aos serviços”, destacando o “desafio enorme” que a OMS lança de investir mais e “não esquecer nunca as sociedade e populações menos favorecidas”.
“As dificuldade socioeconómicas afetam claramente, quanto menos recursos menos acesso aos cuidados”, acrescentou no Programa ECCLESIA, transmitido hoje na RTP2.
Segundo o entrevistado, ainda há “muito estigma sobre a saúde mental”, existem sociedades e comunidades mais abertas, mais tolerantes, mas o relatório da Organização Mundial de Saúde indica que “o suicídio em 20 países é considerado crime”, suicídio que é “um problema claro de saúde mental”.
“Mesmo na nossa sociedade portuguesa percebemos que os doentes mentais são estigmatizados, são excluídos, são vistos de uma forma diferente”, referiu, adiantando que os irmãos de São João de Deus, e as suas instituições e casas de saúde, “pelo menos, desde os anos 90” trabalham muito na comunidade, com residências, apartamentos, “com unidades de atividades ocupacionais, e agora apoio domiciliário com vários programas”, onde inserem os seus utentes na população.
O irmão José Paulo adianta que vão notando alguma “mudança positiva em termos de tolerância e aceitação”, salientando que “o problema é quando estão descompensados”, quando estão nalguma aldeia, nalgum sítio onde “não têm consciência que aquela pessoa está doente, há exclusão”.
A Ordem Hospitaleira, fundada em Granada (Espanha) pelo português João de Deus, de Montemor-o-Novo, está a comemorar 450 anos e é uma referência nesta área da saúde mental
A ordem religiosa tem obras concretas em saúde e ação social em 54 países, não são “muitos irmãos” mas têm muitos colaboradores, mais de 65 mil, e muitos voluntários que “tornam possível a atualidade desta obra”.
Em Portugal, a Ordem de São João de Deus tem vários centros de saúde mental, seis casas de saúde/hospitais psiquiátricos “com alguma dimensão, o maior tem 430 camas”, com mais de 100 anos, a Casa de Saúde do Telhal, “que é uma obra emblemática”., também no norte e nas ilhas da Madeira, e da Terceira e São Miguel, nos Açores.
“Temos cada vez mais pequenas unidades de Cuidados Continuados em saúde mental e Cuidados Continuados gerais. Temos Cuidados Paliativos também em Montemor-o-Novo, em Lisboa”, explicou o irmão José Paulo.
Fonte: Agência Ecclesia
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São João XXIII explica o verdadeiro motivo que leva a sociedade ao colapso
Philip Kosloski 
Ele testemunhou duas guerras e acreditava que a sociedade só seria melhor se acontecesse algo que está bem ao nosso alcance 
São João XXIII testemunhou as atrocidades de duas guerras mundiais e rezou fervorosamente para que a sociedade melhorasse. A perspectiva, na época, não parecia promissora, mas ele tinha esperança de que o mundo pudesse mudar. Para isso, era preciso que a paz dentro da família fosse mantida.
De fato, ele explicou em sua encíclica Ad Petri Cathedram que a paz das famílias era a chave para a paz no mundo:
“Se não há paz, união e concórdia nas famílias, como poderá havê-la na sociedade civil? Esta ordenada e harmônica união, que deve sempre reinar dentro das paredes domésticas, nasce do vínculo indissolúvel e da santidade própria do matrimônio cristão e contribui imensamente para a ordem, progresso e o bem-estar de toda a sociedade civil.”
São João XXIII apontou o exemplo da Sagrada Família em Nazaré como inspiração para todos: 
“Dentro das paredes domésticas reine aquela caridade que abrasava a Sagrada Família de Nazaré, floresçam todas as virtudes cristãs, domine a união dos corações e brilhe o exemplo duma vida honesta.”
Segundo São João XXIII, quando a família sofre o resto da sociedade entra em colapso: 
“Não aconteça nunca – como pedimos ardentemente a Deus – que seja perturbada tão bela, suave e necessária concórdia; quando a instituição cristã da família vacila, quando são negados ou violados os mandamentos do Divino Redentor sobre este ponto, então desabam os fundamentos da civilização, a sociedade civil corrompe-se e corre grave perigo com prejuízos incalculáveis para todos os cidadãos. ” 
Enfim, se desejamos paz e justiça no mundo, precisamos primeiro olhar para nossas próprias famílias e trabalhar pela paz e unidade em nosso próprio lar.
Fonte: Aleteia
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Igreja no paraná tem 28 imagens destruídas por vandalismo
  Vinte e oito imagens de santos foram quebradas na igreja de São Mateus, em São Mateus do Sul (PR), ontem (10). Segundo o padre Diego Ronaldo Nakalski, vigário da paróquia São Mateus, a ação “aconteceu entre 11h45 e 12h30”. “Quem fez isto fechou a porta da igreja para ninguém ver, pois a igreja sempre fica aberta para as pessoas rezarem”, ressaltou o padre.
“Foram quebradas 28 imagens no total, incluindo as imagens da sala dos santos, do batistério, a imagem do Sagrado Coração de Jesus e da padroeira Nossa Senhora da Assunção. Graças a Deus o Sacrário onde fica Jesus Eucarístico não foi violado e também não foram danificadas as imagens dos Anjos. Estamos muito tristes, mas já estamos tomando as devidas providências, analisando as imagens das câmeras” disse o padre.
Segundo nota do bispo de União da Vitória (PR), dom Walter Jorge Pinto, ainda não há indício “de quem possa ter feito um ato tão triste e desumano, que atinge a fé e o coração de milhares de pessoas”.
“Confiamos em Deus e esperamos que tal pessoa possa responder de modo adequado pelos atos que cometeu e para que outros atos semelhantes a este não venham a acontecer mais”, disse dom Walter na nota. “Estamos presenciando alastrar-se pelo mundo, e também no Brasil, especialmente neste período eleitoral, todo tipo de conflito por meio do ódio que vai dividindo as pessoas, sobretudo usando as redes sociais, levando-os àquela divisão que só faz crescer o mal, que separa as pessoas, que não permite o diálogo, ensinando a ver em quem pensa diferente de nós um inimigo a ser combatido a qualquer preço”.
“Certamente podem ser muitas as causas que levaram a pessoa que profanou nosso templo em São Mateus do Sul a ter feito o que fez, até mesmo um ato de pura insanidade. Mas, no contexto atual, temos que nos alertar para o fato de que possam existir motivações cujo objetivo é espalhar o medo e os conflitos no meio da sociedade”, atentou dom Walter.
Dom Walter ainda exortou aos moradores da cidade de São Mateus do Sul (PR), “que não se deixem mover por outros sentimentos que não aqueles a que são chamados os discípulos verdadeiros de Jesus Cristo”. Segundo o bispo, “apesar da profunda consternação que nos causa a quebra de nossas preciosas imagens religiosas, é preciso que todos saibam que não podem quebrar tão facilmente a unidade, a união entre nós”.
Fonte: ACIDigital
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Do dia 10/10/2022
REPAM divulga série de vídeos sobre “Ministerialidade e Diaconia” das mulheres na Amazônia
A Rede Eclesial Pan-amazônica (REPAM) divulgou o primeiro vídeo de uma série sobre Ministerialidade e Diaconia da Mulher na Igreja Amazônica. A produção é resultado de um estudo realizado nos últimos dois anos, voltado a refletir, visibilizar e propor sobre a diaconia e ministérios instituídos das mulheres na Amazônia.
A iniciativa foi promovida pela Comissão de trabalho “Ministerialidade e Diaconia”, animada pelas religiosas irmã Maria Los Angeles Tejo Marco e irmã Círia Mees, e as leigas Dorismeire Almeida de Vasconcelos e Serena Nocetti. 
No estudo e reflexão, participaram animadoras de comunidades, catequistas, leitoras, acólitas, ministras da Palavra e ministras extraordinária da Eucaristia e lideranças atuante na dimensão sócio-pastoral das mulheres na Amazônia, a partir de uma ampla visão dos dons, serviços e carismas e das experiências concretas realizados pelas mulheres na Igreja da Pan-Amazônia, a fim de ajudar a avançar na compreensão e reconhecimento desses ministérios já exercidos na realidade amazônica.
“É um sonho realizado, que está sendo fomentado junto com o Núcleo “Mulheres, Novos Ministérios, Serviços e Carismas” da Conferência Eclesial da Amazônia – CEAMA. Queremos promover o aprofundamento e  reconhecimento dos serviços e carismas das mulheres na vida da Igreja, a fim de encorajar, animar, mobilizar e apoiar novos ministérios que contribuam para a missão pastoral da Igreja na Amazónia”, anunciou a REPAM.
Ministerialidade e Diaconia
A série de vídeos busca refletir sobre o que consiste o diaconado da mulher, e o serviço exercido na Igreja, atual e historicamente, nas primeiras comunidades. No primeiro vídeo, Serena Noceti, teóloga italiana, compartilha sobre o diaconado feminino, aprofundando o tema de forma teórica e teológica.
A leiga da diocese do Xingu-Altamira, no Pará, Dorismeire Vasconcelos, partilha experiência de dedicação ao serviço pastoral. Na Igreja particular, são apenas 21 padres, 37 religiosas e cinco religiosos num território com 247.501 católicos, em uma área de 361.981 km².
“Se não somos nós mulheres leigas e religiosas nas mais de 607 comunidade eclesiais de base – sendo 515 comunidades rurais e ribeirinhas, e apenas 93 comunidades em áreas urbanas – a Igreja do Xingu, como disse o Papa Francisco na exortação Querida Amazônia, já teria desmoronado”, ressalta Dorismeire.
Fonte: CNBB
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CNBB comemora 70 anos com Missa em Ação de Graças no Auditório S. João XXIII, em Brasília (DF)
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) completa 70 anos de fundação na próxima sexta-feira, 14 de outubro. A entidade deu início à celebração do seu ano jubilar ainda em 2021 com o tema “Comunhão, participação e missão” e diversas atividades que comemoram de modo reverente sua trajetória. Este ano, por exemplo, aconteceu o Seminário “CNBB 70 anos”, que reuniu o episcopado brasileiro e convidados para recuperar, de forma online, elementos históricos da entidade. 
Segundo o arcebispo de Belo Horizonte e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, celebrar a história da CNBB não constitui simples comemoração, mas oportunidade para contemplar o passado: “os desafios vencidos dos que nos precederam na missão de proclamar a Palavra de Deus revigoram sempre e cada vez mais o nosso compromisso de ajudar o Brasil a se tornar mais justo, solidário e fraterno”. 
Como parte desse caminho jubilar, na próxima sexta-feira, 14 de outubro, a CNBB realiza uma Missa em Ação de Graças pelos seus 70 anos no Auditório São João XXIII, localizado na Asa Norte, em Brasília (DF). O local é próximo de onde hoje também funciona o Centro Cultural Missionário, o CCM. Recentemente passou por uma reforma em suas dependências. São duas novas instalações: a Casa Dom Luciano Mendes de Almeida e o Auditório São João XXIII. Esta reinauguração se constitui mais uma oportunidade para celebrar o jubileu da CNBB. 
Presidida pelo arcebispo de Belo Horizonte e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, a celebração tem início previsto para às 10h. Na sequência, no mesmo local, haverá a benção do Auditório São João XXIII, às 11h, e a benção da Casa Dom Luciano Mendes de Almeida, às 11h30. As atividades concluem com um almoço de confraternização, às 12h. 
Iluminação especial no Cristo Redentor  
Também no mesmo dia, 14 de outubro, das 19h às 20h, o Cristo Redentor recebe iluminação na cor dourada em comemoração ao aniversário da CNBB. A ação é uma parceria entre o Santuário Cristo Redentor e a Assessoria de Comunicação da CNBB. 
Fonte: CNBB
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Em Aparecida (SP), gratidão e reconhecimento marcam celebração dos 70 anos da CNBB
No próximo dia 14 de outubro, data próxima à Solenidade de Nossa Senhora Aparecida, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) completa 70 anos de sua fundação. Em Ação de Graças pelo jubileu foi celebrada uma Missa Solene às 8h no domingo, 9 de outubro, no Altar Central do Santuário Nacional de Aparecida, presidida pelo arcebispo de Porto Alegre (RS) e vice-presidente da CNBB, dom Jaime Spangler.
Gratidão e reconhecimento
Dom Jaime Spengler, vice-presidente da CNBB 
“Agora é tempo de ser Igreja, caminhar juntos, participar”. Com o canto missionário e sinodal, em consonância com o que pede o Papa Francisco, a celebração teve início no domingo festivo.
Ao lado dos concelebrantes, entre eles dom Anuar Battisti, bispo emérito de Maringá, padre Eduardo Catalfo, reitor do Santuário Nacional, e padre Paulinho, do Santuário de São Geraldo Majela, em Curvelo (MG), dom Jaime traçou um paralelo entre o Evangelho do Dia e o jubileu da CNBB em sua homilia:
“Gratidão e reconhecimento são manifestações efêmeras, raras, por vezes frágeis. Gratidão pela natureza, pelas nossas conquistas, amigos, pelo caminho realizado, pela Casa Comum que nos sustenta e alimenta, pelos gestos de solidariedade, cuidado, promoção da vida.
Gratidão e reconhecimento foram o que moveu Naamã e o samaritano leproso. Jesus não esperava tal gesto, tal atitude. Os demais, tomados pela alegria, se deixaram levar. O Misericordioso usou de misericórdia, e tão cheios de alegria se foram. Um retornou, reconheceu e agradeceu.
Retornamos também nós, mais uma vez à Casa da Mãe, para encontrar o Senhor e Mestre, que nos amou por primeiro, que é a razão da nossa vida, o amor de nosso coração, o pastor de nossas almas. Retornamos. Ele é a nossa salvação e aqui estamos. Aqui a Mãe nos acolhe, nos vê, nos ouve, e provavelmente continua soprando nos nossos ouvidos: ‘Façam tudo o que meu filho vos disser’.
Como não recordar as palavras de São Paulo na Segunda Leitura? ‘Lembra-te de Jesus Cristo, lembra-te que com Ele viveremos. Se com Ele ficamos firmes, com Ele reinaremos. Se lhe somos infiéis, Ele permanece fiel’. É esta a fé que sustentou Paulo e Pedro e tantos outros, ao longo da bimilenar história da Igreja, a trabalhar em prol da liberdade e fraternidade, construindo pontes, a fim de que todos tenham vida em abundância e dignidade.
É esta a convicção que nos vem do Evangelho e nos sustenta, e que anima a CNBB a promover a evangelização, a defender e a promover a vida, a partir dos critérios da boa nova de Jesus e da rica tradição da Igreja.
Esta fé permite reconhecer o empenho a dedicação do episcopado brasileiro ao longo dessas sete décadas. O reconhecimento e a gratidão pela dedicação de todo o clero, catequistas, comunidades, leigos, tantos empenhados em promover no Brasil, marcado por imensas desigualdades, a obra da evangelização, sustentados e guiados pela fé que nos une, pela esperança que nos dá norte.
Gratidão pelo trabalho também aqui realizado em prol dos devotos, para que a cada ano também aqui possamos celebrar a nossa Assembleia Geral. Também nos somos convidados a erguer o olhar, reconhecer e agradecer tanta dedicação, testemunho e caridade da nossa Igreja no Brasil.
Somos animados a assumir com ainda mais dedicação o caminho do discipulado. Que a Mãe Aparecida interceda por todos nos pelo nosso povo, a fim de conservar a fidelidade ao Evangelho e confirmar nossa vocação de batizados e batizadas, para anunciar o reino de Deus, na construção de um Brasil melhor”, concluiu.
Último dia da Novena
Na véspera do Dia da Padroeira, no dia 11 de outubro, a última Novena Solene será em honra à CNBB, com o tema “Com Maria, a Igreja do Brasil renova seu ardor missionário!”, focando na evangelização estimulada pela Conferência ao longo desses anos, junto às igrejas particulares.
As entradas da Imagem de Nossa Senhora Aparecida e da Palavra estarão contextualizadas com referência às sete décadas celebradas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. A cerimônia, com início às 19h também será presidida por dom Jaime Spengler.
CNBB e o Santuário
Desde 1952, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil congrega o episcopado da Igreja Católica no país. A exemplo dos Apóstolos, os bispos do Brasil exercem funções pastorais em favor de seus fiéis. Hoje em dia, estão em sintonia 465 bispos, dentre os quais 308 são titulares e auxiliares, 157 eméritos servindo às 278 Igrejas Particulares do país.
O Santuário de Aparecida foi palco, em setembro, do especial “CNBB 70 anos – comunhão, participação e missão”, programa produzido pela TV Aparecida em parceria com a CNBB e retransmitido por outras redes de televisão de inspiração católica. A celebração aconteceu na Basílica Nova e contou com homenagens e agradecimentos a todos os que fizeram parte da história da CNBB, com a exibição de vídeos e depoimentos de bispos e outros personagens.
Fonte: CNBB
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Padre Zezinho inspira-se na Mãe Aparecida e homenageia mulheres
Escrito por Rádio Aparecida
Já de muitos anos se celebra o mês de outubro como o mês de Maria, porque nele nós celebramos nossa padroeira maior, Aparecida das águas. Maria é modelo para as mulheres porque foi mãe, experimentando os sonhos, as dores, as alegrias e as humilhações que tecem a vida de todas as mulheres. Ela experimentou na carne as implicações da condição das mulheres de seu tempo, mas soube transcender todos os condicionamentos, assumindo a vocação de mãe do Verbo Encarnado.
Com este especial queremos nos preparar para celebrarmos bem a festa da Rainha e Padroeira do Brasil, a partir de mensagens tiradas de um texto do Pe. Zezinho que fala sobre as mulheres. Escute:
Uma mulher e todas as mulheres
Existe uma mulher e existem as mulheres. Existem as mulheres como seres indefinidos, anônimos, mas existe a pessoa de uma mulher que todos conhecemos. A mulher não é uma pessoa simples, o homem não é uma pessoa simples, mas a mitologia define a mulher como um ser muito mais complexo. 
As condições de vida e os desafios que as mulheres enfrentaram nas sociedades de todos os tempos fizeram com que as mulheres se tornassem muito mais complexas. Quantos estudos já foram feitos tentando desvendar esta complexidade. No entanto, a mulher é, ao mesmo tempo, uma criatura muito simples. Tão simples quanto a flor é simples! Tão simples quanto o amor é simples! Tão simples quanto a maternidade é simples! Existem, porém, as mulheres que se fazem complicadas devido as suas muitas imperfeições.
Mulheres, mulheres, mulheres
Durante séculos a mulher carregou os vícios de uma sociedade patriarcal, machista e desigual. Nem votar a mulher podia... A sociedade brasileira ainda hoje faz por aumentar essa desigualdade.
A mulher merece muito mais estudo que o homem, e sabe por quê? Porque ainda se joga em seus ombros preconceitos possíveis e imagináveis em todas as culturas: Mulher não sabe dirigir, mulher é fofoqueira, mulher não sabe tratar assunto sério, não faz filosofia e não tem jeito para negócios... Mulheres, Mulheres, Mulheres.
Feliz foi Adão...
As Sagradas Escrituras não se preocupam se Adão e Eva de fato existiram. Eles são personagens símbolos da raça humana. São protótipos! Mas, por que Adão nasceu primeiro? Por que se atribui justamente o primeiro pecado à mulher? 
Como é mesmo esta história de Paraiso perdido? O bom Deus os expulsou do Paraíso, a culpa veio do pecado da mulher. Mas, por que Adão ao procurar o Paraíso o encontra justamente nos braços e no carinho de sua mulher?
Ser mulher
Fácil não é e nunca será, mas a luta de tantas heroínas pelo reconhecimento social mostra como é bonito ser mulher! E quando homem e mulher vivem em harmonia, sem superioridades de um ou de outro, e sem inferioridades, também fica bonito ser homem. 
Não queremos mais mulheres sendo mortas por quem lhe jurou amor. Queremos a possibilidade de cada pessoa podendo descobrir o infinito que existe em seu ser e os elementos que geram a sua real identidade. 
A mulher, assim como o homem, é um emaranhado de sentimentos, de pensamentos, de sensações e contradições do gostar ou não gostar, querer ou não querer, amar do jeito certo a pessoa errada, amar do jeito errado a pessoa certa e por fim, amar do jeito errado a pessoa errada. 
O amar do jeito certo a pessoa certa, a prevalência do ser sobre o ter, o querer sobre o não querer, mas, sobretudo, o querer ser em toda plenitude e com todas as implicâncias continua sendo o grande sonho, a quase irrealizável utopia.
Ser mulher... continua sendo este o grande mistério da mulher para consigo mesma, do nascer ao pôr do sol, e um mistério para o homem do começo ao fim dos tempos.S
Seu nome é mulher
Sentimentos e pensamentos desencontrados resumem num instante o que significa ser uma mulher. A busca permanente da razão de ser pessoa, a razão para ser a luz, a razão para dar a luz. 
Esta complexidade de ser filha, de ser mãe, de ser irmã, de ser mulher já foi cantada em posa e verso, mas foi bem definida por uma antiga canção que dizia: “Descreve seu moço, do jeito que bem entender, descreve seu moço, porém não se esqueça de acrescentar que eu também sei amar, que eu também sei sonhar, que eu também sei lutar e que meu nome é mulher".
Fonte: A12.com
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O Papa: que a tenacidade dos migrantes estimule os que desejam um mundo de bem-estar para todos
Francisco encontrou-se com os peregrinos que participaram da canonização de João Batista Scalabrini, no último domingo. "Somos chamados hoje a viver e difundir a cultura do encontro, um encontro igualitário entre os migrantes e o povo do país que os acolhe", disse ele, exortando "as missionárias e missionários scalabrinianos a sempre se inspirarem em seu Santo Fundador, pai dos migrantes, de todos os migrantes".
O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta segunda-feira (10/10), na Sala Paulo VI, no Vaticano, os peregrinos que vieram a Roma para a canonização do bispo João Batista Scalabrini.
Depois de agradecer ao superior-geral dos Scalabrinianos, pe. Leonir Chiarello, por suas palavras de saudação e apresentação, Francisco agradeceu também a presença desta grande assembleia, composta por missionários, missionárias, missionárias seculares, leigos scalabrinianos, fiéis das dioceses de Como e Piacenza, e migrantes de muitos países. "Desta forma, vocês representam bem a amplitude da obra do bispo Scalabrini, a abertura de seu coração, para a qual, por assim dizer, uma diocese não era suficiente", sublinhou Francisco.
A seguir, o Papa sublinhou que "de grande importância foi seu apostolado a favor dos emigrantes italianos. Naquela época, milhares deles partiram para as Américas. Dom Scalabrini olhou para eles com o olhar de Cristo, de que nos fala o Evangelho, por exemplo, Mateus escreve assim: "Vendo as multidões, Jesus teve compaixão, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor". E se preocupou com grande caridade e inteligência pastoral para que recebessem assistência material e espiritual adequada".
Colocar a fraternidade antes da rejeição
Ainda hoje, a migração é um desafio muito importante. Ela evidencia a necessidade urgente de colocar a fraternidade antes da rejeição, a solidariedade antes da indiferença. Hoje, cada pessoa batizada é chamada a refletir o olhar de Deus para os irmãos e irmãs migrantes e refugiados; a deixar que seu olhar amplie o nosso olhar, graças ao encontro com a humanidade a caminho, através da proximidade concreta, segundo o exemplo do bispo Scalabrini.
De acordo com Francisco, "somos chamados hoje a viver e difundir a cultura do encontro, um encontro igualitário entre os migrantes e o povo do país que os acolhe".
“Trata-se de uma experiência enriquecedora, pois revela a beleza da diversidade. E também é fecunda, porque a fé, a esperança e a tenacidade dos migrantes podem ser um exemplo e um estímulo para aqueles que querem se comprometer com a construção de um mundo de paz e bem-estar para todos.”
"E para que seja para todos, vocês sabem bem, devemos começar pelos últimos. Esta é uma regra de sabedoria. Quando caminhamos, peregrinamos, sempre seguir os passos dos últimos."
Ter o estilo de uma gratuidade generosa
"Para aumentar a fraternidade e a amizade social, somos todos chamados a ser criativos, a pensar fora dos esquemas. Somos chamados a abrir novos espaços, onde a arte, a música e o estar juntos se tornam instrumentos da dinâmica intercultural, onde podemos saborear a riqueza do encontro das diversidades", disse ainda o Pontífice, acrescentando:
Por isso, exorto vocês, missionárias e missionários scalabrinianos, a sempre se inspirarem em seu Santo Fundador, pai dos migrantes, de todos os migrantes. Que seu carisma renove em vocês a alegria de estar com os migrantes, de estar a seu serviço, e de fazê-lo com fé, animados pelo Espírito Santo, na convicção de que em cada um deles encontramos o Senhor Jesus. Isso ajuda vocês a terem o estilo de uma gratuidade generosa, a não poupar recursos físicos e econômicos para promover os migrantes de forma integral; e também ajuda vocês a trabalhar na comunhão de propósitos, como uma família, unida na diversidade.
"Que a santidade de João Batista Scalabrini "nos contagie" o desejo de sermos santos, cada um de forma original e única, como nos fez e nos quer a fantasia infinita de Deus. Que a sua intercessão nos dê a alegria e a esperança de caminharmos juntos em direção à nova Jerusalém, que é uma sinfonia de rostos e povos, em direção ao Reino da justiça, fraternidade e paz", concluiu o Papa.
Fonte: Vatican News
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Papa a jovens da Bélgica: jamais se cansem de levar o Evangelho por toda parte
Em uma das audiências desta segunda-feira (10), Francisco recebeu um grupo de "embaixadores da juventude belga" em preparação à JMJ de 2023 em Lisboa. O Pontífice reforçou a importância de uma amizade sólida com Jesus, iluminada pelo exemplo dos idosos e sem medo "para serem portadores do Evangelho onde quer que vão", sobretudo hoje diante da guerra: concentrem-se no essencial, disse o Papa, "que nasce da amizade com Jesus".
A Sala Clementina no Vaticano foi o local de encontro do Papa Francisco com cerca de 300 jovens provenientes di diferentes paróquias e comunidades cristãs da Bélgica. Na audiência na manhã desta segunda-feira (10), o Pontífice iniciou o discurso enaltecendo a "ousadia da fé" de uma juventude empenhada em projetos de evangelização numa sociedade sempre mais secularizada. Afinal, "vocês não são apenas o futuro da Igreja, mas acima de tudo seu presente" porque "a Igreja é jovem", reforçou o Papa, ao afirmar o quanto ela precisa da generosidade, da alegria, da vontade dos jovens em construir um mundo diferente, com "os valores da fraternidade, da paz e da reconciliação".
Uma disponibilidade ao encontro com Jesus que às vezes pode se deparar com dificuldades e crises quotidianas, continuou Francisco, em especial quando se trata de jovens que vivem em situações precárias, de migração, por exemplo, ou também de solidão e tristeza. É preciso cultivar a proximidade a eles, por isso a "relação com Deus deve ser sólida" para ajudar na missão:
“Não tenham medo de aceitar a fragilidade de vocês, a fraqueza, e isso, façam com humildade: 'estes são os meus limites, mas vamos seguir em frente'. 'Padre, eu sou neurótico, ou sou neurótica...'. Alegre-se de ser neurótica e siga em frente, sem medo. Vocês não precisam ser super-heróis, mas, sim, pessoas sinceras, verdadeiras e livres.”
Alegria pela Igreja, sem 'cara de funeral'
O Papa, então, lançou diretamente um questionamento aos jovens para refletir sobre o desejo de fazer parte de uma Igreja que seja "verdadeira e autêntica, feita de homens e mulheres de uma fé viva e contagiosa": mas, "eu, o que trago pessoalmente para nos aproximar desse objetivo? Qual é a minha contribuição para uma comunidade cristã alegre? A alegria deve estar sempre presente porque, vocês sabem, os cristãos com cara de funeral não funcionam, não são cristãos".
A indicação do Papa, mais uma vez, foi para "se deixar iluminar pelos conselhos e pelo testemunho dos idosos" que irão ajudar a formar uma personalidade sólida para as lutas diárias, empenhadas na fé, relembrou o Pontífice:
“Uma dessas lutas é aquela pela paz. Como vocês bem sabem, estamos passando por momentos difíceis para a humanidade, que está em grande perigo. Estamos em grave perigo. Por isso digo a vocês: sejam artesãos de paz ao seu redor e dentro de vocês; embaixadores de paz para que o mundo redescubra a beleza do amor, do viver juntos, da fraternidade, da solidariedade.”
Diante de tantos desafios porém, alertou o Papa, pode vir o desânimo, mas, sejam criativos para enfrentá-lo e "não tenham medo!":
"Queridas moças e queridos rapazes, por favor, jamais se cansem de ser portadores do Evangelho onde quer que vão. Sei que vocês são generosos, sei que são cheios de entusiasmo e prontos para conquistar o mundo. Não se distraiam com as coisas banais da vida, e há muitas delas. Concentrem-se no essencial, que nasce da amizade com Jesus Cristo."
Fonte: Vatican News
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Em audiência com o Papa, o primeiro-ministro de Montenegro
No centro das conversas na Secretaria de Estado, o apreço pelas relações bilaterais e a contribuição positiva da comunidade católica para a sociedade montenegrina, bem como a situação nos Balcãs Ocidentais e a adesão à UE.
O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta segunda-feira (10/10), no Vaticano, o primeiro-ministro do Montenegro, Dritan Abazović. Depois da conversa com o Pontífice, que durou cerca de 25 minutos, o premiê encontrou-se com o secretário de Estado Vaticano, cardeal Pietro Parolin, acompanhado pelo secretário para as Relações com os Estados e Organizações Internacionais, dom Paul Richard Gallagher.
As conversas
Como informa uma nota da Sala de Imprensa da Santa Sé, "durante as conversas cordiais na Secretaria de Estado, foi manifestado apreço pelas boas relações bilaterais existentes e a intenção de desenvolver ainda mais a colaboração em setores de interesse mútuo". Além disso, "foi destacada a contribuição positiva da comunidade católica para a sociedade montenegrina. Depois, os colóquios se detiveram sobre a realidade interna do país, reiterando a necessidade de um diálogo inclusivo entre todos os membros da política para o bem comum do Montenegro". Por fim, relata o comunicado, "foram abordadas algumas questões regionais, incluindo a situação nos Países dos Balcãs Ocidentais e sua adesão à União Europeia".
Os presentes
No momento da troca de presentes, o Papa entregou ao primeiro-ministro os volumes dos documentos papais, a Mensagem para a Paz deste ano, o Documento sobre a Fraternidade Humana, o livro sobre a Statio Orbis de 27 de março de 2020, editado pela Livraria Editora Vaticana (LEV). Além disso, presenteou também um ramo de oliveira em bronze e o livro "Let us dream" (Sonhemos), com dedicatória. Abazović retribuiu dando a Francisco seu livro recém-lançado, e um fac-símile do primeiro livro (litografias) impresso nos Bálcãs, em 1494.
Fonte: Vatican News
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O telefonema do Papa ao pároco empenhado no combate à máfia na Itália
O Pontífice surpreendeu o Pe. Maurizio Patriciello, pároco na Terra do Fogo no sul da Itália, que vive com escolta por seu compromisso na luta contra a máfia. Francisco conhece bem a situação daquele território e disse rezar pelo sacerdote, convidando-o a seguir em frente.
"Era um número desconhecido. Pronto, sou Papa Francisco." O telefonema do Pontífice veio de repente e surpreendeu o Padre Maurizio Patriciello, pároco do município italiano de Caivano, na província de Nápoles, sempre envolvido na luta contra a máfia na chamada Terra do Fogo. A região afetada pela poluição fica entre as cidades de Nápoles e Caserta, que a Camorra transformou num lixão a céu aberto, com queima ilegal de detritos e produtos tóxicos, considerados crimes ambientais cometidos pela chamada 'máfia do lixo'.
"O telefonema durou alguns minutos" na hora do almoço da última sexta-feira (7), disse ainda o pároco ao Vatican News, que complementou, entusiasta: "e ele me disse que conhecia a situação em que trabalhamos", "sobre os problemas que temos com a Camorra". O Papa, ainda segundo o relato do Pe. Maurizio, "disse que estava próximo e orava por mim e também pediu orações por ele". Enfim, "foi realmente uma surpresa também porque ele não deixou ninguém pré-anunciá-lo".
A bomba na Igreja no seu aniversário
Em 12 de março deste ano, no dia do aniversário do pároco, uma bomba explodiu em frente à igreja de São Paulo Apóstolo, no Parque Verde de Caivano. "Fiquei feliz que o Papa sabia tudo sobre o assunto", disse o padre, que vive sob escolta: "e ele queria que eu soubesse que ele estava próximo, rezava por mim e me encorajava a continuar fazendo o que estou fazendo". O Pe. Maurizio fez questão de lembrar que, "inclusive nos últimos anos, o Papa esteve próximo de nós na questão ambiental", especialmente "depois de Laudato si'".
Bairros nascidos com o "pecado original"
"A nossa atividade continua", enfatizou o pároco. "Estes são bairros problemáticos, que eu sempre digo que nasceram com o 'pecado original'", reitera. "Colocamos lá todas essas famílias pobres, muitas também honestas, que nos últimos anos foram embora e deixaram as suas casas para a Camorra, que tomou em posse. E assim, com o passar do tempo, se o Estado não faz sentir forte a sua mão, tudo se torna cada vez mais problemático".
A proximidade do Papa com a Terra do Fogo
O Papa Francisco deveria visitar Acerra, perto de Caivano, em 24 de maio de 2020, para falar com o povo da Terra do Fogo por ocasião do quinto aniversário da Encíclica Laudato si' sobre o cuidado da casa comum. Uma viagem que chegou a ser considerada histórica pela diocese local, mais tarde adiada por causa da pandemia. Naquele dia, o Pontífice chegou a recordar durante a oração do Regina Coeli. "Hoje eu deveria ir a Acerra, para apoiar a fé daquela população e o compromisso dos que trabalham para combater o drama da poluição na chamada Terra do Fogo", disse ele, saudando, abençoando e encorajando toda a comunidade.
Fonte: Vatican News
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Sínodo: prolongar, na vida e missão da Igreja, o estilo do Concílio Vaticano II
Segundo a mensagem da Secretaria Geral do Sínodo, "ao longo destas décadas, o Sínodo tem-se colocado constantemente a serviço do Concílio, contribuindo por sua vez para renovar o rosto da Igreja, numa fidelidade cada vez mais profunda à Sagrada Escritura e à Tradição viva e na escuta atenta dos sinais dos tempos".
Foi divulgada a mensagem da Secretaria Geral do Sínodo para o 60º aniversário da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II, celebrada na terça-feira, 11 de outubro.
"O 60º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II é um momento de particular graça também para o Sínodo, que representa um fruto daquela assembleia ecumênica, na verdade um dos «legados mais preciosos». O Synodus Episcoporum, de fato, foi instituído por São Paulo VI no início do quarto e último período do Concílio (15 de setembro de 1965), indo ao encontro dos pedidos feitos por numerosos padres conciliares", ressalta o texto, publicado nesta segunda-feira (10/10).
Prolongar o estilo do Concílio Vaticano II
"O objetivo do Sínodo foi e continua sendo o de prolongar, na vida e missão da Igreja, o estilo do Concílio Vaticano II, bem como fomentar no Povo de Deus a apropriação viva do seu ensino, na consciência de que esse Concílio representava «a grande graça de que beneficiou a Igreja no século XX». Este objetivo está longe de estar cumprido, uma vez que a recepção do magistério conciliar é um processo contínuo, e em alguns aspectos ainda está no início."
Segundo a mensagem da Secretaria Geral do Sínodo, "ao longo destas décadas, o Sínodo tem-se colocado constantemente a serviço do Concílio, contribuindo por sua vez para renovar o rosto da Igreja, numa fidelidade cada vez mais profunda à Sagrada Escritura e à Tradição viva e na escuta atenta dos sinais dos tempos. As suas Assembleias – Gerais Ordinárias, Gerais Extraordinárias e Especiais – foram todas permeadas, cada uma à sua maneira, pela linfa vital do Concílio, aprofundaram os ensinamentos, abriram potencialidades diante dos novos cenários, fomentaram a inculturação entre diferentes povos".
"O atual processo sinodal, dedicado à «Sinodalidade na vida e missão da Igreja», está também na esteira do Concílio. A sinodalidade é um tema do Concílio, ainda que este termo, de cunhagem recente, não se encontre expressamente nos documentos da assembleia ecumênica. A carta magna do Sínodo 2021-2023 é a doutrina do Concílio sobre a Igreja, em particular a sua teologia do Povo de Deus, um Povo que «tem pela sua condição a dignidade e liberdade dos filhos de Deus, em cujos corações o Espírito Santo habita como num templo»."
Unidos em comunhão pela única fé
"Afinal, «comunhão, participação e missão», termos que o Papa Francisco quis incluir no próprio título do caminho sinodal, fazendo delas, por assim dizer, as palavras-chave, são palavras eminentemente conciliares. A Igreja que somos chamados a sonhar e a construir é uma comunidade de mulheres e homens unidos em comunhão pela única fé, o batismo comum e a mesma Eucaristia, à imagem de Deus Trindade: mulheres e homens que juntos, na diversidade dos ministérios e carismas recebidos, participam ativamente no estabelecimento do Reino de Deus, com o anseio missionário de levar a todos o alegre testemunho de Cristo, o único Salvador do mundo", destaca a mensagem.
Por fim, recorda-se no texto que "Bento XVI afirmava que «a dimensão sinodal é constitutiva da Igreja: ela consiste na reunião de todos os povos e culturas para se tornarem um só em Cristo e caminharem juntos no seguimento, daquele que disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. No mesmo horizonte, o Papa Francisco, comemorando o 50º aniversário da instituição do Sínodo, afirmou que o caminho da sinodalidade, «dimensão constitutiva da Igreja», «é o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milênio»".
Fonte: Vatican News
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Dal Toso: vocações nas áreas de missão são 'fruto maduro' do primeiro anúncio
"Gerar vocações para o ministério presbiteral e a vida consagrada é um sinal da maturidade da Igreja, em todos os lugares", diz o presidente das POM, arcebispo Giampietro Dal Toso. "Como o Papa Francisco sugere na esteira de seus predecessores, a Igreja é missionária por natureza. A centralidade da missão é ainda mais verdadeira nos territórios aqui representados. Mas não há uma missão evangelizadora eficaz, profunda e duradoura sem uma formação séria e sólida de futuros sacerdotes", afirma ele
"Ter padres locais significa dar um rosto local à Igreja e deixar cada vez mais claro que a mensagem do Evangelho se aplica a toda cultura": disse o presidente das Pontifícia Obras Missionárias (POM), arcebispo Giampietro Dal Toso, que participou na tarde de sexta-feira, 7 de outubro, da celebração dos 60 anos do Seminário Inter-Missional Colombiano "San Luis Beltrán" para os vicariatos apostólicos de Bogotá.
A formação dos candidatos ao sacerdócio
"A criação de um seminário específico para os vicariatos apostólicos deste país - explicou o presidente das POM - teve como objetivo formar sacerdotes locais a fim de acelerar o caminho para a plena maturidade dessas comunidades cristãs. Gerar vocações para o ministério presbiteral e a vida consagrada é um sinal da maturidade da Igreja, em todos os lugares."
Em seguida, o arcebispo recordou o cuidado com as vocações por parte dos bispos do país, os quais encontrou pela manhã, e insistiu na importância fundamental da formação dos candidatos ao sacerdócio, lembrando ao mesmo tempo a diminuição dos seminaristas que não poupou nem mesmo esses territórios.
A Igreja é missionária por natureza
"Como o Papa Francisco sugere na esteira de seus predecessores, a Igreja é missionária por natureza. A centralidade da missão é ainda mais verdadeira nos territórios aqui representados. Mas não há uma missão evangelizadora eficaz, profunda e duradoura - continuou o arcebispo - sem uma formação séria e sólida de futuros sacerdotes."
"Ou seja, a vitalidade da Igreja e o brilho de sua missão exigem a promoção e o apoio das vocações sacerdotais e religiosas. Eu diria, portanto, que a formação dos sacerdotes é o nervo central da evangelização", prosseguiu o presidente das POM.
Vocação: Cristo nos promete o cem por um
A qualidade da formação dos futuros sacerdotes é equivalente à qualidade de seu testemunho nas paróquias e, consequentemente, à qualidade da vida cristã dos fiéis, destacou o arcebispo, que em conclusão de seu discurso dirigiu palavras de encorajamento aos seminaristas, compartilhando um pensamento de Bento XVI contido num volume de meditações sobre o sacerdócio (cf. Joseph Ratzinger/Benedikt XVI., Diener eurer Freude, Freiburg i.B. 2006, 108), quando comenta a palavra de Cristo que nos promete o cem por um:
"Só devemos ter a coragem inicial de dar primeiro o um, como Pedro, que pela palavra do Senhor ainda sai para pescar pela manhã: ele dá um e recebe cem", observou dom Dal Toso.
O dia de celebração encerrou-se com a recitação das Vésperas e um momento de festa: na manhã sábado, 8 de outubro, o arcebispo Dal Toso visitou a sede da direção nacional das Pontifícias Obras Missionárias colombianas. Fonte: Vatican News
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Schevchuk: resiliência significa ter energia não por um dia, mas pelo tempo que for necessário para vencer
"A resiliência em que pensamos é um regime disciplinado de cuidado de si e recuperação", o que também inclui "dosar as notícias. Vivemos constantemente sob o estresse das notícias que nos inundam como as ondas do mar de informação. A capacidade de poupar forças para batalhas realmente importantes e não se dispersar em batalhas secundárias - essa é a verdadeira sabedoria que nos ajuda a resistir."
Glória a Jesus Cristo!
Queridos irmãos e irmãs em Cristo!
Hoje é domingo, 9 de outubro de 2022 e já é o 228º dia da grande, terrível e sangrenta guerra.
Novamente, durante o dia de ontem, intensos combates ocorreram em toda a linha de frente das regiões de Kharkiv, Luhansk e Zaporizhia. O inimigo ataca implacavelmente. Segundo relatos desta manhã, o inimigo atacou posições ucranianas cerca de 30 vezes em um único dia perto da cidade de Bakhmut. O inimigo está constantemente bombardeando aldeias pacíficas, indo o mais longe que podem com suas armas e atingindo civis em particular. Vemos que, infelizmente, esta guerra é uma guerra de terror, uma guerra de intimidação, uma guerra contra a população civil: é um crime de guerra.
De acordo com dados oficiais, durante o dia de ontem o inimigo lançou 3 mísseis de cruzeiro, 26 ataques, 75 ataques de foguetes de diferentes tipos de sistemas de foguetes na Ucrânia. Cerca de 30 cidades e vilarejos na Ucrânia foram afetados.
Mas na noite passada a Ucrânia foi ainda mais estremecida com o ataque maciço de mísseis dos ocupantes russos na cidade de Zaporizhia, que mais uma vez está se tornando o epicentro do terror com mísseis. À noite, enquanto as pessoas dormiam pacificamente, o inimigo disparou nada menos que 10 foguetes na área residencial de Zaporizhia. Pelo menos 17 pessoas morreram. Até agora, nem se sabe quantos estão feridos. Pelo que podemos apurar hoje, as autoridades da cidade de Zaporizhia estão pedindo a todos que ajudem, ajudem a escavar os escombros, porque os recursos e as forças dos serviços comunais por si só não são mais suficientes. Mais de 40 casas particulares foram destruídas, e tudo isso em uma área tranquila da cidade de Zaporizhia. O inimigo deliberadamente queria matar pessoas que dormiam pacificamente em suas casas. Da mesma forma, o inimigo atacou novamente nossa Kharkiv; e na cidade de Nikopol o inimigo disparou cerca de 70 projéteis em um único dia.
Mas a Ucrânia se mantém firme! A Ucrânia está lutando! A Ucrânia está rezando!
Hoje é o Dia do Senhor – Domingo Santo. E nós crentes corremos para nossas igrejas para estar diante da face de Deus, ouvir sua palavra, participar dos Santos Mistérios do Corpo e Sangue de Nosso Salvador e extrair dele forças espirituais, mentais e físicas para resistir. Perseverar nesta guerra, que é uma guerra de desgaste. Perseverar na luta contra o mal que hoje mata dezenas, milhares de cidadãos ucranianos diante de nossos olhos.
Hoje, neste domingo, neste dia santo, quero refletir com vocês sobre mais uma regra, sobre outro princípio de resiliência pessoal, porque nas condições dos horrores da guerra é preciso ser corajoso. Devemos ser sábios para nos mantermos firmes nesta guerra. O Livro da Sabedoria nos diz: "Pois a Sabedoria é mais ágil que qualquer movimento, e atravessa e penetra tudo por causa da sua pureza" (Sabedoria 7,24). E é por isso que este movimento de sabedoria hoje se torna a força do povo ucraniano.
Quero refletir com vocês hoje sobre outro princípio: o princípio da estabilidade, que é um elemento muito importante na luta espiritual. E este princípio é chamado de cuidado adequado com o próprio corpo. Segundo o ensinamento cristão, antes da Revelação de Deus, uma pessoa, um ser humano, é uma alma encarnada, ou um corpo que se tornou espiritual.
O corpo humano não é um objeto qualquer, mas é parte da nossa personalidade. Nós podemos estar presentes e ativos neste mundo material visível por meio de nossa fisicalidade. O Santo Apóstolo Paulo ensina que o corpo é o templo do Espírito Santo. E nós cristãos cremos no mistério da Encarnação. João Evangelista, que entre outros celebramos hoje, no dia da sua apresentação, ensina-nos que "o Verbo se fez carne e habitou entre nós".
Portanto, a nossa fisicalidade não é uma coisa, uma realidade externa. Não é, por exemplo, uma decoração ou outra coisa que pode ser mudada, pode ser usada para o próprio prazer, não. É a manifestação da presença da nossa pessoa. O homem é um corpo, não tem corpo. E este corpo é o portador, o templo do Espírito Santo de Deus. Portanto, em condições de guerra, temos que cuidar da nossa vida espiritual, da nossa saúde moral e mental, mas também temos que cuidar da saúde do nosso corpo.
O nosso corpo tem necessidade de cuidados adequados. E sobretudo em condições de grande e constante estresse, os exercícios físicos têm um efeito positivo sobre nosso bem-estar. Nosso corpo tem seu lugar na história de nossa salvação. E o respeito por ele é sinal de maturidade e responsabilidade. Para cuidar bem do próprio corpo, é preciso dar atenção às suas necessidades. Garantir o sono necessário e suficiente e uma dieta saudável, de trabalho, mas também para os tempos de recuperação e descanso. Portanto, não esqucer que o domingo é um dia santo que devemos usar para descansar adequadamente e também para honrar o nosso corpo.
A resiliência sobre a qual estamos refletindo é um regime disciplinado de cuidado de si e recuperação. E isso é particularmente importante nas condições de estresse crônico e incerteza. Trata-se do sono, alimentação, atividade física e de tempo para o silêncio, o repouso, por mais curto que seja. E pela necessidade de dosar as notícias. Vivemos constantemente sob o estresse das notícias que nos inundam como as ondas do mar de informação. A capacidade de poupar forças para batalhas realmente importantes e não se dispersar em batalhas secundárias - essa é a verdadeira sabedoria que nos ajuda a resistir.
Resiliência significa ter essa energia não por  apenas um dia, mas pelo tempo que for necessário para vencer. Hoje pedimos ao Senhor Deus a saúde da alma e do corpo do nosso povo. Saúde, que é um tesouro pessoal e comum. Hoje, enquanto corremos para a igreja, resemos por todos aqueles que sofreram por causa da guerra, todos aqueles cuja saúde foi destruída pela guerra. E é por meio de nossa disciplina, nosso ritmo de vida ordenado, nossa atividade física e os cuidados adequados em todas as esferas e dimensões do ser humano, inclusive o físico, que nos preparamos para uma batalha longa, duradoura, mas vitoriosa.
Ó Deus, abençoe a Ucrânia! Ó Deus, abençoe o povo ucraniano! Ó Deus, cura as feridas deste povo que é o teu povo! Abençoe e proteja nossos soldados - meninas e meninos que protegem nossa pátria! Cure as feridas daqueles que foram feridos nesta batalha desigual e injusta que o inimigo travou contra nós. Ó Deus, dá-nos vitória, vitória sobre o mal e tudo o que é sua manifestação neste mundo. Ó Deus, abençoe a terra ucraniana com Sua paz celestial!
Que a bênção do Senhor esteja sobre vocês por meio de Sua graça e amor pela humanidade,  agora e para todo e sempre, amém!
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
Svyatoslav+
Pai e Primaz da Igreja Greco-Católica Ucraniana
09.10.2022
Fonte: Vatican News
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Rússia: em Moscou, orações pela paz segundo as intenções do Papa
Recordando as origens históricas da festa litúrgica de Nossa Senhora do Rosário, instituída por Pio V em 1572 para comemorar a vitória da Batalha de Lepanto (7 de outubro de 1571), o arcebispo católico de Moscou enfatizou: "Enquanto lutava, Pio V tinha decidido rezar e jejuar. Sabemos como a batalha terminou, mas talvez nem todos saibam que o grande almirante da frota cristã advertiu o Papa de Roma que não foram as armas ou as proezas dos marinheiros que deram a vitória, mas as orações do Terço"
"Levar a paz não significa aplainar todas as asperezas e nivelar as diferenças. Levar a paz significa aceitar todos, mesmo aqueles que pensam de maneira diferente de nós. A paz é, acima de tudo, a capacidade de perdoar."
Com essas palavras, o arcebispo da Arquidiocese da Mãe de Deus em Moscou, dom Paolo Pezzi, introduziu a recitação do Terço na catedral católica de Moscou na noite de sexta-feira, 7 de outubro, na festa de Nossa Senhora do Rosário.
Quem é aquele que promove a paz
Em comunhão com o Papa Francisco, o arcebispo conduziu a oração diante da exposição do Santíssimo, seguida da celebração da Missa, com a intenção do dom da paz. No contexto atual, o arcebispo Pezzi ofereceu aos fiéis presentes na catedral e aos que seguiam a recitação do Terço e a liturgia eucarística on-line uma descrição concreta de quem é aquele que promove a paz:
"Uma pessoa amante da paz muitas vezes parece fraca, mas na realidade é autenticamente forte, porque é capaz de manter a calma e a lucidez de pensamento, e sabe como atribuir a tudo o seu lugar adequado. Na hierarquia de valores, o primeiro lugar pertence à consciência de que somos filhos de um só Deus: consciência que é uma garantia de paz. Maria, Tu és a Rainha da Paz, porque tudo o que aconteceu em tua vida teve seu devido lugar."
Origem histórica da festa de Nossa Senhora do Rosário
Depois, recordando em sua homilia as origens históricas da festa litúrgica, instituída por Pio V em 1572 para comemorar a vitória da Batalha de Lepanto (7 de outubro de 1571), o arcebispo enfatizou:
"Enquanto lutava, Pio V tinha decidido rezar e jejuar. Sabemos como a batalha terminou, mas talvez nem todos saibam que o grande almirante da frota cristã advertiu o Papa de Roma que não foram as armas ou as proezas dos marinheiros que deram a vitória, mas as orações do Terço".
A força da oração
Os católicos na Federação Russa são menos de 1% da população total. O arcebispo apontou a oração como um ato privilegiado e realista a ser praticado diante das circunstâncias dramáticas atuais, enquanto parece prevalecer um sentimento de impotência que leva ao desencorajamento:
"Não podemos sequer imaginar quão grande é aos olhos de Deus o valor da oração. O próprio Jesus, em uma passagem conhecida do Evangelho de Lucas, fala desta força e se surpreende que Seus discípulos não acreditem nela. Esta tentação também existe para nós."
Deus quer habitar em nossos corações
"Estamos aqui hoje para pedir a paz, para pedir que os corações sejam abrandados. (...) O mesmo Deus, que nada pode definir e nada pode conter, deseja habitar em nossos corações. E o que respondemos? O que respondem as pessoas de quem, de alguma forma, depende o destino do mundo? Hoje desejamos que seus corações sejam abertos, mas é necessário em primeiro lugar que nossos corações sejam abertos: só então nossa oração será verdadeira, será para o bem de todos os homens. Não para a realização de nossos próprios planos, mas para a realização do plano de Deus".
A Arquidiocese da Mãe de Deus, dirigida pelo arcebispo Pezzi, cobre um território de 2.629.000 quilômetros quadrados e compreende uma centena de comunidades.
Fonte: Vatican News
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Congresso Mundial da Pastoral do Turismo inspira-se na Encíclica “Laudato si”
Evento decorreu em Santiago de Compostela e alertou para a necessidade de preservar relações, culturas e o meio ambiente.
 “Turismo e Peregrinação: Caminhos de Esperança” foi o tema do VIII Congresso Mundial do Turismo que decorreu de 5 a 8 de outubro em Santiago de Compostela e reuniu peritos em pastoral do turismo, responsáveis da Santa Sé e representantes de 25 conferências episcopais.
O evento deixou um apelo à promoção de uma nova lógica do setor do turismo, inspirada na encíclica ‘Laudato si’, de Francisco, informa a Agência Ecclesia.
A sessão conclusiva dos trabalhos – promovidos pela Santa Sé, a Conferência Episcopal Espanhola e as autoridades da Galiza – deixou alertas para a necessidade de “preservar relações, culturas, meio ambiente”, como alerta a encíclica ecológica e social publicada pelo Papa em 2015, revela o portal de notícias da Agência Ecclesia.
Neste evento o padre Miguel Neto, diretor da Pastoral do Turismo em Portugal, destacou perante a assembleia a importância do trabalho em conjunto, no setor, para que a atividade turística saiba valorizar “as pessoas, a identidade cultural, o contacto com a fé cristã”.
“A Pastoral é do Turismo, não do turista. Por isso, é importante promover sinergias, articulação”, assinalou o sacerdote. “Se nos perdermos em aspetos exclusivamente eclesiais, vai haver uma maior separação entre o produto turístico e a Igreja”, disse o padre Miguel Neto.
Por sua vez, D. José Domingo Ulloa Mendieta, arcebispo do Panamá, desafiou os presentes a fazerem “lobby” para que o turismo integre o “organigrama das dioceses, dos projetos pastorais” e seja “protagonizado pelos leigos”.
Segundo a Agência Ecclesia, interveio no evento o padre Manoel de Oliveira Filho, diretor Nacional da Pastoral de Turismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que apresentou um trabalho centrado nos “mais empobrecidos” e em diálogo com o mundo empresarial.
A conferência subordinada ao tema ‘Turismo religioso, desenvolvimento social a partir da articulação comunitária’, apresentou o projeto de Roteiros de Fé em Salvador da Bahia, que permitiu, por exemplo, colocar uma favela no percurso dos visitantes.
Ildefonso de la Campa, da Xunta da Galiza, abordou a realidade dos “Caminhos de Santiago”, percorridos anualmente por centenas de milhares de pessoas, e o esforço realizado para “dignificar” a experiência dos peregrinos.
Recordemos que no passado dia 1 de outubro, o Vaticano anunciou a integração do serviço de Pastoral do Turismo no Dicastério para a Evangelização, segundo as mudanças que decorrem da nova constituição apostólica ‘Praedicate Evangelium’.
Da Santa Sé destaque para a intervenção de D. Rino Fisichella, responsável pela organização do Ano Santo de 2025 e que abordou a relação entre a evangelização e o mundo das viagens culturais e do lazer.
De referir que, como informa a Agência Ecclesia, a delegação portuguesa apresentou neste congresso uma reflexão sobre património e evangelização, a partir do projeto de cooperação com instituições da sociedade civil, que está a ser implementado no Algarve, oferecendo novas oportunidades de emprego.
Fonte: Vatican News
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Dia Mundial da Saúde Mental: a cada ano, a maioria das pessoas suicidas é de jovens
A infância e a adolescência são períodos chave nos quais são interiorizadas a estigmatização e as normas sociais e de gênero nocivas. O apelo do UNICEF sobre a necessidade de se cuidar da saúde mental e combater os preconceitos que acompanham os que sofrem de problema emocional e psicológico
No Dia Mundial da Saúde Mental, o UNICEF recorda que globalmente, 1 em cada 7 adolescentes entre 10 e 19 anos de idade sofrem de problemas de saúde mental. A maioria das 800 mil pessoas que morrem por suicídio a cada ano são jovens e que o suicídio é a quarta principal causa de morte de jovens de 15 a 19 anos. A infância e a adolescência são períodos chave nos quais são interiorizadas a estigmatização e as normas sociais e de gênero nocivas. Tanto meninas como meninos pagam um preço por normas de gênero arraigadas: os meninos recebem a mensagem de que serem "duros" significa conter as emoções; para as meninas, normas injustas desvalorizam suas vidas, limitam suas liberdades, levam-nas ao casamento precoce e incentivam ideais de beleza prejudiciais.
Combater preconceitos
O Dia Mundial da Saúde Mental é celebrado anualmente em 10 de outubro e foi criado em 1992 pela Federação Mundial de Saúde Mental para chamar atenção sobre a necessidade de se cuidar da saúde mental e combater os preconceitos que acompanham quem desenvolve algum problema emocional e psicológico. A meta é diminuir o estigma social que impede a busca por tratamentos e dificulta a convivência em sociedade, agravando distúrbios psicológicos, o que pode levar quem passa por problema de saúde mental até ao suicídio. O tema da campanha deste ano é “Faça a saúde mental e o bem-estar de todos uma prioridade global”.
Impacto Covid-19
A Organização Mundial da Saúde avalia que a pandemia da Covid-19 criou uma crise global na saúde mental. A estimativa é de um aumento de 25% nos casos de ansiedade e depressão, só no primeiro ano da pandemia. Ao mesmo tempo, houve uma interrupção nos tratamentos destinados ao reequilíbrio da saúde mental. Também segundo a OMS, a Covid-19 expôs o quanto os governos estavam despreparados para seu impacto sobre a saúde mental, revelando uma escassez global crônica de recursos para a saúde mental. 
Esses impactos foram levantados em junho de 2021 pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), mostrando que 56% dos adultos disseram que algum adolescente do domicílio apresentou um ou outros sintomas relacionados à saúde mental durante a pandemia: mudanças repentinas de humor e irritabilidade; alteração no sono; diminuição do interesse em atividades. Os números obtidos em pesquisas e experiências pessoais de cada um de nós mostram, de forma eloquente, a intensidade com que a pandemia afetou a saúde mental de crianças e adolescentes. O Relatório Mundial de Saúde Mental da OMS, publicado em junho de 2022, mostrou que, em 2019, um bilhão de pessoas viviam com transtornos mentais.
Promoção da Saúde Mental
O insuficiente financiamento crônico dos serviços e as interrupções devidas à Covid-19 significaram que crianças e jovens não receberam o apoio de que necessitavam. A OMS aponta que, em 2020, os governos em todo o mundo gastaram, em média, apenas 2% dos orçamentos de saúde em saúde mental, com países de renda média-baixa investindo menos de 1%. Em países de baixa e média renda, entre 76% e 85% das pessoas não recebem tratamento para seus problemas de saúde mental e há uma falta de programas direcionados e baseados em dados, capacidade de pessoal e financiamento sustentado para a saúde mental e apoio psicossocial para crianças e famílias. As graves lacunas existentes no cuidado da saúde mental são o resultado de uma falta histórica de investimento e intervenção na promoção, prevenção e tratamento da saúde mental.
O UNICEF apela aos governos e aos parceiros dos setores público e privado para que tomem medidas urgentes agora para promover a saúde mental de todas as crianças, adolescentes e seus cuidadores, para proteger aqueles que precisam de ajuda e para cuidar dos mais vulneráveis.
Fonte: Vatican News
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20º Dia Mundial contra a Pena de Morte: um caminho pavimentado com torturas
Em todo o mundo, esta prática foi abolida por lei ou "de fato" em 144 países. No entanto, ela ainda está em vigor em 55 países. Para o Papa Francisco a pena de morte em vigor é "inadmissível" à luz do Evangelho
O Dia Mundial contra a Pena de Morte, celebrado a cada 10 de outubro, unifica o movimento abolicionista mundial e mobiliza a sociedade civil, a opinião pública, líderes políticos, advogados, etc. para apoiar o apelo pela abolição universal da pena de morte. Este dia fomenta e consolida a consciência política e geral do movimento mundial contra a pena de morte. Neste dia 10 de outubro de 2022, o Dia Mundial é dedicado à reflexão sobre a relação entre o uso da pena de morte e a tortura ou outros tratamentos ou castigos cruéis, desumanos e degradantes.
Caminho com torturas
Os tipos de tortura e outros maus-tratos sofridos durante o longo caminho da pena de morte são múltiplos e recorrentes: a tortura física ou psicológica é usada em muitos casos durante os interrogatórios para forçar confissões a crimes capitais; enquanto se aguarda a execução, a síndrome do corredor da morte contribui para a deterioração psicológica da saúde da pessoa a longo prazo; as duras condições de vida no corredor da morte levam à deterioração física; angústia mental em antecipação à execução; dor causada pelos métodos de execução; e o sofrimento de membros da família e pessoas próximas à pessoa condenada. A discriminação baseada em sexo, gênero, pobreza, idade, orientação sexual, filiação a uma minoria religiosa e étnica, entre outros, pode agravar o tratamento cruel, desumano e degradante de pessoas condenadas da morte. Em todo o mundo, esta prática foi abolida por lei ou "de fato" em 144 países. No entanto, ela ainda está em vigor em 55 estados, só no ano de 2021, 28.670 pessoas foram condenadas à morte e 2.052 execuções foram registradas.
O Papa: a pena de morte inadmissível
Durante seu pontificado, o Papa Francisco lançou várias vezes apelos para a abolição da pena de morte. No vídeo com as intenções de oração para o mês de setembro deste ano, o Pontífice, que modificou o Catecismo para declarar a prática "sempre inadmissível", reiterou o "não" incondicional: "Peço a todas as pessoas de boa vontade que se mobilizem para obter a abolição da pena de morte em todo o mundo. Oremos para que a pena de morte, que ataca a inviolabilidade e a dignidade da pessoa, seja abolida na legislação de todos os países do mundo". Atualmente não acontece isso e para o Papa isto é "inadmissível" à luz do Evangelho. "Em cada condenação deve haver sempre uma janela de esperança. A pena de morte não oferece justiça às vítimas, mas alimenta a vingança. E evita qualquer possibilidade de remediar um possível erro judiciário. Por outro lado, moralmente, a pena de morte é inadequada: ela destrói o dom mais importante que recebemos, a vida. Não esqueçamos que, até o último momento, uma pessoa pode se converter e pode mudar".
Fonte: Vatican News
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Papa no Dia dos Sem Teto: que o Senhor nos separe do individualismo que exclui
O objetivo do Dia Mundial dos Sem Teto é chamar a atenção para as necessidades das pessoas que vivem desabrigadas em suas cidades e oferecer oportunidades para que a comunidade se envolva na resposta a este desabrigo,
Para o Dia Mundial dos Sem Teto, comemorado nesta segunda-feira (10/10) o Papa Francisco escreveu no seu tuíte: “Rezemos juntos para que o Senhor nos separe do individualismo que exclui e desperte os corações surdos às necessidades do nosso próximo. Vençamos o medo, a indiferença que mata, o cínico desinteresse que condena à morte quem está à margem!”. O conceito de "Dia Mundial dos Sem Teto" surgiu a partir de discussões online entre pessoas que trabalham para responder ao problema dos sem-teto em várias partes do mundo. Em outubro de 2010 foi comemorado pela primeira vez e desde a sua fundação, tem sido recordado em todos os continentes e em vários países.
Luta pela casa
Sabemos o quanto a luta por moradia e reforma urbana em todo o mundo é urgente e necessária. O déficit habitacional aumenta em vários países e após a pandemia, esse número certamente cresceu drasticamente, junto com o aumento do desemprego, da fome e da miséria. Esta realidade atinge principalmente as mulheres, que precisam lutar triplamente pelo direito de viver.  Ter uma casa para viver é geralmente um direito humano reconhecido pela Constituição dos países. Lutar contra os despejos, por orçamento público para habitação, por saúde pública de qualidade e pela segurança alimentar faz parte da necessidade de garantir os direitos básicos da população trabalhadora.
Propostas
O objetivo do Dia Mundial dos Sem Teto é chamar a atenção para as necessidades das pessoas que vivem desabrigadas em suas cidades e oferecer oportunidades para que a comunidade se envolva na resposta a este desabrigo, enquanto aproveita do foco que um "dia internacional" proporciona - para solicitar uma melhor política e financiamento que possa acabar com esta realidade.
Fonte: Vatican News
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Haiti: Guterres pede tropas internacionais para combater a insegurança
Na nação caribenha, marcada por uma profunda crise econômica e política, agravam-se a violência das quadrilhas armadas e as já terríveis condições humanitárias, devido à falta de bens primários e de serviços de saúde. Esta situação corre o risco de ser exasperada por uma epidemia de cólera. O secretário-geral da ONU, preocupado com a situação no país, exortou os membros do Conselho de Segurança a considerarem o envio de forças armadas
A solicitação de Antonio Guterres foi feita depois que o governo haitiano pediu ajuda para garantir a segurança do país. O Haiti é hoje a nação mais pobre das Américas e enfrenta uma grave crise política e econômica, o sistema de saúde é carente e a ordem pública entrou em colapso. O secretário-geral da ONU apresentou este domingo, 09 de outubro, uma carta ao Conselho de Segurança propondo a ativação imediata de uma força de ação rápida. Bandos e manifestantes estão paralisando o país e a força policial nacional precisa receber apoio. Para Guterres, o envio de tropas internacionais eliminaria a ameaça representada pelos bandos armadas e proporcionaria proteção imediata à infraestrutura e serviços críticos, bem como garantiria a livre circulação de água, combustível, alimentos e suprimentos médicos dos principais portos e aeroportos para as comunidades e instalações de saúde. O secretário-geral da ONU também disse estar seriamente preocupado com a situação no Haiti, onde as já terríveis condições humanitárias correm o risco de ser agravadas por uma epidemia de cólera. Várias pessoas já foram mortas e há mais de 150 casos suspeitos.
Possíveis ajudas da ONU
A carta de Guterres sugere que a força de ação rápida se retire gradualmente assim que a polícia haitiana recuperar o controle das infraestruturas, e aponta duas opções: que os Estados membros criem uma força-tarefa policial internacional para ajudar e aconselhar os agentes locais, ou que seja criada uma força especial para ajudar a combater as gangues. O apelo do governo haitiano para a "mobilização imediata de uma força armada especializada, em quantidade suficiente", para deter as "ações criminosas" de quadrilhas armadas, lê-se num documento publicado sexta-feira passada, foi feito quase um mês depois que uma das mais poderosas quadrilhas cercou um importante terminal de combustível em Porto Príncipe, impedindo a distribuição de cerca de 10 milhões de galões de diesel e gasolina e mais de 800 mil galões de querosene ali armazenados. Dezenas de milhares de manifestantes também bloquearam estradas na capital e em outras grandes cidades nas últimas semanas, impedindo o fluxo do tráfego, incluindo caminhões de água e ambulâncias, para protestar contra o aumento dos preços da gasolina, do diesel e do querosene. Postos de gasolina e escolas estão fechados, enquanto bancos e mercearias operam em horários restritos.
Alarme do Unicef
Na semana passada, o Unicef lançou o alarme em favor de mais de um milhão de crianças para as quais são temidas doenças mortais e desnutrição, e alertou que 75% dos principais hospitais não podem prestar serviços críticos devido à crise de combustível, insegurança e saques. Na semana passada, entrevistada pelo VaticanNews, Mariavittoria Rava, presidente da Fundação Francesca Rava NPH Italia Onlus, que trabalha no Haiti há cerca de 20 anos, disse que o país está vivendo o fracasso de todos os objetivos da Agenda 2030 da ONU, enfatizando que as crianças e as novas gerações estão sofrendo com os mecanismos distorcidos da gestão política e também com a falta de atenção da comunidade internacional, e que pouco e nada mudou desde o terremoto de 2010, apesar da ajuda internacional prometida. Muitos fundos nunca chegaram e a instabilidade política não permitiu que a ajuda recebida fosse bem aproveitada, explicou a presidente da organização sem fins lucrativos, também ressaltando que a violência está aumentando e que também é cada vez mais difícil para as organizações humanitárias trabalharem.
Fonte: Vatican News
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Quarenta atrás, o atentado contra a Sinagoga de Roma
Era 9 de outubro de 1982: um grupo de terroristas palestinos atacou o Templo Maior de Roma, causando a morte do pequeno Stefano Gaj Tachè, de apenas dois anos de idade. Nesta segunda-feira, a celebração do doloroso aniversário com o presidente da República, Sergio Mattarella. Rabino chefe Di Segni: afirmar os valores da civilização contra a barbárie
Às 11h55 do dia 9 de outubro de 1982, um comando de cinco terroristas palestinos atacou com granadas e metralhadoras a sinagoga de Roma, onde a comunidade judaica estava reunida para celebrar o Shabbat e a festa de Sheminì 'Atzeret'. No chão ficou Stefano Gaj Tachè, de dois anos de idade, que morreu instantaneamente, e 40 feridos.
A presença de Mattarella
Para marcar o 40º aniversário desta dolorosa página da história italiana, foi realizada nesta segunda-feira na Sinagoga de Roma uma cerimônia religiosa de doação do Sefer Torah, também conhecido como o pergaminho da Torah, dedicado à memória de Stefano Gaj Taché, a criança morta no ataque. No Templo Maior também discursou o presidente da República, Sergio Mattarella, que foi recebido na sua chegada com uma longa salva de palmas. Foi ele mesmo, em seu discurso inaugural em 2015, que recordou o ataque à Sinagoga, relacionando-o a uma época de ódio e intolerância que marcou o país.
Di Segni: reafirmamos os valores da civilização contra a barbárie
"Hoje afirmamos nosso vínculo com valores representados pela Torá, construção contra a destruição, civilização contra a barbárie, lei contra a opressão, respeito contra a ofensa, esperança contra o desespero, vida contra a morte", disse o rabino chefe de Roma, Riccardo di Segni, na cerimônia de comemoração do ataque. A presidente da Comunidade Judaica de Roma, Ruth Dureghello, reiterou a exigência de verdade a respeito dos instigadores do ataque. "Somos orgulhosamente italianos e queremos verdade e justiça depois de 40 anos", disse ela, explicando que o pergaminho doado hoje "é um hino à vida que queremos celebrar, apesar da dor, raiva e sentimento de injustiça que o dia 9 de outubro de 1982 representa para nós". O apelo para a busca da verdade histórica e processual também foi compartilhado por muitos políticos que participaram da cerimônia.
A dor e as orações de João Paulo II
O ataque à Sinagoga e o assassinato do pequeno Stefano causaram indignação e dor ao Papa João Paulo II que, no Angelus de 10 de outubro, no dia seguinte ao ataque, condenou o que ele chamou de "episódios criminosos de ódio antissemita". Com um coração profundamente triste", disse o Pontífice, "penso no menino que perdeu sua vida ontem aqui em Roma e nas outras pessoas feridas no execrável ataque à Sinagoga". O Papa confiou então a jovem vítima ao Deus misericordioso e expressou solidariedade para com a comunidade judaica de Roma. Fonte: Vatican News
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 Presidente da Câmara Municipal de Lisboa visitou sede da organização da JMJ 2023
Carlos Moedas disse que vai acolher cinco jovens franceses durante a Jornada Mundial da Juventude, um dos pontos «mais importantes» do atual mandato da autarquia
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa visitou hoje a sede do Comité Organizador Local (COL) da próxima Jornada Mundial da Juventude e disse que vai acolher cinco jovens durante um evento que é dos pontos “mais importantes deste mandato”.
“Esta Jornada Mundial da Juventude é dos pontos mais importantes deste mandato da Câmara Municipal de Lisboa”, afirmou Carlos Moedas dirigindo-se aos voluntários que preparam a JMJ Lisboa 2023.
O presidente da Câmara Municipal da Lisboa (CML) referiu que estão vários projetos em curso na cidade, mas “não há nenhum” que toque tanto a vida das pessoas como a JMJ, por contribuir para transformar a cidade numa “cidade aberta a todos, a outras culturas, a outras religiões”.
“Que cada pessoa que vem para Lisboa seja colhida por outra pessoa e essa pessoa lhe dê tudo, para que saia daqui com uma imagem fantástica de Lisboa”, afirmou, acrescentando que vai acolher cinco jovens franceses, durante a JMJ Lisboa 2023.
Carlos Moedas disse que participou na Jornada Mundial da Juventude em Paris, em 1997, e foi acolhido por um casal que lhe telefonou para acolher agora os cinco seus filhos durante a jornada que vai decorrer em Portugal, entre os dias 1 e 6 de agosto.
Em declarações aos jornalistas, o presidente da CML disse que o investimento na JMJ, “com retorno extraordinário para a cidade”, pode ir” até aos 35 milhões de Euros.
“Nós vamos ter um momento de transformação nas nossas vidas, de transformação para a cidade, pelo acolhimento de tantas pessoas de tantas culturas na nossa cidade e vai deixar marcas positivas. E queremos que esse investimento seja um investimento para o futuro”.
Carlos Moedas disse era importante estar escrito “quem faz o quê”, num evento que tem responsabilidades repartidas entre o COL, a autarquia de Lisboa, a de Loures e o Governo, acrescentando que a “estará disponível” para acolher as decisões sobre a JMJ que forem tomadas pela organização, assumindo a logística dos eventos que decorrerem na cidade.
“A CML tem responsabilidade logísticas em tudo o que é a cidade”, afirmou.
O presidente da CML disse que há locais em que já estão a “trabalhar dia a dia”, nomeadamente o Parque Tejo, o Parque Eduardo VII, a Praça do Comércio e a zona de Belém, acrescentando que a autarquia está aberta “a outros eventos que seja necessário fazer na cidade”, sublinhando que está “comprometida a 300%” com a realização da JMJ Lisboa 2023.
Referindo-se à escolha dos vários locais para a realização dos eventos da jornada, D. Américo Aguiar disse que “único local que está assumido” é o Parque Tejo/Trancão e os restantes dependem do “estudo de mobilidade” que “está a decorrer”.
“Cada lugar será anunciado ou confirmado quando todas as áreas de responsabilidade nos derem os ‘oks’ finais”, afirmou o presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023.
O bispo auxiliar de Lisboa disse aos jornalistas que não tem encontrado “desinteresse, falta de empenho ou falta de adesão ao projeto” da JMJ por parte dos vários interlocutores, nomeadamente o Governo, as autarquias de Lisboa e Loures e as direções gerais, reafirmou que as inscrições vão iniciar até ao fim de outubro e disse que o custo de cada inscrição será próximo do praticado na JMJ Panamá 2019.
“Queremos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para seja o menos possível e não seja obstáculo à participação dos jovens”, afirmou o presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, indicando que o montante se deve fixar nos “200 e poucos Euros”, a definir com o organismo do Vaticano que coordena a realização da JMJ em cada país e que vai ficar “fechado” durante o encontro de representantes da Pastoral Juvenil de todo o mundo que se vão encontrar em Portugal, entre os dais 17 e 19 de outubro. Fonte: Agência Ecclesia
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Abusos Sexuais: Proteção das vítimas deve ser prioridade, diz Paula Margarido
Secretária da Coordenação Nacional das Comissões Diocesanas de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis sublinha importância de comunicar denúncias e de tomar medidas cautelares
A secretária da Coordenação Nacional das Comissões Diocesanas de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis, da Igreja Católica em Portugal, disse à Agência ECCLESIA e Rádio Renascença que a as vítimas devem ser a prioridade neste campo, agindo “à mínima dúvida”.
“Há aqui uma vítima que tem de ser protegida e é a esta vítima que temos de dar voz”, referiu Paula Margarido, advogada, convidada da entrevista conjunta semanal, publicada e emitida ao domingo.
Questionada sobre o tratamento dado pela Justiça portuguesa aos casos que envolvem a Igreja Católica, a responsável considerou “completamente errada” qualquer ideia de tratamento diferenciado.
“Não há aqui nenhum facilitismo da justiça portuguesa para com a Igreja”, observou, destacando ainda o esforço promovido, nas dioceses nacionais, para responder “ao repto lançado pelo Papa Francisco para que estes flagelos desapareçam”.
“Os membros da Igreja, nomeadamente os membros das Dioceses e das Comissões Diocesanas, estão ao dispor e colaboram totalmente”, acrescentou.
A secretária da Coordenação Nacional das Comissões Diocesanas de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis admitiu que a opinião pública possa ter uma percepção incompleta do trabalhado levado a cabo neste campo.
“Nós queremos muito mais eficácia e queremos que estes crimes hediondos desapareçam, mas é um caminho que temos de ir traçando com algumas cautelas, que não significam silêncio”, precisou.
A entrevistada assumiu que, a partir das indicações deixadas pelo Papa Francisco nos últimos anos, “o caminho é de nada esconder”, observando que a mentalidade “está a ser alterada”.
Paula Margarido realçou que, perante uma notícia de um delito de abuso de menores, “poderão eventualmente ser aplicadas medidas cautelares”, dando como exemplo recentes medidas do Patriarcado de Lisboa.
“Esta medida cautelar foi tomada e com grande coragem. Ou seja, com grande coragem relativamente a um passado muito recente”, recordou.
A advogada sustentou que, no caso de haver “fundamento sério” para a denúncia, o acusado deve “afastar-se para que o processo decorra com a normal sequência que é natural”.
“Se sobre mim incidisse uma notícia de um delito desta natureza, procuraria que a verdade fosse descoberta. Contribuiria para isso afastando-me do ruído. E é isso que todos devem fazer”.
Sobre a comunicação das denúncias a autoridades civis e à Comissão Independente, presidida por Pedro Strecht, a secretária da Coordenação Nacional das Comissões Diocesanas de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis disse que esta será feita “sempre”.
“No que respeita à Comissão Independente, qualquer elemento que nos chegue, de uma probabilidade séria relativamente à existência de delito, nós comunicamos”, precisou.
Paula Margarido revelou que a Coordenação Nacional já recebeu denúncias de quase todas as dioceses, relativas a cerca de 20 casos, atualmente a ser tratados pelas Comissões Diocesanas.
A entrevistada falou ainda da evolução a nível jurídico e social no tratamento destas situações, lembrando que as próprias famílias “aceitavam este tipo de crimes como sendo normais, o que era lamentável”.
“Isto resulta de uma consciencialização da sociedade, de todos os envolvidos, para este tipo de crimes, que são hediondos e não podem acontecer”, concluiu.
Henrique Cunha (Renascença) e Octávio Carmo (Ecclesia)
Fonte: Agência Ecclesia
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Pe. Reginaldo Manzotti: “Sou testemunha viva do poder de Nossa Senhora Aparecida”
Felipe Gusso
O sacerdote afirma que ele só está vivo graças à intercessão de Nossa Senhora 
No dia 12 de outubro, celebramos o dia da nossa Mãe que, com todo amor, estende seu manto por todos os brasileiros e brasileiras. A imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida percorre o nosso imenso solo brasileiro, levando a todos o amor e a misericórdia de Deus. 
Em outubro de 1717, a Imagem foi encontrada por João Alves, Domingos Garcia e Felipe Pedroso, no rio Paraíba do Sul. Acharam primeiro o corpo e, depois, a cabeça da Imagem. Após esse encontro, os três humildes e benditos pescadores foram recompensados com uma prodigiosa pescaria. Aos pés da imagem pequena e escura de terracota, com 36 cm, uma nação dobra-se em veneração à Mãe do Brasil e em profunda adoração a Jesus, Nosso Salvador. 
A intercessão de Nossa Senhora Aparecida 
Sou fruto e testemunha viva do poder intercessor de Nossa Senhora Aparecida, sou o milagre vivo de uma oração de minha mãe que, ao me ver nascer sufocado pelo cordão umbilical, após ter sido batizado às pressas, fui consagrado a Nossa Senhora Aparecida. Em minha alma trago eterna gratidão: nos lábios, os louvores e no meu segundo nome, a marca daquela que intercedeu a Jesus e salvou minha vida: meu nome de batismo é Reginaldo Aparecido Manzotti.
Não há um momento da minha vida que eu não consiga enxergar Nossa Senhora me protegendo e amparando. E, não consigo compreender como em alguns momentos alguém pode duvidar da intercessão de Nossa Senhora.  Nós temos uma Mãe, não somos órfãos e se uma mãe aqui da terra tira da boca para dar a seus filhos, imaginem Nossa Senhora que é toda santa, pura, imaculada e repleta de amor. 
Composição
Diante da minha gratidão e devoção por Nossa Senhora e com tantos testemunhos de fé, em 2013, Deus me deu a Graça de homenagear nossa Mãe com uma composição. A música “PROTEJA-ME OH! MÃE”. É uma oração em forma de música, para que todos possam clamar por Nossa Senhora e ao mesmo tempo agradecer a sua proteção:
Fonte: Aleteia
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Por que a vida precisa de pausas?
Talita Rodrigues 
Entenda por que diminuir o ritmo e respeitar o tempo que a vida lhe pede não são sinônimos de fraqueza 
A vida precisa de pausas, mas a gente nem sempre se dá conta disso. Somos estimulados a “dar um jeito em tudo”, sermos produtivos, não esmorecer. 
Mesmo diante de situações completamente devastadoras, sentimos a necessidade de continuar dando conta de tudo, da maneira que for. A qualquer custo. Mas essa conta chega. Esse custo vem. Ninguém sai ileso da própria negligência, as consequências aparecem. Você suporta enquanto seu corpo permite. Você se coloca no limite e o ultrapassa, mas em algum momento isso também deixará de funcionar. 
A vida precisa de pausas. Precisamos recuperar o fôlego que perdemos diariamente em nossas lutas – internas e externas. Precisamos reorganizar nosso ser para o próximo dia. O automático vai atropelando nossos sentimentos e temos a falsa ideia de estar dando conta, quando estamos a um passo de explodir. 
Nessa explosão, você é obrigado a olhar para onde não estava olhando: dentro de você. E passa a questionar os sentidos de tudo outra vez. Sente como se tivesse voltado vários passos. Como se não soubesse quem é ou o que está fazendo. Sente que não olhou para você mesmo, enquanto cuidava de tudo ao seu redor. 
A vida e você precisam de pausas 
É difícil reconhecer nossa vulnerabilidade. É difícil acolher nossa fragilidade e admitir que precisamos parar. Porque o mundo cobra conquistas e rejeita sentimentos ruins. A sociedade não nos permite demonstrar tristeza, logo somos vistos como fracos. E vamos engolindo tudo para não frustrar a expectativa dos outros. Mas a vida precisa de pausas.
A sua vida e você precisam de pausas. Talvez você precise respeitar os seus limites e contornos. Talvez, hoje, você precise, sim, cuidar de tudo que é de sua responsabilidade, incluindo você mesmo.
Não é fraqueza diminuir seu ritmo. Não é fraqueza precisar de um tempo. Respeite-se, e respeite as pausas que a vida lhe pedir. Sem medo. E tenha certeza de que você voltará com mais vigor e com mais vida para a caminhada. Fonte: Aleteia
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Papa Francisco participa de Encontro de Oração pela Paz no Coliseu de Roma
O papa Francisco participará, em 25 de outubro, do Encontro de Oração pela Paz que acontecerá no Coliseu Romano, confirmou nesta terça-feira, dia 11, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.
O encontro sobre o tema "O grito da paz, Religiões e culturas em diálogo" foi organizado pela Comunidade de Sant'Egidio e terá a participação de políticos e representantes religiosos de todo o mundo de 23 a 25 de outubro em Roma. A cerimônia de encerramento será no Coliseu Romano.
É a 36ª edição do evento. A guerra, a crise ambiental e os refugiados serão os principais temas a serem discutidos no encontro, que também contará com a presença do presidente da França, Emmanuel Macron; do presidente italiano, Sergio Mattarella; e do presidente do Níger, Mohamed Bazoum.
O último encontro aconteceu em outubro de 2021 e contou com a participação do grão-imã de Al Ahzar, Egito, Ahmad Al-Tayyeb, com quem o papa Francisco assinou o documento da fraternidade em Abu Dhabi em fevereiro de 2019.
Fonte: ACIDigital
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Em um dia como hoje, são João XXIII inaugurou o Concílio Vaticano II
  Hoje (11), completa-se 60 anos da abertura do Concílio Vaticano II, o grande evento mundial e eclesial convocado por são João XXIII para buscar o “aggiornamento”, ou seja, a atualização da Igreja para aproximá-la do mundo atual.
O concílio ecumênico foi inaugurado em 11 de outubro de 1962 e se dividiu em quatro etapas. Participaram cerca de 2 mil Bispos conciliares de todo o mundo.
Antes de inaugurar o concílio, João XXIII criou em 1960 o secretariado para a promoção da unidade dos cristãos, uma comissão preparatória que mais tarde se tornaria o Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos. Foi a primeira vez que a Santa Sé criava uma estrutura para tratar de temas ecumênicos.
Para a presidência desse organismo, o pontífice nomeou o cardeal Augusto Bea, que depois se tornaria uma importante figura do Concílio.
Desde a abertura do Concílio Vaticano II, o papa bom destacou a natureza pastoral de seus objetivos: não se tratava de definir novas verdades nem condenar erros, mas era necessário renovar a Igreja para fazê-la capaz de transmitir o Evangelho nos novos tempos, buscar os caminhos de unidade com as outras confissões cristãs, buscar o bom dos novos tempos e estabelecer um diálogo com o mundo moderno, centrando-se primeiro “no que nos une e não no que nos separa”.
Ao Concílio foram convidados como observadores membros de diversos credos desde muçulmanos até índios americanos, assim como membros de todas as igrejas cristãs: ortodoxos, anglicanos, quacres e protestantes em geral, incluindo evangélicos, metodistas e calvinistas não presentes em Roma desde o tempo dos cismas.
Assim, o Concílio Vaticano II se tornou o fato mais decisivo da história da Igreja no século XX. São João XXIII não pôde ver a conclusão porque faleceu em 3 de junho de 1963.
Quem prosseguiu com o Concílio foi são Paulo VI, que foi eleito sucessor de são Pedro em 21 de junho de 1963.
O Concílio Vaticano II foi encerrado em 8 de dezembro de 1965 e deixou como legado uma série de importantes documentos que seguem sendo de grande atualidade.
Quatro Constituições: Dei Verbum, Lumen Gentium, Sacrosanctum Concilium e Gaudium et Spes; três Declarações: Gravissimum Educationis, Nostra Aetate e Dignitatis Humanae; e nove decretos: Ad Gentes, Presbyterorum Ordinis, Apostolicam Actuositatem, Optatam Totius, Perfectae Caritatis, Christus Dominus, Unitatis Redintegratio, Orientalium Ecclesiarum e Inter Mirifica.
Fonte: ACIDigital
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Assis e são Francisco: Este é o forte vínculo com Carlo Acutis
  A biografia de Carlo Acutis mostra um vínculo muito forte com a cidade de Assis e com o túmulo de são Francisco. Após a sua morte em 2006 por leucemia, aos 15 anos, foi sepultado no cemitério da cidade e, posteriormente, transferido para uma capela do santuário do Despojamento.
A mãe do jovem italiano, Antonia Salzano, falou sobre o vínculo de Carlo com a cidade natal de são Francisco em um colóquio organizado pela diocese de Assis-Nocera Umbra-Gualdo Tadino em outubro de 2020, nos dias prévios à beatificação do jovem.
Salzano sublinhou que "Carlo era muito simples, muito espontâneo". Destacou também sua sensibilidade para com os pobres: “Perto de nossa casa havia um jovem que dormia na rua e Carlo levava comida para ele e lhe dava dinheiro”.
Mas, principalmente, Antonia Salzano destacou o vínculo profundo entre seu filho e são Francisco de Assis. “Carlo tinha grande devoção a São Francisco, o santo eucarístico, o santo da comunidade, o santo cristológico. Carlo dizia que queria ser santo, mas não como são Francisco, porque são Francisco era muito difícil de imitar”.
O carinho de Carlo por Assis "se devia ao vínculo especial que tinha com são Francisco, carregava Assis no coração, dizia que a cidade onde se sentia mais feliz era Assis porque aqui se respirava algo especial que não se respirava em outras cidades".
"Ele gostava de ir à porciúncula porque tinha essa devoção muito grande". Também gostava de visitar "com frequência a basílica de São Francisco". Ao mesmo tempo, comportava-se como qualquer garoto de sua idade: “Levava uma vida normal, como qualquer menino. Ele se divertia, brincava...”.  
Por outro lado, destacou que Carlo sentia um entusiasmo profético "com a possibilidade de ser sepultado em Assis no dia de sua morte".
Numa entrevista recente que Antonia Salzano concedeu à ACI Prensa/EWTN, explicou que “nós tínhamos uma casa em Assis e esta casa nos permitia, como proprietários, adquirir um nicho no cemitério de Assis. Era um lugar muito bonito de onde era possível contemplar o vale e com vista para a Basílica de São Francisco”.
“Tínhamos sepulturas familiares, tínhamos várias, mas Carlo gostou da ideia de ser enterrado em Assis. Perguntei-lhe o que achava da ideia de adquirir o nicho, um túmulo na terra que era vendido aqui em Assis, e ser enterrado nele. E Carlo me disse que ficaria muito feliz, que parecia uma ideia muito bonita para ele. Eu o interpretei um pouco como sua disposição testamentária”.
Fonte: ACIDigital
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MPF quer suspensão da distribuição de material religioso a servidores do sistema de segurança pública
O Ministério Público Federal (MPF) recomendou que se interrompa a distribuição de bíblias ou qualquer material de cunho religioso a servidores de qualquer órgão do sistema de Segurança Pública.
A recomendação foi dirigida ao secretário Nacional de Segurança Pública, Carlos Renato Machado Paim e ao diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques recomendação pelas procuradorias regionais dos Direitos do Cidadão do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro.
No dia 31 de agosto, as procuradorias regionais dos Direitos do Cidadão do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro instauraram investigação sobre a distribuição cartilhas “com orientações e sugestões de ‘assistência espiritual’ e leitura da Bíblia”, pela Polícia Rodoviária Federal e pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) a seus servidores.
Para o MPF, a distribuição “contraria o artigo 19, I, da Constituição Federal, que determina a separação entre Estado e religiões”.
"A preservação do princípio da laicidade é demonstração de respeito por parte do Estado a todas orientações religiosas, crenças e não crenças, que assim podem ser exercidas em plena igualdade de condições e nos ambientes propícios para isso, sem interferência ou patrocínio estatal", diz o documento do MPF.
O órgão também recomendou que fosse suspenso imediatamente “a realização de atividades, mesmo que na modalidade de cooperação, de ciclos de palestras ou cursos de assistência espiritual, de cunho religioso, proselitista ou devocional, de qualquer orientação religiosa” e a “utilização de espaços públicos, de seus serviços e servidores, em todo o Território Nacional, para a prática de qualquer ato de cunho religioso, proselitista ou devocional, de qualquer orientação religiosa”.
“Esclarece o Ministério Público Federal que o não acatamento infundado da presente recomendação, ou a insuficiência dos fundamentos apresentados para não acatá-la, total ou parcialmente, poderá ensejar a adoção das medidas judiciais cabíveis”, diz o documento do MPF.
Fonte: ACIDigital
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Círio de Nazaré volta às ruas de Belém com 2,5 milhões de pessoas
O Círio de Nazaré voltou às ruas de Belém (PA) ontem (9) e reuniu 2,5 milhões de fiéis depois de dois anos proibido pelas medidas impostas contra a covid-19.
O Círio de Nazaré acontece todos os anos no segundo domingo de outubro em honra a Nossa Senhora de Nazaré, padroeira do Pará e chamada também “Rainha da Amazônia”. Conta ainda com uma programação que se estende por vários dias, incluindo missas, momentos de adoração e 13 procissões. Neste ano, a missa de abertura foi no dia 4 de outubro e a programação completa se estende até 24 de outubro.
Na manhã de ontem, a procissão mais aguardada do Círio saiu da catedral metropolitana e seguiu em direção à basílica santuário de Nazaré. Foram mais de cinco horas de um trajeto de 3,6 quilômetros.
Antes do início da procissão, o arcebispo de Belém, dom Alberto Taveira, celebrou a missa na catedral. Em sua homilia, reafirmou que o Círio de Nazaré é “um evento da Igreja Católica, da arquidiocese de Belém, que tem um alcance impressionante de evangelização, de formação, de envio em missão”.
“O Círio é um encontro, é a forma que temos para expressar a todas as pessoas que elas são importantes. Aqui não existem classes sociais, idades, fortunas ou não, posição na sociedade. Aqui, todos nós nos despojamos de qualquer outra coisa que não seja a nossa dignidade de pessoas humanas, de filhos de Deus”, afirmou.
“O Círio é uma família”, disse, ressaltando que se refere a todos como “irmãos e irmãs”. “Desejo que todos nós que aqui estamos descubramos os laços que nos unem uns com os outros, descubramos que, antes de sermos amigos uns dos outros, nós somos irmãos, irmãos em Cristo, irmãos porque Aquele que é o Filho de Deus se fez homem”, disse.
Após a missa, a procissão com a imagem de Nossa Senhora de Nazaré saiu rumo à basílica santuário. No percurso, além dos devotos agarrados à corda atrelada à berlinda que leva a imagem, muitos promesseiros carregavam símbolos de sua gratidão à Nossa Senhora de Nazaré, como cruzes, maquetes, livros. Outros realizaram o percurso de joelhos, amparados por familiares, amigos e voluntários.
Na manhã de sábado, o presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, participou da romaria fluvial, na corveta da Marinha Garnier Sampaio, embarcação que leva a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré. Em nota, a arquidiocese de Belém disse que o Círio de Nazaré é um “evento da Igreja Católica” e afirmou que o presidente não tiha sido convidado.
“Comunicamos não ter havido nenhum convite da parte da arquidiocese de Belém, nem da Diretoria da Festa de Nazaré, a qualquer autoridade seja em nível municipal, estadual ou federal. Entretanto reconhecemos ser responsabilidade da Marinha do Brasil o acesso à referida embarcação”, disse.
Como presidente da República, Bolsonaro é constitucionalmente o comandante supremo das Forças Armadas e, portanto, da Marinha.
O Palácio do Planalto disse que ele participou do evento como “chefe de Estado” e não como candidato à reeleição.
O governador reeleito do Pará, Helder Barbalho (MDB), aliado de Lula, deu uma interpretação eleitoral à participação de Bolsonaro no evento. “O Círio de Nazaré é algo absolutamente intocável, algo que nenhum político tem o direito de se apropriar", disse.
No início do mês, o próprio Barbalho convidou Lula para participar do Círio. Lula disse que recusou para evitar que sua presença fosse associada a marketing político.
Na noite de sábado, a mulher de Lula, Rosângela Silva, a Janja, participou da procissão noturna da Trasladação. Janja esteve nos palanques da programação cultural Varanda de Nazaré, da cantora Fafá de Belém, e o do governo do Estado. Ontem, voltou ao palanque do governador para acompanhar a procissão.
Fonte: ACIDigital
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Restaurante popular em homenagem a Carlo Acutis é inaugurado em Assis
  Neste dia 12 de outubro, a Igreja Católica celebra Carlo Acutis, beatificado há dois anos. Por isso, em Assis, onde repousa seu corpo, são realizados vários eventos para celebrar este beato conhecido como o Ciber Apóstolo da Eucaristia.
De sábado (8) a quarta-feira (12), Assis recebeu vários eventos especiais, como a inauguração de um restaurante popular, adorações eucarísticas e várias conferências.
No sábado (8), a mãe do beato, Antonia Salzano, apresentou seu livro chamado Il segreto di mio figlio (O segredo de meu filho) no santuário do Despojamento, onde repousam os restos mortais de Carlo Acutis.
A mãe do beato disse à imprensa local que “não é fácil captar a individualidade de uma pessoa se não se tem uma relação direta com ela. É por isso que eu quis tentar contar a história do meu filho, escrevendo um livro a partir do coração e tentando ajudar seus muitos devotos a conhecê-lo e amá-lo”.
Ontem, dia 10, de manhã foi celebrada uma missa às 9h (hora local), seguida de uma catequese do padre Bonifas Lopes, vice-chanceler do santuário.
Depois, foi inaugurado o restaurante popular Carlo Acutis, para pessoas com dificuldades econômicas e peregrinos, instalado no centro histórico de Assis (rua vicolo Frondini, 4) e em sinergia direta com o centro de acolhimento Casa Papa Francesco de Santa Maria degli Angeli, em Assis.
Às 17h30 (hora local), foi rezado o terço seguido da missa celebrada pelo padre Marco Moroni, custódio do Sagrado Convento de Assis.
Nesta terça-feira, dia 11, foi celebrada uma missa e, depois uma conferência com o tema Internet: você faz a diferença, que acontecerá junto com o lançamento do aplicativo santuário e será dada pelo padre Alessandro Picchiarelli e padre Nicola Gori, escritor e postulador da canonização do beato Carlos Acutis.
À tarde, acontecerá a oração do terço e às 18h a celebração eucarística celebrada pelo padre Massimo Travascio, custódio da Porciúncula. Depois da missa terá a adoração eucarística e as vésperas.
Nesta quarta-feira, 12 de outubro, começará com uma catequese do padre Bonifas, seguida do terço e da missa celebrada pelo bispo da diocese de Assis, dom Gualdo Tadino.
Estas celebrações terminarão com o concerto musical Não eu, mas Deus, do cantor italiano Marco Mammoli.
Fonte: ACIDigital
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Do dia 09/10/2022
Cantor Zé Neto atravessa Passarela da Fé de joelhos e conta motivo da promessa
Sertanejo, da dupla Zé Neto e Cristiano, acompanhou a 7ª noite de Novena Solene no Santuário Nacional
Escrito por Guilherme Gomes
O sertanejo Zé Neto, da dupla com Cristiano, é devoto de Nossa Senhora Aparecida e, neste domingo (09), deu mais uma mostra de sua fé e devoção.
O cantor atravessou a Passarela da Fé de joelhos para pagar uma promessa à Mãe Aparecida. 
A travessia terminou dentro do Santuário Nacional, onde Zé Neto acompanhou a 7ª noite da Novena da Padroeira.
Em entrevista exclusiva ao A12, após a celebração, que aconteceu no Altar Central do Santuário, Zé Neto falou sobre a decisão de pagar a promessa “de uma forma diferente” em relação às outras vezes em que ele esteve na Casa da Mãe.
“Esse ano a gente veio de uma forma diferente. Eu tive show em Extrema (MG) ontem, mas falei que ficaria para acompanhar a Novena e pagar minha promessa de uma forma diferente”, contou o sertanejo. 
E completou falando do motivo que o fez atravessar a Passarela da Fé de joelhos.
“Pedi alguns livramentos (...). Todo ano eu agradeço muito. A gratidão é o que nos motiva estar aqui. Por tudo o que Maria intercedeu na vida e na carreira de Zé Neto e Cristiano. Vim pedir também pela cura e pela libertação de vícios”, contou Zé Neto.
O sertanejo ainda falou sobre como a sua fé em Nossa Senhora ajuda nos momentos em que as críticas aparecem. No fim, emocionado, Zé Neto também contou de onde surgiu a sua devoção pela Padroeira do Brasil.
Fonte: A12.com
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O Papa na missa de canonização: caminhar juntos, a exclusão dos migrantes é criminosa
"Os dois Santos canonizados hoje, nos lembram a importância de caminhar juntos e saber agradecer", disse Francisco. João Batista Scalabrini "afirmava que, no caminhar comum daqueles que emigram, é preciso não ver só problemas, mas também um desígnio da Providência. O irmão salesiano Artêmides Zatti foi um exemplo vivo de gratidão: curado da tuberculose, dedicou toda a sua vida a favor dos outros, a cuidar com amor e ternura dos doentes".
O Papa Francisco celebrou a missa de canonização do bispo João Batista Scalabrini e do irmão salesiano Artêmides Zatti, neste domingo (09/10), na Praça São Pedro.
O Papa iniciou sua homilia com o episódio do Evangelho, da liturgia deste domingo, em que dez leprosos caminham juntos e vão ao encontro de Jesus que os cura, mas somente um deles volta «glorificando a Deus em voz alta» e agradece a Jesus. Era um samaritano, um estrangeiro.
A seguir, Francisco se deteve em dois aspectos dessa passagem do Evangelho: caminhar juntos e agradecer. O Papa ressaltou que "no início da narração, não há nenhuma distinção entre o samaritano e os outros nove. Fala-se simplesmente de dez leprosos, que formam um grupo e, sem divisão, vão ao encontro de Jesus. Como sabemos, a lepra não era apenas uma úlcera física, mas também uma «doença social», porque naquele tempo, por medo do contágio, os leprosos deviam estar fora da comunidade. Não podiam entrar nos centros habitados, mas eram mantidos à distância, relegados às margens da vida social e até religiosa. Caminhando juntos, estes leprosos clamam contra uma sociedade que os exclui. O samaritano, apesar de ser considerado herético, «estrangeiro», faz grupo com os outros. A doença e a fragilidade comuns fazem cair as barreiras e superar toda a exclusão, como nos recordou na primeira Leitura, Naaman, o sírio, que apesar de ser rico e poderoso, para se curar teve de mergulhar no rio onde se banhavam todos os outros".
Tirar as nossas armaduras exteriores
Como nos faz bem tirar as nossas armaduras exteriores, as nossas barreiras defensivas e tomar um bom banho de humildade, recordando-nos de que todos somos frágeis por dentro e necessitados de cura, todos somos irmãos! Lembremo-nos disto: a fé cristã sempre nos pede para caminhar junto com os outros, para nunca ser caminhantes solitários; sempre nos convida a sair de nós mesmos rumo a Deus e aos irmãos, sem nunca nos fecharmos em nós mesmos; sempre nos pede para nos reconhecermos necessitados de cura e perdão, e partilharmos as fragilidades de quem vive ao nosso redor, sem nos sentirmos superiores.
O Papa nos convidou a verificar se, "na nossa vida, nas nossas famílias, nos nossos lugares de trabalho e de convivência diária, somos capazes de caminhar junto com os outros, ouvir, superar a tentação de nos entrincheirarmos na nossa autorreferencialidade e pensarmos só nas nossas necessidades".
Caminhar juntos é a vocação da Igreja
"Mas caminhar juntos", disse ainda o Pontífice, "ser «sinodais», é também a vocação da Igreja".
Perguntemo-nos até que ponto somos realmente comunidades abertas e inclusivas em relação a todos; se conseguimos trabalhar juntos, padres e leigos, a serviço do Evangelho; se temos uma atitude acolhedora – feita não só de palavras, mas de gestos concretos – tanto para com os distantes quanto para com todos os que se aproximam de nós, sentindo-se inábeis por causa dos seus percursos de vida conturbada. Fazemo-los sentir parte da comunidade, ou excluímo-los?
Francisco disse ter medo, quando vê "comunidades cristãs que dividem o mundo em bons e maus, em santos e pecadores". Com isso, "acaba-se por se sentir melhor que os outros e manter fora a muitos que Deus quer abraçar". O Papa disse que é importante "incluir sempre tanto na Igreja quanto na sociedade, ainda caraterizada por tantas desigualdades e marginalizações. Incluir todos".
A exclusão dos migrantes é escandalosa
Hoje, no dia em que Scalabrini se torna santo, gostaria de pensar nos migrantes. A exclusão dos migrantes é escandalosa. Aliás, a exclusão dos migrantes é criminosa, faz com que morram diante de nós. E assim, hoje temos o Mediterrâneo que é o maior cemitério do mundo. A exclusão dos migrantes é nojenta, é pecaminosa, é criminosa. Não abrir as portas para quem precisa... "Não os excluímos, os mandamos embora", para os campos de concentração, onde são explorados e vendidos como escravos. Irmãos e irmãs, hoje pensamos em nossos migrantes, aqueles que morrem e aqueles que são capazes de entrar. Nós os recebemos como irmãos ou os exploramos? Deixo esta pergunta.
A seguir, o Papa se deteve no aspecto: agradecer. "No grupo dos dez leprosos, há apenas um que, ao ver-se curado, regressa para louvar a Deus e manifestar a sua gratidão a Jesus. Enquanto os outros nove ficam purificados, mas prosseguem pelo seu caminho, esquecendo-se d’Aquele que os curou. O samaritano faz do dom recebido o princípio de um novo caminho: regressa para junto de Quem o sarou, vai conhecer Jesus de perto, inicia uma relação com Ele. Assim, a sua atitude de gratidão não é um simples gesto de cortesia, mas o início de um percurso de gratidão: prostra-se aos pés de Cristo, isto é, faz um gesto de adoração, reconhecendo que Jesus é o Senhor e que é mais importante do que a cura recebida".
É fundamental saber agradecer
Esta é uma grande lição também para nós, que todos os dias nos beneficiamos dos dons de Deus, mas frequentemente prosseguimos pela nossa estrada esquecendo-nos de cultivar uma relação viva com Ele. Trata-se de uma grave doença espiritual: dar tudo como garantido, inclusive a fé, mesmo a nossa relação com Deus, a ponto de nos tornarmos cristãos que deixaram de se maravilhar, já não sabem dizer «obrigado», não se mostram agradecidos, não sabem ver as maravilhas do Senhor. E acaba-se, assim, por pensar que tudo o que recebemos diariamente seja óbvio e devido. Ao contrário, a gratidão, o saber dizer «obrigado» nos leva a afirmar a presença de Deus-amor e também a reconhecer a importância dos outros, vencendo o descontentamento e a indiferença que nos embrutecem o coração.
"É fundamental saber agradecer", reiterou o Papa. "Devemos diariamente dar graças ao Senhor, saber a cada dia agradecer uns aos outros: na família, por aquelas pequenas coisas que às vezes recebemos sem nos perguntar sequer de onde vêm; nos locais que frequentamos quotidianamente, pelos inúmeros serviços de que usufruímos e pelas pessoas que nos apoiam; nas nossas comunidades cristãs, pelo amor de Deus que experimentamos através da proximidade de irmãos e irmãs que muitas vezes em silêncio rezam, oferecem, sofrem, caminham conosco. Por favor, não esqueçamos esta palavra-chave: obrigado", sublinhou Francisco.
A migração de ucranianos que fogem da guerra
Os dois Santos, canonizados hoje, nos lembram a importância de caminhar juntos e saber agradecer. O Bispo Scalabrini, que fundou uma Congregação para o cuidado dos migrantes, aliás, duas: uma masculina e outra feminina, afirmava que, no caminhar comum daqueles que emigram, é preciso não ver só problemas, mas também um desígnio da Providência. Há uma migração, neste momento, aqui na Europa, que nos faz sofrer muito e nos leva a abrir nossos corações: a migração de ucranianos que fogem da guerra. Não nos esqueçamos hoje da martirizada Ucrânia. Scalabrini olhava mais além, olhava adiante, para um mundo e uma Igreja sem barreiras, sem estrangeiros. Por sua vez, o irmão salesiano Artêmides Zatti foi um exemplo vivo de gratidão: curado da tuberculose, dedicou toda a sua vida a favor dos outros, a cuidar com amor e ternura dos doentes. Conta-se que o viram carregar aos ombros o corpo morto de um dos seus doentes. Cheio de gratidão por tudo o que havia recebido, quis dizer o seu «obrigado» ocupando-se das feridas dos outros.
O Papa concluiu, convidando a rezar "para que estes nossos santos irmãos nos ajudem a caminhar juntos, sem muros de divisão; e a cultivar esta nobreza de alma tão agradável a Deus que é a gratidão".
Fonte: Vatican News
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O Papa recorda o Concílio Vaticano II e diz para não esquecer o perigo da guerra nuclear
No Angelus, preocupado com a escalada nuclear do conflito na Ucrânia, Francisco nos convida a percorrer os caminhos do passado para construir a paz. Reza pelas vítimas da tragédia numa creche na Tailândia.
No final da missa de canonização do bispo João Batista Scalabrini e do irmão salesiano Artêmides Zatti celebrada, neste domingo (09/10), na Praça São Pedro, o Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus.
Na alocução que precedeu a oração, o Pontífice saudou e agradeceu todas as pessoas "que vieram para honrar os novos Santos". Saudou também os cardeais, bispos, sacerdotes, consagrados, e especialmente os Missionários e Missionárias de São Carlos Borromeu e os Irmãos salesianos coadjutores. Saudou também com gratidão as delegações oficiais.
A seguir, o Papa recordou que neste domingo, em Fabriano, na Itália, se realiza a beatificação de Maria Costanza Panas, monja clarissa capuchinha que viveu no Mosteiro de Fabriano de 1917 a 1963, quando partiu para o céu. "Ela acolhia todos os que batiam à porta do mosteiro, infundindo em todos serenidade e confiança. Em seus últimos anos, gravemente doente, ela ofereceu seus sofrimentos para o Concílio Vaticano II, cujo 60º aniversário de abertura recorre depois de amanhã. Que a Beata Maria Costanza nos ajude a confiar sempre em Deus e a sermos acolhedores do próximo", frisou o Papa, acrescentando:
A propósito do início do Concílio há 60 anos, não podemos esquecer o perigo da guerra nuclear que então ameaçava o mundo naquele momento. Por que não aprender com a história? Mesmo naquela época havia conflitos e grandes tensões, mas o caminho pacífico foi escolhido. Está escrito na Bíblia: Assim diz o Senhor: «Parem no caminho e vejam, informem-se quanto às estradas do passado, onde está o bom caminho. Andem por ele, e vocês encontrarão um lugar tranquilo para viver».
Francisco assegurou suas "orações pelas vítimas do insano ato de violência ocorrido há três dias na Tailândia. Com emoção confio ao Pai da vida, em particular, as crianças pequenas e suas famílias".
Por fim, convidou a recorrer "à Virgem Maria, para que ela nos ajude a sermos testemunhas do Evangelho, animados pelo exemplo dos Santos".
Fonte: Vatican News
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Mensagem do Papa Francisco pela 230ª edição do Círio de Nazaré
Com o olhar voltado para a Padroeira da Arquidiocese de Belém do Pará e Rainha da Amazônia, o Papa Francisco recorda a todos que “Maria guardava todas as coisas, meditando-as no seu coração”, e ao mesmo tempo suplica que, como Mãe e Mestra, “Ela nos ajude a guardar e meditar tudo, sem ter medo das provações, na jubilosa certeza de que o Senhor é fiel e sabe transformar as cruzes em ressurreições”.
Neste domingo, 9 de outubro, a arquidiocese de Belém (PA) celebra a edição de número 230 do Círio de Nazaré, celebração mariana que reúne durante todo o mês fiéis de todo Brasil na capital paraense. O tema deste ano é “Maria, Mãe e Mestra” e convida a refletir sobre os ensinamentos de Maria para a evangelização. Para a ocasião, o Papa Francisco enviou uma mensagem ao arcebispo de Belém do Pará, dom Alberto Taveira Corrêa.
A mensagem, assinada pelo secretário de Estado Vaticano, cardeal Pietro Parolin, foi publicada pela Arquidiocese de Belém no último dia 5. Segue o texto na íntegra.
"Por ocasião do ducentésimo trigésimo «Círio de Nazaré», no dia 9 de outubro, o Santo Padre deseja unir-se à filial devoção dos fiéis que recorrem à Nossa Senhora de Nazaré, colocando sob o seu manto amoroso e sua materna proteção as intenções que trazem no coração. Com o olhar voltado para a Padroeira da Arquidiocese de Belém do Pará e Rainha da Amazônia, o Papa Francisco recorda a todos que “Maria guardava todas as coisas, meditando-as no seu coração”, e ao mesmo tempo suplica que, como Mãe e Mestra, “Ela nos ajude a guardar e meditar tudo, sem ter medo das provações, na jubilosa certeza de que o Senhor é fiel e sabe transformar as cruzes em ressurreições”. Sua Santidade implora à Virgem Mãe Amorosa que interceda junto a Seu Filho a fim de que sejam derramadas abundantes graças sobre o povo paraense e brasileiro, que auxiliem a todos e a cada um na vivência do Evangelho. E, como penhor destes votos, o Santo Padre de bom grado lhes concede a Bênção Apostólica, pedindo igualmente que não deixem de rezar por ele."
Fonte: Vatican News
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Krajewski: obrigado às muitas famílias que acolhem refugiados ucranianos
O esmoleiro do Papa participou, no último sábado, da iniciativa "Façamos as pazes!" Um dia de festa dedicado sobretudo às crianças organizado na Basílica de Santa Sofia, em Roma.
Foi um dia de festa a fim de que as crianças se afastem dos traumas da guerra, de todas as guerras. "Façamos as pazes!" foi a exortação que no último sábado (08/10), na Basílica de Santa Sofia, em Roma, envolveu muitas crianças ucranianas e de outros países hoje em guerra. A iniciativa foi organizada pelo Ente moral Tabor e pela Associação Religiosa Santa Sofia. Centenas de pessoas participaram. Também esteve presente o esmoleiro do Papa, cardeal Konrad Krajewski, prefeito do Dicastério para o Serviço da Caridade.
Eminência, por que participou desta festa. Por que aceitou este convite para uma festa infantil?
Jesus diz que devemos ser como as crianças. Então há muito o que aprender aqui! Mas, eu não podia não aceitar porque são refugiados, são aqueles que precisam não só das nossas orações, mas também da nossa presença. Eles fugiram de seu país e aqui, mesmo na Itália, encontraram um acolhimento excepcional, e a Igreja deve estar entre eles.
Há pouco mais de uma semana, o senhor voltou da Ucrânia, onde viu o sofrimento do povo ucraniano. O que sente agora estando entre as pessoas que fugiram desses territórios?
Voltei ao Vaticano, mas estou na Ucrânia. Posso dizer que ainda não parti dali. Penso em todas as pessoas que sofrem, que lutam, que têm que deixar suas casas; penso nos doentes, penso também nos mortos, vi muitos em Izjum. Passei duas semanas na Ucrânia, mas, como disse, não saí da Ucrânia. Vi pessoas extraordinárias, também na Igreja que não deixaram seus fiéis, a Igreja latina, a greco-católica, a ortodoxa: todos unidos. E vi pessoas com grande esperança, com grande amor pela pátria. O que me tocou muito é que eu não vi ódio. As pessoas sofrem muito lá, não apenas os soldados, mas os civis que são mortos, os civis que tiveram que deixar seu país, suas casas. Eu disse tudo isso ao Santo Padre e ele todos os dias, quando faz discursos públicos, sempre reza pela Ucrânia, reza pelos refugiados de todo o mundo: ele faz o que Jesus faria.
O tema dessa festa foi "Façamos as pazes": obviamente é o desejo das crianças que querem viver uma vida normal, e a paz é uma condição indispensável para viver uma infância normal...
Nós roubamos essa paz delas: elas são inocentes. Os adultos, os grandes são responsáveis por tudo o que acontece no mundo. Paz... devemos começar por nós mesmos, deve haver paz dentro de nós, e então podemos dá-la aos outros. Não funciona de outra forma. Por isso, gostaria de agradecer a muitas famílias, começando pelas dos países fronteiriços com a Ucrânia, até Itália, França, Alemanha, Portugal, Espanha, todas aquelas famílias que acolhem famílias ucranianas refugiadas em suas casas e lhes oferecem paz. Oferecem aquela paz que não podem encontrar em sua pátria: e isso é uma coisa linda. De um lado há a guerra, de outro há essa beleza que sai de nós, das famílias que acolhem. Podemos dizer que criam uma pequena Belém onde se pode nascer de novo, onde se pode crescer e onde se pode sair para levar essa paz.
Fonte: Vatican News
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Da Praça São Pedro, algumas vozes dos salesianos coadjutores e scalabrinianos
Alguns deles testemunharam seu entusiasmo e alegria pela canonização do bispo João Batista Scalabrini e do irmão salesiano Artêmides Zatti, neste domingo.
Entre os cerca de 50 mil fiéis que se reuniram na Praça São Pedro para a canonização dos Beatos João Batista Scalabrini e Artêmides Zatti, neste domingo (09/10), centenas eram salesianos coadjutores (ou salesianos irmãos), vindos de todo o mundo.
Alguns deles testemunharam seu entusiasmo e alegria pelo reconhecimento da santidade encarnada por Zatti: uma santidade da vida cotidiana e da alegria; uma santidade que testemunha a beleza da vida consagrada e da consagração específica salesiana; a santidade dos que buscam e fazem a vontade de Deus.
Da terra de Dom Bosco, na Circunscrição Especial do Piemonte-Vale d'Aosta, estão, por exemplo, entre os coadjutores: Domenico Francesco Allasia, Fabrizio Spina e José Eusebio Trigona, originário da Argentina, terra onde Zatti viveu toda a sua santa vida salesiana.
O sr. Allasia, o mais velho dos três, disse: "Estou muito feliz por esta ocasião, porque é um modo de divulgar ainda mais a vocação do salesiano coadjutor e, neste caso específico, do irmão que se torna santo fazendo coisas comuns, com fé, confiança e sacrifício; mas, ao mesmo tempo, com alegria, com felicidade, com a satisfação em seu trabalho, sem buscar mais do que o que lhe foi pedido".
O sr. Spina, por sua vez, manifesta: “O sentimento de gratidão por estar aqui, neste lugar, é enorme; é difícil saber quantas pessoas trabalharam e fizeram de tudo para que todo o mundo salesiano pudesse estar aqui hoje. É, verdadeiramente, para nós, uma graça muito grande, que precisa ser vivida acima de tudo sem que nos apeguemos aos 'papéis', mas compreendendo, graças à figura de Artêmides Zatti, que ser salesiano é o que importa, e não ter um papel, um poder, títulos... O que importa realmente é viver como salesiano – e não apenas cumprir um papel de salesiano...! Estar, aqui, hoje, é realmente um enorme presente”.
Por fim, o sr. Trigona conclui: "Além de tudo o que ouvimos nos últimos dias, tanto do Papa quanto do reitor-mor, acredito que a lição mais importante que Zatti nos passa é fazer a vontade de Deus: buscá-la e fazê-la, mesmo, eventualmente, por entre adversidades. Uma outra grande mensagem diz respeito à riqueza de ser religioso, superando a ilusão dos... títulos. Enquanto na Igreja de hoje, em geral - como nos diz o Papa – persiste uma intensa mentalidade clerical, Artêmides Zatti nos mostra o valor e a beleza da vida religiosa. Da vida religiosa em si”.
(Fonte ANS)
Na Praça São Pedro, estiveram também vários scalabrinianos e scalabrinianas que participaram do da canonização do bispo João Batista Scalabrini. O salesiano pe. Pedro André que também participou da canonização, conversou com alguns deles.
Fonte: Vatican News
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Conferência Episcopal de Portugal responde a novas denúncias de alegados encobrimentos, reafirmando disponibilidade para colaborar com a Justiça
Comunicado explica passos tomados por D. José Ornelas, Arquidiocese de Braga e sacerdotes Dehonianos
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) reagiu hoje, em comunicado, às notícias sobre a abertura de uma investigação a D. José Ornelas, presidente do organismo, por parte do Ministério Público, reafirmando a disponibilidade para colaborar com a Justiça.
“Aproveitamos para reiterar a vontade de toda a Igreja em encontrar os mecanismos mais eficazes para erradicar o triste fenómeno dos abusos, em colaborar sempre com as autoridades civis e em escutar as vítimas, e que continuaremos sempre disponíveis para prestar os esclarecimentos necessários”, indica uma nota enviada à Agência ECCLESIA pelo Secretariado-Geral da CEP.
O texto começa por indicar que D. José Ornelas, bispo de Leiria-Fátima e presidente da Conferência Episcopal, “não tem qualquer conhecimento formal” da investigação pelo Ministério Público (MP) num caso de alegado encobrimento de suspeitas de abuso sexual de menores envolvendo um padre anteriormente ligado à Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus (Dehonianos), na qual foi superior provincial português (2000-2003) e superior geral (2003-2015).
A nota da CEP indica que a primeira denúncia do caso relativo ao padre Abel Maia teve lugar em 2003 e foi alvo de uma averiguação interna por parte dos Dehonianos, “tendo a alegada vítima negado qualquer abuso”.
“A mesma reconfirmou a sua posição, em 2014, em tribunal”, acrescenta o comunicado.
“Reafirmam-se as declarações de D. José Ornelas de que foi aberta uma investigação interna do caso do padre Abel Maia pela Arquidiocese de Braga, entidade competente para o fazer em 2014, altura em que o padre Abel Maia já tinha deixado a Congregação dos Padres Dehonianos e já estava incardinado na Arquidiocese”.
Segundo a CEP, a investigação, a pedido da Arquidiocese de Braga, foi realizada pelo então superior provincial dos Dehonianos em Portugal.
O MP investigou o sacerdote e arquivou o processo em 2015.
“A investigação abarcou o percurso profissional do denunciado de 1992 a 1994, de 2001 a 2003 e de 2008 a 2014 e o arquivamento baseou-se, quanto aos dois primeiros períodos temporais, na extinção do procedimento criminal por prescrição, na ausência de qualquer queixa por parte de eventuais vítimas e na ausência de indícios de se terem verificado os factos denunciados, e quanto ao terceiro período, na ausência de indícios”, referiu, então, um comunicado do Ministério Público.
A nota do episcopado surgiu em resposta a uma notícia do jornal ‘Público’, segundo o qual o presidente da CEP estaria a ser investigado pelo MP, num segundo caso de alegado encobrimento de suspeitas de abuso sexual de menores.
O mesmo jornal tinha referido no início de outubro uma investigação a D. José Ornelas, por alegado crime de encobrimento, após denúncias e acusações de abusos sexuais de menores por um padre italiano num orfanato em Moçambique.
Na sua edição deste sábado, o semanário ‘Nascer do Sol’ divulga documentos provenientes de vários inquéritos das autoridades judiciais e eclesiásticas sobre esse caso, apontando “contradições e falhas flagrantes de credibilidade” nas acusações.
A investigação refere tentativas de aliciamento às alegadas vítimas e incongruências nas declarações dos acusadores.
Fonte: Agência Ecclesia
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Um milhão de crianças rezando o Terço transforma o mundo
Reportagem local 
 Você acha que a oração das crianças pode transformar o mundo?
 A Fundação Pontifícia ACN (Ajuda a Igreja que Sofre) convida paróquias, creches, escolas e famílias a participar mais uma vezda iniciativa de oração anual “Terço das Crianças”, que acontece em 18 de outubro. 
O objetivo dessa campanha de oração é rezar pela paz e unidade no mundo, e ao mesmo tempo estimular crianças e jovens a confiarem em Deus nos momentos difíceis, conforme explica o presidente internacional da ACN, Cardeal Mauro Piacenza: “Ao ver tantos crimes e guerras, perseguições, doenças e angústias pesando sobre o nosso mundo, os homens podem muito bem se perguntar: Deus está mesmo no controle? Sim, está!”, responde o Cardeal Piacenza e completa: “mas cabe a nós tomar suas mãos estendidas e nos apegarmos a Ele. Deus estende suas mãos para nós, por meio de Maria, e por meio da oração do Terço Nossa Senhora nos conduz, como a uma só grande família, para os braços protetores e salvadores de Deus Pai.”
O pôster da campanha deste ano mostra duas mãos abertas, envolvendo e sustentando o globo, com as crianças de cada continente. Essas mãos simbolizam as mãos de Deus Pai, que criou o mundo por amor e que deseja salvar e conduzir todos até Ele.
Preocupada com as situações de guerra, violência e pobreza extrema que continuam a existir em países como a Ucrânia, Nigéria, Mianmar, Paquistão, ou em algumas regiões como o Oriente Médio e o Sahel, na África, a ACN deseja especialmente confiar todos os lugares onde as populações não podem viver em paz, às mãos poderosas e amorosas do Pai, por meio da intercessão da Mãe de Deus.
A ACN considera que a participação dos diferentes países em campanhas passadas foi muito importante. Em 2020, durante a oração do Angelus, o Santo Padre encorajou todas as pessoas a se juntarem à iniciativa.
“Nós vamos rezar o Terço com as crianças pedindo que a paz aconteça em seus lares e no mundo todo, sobretudo onde vemos situações de guerra, sofrimento e miséria profunda. Vivendo também o sentido mais profundo do amor cristão, iremos rezar pela conversão de coração daqueles que muitas vezes são os causadores dessas mesmas guerras, sofrimentos e miséria”, afirma Frei Rogério Lima, Assistente Eclesiástico da ACN Brasil, que irá rezar o Terço com as crianças em uma live transmitida no próprio dia 18, nos canais da ACN Brasil no Youtube e Facebook, às 19 horas.
A página da ACN na internet oferece material gratuito para aqueles que rezam nas paróquias, escolas, com grupos de crianças e nas famílias. O material contém instruções sobre como rezar o Terço, meditações curtas para as crianças sobre os Mistérios do Rosário, um Ato de Consagração a Nossa Senhora para as crianças, uma história em quadrinhos da parábola do Filho Pródigo, desenhos para colorir e um passo-a-passo de como fazer uma dezena do Terço de macramê. Os arquivos podem ser baixados no seguinte endereço: https://www.acn.org.br/terco-das-criancas
A campanha surgiu em 2005, à beira do caminho para um santuário de Nossa Senhora em Caracas, na Venezuela. Nesse lugar, um grupo de crianças rezava espontaneamente o Terço. Algumas mulheres que também estavam ali sentiram uma profunda presença de Nossa Senhora. Uma delas recordou que, certa vez, São Padre Pio havia dito: “Quando um milhão de crianças rezarem o Terço, então o mundo vai mudar.” Após uma iniciativa local, a ACN começou a apoiar a campanha em 2008 e, em 2011, assumiu a organização tornando assim a campanha global.
Fonte: Aleteia
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Nicarágua: Autoridades continuam repressão da comunidade cristã
Reportagem local 
Mais de 50 dias após prisão do Bispo de Matagalpa: o que você acha dessa situação?
D. Rolando Álvarez, bispo de Matagalpa cumpriu no sábado, 8 de Outubro, 50 dias da detenção, numa altura em que, segundo o jornal La Prensa, publicado na Nicarágua, tem havido um “agravamento” do seu estado de saúde, nomeadamente ao nível cardíaco.
A prisão do prelado, ocorrida na madrugada de 19 de Agosto, foi um dos momentos mais marcantes, nos últimos tempos, da repressão das autoridades sobre a comunidade cristã nicaraguense, mas não o único.
Antes de o Bispo ter sido colocado em prisão domiciliária, o governo de Daniel Ortega expulsava o núncio apostólico, Waldemar Stanislaw Sommertag, forçava a saída do país das Missionárias da Caridade, a congregação fundada pela Santa Madre Teresa de Calcutá, assim como de outros religiosos e sacerdotes, e provocava também o encerramento do canal de televisão da Conferência Episcopal e de outras seis estações de rádio católicas.
O caso mais recente de atropelo à liberdade religiosa ocorreu no dia 19 de Setembro, com as autoridades a impedirem, “por razões de segurança pública”, a procissão a São Miguel Arcanjo, na cidade de Masaya.
Situação preocupante
Sinal de que esta situação é preocupante, dias antes de a procissão ser proibida, o Parlamento Europeu fazia aprovar, a 15 de Setembro, e por larguíssima maioria [538 votos a favor e apenas 16 contra], uma resolução exigindo “a libertação imediata” de D. Rolando e dos demais presos por perseguição religiosa. Também o Papa Francisco já manifestou a sua preocupação e dor perante a situação que a Nicarágua está a viver.
Além do Bispo de Matagalpa, há, atualmente, seis padres detidos no país. E em menos de quatro anos, a Igreja Católica já sofreu mais de 190 ataques e atos de profanação.
Como a Fundação AIS já denunciou publicamente, para além das acções repressivas contra membros do clero e a proibição, por exemplo, de procissões, há registo de ouros incidentes como a interrupção de celebrações religiosas, a intimidação de fiéis por destacamentos policiais nas imediações das igrejas, e a ameaça a proprietários de meios de transporte se estes colaborarem no transporte de fiéis em atividades religiosas.
“A Nicarágua continua a ser agitada pela crise que se iniciou há mais de quatro anos”, explicava recentemente Regina Lynch, diretora de projetos internacionais da AIS. “A situação neste país da América Central é crítica, com grande polarização e confrontos. Acreditamos que a oração é mais importante do que nunca neste momento”, dizia esta responsável da Fundação AIS que tem acompanhado com especial preocupação todos estes acontecimentos.
A Fundação AIS tem uma grande proximidade não só com a Igreja nicaraguense como também com o Bispo de Matagalpa, agora detido. Prova disso, durante a sua última visita à sede internacional da AIS, em 2019, o Bispo Alvarez, fez questão de referir o trabalho conjunto que se vem realizando há vários anos com o apoio da fundação pontifícia e de agradecer a ajuda dos benfeitores da instituição espalhados pelos quatro cantos do mundo.
“Somos todos como a pobre viúva, tanto aqueles que têm muito em termos económicos como aqueles que têm muito pouco. O segredo é, como disse Santa Teresa de Calcutá, ‘dar até doer’. E, por isso, digo aos benfeitores da Fundação AIS, por favor, continuem sem medo, como têm vindo a fazer, a dar até doer, dando daquilo que precisam para viver, porque desta forma estão a dar vida aos outros”, disse o bispo durante a sua visita à sede internacional da AIS.
Fonte: Aleteia
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Fé e Ciência: novo livro de Bento XVI tem matemático ateu como coautor 
Publicada em Roma, uma nova obra compila a troca de missiva entre o Papa Emérito Bento XVI e o matemático ateu Piergiorgio Odifreddi
O livro “Em caminho pela busca da verdade” (tradução livre do original “In cammino alla ricerca della Verità”) é o novo livro que contém a troca de cartas e a narração dos encontros de Bento XVI com o matemático Piergiorgio Odifreddi.
Editado por Rizzoli, a obra apresenta a troca do carteio de Bento XVI com Odifreddi entre 2013 e 2022. O livro foi apresentado ao público no último dia 6 de outubro na Universidade romana LUMSA (La Libera Università Maria SS. Assunta).
Em 2011, o matemático ateu Piergiorgio Odifeddi escreveu uma carta aberta ao Papa Bento XVI. A carta começava com uma citação da obra de Joseph Ratzinguer, Introdução ao Cristianismo de 1968 e perguntava sobre temas como Jesus Cristo e Deus.
Piergiorgio, que foi presidente honorário da União de Ateus Racionalistas e Agnósticos, não teve nenhuma resposta até 2013. Após sua renúncia ao Pontificado, Bento XVI respondeu a carta do matemático italiano. Nascia então uma amizade, “coisa rara” quando se trata de posicionamentos diferentes, explicou Monsenhor Vincenzo Paglia, presidente da Academia Pontifical para a Vida.
Diálogo entre Fé e Razão
Sobre a atitude de Bento XVI em responder o matemático italiano após a renúncia, o padre Federico Lombardi comentou: “É um sinal da atenção (de Bento XVI) ao diálogo entre fé, razão e ciência, e da própria atitude voluntária e aberta com a qual sempre viveu”.
“Se até um papa e um ateu podem conversar com amizade, isso significa que talvez na vida também possamos nos comportar assim”, disse Piergiorgio Odifreddi.
Os temas das primeiras trocas de carta giravam em torno da fé e da ciência, mas à medida que a amizade evoluiu os assuntos eram também a lógica, a vida, a morte, a antropologia, etc.
Foi precisamente no luto que o Papa e o matemático se aproximaram ainda mais. Em 2020, o Papa Bento XVI perdeu seu irmão e o professor Odifreddi perdeu sua mãe. (FM) – 
Fonte: Gaudium Press
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Do dia 08/10/2022
Dom Joel Portella e padre Patriky Samuel Batista entregam revista “CNBB Social” ao Papa Francisco
O Papa Francisco ganhou um exemplar da revista “CNBB Social”. A publicação foi entregue pelo secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado e o padre Patriky Samuel Batista, subsecretário adjunto geral da CNBB. A iniciativa se deu no mesmo dia, 3, em que o Papa recebeu também um queijo canastra produzido na cidade natal do padre Patriky, Piumhi, na região Oeste de Minas, na Serra da Canastra.
A visita ao Santo Padre fez parte da Ad Limina Apostolorum do regional Leste 1 da CNBB, onde representantes de 11 circunscrições eclesiásticas do Estado do Rio de Janeiro estão reunidos até o próximo sábado, 8, com o pontífice. Nesse encontro os bispos apresentam um relatório sobre o estado pastoral das suas dioceses e o Papa faz suas ponderações e os aconselham.
Revista CNBB Social 
A revista “CNBB Social” traz como um de seus destaques o projeto social “Correndo atrás de um sonho”, sediado na região administrativa de Brazlândia (DF) e coordenado pela CNBB Matriz. A iniciativa contempla as atividades esportivas e o serviço de fortalecimento de vínculos, que envolve as famílias e a comunidade local. Uma das beneficiadas pelo projeto é a atleta veterana Mirthes Maria Alves da Silva, 57 anos, que estampa a capa da revista. De fumante, Mirthes se tornou campeã de atletismo após os 50 anos de idade.
A revista também apresenta dados de uma pesquisa encomendada pela CNBB, em 2014, sobre a atuação social da Igreja no Brasil. O cientista social Silvio Sant’Ana é presidente da Fundação Grupo Esquel Brasil (FGEB) e coordenou a investigação cuja amostra foram 26 Igrejas Particulares, entre dioceses e arquidioceses brasileiras.
Em parceria com entidades que realizam o trabalho social a partir do mandato evangélico, foram apresentadas experiências de atuação social da Pastoral da Criança, por meio do trabalho voluntário; das Conferências da Sociedade de São Vicente de Paulo, os vicentinos; a ação solidária da Cáritas Brasileira; e o pioneirismo do atendimento em saúde das Santas Casas de Misericórdia e hospitais filantrópicos no Brasil.
A revista ainda conta com um artigo do cardeal Sergio da Rocha; uma matéria sobre o Fundo Nacional de Solidariedade da CNBB e uma entrevista com o cardeal Leonardo Steiner, na qual destaca a ação social da Igreja como uma “exigência da fé”. Fonte: CNBB
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Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo, celebra a Novena e Festa da Padroeira do Brasil, de 3 a 12 de outubro
O Santuário Nacional de Aparecida (SP) celebra a Novena e Festa da Padroeira do Brasil, de 3 a 12 de outubro, respondendo positivamente ao pedido do Papa Francisco. O tema da Novena deste ano, em sintonia com o jubileu de 70 anos de criação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), quer aprofundar a identidade sinodal da Igreja: “Com Maria, caminhar juntos para construir uma Igreja Missionária”.
Segundo o padre Eduardo Catalfo, reitor do Santuário de Aparecida, “celebrar a Festa de Nossa Senhora Aparecida e cantar as ‘Glórias de Maria’, como ensina Santo Afonso, fundador dos Missionários Redentoristas, é sempre uma grande alegria. À semelhança da Mãe de Deus, nosso coração glorifica ao Senhor”.
Simbolizando o amor dos devotos de Nossa Senhora Aparecida pelo Papa Francisco, no início da Novena da Padroeira do Brasil, padre Marlos Aurélio, Superior Provincial dos Missionários Redentoristas, presenteou o Santo Padre com a Imagem de Nossa Senhora Aparecida.
Em nome do Santuário Nacional e da Família dos Devotos, padre Marlos destacou que “o presente oferecido ao Papa Francisco representa o empenho sinodal e missionário dos devotos da Mãe Aparecida que, inspirados pelo Magistério do nosso querido Papa, assumem com alegria a tarefa de fazer a Igreja de Cristo crescer na unidade, na participação, na comunhão e na partilha”.
Papa Francisco recebe a imagem de Nossa Senhora Aparecida
Nos dois últimos anos, por causa da pandemia e das restrições por ela impostas, muitos devotos não puderam ser presença na Casa da Mãe Aparecida. A participação dos fiéis foi menos presencial e mais virtual, por meio da Rede Aparecida de Comunicação.
Dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida, enfatizou que “se nos anos anteriores a Festa de Nossa Senhora foi restrita, sem a presença e participação das grandes multidões, nosso convite para sua família visitar Nossa Senhora e seu Santuário é ainda mais decisivo: Junte-se a nós na tarefa de louvar a Deus e evangelizar”, concluiu o Arcebispo.
O irmão Alan Patrick Zuccherato, missionário redentorista e diretor de programação da TV Aparecida, lembrou que “recebem o carinho e a proteção da Mãe Aparecida todos aqueles que são membros da Família dos Devotos e que, com generosidade e gratidão, mantêm as obras de educação e de assistência social do Santuário Nacional”.
É a Família dos Devotos que, segundo Irmão Alan, “mantém a totalidade da obra evangelizadora do Santuário Nacional, que compreende obras de assistência social, comunicação, manutenção e construção deste que está entre os maiores e mais queridos Santuários Marianos do Mundo”.
O reitor do Santuário destacou ainda que, em 2022, “comemoramos 40 anos da entronização definitiva da Imagem de Nossa Senhora no Santuário Nacional. Depois de permanecer durante 237 anos onde atualmente está a Basílica Histórica, a Mãe Aparecida foi solenemente transladada para seu Santuário definitivo, onde milhões de peregrinos chegam todos os anos”.
É hora de, com Maria, caminhar juntos para construir uma Igreja missionária, a partir da fé em Jesus Cristo! Também por isso, o Papa Francisco está chamando todos os filhos e filhas da Igreja a se tornarem mais conscientes de sua participação na vida e missão da Igreja. Confira a programação completa do evento em: A12.com/festadapadroeira - Fonte: CNBB
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Arquidiocese de Belém celebra 230ª edição do Círio de Nazaré neste domingo, 9 de outubro
No próximo domingo, 9 de outubro, a arquidiocese de Belém (PA) celebra a 230ª edição do Círio de Nazaré, celebração mariana que reúne durante todo o mês fiéis de todo Brasil na capital paraense. O tema deste ano é “Maria, Mãe e Mestra” e convida a refletir sobre os ensinamentos de Maria para a evangelização.
Comunicado da arquidiocese situa o Círio como momento para entender o mistério do “sim” de Maria, “um dos eventos fundamentais para a Igreja, que convida multidões à comunhão com Jesus”. O Círio de Nazaré, a festa da Rainha da Amazônia, é celebrado desde o dia 8 de setembro de 1793. A partir de 1901, passou a ser realizado no segundo domingo de outubro.
“No Círio de Nazaré, multiplicam-se aos milhões as pessoas que imolam a Deus sacrifícios de ação de graças e cumprem seus votos, conduzidos pelas mãos carinhosas de Nossa Senhora de Nazaré”, afirmou o arcebispo de Belém (PA), dom Alberto Taveira Corrêa, em artigo.
    “Desejamos identificar a alegria estampada no rosto suado de tantos irmãos e irmãs que encontraremos nos próximos dias. Vale dizer que em todos estes anos de Círio todas as feições que temos a alegria de contemplar, mesmo quando na dor ou nos apertos nas grandes procissões, especialmente no domingo, sempre testemunham a ação de graças!”
Recordando os enfermos, dom Alberto espera que, neste Círio, “cheguem até o Senhor, conduzidos pelas mãos daquela que é chamada Saúde dos Enfermos, todas as pessoas que padecem em seu corpo, inclusive aquelas que carregam as sequelas da pandemia!”.
O Papa Francisco enviou mensagem para o evento, na qual recorda a todos que “Maria guardava todas as coisas, meditando-as no seu coração” (Cf. Lc 2, 19), e ao mesmo tempo suplica que, como Mãe e Mestra, “Ela nos ajude a guardar e meditar tudo, sem ter medo das provações, na Jubilosa certeza de que o Senhor é fiel e sabe transformar as cruzes em ressurreições”.
O pontífice pediu a intercessão de Maria “a fim de que sejam derramadas abundantes graças sobre o povo paraense e brasileiro, que auxiliem a todos e a cada um na vivência do Evangelho”.
A programação do Círio será transmitida ao vivo pelos Meios de Comunicação da Arquidiocese de Belém, que também são os veículos oficiais de transmissão do Círio: TV Nazaré, Rádio Nazaré, Portal Nazaré e as redes sociais.
TV Nazaré Canal 30.1 / Rádio Nazaré FM 91,3 MHz - Fonte: CNBB
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Dia do Nascituro: Semana Nacional da Vida é concluída com celebrações e gestos públicos
A Semana Nacional da Vida foi concluída neste sábado, 8 de outubro, com o Dia do Nascituro. A iniciativa é motivada em todo o Brasil pela Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF). Uma ação pública é proposta para marcar a data.
A celebração neste ano traz como proposta de tema “Toda violação da dignidade humana ofende a Deus”. No encontro contido no subsídio Hora da Vida, utilizado durante a Semana Nacional da Vida, destaca-se o desejo da Igreja em colaborar na formação das consciências acerca da importância desse dia, “como meio através do qual podemos permear a sociedade para valorizar e defender a vida desde a concepção”.
O bispo de Rio Grande (RS) e presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB, dom Ricardo Hoepers, motivou grupos e comunidades a rezarem, unidos “pela promoção, defesa e cuidado da criança que está no ventre materno”.
E ele recordou que o nascituro “é dom de Deus, é sinal de esperança, é uma vida sagrada”. E incentivou: “Rezemos por todas essas crianças e também por suas mães, mas também pelas famílias para que acolham com alegria a notícia de uma criança que está vindo a esse mundo. Vamos acolher, de fato, nas nossas casas, nas nossas Igrejas domésticas, esta cultura da vida que defende desde a concepção”.
Gesto
A Pastoral Familiar convidou para uma ação pública, num gesto de “propagação da ‘Luz de Cristo’ para que possa iluminar e proteger as vidas vulneráveis e indefesas”. A proposta era acender o maior número de velas e rezar a “Oração do Nascituro” durante um ato realizado em praças, nas Igrejas, próximo a prédios públicos, entre outros locais.
Pelo Brasil
Na arquidiocese de Cuiabá (MT), o segundo vice-presidente da CNBB, dom Mário Antônio da Silva, celebrou a missa campal no Parque das Águas, após a realização da “Caminhada viva a Vida”.
No Regional Sul 3, houve um gesto concreto que foi motivado para todas as dioceses mobilizarem doações de leite e fraldas descartáveis. Em Rio Grande, o encerramento foi com Missa no Santuário de Fátima, às 18h30, e, logo após, procissão luminosa seguida de encenação das aparições de Nossa Senhora de Fátima.
Em São Paulo (SP), a tradicional Marca pela Vida ocorreu a partir das 9h, com concentração na paróquia Imaculada Conceição.
Outras ações, como missas, marchas, caminhadas e procissões, por exemplo, estavam agendadas em todo o país. Fonte: CNBB
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Assembleia Eletiva da Rede Um Grito pela Vida
A Assembleia Nacional Rede um Grito pela Vida acontece no CCM,  em Brasília (DF).
Motivadas pela música “Tua palavra é lâmpada para os meus pés”, as representações das cinco regiões do Brasil, vivenciaram, na tarde de sexta-feira (07/10/2022), a abertura oficial da Assembleia Eletiva da Rede Um Grito pela Vida.
Um dos pontos fortes da abertura foi a memória dos 15 anos da Rede, desde 2007 até 2022. A coordenadora nacional, Irmã Valmí Bohn, idp, saudou as participantes e os participantes, dando boas-vindas e lembrando que é o primeiro encontro presencial após a pandemia que impactou de modo decisivo a vida e as atividades. Além disso, Irmã Valmi valorizou a criatividade e a dedicação empregada, por todas e todos, nesses últimos anos, e, agora, disse: “é o momento de fazer a partilha das experiências, e, essas trocas nos ajudam a avançar e garante a vida em plenitude”.
As cinco regiões (Sul, Amazônia, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste) com muita criatividade, fizeram um resgate histórico da vida e missão da Rede nas regiões.
Quanta vida! Centenas de Congregações estão envolvidas na defesa, proteção e promoção da vida. Dezenas de leigas e leigos somam na luta com amor, profetismo e compromisso.
E numa só voz entoaram, como Maria de Nazaré, o grande cântico Libertador e anunciador de Vida: “A minh’alma engrandece ao Senhor, e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador”.
No final da tarde do dia 07 de outubro, primeiro dia de Assembleia Nacional da Rede um Grito pela Vida, houve a celebração Eucarística para a continuação da memória agradecida.
Irmã Eliane Cordeiro, presidente da CRB Nacional, saudou as diversas iniciativas espalhadas pelas regiões brasileiras e destacou a importância do trabalho desenvolvido nos quinze anos da Rede um Grito pela Vida. A presidente recordou que foi uma das testemunhas da fundação da Rede no Brasil.
Com a frase “permanecei no meu amor”, Irmã Eliane Cordeiro de Souza, presidente nacional da Conferência dos Religioso do Brasil (CRB) mobilizou, na manhã de sábado (08/10/2022), as/os participantes a voltar o olhar para os excluídos/as e os oprimidos/as da sociedade.
Irmã Eliane saudou as diversas iniciativas espalhadas pelas regiões brasileiras e destacou a importância do trabalho desenvolvido nos quinze anos da Rede um Grito pela Vida. A presidente recordou que foi uma das testemunhas da fundação da Rede no Brasil.
Com um olhar atento, a Irmã Eliane se coloca à disposição e revela que na CRB, a Rede um Grito pela Vida é “a menina dos olhos” da entidade, indicando que o trabalho da Rede conta com o suporte, oração e valorização da Instituição.
Fonte: CRB
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II Simpósio Bíblico Internacional em Angola é apoiado por Paulinas do Brasil
  II Simpósio Bíblico Internacional, realizado entre os dias 16 e 18 de setembro em Luanda, capital da Angola. O evento contou com apoio pastoral das irmãs Paulinas do Brasil
Quem ouve a sua vocação e ingressa, de coração e mente, na vida missionária, busca levar a Palavra de Deus aonde quer que seja. E, se essa missão ultrapassar barreiras e fronteiras, a ponto de conseguir dar suporte à evangelização em outro continente, vive-se o primordial da sua missão. É o que fazem as Irmãs Paulinas, que deram todo o suporte para a realização do II Simpósio Bíblico Internacional, realizado entre os dias 16 e 18 de setembro em Luanda, capital da Angola.
Este foi o tema: “Animação bíblica da pastoral inteira” e o lema: “E o Verbo fez-se carne e veio habitar conosco (Jo 1,14a)”.
O Simpósio contou com a participação de quase a totalidade dos  bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), cuja Pastoral Bíblica foi a responsável pelo evento.
De forma presencial, o evento contou com 10 conferencistas, sendo 04 internacionais e com a participação de 280 delegados das dioceses da CEAST.
Uma palestrante foi  Irmã Zuleica Silvano, fsp. É uma das responsáveis pelo SAB – Serviço de Animação Bíblica – de Paulinas no Brasil, e membro da Equipe Interdisciplinar da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB).
O Simpósio Bíblico Internacional veio de encontro dos fundamentos da missão Paulina e da Igreja, que é ajudar a pensar e buscar novos horizontes com base na Palavra de Deus. A Palavra e a Eucaristia são alicerces da Igreja e da missão das Paulinas. “Tivemos dois dias de análises, pesquisas e reflexões e um dia  com uma grande celebração eucarística que aconteceu na diocese de Viana, localizada nas proximidades de Luanda. “Foi a Palavra estudada e a Palavra celebrada”, disse  Ir. Elisabete Corazza. 
Tiago Alberione, Fundador da Família Paulina dizia: “a nossa paróquia é o mundo”. “Como brasileira, eu me sinto participando da missão no mundo, em especial no continente africano e em Angola”, disse  Irmã Elisabete que faz parte de uma comunidade que leva a missão para o mundo. “Somos instrumentos nas mãos de Deus e a missão Paulina só acontece com o apoio de muitas pessoas, inclusive das províncias do Brasil e de Portugal, pois somos uma língua irmã. Apesar das diferenças, nós brasileiras nos sentimos muito em casa, pois temos os laços da fé, que vai nos irmanando e a força da Palavra vai nos impulsionando”, finaliza a Irmã Elisabete Corazza.
Fonte: CRB
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CNBB comemora 70 anos com Missa Solene no Santuário de Aparecida
Celebração de domingo, 9 de outubro, está na programação da Novena e Festa da Padroeira de 2022 
Escrito por Redação A12
No dia 14 de outubro, data próxima a Solenidade de Nossa Senhora Aparecida, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) completa 70 anos de sua fundação. 
Em ação de graças pelo jubileu, será celebrada a Missa Solene das 8h do próximo domingo, 9 de outubro, no Altar Central da Basílica, presidida pelo Arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo.
Último dia da Novena 
Na véspera do Dia da Padroeira, no dia 11 de outubro, a última Novena Solene será em honra a entidade com o tema "Com Maria, a Igreja do Brasil renova seu ardor missionário!", focando na evangelização estimulada pela Conferência ao longo desses anos, junto às igrejas particulares.
As entradas da Imagem de Nossa Senhora Aparecida e da Palavra estarão contextualizadas com referência às sete décadas celebradas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. A cerimônia, com início às 19h, será presidida por dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre (RS) e primeiro vice-presidente da CNBB. 
CNBB e o Santuário
Desde 1952, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil congrega o episcopado da Igreja Católica no país. A exemplo dos Apóstolos, os bispos do Brasil exercem funções pastorais em favor de seus fiéis. Hoje em dia, estão em sintonia 465 bispos, dentre os quais 308 são titulares e auxiliares, 157 eméritos servindo às 278 Igrejas Particulares do país.
O Santuário de Aparecida foi palco, em setembro, do especial “CNBB 70 anos – comunhão, participação e missão”, programa produzido pela TV Aparecida em parceria com a CNBB e retransmitido por outras redes de televisão de inspiração católica. A celebração aconteceu na Basílica Nova e contou com homenagens e agradecimentos a todos os que fizeram parte da história da CNBB, com a exibição de vídeos e depoimentos de bispos e outros personagens. 
Fonte: A12.com
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O que significa Mariama?
Entenda o porquê chamamos Nossa Senhora desta forma
Escrito por Isabela Araujo
N 08 de outubro, foi celebrado o 6º dia da Novena da Padroeira 2022, que tem como tema “Com Maria, construir uma Igreja de união fraterna” e na Consagração, pedimos: “Mariama, que os Anjos que vos acompanharam até a casa de Isabel nos acompanhem nesta vida e nos guardem dos perigos. Amém!”.
Mas o que significa Mariama, que em todos os dias da Novena da Padroeira é citada?
A expressão significa Maria que ama e é uma forma carinhosa de saudar Nossa Senhora. Criado por Dom Helder Câmara, o termo foi citado durante homília na Missa dos Quilombos no ano de 1982.
Invocação à Mariama, por Dom Hélder Câmara
Mariama, Nossa Senhora, mãe de Cristo e Mãe dos homens!
Mariama, Mãe dos homens de todas as raças, de todas as cores,de todos os cantos da Terra.
Pede ao teu filho que esta festa não termine aqui, a marcha final vai ser linda de viver.
Mas é importante, Mariama, que a Igreja de teu Filho não fique em palavra, não fique em aplauso.
Não basta pedir perdão pelos erros de ontem.
É preciso acertar o passo de hoje sem ligar ao que disserem.
Claro que dirão, Mariama, que é política, que é subversão.
É Evangelho de Cristo, Mariama.
Claro que seremos intolerados.
Mariama, Mãe querida, problema de negro acaba se ligando
com todos os grande problemas humanos.
Com todos os absurdos contra a humanidade, com todas as injustiças e opressões.
Mariama, que se acabe, mas se acabe mesmo a maldita fabricação de armas.
O mundo precisa fabricar é Paz.
Basta de injustiça!
Basta de uns sem saber o que fazer com tanta terra
e milhões sem um palmo de terra onde morar.
Basta de alguns tendo que vomitar para comer mais
e 50 milhões morrendo de fome num só ano.
Basta de uns com empresas se derramando pelo mundo todo
e milhões sem um canto onde ganhar o pão de cada dia.
Mariama, Senhora Nossa, Mãe querida, nem precisa ir tão longe, como no teu hino.
Nem precisa que os ricos saiam de mãos vazias e o pobres de mãos cheias.
Nem pobre nem rico.
Nada de escravo de hoje ser senhor de escravo de amanhã.
Basta de escravos. Um mundo sem senhor e sem escravos. Um mundo de irmãos.
De irmãos não só de nome e de mentira. De irmãos de verdade, Mariama.
Dom Helder Câmara
Helder foi arcebispo de Olinda e Recife, um dos criadores da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e participante ativo do Concílio Vaticano II.
Em maio de 2015 foi oficializado o seu processo para a beatificação e canonização. O momento contou com uma Missa presidida na Catedral do Santíssimo Salvador do Mundo, em Olinda, pelo arcebispo Dom Fernando Saburido.
Compromissado com causas sociais e com a defesa dos direitos humanos, ele é considerado patrono brasileiro dos direitos humanos e recebeu diferentes prêmios, entre eles um da ONU (Organização das Nações Unidas), graças a seu trabalho aos pobres no Recife.
Fonte: A12.com
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O Papa: fazer "levedar" a realidade econômica num sentido ético
Aos participantes da conferência da Fundação Centesimus Annus Pro Pontifice sobre "Crescimento inclusivo para erradicar a pobreza e promover o desenvolvimento sustentável para a paz", Francisco lembra que somente respeitando as pessoas em sua dignidade é possível lutar "contra os males da especulação atual que alimenta os ventos de guerra".
O Papa Francisco recebeu em audiência, neste sábado (08/10), no Vaticano, os participantes do encontro da Fundação Centesimus Annus Pro Pontifice sobre o tema "Crescimento Inclusivo para erradicar a pobreza e promover o desenvolvimento sustentável para a paz".
Crescimento no sentido de desenvolvimento
Parece-me que a expressão-chave seja a inicial: "crescimento inclusivo". Isso nos faz pensar na Populorum Progressio de São Paulo VI, onde ele afirma: «Desenvolvimento não se reduz a um simples crescimento econômico. Para ser autêntico, deve ser integral, quer dizer, promover todo homem e o homem todo». Portanto, o desenvolvimento é inclusivo ou não é desenvolvimento. Aqui está a nossa tarefa, especialmente a de vocês como fiéis leigos: fazer "levedar" a realidade econômica num sentido ético, o crescimento no sentido de desenvolvimento. Vocês procuram fazê-lo, a partir da visão do Evangelho. Porque tudo nasce de como se olha a realidade. O olhar de Jesus começava com a misericórdia e compaixão pelos pobres e excluídos.
Segundo Francisco, "o crescimento inclusivo encontra seu ponto de partida num olhar não voltado para si mesmo, livre da busca pela maximização dos lucros. A pobreza não se combate com o assistencialismo, não! Ele a anestesia, mas não a combate. Como eu disse na Laudato si', "ajudar os pobres com dinheiro deve ser sempre um remédio temporário para enfrentar as emergências. O objetivo verdadeiro deve ser permitir-lhes uma vida digna através do trabalho", ou seja, a porta é o trabalho. A porta para a dignidade de um homem é o trabalho".
O futuro invoca um novo olhar
"Sem o compromisso de todos em cultivar políticas trabalhistas para os mais frágeis, se favorece uma cultura mundial do descarte", frisou ainda o Papa, reiterando que tentou "explicar essa convicção no primeiro capítulo da Encíclica Fratelli tutti", onde se recorda que «a riqueza aumentou, mas sem equidade, e assim acontece que novas formas de pobreza nascem».
"É por isso que o futuro invoca um novo olhar, e cada um é chamado a ser o promotor dessa maneira diferente de olhar para o mundo, a partir das pessoas e situações que vive na vida cotidiana. Somos todos irmãos e irmãs, e se eu sou o dono de uma empresa, isso não me legitima a olhar para meus empregados com um ar de suficiência. Se eu administro um banco, não devo me esquecer que cada pessoa deve ser tratada com respeito e atenção", frisou ainda o Papa.
A Fundação Centesimus Annus pode declinar as importantes reflexões realizadas nestes dias, através da conversão do olhar de cada um. O olhar humilde de quem vê em cada homem e mulher que encontra um irmão e uma irmã a serem respeitados em sua dignidade, e não apenas como um cliente com quem fazer negócios. Somente com esse olhar poderemos lutar contra os males da especulação atual que alimenta os ventos de guerra. Não olhar ninguém de cima para baixo é o estilo de todo agente de paz. Só é permitido fazê-lo para ajudar a se levantar.
Fonte: Vatican News
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Francisco recorda Artêmides Zatti, "migrante, parente dos pobres"
Aos cerca de mil peregrinos recebidos na Sala Paulo VI, em vista da canonização do leigo professo salesiano, o Papa destacou a missão de uma vida inteiramente dedicada aos doentes, aos abandonados, aos descartados: sempre com um sorriso reescreveu um página do Evangelho na Patagônia.
O Santo Padre recebeu na manhã deste sábado (08/10), no Vaticano, os peregrinos da grande família Salesiana, que vieram a Roma para a canonização de Artêmides Zatti, que se realizará neste domingo na Praça São Pedro.
Em sua saudação aos numerosos peregrinos, Francisco agradeceu a presença do Conselho Geral, Cardeais e Bispos Salesianos e, de modo particular, os fiéis de Boretto, cidade natal de Artêmides Zatti, como também o agraciado pelo milagre do novo Santo e os provenientes da Argentina e Filipinas.
Em seu discurso, o Santo Padre falou sobre a vida de Artêmides Zatti, Irmão salesiano italiano, que recebeu a cidadania argentina, beatificado, em 2002, pelo Papa João Paulo II.
Opção pela vida Salesiana
Ao recordar a figura do novo Santo, o Papa partiu de quatro pontos de vista: migrante, parente de todos os pobres, salesiano coadjutor e intercessor das vocações.
Falando sobre o primeiro aspecto, Artêmides como migrante, Francisco recordou a chegada dos Salesianos à Argentina, em 1875, onde se dedicaram, de modo especial, à comunidade de emigrantes italianos. Artêmides conheceu os Salesianos em Bahía Blanca, aonde, em 1897, chegou com sua família da Itália.
“Infelizmente, disse o Papa, muitos migrantes perderam os valores da fé, devido aos vários trabalhos e problemas de adaptação. Mas, a família Zatti, foi uma exceção: participou da vida da comunidade cristã, manteve boas relações com os sacerdotes, rezavam em família e a frequência aos Sacramentos não faltou”. Neste âmbito, Artêmis amadureceu a opção pela vida Salesiana.
Vida a serviço dos enfermos
Aqui, Francisco explicou o segundo ponto de vista da sua reflexão: Artêmides, "parente de todos os pobres":
“A tuberculose que o acometeu, aos vinte anos, parecia ter acabado com seus sonhos. Mas, graças à cura, obtida por intercessão de Maria Auxiliadora, Artêmides dedicou toda a sua vida aos enfermos, sobretudo, mais pobres, abandonados e excluídos. Os hospitais locais eram os únicos recursos para a saúde, mas, o heroísmo de Zatti os tornou lugares de irradiação do amor de Deus e de salvação, onde atuou como Bom Samaritano”.
Assim, os hospitais e as casas dos pobres foram as bases da sua missão, graças à sua profunda união com o Senhor, oração constante, adoração Eucarística prolongada e reza do terço.
Viver a missão em comunhão
Dito isso, o Papa passou ao terceiro aspecto da vida de Artêmides: Salesiano coadjutor, ao recordar seu testemunho e cura: “Se estou bem e saudável é graças ao Padre Evásio Garrone, missionário salesiano, que, ao ver minha saúde precária, como tuberculoso, pediu para eu fazer uma promessa a Maria Auxiliadora: “Se ela o curasse, estaria sempre em união com ela e cuidaria dos enfermos”. Assim, por intercessão da Virgem, foi curado”. Tendo recuperado a sua saúde, dedicou-se completamente aos pobres. Deste modo, o Papa destacou os três verbos da vida do Salesiano coadjutor: "acreditar, prometer e sarar". Assim, Artêmides viveu sua missão em comunhão com os seus coirmãos salesianos.
Carisma alimentado pela oração e o trabalho
Por fim, Francisco explicou a quarta e última característica da vida de Artêmides Zatti: intercessor pelas vocações, partindo da sua experiência pessoal, quando era Provincial dos Jesuítas na Argentina. Ao conhecer a história deste novo Santo, Jorge Bergoglio fez-lhe o pedido para obter do Senhor, santas vocações de vida consagrada para a Companhia de Jesus. Graças à sua intercessão, os jovens coadjutores aumentaram de modo impressionante. Partindo deste seu testemunho, o Papa destacou a importância da vocação Salesiana, de modo especial dos Irmãos coadjutores:
“Os Irmãos têm um carisma especial, alimentado pela oração e o trabalho, e fazem tanto bem à Congregação: são piedosos, alegres e trabalhadores; não têm complexo de inferioridade, por não serem sacerdotes ou diáconos. Eles estão conscientes da sua vocação peculiar”.
O Santo Padre concluiu seu pronunciamento com uma exortação aos Irmãos coadjutores: “Sejam sempre gratos pelo dom da sua vocação e busquem dar um testemunho especial da vida consagrada e proponham aos jovens esta forma de vida evangélica a serviço dos pequeninos e mais pobres”.
Fonte: Vatican News
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Gallagher: paz mundial ameaçada por uma guerra indigna do homem
Por ocasião do Dia Nacional da República da Coreia, o secretário para as Relações com os Estados referiu-se à atual situação geopolítica: os conflitos não resolvem os problemas, a diplomacia internacional deve refletir seriamente e agir vigorosamente. Sempre intenso, disse ele, o desejo do Papa de visitar as áreas do norte da península coreana.
"Hoje é urgente promover uma cultura autêntica de paz, baseada na promoção do diálogo no respeito do direito internacional, que possa garantir a convivência pacífica dos povos." Foi o que disse o secretário para as Relações com Estados e Organizações Internacionais, dom Paul Richard Gallagher, na sexta-feira (07/10), convidado para a recepção do Embaixador da Santa Sé, Choo Kyo Ho, por ocasião do feriado nacional da República da Coreia. Em seu discurso para a ocasião, dom Gallagher, "considerando a atual situação geopolítica que vê a paz no mundo seriamente ameaçada", destacou que a guerra deve ser considerada "um instrumento totalmente inadequado para a resolução de conflitos internacionais, pois não é digna da pessoa humana e de sua vocação natural para a paz".
O Corpo Diplomático junto à Santa Sé, um instrumento de paz
Lembrando que em 1980 o então cardeal-secretário de Estado Agostino Casaroli, falando aos membros do Corpo Diplomático credenciados à Sé Apostólica, definiu "ser um instrumento de paz" como "o maior título de nobreza e utilidade do serviço diplomático" e observando que a Santa Sé, quando "nuvens escuras se avolumam no horizonte", só pode "convidar os operadores da diplomacia,  a refletir seriamente e agir vigorosamente", o prelado reiterou o que o Papa Francisco disse em 14 de setembro passado no Congresso de Líderes Religiosos no Cazaquistão: a paz "nasce da fraternidade, cresce através da luta contra a injustiça e a desigualdade, se constrói estendendo a mão aos outros".
Relações diplomáticas entre a República da Coreia e a Sé Apostólica
Quanto à República da Coreia, dom Gallagher destacou que, desde seu nascimento, em 1948, tem se empenhado "em promover a liberdade e a democracia, baseada no respeito pela dignidade humana e no cuidado do bem-estar de seu povo". No que diz respeito às relações diplomáticas com a Santa Sé, estabelecida em 1963, o prelado lembrou os contatos religiosos, culturais e pessoais que estavam na base delas e que "recentemente alcançaram seu ápice na visita do Papa Francisco à Coreia, em 2014", e nas visitas do presidente Moon Jae-in ao Vaticano, em 2018 e no ano passado.
O desejo de Francisco de visitar as áreas do norte da Península Coreana
O secretário para as Relações com os Estados reafirmou "o compromisso da Santa Sé na cooperação com a República da Coreia para alcançar a paz duradoura e a verdadeira harmonia tanto em sua própria nação quanto em todo o mundo" e expressou "gratidão pelo respeito que o Estado tem pela Igreja católica e sua contribuição para a sociedade coreana, particularmente no campo educacional e social". Ele também assegurou que a Santa Sé "acompanha o povo coreano em seu caminho em direção à paz e ao desenvolvimento, compartilhando suas "alegrias e esperanças, tristezas e ansiedades" e que "não deixa de apoiar a Coreia em suas mais profundas aspirações, começando pela reconciliação e prosperidade de toda a Península Coreana". "Sabe-se que o Papa Francisco tem um interesse e afeto particular pelo povo coreano", continuou dom Gallagher, que, por fim, lembrou o profundo desejo do Papa de "visitar as áreas do Norte, caso receba um convite oficial das Autoridades".
Fonte: Vatican News
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Fisichella: o turismo é um espaço de evangelização, especialment
Dom Rino Fisichella, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, falou no Congresso Mundial de Pastoral do Turismo, em Santiago de Compostela, na Espanha, sobre “a relação entre a evangelização e o mundo das viagens de cultura e de lazer, que, para a Igreja, hoje, é uma prioridade inevitável. O próximo Jubileu será um momento privilegiado para este apostolado”.
Santiago de Compostela, um dos santuários mais famosos do mundo, foi sede da 8ª edição do Congresso Mundial de Pastoral do Turismo, que, por três dias, desde o último dia 5, reuniu especialistas e representantes de Conferências Episcopais de 25 nações, que se confrontaram sobre a Pastoral do Turismo.  
O Congresso contou com a presença do Arcebispo Rino Fisichella, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, a cujo Dicastério o Papa confiou a preparação do Ano Santo de 2025.
Em entrevista à Rádio Vaticano, o Arcebispo refletiu sobre a particular ligação da Pastoral do Turismo com o próximo Jubileu 2025.
Dom Rino, o senhor participou do Congresso Mundial da Pastoral do Turismo, em Santiago de Compostela. Qual a importância desta pastoral?
“É importante, sobretudo, graças à decisão do Papa Francisco de transferir a competência do Turismo ao nosso Dicastério, porque, assim, se torna um espaço particular da evangelização. O turismo, às vezes, parece não ter seu lugar próprio; neste caso, porém, pode-se inserir no âmbito da evangelização, tornando-se uma das mediações fundamentais para evangelizar o mundo de hoje. O nosso Dicastério para a Evangelização tem também competência sobre os Santuários, que são lugar de peregrinação: uma peregrinação que, agora, começa também a se conjugar com a exigência peculiar do turismo, ou seja, a cultural”.
A Pastoral do Turismo foi transferida do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral para o Dicastério da Evangelização, que o senhor preside. Por quê?
“Por assim dizer, esta é uma consequência lógica da visão da nova composição da Cúria Romana. À luz da Constituição Apostólica “Praedicate Evangelium”, o Papa quis dar amplo destaque à evangelização; por outro lado, o Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral começa a ter uma unicidade orgânica sobre os objetivos, que, obviamente, integram o trabalho de todos os Dicastérios da Cúria. O fato de o turismo tornar-se parte integrante das problemáticas da evangelização, nada mais faz, hoje, que dar impulso ao desenvolvimento e consequência lógica aos caminhos peculiares da peregrinação. Na antiguidade, como na Idade Média, o peregrino partia para uma viagem, hoje chamado turista, porque queria descobrir a cultura, a beleza, uma necessidade de contato e peregrinação, que se tornava um verdadeiro intercâmbio cultural. Desde então, acho que o turismo mudou muito. Não esqueçamos que estamos diante de uma mudança cultural: antes, eram romarias e turismo organizados, agora, porém, pelo menos 50%, não são mais organizados, tornando-se “coisa de última hora”. As famílias ou solteiros se organizam e partem. Mas, isso causa um grande problema: o da acolhida como também o de comunicar a beleza, a cultura e a história dos diversos lugares”.
Como o seu Dicastério para a Promoção da Nova Evangelização pode atuar, concretamente, no campo do turismo?
“Encontrei, em Santiago de Compostela, representantes de mais de 25 países diferentes: do México à Argentina, da Áustria à Itália e assim por diante. Trata-se de uma realidade altamente motivada para cooperar conosco. Antes de tudo, devemos procurar organizar melhor o trabalho do nosso Dicastério, que deverá integrar o turismo e os santuários. Não esqueçamos que a Pastoral do Turismo está presente em todas as Conferências Episcopais. Por isso, é uma realidade organizada. A Santa Sé, por exemplo, tem seu representante junto à Organização Mundial do Turismo. Logo, tais compromissos precisam ser planejados e devem continuar o trabalho já feito, sobretudo pelo Pontifício Conselho para os Migrantes e Itinerantes, que publicou uma nota pastoral muito importante sobre este tema. Enfim, é preciso desenvolver ainda mais o magistério desses anos, dando apoio pastoral concreto ao turismo como forma de evangelização”.
Em vista do Jubileu de 2025, o que o seu Dicastério pode fazer diante de uma realidade de tanto turismo?
“Desde que o Papa confiou a organização do Jubileu ao nosso Dicastério, já estamos dando passos avançados: criamos Comissões e apresentamos os projetos ao Governo italiano e ao Município de Roma. No próximo dia 11 de outubro, a comemoração do 60º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II marcará, oficialmente, o início do primeiro ano de preparação para o Jubileu, com a redescoberta, estudos e revisão das quatro Constituições conciliares. Depois, o ano de 2024 será dedicado à Oração. Já estamos organizando a página web, que deverá seu um aplicativo para todos os peregrinos. Esperamos que, até o fim deste ano, possamos publicar o calendário dos grandes eventos do Jubileu de 2025”.
Fonte: Vatican News
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Projeto do GSF promove a autonomia dos migrantes na Colômbia
Várias congregações religiosas, como os Scalabrinianos, as irmãs da Divina Vontade, as Adoradoras e as Scalabrinianas fazem parte do Hub para a inovação social promovido pelo Global Solidarity Fund. A iniciativa permite-lhes coordenar uma resposta integral aos migrantes, oferecendo formação para o trabalho e contactos para que encontrem emprego ou criem uma atividade própria.
Num mundo cada vez mais marcado por grandes movimentos migratórios, o fluxo de pessoas da Venezuela para a Colômbia é um dos mais significativos nas últimas décadas e sem dúvida o maior da América do Sul. Desde 2017, quase sete milhões de venezuelanos sentiram-se impelidos a abandonar a própria casa diante do decadente cenário social, político e económico do seu país. «Não havia leite nem fraldas, havia falta total de alimentos, as prateleiras estavam todas vazias. A situação era realmente insustentável», diz Francis Cruz, que durante anos geriu um grande restaurante no Estado de Carabobo, mas que um dia se viu na impossibilidade de dar de comer aos filhos. A única saída que viu foi aventurar-se, como milhares dos seus compatriotas fizeram, a atravessar a fronteira com a Colômbia.
Manicure e pedicure estão entre as profissões mais procuradas na Colômbia, e permitem que os migrantes venezuelanos encontrem uma fonte de emprego ou empreendedorismo. (@Margherita Mirabella/Archivio GSF)
Algo semelhante aconteceu com Enzor Figuera, que durante os últimos seis anos procurou a sorte na periferia de Cúcuta. Deixou a própria casa e entrou ilegalmente na Colômbia. Foi empregado clandestino numa mina de carvão, onde durante três anos suportou um ritmo de 15 dias de trabalho com dois dias de descanso. Sobreviveu a um desmoronamento que o aprisionou e danificou de tal modo a mão esquerda que perdeu a mobilidade e, depois, o emprego.
Enzor mudou-se para Cúcuta com a esposa e quatro filhos, passando os últimos três anos nas ruas a vender doces, a recolher material dos caixotes de lixo para reciclar ou simplesmente a mendigar. Reconhece-o com profunda dor, a mesma dor que sentiu quando há um mês foi expulso da casa onde vivia com a família porque não podia pagar. Foi nesse momento que ouviu falar do novo Centro de Atención Integral al Migrante (CIAMI), que a comunidade dos religiosos scalabrinianos abriu em Villa del Rosario, perto de Cúcuta. É um moderno complexo de edifícios que alberga famílias, dá-lhes apoio psicossocial, jurídico e alimentar, mas também as convida a permanecer por três meses para que os adultos recebam formação técnica que lhes permita iniciar a própria atividade ou encontrar um emprego.
Promover a autonomia dos migrantes
Os desafios enfrentados pelos migrantes venezuelanos quando chegam à Colômbia estão relacionados com a regularização da sua residência no país, mas também com a possibilidade de se dedicar a uma atividade que lhes permita ganhar uma vida honesta. Enquanto os primeiros grupos que deixavam a Venezuela eram constituídos por pessoas com um elevado nível de formação profissional, nos últimos dois anos houve um afluxo de pessoas provenientes principalmente das áreas rurais e com pouca formação para trabalhar na cidade. E esta é uma realidade que foi tomada em consideração pelo Global Security Fund (GSF), uma organização filantrópica presente em vários países do mundo, que promove um “Hub para a inovação social” na Colômbia.
Tendo identificado que as congregações religiosas estão entre as organizações mais eficazes na prestação de apoio aos migrantes, o GSF ajuda-as a coordenar-se melhor entre elas, uma vez que os objetivos das suas missões particulares são mais eficazmente alcançados quando trabalham de modo corporativo. Experimentaram-no várias comunidades femininas, como as religiosas Adoradoras e as irmãs da Divina Vontade, que se coordenaram e já veem os frutos. Em Bogotá, capital da Colômbia, trabalham segundo os seus carismas pela promoção integral das mulheres, ajudando particularmente as que sofrem de exploração sexual devido à sua condição de vulnerabilidade. A irmã Ilse Villamar explica que as mulheres chegam «arrasadas, sentindo-se impuras e julgando que não têm capacidade para nada». Assim, com um forte apoio psicológico e social, é-lhes oferecida formação em áreas como corte e costura, manicure e pedicure. Mas não é suficiente!
Encontrar um emprego ou assumir um risco com o empreendedorismo é sempre um desafio, e esta é a segunda fase que tem em vista o “Hub para a inovação social” do Global Security Fund. «O objetivo é criar um novo sistema, soluções inovadoras que reúnam habilidades, competência e confiança dos migrantes nas congregações religiosas com a inovação, a capacidade das empresas de criar trabalho e mercado», esclarece Marta Guglielmetti, diretora executiva do GSF.
Assim, a fim de tornar os migrantes independentes, permitindo-lhes levar uma vida estável e tranquila, agora o GSF estabelece ligações entre congregações religiosas e empresas de vários tipos que possam proporcionar empregos para quantos já têm uma boa formação. Ao mesmo tempo, apoiam ações que facilitem a inserção no mercado de quantos optam por criar as próprias atividades. Esta forma colaborativa de trabalhar em prol da autonomia permitiria interromper o vício do assistencialismo com que muitas agências de cooperação internacional anulam as capacidades das pessoas, segundo o sacerdote scalabriniano Flor Rigoni. Este religioso trabalhou durante quarenta anos com migrantes na América Latina e assegura que o assistencialismo «é uma droga. Uma droga com a qual as Nações Unidas justificam a sua sobrevivência. Uma droga para o migrante, pois o deixo claramente dependente da minha ajuda».
A alegria da superação
No bairro Kennedy de Bogotá, as religiosas scalabrinianas gerem um centro de hospitalidade e formação para migrantes, fundado pela Arquidiocese de Bogotá. Ali, sob os auspícios do Global Security Fund e em conjunto com um grupo de peritos, coordenam programas de formação em cuidados de beleza, pastelaria e também competências como contabilidade e programação estratégica, para que todos possam decidir se querem procurar um trabalho ou iniciar a própria atividade. Oferecem até um capital inicial a quantos optam pelo empreendedorismo. Uma delas é Isa Loyo, venezuelana que vive na Colômbia há quatro anos e agora gere o seu estabelecimento de fast-food com o seu marido. Fizeram um acordo com uma empresa de distribuição através da qual os seus produtos gastronómicos chegam ainda quentes em diferentes setores da capital colombiana. Ela conta esta história com alegria e orgulho, agradecida pelo acolhimento que recebeu como migrante, pela formação que lhe ofereceram e pelo futuro que agora se abriu para ela e para a sua família.
Fonte: Vatican News
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Artêmides Zatti santo: um homem de fé
Segundo o reitor-mor dos salesianos, Pe. Ángel Fernández, Artêmides Zatti "é um modelo na vida consagrada e também para os jovens que estão buscando um modo de acompanhar a resposta ao Senhor".
Um homem de fé: assim o reitor-mor dos salesianos, Pe. Ángel Fernández Artime, define o futuro santo Artêmides Zatti, que será canonizado amanhã pelo Papa Francisco.
O sacerdote destaca que se trata do primeiro salesiano santo que não é mártir, mas um leigo que foi migrante italiano na Argentina e exerceu seu apostolado como enfermeiro educador no campo da saúde:
"Para nós, é sentir o dom de Deus com um irmão de uma grande simplicidade, muito humilde, um irmão que tinha o sentido da comunidade da fraternidade muito grande, um irmão que antes de tudo era um homem de Deus, um homem de fé, que amava tanto Nossa Senhora, a mãe Auxiliadora. Tudo isso é a realidade do nosso irmão Artêmides Zatti. Eu penso que é um modelo na vida consagrada e também para os jovens que estão buscando um modo de acompanhar a resposta ao Senhor."
Pe. Ángel falou também sobre o que significa para a Congregação esta canonização e o que a santidade de Artêmides tem a dizer para o mundo de hoje.
Fonte: Vatican News
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“Scalabrini santo é um convite a reconhecermo-nos todos como migrantes no mundo”
“A mensagem que o Papa Francisco quer transmitir ao mundo e à Igreja com a canonização de Scalabrini sem um segundo milagre é a correponsabilidade da Igreja local, do bispo com a sociedade civil e os atores políticos, governos, na governança das migrações“, disse o Superior-geral dos Scalabrinianos, Pe. Leonir Chiarello.
Por ocasião da canonização do Beato João Batista Scalabrini em 9 de outubro, o Superior-geral dos Scalabrinianos, Pe. Leonir Chiarello, comenta a decisão do Papa Francisco de realizar o rito sem a comprovação de um segundo milagre:
“A mensagem que o Papa Francisco quer transmitir ao mundo e à Igreja com a canonização de Scalabrini sem um segundo milagre é a correponsabilidade da Igreja local, do bispo com a sociedade civil e os atores políticos, governos, na governança das migrações. Por outro lado, o Scalabrini bispo, comprometido com a migração, a visão dele é que através da migração, que é um fenômeno estrutural das sociedades modernas, se realiza o plano de Deus da fraternidade universal. Na sua visão teológica das migrações, Scalabrini reconhece que no encontro das diferentes nacionalidades vai se construindo aquela comunhão universal de todas as nacionalidades, que no fundo é o plano de Deus que nós vivamos todos em fraternidade. Aquilo que hoje o Papa Francisco fala da Casa Comum e da Fratelli tutti, da fraternidade universal, nós poderíamos dizer que Scalabrini vislumbrou isso através da migração. A migração é um fenômeno em que as pessoas vão se encontrando, de diferentes culturas e religiões, e vão construindo essa fraternidade universal. Em síntese, Scalabrini santo é um convite a reconhecermo-nos todos como migrantes no mundo e reconhecer nos migrantes pessoas que fazem parte da família universal e, por isso, elas têm a mesma dignidade dos que estão vivendo no mesmo país e somos convidados a construir fraternidade com eles.
Um carisma “brasileiro”, pois seja o ramo masculino, seja o ramo feminino, temos superiores brasileiros.
Scalabrini enviou os primeiros missionários padres ao Brasil e depois aos Estados Unidos. E para as primeiras missionárias scalabrinianas foi criada a Congregação no Brasil. Então hoje eu e a superiora-geral, Ir. Neusa do Brasil, procuramos levar adiante essa herança deste grande carisma e desta grande missão na Igreja e no mundo.
Fonte: Vatican News
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Scalabrini santo: Papa concede à Igreja um pai para os migrantes
"Para nós, missionárias de São Carlos Borromeu, com toda a família scalabriniana, todos os migrantes e refugiados, acolhemos com muita alegria, com o coração cheio de gratidão a Deus esse dom que nos foi concedido com a canonização de João Batista Scalabrini", disse a Superiora-geral das Missionárias de São Carlos Borromeu, Ir. Neusa de Fátima Mariano.
Às vésperas da canonização do Beato João Batista Scalabrini, a Superiora-geral das Missionárias de São Carlos Borromeu, Ir. Neusa de Fátima Mariano, agradece ao Papa Francisco por dar à Igreja "um pai para os migrantes" e comenta a sensibilidade feminina no acolhimento das mulheres e crianças migrantes:
Para nós, missionárias de São Carlos Borromeu, com toda a família scalabriniana, todos os migrantes e refugiados, acolhemos com muita alegria, com o coração cheio de gratidão a Deus esse dom que nos foi concedido com a canonização de João Batista Scalabrini. Foi, de fato, uma surpresa, uma notícia inesperada que nós acolhemos com muita alegria, agradecemos ao Papa Francisco por esse reconhecimento, por conceder à Igreja um pai para os migrantes. E nós vivemos este tempo como um tempo de graça e de júbilo.
O beato viu além não só no carisma junto aos migrantes, mas na confiança que depositou nas mulheres:
No projeto de Scalabrini, havia esta dimensão já tinha no início da sua missão de fundar uma Congregação para acompanhar os migrantes que partiam para as Américas. Justamente nesta dimensão, nós percebemos como o projeto de Scalabrini é completo. Ele percebe nas migrações essa necessidade de ter essa sensibilidade com aqueles que são os mais frágeis, os mais vulneráveis da migração. Por isso, nós como congregação feminina com carisma específico, estamos fazendo uma escolha prioritária para acompanhar as mulheres e crianças, que são aqueles mais frágeis da migração. Desta forma, podemos dizer que Scalabrini tinha esta visão, já presente no seu projeto, da presença da mulher consagrada para fazer a diferença na acolhida e na sensibilidade às dores e aos dramas presentes na migração.
Fonte: Vatican News
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Artêmides Zatti, o parente dos pobres
“Artêmides Zatti viveu seja a experiência do migrante como a da doença, testemunhando nelas a força salvífica da Páscoa e a alegria que caracteriza o estilo de Dom Bosco e que permeia toda a Família Salesiana da qual fazia parte. Ele é um modelo de santidade particularmente atual nestes tempos marcados pela pandemia e que obrigam muitas pessoas a abandonar suas pátrias, por isso sua canonização será uma festa para muitos”.
Neste domingo, 9 de outubro, o Papa Francisco canonizará dois novos Santos: João Batista Scalabrini e Artêmides Zatti. O primeiro foi um bispo italiano, fundador da Congregação dos Missionários de São Carlos. O segundo também era italiano, nascido no norte do país em 1880. Junto com sua família emigrou para a Argentina, como tantos outros italianos, que partiram para a América do Sul em busca de melhores condições de vida.
Ao chegar na Argentina, o jovem Artêmides Zatti, com seus 17 anos, encontrou refúgio na Paróquia Salesiana de Bahia Blanca. Sempre ia para lá, onde se encontrava com os salesianos e com tantos outros italianos, que encontravam refúgio com os filhos de Dom Bosco. Aos 20 anos foi para o seminário salesiano. Sempre muito amável e disponível se dispôs a cuidar de um padre que estava com tuberculose e acabou contraindo esta doença, que naquele tempo era praticamente uma sentença de morte.
Para ter melhores condições para se tratar, foi enviado para a cidade de Viedma, e ali prometeu a Nossa Senhora Auxiliadora que se fosse curado iria dedicar sua vida para o cuidado com os enfermos. E assim foi. Seu processo de cura demorou alguns anos, mas juntamente com os demais salesianos, que já tinham uma farmácia popular, estruturaram um hospital para os mais pobres. E assim ele dedicou mais de 40 anos de sua vida, como salesiano coadjutor, ajudando diretamente no tratamento dos doentes e buscando recursos, confiando na divina providência, para o cuidado dos enfermos.
Segundo o Padre Luigi Cameroni, postulador da causa dos santos salesianos: “Artêmides Zatti viveu seja a experiência do migrante como a da doença, testemunhando nelas a força salvífica da Páscoa e a alegria que caracteriza o estilo de Dom Bosco e que permeia toda a Família Salesiana da qual fazia parte. Ele é um modelo de santidade particularmente atual nestes tempos marcados pela pandemia e que obrigam muitas pessoas a abandonar suas pátrias, por isso sua canonização será uma festa para muitos”.
Site dedicado ao novo santo salesiano: www.zatti.org - Fonte: Vatican News
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América do Sul: Pastoral do Turismo gera «experiência de fé e de rendimento» nas comunidades desfavorecidas
Experiências no Brasil e na Colômbia apresentam este setor como fator de desenvolvimento e apontam alternativas às grandes massas
 O padre brasileiro Manoel de Oliveira Filho e o D.  Juan Carlos Cárdenas Toro, da Colômbia, destacaram a importância da Pastoral do Turismo atuar com as comunidades locais e criar sinergias com todas as instituições, em Santiago de Compostela.
“Uma vida plena, vida com saúde, com educação, com possibilidade de sonhos, de elaborar projetos, é uma notícia maravilhosa, é Evangelho que damos às pessoas”, disse hoje o padre Manoel de Oliveira Filho, em declarações à Agência ECCLESIA.
O diretor Nacional da Pastoral de Turismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) explicou que quando apresentam o turismo de base comunitária/ turismo social, “o turismo religioso de base comunitária como gerador de experiência de fé e de geração de rendimento para as populações acolhedoras”, articulam uma rede, no interior da Igreja, com os diferentes setores pastorais, com as comunidades, com os movimentos, com paróquias, e com conventos, mosteiros e museus eclesiais.
“E a partir da rede intraeclesial uma rede social com órgãos governamentais, com órgãos empresariais, criando uma sinergia em torno do turismo, no caos de salvador do turismo religioso e cultural, que vai gerando emprego, sustentabilidade”, realçou.
O VIII Congresso Mundial da Pastoral do Turismo, que terminou hoje em Santiago de Compostela, deixou um apelo à promoção de uma nova lógica do setor, inspirada na encíclica ‘Laudato Si’, de Francisco, na sessão conclusiva dos trabalhos, promovidos pela Santa Sé, a Conferência Episcopal Espanhola e as autoridades da Galiza.
Já D. Juan Carlos Cárdenas Toro explicou que na sua região, no sul da Colômbia, “há muitas brechas sociais”, e sentiu “esquecida do resto do país”, como disse o Papa Francisco ‘uma periferia geográfica e existencial’, mas, quando chegaram, “há menos de dois anos”, encontraram “imenso potencial”, na sua biodiversidade, nas suas culturas, no artesanato, “em todas as tradições ancestrais, na diversidade étnica”, e no património arquitetónico, principalmente religioso.
“Entendemos que a Pastoral do Turismo também trata de levar a que o turismo se torne uma oportunidade de desenvolvimento e reduzir essas brechas nessas comunidades”, salientou o bispo de Pasto à Agência ECCLESIA.
Também nesta região do sul da Colômbia, segundo D. Juan Carlos Cárdenas Toro, querem “gerar sinergias de instituições”, e a partir da rede da Igreja Católica, que “tem uma pastoral organizada, integrada e integral”, com os diversos setores do Estado – como o local e o regional – “dinamizar o desenvolvimento através das comunidades”.
‘Turismo religioso, desenvolvimento social a partir da articulação comunitária’ foi o tema da conferência do padre Manoel de Oliveira Filho que apresentou o projeto de Roteiros de Fé em Salvador da Bahia.
À Agência ECCLESIA, destacou que no interior da Baia, “no alto sertão, na região mais empobrecida do Estado”, existe um assentamento, resultado da reforma agrária, onde “uma jovem liderança gera resultados que fazem com os jovens fiquem na terra”, e que tenham autoestima sobre “quem é, onde está, e o lugar onde está”.
Com iniciativas que apontam para alternativas ao turismo de massas, o diretor nacional da Pastoral de Turismo da CNBB destaca que têm criado em Salvador “várias possibilidades de experiência dos espaços”, com o turismo de base comunitária a procurar alcançar isso, nomeadamente no Convento de São Francisco, “uma das sete maravilhas portuguesas fora de Portugal”, onde “os frades oferecem o café franciscano” dentro dos seus espaços.
“São várias possibilidades que saem da lógica massiva para uma lógica do turismo Laudato Si, o turismo de experiência”, acrescentou o sacerdote brasileiro.
Muita gente está cansada das massas e procura uma experiência muito mais orgânica, contacto com a natureza, por exemplo. A nossa região está classificada como um dos melhores lugares para o avistamento de aves. O destino que nos liga com as culturas das pessoas, com as suas tradições, com os valores artesanais e musicais, é muito interessante e pode ser um destino muito atrativo” – D. Juan Carlos Cárdenas Toro
O VIII Congresso Mundial da Pastoral do Turismo iniciou-se a 5 de outubro e teve como mote ‘Turismo e Peregrinação: Caminhos de Esperança’; esta iniciativa contou com a presença de vários oradores peritos em Pastoral do Turismo e responsáveis da Santa Sé, além de representantes de 25 conferências episcopais.
Fonte: Vatican News
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Do dia 07/10/2022
Dois brasileiros são nomeados para dicastérios da Cúria Romana 
Os Cardeais Dom Leonardo Steiner e Dom Paulo Cezar Costa foram nomeados pelo Papa Francisco nesta sexta-feira, 7 de outubro.
Nesta sexta-feira, 7 de outubro, o Papa Francisco nomeou novos integrantes para nove dicastérios da Cúria Romana e na Pontifícia Comissão para a América Latina. Dentre as nomeações estão os nomes de dois cardeais brasileiros: Leonardo Ulrich Steiner, Arcebispo de Manaus; e Dom Paulo Cezar Costa, Arcebispo de Brasília.
Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica
O Cardeal Leonardo Ulrich Steiner foi nomeado para o Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica. Junto dele, também foram nomeados para este Dicastério o Cardeal Fernando Vérgez Alzaga, presidente da Pontifícia Comissão para o Estado da Cidade do Vaticano e do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, e Dom Virgílio do Carmo da Silva, Arcebispo de Díli, Timor Leste.
O Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica é o responsável por promover, animar e regular a prática dos conselhos evangélicos, no modo no qual se vive nas formas reconhecidas de vida consagrada, e também na relação com a vida e a ação de sociedades de vida apostólica em toda a Igreja latina.
Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos e Pontifícia Comissão para a América Latina
Já o Cardeal Paulo Cezar Costa foi nomeado para o Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos, junto de Dom Richard Kuuia Baawobr, Bispo de Wa, Gana. O purpurado brasileiro também foi nomeado para a Pontifícia Comissão para a América Latina junto de Dom Adalberto Martínez Flores, Arcebispo de Assunção, Paraguai.
O Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos foi criado em 5 de junho de 1960, sua função é a de aplicar-se com iniciativas oportunas ao empenho ecumênico por recompor a unidade entre os cristãos.
Já a Pontifícia Comissão para a América Latina é um organismo da Cúria Romana que tem por função o estudo dos problemas doutrinais e pastorais relativos à vida e ao desenvolvimento da Igreja na América Latina. (EPC) Fonte: Gaudium Press
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Pai dos emigrantes – Scalabrini – é canonizado
Dia 09 de outubro foi anunciado pelo Papa Francisco como a data de canonização de João Batista Scalabrini, fundador das Congregações dos Missionários de São Carlos (1887), Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo (1895) e Sociedade São Rafael (1889), criadas para atuar a serviço dos migrantes que viajavam para as Américas em busca de trabalho, no final do século 19. O anúncio foi feito no sábado, 27 de agosto, durante o Consistório do Papa com Cardeais.

«Profundamente enamorado de Deus e extraordinariamente devoto da Eucaristia, ele soube traduzir a contemplação de Deus e do seu mistério em uma intensa ação apostólica e missionária, fazendo-se todo em todos para anunciar o Evangelho». (São João Paulo II)
Traços biográficos
Nascido e batizado no mesmo dia, em Fino Mornasco (Como) – 8 de julho de 1839.
Sacerdote: em 30 de maio de 1863; professor e reitor do seminário diocesano S. Abbondio.
Em 1870, torna-se pároco de San Bartolomeo, em Como.
Bispo de Piacenza
Ordenado bispo em Roma, em 30 de janeiro de 1876.
Ingresso na diocese de Piacenza, em 13 de fevereiro de 1876.
Realiza cinco visitas pastorais, às 365 paróquias da diocese.
Celebra três sínodos: 1879, 1893, 1899.
Funda as Escolas da Doutrina Cristã; dá vida à revista o Catequista Católico; celebra o primeiro Congresso Nacional de Catequese, em 1889. O Papa Pio IX o chama Apóstolo do Catecismo.
Pai dos emigrantes
Em 28 de novembro de 1887 funda a Congregação dos missionários de São Carlos.
Em 1889 institui a associação laical São Rafael para a assistência aos migrantes.
Em 25 de outubro de 1895 funda a Congregação das Irmãs missionárias de São Carlos.
Visita as missões scalabrinianas na América: em 1901 nos Estados Unidos e em 1904 no Brasil.
Morre santamente em Piacenza, em 1° de junho de 1905, Solenidade da Ascensão.
Testemunho das Irmãs Scalabrinianas
As Irmãs Missionárias Scalabrinianas estão presentes em 27 países da Europa, Ásia, África, América do Norte e América Latina, com pelo menos 600 Irmãs, que atuam em 159 comunidades, prestando apoio aos migrantes e populações mais necessitadas com diversas obras e projetos, que visam seu desenvolvimento integral.
No Brasil, sede da Província Maria, Mãe dos Migrantes (PMMM), que engloba América do Sul e África, as Scalabrinianas estão presentes nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande Sul, Goiás, Rondônia, Amazonas, Roraima, Ceará e no Distrito Federal, com atuação na saúde, educação e em obras sociopastorais.
Na área da saúde, as Scalabrinianas mantêm 4 hospitais e 4 unidades do CAPS em cidades do Rio Grande do Sul, com o objetivo de cuidar da saúde das pessoas com desenvolvimento científico, tecnológico e humano, de forma sustentável. Já na área da educação, a Rede ESI conta com 12 escolas, além de obras sociais em diversos países, promovendo uma educação baseada nos valores Scalabrinianos.
Nas ações e obras sociopastorais, as Scalabrinianas reconhecem os migrantes como sujeitos e protagonistas de suas próprias histórias, enquanto promovem sua participação na sociedade de acolhida, ajudam a preservar seu patrimônio cultural e religioso e defendem sua dignidade e Direitos Humanos.
Além disso, a PMMM na América do Sul também está presente na Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador e Paraguai. No continente africano, as Scalabrinianas atuam na África do Sul, em Angola e em Moçambique, sendo presença missionária entre os migrantes e refugiados, com projetos que fomentam sua inclusão nas sociedades de acolhida.
Beatificação
João Batista Scalabrini faleceu em 1º de junho de 1905 e foi beatificado pelo Papa João Paulo II, em 9 de novembro 1997.  Fonte: CRB
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A devoção de 'Filó': Papa recebe imagem de Nossa Senhora do Pantanal
Nossa Senhora do Pantanal, por quem a personagem Filó tem devoção, é Padroeira da região
A imagem de Nossa Senhora do Pantanal foi entregue ao Papa Francisco pelo Bispo de Corumbá, Dom João Bergamasco, e pelo Bispo de Cuiabá (MT), Dom Mário Antônio, durante encontro com o Pontífice, no Vaticano.
Na novela "Pantanal", da TV Globo, Filó tem um amuleto que praticamente não tira do pescoço. 
Muito devota, a personagem usa um colar cujo pingente tem uma representação especial: trata-se de Nossa Senhora do Pantanal.
De acordo com o Museu da Vida, organização de Curitiba, em setembro de 1982, a artesã Ida Sanches Mônacona confeccionou uma imagem de Nossa Senhora, com características diferentes da mãe de Jesus Cristo. A Santa possuía uma coroa e um manto repleto de folhas e flores de camalotes – planta típica dos rios pantaneiros – nas cores verde e lilás.
Em entrevista ao site Diário Corumbaense, Dom João Bergamasco contou que o Papa é uma pessoa muito próxima, carismática e acolhedora.
“Ele nos deu a bênção, em especial ao Pantanal. Falou da importância de termos o cuidado com a Natureza, que cuidemos do Pantanal, que é criação de Deus e merece todo cuidado e carinho para que possa ser conservado sempre”, concluiu.
Segundo a Arquidiocese de Cuiabá, o dia da Santa é comemorado em 21 de setembro e ela foi reconhecida oficialmente em Decreto Episcopal por Dom Milton Santos em 2001, quando ele ainda era Bispo de Corumbá, no Mato Grosso do Sul. 
Fonte: A12.com
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De Aparecida a Guadalupe, a América Latina pede a intercessão de Maria
Santuários marianos do Brasil e México, além de representantes jovens, mulheres e indígenas participaram da oração por toda a Igreja da América Latina e Caribe
Escrito por Alberto Andrade
O Conselho Episcopal Latino-Americano e do Caribe (Celam) realizou nesta sexta-feira (7) a oração do Santo Terço com católicos de todo o continente para celebrar um ano de sua Assembleia Eclesial, que foi realizado em novembro de 2021 na Cidade do México.
“Nós também fazemos memória do acontecido na V Conferencia do Celam em Aparecida, e olhando de forma contemplativa para nossa realidade com seus desafios, reavivamos nosso compromisso pastoral para que em Jesus Cristo, nossos povos tenham uma vida plena nos novos caminhos até 2031 e 2033”, disse a mediadora Lisandra Chaves, da rede de comunicadores católicos do Celam, direto da Costa Rica.
Dom Mario Antônio da Silva, Arcebispo de Cuiabá, ressaltou a riqueza deste momento para a fé dos católicos em todo o continente. 
“Muito nos alegra rezar os mistérios em ação de graças pelo primeiro aniversário da Assembleia Eclesial, um sinal dos tempos que nos mostra o caminho da nossa Igreja Sinodal”. 
O primeiro mistério luminoso foi recitado na Capela do Santíssimo no Santuário Nacional de Aparecida, comandado pelo missionário redentorista e diretor do portal A12 Padre Jonas de Pádua, e o último mistério recitado pelo Monsenhor Salvador Martinez Ávila, reitor da Basílica de Santa Maria de Guadalupe. 
Bispos, sacerdotes, religiosos, leigos e leigas, rezaram os mistérios  convidando todo o Povo de Deus a participar deste dia especial colocando em nossas intenções toda a Igreja da América Latina e do Caribe.
Além disso, este evento marcou o início da campanha continental pelo primeiro aniversário da Assembleia Eclesial e, em sintonia com a Fase Continental do Sínodo da Sinodalidade, procurando encorajar a escuta e a participação ativa de todos os fiéis.
Organização e participantes
Este terço teve a animação musical do cantor e compositor equatoriano Juan Morales, autor do hino da Assembleia Eclesial. Grupos eclesiais das periferias que tiveram uma importante participação durante a celebração do fórum latino-americano no México, também vão recitar os mistérios.
Além de Aparecida e Guadalupe, cada mistério ficou a cargo da juventude latino-americana, mulheres garífunas (povos originários da América Central) e crianças indígenas.
Padre Fabio Antunes do Nascimento, Diocese de Coxim (MS), secretário adjunto do CELAM falou da importância em pedir a intercessão de Maria para o continente.
“O Rosário une nossos países latino-americanos e caribenhos, desde dois grandes santuários - Aparecida e Guadalupe - é para dar graças a Deus pela caminhada eclesial de nossos povos. Em 2021, realizamos um evento extraordinário a Assembleia Eclesial, que se insere no processo sinodal de toda a Igreja. Iniciando a fase continental e na expectativa do Documento Conclusivo da Assembleia, queremos confiar a Virgem Maria, conhecida com tantos títulos em nossos países (Aparecida, Guadalupe, Cacupe, Luján, Chiquinquirá...), esse chamado de caminhar juntos, como Povo de Deus. Em Maria encontramos o modelo de discípulo missionário, que a Mãe Aparecida caminhe com a Igreja na América-Latina e Caribe”, concluiu. 
As ladainhas ficaram a cargo dos referentes latino-americanos, membros de uma Comissão animadora deste primeiro aniversário da Assembleia Eclesial. Entre eles estão: Padre Hipólito Purizaca e Padre Fábio, secretários adjuntos do Celam; a irmã Ruperta Palacios da Confederação Latino-Americana de Religiosos (CLAR); Paola Balanza da Pastoral Juvenil Latino-Americana e Lisandra Chaves, da rede de comunicadores católicos do Celam. Fonte: A12.com 
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Confirmada a cerimônia de entrega do Prêmio Ratzinger 2022 
Os ganhadores do Prêmio Ratzinger de 2022 receberão a condecoração das mãos do Papa Francisco. Neste ano os premiados são um professor de teologia e um professor de direito
O Papa Francisco vai entregar o Prêmio Ratzinger aos dois laureados de 2022, o professor Michel Fédou, SJ, e o professor Joseph Halevi Horowitz Weiler.
A cerimônia de entrega do prêmio vai acontecer no dia 1º de dezembro na Sala Clementina do Palácio Apostólico.
O Prêmio Ratzinger é atribuído a personalidades universitárias que se destacaram por publicações ou pesquisas científicas de notável valor durante o ano.
Criado em 2011, o prêmio é um reconhecimento pelo trabalho acadêmico de pesquisadores e estudiosos que contribuíram de maneira significativa e autêntica para a teologia.
O Professor Michel Fédou é um jesuíta francês, nascido em Lyon em 1952. Ele é professor de teologia dogmática e patrística no Centro Sèvre de Paris desde 1987. Ele foi decano e depois presidente da Faculdade de Teologia do mesmo estabelecimento.
Profundamente engajado no diálogo ecumênico, o padre e professor Michel Fédou é membro de várias associações que se empenham no diálogo com luteranos e ortodoxos. Ele é autor de várias obras principalmente sobre patrística e cristologia.
O outro ganhador do prêmio Ratzinger de 2022, é o professor judeu Joseph HH Weiler. Cidadão americano, mas nascido na África do Sul, em 1951, Joseph HH Weiler é professor e titular da cátedra Jean Monnet na Universidade de Nova York, diretor do programa Hauser Global Law School e professor do Colégio da Europa. Além disso é professor e membro do conselho discente de vários institutos de ensino da Europa e de Macau.
Joseph Weiler é autor de obras de direito constitucional, internacional e europeu. Weiler ficou especialmente conhecido na Itália ao defender que o crucifixo exposto nas salas de aula das escolas não viola a Convenção europeia dos direitos humanos.
Comitê da Fundação Ratzinger
Até agora o prêmio Joseph Ratzinger foi distribuído a 26 personalidades, provenientes de 16 países. Os premiados são previamente selecionados pelo comitê científico da Fundação que são atualmente cinco: o Cardeal Angelo Amato, que este ano foi substituído pelo Arcebispo Salvatore Fisichella, o Cardeal Kurt Koch, o Cardeal Luis Ladaria, o Cardeal Gianfranco Ravasi e Dom Rudolf Voderholzer, bispo de Regensburg e presidente do Instituto Papst Benedikt.
Além da outorga do prêmio, a Fundação Ratzinger promove simpósios internacionalmente em parceria com universidades de todo o mundo. (FM) Fonte: Gaudium Press
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Tragédia na Tailândia, pesar do Papa: violência indescritível contra crianças inocentes
No telegrama assinado pelo cardeal Parolin, Francisco reza pelas vítimas do massacre ocorrido, na quinta-feira, 06 de outubro, numa creche de uma pequena localidade rural, onde um ex-policial matou trinta e sete pessoas.
O Papa Francisco enviou um telegrama de pesar à Nunciatura Apostólica na Tailândia, nesta sexta-feira (07/10), pelas vítimas numa creche em Uthai Sawan.
Segundo informações locais, um ex-policial matou 37 pessoas, incluindo 22 crianças. A agressão ocorreu com arma e faca. Depois, o assassino matou a esposa e o filho a tiros em sua casa antes de se suicidar.
No telegrama, assinado pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, o Papa ressalta que ficou "profundamente entristecido ao saber do terrível ataque" e que "manifesta suas sinceras condolências". O Pontífice assegura "sua proximidade espiritual a todos os afetados por este ato de violência indescritível contra crianças inocentes". 
O Papa implora "a cura divina e o consolo aos feridos e às famílias em luto". "Sua santidade reza para que, nesta hora de imensa tristeza, eles possam encontrar o apoio e a força da solidariedade das pessoas próximas e dos cidadãos", ressalta o cardeal Parolin no telegrama do Papa. "Sobre o amado povo tailandês, Francisco invoca as bênçãos da paz e da perseverança no bem."
Fonte: Vatican News
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O Papa: caminhar ao lado dos jovens para despertar a esperança em seus corações
A indicação de Francisco aos Capelães das escolas da Suíça francesa recebidos em audiência: falar com os jovens sobre Jesus Cristo significa "renovar algo da experiência dos discípulos de Emaús".
O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta sexta-feira (07/10), no Vaticano, os Capelães das escolas da Suíça francesa. Em sua saudação, o Pontífice agradeceu a apresentação sobre os trabalhos do organismo, "que destacou alguns aspectos da realidade da juventude".
Isso é precioso porque não são coisas que vocês leram nos livros: é fruto do seu estar com os jovens, acompanhando-os, ouvindo-os... E também levá-los diante do Senhor, na oração. É ali, no silêncio, que os rostos, as histórias, os sorrisos e lágrimas, os sonhos reemergem. É ali que vocês também encontram o impulso interno, porque um trabalho como o de vocês absorve muitas energias e pode esgotar o espírito se não houver a "seiva" do Senhor que o recarrega.
Francisco admirou o trabalho com os jovens feito pelos Capelães das escolas da Suíça francesa em relação ao Sínodo, realizado quatro anos atrás. Segundo Francisco, "aquele Sínodo não terminou com um bonito documento final, mas foi o momento culminante de um caminho eclesial que precede e segue a assembleia. E eu diria que, estando perto dos jovens, vocês também podem, num certo sentido, escrever novas páginas da Carta que surgiu daquele Sínodo: a Exortação apostólica Christus vivit".  
Toda vez que um de vocês se une a dois ou três jovens no caminho, os escuta, escuta as desilusões, os fracassos, as dúvidas que carregam dentro, e depois fala com eles sobre Jesus Cristo, despertando esperança em seus corações, se renova algo da experiência dos discípulos de Emaús. Não depende de sua habilidade: é o Cristo vivo que passa, é o seu Espírito que age; mas é importante que vocês estejam lá, sua presença ao lado deles é necessária.
Outro aspecto enfatizado pelo Papa foi o ecumênico. "Vocês são católicos e protestantes e trabalham juntos, em colaboração. Isso é bom, dá bom testemunho, e pode ajudar a Igreja a crescer em direção a uma unidade cada vez mais plena, mais conforme à vontade de Cristo, Senhor", concluiu Francisco, encorajando-os a "continuar nesse caminho". 
Fonte: Vatican News
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Os testemunhos vivos do carisma scalabriniano
Em vista da canonização de João Batista Scalabrini dia 9 de outubro na Praça São Pedro, surgem de todas as partes do mundo histórias de extraordinário compromisso com a acolhida e a integração de migrantes. São frutos do exemplo do bispo fundador das congregações de São Carlos Borromeu que emergem nas palavras da Superiora, Irmã Neusa de Fátima Mariano
Na quinta-feira (06/10) foi realizada uma coletiva em vista da canonização de João Batista Scalabrini dia 9 de outubro na Praça São Pedro. A atualidade e a essencialidade do carisma das Congregações dos Missionários de São Carlos Borromeu e das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeu Scalabrinianas foram os temas que surgiram no decorrer do evento. Entre os participantes, o postulador Padre Graziano Battistella que esclareceu que o milagre reconhecido em Scalabrini dizia respeito à cura de uma religiosa que sofria de câncer. O Papa, recordou, concordou em reconhecer a santidade mesmo na presença de um único milagre, indicando o caminho para a dispensa do segundo milagre, e consultando todos os cardeais. Em seguida falou Dom Pierpaolo Felicolo, diretor geral da Fundação Migrantes. Ao lado do Padre Leonir Chiarello, Superior Geral dos Missionários de São Carlos Borromeu Scalabrinianos, ele explicou que a presença dos Scalabrinianos se concentra especialmente na segunda fase da acolhida: após a chegada de emergência, é importante um compromisso mais amplo.  E a presença da Superiora Geral das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeu - Scalabrinianas, a brasileira Irmã Neusa de Fátima Mariano.
Um carisma mais atual do que nunca
João Batista Scalabrini, bispo fundador das Congregações dos Missionários e das Irmãs de São Carlos Borromeu, foi proclamado beato pelo Papa João Paulo II em 9 de novembro de 1997 e domingo, dia 9 de outubro, será canonizado pelo Papa Francisco. Profundamente afetado pelo drama de tantos italianos forçados a emigrar para os Estados Unidos e América do Sul no final do século XIX, ele não ficou indiferente: sensibilizou a sociedade e enviou seus missionários para ajudar e apoiar os emigrantes nos portos, nos navios e na chegada aos novos países. Sua canonização nos ajuda a entender como a comunidade cristã deve ainda hoje estar comprometida com o acolhimento e a integração dos migrantes, em vista de uma sociedade mais fraterna.
Um farol para os que olham para a humanidade que sofre
Portanto ele é considerado um pai para todos os migrantes e refugiados. É assim que a brasileira Irmã Neusa de Fátima Mariano, Superiora da Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeu - Scalabrinianas, recorda: "Mais de um século após a morte de João Batista Scalabrini", enfatiza a Irmã Neusa, "sua vida ainda é um farol para aqueles que no mundo servem a humanidade mais sofredora: os migrantes". Depois de fundar os Missionários de São Carlos Borromeu em 1887, explica a Irmã, Dom Scalabrini sabia que seu trabalho estava incompleto, especialmente na América do Sul, sem a ajuda das Irmãs. Apoiado pela Beata Assunta Marchetti e pelo Servo de Deus padre Giuseppe Marchetti, em 1895 ele fundou a Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeu, reconhecendo o grande valor que as mulheres consagradas poderiam trazer ao seu projeto missionário no mundo.
Um compromisso mundial
"Estamos presentes em 27 países com mais de 100 missões animadas pela espiritualidade de Scalabrini", recorda ainda Irmã Neusa, enfatizando: "Em cada pessoa vemos um filho de Deus e tentamos viver o mistério da Encarnação nas diversas realidades da migração. Nossa escolha é a de nos dirigir de maneira especial às mulheres e crianças refugiadas, ser migrantes com os migrantes, companheiras em seu caminho".
O valor da canonização
"Scalabrini estava apaixonado pelo mistério da Encarnação de Deus", esclarece a Irmã Neusa, "e contemplava continuamente o Filho de Deus que se fez homem para revelar o amor do Pai e para devolver-Lhe a humanidade renovada". Ele era totalmente de Deus e para Deus. Valorizava a cultura dos migrantes, a riqueza que eles traziam consigo, a ponto de dizer: "No migrante eu vejo o Senhor". Recebemos este legado, um carisma para o tempo de hoje. Quando lemos seus escritos, percebemos o quanto são atuais. Ele era também um homem de ação: sabia envolver a Igreja, o Estado, os leigos, as missionárias, nós irmãs scalabrinianas, para que todos fizessem a sua parte. É bom que a sua canonização ocorra neste forte momento de migrações. É um sinal importante que o Papa quer dar a toda a Igreja e a toda a humanidade, uma Igreja que acolhe e caminha com migrantes e refugiados".
Fonte: Vatican News
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Fé e ciência no diálogo entre Bento XVI e o matemático Odifreddi
Foi apresentado em Roma o livro-diálogo "Caminhando em busca da Verdade" que reúne as cartas e o relato dos encontros entre o Papa Emérito e o estudioso italiano Piergiorgio Odifreddi. Um percurso através da ética, antropologia e espiritualidade
"Fico contente com a sua inquietação sobre Deus e Jesus", escreve o Papa Emérito em uma passagem do livro "Caminhando em busca da Verdade. Cartas e diálogos com Bento XVI" de Piergiorgio Odifreddi, matemático ateu, que reúne a correspondência e a narração dos cinco encontros entre os dois, que se realizaram desde a renúncia ao papado em 2013 até 2020.
Um sinal de atenção ao diálogo
O livro, das edições Rizzoli, foi apresentado na quinta-feira (06) na Universidade Lumsa,  e é uma viagem pela fé, ciência, ética e antropologia, uma prova de como é possível dialogar entre diferentes posições até mesmo nas opostas, e o testemunho de alguns dos temas que ocuparam as reflexões do Papa Emérito desde 2013.
"É extremamente significativo", disse o Padre Federico Lombardi, presidente da Fundação Ratzinger, que organizou a apresentação do livro, "que Bento XVI, desde que deixou de ser Papa e, portanto, teve mais tempo para refletir, tenha levado muito a sério o pedido do cientista Odifreddi para dialogar com ele. Este é um sinal da sua atenção ao diálogo entre a fé, a razão e a ciência, e da atitude muito disponível e aberta com a qual sempre viveu".
O nascimento de uma amizade
Em 2011, Piergiorgio Odifreddi escreveu uma carta aberta a Bento XVI comentando a "Introdução ao Cristianismo", um livro histórico que Joseph Ratzinger escreveu como teólogo em 1968. Uma tentativa inicial de obter uma resposta que não teve sucesso até 2013 quando, após sua demissão e através do secretário do Papa emérito Georg Gänswein, que também estava presente na apresentação do livro, Bento XVI, por sua vez, enviou uma carta, iniciando uma amizade entre os dois.
"Uma bela amizade" que é "uma dimensão rara" entre duas posições diferentes onde "há diálogo e não brigas", onde "as ideias se encontram e o adversário não é demonizado", explicou Dom Vincenzo Paglia, presidente da Pontifícia Academia para a Vida. "Creio que a lição pode ser esta", explicou Piergiorgio Odifreddi, se até mesmo um Papa e um ateu podem ficar conversando amistosamente, com tranquilidade, isso significa que talvez na vida também se possa comportar assim".
A proximidade no luto
O que é surpreendente na evolução da correspondência entre os dois é a evolução dos temas. No início, o confronto era entre ciência e fé, aponta Odifreddi, então com o passar do tempo "era inútil continuar as ‘escaramuças’ sobre estes temas”, então passaram a outros assuntos, tais como a lógica, a vida e a morte. Foi precisamente sobre o tema da morte que houve a maior convergência entre os dois. O Papa emérito tinha pedido a Odifreddi a opinião de um ateu sobre a morte e o matemático escreveu uma carta descrita por ele como "teórica". Depois, em 2020, ano da pandemia, faleceram, Georg Ratzinger o amado irmão de Bento, e a mãe de Odifreddi. Esse foi o momento de maior proximidade", explicou, quando duas pessoas conhecem a mesma dor de perder entes queridos.
Fonte: Vatican News
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Opus Dei, em 2023 congresso extraordinário para aplicar o Motu proprio do Papa
Em uma carta, o prelado dom Ocáriz anunciou que no primeiro semestre de 2023 convocará um Congresso Geral Extraordinário para adaptar os estatutos da Prelazia ao documento promulgado pelo Papa em 4 de julho passado, "Ad charisma tuendum"
O Opus Dei está convocando um Congresso Geral Extraordinário para a primeira metade de 2023 com um objetivo específico: adaptar os estatutos da Prelazia como requerido pelo Ad charisma tuendum. Ou seja, o Motu proprio promulgado em 22 de julho passado, com o qual o Papa Francisco predispôs para a Prelazia a transferência de competências do anterior Dicastério dos Bispos para o Dicastério para o Clero e estabeleceu que o prelado não poderá mais receber a ordem episcopal.
Carta de Ocáriz
Quem anuncia a notícia do Congresso é o prelado Fernando Ocáriz em carta aos membros da realidade eclesial fundada por São Josemaría Escrivá, publicada no site oficial. "No Conselho Geral e no Assessorado Central estamos estudando como realizar a adaptação dos Estatutos da Obra solicitada pelo Papa de acordo com as indicações do Motu proprio Ad charisma tuendum", lê-se na carta.
"No Dicastério para o Clero fomos aconselhados não só a levar em consideração o que diz respeito à dependência da Prelazia desta instituição e a periodicidade anual, e não quinquenal, do relatório à Santa Sé sobre as atividades da Prelazia, mas também a propor outros possíveis ajustes aos Estatutos que considerarmos oportunos à luz do Motu Proprio. Também fomos aconselhados a levar o tempo que for necessário, sem ter pressa."
Como esta é uma iniciativa da Santa Sé, o prelado explica que "não é necessário realizar os Congressos Gerais previstos para introduzir mudanças nos Estatutos". Entretanto, com o parecer favorável do Assessorado Central e do Conselho Geral, foi decidido convocar o referido Congresso extraordinário, "limitado a este propósito específico".
Nova seiva para os apostolados
Dom Ocáriz exorta os futuros participantes a enviar contribuições e sugestões específicas "em tempo hábil". "Tenham em mente que devemos nos limitar ao que a Santa Sé nos pediu, evitando propor quaisquer outras mudanças que possam nos parecer interessantes", escreve ele, acrescentando: "Além de alimentar o desejo de ser fiel ao legado de nosso fundador, é importante considerar o bem geral que decorre da estabilidade jurídica das instituições".
A esperança é também de que o texto do Motu proprio possa "dar origem a outras sugestões, além da questão dos Estatutos, destinadas a dar nova seiva a nossos apostolados".
A carta se conclui com uma oração ao Senhor "para que o carisma confiado por Deus ao nosso Pai para o serviço da Igreja possa dar frutos com novo vigor na vida de cada um". "Confiamos tudo isso à intercessão de São Josemaría, no 20º aniversário de sua canonização que celebramos hoje", escreve o prelado.
O Motu proprio do Papa
O Motu proprio Ad charisma tuendum, como mencionado, foi publicado em 4 de julho passado, quarenta anos após a Constituição apostólica Ut sit de João Paulo II que erigiu a Prelazia do Opus Dei. Francisco modificou algumas de suas estruturas, harmonizando-as com as diretrizes da constituição apostólica Praedicate Evangelium, a fim de "proteger o carisma" e "promover a ação evangelizadora que seus membros realizam no mundo". Mais especificamente, o Pontífice estabeleceu que o Dicastério vaticano responsável pelo Opus Dei não é mais o dos Bispos, mas o do Clero, ao qual o prelado, a autoridade máxima, apresentará um relatório anual sobre o estado da Prelazia. O próprio prelado, diferentemente do passado, não poderá mais ser nomeado bispo, e isto - explica-se no Motu proprio - visa "fortalecer a convicção de que, para a proteção do dom especial do Espírito, é necessária uma forma de governo fundada mais no carisma do que na autoridade hierárquica". Portanto, o título que será dado ao Prelado do Opus será o de Protonotário apostólico supranumerário com o título de reverendo monsenhor. Estas disposições entraram em vigor em 4 de agosto último.
A resposta do Prelado
Naquela ocasião, Ocáriz havia distribuído uma carta enviada aos membros da Prelazia na qual expressava a esperança de que o convite do Papa "ressoasse com força em cada uma e em cada um deles" como "uma oportunidade de compreender em profundidade o espírito que o Senhor incutiu em nosso fundador e de compartilhá-lo com muitas pessoas do ambiente familiar, profissional e social". Sobre o ponto específico da figura do Prelado, dom Ocáriz reconheceu na missiva que "a ordenação episcopal do prelado não era e não é necessária para conduzir o Opus Dei". O desejo do Papa de enfatizar agora a dimensão carismática da Obra nos convida a reforçar o ambiente de família, afeto e confiança: o prelado deve ser um guia, mas, antes de tudo, um pai".
Fonte: Vatican News
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Falece abade beneditino vietnamita exilado na Alemanha
Em uma carta aos monges beneditinos para explicar seus problemas de saúde - recorda a Agência UcaNews - pe. Nguyen Huyen Duc disse que sofreu dores excruciantes e perdeu o cabelo depois de ter bebido café e chá oferecidos por dois visitantes durante o Tet, a celebração do Ano Novo Lunar em 2016. Tendo ido para a Alemanha para ser tratado, foi diagnosticado com câncer nos pulmões em estágio avançado, com a suspeita de que tenha sido consequência de envenamento.
Faleceu aos 50 anos no último dia 4 de outubro na Alemanha o padre Antonio Nguyen Huyen Duc. O ex-abade de um mosteiro beneditino no centro do Vietnã lutava contra um câncer que os médicos suspeitam ter sido causado por envenamento. Ele vinha sendo tratado em um hospital alemão desde 2017.
A morte foi anunciada pelo Pe. Luigi Gonzaga Dang Hung Tan, abade do mosteiro de Thien An, na província de Thua Thien Hue, que pe. Nguyen Huyen Duc havia guiado de 2014 a 2017. O mosteiro de Thien An está há anos no centro de uma disputa com as autoridades envolvendo terrenos ao redor do mosteiro, que a comunidade beneditina possuía desde a década de 1940. Fundado em 10 de junho de 1940 por alguns missionários franceses, o mosteiro é frequentemente alvo de ataques de bandidos contratados pelas autoridades locais para assustar os católicos e convencê-los a abandonar a área. A isso se somam as batidas de policiais que, em diversas ocasiões, invadiram a estrutura e ameaçaram ocupá-la.
Enquanto estava no Vietnã, Pe. Nguyen Huyen Duc sempre condenou esses ataques violentos. “Desejamos buscar justiça de forma pacífica para proteger a propriedade legal da Igreja até nosso último suspiro”, havia declarado em 2017.
Em uma carta aos monges beneditinos para explicar seus problemas de saúde - recorda a Agência UcaNews - pe. Nguyen Huyen Duc disse que sofreu dores excruciantes e perdeu o cabelo depois de ter bebido café e chá oferecidos por dois visitantes durante o Tet, a celebração do Ano Novo Lunar em 2016. Tendo ido para a Alemanha para ser tratado, foi diagnosticado com câncer nos pulmões em estágio avançado, com a suspeita de que tenha sido consequência de envenamento.
Em setembro de 2019, apesar do agravamento de suas condições de saúde, ele quis retornar ao Vietnã. Mas assim que chegou a Hanói, os agentes de segurança o intimaram que deixasse o país "para sua segurança e no interesse do mosteiro".
Há algumas semanas, o Comitê Popular da província de Thua Thien Hue havia escrito aos superiores dos beneditinos no Vietnã, pedindo-lhes que não nomeassem novamente pe. Duque como superior do mosteiro de Thien An e para não lhe atribuir nenhum ministério na província. Dung acusou o monge de derrubar pinheiros nas florestas e invadir terras públicas controladas pelo governo, incitando o ódio nacional.
Quando foi fundado em 1940, o mosteiro de Thien An contava com uma área de 107 hectares. Depois de 1975, o governo comunista imediatamente tomou 57 hectares de terra do mosteiro, cedendo-os a uma empresa florestal. Em 2000, quase todas as terras restantes também foram confiscadas, alocando-as a uma empresa de turismo. Os beneditinos têm apenas 6 hectares dentro dos quais o mosteiro se encontra.
Fonte: Vatican News
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Na Guiné Sociedade civil contesta suspensão de isenções a entidades não governamentais
Continuam as críticas, na Guiné-Bissau, contra a decisão do Governo que suspende isenções às ONG e entidades religiosas. A Sociedade Civil e organizações de juventude posicionam-se contra a medida. 
A decisão está a ser fortemente contestada pelos diversos quadrantes da sociedade guineense. Recorde-se que, de acordo com o Executivo guineense, às ONG e entidades religiosas ficam sem direitos as isenções sobre os bens e produtos de qualquer natureza por elas importados ou adquiridos no País.
No despacho, o Ministério das Finanças explica que a decisão foi tomada no âmbito do “processo de levantamento e de balização das isenções aduaneiras e fiscais concedidas no quadro do Regime Geral de Isenções”.
Em reação a esta decisão, o Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz, Democracia e o Desenvolvimento considera de “sem enquadramento legal” o despacho do Ministro das Finanças que suspende as isenções às Organizações não-governamentais e entidades religiosas.
“A questão das isenções fiscais e aduaneiras, concerne os diferentes ministérios. Seria estranho e caricato, ver o ministério, como a última via, por questões de valorizar as isenções enquadrá-las de acordo com as suas pertinências e autorizar, é esta a instituição que efectivamente está a agravar a situação e autorizar uma medida deste tipo?”, questiona, Fodé.
O presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil lembra ao ministro de que a lei da isenção foi aprovada no Conselho de Ministro e promulgada no Boletim Oficial.
“Esta lei não pode ser substituída por um despacho”, enfatiza Fodé aconselhando, no entanto, o Ministro das finanças a voltar atrás na sua decisão, porque, segundo disse, “isso não ajudará numa convivência sã entre o Governo e as organizações não-governamentais e as Entidades Religiosas”, alertou.
Por sua vez, os jovens também já reagiram. A Rede Nacional das Associações Juvenis (RENAJ), na voz do seu presidente, apela o Governo a rever a sua posição face as sucessíveis decisões que colocam em causa as necessidades do povo guineense.
Abulai Djaura, assegura ainda que o Estado deve repensar a sua decisão no que se refere à isenção das taxas alfandegárias em relação as ONGs, incluindo a sociedade civil e as confissões religiosas.
A decisão do Governo em suspender isenções às ONG’s e entidades religiosas sobre os bens e produtos de qualquer natureza por elas importados ou adquiridos no País surge num contexto marcado pela fragilidade institucional e em certos casos pela ausência da intervenção estatal, uma ausência e inércia governamental que são acobertados pelas Organizações Não Governamentais (ONG) e as entidades religiosas.
Fonte: Vatican News
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Moçambique: Terroristas assassinam uma religiosa e decapitam três cristãos
Bispo de Nacala revela ataque brutal à missão católica em Chipene
O Bispo de Nacala (Moçambique) revelou, numa conferência promovida pela Fundação AIS Internacional, que três cristãos foram “decapitados por terroristas, um dia após o ataque brutal à missão católica em Chipene”.
“Os terroristas estavam vestidos com uniformes militares e reuniram a população como se fosse um comício popular. A população apareceu, o motivo era salvá-los dos terroristas. Quando começou o comício, os terroristas perguntaram logo quem eram os cristãos e quem eram os muçulmanos. E aos que se identificaram como sendo cristãos ataram-lhes as mãos atrás das costas. E naquele momento, começaram a degolá-los… Um, dois, três…”. Foi assim que D. Alberto Vera descreveu este ataque, lê-se numa nota enviada à Agência ECCLESIA
Um dos cristãos da aldeia, que logrou escapar, é que contou a história e segundo D. Alberto Vera, tudo isto ocorreu nas horas seguintes após o ataque à missão em Chipene.
“Houve um total de 11 pessoas mortas”, esclareceu ainda o Bispo de Nacala, acrescentando que os terroristas “deixaram um rasto de destruição e muito medo”.
“Só numa das aldeias por onde passaram, os terroristas queimaram 189 casas e a escola e também a capela católica.”
Sobre o ataque brutal à missão de Chipene, em que foi assassinada a tiro a religiosa italiana Maria de Coppi, de 83 anos de idade, e mais duas pessoas, D. Alberto lembrou o perfil generoso da irmã, que dedicou praticamente seis décadas da sua vida ao povo moçambicano.
“Eu conhecia-a e posso dizer que ela era a imagem de uma mãe, de uma santa. Ela estava realmente a ajudar toda a gente, com amor simples e humilde”, afirmou, acrescentando que se vai abrir “um processo” de forma a se apurar se este é um caso de martírio, como, por exemplo, D. António Juliasse, Bispo de Pemba, já admitiu, também em declarações à Fundação AIS.
Fonte: Agência Ecclesia
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O remédio contra o estresse que é simples, eficiente e está disponível para qualquer um
Guillermo Dellamary - publicado em 07/10/22
Todos trazemos dentro de nós o remédio para muitos dos males que nos afligem 
É muito comum as pessoas acreditarem que a melhor forma de buscar alívio das tensões da vida é tomando remédios ou esperando a situação mudar. Mas há um remédio muito prático que está sempre ao nosso alcance para ajudar a equilibrar nossas vidas: envolver-se em atividades criativas. Isso vai desde escrever um diário ou pintar um quadro até fazer jardinagem, culinária, carpintaria ou origami.
Criar tem muitos benefícios. Além de fomentar nossas paixões e nossa dedicação por algo que gostamos, encoraja-nos a fazer aquilo que achamos divertido.
A tensão faz parte da vida
A vida não é fácil para a maioria das pessoas que habitam este belo planeta, por isso é quase inevitável vivermos cercados por problemas e dificuldades que naturalmente criam alguma tensão e estresse. Por isso é importante promover atividades criativas de qualquer tipo para nos estimular a ser mais saudáveis e não sucumbir às emoções negativas que abundam em nosso ambiente.
Uma conexão com o nosso Criador
Atividades criativas também nos inspiram a nos sentir mais conectados ao nosso Criador. Como fomos feitos à Sua imagem e semelhança, Ele nos deu o poder de criar muitas coisas originais de forma simples e fácil.
A criatividade nos encoraja a imaginar as coisas de forma mais colorida, a apresentar mais inovações, mais novidades e novas soluções para vários problemas. Faz com que dediquemos nosso tempo a coisas que valem mais a pena do que lamentar a vida.
Os resultados não precisam ser perfeitos
Criar envolve fazer algo que você não fez antes, dar uma nova forma a um objeto, desenvolver algo que não existia antes. Pode ser, por exemplo, colocar letras em uma folha de papel em branco ou fazer alguns traços com pincel em uma tela em branco, mesmo que você não saiba pintar ou desenhar.
Criar não significa necessariamente produzir algo perfeito, mas é algo que pode ser aperfeiçoado com a prática.
O resultado não importa; o que importa é que você se envolva em uma atividade que tire sua mente de suas preocupações.
Temos que parar com rotinas chatas e deixar de lado nossa insegurança de não saber fazer alguma coisa. Atreva-se a pintar alguma coisa (qualquer coisa!), a tecer como quiser, a cuidar do seu jardim, a escrever o que quiser. Não se julgue severamente se os resultados não corresponderem imediatamente às suas expectativas; em vez disso, orgulhe-se de sua vontade de tentar e continue tentando. Você logo começará a ver os resultados, o que reduzirá seu estresse.
A pior coisa que podemos fazer é ficarmos presos no tédio e, sobretudo, no lazer passivo que nos leva a ser receptores de grandes quantidades de entretenimento visual, perdendo assim a oportunidade de sermos ativos. O movimento físico nos ajuda a desestressar.
Você não precisa ser um grande artista, nem um especialista; criar muitas vezes é mais agradável quando estamos fazendo algo sem pressão ou obrigação específica. Você pode fazer isso por puro prazer e por capricho, pois encontra significado e alegria nisso.
Tente, tente novamente
A atividade criativa, em vez de nos cansar, nos estimula e relaxa. Isso nos ajuda a melhorar nosso humor e nos dá mais estabilidade. Então vale a pena tentar!
Tire essas tintas e pincéis do armário ou gaveta e tente pintar novamente. Ou, se você já começou a escrever um romance ou contos, mas deixou essa atividade de lado, retome-a. Você não vai se arrepender!
Vá para a cozinha e divirta-se… e não desanime se não der certo na primeira vez!
Entre na sua cozinha com um novo espírito criativo e faça aquela receita da sua mãe ou aquela sobremesa que você tanto gostava quando criança e que não ousava fazer porque tinha medo de errar. Tente novamente cozinhar algo que você gosta e ouse inventar algo novo, o que você quiser. Reative sua criatividade e dê a ela o espaço mental que ela merece, como um dos remédios mais maravilhosos que temos em tempos de estresse.   
Faça alterações na decoração da sua casa; reorganize os móveis ou a localização de sua cama. Compre novas plantas ou plante sementes em um vaso e espere para ver o fruto do seu entusiasmo. Tudo isso é muito curativo e está ao nosso alcance, como parte de nossa natureza humana.
Trazemos dentro de nós o remédio para muitos dos males que nos afligem. Tudo depende de nós decidirmos ser criativos.
Fonte: Aleteia
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Oração do Nascituro
Reportagem local 
"Nós vos louvamos, Senhor Deus da Vida; bendito sejais, porque nos criaste por amor; vossas mãos nos moldaram desde o ventre materno"
O Brasil celebra em 8 de outubro o Dia Nacional do Nascituro e da Conscientização sobre os Riscos do Aborto. A data foi instituída pelo governo brasileiro em 2021, já sendo celebrada pela Igreja Católica desde 2005, quando foi criada pela 43ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Nesta jornada, a própria CNBB incentiva os católicos a acenderem velas e a rezarem a Oração do Nascituro – não somente em particular, mas também nas igrejas e em espaços abertos, como praças e proximidades de edifícios públicos.
Igreja Católica faz jornada de oração pelos nascituros neste sábado, 8
8 de outubro é o Dia do Nascituro: a data, criada pela Igreja Católica, recorda e defende todos os bebês em gestação
A Igreja Católica realiza no Brasil uma jornada de oração pelos nascituros neste sábado, 8 de outubro, que, justamente, é o Dia do Nascituro.
A data foi criada em 2005 pela 43ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Desde então, os católicos brasileiros são convidados a participar não apenas da própria data que recorda e defende os bebês em gestação, mas sim de toda a Semana Nacional da Vida, entre os dias 1º e 7 de outubro.
A própria CNBB incentiva os católicos a acenderem velas nessa data e a rezarem a Oração do Nascituro não somente em particular, mas também nas igrejas e em espaços abertos como praças e proximidades de edifícios públicos.
O presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB, dom Ricardo Hoepers, que é bispo da cidade gaúcha de Rio Grande, reforçou que a motivação dessa data especial é a “promoção, defesa e cuidado da criança que está no ventre materno”, já que o nascituro “é dom de Deus, é sinal de esperança, é uma vida sagrada”.
Dom Ricardo exorta:
“Rezemos por todas essas crianças e também por suas mães, mas também pelas famílias, para que acolham com alegria a notícia de uma criança que está vindo a esse mundo. Vamos acolher, de fato, nas nossas casas, nas nossas Igrejas domésticas, esta cultura da vida que se defende desde a concepção”.
Eis o texto da oração: 
Oração do Nascituro
Nós vos louvamos, Senhor Deus da Vida.
Bendito sejais, porque nos criaste por amor.
Vossas mãos nos moldaram desde o ventre materno.
Nós vos agradecemos pelos nossos pais
e todas as pessoas que cuidam da vida
desde o seu início, até o fim.
Em Vós somos, vivemos e existimos.
Abençoai todos que zelam pela vida humana e a promovem.
Abençoai as gestantes e todos os profissionais da saúde.
Dai às pessoas e às famílias o pão de cada dia,
a luz da fé e do amor fraterno.
Nossa Senhora Aparecida,
intercedei por nossos nascituros,
nossas crianças, nossos jovens,
nossos adultos e nossos idosos,
para que tenham vida plena em Jesus,
que ofereceu sua vida em favor de todos.
Amém!
Fonte: Aleteia
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Papa Francisco diz a capelães que o trabalho deles depende de Cristo, não de habilidade
O papa Francisco recebeu hoje (7) em audiência no Vaticano um grupo de capelães suíços, a quem agradeceu pelo “trabalho exigente” a serviço dos jovens.
“Não depende de sua habilidade: é o Cristo vivo que passa, é o seu Espírito que age; mas é importante que vocês estejam lá, sua presença ao lado deles é necessária”, disse o papa.
Diante dos presentes no Palácio Apostólico do Vaticano, o papa Francisco disse que o fruto do bom trabalho dos capelães está na oração.
“É ali, no silêncio, que os rostos, as histórias, os sorrisos e lágrimas, os sonhos reemergem. É ali que vocês também encontram o impulso interno, porque um trabalho como o de vocês absorve muitas energias e pode esgotar o espírito se não houver a "seiva" do Senhor que o recarrega”, disse.
"Toda vez que um de vocês se une a dois ou três jovens no caminho, os escuta, escuta as desilusões, os fracassos, as dúvidas que carregam dentro, e depois fala com eles sobre Jesus Cristo, despertando esperança em seus corações, se renova algo da experiência dos discípulos de Emaús”, disse o papa.
Francisco também falou do carácter ecumênico e do Sínodo dos Jovens como "fundo" desta vocação, que "pode ajudar a Igreja a crescer em direção a uma unidade cada vez mais plena, mais conforme à vontade de Cristo, Senhor".
Fonte: ACIDigital
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Brasília volta a celebrar Nossa Senhora Aparecida na Esplanada dos Ministérios no dia 12
A arquidiocese de Brasília retoma as comemorações de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil e de Brasília, no dia 12 de outubro na Esplanada dos Ministérios após dois anos de restrições impostas para combate à covid-19.
O início das festividades acontecerá com a missa para as crianças, às 9h, celebrada pelo assessor Eclesiástico da Infância e Adolescência Missionária, padre Jomelito Ferreira. Ao longo da celebração as crianças participarão da coroação de Nossa Senhora.
Às 13h haverá a oração do Ofício da Imaculada Conceição, catequese Mariana, oração do terço, apresentações e homenagens feitas por jovens de diversos grupos e movimentos da arquidiocese.
Às 17h, o arcebispo de Brasília dom Paulo Cezar cardeal Souza celebra pela primeira vez a missa solene pela primeira vez. Ele tomou posse em dezembro de 2020 e no ano passado não houve a celebração pública. 
Em seguida, a procissão com a imagem de Nossa Senhora Aparecida percorre a Esplanada dos Ministérios. Ao longo do percurso, o arcebispo de Brasília dará três bênçãos: a primeira aos doentes, a segunda aos governantes e a terceira às famílias.
Confira a programação completa: 
9h – Missa das Crianças, coroação de Nossa Senhora e apresentação da Infância e Adolescência Missionária (IAM) - Celebrante: pe. Jomelito Ferreira de Melo, assessor Eclesiástico da IAM);
10h30 – Sorteios, sorvetes e brincadeiras para as crianças;
13h - Tarde Mariana - (pe. Everton Vieira da Silva);
13h15 às 13h45 – Ofício da Imaculada Conceição;
13h50 às 14h20 – Catequese Mariana;
14h25 às 15h05 – Apresentação dos Jovens;
15h10 às 15h40 – Terço Mariano;
15h45 às 16h20 - Início da novena missionária e terço missionário;
16h30 – Preparação para a Santa Missa (pe. Cristiano e frei Flávio);
17h – Santa Missa - Celebrante: cardeal dom Paulo Cezar;
18h30 – Procissão com a imagem de Nossa Senhora Aparecida;
20h – Encerramento com a benção.
Fonte: Gaudium Press
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